quarta-feira, 7 de agosto de 2013

ALTA CORRUPÇÃO



ALTA CORRUPÇÃO

É a ponta do iceberg este pequeno valor da propina e debaixo desse “angú” tem muita carne e muita propina escondida

Siemens pagou 8 milhões de euros em propina a 2 brasileiros, diz jornal

Segundo 'O Estado de S.Paulo', o dinheiro é parte de esquema de corrupção.
Representantes de funcionários públicos receberam o valor, segundo jornal. (Quais são os funcionários públicos que receberam a propina?)

Um relatório da Justiça alemã concluiu que a empresa Siemens pagou ao menos 8 milhões de euros (cerca de R$ 24 milhões, pelo câmbio atual) a dois representantes de funcionários públicos brasileiros em um esquema de corrupção em contratos no país, segundo reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" nesta quarta-feira (7). As informações fazem parte de uma investigação alemã que resultou na condenação da empresa, em 2010, ao pagamento de multa bilionária pelo esquema de corrupção internacional da Siemens.
Segundo documentos entregues pela Justiça alemã à Justiça brasileira, aos quais o jornal diz ter tido acesso, está evidenciada "a ação de dois consultores para a manutenção do cartel e a fraude contra os cofres do governo de São Paulo entre 2001 e 2002", durante o governo de Geraldo Alckmin, do PSDB. Os consultores, de acordo com a publicação, seriam Arthur e Sérgio Teixeira, então proprietários das empresas Procint e Constech.
Na reportagem, "O Estado de S. Paulo" informa que Sérgio Teixeira já morreu. Também diz que uma secretária afirmou que Arthur estava viajando quando o jornal procurou por ele.
No Brasil, o Ministério Público de São Paulo investiga em 45 inquéritos possíveis irregularidades em licitações do Metrô e da CPTM. As apurações foram retomadas após um acordo assinado pela Siemens com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), no qual a empresa delata a existência de um suposto cartel, um conluio entre empresas, para ganhar licitações aumentando os valores cobrados para instalar trens e metrô no Estado, com aval do governo.


Os documentos aos quais o jornal teve acesso mostram ainda que, em setembro de 2001, Everton Rheinheimer, da direção da divisão de transportes da Siemens, foi procurado pelos dois consultores, que pediram para ele se encontrar com representantes das empresas Alstom, CAF, Bombardier, Mitsui e Temoinsa.

Na reunião, segundo a publicação, teria ficado acertado um acordo que a Siemens venceria a licitação da reforma dos trens S3000 da CPTM. Em troca, as demais empresas dividiriam o contrato dos trens S2100.
Empresas offshores
Na investigação da Justiça alemã sobre a Siemens, segundo o jornal "O Estado de S.Paulo", os promotores apontaram a desconfiança de que o pagamento aos consultores para a negociação era feito por meio das offshores Leraway e Gantown. O dinheiro entraria no Brasil por meio de contas no Uruguai.
Offshores são empresas constituídas fora das fronteiras do país dos associados, em nações conhecidas como "paraísos fiscais" ou "zonas livres", onde é comum encontrar vantagens tributárias.
A prática, segunda a apuração, segue um padrão mundial de pagamento de propinas feito pela Siemens: uma empresa de consultoria emitia notas por um suposto trabalho – nunca realizado – e a Siemens pagava o valor, que seguia, segundo a reportagem, para agentes públicos ou lobistas.
Cade apura suposto cartel
A empresa Siemens, segundo reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", entregou documentos ao Cade em que afirma que o governo de São Paulo sabia e deu aval à formação de um cartel que envolveria 18 empresas – participantes subsidiárias da francesa Alstom, da canadense Bombardier, da espanhola CAF e da japonesa Mitsui. O suposto cartel teria funcionado de 1998 a 2008, nos governos Covas, Alckmin e Serra, do PSDB.
Atualmente, na Promotoria de Justiça da Cidadania há mais de 200 inquéritos que investigam irregularidades envolvendo Metrô e CPTM, informaram os promotores.
A Siemens afirma cooperar "integralmente com as autoridades, manifestando-se oportunamente quando requerido e se permitido pelos órgãos competentes" e salienta que "não pode se manifestar em detalhes quanto ao teor de cada uma das matérias que têm sido publicadas".
A Alstom esclareceu que recebeu um pedido do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para apresentar documentos relacionados a um procedimento administrativo referente à lei concorrencial. "A empresa está colaborando com as autoridades", diz.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse considerar "lamentável" que o estado precise acionar a Justiça para ter acesso a documentos da investigação promovida pelo Cade e que, "se caracterizar o cartel, o estado é vítima".

PESSOAS VÃO ENGORDAR SE MUDAREM DE PLANETA?



EIS AÍ UM TEMA INTERESSANTE PARA QUEM VAI FAZER O ENEM E PRESTAR O VESTIBULAR E ESTA PERGUNTA PODE SER FEITA E VOCÊ SABERÁ RESPONDÊ-LA?

Pessoas vão engordar se mudarem de planeta?

(  ) SIM ou (  ) NÃO 

Parece mais milagroso do que lipoaspiração, mas é apenas física: uma pessoa com 70 quilos pesaria apenas 11,6 quilos na Lua. Mas se essa mesma pessoa viajasse para Júpiter, o gigante gasoso do Sistema Solar, seu peso subiria para mais de 165 quilos.
Isso não acontece porque engordamos ou emagrecemos ao visitar outros objetos espaciais. Para entender essa mudança nos números, é preciso ter em mente que massa e peso são duas coisas completamente diferentes. 
Na astronomia e na física, massa é a quantidade de matéria de um corpo. Essa quantidade de matéria não se altera quando alguém viaja da Terra para a Lua, por exemplo. Já o peso é o cálculo da força da gravidade que corpos gigantes, como a Terra e a Lua, exercem sobre outros corpos - inclusive o seu.
Isso quer dizer que os números que vemos na balança da farmácia são, na verdade, um cálculo do seu peso, tendo como base a força da gravidade do planeta Terra. Se você pegar essa balança emprestada do dono da farmácia, viajar até a Lua e usá-la, o visor vai exibir um número que corresponde a apenas 16,57% do valor que você viu na Terra.
A teoria da atração gravitacional funciona assim: todo objeto com massa atrai outro objeto que também tenha massa. Só que, quanto maior a massa de um objeto, mais atração ele exercerá sobre outros - principalmente sobre objetos menos massivos que estão próximos.
É por isso que a gente não sai voando por aí: a Terra tem quantidade de massa suficiente para exercer força de atração gravitacional em tudo que há na superfície dela.
A Lua, no entanto, já não é tão massiva quanto a Terra e sua força gravitacional é bem menor. Por isso, os astronautas que estiveram lá apareciam nos vídeos da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) dando pulos gigantes, como se tivessem flutuando: a gravidade lunar exerceu uma força bem menor sobre os corpos deles.
Mas a força de gravidade não depende do tamanho do objeto. Depende da massa. Essa pessoa de 70 quilogramas quando pisar na superfície do Sol, que é gigante e tem muita massa, vai passar a pesar 1.895 quilos. Só que se essa viagem for para uma estrela anã-branca, que é bem menor do que o Sol, essa pessoa vai pesar 91 milhões de quilos!
As anãs-brancas são normalmente estrelas muito pequenas, mas cheias de massa. Essa massa toda está comprimida em um espaço menor - em algumas delas, é como se pegássemos um fusca e o comprimíssemos para ele ficar do tamanho de um grão de areia.
Consultoria: Gustavo Rojas, físico da Universidade Federal de São Carlos e representante brasileiro do ESON (ESO Science Outreach Network) e do GTTP (Galileo Teacher Training Program).

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

CARNE DE HAMBURGUER DE LABORATÓRIO



Cientistas produzem primeiro hambúrguer de laboratório
Produto será degustado pelo público pela primeira vez nesta segunda-feira (05/08/2013), em feira científica de Londres.


O primeiro hambúrguer feito em laboratório será apresentado e degustado nesta segunda-feira (5), em uma conferência científica de Londres. Pesquisadores holandeses usaram células retiradas de uma vaca para reconstituir os músculos da carne bovina, que foram combinados a outros ingredientes para fazer o hambúrguer.


Os cientistas dizem que a tecnologia poderia ser uma forma sustentável para suprir a crescente demanda por carne. Mas críticos da idéia dizem que comer menos carne seria o jeito mais fácil de compensar a já prevista falta de comida no mundo.

Segurança alimentar
A BBC obteve acesso exclusivo ao laboratório em que o projeto para produzir a carne foi implementado, ao custo de cerca de R$ 750 mil. Na Universidade de Maastricht, na Holanda, a pouco mais de 200 km da capital Amsterdã, o cientista à frente do experimento destaca a preocupação ambiental do estudo.

"Vamos apresentar ao mundo o primeiro hambúrguer feito em laboratório a partir de células. Estamos fazendo isso porque a criação de animais para abate não é boa para o meio ambiente, não vai suprir a demanda mundial (por comida) e também não é boa para os próprios animais", ressalta o professor Mark Post.

Para Tara Garnett, chefe da Food Policy Research Network (centro de pesquisas na área de alimentos), da Universidade de Oxford, na Inglaterra, os tomadores de decisão precisam olhar além das soluções técnicas para segurança alimentar.

"Temos uma situação onde 1,4 bilhão de pessoas no mundo ficam obesas da noite para o dia e, ao mesmo tempo, 1 bilhão de pessoas no mundo todo vão para a cama com fome", ressalta.

"Isso é simplesmente estranho e inaceitável. As soluções não se estabelecem na produção, mas na mudança dos sistemas de suprimento e acesso, com barateamento. E mais e melhores alimentos para pessoas que precisam deles", critica.

A receita
As células-tronco são as "mestres" do corpo humano, que podem se desenvolver em tecidos em diversas formas, como nervos e pele. A maioria dos centros de pesquisa nessa área tenta reproduzir tecidos humanos que possam ser usados para transplantes, reparando danos em músculos, nervos e cartilagens.

Os cientistas holandeses querem utilizar técnicas similares para produzir músculo e gordura dos alimentos. O professor Mark Post começou extraindo células do músculo de uma vaca. No laboratório, as células são colocadas numa cultura (solução) com nutrientes para promover o crescimento e a multiplicação das células.

Três semanas depois, as mais de 1 milhão de células-tronco geradas são divididas e colocadas em recipientes menores, onde se tornam pequenas tiras de músculo de aproximadamente 1 cm de comprimento e alguns milímetros de espessura.

As pequenas tiras são, então, coletadas e unidas em pequenos montes, que então são congelados. Quando alcançam uma quantidade suficiente, são descongeladas e compactadas na forma de um hambúrguer, antes de ser cozido.

Tem gosto bom?
Os cientistas tentaram recriar a carne – que inicialmente tinha cor branca – da maneira mais autêntica possível. A professora Helen Breewood, que atua com Post no estudo, vem tentando fazer com que o músculo criado em laboratório fique vermelho, adicionando um composto existente na carne bovina, chamado mioglobina.

"Se não se parece com uma carne normal, se não tem gosto de uma carne normal, não se tornará viável", afirma Helen.

No momento, porém, esse ainda é um trabalho em progresso. O hambúrguer a ser apresentado nesta segunda foi colorido com suco de beterraba. Os pesquisadores também adicionaram farinha de rosca, caramelo e açafrão, que ajudam no sabor.

Até o momento, os cientistas podem apenas produzir pequenos pedaços de carne por vez. Quantidades maiores demandariam um sistema circulatório para distribuir nutrientes e oxigênio. Os primeiros resultados sugerem que o hambúrguer não terá um gosto tão bom, mas Helen espera que ele tenha um sabor "bom o bastante".

Sofrimento animal
Apesar de atuar no projeto para produzir carne em laboratório, a pesquisadora da Universidade de Maastricht é vegetariana e acredita que a produção de carne gasta muitas fontes de energia. Ela afirma que, se comesse carne, preferiria a de laboratório.

"Muita gente considera carne feita em laboratório repulsiva num primeiro momento. Mas, se as pessoas soubessem o que acontece nos abatedouros para a produção de carne normal, também achariam repulsivo", ressalta Helen.

Em nota, representantes do grupo Pessoas pela Ética do Tratamento aos Animais (People for the Ethical Treatment of Animals – Peta) ressaltaram os benefícios da carne de laboratório.

"(Carne de laboratório) irá favorecer o fim de caminhões cheios de vacas, frangos, abatedouros e fazendas de produção. Irá reduzir a emissão de gases de carbono, economizar água e tornar a rede de suprimento de alimentos mais segura", destacou a nota.

Mas a escritora especializada em alimentos Sybil Kappor diz que sentiria dificuldades para comer a carne de laboratório.

"Quanto mais longe você vai do normal, de uma dieta natural, mais corre riscos de saúde e outras questões", ressalta.

O último levantamento da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) sobre o futuro da produção dos alimentos mostra crescimento da demanda por carne na China e Brasil – e o consumo só não cresce mais porque muitos indianos mantêm uma dieta amplamente vegetariana, por costume cultural.

Ainda assim, há o risco de que a carne produzida em laboratório seja uma aparente solução, cheia de problemas.
Fonte: BBC de LONDRES