segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

PARTIDOS EVITAM PUNIR FILIADOS PRATICANTES DE CORRUPÇÃO



Partidos poupam filiados envolvidos na Lava Jato

Estadão Conteúdo






Ex-senador Delcídio do Amaral

Três anos após o início da Lava Jato, a grande maioria dos partidos ignora internamente as prisões, denúncias e suspeitas envolvendo filiados nas investigações, processos da operação e outros inquéritos derivados dela. Ao menos 86 integrantes de 10 legendas são alvo de investigação, denúncias e ações penais. Alguns já foram condenados e cumprem pena por envolvimento no esquema de corrupção e desvios na Petrobras e outros processos que desdobraram da operação.

A lei 9.096/95, que rege a existência dos partidos políticos, determina em seu artigo 23 que "a responsabilidade por violação dos deveres partidários deve ser apurada e punida pelo competente órgão, na conformidade do que disponha o estatuto de cada partido" e garante a existência de foro apropriado para que os suspeitos exerçam "amplo direito de defesa".

Este foro são os conselhos ou comissões de ética que até existem nos estatutos, mas, na prática, na maioria dos casos, são mais usados mais para garantir o cumprimento de regras internas do que para punir corrupção.

Levantamento feito pelo Estado nas legendas (PMDB, PT PSDB, PSB, DEM, PP, SD, PSC, PTB e PTC) cujos filiados são investigados ou foram denunciados na Lava Jato ou seus desdobramentos, mostra que raras foram as providências tomadas pelos colegiados que deveriam zelar pela ética partidária.

O PT, no epicentro do esquema que desencadeou a Lava Jato, chegou a instaurar um processo de expulsão de Delcídio Amaral (MS) assim que o então senador foi preso e veio à tona uma gravação comprometedora entre ele e o filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O partido deu prazo para Delcídio se defender, conforme manda a lei, mas ele se desfiliou da sigla antes. Delcídio depois citou os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff em delação premiada.

Foi o único processo interno aberto pelo PT no âmbito da Lava Jato. Em entrevista ao Estado no ano passado o presidente nacional do PT, Rui Falcão, informou que a legenda estuda a criação de um mecanismo para julgar, "sem a parcialidade da Justiça", os casos de corrupção - entre eles os que envolvem os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci e o ex-tesoureiro João Vaccari Neto. Dirceu e Vaccari já foram condenados pelo juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato na primeira instância.

Estatuto

O SD abriu processo de expulsão contra o ex-deputado Luiz Argôlo (BA), condenado na Lava Jato. A pena foi de 11 anos e 11 meses, mas ele permanece na sigla porque o estatuto do partido prevê que o alvo do processo deve estar presente no momento do julgamento.

Os conselhos de ética do PP, DEM, PSC, PMDB, PSDB, PSB e PTC não tomaram conhecimento das denúncias e, no último triênio, mal se reuniram.

O caso mais emblemático é o PMDB, partido do ex-governador Sérgio Cabral e do deputado cassado Eduardo Cunha (RJ), ambos presos. Além do colegiado não ter nem sequer se reunido no período, dirigentes da sigla reconhecem que dificilmente será aplicado algum tipo de sanção. O artigo 10 do código de ética do partido prevê como infração atos de "improbidade no exercício de mandato parlamentar ou executivo, bem como no de órgão partidário ou de função administrativa".

Ao Estado, o senador Romero Jucá (RR), presidente nacional do PMDB e investigado na Lava Jato, desconversou quando questionado. Em relação aos "militantes peemedebistas" que estão detidos no Rio e em Curitiba, Jucá empurrou o problema para o PMDB fluminense (mais informações nesta página). "Esse assunto não está na ordem do dia", disse o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani.

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, defendeu providências em caso "grave". "É preciso que haja amplo direito de defesa, mas quando o caso é grave e os indícios suficientes, não é preciso esperar decisão judicial." O partido, porém, não abriu procedimento em relação ao senador e ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PE), denunciado na Lava Jato por lavagem de dinheiro e corrupção na obra da refinaria de Abreu e Lima. No PSB, o responsável pelo conselho de ética é Antonio Campos, irmão do governador Eduardo Campos, morto em 2014.

O PP, campeão de integrantes investigados na Lava Jato (32) - entre eles o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), e o presidente do conselho de ética, Padre José Linhares - informou por meio de sua assessoria que nunca um caso de punição ética chegou à esfera nacional da legenda.

Os citados ou suas defesas já negaram envolvimento com as suspeitas ou acusações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CARTA PARA TRUMP SOBRE IMIGRAÇÃO



Ex-presidente do Irã escreve carta a Trump criticando controle de imigração

Estadão Conteúdo 






O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad


O ex-presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad enviou neste domingo (26) uma carta para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Apesar de adotar um tom levemente conciliatório, ele abordou a imigração e disse que, no mundo contemporâneo, "os EUA pertencem a todas as nações".

Não é a primeira vez que Ahmadinejad envia cartas a um presidente norte-americano. Ele também havia escrito para os ex-presidentes George W. Bush e Barack Obama.

Na carta de mais de 3,5 mil palavras, o iraniano critica Trump pela proibição de entrada nos EUA imposta a sete países de maioria muçulmana, inclusive o Irã. A carta também mira melhorar a imagem de Ahmadinejad domesticamente depois que o Líder Supremo da nação o advertiu para que não disputasse as próximas eleições presidenciais de maio.

O texto da carta foi publicado pela imprensa iraniana. Nele, Ahmadinejad considera que Trump venceu as eleições ao "verdadeiramente descrever o sistema político dos EUA e a estrutura eleitoral como corruptos".

Ahmadinejad diminuiu a "dominância" dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU) e disse que a atuação dos norte-americanos em outros países trouxe "insegurança, guerra, divisão, morte".

O ex-presidente do Irã ainda ressaltou que 1 milhão de pessoas de ascendência iraniana vivem nos Estados Unidos, afirmando que policiais do país deveriam "valorizar e respeitar a diversidade das nações e das raças".

"Em outras palavras, os EUA do mundo contemporâneo pertencem a todas as nações, incluindo os nativos da terra", escreveu. "Ninguém pode considerar a si mesmo o dono e ver os outros como imigrantes".

A carta não faz qualquer menção ao programa nuclear iraniano. Sob Ahmadinejad, o país foi submetido a pesadas sanções enquanto o governos do Ocidente temiam que o Irã poderia promover a construção de armas atômicas. O atual presidente Hassan Rouhani firmou um acordo nuclear com potências mundiais, incluindo o governo Obama. Trump prometeu em campanha renegociar o acordo, sem dar detalhes. Fonte: Associated Press.


EM BUSCA DE ALIMENTOS SAUDÁVEIS



Projeto da Epamig mostra que é viável cultivar alimentos até no apartamento

Renata Galdino
Hoje em Dia - Belo Horizonte









REAPROVEITAMENTO – Cultivo pode ser feito em recipientes encontrados facilmente, como garrafas pet


A vida corrida pode parecer um argumento propício para justificar o consumo, por exemplo, de produtos industrializados. Produzir seus próprios alimentos e cuidar de hortas, então, quase nem passa pela cabeça das pessoas, que consideram os espaços cada vez menores dos apartamentos inapropriados ou insuficientes para cultivar alimentos saudáveis e orgânicos. Mas isso não passa de um engano.
Na realidade, cultivar em pequenos espaços é possível e uma alternativa viável para hortas de várias formas e tamanhos. É o que afirma a pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) em Viçosa, na Zona da Mata, Wânia dos Santos Neves.
“A implantação de hortas vem ganhando espaço devido ao interesse da população na busca de alimentos mais saudáveis. Outros benefícios que buscamos com a atividade são: promover geração de renda complementar, promover a inclusão social, aumentar a diversidade de verduras no cardápio e estimular a convivência com vizinhos e familiares”, sinaliza.

Projeto

Para mostrar como um cantinho esquecido em casa e uma varanda de apartamento podem ganhar um destino saudável e sustentável, a equipe coordenada por Wânia trabalhou na implantação de hortas agroecológicas. Tudo feito numa área de 30 metros quadrados, utilizando diferentes recipientes, para mostrar a possibilidade de plantio em vasos e embalagens recicladas, como garrafas pet.
Na horta agroecológica implantada foram cultivadas pimentas, berinjela, jiló, espinafre, alface, agrião, couve, cenoura; ervas medicinais e aromáticas, além de hortaliças não convencionais, como taioba, capuchinha, jequeri e ora-pro-nobis.
Durante todo o ano de 2017, ressalta Wânia, serão programadas visitas de escolas do ensino fundamental e médio do município para apresentar o modelo e incentivar o cultivo. “Com o retorno das aulas, vamos divulgar o trabalho nas escolas e ver quais terão interesse de participar”, explica.
Uma outra ação já realizada nesse contexto foi a montagem de uma horta no Centro Social Dra. Zilda Arns (Pastoral do Menor), no bairro Santa Clara, com a ajuda de alunas do curso de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal de Viçosa. A pesquisadora revela que, no centro de recreação e educação, as próprias crianças cuidam das plantas e acompanham o crescimento da horta, estimulando o consumo de alimentos saudáveis desde a infância.
“Também estabelecemos contato com adultos da terceira idade para construção de uma horta vertical com plantas medicinais, oferecendo cursos sobre a prática de cultivo agroecológica e plantas medicinais que serão ministrados por pesquisadores da Epamig”, complementa Wânia.
Entre os objetivos do projeto estão promover a geração de renda e a inclusão social, aumentar a diversidade de verduras no cardápio e estimular a convivência com vizinhos e familiares

Hábitos familiares influenciam na escolha de espécies

Para a escolha das espécies ou variedades a serem cultivadas, é importante levar em consideração o clima da região. “Hábitos alimentares pessoais também devem ser levados em consideração, já que determinadas espécies são muito consumidas por algumas pessoas e outras nem tanto”, comenta Wânia.
São diversas as opções para os interessados em montar as hortas em pequenos espaços, como hortaliças (pimenta malagueta, pimenta dedo de moça, pimenta biquinho, berinjela, jiló, espinafre, alface, agrião, couve, cenoura, tomate), plantas medicinais (hortelã, manjericão, camomila, arruda, boldo, melissa) e ervas condimentares (salsinha, cebolinha, coentro, orégano).
“O local escolhido deve ser de fácil acesso, receber de quatro a cinco horas de sol por dia para um melhor desenvolvimento das plantas, ter disponibilidade de água de qualidade para irrigação e ser protegido contra ventos fortes, evitando a quebra de galhos, folhas ou de plantas jovens” orienta a pesquisadora.
Quanto aos custos, Wânia aponta como muito baixos. “Somente as sementes ou mudas devem ser adquiridas no comércio. As embalagens (garrafas pet, latas e caixas de leite, etc.) e suportes (pallets, caixotes, telas etc.) podem ser conseguidos gratuitamente”, detalha.
Importante é saber que uma horta pode ser construída de vários formatos e de tamanhos diferentes. “É possível cultivar algumas hortaliças em recipientes (vasos, caixas, etc.) de diferentes tamanhos no chão ou fazer o plantio no modelo de jardim suspenso (horta vertical)”, observa a pesquisadora.

Início

O trabalho com hortas no sistema agroecológico teve início com atividades no Norte de Minas Gerais, em 2009. Primeiro com um projeto financiado pelo CNPq e outro, de sequência, financiado pela Fapemig. A partir da captação de água de chuva, foram construídas hortas em diferentes localidades da região, associações e nos campos experimentais da Epamig Norte. As hortas agroecológicas, inclusive, contribuíram para melhorar a alimentação dos moradores do Vale do Jequitinhonha e do Norte de Minas.
“O resultado foi maravilhoso. Todos os anos montamos uma horta para exposição de Janaúba e em alguns anos na exposição de Montes Claros também. Atendemos mais de 700 crianças por ano, que iam ao parque de exposições com auxílio da prefeitura. É um grande sucesso”, completa a pesquisadora.
Em janeiro de 2016, após ser transferida para a Epamig Sudeste (Viçosa), Wânia ministrou alguns cursos na Semana do Fazendeiro. Foi nesta experiência que lhe pediram para oferecer um curso sobre hortas domésticas no ano seguinte.
“Eu já havia comentado com os participantes sobre as hortas montadas durante a execução dos projetos no Norte de Minas. A pesquisadora Cleide Maria Ferreira, sabendo da minha experiência na área, teve a ideia de utilizar uma área no prédio da Epamig e me fez a proposta de construir uma horta para demonstração”, destaca.
A pesquisadora Cleide forneceu, inclusive, o apoio financeiro para reparos na estrutura física para que se chegasse ao formato da unidade demonstrativa, que hoje serve de modelo para escolas e instituições.

RESULTADO DO OSCAR 2017



'Moonlight' leva Oscar de melhor filme após erro histórico

AFP
Hoje em Dia - Belo Horizonte






Mahershala Ali, de "Moonlight - Sob a luz do luar", ganhou como o melhor ator coadjuvante

"Moonligth - Sob a luz do luar" conquistou o Oscar de melhor filme 2017, desbancando o favorito "La La Land na 89a. edição do Oscar, entregue em cerimônia realizada neste domingo em Los Angeles, que teve um final de festa completamente caótico.
Em um primeiro momento, o ator Warren Beatty anunciou que o Oscar iria para "La La Land", e a equipe do filme chegou a subir no palco para agradecer o prêmio. Mas, logo em seguida, foi revelado que o anúncio tinha sido equivocado e que o filme
"Moonlight" era, na realidade, o grande vencedor.
A confusão causou constrangimento a todos no palco, e a equipe do filme vencedor mal teve tempo para os agradecimentos. Ficou a impressão de que a organização do evento tem muito o que explicar.
Warren Beatty ainda tentou fazer isso dizendo que em seu cartão estava escrito o nome de Emma Stone e "La La Land" e que ficou confuso na hora.
Antes de "perder"  o prêmio principal, "La La Land" seria consagrado como o grande vencedor da noite, ao levar 7 das 14 indicações que recebeu. Acabou ficando com apenas seis: melhor design de produção, fotografia, trilha sonora, canção original,diretor e atriz (Emma Stone).
Já "Moonlight- Sob a luz do luar" acabou com três prêmios, melhoar ator coadjuvante para Mahershala Ali e melho roteiro original, além, claro, do grande prêmio.
Enquanto "Moonlight" contava a comovente história de conexão humana e autodescoberta que transcorre os subúrbios da Flórida através da vida de um jovem afroamericano que luta para encontrar seu lugar no mundo,
"La La Land" celebra Hollywood e é um tributo à era de ouro dos musicais americanos.
Casey Affleck foi escolhido o melhor ator por "Manchester à beira-mar" e Viola Davis como atriz coadjuvante por "Um limite entre nós".
O filme estrangeiro vencedor foi o iraniano "O apartamento", cujo diretor,  Asghar Farhadi, não compareceu à festa em protesto pelo decreto do presidente Donald Trump impedindo a entrada de seus compatriotas nos Estados Unidos.
Jimmy Kimmel, em sua primeira apresentação do Oscar, aproveitou para alfinetar o momento político dos Estados Unidos.
"Esta transmissão está sendo vista por milhões de americanos e em todo o mundo, em mais de 225 países que agora nos odeiam", foi logo dizendo.
"Alguns virão aquí esta noite e farão um discurso sobre os quais o presidente dos Estados Unidos tuitará em maiúsculas às 5 da manhã enquanto alivia os intestinos", acrescentou, referindo-se ao uso habitual que Donald Trump faz d Twitter para fazer comentários.
Em um momento, perguntou se havia jornalsitas da CNN ou do New York Times. "Abandonem o edificio imediatamente", ordenou, em referencia aos meios de comunicação que estão tendo problemas com a Casa Branca. "Não teremos tolerância com noticias falsas.
Amamos bronzeamentos falsos, mas notícias falsas? ", questionou.
A seguir, os vencedores do Oscar 2017:
  
    Melhor Filme:
    "Moonlight - Sob a luz do luar"
  
    Melhor diretor:
    Damien Chazelle, "La La Land - Cantando Estações"
  
    Melhor ator:
    Casey Affleck, "Manchester à Beira-mar"
  
    Melhor ator coadjuvante:
    Mahershala Ali, "Moonlight - Sob a luz do luar"
  
    Melhor atriz:
    Emma Stone, "La La Land - Cantando estações"
  
    Melhor atriz coadjuvante:
    Viola Davis, "Um limite entre nós"
  
    Melhor Filme estrangeiro:
    "O apartamento " (Irã)
  
    Melhor Animação:
    "Zootopia"
  
    Melhor curta-metragem de animação:
    "Piper"          
  
    Melhor roteiro adaptado:
    "Moonlight - Sob a luz do luar"
  
    Melhor roteiro original:
    "Manchester à Beira-mar"
  
    Melhor fotografia:
    "La la land - Cantando Estações"
  
    Melhor documentário:
    "O.J. Made in America"
  
    Melhor documentário em curta-metragem:
    "The white helmets"
  
    Melhor curta-metragem:
    "Sing"
  
    Melhor edição:
    "Até o último homem"
  
    Melhor edição de som:
    "A chegada"
  
    Melhor mixagem de som:
    "Até o último homem"
  
    Melhor design de produção:
    "La la land - Cantando estações"
  
    Melhor trilha sonora:
    "La la land - Cantando estações"
  
    Melhor canção original
    "City of stars" ("La la land - Cantando estações")
  
    Melhor maquiagem e penteado:
    "Esquadrão suicida"
  
    Melhor figurino:
    "Animais fantásticos e onde habitam"
  
    Melhores efeitos visuais:
    "Mogli"


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