sábado, 27 de abril de 2013

QUALIDADE DO ENSINO



QUALIDADE DO ENSINO

Já está provado que os países que priorizam a “educação” pertencem ao primeiro mundo e por isso são altamente desenvolvidos em todos os aspectos. Na realidade são poucos os países que perceberam esta possibilidade de desenvolvimento e os demais por não terem essa possibilidade como meta ou por que não quererem adotá-la por questões políticas e por isso mesmo são subdesenvolvidos, como o Brasil.
Em 1970 era o Japão que produzia os eletrônicos que a China hoje produz. A China nesta época era um país subdesenvolvido e envolvido em questões políticas de regime e disputas sociais internas. Se o Brasil desde essa época priorizasse a educação, seríamos nós que estávamos produzindo tais eletrônicos e distribuindo-os para o mundo e estaríamos hoje na mesma posição da China.  
Está provado que a educação é o carro chefe do desenvolvimento, vejam a Coréia do Sul e os países asiáticos, como exemplos.
Na Coréia o respeito ao professor é tão grande que tem um ditado:
“Não pise nem na sombra do professor”.
Com respeito à qualidade do ensino a ser ministrado, é impossível      obtê-la onde as escolas recebem todo tipo de aluno sem nenhuma classificação ou seleção ou sequer um teste de sanidade mental para atestar a capacidade de aprendizado. As escolas estão recebendo alunos surdos-mudos, síndrome de down, impossibilitados de locomoção, etc., dizendo que são escolas inclusivas.
É impossível lecionar com qualidade para essa mistura de pessoas diferentes em todos os aspectos, é necessária uma “seleção” como acontece na nossa vida profissional, onde somos selecionados através de concursos, currículos, entrevistas, testes, observação, comportamento e muitos outros modos de avaliação.
Sou a favor que em cada cidade possam existir algumas escolas “top”, como explica a reportagem a seguir e outras escolas que possam atender a todos os tipos e níveis dos alunos.
 Precisamos fazer alguma coisa para melhorar a educação no nosso país, não é possível que a classe política dominante continue atrasando o nosso desenvolvimento.


Depende de Nós
Depende de nós
Quem já foi ou ainda é criança
Que acredita ou tem esperança
Quem faz tudo pra um mundo melhor
Depende de nós
Que o circo esteja armado
Que o palhaço esteja engraçado
Que o riso esteja no ar
Sem que a gente precise sonhar
Que os ventos cantem nos galhos
Que as folhas bebam orvalhos
Que o sol descortine mais as manhãs
Depende de nós
Se esse mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito
Se a vida sobreviverá
Que os ventos cantem nos galhos
Que as folhas bebam orvalhos
Que o sol descortine mais as manhãs
Depende de nós
Se esse mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito
Se a vida sobreviverá
Depende de nós
Quem já foi ou ainda é criança
Que acredita ou tem esperança
Quem faz tudo pra um mundo melhor

                                                                                                    Escola que só aceita alunos 'top' é eleita a melhor 'high school' dos EUA
Escola pública do Texas é a melhor em ranking da     US News pela 2ª vez.
Instituição tem 17 professores para 240 estudantes do ensino médio.
Ana Carolina Moreno Do G1, em São Paulo

O site norte-americano US News divulgou na quarta-feira (24) um ranking das melhores escolas de ensino médio (high school) dos Estados Unidos, elaborada em colaboração com o Instituto Norte Americano de Pesquisa (AIR). Foram analisadas 21 mil escolas de 49 estados americanos e o Distrito de Columbia. Em primeiro lugar ficou a School for the Talented and Gifted, uma escola pública de Dallas, no Texas, que tem 14 alunos para cada professor e aceita matrícula apenas de alunos com notas excelentes (veja o ranking ao final desta reportagem).
A escola, que já havia sido a primeira do ranking em 2012 e figurou quatro vezes no topo do ranking da revista Newsweek de 2006, 2007, 2009 e 2010, é pública, foi aberta em 1982 e se encaixa na categoria "magnet school" (escola "ímã"). Esse tipo de escola, ao contrário das demais instituições da rede pública, tem permissão para selecionar seus alunos. Todos os anos são abertas 65 vagas no colégio, que atende estudantes do 9º ao 12º ano de high school (o ensino médio nos Estados Unidos dura quatro anos), afirmou o diretor da escola, Mike Satarino, ao G1.
Seleção por notas e criatividade
No ano passado, mais de 200 estudantes se qualificaram para o processo seletivo, que inclui cinco fatores: a média de notas no histórico escolar do 7º e 8º anos, as honras e distinções recebidas pelo aluno desde o 6º ano, um projeto elaborado pelo candidato, sobre qualquer tema, para mostrar seu potencial de criatividade, e as notas de dois testes de padronização aplicados nos Estados Unidos. "Esses quatro fatores somam um total de 100 pontos, a pontuação mínima para ser aprovado é 82, nós escolhemos os 65 candidatos com as notas mais altas dentro deste grupo", disse Satarino.
Outra diferença entre a School for the Talented and Gifted e escolas regulares é o nível das aulas. Nos Estados Unidos, os estudantes podem optar pelas disciplinas que querem cursar no ensino médio, e em muitos casos elas são oferecidas em duas modalidades: a de nível básico e a aplicada, com conteúdo mais avançado e destinada aos alunos que obtêm as melhores notas na área.
Já na escola bicampeã do ranking da US News, todas as disciplinas são avançadas. O resultado, segundo Satarino, é que 100% dos alunos que se formam no colégio são aceitos em universidades. Há dois anos, diz ele, as ofertas de bolsas de estudos que 56 formandos receberam de instituições dos Estados Unidos e Canadá somaram US$ 12,5 milhões (cerca de R$ 25 milhões).
Mesmo sem obrigação legal de manter cotas raciais, o diretor da escola explica que há diversidade no corpo discente e, além de estudantes brancos, negros e hispânicos, na escola há alguns alunos da China e de países da África que foram adotados por pais americanos, e alunos de famílias que imigraram do Vietnã e da Coreia do Sul.
No último ano, 33% dos estudantes era considerado de baixa renda e recebia benefícios pagos pela escola, incluindo auxílio parcial ou integral para custear a alimentação na cafeteria do colégio.
Investir em bons professores
O segredo do sucesso, segundo ele, é a qualidade dos professores. Todos os 17 docentes da School for the Talented and Gifted têm bacharelado, 11 deles têm mestrado e dois já concluíram o doutorado.
Todos eles, segundo o diretor, recebem o mesmo salário que os professores de escolas públicas regulares. "Mas de vez em quando uma fundação privada ou grupo de pessoas pode financiar a escola e dar um incentivo aos melhores professores", explica Satarino.
Diretor da escola há 16 anos, ele contou que a receita do bom desempenho da escola no ranking é um tripé. "Temos um corpo docente tremendo, com professores muito apaixonados pelo que fazem, alunos apaixonados por aprender e pais que nos apoiam muito. É tudo o que você precisa."
Veja abaixo a lista de 20 melhores 'high schools' dos Estados Unidos:
  •  
RANKING DAS 20 MELHORES ESCOLAS DE ENSINO MÉDIO DOS EUA
Escola
Cidade (Estado)
Nº de alunos e professores
1º) School for the Talented and Gifted
Dallas (Texas)
240 alunos e 17 professores
2º) Basis Tucson
Tucson (Arizona)
670 alunos (não informa o número de professores)
3º) Gwinnett School of Mathematics, Science and Technology
Lawrenceville (Georgia)
596 alunos e 39 professores
4º) Thomas Jefferson High School for Science and Technology
Alexandria (Virginia)
1.811 alunos e 107 professores
5º) Basis Scottsdale
Scottsdale (Arizona)
647 alunos (não informa o número de professores)
6º) Pine View School
Osprey (Flórida)
2.210 alunos e 121 professores
7º) Loveless Academic Magnet Program High School
Montgomery (Alabama)
448 alunos e 30 professores
8º) Biotechnology High School
Freehold (Nova Jersey)
309 alunos e 24 professores
9º) International School
Bellevue (Washington)
547 alunos e 25 professores
10º) Academic Magnet High School
North Charleston (Carolina do Sul)
610 alunos e 40 professores
11º) Pacific Collegiate School
Santa Cruz (Califórnia)
480 alunos (não informa o número de professores)
12º) High Technology High School
Lincroft (Nova Jersey)
268 alunos e 24 professores
13º) Maine School of Science & Mathematics
Limestone (Maine)
103 alunos e 11 professores
14º) Irma Lerma Rangel Young Women's Leadership School
Dallas (Texas)
172 alunos e 20 professores
15º) International Studies Charter High School
Miami (Flórida)
357 alunos e 21 professores
16º) Oxford Academy
Cypress (Califórnia)
128 alunos (não informa o número de professores)
17º) Carnegie Vanguard High School
Houston (Texas)
458 alunos e 29 professores
18º) International Academy
Bloomfield Hills (Flórida)
1.266 alunos e 62 professores
19º) Stanton College Preparatory School
Jacksonville (Flórida)
1.623 alunos e 91 professores
20º) Design & Architecture Senior High
Miami (Flórida)
494 alunos e 31 professores

Fonte: US News

quarta-feira, 24 de abril de 2013

EDUCAÇÃO



EDUCAÇÃO
Sou egresso da área educacional do Estado de Minas Gerais (SEE/MG), como professor efetivo e agora aposentado, sofrendo as conseqüências dos problemas vividos por todos aqueles que trabalham nesta área tão importante e essencial para a formação dos jovens e tão desprezada pelos governantes e legisladores e infelismente constatamos  falta de esperança   de todos nós para que dias melhores possam vir para a educação. Devido à situação aflitiva que estão vivendo todos os professores, a greve é inevitável neste momento.  Acho, entretanto,  que greve “metalúrgica” com paralisações e perda de dias, não é a melhor solução. A melhor solução é a greve “padrão” igual à dos policiais federais onde os professores irão procurar realizar o melhor trabalho, conforme as Normas e Resoluções preconizam para o ensino e através de avaliações mais rigorosas, mais justas, possam selecionar melhor os alunos conforme seu aproveitamento e aprovando somente aqueles que obtiverem notas efetivamente obtidas através do seu conhecimento e esforço.  Assim será evitado o “empurra” de todos os alunos da classe para o ano seguinte, com aproveitamento escolar ou não, para dar vagas para os que estão entrando. Qualidade do ensino nem se fala. Todos são considerados iguais. A aprovação automática de todos os alunos é para compensar a falta de escolas e portanto,  de vagas, então,  pressionam os professores para não existir reprovação de alunos, com afirmação de que quem seleciona melhor não é a escola e sim a vida, o mundo. 
A imprensa de modo geral, elogia o governador do estado e aprova a maioria das suas ações, mas, em termos de valorizar a educação e seus professores, nem ele e nem os outros valorizaram, justamente ele que é um "professor" também. Mas me parece que o nível dele de professor é diferente do nosso, por ele não se importa com o resto da classe. 
Colocamos neste blog o comentário do professor Eduardo Moraleida, que retrata muito bem essa situação:


"O governador é bom??? Em qual aspecto cara pálida??? Minas Gerais não paga o PISO NACIONAL, congelou a carreira do professor até 2016, não negocia com o sindicato e o governador é bom??? Vivemos uma ditadura em nosso Estado, com a mídia calada ou submissa, para não dizer conivente. O Ministério Público, não toma a iniciativa de intimar o governador a seguir o que reza na Constituição, visto que aqui não se cumprem os preceitos básicos da Carta Magna, não se aplicam os 25% anuais do Orçamento em educação desde 2003. Minas ocupa a vergonhosa 24ª colocação em investimentos no ensino e o governador é bom??? Amanhã, quarta e quinta teremos paralisação dos professores e sabe o que alguns jornalistas de rabo preso dirão: "professores atrapalham o trânsito de BH". Essa é a preocupação deles, já que o "o governador é bom". Chega de bajulação!!!!

 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

PESQUISA



PESQUISA
Por definição: Uma pesquisa é um processo sistemático de construção do conhecimento que tem como metas principais gerar novos conhecimentos, e/ou corroborar ou refutar algum conhecimento pré-existente. É basicamente um processo de aprendizagem tanto do indivíduo que a realiza quanto da sociedade na qual esta se desenvolve. A pesquisa como atividade regular também pode ser definida como o conjunto de atividades orientadas e planejados pela busca de um conhecimento. Ao profissional da pesquisa (especialmente no campo acadêmico), dá-se o nome de pesquisador. (Wikipédia).
As pesquisas podem ser dos seguintes tipos:
Pesquisa Bibliográfica
Pesquisa Descritiva
Pesquisa Laboratorial ou Experimental
Pesquisa Empírica
Pesquisa de Campo
Pesquisa Acadêmica

Sabemos que o desenvolvimento tecnológico atual deve seu desenvolvimento à observação e em grande parte à pesquisa. Com o advento da internet, que é a maior biblioteca mundial, fazer pesquisa de todos os tipos, ficou bastante facilitado o acesso às informações necessárias para o desenvolvimento dos trabalhos.
Então, copiando e aprendendo com a nossa mãe natureza, apresentamos um trabalho de divulgação da “REVISTA DE PESQUISA DA FAPESP-USP” muito interessante mostrando os vários produtos hoje existentes, frutos da observação da natureza.  

Produtos inspirados pela natureza dobram todos os anos

Exemplos do tipo foram apresentados pela bióloga norte-americana Janine Benyus durante o Simpósio Internacional Biomimética & Ecodesign, realizado pela FAPESP e pela Natura
KARINA TOLEDO | Edição Online 12:43 16 de abril de 2013

Fenômeno batizado pelos cientistas de “efeito lótus” serviu de inspiração para o desenvolvimento de tintas, vidros e tecidos autolimpante
Agência FAPESP – A planta de lótus (Nelumbo nucifera) virou símbolo de pureza espiritual por sua capacidade de se manter impecavelmente limpa apesar do ambiente lamacento em que vive. Tal façanha pode ser explicada pela presença de nanocristais de cera na superfície de suas folhas capazes de repelir a água de maneira muito eficaz. As gotas que ali caem assumem uma forma quase perfeitamente esférica, deslizam com facilidade e levam consigo a sujeira e os microrganismos.
Tal fenômeno, batizado pelos cientistas de “efeito lótus”, serviu de inspiração para o desenvolvimento de tintas, vidros e tecidos autolimpantes, que dispensam o uso de detergentes, além de equipamentos eletrônicos à prova d’água.
Já a superfície única da pele do tubarão de galápagos (Carcharhinus galapagensis), repleta de minúsculas protuberâncias que funcionam como um repelente natural de bactérias, inspirou o desenvolvimento de biofilmes para revestir camas hospitalares, entre outras aplicações.
Esses e outros exemplos de tecnologias inspiradas pela natureza foram apresentados pela bióloga norte-americana Janine Benyus durante o Simpósio Internacional Biomimética & Ecodesign, realizado pela FAPESP e pela Natura no dia 11 de abril.
Benyus é pioneira em um campo de pesquisa emergente, a biomimética, que propõe aos cientistas usar a biodiversidade não como fonte de matéria-prima para a indústria, mas como fonte de ideias para o design e o desenvolvimento de produtos e de sistemas.
“O número de produtos inspirados pela natureza dobra a cada ano no mercado e o número de publicações científicas na área duplica a cada dois ou três anos. É um campo do conhecimento que cresce muito rapidamente”, contou Benyus.
Durante a palestra, a bióloga mostrou de que forma a biomimética pode ajudar a superar desafios globais, como garantir o acesso à água potável, à alimentação e à energia, além de reduzir as emissões de carbono. Entre os casos citados, está um dispositivo capaz de capturar a umidade do ar e usá-la para irrigar plantações de forma dez vezes mais eficiente que as redes coletoras de neblina tradicionais.
O autor original da ideia é o besouro da Namíbia (Stenocara gracilipes), morador de áreas desérticas que, durante a madrugada, coleta o sereno com a ajuda de microcanais na superfície de seu corpo feitos de materiais hidrofóbicos (como as folhas de lótus) e hidrofílicos (que, ao contrário, atraem a água). As microgotículas fluem pelos microcanais do dorso e unem-se para formar gotas grandes, que chegam até a boca do animal.
“Existem duas formas de fazer biomimética. Uma delas é partir de um desafio de design e buscar um modelo biológico capaz de realizar aquela função que você precisa. A outra é observar um fenômeno interessante do mundo natural e procurar aplicações para ele”, afirmou Benyus.
O princípio não serve apenas para o desenvolvimento de produtos. Pode inspirar, por exemplo, o planejamento de cidades sustentáveis, que funcionem como um ecossistema natural. “Ecossistemas naturais, como as florestas tropicais, são generosos. Limpam o ar, limpam a água, fertilizam o solo. Produzem serviços que beneficiam também outros habitats. É isso que as cidades deveriam fazer”, opinou.
Construir pontes
Antes de trabalhar como consultora de empresas interessadas em encontrar soluções para criar produtos sustentáveis, Benyus era escritora de livros de história natural.
“Como bióloga, eu via muitos pesquisadores estudando como as folhas fazem fotossíntese e como os ecossistemas trabalham tão bem em conjunto. Por outro lado, havia um interesse crescente das empresas por soluções mais sustentáveis. Mas os designers não enxergavam as pesquisas produzidas pelos biólogos. Era preciso construir uma ponte entre eles”, contou.
Há 15 anos, Benyus publicou o livro Biomimicry: Innovation Inspired by Nature, no qual reuniu diversas pesquisas sobre o tema e introduziu o termo “Biomimética”. Desde então, além de prestar consultoria empresarial, a americana oferece um serviço sem fins lucrativos para instituições acadêmicas e cursos de especialização para biólogos, químicos, engenheiros, arquitetos e demais cientistas interessados em se aprofundar no tema. Todos os serviços estão reunidos no Instituto Biomimicry 3.8.
Benyus também mantém o portal Ask Nature, que reúne um enorme banco de dados taxonômicos e permite aos pesquisadores interessados em biomimética realizar gratuitamente buscas de estratégias do mundo natural para lidar com um determinado desafio.
“Tudo que os organismos naturais fazem para saciar suas necessidades – comer, respirar, acasalar – contribui de alguma forma para a fertilidade do habitat em que vivem. Os dejetos dos animais adubam o solo, o dióxido de carbono que expiram é usado pelas plantas na fotossíntese. A vida criou um sistema generoso e essa é a razão pela qual esse material genético existe há 10 mil gerações. A única forma de garantir o futuro de nossos filhos, netos e bisnetos é cuidar do lugar em que vão viver. Tem de aprender a ser generoso. É o que a vida faz”, defendeu.
Design sustentável
Ainda durante o Simpósio Internacional Biomimética & Ecodesign, Tim McAloone, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Danmarks Tekniske Universitet, na Dinamarca, falou sobre outra estratégia que permite às empresas criarem processos e produtos ambientalmente adequados: o ecodesign.
“Design para o ambiente é um conceito que permeia todas as fases do ciclo de vida de um produto, desde a escolha do material, do processo de manufatura e dos meios de transporte,até a distribuição e o descarte”, explicou.
Como exemplo, citou uma cadeira de escritório desenvolvida pela empresa americana Steelcase. Com um número menor de peças e materiais diferenciados, foi possível reduzir 15% o peso de transporte e o volume, além de tornar o processo de reciclagem mais fácil e de aumentar a durabilidade.
Além de apresentar aos cientistas critérios-chave para o design sustentável, McAloone falou sobre meios para implantar essa forma de planejamento nas organizações e divulgou um guia gratuito para o desenvolvimento de produtos disponível para download no endereço eletrônico: www.kp.mek.dtu.dk/Forskning/omraader/ecodesign/guide.aspx.

Parceria
Na abertura do simpósio, o diretor de Ciência e Tecnologia da Natura, Vitor Fernandes, afirmou que o objetivo do evento era unir dois temas considerados pela empresa “bastante complementares”. “Queremos discutir com a comunidade científica de que forma isso pode ser aprofundado, expandido e gerar valor para a sociedade, as empresas e a ciência”, disse.
O diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, ressaltou que a parceria com a Natura faz parte dos esforços da FAPESP para promover a interação entre pesquisadores de instituições acadêmicas paulistas e aqueles que atuam em empresas.
“No Estado de São Paulo existe um grau de interação entre empresa e universidade comparável ao de qualquer lugar do mundo onde há boas pesquisas e boa ciência”, disse Brito Cruz.
Segundo dados da National Science Foundation, em 2010, aproximadamente 6% do dinheiro investido em pesquisa nas universidades norte-americanas veio de empresas. “Na Europa esse percentual varia entre 3% e 10%. Em universidades paulistas, como USP, Unesp e Unicamp, está entre 5% e 10%. São percentuais comparáveis em termos de volume de recursos e de quantidade de projetos”, disse Brito Cruz.
Mas, para que a parceria dê certo, ponderou o diretor científico da FAPESP, é preciso que a empresa tenha sua própria atividade de pesquisa. “Assim conseguirá perceber onde precisa de ajuda e montar uma pauta de pesquisa. A colaboração com a universidade não substitui a pesquisa interna da empresa”, destacou.