terça-feira, 3 de dezembro de 2024

DIA INTERNACIONAL DE LUTA DOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA E CURIOSIDADES

Karla Neto – Colunista Correspondente

Nesta terça-feira(03), é celebrado o Dia Internacional de Lutas dos Portadores de Deficiência, foi instituído pela Organização das Nações Unidas em outubro de 1992. A partir de então, a cada ano, é estimulada uma reflexão sobre os direitos da pessoa com deficiência, tanto na instância nacional como na municipal.

O motivo para sua instituição é a promoção de uma maior compreensão dos assuntos referentes à deficiência, chamando atenção para sua importância, alertas e a conscientização para a defesa da dignidade, dos direitos e do bem-estar dos indivíduos.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 10% da população mundial porta algum tipo de deficiência. Possuir necessidades especiais ainda influencia na socialização dos indíviduos, intolerância e discriminação ainda são motivos de exclusão da classe. Segundo o decreto de N° 3,298/1999, a deficiência pode ser definida como perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica.

As Nações Unidas buscam enfatizar os significativos benefícios que a acessibilidade pode trazer, tanto para pessoas com deficiência quanto para a sociedade, e a divulgação desse fato entre os governos, as empresas e o público em geral. Neste sentido, como um dos princípios básicos dos Direitos Humanos, a acessibilidade se insere no contexto mais amplo da promoção da igualdade.

CURIOSIDADES  – Karla Neto

Você sabia que a nozes fortalece cabelos e unhas?

As nozes são oleaginosas ricas em ômega 3 e polifenóis que têm ação antioxidante e anti-inflamatória, ajudando a diminuir o colesterol “ruim” e controlar a pressão arterial, prevenindo doenças como aterosclerose, pressão alta e infarto. Altamente benéficas no corpo humano, a semente do fruto é a parte comestível que, desde os tempos antigos.

Eram recomendadas pelos antigos chineses como consumo diário para fortalecimento do organismo humano. De origem asiática, a nogueira é a árvore que dá origem ao fruto, que atualmente é cultivada em diversos locais do mundo. A maior parte das mudas que foram trazidas ao Brasil durante os anos 70, no entanto, são originárias do sul dos Estados Unidos.

Além disso, embora as nozes sejam ricas em calorias, elas também ajudam na perda de peso e no controle da diabetes, por serem ricas em fibras e proteínas que aumentam a sensação de saciedade e equilibram os níveis de açúcar no sangue.

Possuem um alto valor nutritivo e, apesar de ser muito calórica, 100 gramas apresenta aproximadamente 610 calorias, pode ser muito benéfica à saúde, já que em suas propriedades são encontradas gorduras saudáveis, proteínas, diversas vitaminas e minerais.

As nozes são oleaginosas que podem ser consumidas cruas ou torradas, junto com iogurte e frutas, e também podem ser usadas em preparações como bolos, tortas, saladas, pães, bebida vegetal, pudins e granolas.

As nozes estão entre os melhores alimentos para fortalecer cabelos e unhas, pois eles estão são carregadas com ômega-3 e vitamina E. Além disso, esse nutrientes ajudam a aumentar o brilho dos cabelos, e fortalece as unhas! A aplicação as Nozes sobre o cabelo deixa você com cabelo mais longo, mais forte, saudável e brilhante.

Você sabia que a cigarra macho é o inseto que produz o som mais alto na natureza, podendo ser ouvido a 500 metros de distância?

As ninfas cigarras, muito conhecidas pelo ritmo barulhento da “cantoria”, vivem instaladas em troncos de árvores ou paredes à espera da metamorfose e do período reprodutivo. Ao contrário do que possa parecer, a cigarra não emite o som com a boca ou com alguma vibração vocal que realiza. É o esfregar das asas no próprio corpo, em um par de estruturas abdominais chamadas timbales, que consegue produzir e amplificar essa sinfonia.

A sinfonia começa a aparecer com a chegada Primavera e permanece em alta até março, com seus adultos em plenos pulmões. Apesar de espécies muito conhecidas, sua importância ecológica e os hábitos desenvolvidos não são tão famosos assim.

As cigarras não ficam a maior parte do tempo em árvores ou plantas. Grande parte da vida dalas é passada no subsolo, a 30 centímetros da superfície e só saem quando a temperatura atinge 18°C. Veja e aprenda um pouco mais sobre esses insetos magníficos.

Basta uma chuvinha na época de Primavera para um som típico dessa estação potencializar seu volume. As ninfas cigarras, muito conhecidas pelo ritmo barulhento da “cantoria”, vivem instaladas em troncos de árvores ou paredes à espera da metamorfose e do período reprodutivo.

A sinfonia começa a aparecer com a chegada Primavera e permanece em alta até março, com seus adultos em plenos pulmões. Apesar de espécies muito conhecidas, sua importância ecológica e os hábitos desenvolvidos não são tão famosos assim.

Apesar de surgirem, especificamente, nos períodos quentes, as cigarras se abrigam debaixo da terra por anos. Percorrendo túneis escavados, lá vivem de três a 17 anos (em caso de algumas espécies dos Estados Unidos), se alimentando da seiva das raízes, até que estejam prontas para o acasalamento.

Ao saírem, os pequenos insetos vivem por semanas, até que cumpram com o seu papel reprodutivo e morram logo após da deposição dos ovos em rachaduras nos caules de plantas hospedeiras e o nascimento dos filhotes.

Você sabia que o abacate é uma fruta maravilhosa para quem tem pressão alta? Veja:

O abacate pode agir como anti-inflamatório natural e antienvelhecimento, além de reduzir os níveis de glicose no sangue diminuindo o estresse. A ação anti-inflamatória que a ingestão do abacate proporciona é graças a vitamina E. Outra substância importante encontrada na fruta é o beta sitosterol, responsável no controle do hormônio do estresse, o cortisol.

Além disso, o abacate também possui gorduras saudáveis, como gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas, que possuem ação antioxidante, ajudando a diminuir o colesterol e a pressão arterial, cuidando da saúde do coração.

Por ser rico em fibras, também ajuda a combater a prisão de ventre, já que aumenta o volume das fezes e favorece o trânsito intestinal. Além disso, é também importante que exista aumento do consumo de água para que as fezes fiquem mais hidratadas e suaves, favorecendo a sua saída.

Essa fruta pode ser incorporada em dietas para perder peso e por pessoas que possuem diabetes, já que é rica em fibras que ajudam a aumentar a sensação de saciedade e a regular a absorção de açúcares a nível intestinal. No entanto, o abacate deve ser consumido em pequenas porções devido ao fato de ser uma fruta muito calórica.

O abacate pode ser consumido ao natural ou adicionado em saladas, vitaminas e cremes. Já o caroço do abacate pode ser consumido para fins medicinais, no preparo de chás e tinturas.

 

GASOLINA DE FÓRMULA UM É INCRIVELMENTE PARECIDA COM A GASOLINA DE RUA EUROPEIA

 

Qual a diferença entre gasolina de Fórmula Um e a que vai em nossos carros? O que aconteceria se colocássemos gasolina de Fórmula um em um carro comum? E vice-versa?

Luiz Gonzaga Medeiros – Consultor técnico em petróleo e energia – Quora

Sei que poucos vão acreditar, mas ela é incrivelmente parecida com a gasolina de rua europeia. Por determinação da FIA, ela não pode ter qualquer composto que não esteja presente na gasolina de rua. Além do mais, ela tem que atender padrões de emissões de dois a quatro anos à frente da gasolina de rua.

E então o que pode ser feito?

As formuladores de gasolina de fórmula 1 estudam em laboratório e através de softwares, quais as moléculas existentes na gasolina de rua que apresentariam o melhor desempenho nos motores de fórmula 1. A partir daí eles passam a fazer uma separação de tudo o que é ruim e descartar e de tudo o que é bom e ir enriquecendo a mistura com moléculas de bom desempenho .

E depois eles testam em bancadas e formulam uma gasolina para cada circuito do ano. Cada circuito tem suas caraterísticas, como retomadas, velocidade final, etc..

Uma preocupação é colocar compostos tipo detergente, dispersante e redutores de atrito, que existem em gasolinas de rua e melhoram o desempenho do motor.

Outra preocupação é que se a gasolina for muito pesada, atrapalha o desempenho do carro. Se for muito leve pode não ter energia para ir até o fim da corrida. E geralmente o carro cruza a linha de chegada com muito pouca gasolina, para não carregar peso morto. Os engenheiros que se virem para simular e acertar o consumo em cada circuito e com cada estilo de pilotagem.

Depois de formulado, eles entregam uma amostra à FiA que passa a gasolina em um cromatógrafo. Este consegue indicar a presença de ppm de uma substância, que é parte por milhão. A FIA só quer localizar uma parte por mil de um contaminante proibido.

Já houve problemas com algumas escuderias no passado, que entregaram amostras OK para a FIA e correram com gasolinas proibidas e perderam os pontos da corrida (McLaren e Ferrari).

Uma gasolina preparada para a Ferrari não serve para a Mercedes e vice versa. Ela é desenvolvida para um motor que se comporta de um jeito e não iria bem no outro.

A gasolina tem que ter um percentual de Bio-Fuel.

A Ferrari, que corre com Shell, uma vez testou em um fórmula 1 dois anos atrasado (a FIA não permite testes em modelos recentes, além da temporada de testes) com gasolina de Fórmula 1 e com Shell V Power de rua. O Piloto era Fernando Alonso.

A gasolina de rua foi pior que a de fórmula 1 só nove décimos de segundo por volta e para surpresa geral, ela atingia velocidade maior que a de fórmula 1, embora tivesse uma volta mais lenta.

Adendo

Gasolina tem hidrocarbonetos que têm de 4 a 9 átomos de carbono e aqui vão alcanos, que só têm simples ligação carbono-carbono. Estas são também chamadas de parafinas.

Tem também os alcenos, que têm também duplas ligações entre os átomos de carbono. São chamadas de olefinas.

Tem os aromáticos, que possuem anel benzênico na molécula. As mais comuns delas são tolueno e xileno. Evita-se o benzeno por ser altamente cancerígeno.

E por fim tem os alcanos ramificados, ou parafinas ramificadas e que têm cadeias laterais nas moléculas de hidrocarbonetos.

Aqui um segredo: as moléculas mais interessantes para a fórmula 1 são aquelas que queimam rápido, porque esses motores têm até 15.000 giros por minuto. Então tem que haver dezenas de explosões por segundo em cada pistão e ele tem que queimar o mais rápida e completamente possível para aproveitar toda a energia da gasolina.

O grande segredo mesmo está nos motores da fórmula 1 atual, que na verdade são compostos de 5 elementos: 1 motor de combustão interna, 1 motor elétrico e ao mesmo tempo gerador elétrico para aproveitar energia das frenagens, uma bateria entre 20 e 25 kg, 1 turbo compressor com os gases de escape e 1 gerador de energia elétrica, que aproveita o calor dos gases de escape. Esse gerador elétrico tanto colabora com a bateria, como aciona o compressor do turbo para que este aja rapidamente e não haja o turbo lag, comum nos carros turbo.

O conjunto inteiro do motor pesa 145 Kg.

Ah, há também o intercooler, que esfria o ar de entrada.

E o motor de combustão interna é do tipo injeção direta de gasolina.

A eficiência dos 1.6 V6 turbo atuais chega a incríveis 50%, enquanto a dos carros 2.4 V8 aspirados chegava a 29%. Por isso eles geram bem menos HP do que os carros antigos, mas atingem a mesma velocidade média nos circuitos, com economia de combustíveis. O motor de combustão interna tem em torno de 650 HP, mas o motor/gerador elétrico coloca mais 140 HP nas rodas.

O DESEMPREGADO DEVE RECALCULAR A ROTA PARTIR EM BUSCA DA NOVA OPORTUNIDADE E SE PREPARAR PARA OS PROCESSOS SELETIVOS

 

Renata Fonseca – Especialista em Pessoa e Cultura e sócia da Refuturiza

O desemprego pode gerar muitas frustrações e ansiedade. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, o número de pessoas desempregadas em 2024 é de 7,3 milhões. Pensar no caminho a seguir e recalcular a rota é um momento decisivo para partir em busca da nova oportunidade e se preparar para os processos seletivos que virão.

“Como em toda transição, esse momento pós desligamento é bastante propício para que o profissional faça um balanço do seu desenvolvimento profissional durante o tempo em que esteve na empresa”, pontua a psicóloga, especialista em Pessoas e Cultura e sócia da Refuturiza, Renata Fonseca. Para ela, se perguntar qual foi o crescimento profissional e os aprendizados obtidos até àquele momento, e o modo como foram alcançados, são formas positivas de autoavaliação.

No entanto, a recolocação pode ser um desafio, especialmente para aqueles profissionais que atuaram por muito tempo em uma mesma empresa. Assim, é essencial que haja um foco em se manter atualizado para atrair a atenção dos recrutadores. A especialista elenca algumas ações que podem ser tomadas na busca de um novo emprego.

1. Atualizar o currículo e o LinkedIn

O documento é a porta de entrada para os processos seletivos.Por isso, é essencial atualizá-lo, com informações relevantes e objetivas, deixando claro as suas soft e hard skills.

Além disso, a rede social pode render frutos e oportunidades. Dentre muitas funcionalidades, seus usuários podem pesquisar sobre as principais empresas do setor em que atua. “Muitas pessoas lembram do currículo, mas esquecem da importância do LinkedIn. Por se tratar de uma rede social, toda atualização que você faz fica imediatamente disponível para ser acessada por colegas e empresas. Então, é uma ferramenta rápida de divulgação do seu próprio trabalho”, sinaliza Renata.

Ela ainda sinaliza que a rede social é uma forte ferramenta para prospecção, mas também incorpora outras funções relevantes. “O LinkedIn tem uma funcionalidade muito bacana que é a indicação. Você pode pedir aos seus antigos colegas e líderes que escrevam uma recomendação, ressaltando seus pontos fortes. Isso é algo que agrega credibilidade e pode ser muito importante para entrar novamente no mercado de trabalho”, explica.

2. Aprimoramento das habilidades

As habilidades compreendem um pilar fundamental durante a recolocação no mercado de trabalho, pois determinam as competências para executar uma atividade, seja em grupo ou individual. “Cada vez mais, as empresas estão buscando profissionais que tenham em seu repertório as chamadas soft skills, que são as habilidades comportamentais. Em tempos de avanço da Inteligência Artificial, são elas que nos diferenciam das ‘máquinas’, porque são próprias do ser humano”, evidencia a especialista em Pessoas e Cultura e sócia da Refuturiza. 

Ao passo que as habilidades se tornam gradualmente mais atrativas para os recrutadores, também é necessária uma autoavaliação constante por parte de quem está buscando a recolocação profissional. Isso permite a identificação de pontos fortes e pontos a melhorar, indica Renata. “Verifique quais cursos ou treinamentos podem ampliar seu acervo de hard e soft skills e faça um planejamento para alcançar essas metas”, frisa.

Segundo ela, inteligência emocional e comunicação não violenta são habilidades valiosas, pois influenciam as relações entre colegas e líderes. “Mas é importante que o profissional busque quais skills são mais relevantes ao seu cargo e à organização em que ele deseja trabalhar”, pontua.

3. Construir uma rede de contatos

Outro aspecto que otimiza a busca pela vaga ideal é a rede de contatos. De acordo com Renata, essa rede é construída ao longo das experiências profissionais. “Desenvolver uma boa rede de contatos, o chamado network, é fundamental para que o profissional construa boas oportunidades. O mercado de trabalho é feito de relações e são elas que costumam abrir portas para uma contratação”, expõe.

Ela salienta o quanto líderes e colegas são essenciais nesse processo, pois são pessoas que podem viabilizar uma indicação. Manter uma boa relação com esses sujeitos é uma forma de manter portas abertas mesmo após o desligamento. “Isso significa encarar o desligamento de uma forma madura, conservando o respeito pelas pessoas com as quais você trabalhou”, mostra.

4. Postura e erros durante a entrevista

O momento da entrevista é decisivo e pode gerar enganos quanto à forma de se portar. A psicóloga e sócia da Refuturiza enfatiza que um deles é criticar a experiência anterior. Esse tipo de postura pode causar dúvidas aos recrutadores e diminuir as chances de contratação.

“Além disso, falar mal do emprego anterior também imprime a sensação de imaturidade por parte do profissional, que não assume a sua parcela de responsabilidade nos problemas dessa relação de trabalho. Será que todo o problema recai sobre a empresa? O que será que de fato aconteceu para que a relação desandasse? São esses os questionamentos que podem surgir quando o profissional adota essa postura em uma entrevista”, acentua Renata.

Como manter a motivação e o bem-estar mental

Perder um emprego é um fator delicado e que pode fragilizar muitas pessoas, não só no aspecto material, como também mental, afetando a autoestima profissional. “O desligamento não significa que você é um profissional ruim. Significa que seu perfil profissional não é aquele que a empresa está buscando, mas certamente há uma organização que busca um colaborador com o seu perfil”, observa.

Renata frisa que a inteligência emocional nessas horas é fundamental, de modo que a pessoa esteja atenta à saúde mental. “É nessas horas que se deve construir o conhecimento de que vínculos profissionais são, antes de tudo, relações. E tal como na nossa vida pessoal, existem tentativas de relacionamento que, por incompatibilidade, não vão adiante. E isso não é um problema nem de uma parte, nem de outra. Simplesmente não houve o match, a conexão necessária para que o relacionamento funcionasse”, finaliza.

Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso

Junior Borneli, co-fundador do StartSe

Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)

Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor

Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe. Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).

É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas, conhecendo culturas diferentes.

Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator entre fracasso e sucesso.

Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo. “Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.

De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi possível para o melhor resultado”, avisa.

Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o empreendedor.

Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso é a superação”, destaca Junior Borneli.

Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes, receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”, afirma.

É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria fica pelo caminho”, diz.

É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.

O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.

Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará valer a pena!,” destaca o empreendedor.

DERROTA TAMBÉM ENSINA

Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá, tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos Estados Unidos”, afirma Junior.

No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.

Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e suportáveis”, salienta.

Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão. Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e siga firme em frente”, afirma.

É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm coragem e disposição para fazer”, completa.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                   

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

CORTE DE GASTOS DO GOVERNO LULA NÃO AGRADAM A MARINHA

 

História de Daniel Weterman – Jornal Estdão

BRASÍLIA – A Marinha divulgou um vídeo questionando se há “privilégios” no órgão, após entrar na mira do pacote de corte de gastos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O governo apresentou o pacote na última semana. Uma das propostas é estabelecer uma idade mínima para a aposentadoria especial das Forças Armadas, além de acabar com outras regras classificadas pela equipe econômica como “privilégios”.

Na peça publicitária, aparecem militares em treinamento, trabalhando em enchentes, estudando, mergulhando e encenando uma situação em que um navio afunda, enquanto outras pessoas fazem festa, aproveitam a praia, viajam e comemoram aniversário com a família.

O vídeo encerra com uma militar falando: “Privilégios? Vem para a Marinha!”

A peça foi produzida em alusão ao Dia do Marinheiro, que é comemorado no dia 13 de dezembro. Procurado, o órgão não se manifestou.

A cúpula da Marinha há havia divulgado um comunicado em que questiona a idade mínima para a reserva remunerada proposta pelo governo, conforme o Estadão revelou. O pacote prevê idade mínima de 55 anos. Atualmente, o critério é apenas pelo tempo de serviço, de 35 anos.

O governo anunciou o corte de gastos com quatro medidas que atingem os militares: a idade mínima; a extinção da transferência de pensão; a remuneração fixa de 3,5% para o Fundo de Saúde; e o fim da morte ficta (fictícia), que é a pensão para famílias de militares expulsos.

A proposta para as Forças Armadas foi enquadrada pela equipe econômica como um item de “equilíbrio fiscal e fim de iniquidades” na apresentação feita à imprensa.

O objetivo, de acordo com o governo Lula, é “corrigir distorções existentes em benefícios no poder público em relação ao resto da sociedade”. A equipe do Poder Executivo calcula que será possível economizar R$ 1 bilhão por ano com as mudanças nas forças militares.

PROBLEMAS DE MERCADO ENFRENTADO PELA VOLKSWAGEN E OUTRAS MONTADORAS NA EUROPA

 

História de The Economist – Jornal Estadão

Os painéis dos carros têm uma série de indicadores que se acendem para avisar sobre problemas. Se as salas de reuniões das montadoras da Europa tivessem sistemas semelhantes, estariam iluminadas como um mercado de Natal. A Volkswagen (VW), o maior do grupo em termos de vendas, está se preparando para greves a partir de 1º de dezembro em resposta ao seu plano de fechar três fábricas na Alemanha e cortar salários.

A Northvolt, uma startup sueca de baterias, outrora promissora, na qual a VW e a BMW investiram, entrou em colapso e foi à falência. Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, Donald Trump está ameaçando acabar com as cadeias de suprimentos ao impor uma tarifa de 25% sobre as importações do México e do Canadá.

Esses problemas ocorrem em meio a um ano já difícil para o setor automobilístico da Europa. Desde abril, o valor de mercado combinado das cinco maiores montadoras do continente em termos de vendas – VW, StellantisRenault, BMW e Mercedes despencou de mais de € 300 bilhões (US$ 320 bilhões) para menos de € 200 bilhões, já que uma série de previsões de lucros sombrias assustou os investidores.

Na Europa, a demanda diminuiu e a concorrência das empresas chinesas de veículos elétricos (EV) está se intensificando. “A torta ficou menor e temos mais convidados à mesa”, disse Oliver Blume, chefe da VW. Ao mesmo tempo, os negócios no exterior das montadoras europeias estão em um beco sem saída.

As vendas na China caíram, e os lucros nos Estados Unidos também estão ameaçados. Philippe Houchois, do banco Jefferies, descreve o fato como “uma recessão como nenhuma outra”. No entanto, os esforços para reduzir os custos em casa para manter a competitividade estão enfrentando forte resistência de sindicatos e políticos.

Empresas europeias estão tendo dificuldade na China Foto: Pedro Danthas/VW

Empresas europeias estão tendo dificuldade na China Foto: Pedro Danthas/VW

Não faz muito tempo, as montadoras europeias estavam em alta. A escassez de microchips durante a pandemia os ajudou a seguir uma estratégia de “valor sobre volume”, pois priorizaram a colocação de chips escassos em seus veículos mais lucrativos. A VW bateu seu recorde de lucro operacional a cada ano de 2021 a 2023.

A Stellantis (cujo maior acionista, a Exor, é uma das proprietárias da empresa controladora da The Economist) gerou sua maior receita e lucro de todos os tempos em 2023. A BMW e a Mercedes também tiveram anos de sucesso. Um programa de reestruturação na Renault também começou a dar resultados.

Ultimamente, no entanto, o cenário ficou mais sombrio. A demanda por carros na Europa estagnou e pode estar caminhando para um declínio estrutural. A Europa nunca mais voltará ao seu patamar pré-pandêmico de 16 milhões de vendas por ano, admite Arno Antlitz, diretor financeiro da VW. Em 2023, as vendas totais foram de pouco mais de 11,5 milhões de veículos, um aumento em relação ao ano anterior, mas bem abaixo de seu pico. Este ano, espera-se que elas sejam menores, e poucos no setor preveem um grande crescimento no próximo ano.

Com o fim da escassez de chips, a produção voltou a se concentrar em carros menos lucrativos. É provável que as margens diminuam ainda mais se houver guerras de preços para atender às novas e rígidas metas de emissão no caminho da UE para proibir as vendas de carros a gasolina até 2035. Regras mais rígidas no próximo ano exigirão que uma parcela maior dos veículos vendidos pelo setor seja de veículos elétricos, que atualmente são menos lucrativos do que os que consomem muito combustível.

As montadoras europeias também estão sendo pressionadas pelos concorrentes chineses em termos de preço no mercado interno. Embora tenha havido uma pequena queda após a introdução de tarifas sobre veículos elétricos importados pela União Europeia em outubro, as montadoras chinesas ainda são responsáveis por uma em cada dez vendas de veículos elétricos novos na Europa, de acordo com a Schmidt Automotive Research, uma consultoria. Essa participação aumentará ainda mais. A BYD e a Chery, duas montadoras chinesas, estão instalando fábricas na Europa para atender diretamente ao continente.

Enquanto isso, na China, as empresas europeias estão perdendo para as rivais nacionais. O maior mercado de automóveis do mundo foi, por muito tempo, uma importante fonte de lucro para o setor automotivo da Europa. Esses dias estão chegando ao fim. De acordo com o banco UBS, a participação de mercado das marcas estrangeiras despencou de 63% em 2020 para 37% atualmente, com as montadoras chinesas provando ser melhores em equipar seus veículos com a tecnologia sofisticada que os consumidores do país exigem. A VW foi atingida de forma especialmente dura. Outrora a maior empresa automobilística da China, sua participação de mercado caiu de 19% em 2019 para 14% atualmente. Ela pode cair para um único dígito até 2030, diz o UBS.

Os negócios na China também estão ficando mais difíceis para as empresas alemãs de alto nível. A BMW e a Mercedes obtêm 48% e 37% de seu lucro operacional, respectivamente, no país. Embora até agora tenham perdido apenas alguns pontos porcentuais de participação de mercado, ambas dependem muito de carros a gasolina em um país onde metade das vendas agora são elétricas. As vendas na China da Porsche, outra marca europeia de luxo, caíram 27% desde 2022.

A Stellantis, que se retirou em grande parte da China, está, no entanto, em uma batalha com concorrentes chineses na América do Sul e no Oriente Médio, ambas regiões importantes para a empresa. Seu maior problema, no entanto, é a queda de seus lucros na América do Norte. Uma decisão equivocada de aumentar os preços de suas picapes e utilitários esportivos, para aproximá-los dos preços da Ford e da General Motors, saiu pela culatra, pois os clientes se afastaram. No mês passado, a empresa anunciou que sua receita na América do Norte caiu 42%, ano a ano, no trimestre de julho a setembro. O aumento dos estoques levou a empresa a cortar a produção e fechar temporariamente as fábricas.

O mercado americano deve se tornar ainda mais espinhoso para as montadoras europeias sob o comando de Trump. A VW importa quase dois quintos dos carros que vende nos Estados Unidos de norte a sul da fronteira, assim como a Stellantis. Se Trump também cobrar tarifas sobre as importações da UE, isso agravaria o problema. Embora dois terços dos carros que a BMW vende nos Estados Unidos sejam fabricados lá, o restante é importado da UE, de acordo com o banco Berenberg.

Tudo isso aponta para um doloroso período de reajuste para as montadoras da Europa, que precisará começar com o combate ao excesso de capacidade interna. Os esforços para isso, no entanto, já estão encontrando resistência. Os sindicatos da VW não são os únicos a entrar em ação industrial. No mês passado, os trabalhadores italianos do setor automotivo fizeram uma paralisação de um dia, sua primeira greve nacional em 20 anos. As greves também atingiram fornecedores de automóveis na França e foram ameaçadas em duas fábricas de pneus que devem fechar até 2026.

Os políticos também estão tendo uma visão negativa do fechamento de fábricas. “Possíveis decisões erradas de gestão do passado não devem ser tomadas às custas dos funcionários”, disse Olaf Scholz, o chanceler da Alemanha, em relação aos fechamentos planejados pela VW. Carlos Tavares, chefe da Stellantis, foi repreendido pelo governo italiano por enviar empregos para países de baixo custo. Mas, a menos que as empresas automobilísticas europeias consigam lidar com o aumento dos custos e a queda nas vendas, sua situação só piorará. As luzes de advertência estão piscando com mais urgência agora.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

EXEMPLO FISCAL DA ARGENTINA PARA O BRASIL

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Uma onda de otimismo tem varrido a Argentina nos últimos meses. O índice S&P Merval teve o melhor desempenho em dólares entre as 20 principais bolsas de valores no mundo, e um fundo de índice (ETF) que acompanha o movimento das ações das principais empresas argentinas negociadas em Nova York registra entradas recordes desde o início do ano. Os investidores perseguem prêmios maiores e alguma segurança, e é isso que Javier Milei tem oferecido.

Em novembro de 2023, a Argentina enfrentava a pior crise econômica das últimas décadas. O ultraliberal foi eleito prometendo zerar o déficit fiscal. Sem maioria no Congresso, Milei começou mal e comprou briga com os governadores, mas cedeu e conseguiu aprovar seu pacote.

Os cortes de gastos começaram a dar resultados. Em janeiro, as contas públicas tiveram saldo positivo pela primeira vez em 12 anos; em outubro, o país registrou o 10.º superávit primário consecutivo. E, pela primeira vez na história argentina, houve saldo suficiente para pagar também o custo dos juros da dívida.

No dia 15 de novembro, a Fitch elevou a nota de crédito da Argentina de CC para CCC, classificação que ainda mantém o país entre aqueles com alto risco de inadimplência, mas a um degrau da categoria de grau especulativo – uma escala ampla na qual o Brasil se encontra, com a nota BB. O risco país, por sua vez, está no nível mais baixo desde 2019.

As taxas de juros estão em 35% ao ano e, somadas à redução dos subsídios nas contas de água, energia, gás e transporte e às demissões no setor público, fizeram o consumo despencar. Em recessão, o PIB recuou 1,7% no segundo trimestre, depois de cair 2,2% no primeiro trimestre e 1,4% no último trimestre de 2023.

O processo, portanto, não tem sido indolor. No primeiro semestre deste ano, nada menos que 15,7 milhões de pessoas viviam abaixo da linha de pobreza, ou 52,9% da população, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). Desde o segundo semestre do ano passado, eram 12,3 milhões, o equivalente a 41,7% da população.

A popularidade de Milei, em queda desde que assumiu o governo, voltou a subir nos últimos meses. E mais recentemente, a despeito das manifestações nas ruas, Milei conseguiu evitar a derrubada de seus vetos à recomposição das aposentadorias e do financiamento às universidades públicas, fundamentais para seu plano fiscal.

Milei sabia que a economia iria piorar muito antes de melhorar e, por isso, apostou todas as suas fichas no controle da inflação. A inflação subiu 2,7% em outubro, taxa mais baixa para o mês dos últimos três anos, e, no acumulado de 12 meses, registrou alta de 193%. É um nível elevadíssimo, mas foi a primeira vez, em meses, que a inflação ficou abaixo dos 200% na Argentina.

Há dúvidas sobre a sustentabilidade desse ajuste no longo prazo. Depois da forte desvalorização do peso no início de seu mandato, o país tem feito uma depreciação controlada, mas a diferença entre a cotação oficial do dólar e a do dólar paralelo (blue) está aumentando, em vez de se aproximar.

Mesmo com o peso sobrevalorizado, a Argentina ainda não conseguiu recompor reservas internacionais. Abandonar o câmbio fixo depende da suspensão do controle de capitais – e é o que o mercado deseja –, mas Milei não pretende fazer nada disso tão cedo. Uma rodada de negociação com o Fundo Monetário Internacional, a quem a Argentina deve mais de US$ 40 bilhões, é dada como certa.

É inegável que Milei tem se esforçado para mostrar que a Argentina mudou. A economia deve recuar 3,5% neste ano, mas deve crescer 5% em 2025, segundo o Banco Mundial. Com tantas dificuldades, o país deu passos corajosos na direção correta, uma atitude que contrasta com a hesitação do governo de Lula da Silva.

A escala e a diversificação da economia brasileira não se comparam às da Argentina. Também por isso, o ajuste fiscal de que o Brasil necessita teria magnitude bem menor e consequências muito mais brandas que as vivenciadas pela população do país vizinho. Neste momento, a Argentina ensina algo ao Brasil: quanto mais se adia o reequilíbrio fiscal, mais amargo é o remédio a ser adotado.

AS FRAGILIDADES DO PACOTE FISCAL DO GOVERFNO

 

História de João Nakamura – CNN Brasil

Entenda em 5 pontos as fragilidades do pacote fiscal do governo

Entenda em 5 pontos as fragilidades do pacote fiscal do governo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na quarta-feira (27) um pacote de contenção de fiscal cuja expectativa do governo é gerar uma economia de mais de R$ 70 bilhões ao longo dos próximos dois anos. Além das medidas de corte de gastos, Haddad enviou ao Congresso uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): o projeto de isenção do Imposto de Renda (IR) aos contribuintes que ganhem até R$ 5 mil. O anúncio como um todo, porém, gerou um mal estar generalizado no mercado, de modo que o dólar fechou um pregão pela primeira vez na história acima do patamar de R$ 6. Olhando para o resto do mundo, nota-se que o real teve o pior desempenho cambial na semana do anúncio. A seguir, entenda em cinco pontos as fragilidades que desagradaram os investidores em relação ao pacote fiscal. Comunicação O primeiro atrito no diálogo foi a própria maneira como foi iniciado. A divulgação em rede nacional às 20h30 de uma quarta-feira foi visto mais como um “vídeo de campanha” política, do que um anúncio efetivo de medidas econômicas. “Ao invés de vender isso como um ajuste necessário, especialmente no ambiente externo bastante pior do que se imaginava, fica essa bagunça, esse saco de gastos de medidas”, avaliou Tony Volpon, ex-diretor do Banco Central (BC) e colunista do CNN Money, após o anúncio. A falta de detalhamento incomodou o mercado, mas o governo já havia planejado uma coletiva de imprensa para explicar as medidas no dia seguinte. Porém, mesmo com os esclarecimentos, a dúvida seguiu no ar, segundo Helena Veronese, economista-Chefe da B.Side Investimentos. “Apesar de reforçar na sua fala que a medida pressupõe uma neutralidade tributária, já que viria acompanhada de uma compensação, não está claro, em números, como isso aconteceria. Além disso, esta neutralidade conta com uma aprovação no Congresso tanto da isenção para quem ganha até R$ 5mil, quanto do aumento de impostos para quem ganha acima de R$ 50 mil, uma questão delicada e que pode, sim, resultar em menos receita para o governo”, escreveu em nota pós-coletiva. O maior detalhamento viria com a divulgação dos textos, após o encaminhamento ao Legislativo. “Tem pouca explicação de cada item. A falta de informação alimenta a desconfiança. E há itens ali que não tratam de ajuste fiscal, como a DRU”, avalia Zeina Latif, sócia-diretora da Gibraltar Consulting. Ainda que o pacote tenha incluído algumas medidas avaliadas como “de fato estruturais” por Veronese e outros analistas, a comunicação continuava falha para lidar com um dos elefantes na sala. Isenção do Imposto de Renda “A nosso ver, o governo errou ao misturar dois assuntos que deveriam ter sido apresentados em momentos distintos: após longas semanas de espera por um anúncio de corte de gastos, este anúncio veio acompanhado e ofuscado pela desoneração do IR para quem ganha até R$ 5 mil, ou seja, por uma medida que implica em abrir mão de receita. A impressão que se passa é a de um governo pouco comprometido com a austeridade das contas públicas”, explica a economista-Chefe da B.Side Investimentos. A medida divide opiniões entre quem a defende pela isonomia que pode trazer à tributação às pessoas físicas do país, e quem avalia que este não era o momento para anunciar uma proposta de renúncia fiscal. “Em meio à desconfiança crescente do mercado sobre a condução da política econômica, sobremodo a fiscal, novas camadas de incerteza sobre a solidez das contas públicas foram lançadas”, pontua Murilo Viana, economista da Finance Consultoria. “A medida terá um custo fiscal muito elevado, entre mais de R$ 40 bilhões e cerca de R$ 100 bilhões ao ano, a depender se a ampliação da faixa de isenção resultará também na correção das outras faixas da tabela do IRPF”, conclui o especialista em contas públicas. Pacote tímido e superestimado Dentre as medidas apresentadas pelo chefe da equipe econômica, foi contemplada a limitação do crescimento do salário mínimo ao intervalo permitido pelo arcabouço fiscal, uma das principais demandas do mercado a fim de se assegurar a sustentabilidade da nova regra de gastos. O novo marco, aprovado em 2023, deu fim ao teto de gastos. A partir de então, as despesas do governo podem crescer entre 0,6% – em períodos de retração – e 2,5% – em momentos de expansão – acima da receita do ano anterior e com valores corrigidos pela inflação. Dentro da banda, os gastos poderão crescer até 70% da variação da receita do ano anterior. Porém, valores como os do salário mínimo e outras despesas do governo vêm crescendo a um ritmo maior que o permitido pela regra fiscal, de modo a pressionar os gastos discricionários – os investimentos – no orçamento federal. Outras propostas incluídas foram: Reajuste no abono salarial; Adequar o crescimento dos gastos com as emendas parlamentares ao limite do arcabouço (2,5% ao ano); Mudanças na idade mínima para aposentadoria dos militares; Limitação de transferência de pensões. Apesar de o pacote atender algumas medidas pleiteadas pelo mercado, a avaliação é de que a execução dessas demandas não foi adequada e que o conjunto da obra não foi arrojado o suficiente, aponta Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter. “A revisão do abono e a limitação do reajuste do salário mínimo vão na linha correta, assim como o uso de emendas para cumprir o piso de gastos da saúde, o que deve limitar o crescimento mais acelerado dessas despesas, mas com impacto tímido pelas regras anunciadas”, afirma Vitória. Mas, mesmo que algumas medidas sejam acertadas, o que se aponta é que a economia apontada pelo governo (R$ 71,9 bilhões) é superestimada. “A Fazenda com frequência exagera no impacto das medidas. Então, para além do equívoco de discutir tributação agora (o que foi afastado pelo Congresso), o valor em si do impacto fiscal seria insuficiente e, pior, provavelmente menor do que o estimado”, enfatiza Zeina Latif. De acordo com estimativa do BTG Pactual, a quantia que deve ser economizada nos próximos anos é R$ 26 bilhões menor que a apontada pela equipe econômica do Executivo. Com essa fraqueza das medidas em mente, Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor de Política Monetária do BC e presidente do Conselho de Administração da Jive Mauá, acredita que a alta da Selic, a taxa de juros básica do país, deve acelerar a 0,75 ponto percentual na próxima e última reunião de 2024 do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 10 e 11 de dezembro. Já a equipe de analistas do Itaú estima uma defasagem de R$ 19 bilhões. “Mantemos nossa avaliação geral de um pacote aquém do esperado e com poucas mudanças estruturais. A escolha da mudança de regra do salário-mínimo traz ganhos inferiores aos ideais no longo prazo (em 10 anos de R$ 80 bi vs R$ 300 bi se a regra fosse equivalente a 70% do PIB t-2, assumindo PIB médio de 2% a frente, por exemplo)”, explica Pedro Schneider, economista do Itaú Unibanco. “A diferença frente às estimativas do governo vêm principalmente de uma menor expectativa de ganhos com reforço de medidas antifraude e do governo esperar uma economia com a prorrogação da DRU. O Ministro da Fazenda também anunciou que os programas pé-de-meia e vale-gás estarão dentro do orçamento e das estatísticas fiscais, o que , se implementado, ajudaria a diminuir parte das preocupações com criatividades contábeis, embora sem implicar em economia fiscal.” Sustentabilidade da dívida pública Apesar deste último ponto, alguns economistas avaliam que as medidas possam ser suficientes para dar fôlego ao arcabouço, pelo menos até o final deste mandato de Lula. “Mesmo que não confessem, o objetivo da equipe econômica é dar um fôlego ao arcabouço até 2026, evitar que colapse antes. Depois um novo governo toca isso ou vai ter que rever”, aponta Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda e sócio da Tendências Consultoria. Porém, Jeferson Bittencourt, head de macroeconomia do ASA, avalia que este já era um ponto que deveria estar claro e ser garantido, uma vez que trata da questão do governo atender a regra que ele próprio estabeleceu e não furar com a lei de responsabilidade fiscal. “E como a média do mercado, de acordo com o Prisma Fiscal, tem uma projeção de despesa crescendo em linha com o arcabouço, apenas garantir esta trajetória não deveria ser um fato novo positivo”, indaga Bittencourt. O que seria positivo seria o pacote levar a dívida pública bruta do país à estabilização e, em seguida, à sua retração. “Não víamos as medidas individuais de cortes de despesas como um fator que contribui para a sustentabilidade fiscal de longo prazo, porque a intenção do governo era viabilizar o limite de despesa do arcabouço”, diz o analista do ASA. Aqui, Samuel Pessôa, pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) e chefe de pesquisa do Julius Baer Brasil, retoma a questão da isenção do IR. “Qual é o problema estrutural que mais incomoda o mercado financeiro? É haver regras que obrigam que o gasto público cresça mais rapidamente que a economia. Agora, o governo anunciou um pacote econômico que o ponto mais importante é uma desoneração de R$ 50 bilhões”, afirmou Pessôa em entrevista ao WW. O pesquisador da FGV indica que a medida pode pressionar ainda mais a situação da dívida pública brasileira. Ele aponta que Lula pode encerrar seu terceiro mandato deixando o país com um endividamento cujo valor é equivalente a 86% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro – a soma de todas as riquezas geradas no país. Caso concretizada a previsão, isso significaria um buraco 14 pontos percentuais maior que o recebido do governo anterior, de Jair Messias Bolsonaro (PL), que encerrou seu mandato com uma dívida de 72% do PIB. “A minha impressão é de que a equipe econômica se deu conta de que não é possível estabilizar a relação dívida/PIB e nem reduzi-la sem mudanças estruturais muito profundas”, conclui Maílson da Nóbrega. “O pacote tem medidas na direção correta, mas perdeu credibilidade na partida. E assim, mesmo com coisa boa não, resolve o problema do crescimento da relação dívida/PIB. Pode adiar a crise, mas o encontro com o colapso de expectativas ainda está posto no horizonte.” Embate político Por fim, o cenário político não parece ser o mais favorável para a tramitação do pacote. Com menos de um mês até o recesso parlamentar, o Executivo espera que as medidas sejam aprovadas ainda este ano, mesmo com outras agendas travando a fila. Além disso, o mercado teme que o pacote, que já é frágil, seja ainda mais enfraquecido ao passar pelas mãos do Legislativo. “Entendemos que há detalhes ainda em aberto e que há riscos de tramitação no Congresso, como, por exemplo, na definição do que será contabilizado como renda tributável e riscos de aumento da elisão fiscal, com os contribuintes buscando formas de evitar o aumento de tributação”, conclui Schneider, do Itaú. Por conta da resistência da própria base do governo a algumas medidas fiscais que mexem com programas sociais, Maílson da Nóbrega acredita que “não há ambiente político para fazer essa reforma”. O diagnóstico final de Rafaela Vitória, do Inter, é de que as medidas anunciadas devem acabar sendo insuficientes para zerar inclusive o déficit de 2025. O governo trabalha com o objetivo de fechar as contas no “zero a zero”, mas com uma margem para primário de 0,25% do PIB, equivalente a cerca de R$ 28,8 bilhões. A estimativa do Inter, porém, é de que os gastos do governo acabem em R$ 110 bilhões em 2025, ou 0,9% do PIB. “O corte estimado de apenas R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 70 bilhões em 2026 é baixo considerando o crescimento de gastos de mais de R$ 400 bilhões entre 2024 e 2025 e mostra a dificuldade política do governo em enfrentar a necessidade de revisão mais ampla dos gastos, incluindo programas sociais que tiveram crescimento acelerado e pró-cíclicos nos últimos dois anos”, afirma Vitória.

CARROS HÍBRIDOS OU ELÉTRICOS?

Blogo do Pedro Côrtes – CNN Brasil

No Brasil, a transição energética já começou. Mas esse é um cenário que muda rapidamente com a evolução tecnológica. Precisamos manter isso em nosso radar

O Brasil descarta anualmente cerca de 40 milhões de celulares, cujas baterias equivalem ao impacto ambiental de pelo menos 20 mil baterias de carros elétricos
O Brasil descarta anualmente cerca de 40 milhões de celulares, cujas baterias equivalem ao impacto ambiental de pelo menos 20 mil baterias de carros elétricos • Pexels

No Brasil, a transição energética começou na década de 1930 com a mistura de etanol nacional à gasolina, inicialmente para reduzir a dependência de combustíveis importados. Ganhou força com o Proálcool em 1975, programa criado para aproveitar o excedente de cana-de-açúcar e que ganhou relevância para mitigar nossa dependência de petróleo importado.

A evolução tecnológica levou ao desenvolvimento dos veículos flex, capazes de usar gasolina e etanol em diferentes proporções.

Mais recentemente, a hibridização da frota tem sido vista como uma solução para intensificar a transição energética do país, especialmente com o uso do etanol. Há, entretanto, questionamentos sobre a longevidade dessa tecnologia.

Carros elétricos

A China investiu em carros elétricos para superar a desvantagem competitiva em relação aos veículos convencionais europeus e norte-americanos e reduzir a poluição nas grandes cidades. Aplicando os princípios estratégicos de Michael Porter, buscou diferenciação ao competir em um segmento onde os líderes não tinham supremacia e aproveitou o vasto mercado interno para obter economia de escala e praticar preços competitivos no exterior.

Combinando custos baixos, inovações e design avançado, as montadoras chinesas alcançaram liderança em custos e conseguiram destaque em diferenciação tecnológica. Aplicaram os conceitos clássicos de estratégias competitivas de Porter, algo estudado nos cursos de graduação em Administração. O pior inimigo das montadoras tradicionais se materializou em competidores que nem estavam no radar.Play Video

Europa

A Europa incentivou os carros elétricos por meio de políticas governamentais, apesar de parte de sua energia ainda ser gerada por fontes fósseis, o que pode parecer contraditório. No entanto, a descarbonização da matriz energética europeia está em curso, com países como Portugal utilizando basicamente fontes renováveis, a França utilizando energia nuclear, e iniciativas para eliminar carvão na geração elétrica como fizeram a Inglaterra e a Itália.

Esse processo torna a adoção de veículos elétricos ambientalmente mais justificável, beneficiando toda a frota à medida que a geração de energia se torna mais limpa.
Questões ambientais

Embora se critique o impacto ambiental das baterias de carros elétricos, os celulares, que têm um descarte muito mais frequente, raramente recebem a mesma atenção. O Brasil descarta anualmente cerca de 40 milhões de celulares, cujas baterias equivalem ao impacto ambiental de pelo menos 20 mil baterias de carros elétricos.

Além disso, as baterias veiculares podem ser reaproveitadas em sistemas de armazenamento de energia solar ou eólica, enquanto as de celulares, integradas aos aparelhos, têm reuso mais complicado, apesar da possibilidade de recuperação de metais nobres se descartadas corretamente. Não se ouvem críticas ao descarte de baterias de telefones celulares, especialmente por aqueles que criticam o impacto ambiental das baterias dos carros elétricos.

Há tecnologias que permitem a recuperação de baterias automotivas, ampliando sua vida útil e reduzindo a necessidade de troca. Como são baterias facilmente destacáveis, podem entrar em sistemas de recuperação de componentes e metais nobres.

A tecnologia híbrida

Os veículos híbridos combinam um motor à combustão com um ou mais motores elétricos, recuperando e armazenando em baterias a energia desperdiçada na frenagem, por exemplo.

Com isso, mesclam o uso de motores a combustão com o uso de motores elétricos e conseguem reduzir o consumo e as emissões de gases de efeito estufa.
No Brasil, os híbridos que utilizam etanol se destacam por emissões praticamente neutras, já que o CO2 emitido é reabsorvido pela fotossíntese durante o cultivo da cana.

Apesar de emissões remanescentes devido ao uso de diesel no transporte e produção do biocombustível, essa tecnologia é vista como uma solução promissora para a mobilidade sustentável no país.

A longevidade da tecnologia híbrida

Apesar da aposta brasileira nos veículos híbridos, seu futuro pode ser limitado. Segundo matéria publicada pelo The Economist (Why the hype for hybrid cars will not last), normas na Califórnia e em outros 16 estados americanos permitirão apenas 20% de vendas de híbridos até 2035, enquanto a União Europeia planeja proibir a venda de todos os carros a gasolina, incluindo híbridos, no mesmo ano.

Temos o domínio do uso do etanol automotivo, mas dependemos de tecnologia e suprimentos das matrizes das montadoras para continuar a utilizar carros híbridos. Em dez anos, talvez as matrizes das montadoras não tenham tanto interesse em continuar produzindo esses veículos. O preço das baterias dos carros elétricos tem diminuído, assim como o tempo de recarga.

Em uma década, elas poderão atingir um preço que torne os carros elétricos muito mais acessíveis. Redes de recarga serão construídas e o uso, especialmente urbano, será facilitado.

São questões que precisam ser consideradas em nosso planejamento estratégico. Estamos trilhando um caminho muito exitoso em relação à transição energética, mas esse é um cenário que tem se transformado rapidamente com o surgimento de novas tecnologias e sua rápida evolução. Isso tem que estar em nosso radar.

 

DIA DO ADVOGADO CRIMINALISTA E CURIOSIDADES

 

Karla Neto – Colunista Correspondente

Nesta segunda-feira(02), é celebrado o Dia do Advogado Criminalista, é uma área muito importante e exige de seus profissionais muitas habilidades que diferem das exigidas pelos profissionais de outras áreas, como a cível e a trabalhista, por exemplo. 

O Advogado Criminalista tem a função e obrigação de analisar as provas diligentemente, além de verificar se o processo prima pela regularidade perfeita, pois disso depende que seja feita a justiça e é a garantia de que defesa de seu cliente foi realizada de forma primorosa e eficaz.

Os Advogados Criminalistas precisam “ter estômago”, como dizem, serem combativos, guerreiros e corajosos, trazerem consigo um espírito de luta, não só para lutar, dentro do processo criminal a favor de seu cliente, contra as cotas da acusação ou eventuais injustiças das sentenças, mas também para enfrentar a oposição ainda maior da sociedade que muitas vezes não compreende suas ações.

Aquele que escolhe a profissão de Advogado, e criminalista, deve, pois, orgulhar-se das habilidades que possui, de ter escolhido uma profissão digna e de ajudar a manter a ordem social e jurídica do seu País, auxiliando na manutenção da ordem e da paz.

Não por menos, os nomes lembrados e laureados são nomes de Criminalistas consagrados através do tempo, que entram para a História, não ocorrendo o mesmo com grandes civilistas. Aqueles ganham o direito a esta posteridade exatamente por ousar agir em uma causa impopular, enfrentando toda uma sociedade indignada, na defesa do acusado.

Coloca-se, naquele momento ao lado do mais fraco e desafortunado, não porque defende a ação da qual o cliente é acusado, mas por dever ético, profissional e humano. É preceito Constitucional que ninguém pode ser condenado sem defesa.

Ainda que o crime seja nefasto, em nenhum momento o conceito atribuído ao cliente deve se confundir com a reputação do advogado.

Assim, os Advogados Criminalistas sofrerão muitas vezes com os abusos de poder e a pressão da sociedade, que têm início junto aos seus clientes e mistura-se à personalidade do defensor, o que resulta em situações em que os profissionais veem-se forçados a violar o sigilo profissional, através de buscas ilegais em seus escritórios.

Na passagem deste importante dia, rendo homenagens aos éticos, probos e honrados advogados e advogadas criminalistas de todo o Brasil.

CURIOSIDADES  – Karla Neto

Você sabia que o chá da casca de abacaxi combate ataque de asma?

A casca do abacaxi possui diversos benefícios para a saúde:
Rica em vitamina C, que melhora a imunidade, ajuda na digestão, melhora a circulação do sangue, melhora a saúde da visão, previne câncer, retarda o envelhecimento e promove a saúde dos ossos.
Contém bromelina, que ajuda na quebra e digestão de partículas de proteína.

Pode ser consumida como chá para fortalecer o sistema imune, reduzir inflamação e auxiliar na digestão.
Possui antioxidantes que combatem os radicais livres e previnem danos celulares.

Contribui para a saúde do coração e ajuda a evitar cataratas.
Caso sofra de asma, beba o chá de abacaxi antes de se exercitar. A vitamina A presente no Abacaxi libera o betacaroteno, um composto conhecido por reduzir o risco de ataque de asma induzido pelo exercício.

Os benefícios do Abacaxi incluem ainda a capacidade de ajudar aqueles que sofrem de artrite e dores nas articulações, pois a bromelina pode acelerar a cura associada a procedimentos cirúrgicos. O consumo da Casca de Abacaxi também é muito útil para o tratamento de lesões desportivas, incluindo distensões e dores pós-treinos.

A casca contém grandes quantidades de bromelina, um antioxidante que ajuda a tratar lesões – uma excelente dica para os atletas de plantão. A bromelina também protege a imunidade e tem propriedades anticancerígenas, com concentrados níveis de betacaroteno. Para aproveitar as Casca de Abacaxi, prepare um chá. Lave e ferva a Casca de Abacaxi com sua polpa. Deixe o chá esfriar antes de diluí-lo em 1 litro de água

Você sabia que o inseto barbeiro pode transmitir doenças?

O barbeiro é um tipo de percevejo que se alimenta de sangue, podendo transmitir a doença de Chagas através da picada.

A doença de Chagas é uma infecção provocada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, adquirida por meio do contato com as fezes do inseto barbeiro. A doença de Chagas é também conhecida pelos nomes: mal de Chagas, chaguismo ou tripanossomíase americana.

É transmitido por insetos conhecidos como barbeiros. Pode levar a complicações cardíacas e digestivas se não tratada. O diagnóstico precoce é crucial para o tratamento curativo. A maioria dos casos da doença de Chagas é transmitido pela picada de um grupo de insetos da família do percevejo, conhecidos como barbeiro.

Durante ou imediatamente após picar uma pessoa, barbeiro defeca sobre sua pele, eliminando grande quantidade do protozoário Trypanosoma cruzi, permitindo que o mesmo penetre no nosso organismo através da ferida da picada. O ato de coçar o local que foi picado aumenta a chance de contaminação. Os barbeiros costumam se alimentar à noite, sendo capazes picar suas vítimas sem as acordar.

Nem todo barbeiro está infectado com o parasita da doença de Chagas. O barbeiro se contamina ao picar animais que estejam infectados pelo Trypanosoma cruzi. Portanto, o barbeiro adquire o parasita picando uma pessoa infectada, permanece com ele em seu intestino pelo resto da vida e o transmite ao picar uma nova vítima.

É importante destacar que o parasita também é capaz de infectar outros animais além do homem, incluindo cães, gatos, porcos, roedores, gambás, morcegos, etc., sendo estes importantes reservatórios para a transmissão da doença de Chagas para humanos.

Os barbeiros costumam viver em folhas de palmeiras ou em casas de construção rudimentar, como as feitas de pau-a-pique. Galinheiros, chiqueiros e ninhos de pássaros também são locais que podem abrigar o inseto. Pessoas que vivem em áreas infestadas pelo barbeiro são as que apresentam maior risco de serem contaminadas pelo Trypanosoma cruzi.

Outras formas de transmissão da doença de Chagas
A transmissão pela picada do barbeiro é a principal via, mas o Trypanosoma cruzi pode ser adquirido também de outras formas, como:
Transfusão de sangue.
Transplante de órgãos de doadores infectados.
Alimentos contaminados por barbeiros, como caldo de cana ou açaí.
Transmissão vertical da mãe para o feto durante a gravidez.
Contato de pele ferida, mucosas ou olhos com sangue de pacientes infectados.
Sintomas

Após a contaminação pelo Trypanosoma cruzi, o período de incubação costuma ser de 1 a 2 semanas. Porém, se contaminação tiver sido provocada por transfusão de sangue, os sintomas podem demorar mais de 40 dias para surgirem.

Os sintomas da doença de Chagas são divididos em fase aguda e fase crônica. Falemos um pouquinho sobre ambas.

DIVULGAÇÃO DE FATOS DA CIÊNCIA E DA LITERATURA

Grupo Público – Marcos Schmidt

Em 1956, enquanto preparava o café da manhã, o físico e engenheiro em elétrica, americano John Bardeen ouviu no rádio a notícia de que havia recebido o Prêmio Nobel de Física, junto com Walter Brattain e William Shockley, “pelas pesquisas sobre semicondutores e pela descoberta do efeito transistor”.

Surpreso, ele deixou cair no chão os ovos que estava cozinhando para sua família!

A cerimônia em Estocolmo foi um desastre: Bardeen apareceu com uma embaraçosa camisa e colete manchados de verde devido a um erro na lavagem da roupa, e o rei da Suécia, Gustavo VI, não gostou do fato do físico ter abandonado a família. atrasado em uma ocasião tão importante, repreendendo-o gentilmente por não ter trazido os três filhos com ele (Bardeen não queria atrapalhar os estudos de seus dois filhos, que estavam ocupados com exames universitários em Harvard, e por isso ele levou apenas seu terceiro e filho mais novo com ele para Estocolmo).

“Vou trazê-los quando ganhar o próximo Nobel”, respondeu Bardeen, tranquilizando o rei.

E não foi uma piada.

Ele manteve a promessa, vencendo novamente em 1972, desta vez com John Schrieffer e Leon Cooper, “pela sua teoria da supercondutividade”.

Nesta ocasião, como havia prometido, ele trouxe os três filhos para a cerimônia de gala!

Atitude de Homem Alpha

O Idiota” de Fyodor Dostoiévski é uma obra-prima imortal, um romance que trata de temas profundos e complexos.

O protagonista, Príncipe Myshkin, retorna à Rússia depois de ficar em um sanatório para tratar sua doença: a epilepsia. Consciente da transitoriedade da vida e da dor que muitas vezes a acompanha, o nosso Príncipe, puro de coração, será gentil e compassivo com todos que encontra, sem pedir nada em troca. Contudo, a bondade muitas vezes faz com que o mundo tire vantagem daqueles que a praticam com convicção. Quando o Príncipe se apaixona perdidamente por Nastas’ja Filippovna, uma bela mulher de reputação duvidosa, a trama se complica. Nastas’ja Filippovna, que se sustenta vivendo no luxo graças aos homens que frequenta, tentará evitar que Myshkin se comprometa por um amor que não é digno dele. O final trágico revela como o frágil equilíbrio entre o bem e o mal pende sempre para este último.

“O Idiota” explora a inocência e a pureza de espírito em um mundo ganancioso e corrupto. O Príncipe Myshkin, com sua bondade desarmante, representa um pássaro raro destinado à derrota. Apesar do pessimismo subjacente, o romance é agradável e fascinante. Dostoiévski pinta uma Rússia corrupta, ambiciosa e cruel, em total contraste com a boa alma de Myshkin.

Uma obra que merece ser lida e refletida. A elegância estilística, a profundidade dos personagens e o tema central fazem deste romance uma obra-prima atemporal.

Fyodor Mikhailovich Dostoiévski nasceu em Moscou em 11 de novembro de 1821. Filho de médico militar e mãe de família nobre e muito religiosa, Dostoiévski estava destinado à carreira militar. No entanto, sua verdadeira paixão era a literatura. Após concluir os estudos em engenharia militar, desistiu da carreira e escreveu seu primeiro romance, “Pobre Gente”, que obteve grande sucesso. Ao longo de sua vida, Dostoiévski produziu uma série de obras psicológicas que exploraram as complexidades da condição humana. Entre suas obras-primas mais conhecidas estão “Crime e Castigo”, “Os Irmãos Karamazov” e “O Idiota”. A sua vida foi marcada por desafios pessoais, incluindo crises epilépticas e um período de exílio na Sibéria. Apesar destas dificuldades, Dostoiévski continua a ser um dos maiores romancistas da literatura russa.