segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

EDUCAÇÃO



FORMAR PROFESSORES NÃO É FAZER SALCHICHAS


Cláudio Lembo 

As mudanças na estrutura social brasileira verificam-se com velocidade extraordinária. Os segmentos estruturados há séculos romperam-se nestes últimos cem anos.
Muitas podem ser as variáveis para as alterações verificadas. Certamente, na região sul e sudeste, é de se considerar a imigração de europeus, particularmente italianos. 
Alteraram os costumes e trouxeram em suas bagagens a tradição de trabalho livre, sem as amarras anteriores a 1888. Exigiam de seus descendentes dedicação e esforço na busca de ascensão social.
Os demais segmentos imigratórios – japoneses, árabes, espanhóis, entre outros – foram em número inferior e, cada um, o seu turno, agregou novos valores às tradições lusitanas, indígenas e negras.
O fluxo interno de pessoas, a partir dos anos sessenta, ampliou-se com os grandes deslocamentos de pessoas. Estes permitiram a plena integração da comunidade nacional. 
 Hoje, preservadas as raízes de cada grupo social, uma sociedade multicultural se desenvolve com dinamismo e preservação de muitas características próprias, o que dá ao Brasil um colorido especial e único.
Esta sociedade heterogênea quanto às origens e homogênea quanto os objetivos, passou a exigir – cada vez mais – escolaridade e educação continuada para seus membros.
Nos anos setenta, romperam-se as barreiras que vedavam o acesso ao ensino universitário a milhões de brasileiros. Antes, este acesso era limitado aos filhos das elites econômicas.
A grande mudança, abrindo a iniciativa privada a exploração da educação, desafogou os vestibulares das instituições públicas. As greves patrocinadas pelo movimento estudantil cessaram.


No jargão da época, até hoje repetido, ocorreu uma democratização do ensino. É possível. Hoje, a maioria dos jovens busca se aperfeiçoar em cursos oferecidos por uma enormidade de escolas superiores.
Acontece que natureza, como a educação, não dá saltos. O aumento de vagas não foi acompanhado pela qualificação dos professores. Deu-se a improvisação. Esta sempre leva a resultados duvidosos.
Os cursos das ciências humanas multiplicaram-se. Faculdades de Direito foram criadas em regiões sem qualquer vocação para as disciplinas jurídicas.
Poderá ser afirmar que é melhor o aprimoramento em escolas de duvidosa qualificação do que se permanecer em cenário iletrado. É possível, mas não é oportuno. 
A meia ciência pode produzir grandes malefícios. É o que se nota nos resultados publicados pelo Ministério da Educação a respeito do ensino superior no País.
Há um grande esforço para se qualificar a docência universitária. Ocorre que um bom professor é produto de anos de dedicação e estudo metódico.
Não se formam professores como se produzem salsichas. É bem diferente. O ensino nacional, como por toda a parte, vai se tornando uma atividade meramente comercial.
As escolas tornaram-se fábricas de diplomas. Estes obtidos mediante cursos presenciais – com o professor dialogando com seus alunos – ou à distância, por meio de sistemas televisivos e ajuda da internet.
Vai se massificar cada vez mais o ensino ou como querem alguns a sua democratização. Poucos, porém, são os centros de excelência que se preservam.
A velha universidade, que se constitui em centro de meditação e aprimoramento, transformou-se em estrutura burocrática de alto custo e duvidosa qualidade. Muitas vezes, mero cabide de empregos.
Com o tempo, as instituições devem se aperfeiçoar. Não será um processo natural. Intervenções cirúrgicas serão exigidas, cada vez mais.

COMENTÁRIOS:

“É uma bela crítica.Mas antes da universidade, creio eu que o país hoje conta com um verdadeiro escândalo em termos de educação básica. Em meu curso de graduação, iniciamos a turma com 50 alunos, dos quais apenas 16 se formaram. Trinta por cento desistiu ou mudou de curso já no primeiro semestre, por não conseguir acompanhar às aulas devido à falta das mais básicas noções de matemática.É de chroar quando vejo determinados professores do ensino fundamental usando o facebook sendo incapazes de desejar 'Feliz aniversário!', sem cometer erros na grafia (tipicamente 'aniverssário', com ss).E que tal o caso da professora de meu pequeno vizinho? Ensinou às crianças que temos verão e inverno porque a órbita da Terra em torno do sol é elíptica. Assim, quando estamos mais perto do sol é verão, e mais longe inverno. O pai do garoto foi à escola perguntar se o hemisfério norte se separa do hemisfério sul, para que um esteja orbitando mais próximo e outro mais longe na mesma época do ano.Tenho medo do futuro destas crianças e o pior: elas são o futuro do Brasil”! (Emanuel Baldissera)


Nem se faz o professor como se fosse molho de tomate” (Eduardo Eloi V Silva)


Corretíssimo o Senhor Lembo, quando diz que o ensino precisa de profundidade. É preciso que o crescimento na área técnica seja respaldada pela aprofundamento do pensamento filosófico. Como 'O homem não vive só de pão', também uma nação não pode sobreviver só com o progresso nas ciências 'quânticas', senão que precisa de ciências que lembrem ao homem quem ele é, um ser carne e espírito, inteligente e livre, mas limitado e aberto ao infinito”. (AVELINO GAMBIM)
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

PRIVILÉGIOS



PRIVILÉGIOS

JUIZES MINEIROS QUEREM MAIS BENEFÍCIOS

Diz a sabedoria popular que “quem mais tem mais quer” é o que acontece com a privilegiada classe advocatícia que se não bastasse os altos salários que recebem e ainda querem mais por achar muito pouco o que ganham. 

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais pretende criar pelo menos onze novos benefícios para incorporar aos vencimentos dos juízes, que recebem hoje um salário de R$ 25 mil. 

Os chamados “penduricalhos” incluem, por exemplo, auxílio-livro de R$ 13 mil por ano, ajuda de R$ 25 mil para mudar de cidade e adicional de férias de R$ 16 mil.
Os novos benefícios foram incluídos como emendas ou artigos no Projeto de Lei de Organização Judiciária que será encaminhado nos próximos  dias para a Assembléia Legislativa. O projeto não é para isso, mas acabou se tornando um meio de conceder benefícios aos magistrados. 

BENEFÍCIOS ATUAIS:
·        Salário de R$ 25 mil
·        Vale lanche de R$ 750 por mês
·        Carro e motorista particular
·        Licença remunerada para cursos no exterior
·        Duas férias de 30 dias por ano, com adicional de 1/3 do salário em cada saída (R$ 8,3 mil)

BENEFÍCIOS PRETENDIDOS:
·        Auxílio livro anual de R$ 13 mil para cada juiz
·        Auxílio saúde mensal de R$ 700
·        Duas férias de 30 dias com adicional de 2/3 do salário em cada saída (R$ 16 mil para cada juiz a mais nas férias)
·        Gratificação de R$ 25 mil por cooperação ou substituição em outra vara
·        Pagamento equivalente a um subsídio (R$ 25 mil) para transporte e mudança quando o magistrado for transferido, indenização em caso de plantão ou hora extra, gratificação mensal para diretores do foro, entre outros.

CUSTO PARA O ESTADO DE MINAS GERAIS:
·        Todos esses “penduricalhos” vão custar R$ 40 milhões a mais aos cofres públicos.

COMENTÁRIOS:

Enquanto na Coreia do Sul os maiores salários são para os Professores da Educação Básica, aqui no Brasil, somente os Políticos, o Executivo, o Legislativo e Judiciário têm bons salários, o resto é resto, mixaria.
Aconselho aos jovens a fazer todo o esforço para entrar em uma dessas classes,  cujos privilégios vêm desde a fundação da República e deve perdurar ainda por muitos anos.
Agora mesmo, o TJMG publica edital para abertura de um novo processo seletivo para preenchimento de cargo de juiz com 37 vagas e salário inicial de R$ 21 mil. As inscrições começam em 28 de janeiro e vão até 26 de fevereiro de 2014. Aproveitem enquanto estão novos para arrumarem as suas vidas e garantirem aposentadoria integral, o que não ocorre com as outras classes. 

Fonte: Jornal Hoje em dia do dia 05/12/2013.

VIRUS DE COMPUTADOR



Pesquisadores infectam computador com vírus que se propaga pelo som


Um grupo de pesquisadores da Alemanha encontraram um forma de propagar um vírus através de sinais de áudio imperceptíveis. A nova forma de comunicação poderia infectar um computador sem que ele esteja conectado a uma rede.
Durante muitos anos se pensou que uma das estratégias mais efetivas para evitar a contaminação de um computador era mantê-lo fora da internet ou longe de dispositivos suspeitos. No entanto, o novo sistema desenvolvido pelas alemães poderia afetar virtualmente qualquer equipamento em um raio de 20 metros.
Segundo uma publicação da equipe no Journal of Communications, eles usaram uma espécie de sonar modificado, originalmente projetado para comunicações embaixo d'água. Graças a alto-falantes comuns e uma série de alterações no desenho original, o grupo pode transmitir 20 bytes de informações a um equipamento situado a 19,7 metros de distância através de um sinal de áudio.
A intenção dos pesquisadores não era encontrar uma maneira eficiente de infectar outros equipamentos, mas sim desenvolver medidas efetivas para evitar qualquer tipo de propagação de malware pelo som.
Graças à pesquisa, será possível desenvolver filtros de som e outros tipos de barreira que evitem que se infecte uma equipamento de forma remota sem que ele esteja conectado à internet. 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

COPA DO MUNDO



Jornal espanhol afirma: 'Brasil é um caos à espera da Copa do Mundo'

'Mundo Deportivo' destaca problemas sociais e atrasos nas obras, e 'Gazzetta dello Sport', da Itália, diz que Copa das Confederações rompeu com o encanto do Brasil
Por GloboEsporte.comBarcelona, Espanha


O Brasil é um caos à espera da Copa do Mundo de 2014. Foi assim que o jornal catalão “Mundo Deportivo” destacou a sede do próximo Mundial em reportagem publicada nesta terça-feira. Após as críticas do espanhol “El País” e da inglesa “BBC”, o diário ibérico noticiou que o país sofre com inflação, corrupção e atraso nas obras dos estádios que receberão o torneio, com destaque para o acidente na semana passada na Arena Corinthians que causou duas mortes.
Na semana em que o Brasil recebe o Sorteio Final da Copa do Mundo da Fifa, sexta-feira na Costa do Sauípe, o “Mundo Deportivo” não poupou o país das críticas. Além disso, disse que a Copa das Confederações deixou um gosto amargo para o presidente da Fifa, Joseph Blatter, seu secretário-geral, Jerome Valcke, e para o governo brasileiro, citando as manifestações de junho. 

Jornal catalão 'Mundo Deportivo' faz críticas à Copa do Mundo no Brasil (Foto: Reprodução / MundoDeportivo.com)

Os constantes ataques de Romário aos gastos do Mundial também foram abordados pela reportagem, tal como os problemas sociais e a alta da inflação. Por conta dos protestos, o jornal chegou a afirmar que a Fifa pensou em mudar a sede do Mundial de 2014 para os Estados Unidos, ideia que teria sido rapidamente descartada.
Por fim, o jornal ainda destacou que o sorteio desta sexta-feira não deverá ter problemas. A localização em um resort da Costa da Sauípe seria bem policiado e, por ficar longe das grandes metrópoles, deve ser tranquilo.

Italianos: 'Ninguém hoje prevê o que acontecerá'

Além da Espanha, o Brasil recebeu críticas também da Itália. Usando o gancho do Sorteio Final da Copa do Mundo da Fifa, o jornal “Gazzetta dello Sport” destacou itens como os custos elevados, a corrupção e os atrasos, estampando no título a seguinte frase: o Brasil quer afastar os fantasmas.
As críticas têm sido duras e continuas sobre vários aspectos da Copa, e o cenário piorou com a tragédia na Arena Corinthians. Na reportagem, o jornal italiano escreveu que ninguém sabe qual será o cenário no dia 12 de junho de 2014, data da abertura do torneio, e informou ainda que todos temem manifestações piores das ocorridas durante a Copa das Confederações. 
- A Copa das Confederações rompeu com o encanto do Brasil e apagou uma imagem estereotipada e hipócrita do país do sorriso, carnaval e do futebol de praia com pés descalços. Hoje o Brasil é um gigante de 200 milhões de habitantes que vive uma crise de crescimento. Os brasileiros se endividaram até aos cabelos nos anos de euforia de Lula e agora foram empurrados contra a parede pelas taxas de juros de casas, carros e inflação. A corrupção continua no seu nível normal e o futebol foi o amplificador da revolta do povo. Ninguém hoje prevê o que acontecerá no próximo ano, nem mesmo se os estádios estarão todos completos – dizia a reportagem.



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