Fundador do Wikileaks se declara culpado de acusação de conspirar
para obter e divulgar ilegalmente informações confidenciais. Acordo
permite que ele retorne à Austrália, encerrando drama jurídico de mais
de uma década.O fundador do Wikileaks, Julian Assange, deixou a prisão
no Reino Unido depois chegar a um acordo judicial com autoridades dos
Estados Unidos que colocou fim ao seu drama jurídico de anos.
“Julian Assange está livre. Ele deixou a prisão de segurança máxima
de Belmarsh na manhã de 24 de junho, depois de passar lá 1.901 dias”,
anunciou nesta terça-feira (25/06) o portal WikiLeaks em seu perfil na
rede social X (antigo Twitter). O jornalista já saiu do Reino Unido e
estaria num avião fretado que fez um pouso em Bangkok e cujo destino é a
Austrália. Mas antes ele deve passar ainda nas Ilhas Marianas para
firmar o acordo com a Justiça americana.
O portal afirmou que Assange, de 52 anos e nacionalidade australiana,
“recebeu liberdade sob fiança do Tribunal Superior de Londres e foi
liberado à tarde no aeroporto de Stansted, de onde embarcou num avião e
deixou o Reino Unido”.
“Depois de mais de cinco anos numa cela de 2×3 metros, isolado 23
horas por dia, ele logo irá se reunir com sua esposa, Stella Assange, e
seus filhos, que só conheceram o pai atrás das grades”, acrescentou o
portal. O Wikileaks também divulgou um vídeo que mostra Assange lendo
papéis e depois subindo os degraus de um avião.
As acusações que pesavam contra Assange
Assange foi libertado após chegar um acordo com a Justiça americana.
Ele é acusado nos EUA de, juntamente com a ex-militar Chelsea Manning, a
primeira grande fonte do Wikileaks, roubar e publicar documentos
secretos das operações militares americanas no Iraque e no Afeganistão.
Segundo os promotores, isso teria colocado em risco também a vida de
informantes dos Estados Unidos. Em 2010, o então vice-presidente
americano, hoje presidente, Joe Biden, chamou Assange de “terrorista de
alta tecnologia”.
Assange, porém, não é o responsável pela publicação dos dados
completos e sem edição. Em 2010, o Wikileaks reuniu um grupo de grandes
organizações de mídia para produzir reportagens com as informações
vazadas. Faziam parte do grupo The New York Times, The Guardian, Le
Monde, Der Spiegel e El Pais. A senha da pasta onde estavam os
documentos foi publicada num livro pelos jornalistas envolvidos no
projeto. O Wikileaks só publicou as informações depois que elas já eram
públicas.
Assange era acusado com base na Lei de Espionagem – uma legislação
promulgada há mais de cem anos para condenar espiões e traidores da
pátria durante a Primeira Guerra Mundial. Essa lei nunca havia sido
usada contra jornalistas.
Até agora, o governo americano não apresentou evidências de que
alguém tenha sido prejudicado devido à publicação dos documentos. Além
disso, argumenta que Assange não é jornalista, alegando que ele seria um
hacker por ter publicado os documentos sem apresentá-los num contexto.
Por outro lado, Assange ganhou vários prêmios jornalísticos. Mas esse
ponto não é relevante para a acusação, pois a Lei de Espionagem não
diferencia entre jornalistas e outros cidadãos.
Acordo com Justiça americana
A justiça dos EUA acusou Assange de até 18 crimes relacionados a
violações da Lei de Espionagem devido a um dos maiores vazamentos de
informações confidenciais da história do país. Segundo o acordo firmado
com o Departamento de Justiça, Assange vai se declarar culpado de uma
única acusação: a de conspirar para obter e divulgar ilegalmente
informações confidenciais. O acordo, que ainda precisa ser aprovado por
um juiz, prevê que Assange seja condenado a 62 meses de prisão, o
equivalente ao tempo que já cumpriu na prisão de alta segurança de
Belmarsh, no Reino Unido.
Assange comparecerá na quarta-feira, às 9h locais a um tribunal nas
Ilhas Marianas, um território dos EUA no Oceano Pacífico, para finalizar
o acordo que permitirá o seu retorno à Austrália. A audiência ocorrerá
nas Ilhas Marianas devido à proximidade com a Austrália e à oposição de
Assange em viajar para o território continental dos EUA.
O jornalista estava detido em Belmarsh, no leste da capital
britânica, desde 2019, quando foi preso após sete anos exilado dentro da
embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar ser
extraditado para a Suécia, onde era acusado de abuso sexual, algo que
ele sempre negou. Posteriormente, a Justiça sueca arquivou o caso.
Desde então que os EUA tentavam a extradição de Assange , e o
jornalista vinha enfrentando uma batalha legal para impedir a
deportação. Organizações de liberdade de imprensa pediam a libertação de
Assange há anos, e a esposa dele, Stella, liderava uma campanha em sua
defesa envolvendo celebridades e personalidades políticas.
O acordo alcançado não foi totalmente inesperado. O presidente Biden
estava sob pressão para encerrar o caso de longa data contra Assange. Em
fevereiro, o governo australiano fez um pedido oficial nesse sentido, e
Biden afirmou que iria considerar a questão, aumentando as esperanças
entre os apoiadores do ativista de que fosse alcançada uma solução em
breve.
Cada geração cultiva seus próprios emblemas de sucesso. No passado,
isso poderia ser visto como ter um carro ou passar férias no exterior.
Mais recentemente, as demonstrações de riqueza são ter um PC moderno ou
chegar às reuniões com um iPhone na mão.
Mas os millennials e a geração Z ?
esta última em particular ? estão mudando a aparência dos símbolos de
status de sua faixa etária. Já se foram os dias da tecnologia nova e
brilhante e das peças de grife mais recentes. Em vez disso, os jovens
consumidores estão cobiçando bolsas de segunda mão e lojas de alimentos
caros à medida que navegam em uma economia repleta de inflação, ao mesmo tempo em que mantêm as preocupações ambientais firmemente na mente.
Especialistas em consumo afirmam que, embora os itens exatos que a
geração Z está desejando mudem ao longo do tempo ? à medida que novos
produtos são lançados e os fatores econômicos ao seu redor mudam ?, suas
prioridades de gastos provavelmente permanecerão as mesmas.
Uma das coisas que certamente os fará seguir em frente? A adoção
dessas tendências por outras gerações. Como diz Gillian Brooks,
professora associada de marketing: “Parte de como a (geração Z) se vê não é ser milenar, não é ser um boomer”.
Como resultado, os setores que se basearam nos pilares tradicionais
de status ? desde a propriedade de uma casa até itens de luxo ? podem
ter de adaptar suas ofertas a um grupo demográfico com sua própria
imagem do que é ser rico.
Gastos com estilo de vida
Os jovens consumidores estão realmente falando alto quando se trata
de seus símbolos de status ? eles querem que os próprios cartões que
usam digam algo sobre sua posição. Entre eles está o Amex.
Os cartões American Express há muito tempo são associados à riqueza,
cortesia das taxas anuais que acompanham a manutenção de uma conta e das
vantagens de viagem que são irrelevantes para os consumidores de baixa
renda. A empresa não fez nenhum esforço para esconder o fato de que está
atrás de clientes mais jovens que querem exibir um cartão de “estilo de
vida” no caixa, e a geração Z e a do milênio estão firmemente a bordo.
Howard Grosfield, presidente de serviços ao consumidor da American Express nos EUA, disse à Fortune no
início deste mês que a geração Z e os millenials foram responsáveis por
75% das novas contas platinum e gold do consumidor em 2023. Mas os
símbolos de status não são definidos apenas pela forma como as pessoas
gastam seu dinheiro, mas também com o que elas o gastam.
Basta olhar para uma nota divulgada pelo Bank of America na semana
passada, que constatou que todos os anos, desde 2021, a geração Z gastou
mais em supermercados “premium” do que em redes de valor. Por outro
lado, apesar de as compras de nível padrão ainda serem as mais populares
em todas as gerações, para os consumidores da geração Z, a parcela de
gastos com cartão nessa categoria caiu aproximadamente 4% entre abril de
2019 e abril de 2024.
Se você está procurando evidências do fenômeno em ação, não precisa
procurar mais do que a mania do Erewhon que está varrendo o TikTok. O
mercado de alimentos de luxo sediado em Los Angeles tem mais de 26 mil
vídeos sob sua hashtag, muitos dos quais testam os smoothies virais da
marca, que custam até US$ 23 cada.
Enquanto isso, a geração do milênio é bastante consistente em seus
hábitos de compra (preferindo o nível padrão, depois o valor, seguido de
perto pelas mercearias de luxo), embora isso vá contra a forma como as
gerações mais velhas fazem compras. Os dados do BofA revelaram que a
geração X e os baby boomers estão cada vez mais escolhendo lojas de
valor em vez de suas contrapartes mais sofisticadas, acrescentando:
“Esses clientes estão ainda mais avançados em seu estágio de vida e já
estão pagando por mais necessidades do que seus colegas mais jovens.”
Se não está no TikTok, não aconteceu
A diferença quando se trata da geração Z ? seja em suas vidas
pessoais ou no trabalho ? é que a maioria cresceu com um smartphone ao
alcance da mão e uma presença na mídia social desde quase o dia em que
nasceu.
Como resultado, Brooks, do King’s College de Londres, disse à Fortune que
os símbolos de status não têm nenhum valor para a geração Z no mundo
real ? eles só têm importância se forem publicados on-line. O
“verdadeiro status” que a geração mais jovem está buscando é a atenção.
“Seja mostrando que não estão consumindo e que estão comprando de
segunda mão, seja fazendo capital de atenção dizendo: ‘Veja quanto posso
gastar em um smoothie e estou comprando todas essas coisas para
aumentar meu bem-estar por um preço’, o status é a atenção”, explicou.
Em suas salas de aula, ela acrescentou, dois alunos que exibem um
produto da moda se sentam um ao lado do outro, mas nunca falam sobre a
compra: “É totalmente on-line. Eles podem ter chegado com a garrafa de
água Stanley ou, há alguns anos, com os tênis Balenciaga. Eles chegam,
não se fala nada ? isso faz parte do cache. Há um olhar, mas nunca há um
reconhecimento”.
O poder dos símbolos de status também só está aumentando por causa da
mídia social, acrescentou Brooks. “Os símbolos de status estão se
tornando muito mais importantes porque têm muito peso”, explicou ela.
“Não se trata apenas da marca, mas de: ‘O que a marca representa? A
marca está alinhada com meu ethos, e o que isso diz sobre mim
como consumidor e minha marca pessoal quando eu compro, o que
inevitavelmente farei, porque é isso que minha geração faz?”
Pegue a bolsa
A geração Z e a geração do milênio também estão carregando seus
símbolos de status nos ombros ? embora os consumidores mais velhos
possam ter um déjà vu. Isso se deve ao fato de que os compradores mais
jovens do espectro compram grandes quantidades de seu guarda-roupa, não
apenas porque gostam de sua aparência, mas porque simbolizam suas
prioridades na vida.
De acordo com uma pesquisa divulgada este ano pela Capital One, 83%
da geração Z já fez compras de segunda mão, sendo que 34% disseram que
só compram em brechós. Sua motivação é clara, segundo a Capital One: 85%
dos compradores de segunda mão disseram que queriam economizar
dinheiro. Mas, além disso, 42% disseram que compram em segunda mão
porque é mais sustentável e 17% querem retribuir às comunidades.
O feedback também sugeriu que há um elemento de status no thrifting:
47% dos entrevistados disseram que comprar em segunda mão é “legal” ou
“está na moda”.
Enquanto isso, uma pesquisa da plataforma de revenda de artigos de
luxo autenticados The RealReal constatou que os compradores estavam
“trocando” as marcas de ultraluxo, procurando opções mais acessíveis em
“condições razoáveis” (ou seja, com sinais de desgaste). Os compradores
também têm um estilo específico em mente: Y2K (anos 2000) e peças
vintage. O Y2K “dominou” em 2022 e 2023, segundo o relatório, mas essa
“fome por peças autênticas do Y2K pode ter dado início a um interesse
generalizado por peças vintage”.
Essa demanda por sustentabilidade não está indo a lugar algum,
acrescentou Brooks. Ela explicou: “As pessoas sempre consumiram de forma
ostensiva, elas consomem para se mostrarem sob uma luz específica. A
geração Z quer ver informações sobre mudanças climáticas, sobre saúde
mental ? eles querem ver que a empresa está considerando isso… eles
querem mostrar investimento em marcas em uma empresa que defende algo
que eles defendem.”
Os mantimentos são para sempre?
Embora a geração Z possa estar comendo menos fora de casa por causa
dos preços e da “ansiedade do cardápio” relatada, é provável que suas
preferências mudem à medida que a economia ao seu redor mudar e seu
poder aquisitivo aumentar.
Voltando à nota do BofA, o economista Joe Watford acrescentou que os
sinais de redução da geração Z estão começando, à medida que eles
“envelhecem” na economia mais ampla, com custos de moradia, automóveis e
seguros a serem pagos. Ele explicou: “Até recentemente, o crescimento
mais alto dos salários em relação a outras gerações pode ter permitido
que (a geração Z) comprasse em lojas de alto nível por mais
tempo. Mas acreditamos que é possível que a geração Z tenha recentemente
passado a comprar em supermercados de categoria de valor para aliviar
algumas das pressões de assumir mais gastos com necessidades à medida
que envelhecem.”
Da mesma forma, Brooks acrescenta que, embora os mantimentos caros
possam estar na moda agora, em seis ou oito semanas um novo produto ou
tendência assumirá o controle. O verdadeiro assassino de um símbolo de
status da geração Z é também o interesse de outras gerações, disse ela:
“Um smoothie pode acabar em uma hora, mas você ainda estará mostrando
que comprou aquele smoothie ? e que tem o capital social e cultural para
saber que é algo de valor. É um sinal de que você conhece as regras do
jogo para mostrar seu status.
“Portanto, se alguém de uma geração diferente adota um de seus
símbolos, você se sente deslocado, ultrapassou os limites. Parece que
você está se esforçando demais ? parte de como a (geração Z) se vê não é ser millennial, não é ser um boomer.”
Redefinindo o luxo
Uma combinação de supermercado, bolsa e cartão de crédito pode não
apresentar os valores tradicionais de consumo com os quais muitas marcas
se acostumaram. Como Sophie Maxwell, sócia, futuros e insights da
Pearlfisher, escreveu para a Fortune no ano passado: “Para atrair e manter (a geração Z) engajada,
as marcas de luxo estão tendo que ir rapidamente além das noções
tradicionais de luxo ? como status, legado, prestígio e herança ? em
direção a um novo conjunto de valores: inclusão, sustentabilidade,
transparência, tecnologia e inovação circular.”
Entretanto, nem todos na diretoria executiva estão convencidos desse
argumento. No início deste ano, o CEO da Pandora, Alexander Lacik,
rejeitou a ideia de que a geração Z e a geração do milênio estão
comprando diamantes cultivados em laboratório porque são sustentáveis,
dizendo à Fortune que eles só querem algo mais acessível com um design bonito.
Lacik acrescentou: “Eu estarei morto antes que alguém entre em minhas
lojas e diga: ‘Você pode me mostrar seus produtos sustentáveis?’ Isso
simplesmente não está na mente das pessoas quando elas estão comprando
nessa categoria.”
Para as empresas que consideram importante atender às preocupações
éticas e ecológicas dos clientes, a gigante da consultoria KPMG adverte
que o entendimento profundo é fundamental. Julio Hernandez, diretor do
centro global de excelência do cliente, disse à Fortune que as
empresas precisam, em primeiro lugar, garantir que seus compromissos
sejam autênticos e estejam alinhados com os valores dos clientes.
Ele acrescentou: “À medida que as empresas buscam influenciar o
comportamento de seus clientes em direção a uma maior sustentabilidade, é
necessário entender os valores, as atitudes e a motivação dos clientes
para comportamentos positivos. Embora a lacuna entre valor e ação esteja
diminuindo, as empresas em geral precisam entender as diferenças
significativas de atitudes e intenções entre os diferentes grupos de sua
base de clientes.
“Isso deve abrir oportunidades de inovação com novos produtos e
serviços. Também permitirá que as empresas se envolvam com seus clientes
de uma forma mais significativa.”
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Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.
A uma semana do primeiro turno das eleições legislativas, a França
observa todos os sinais que possam indicar o resultado nas urnas. Em
plena Semana de Moda em Paris, o vestuário dos políticos também é alvo
de análise.
– Uniforme –
O político francês tem seu uniforme: terno azul marinho, ajustado e
com lapelas estreitas, camisa branca e gravata fina. A moda começou com o
então presidente Nicolas Sarkozy (2007-2012), marcando o fim do terno
cinza.
“Transmite respeito, autoridade e, sobretudo, não é ostentoso”,
analisa o jornalista de moda Marc Beaugé. Segundo ele, “a
socialdemocracia, o centro, combina com estilo liso”.
– Repaginada rápida-
Durante a Copa do Mundo 2014, o jornalista Marc Beaugé foi chamado ao
Eliseu, conta à AFP, para uma assessoria de imagem para François
Hollande, partidário do “nem elegante demais, nem descuidado”.
As mulheres, tanto de direita como de esquerda, também deixaram
progressivamente as peças assinadas por estilistas, apesar do apreço de
algumas pela alta-costura, como a ministra de Cultura, Rachida Dati, que
quase sempre usa calças, mas não deixa de usar vestidos de casas como
Schiaparelli em grandes eventos.
– Óculos, barba, sorriso… –
Em 2012, um estudo publicado no Journal of Economic Behavior &
Organization pediu a um grupo representativo da população francesa que
atribuísse a orientação política de 550 candidatos às eleições europeias
a partir de uma fotografia.
“Observamos o que diferenciava, na mente das pessoas, a aparência de
um deputado de esquerda de um de direita”, disse à AFP seu autor, o
economista Pierre-Guillaume Méon.
“A cor da gravata teve grande influência: vermelha ou colorida para a
esquerda, azul para a direita. Deputados com barba e bigode foram mais
atribuídos à esquerda”, acrescenta.
“Os óculos foram mais indicados à esquerda (…) o fato de mostrar os dentes ao sorrir, um marcador da direita”, detalha.
– Roupa esportiva –
Na presidência de Emmanuel Macron, o traje azul, marca do político, é
praxe. O ministro da Justiça, Eric Dupond-Moretti, segue a tendência,
mas deixa em casa seus apreciados relógios de luxo.
Emmanuel Macron, que ocasionalmente aparece em trajes esportivos ou
informais nas redes sociais, também se comunica através da imagem. Em 9
de junho, para anunciar a dissolução da Assembleia Nacional, vestiu,
excepcionalmente, preto.
– Normalização –
A extrema direita, que entrou com força na Assembleia Nacional em
2022 e pode conquistar uma maioria nas próximas eleições, utiliza um
vestuário formal para transmitir uma ideia de normalização.
Após o êxito de 2022, Marine Le Pen impôs o uso da gravata a todos os
cargos eleitos, “embora quase ninguém a use na França”, indica Marc
Beaugé.
– O casaco de trabalhador de Mélenchon –
Jean-Luc Mélenchon, líder do França Insubmissa (LFI, esquerda
radical), é partidário da jaqueta de quatro bolsos com gola estreita,
símbolo da tradição operária e revolucionária, também relacionada à
túnica chinesa com sua gola Mao.
O França Insubmissa não hesitou em politizar a questão do vestuário no Parlamento.
Acusado pelo deputado de direita Renaud Muselier de parecer “sujo e
desalinhado”, deputados do LFI aproveitaram a ocasião e determinaram o
dresscode da Assembleia no dia 26 de julho de 2022: roupa desgrenhada e
gravata por cima.
Não mais que os dedos das mãos, ultra bilionários – em dólares –
mundo afora, aderem ao sonho de consumo dos ultra retrógrados ultra
socialistas ainda existem sobre a Terra: a ultra taxação das ultra
fortunas.
Uso o superlativo “ultra” repetidas vezes, para tentar chamar a
atenção para esta ultra aberração, também, é claro, defendida com ultra
fervor pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Ultra da Silva, digo,
Lula.
O chefão petista é daqueles que acredita – e afirma à exaustão – que
os bilionários do mundo enriquecem às custas do trabalho dos pobres.
Obviamente, não apresenta qualquer prova para tal bravata demagoga.
PINGOS NOS IS
Já a lógica e os fatos avisam: a pobreza não existe pela riqueza, mas
a riqueza diminui a pobreza. São os ricos do mundo que entopem os
caixas de governantes (como Lula) com os bilhões surrupiados em
impostos.
Agora, se os estados – como o brasileiro – utilizam toda a grana
subtraída de quem trabalha e produz em benefício próprio e de seus
apaniguados, por que diabos a culpa da pobreza seria justamente de quem
sustenta tudo?
Bilionários são responsáveis, além dos bilhões em impostos, por
centenas de milhões de empregos e, principalmente, por inovações
tecnológicas que permitem que o mundo, hoje, seja o mais próspero da
história humana.
A REALIDADE
Sim, nunca vivemos tão bem e tanto. Nunca a pobreza foi tão baixa –
ainda que assole bilhões de pessoas ao redor do mundo – e nunca as
condições de vida foram tão boas – ainda que, repito, bilhões de pessoas
sejam pobres.
Educação, Saúde, Saneamento Básico, Segurança Alimentar… A humanidade
jamais esteve “tão bem assim”. Mortes por violência e guerras jamais
foram tão poucas historicamente, a despeito de tantos conflitos.
A iniciativa privada sempre foi, é e será a mola propulsora da
humanidade. Aos governos cabe a preservação do Contrato Social e a
manutenção da civilidade através de leis, da força e da manutenção da
segurança territorial.
SÓ BRAVATAS
Para tanto, parte considerável da produção e da riqueza acumuladas
são adjudicadas compulsoriamente sob a forma de impostos – é assim no
mundo todo e em qualquer tipo de regime, da mais feroz ditadura à mais
sólida democracia.
A pobreza ainda existente não passa, portanto, pela culpa dos
empresários, trabalhadores e profissionais liberais, mas, sim, pela má
administração da riqueza por eles produzida. Gente incapaz, como Lula, é
a responsável pela carência e carestia.
Quando o brasileiro acusa os “mercados” de responsáveis pela fome de
milhões de crianças pobres no País, ou quando culpa os ultra ricos pela
pobreza dos trabalhadores, está sendo, além de mentiroso, injusto.
MAIS IMPOSTOS?
Agora, se a arrecadação de tributos ainda é insuficiente para a
satisfação da qualidade de vida básica de bilhões de pessoas mundo
afora, pode-se e deve-se discutir aumento de impostos, porém, jamais da
forma como quer Lula e alguns.
No Brasil, especificamente, aumento de impostos – mais? – que já
dragam 35% do PIB do País é inadmissível antes de uma reforma
administrativa que retire da máquina pública os privilégios indecorosos,
a corrupção desenfreada e o desperdício.
Não há o menor cabimento taxar os ultra ricos para enriquecer, não os
ultra pobres, mas os já ultra beneficiados: a casta do funcionalismo
público e os setores da economia escolhidos a dedo pelos poderosos de
plantão.
OS NÚMEROS
Em 2023, a arrecadação federal passou de 2.3 trilhões de reais.
Recorde histórico! Mas o déficit público também aumentou. O governo
gasta muito e gasta mal, por isso não consegue diminuir a pobreza no
Brasil.
Hoje, o desemprego encontra-se em um dos níveis mais baixos após a
redemocratização, em torno de 8%. Ou seja, o setor privado, mais uma
vez, também neste quesito, está fazendo sua parte e contratando.
O capital privado é responsável por 90% de todo o investimento em
Tecnologia e Inovação existente no País, bem como representa, em média,
10 vezes mais o aporte anual do Estado em relação ao PIB (17.39% a
1.61%).
E O GOVERNO?
Tudo isso em meio a um dos piores ambientes de negócios do mundo –
totalmente incompatível com o tamanho da nossa economia – justamente por
conta e ordem do Poder Público, nas três esferas (municipal, estadual e
federal).
O governo – ou governos – não faz sua parte há pelo menos 70 anos,
gastando sempre mais do que arrecada, aumentando o endividamento,
precarizando os serviços e falhando miseravelmente em Infraestrutura,
Saúde, Educação e Segurança.
Pergunto, pois, para encerrar: é este mesmo governo – e governante – a
autoridade moral para pregar taxação de super ricos para diminuir a
pobreza? Não creio. Devia juntar-se à meia dúzia de bilionários que
pensam o mesmo e ir trabalhar de verdade ao invés de apenas teorizar e
praticar populismo rasteiro.
Em tempo: 69% dos brasileiros apoiam taxar grandes fortunas. E poderia ser diferente?
Veja o passo a passo para produzir uma landing page que traga resultados para o seu negócio.
SEBRAE-MG – Mercado e Vendas | MARKETING ESTRATÉGICO
As landing pages também são conhecidas como páginas de aterrissagem,
páginas de conversão, de captura ou de destino. Elas são item-chave nas
campanhas de marketing digital, e o seu principal objetivo é a
conversão, ou seja, transformar a ação on-line do cliente em venda.
Os principais elementos de uma landing page são:
Título e subtítulo
Eles devem ser claros para que a pessoa, ao entrar na landing page,
já entenda o que está sendo oferecido. O título precisa ser atrativo e
simples. Você já pode colocar no título ou no subtítulo o que as pessoas
vão receber ao preencher o formulário. Pode ser um e-book ou uma
newsletter, por exemplo.
Imagem
Assim como o título e subtítulo, a imagem precisa ser clara e
atrativa. Coloque imagens específicas e evite uma genérica de um banco
de imagens. Muitas pessoas não leem todo o texto, ficam apenas no título
e na imagem.
Descrição da oferta
Tendo em mente que nem todos leem tudo, faça uma descrição com
características de escaneabilidade. Ou seja, destaque em negrito os
botões de CTA, foque nos benefícios do seu produto ou serviço, faça
frases curtas e objetivas e utilize tópicos. Assim, você consegue
direcionar o olhar e a leitura do visitante para o que é mais
importante.
CTA
Call to action ou CTA é a chamada para ação. O visitante precisa
entender qual ação ele está realizando. Então, seja claro e direto. Você
pode utilizar frases como: baixe agora; acesse o conteúdo completo; ou
receba o material.
Formulário
Merece atenção especial, pois é o formulário que converte o seu lead.
Peça informações básicas e necessárias para a conversão. O formulário
não deve ser longo para que o visitante não o abandone.
Elementos extras
Provas sociais, vídeos e elementos gráficos também podem ser
utilizados nas landing pages. As provas sociais são os testemunhos de
outros clientes a respeito do seu produto ou serviço. É um ótimo
argumento para se utilizar na sua landing page. Os vídeos também são
interessantes porque muitas pessoas preferem vídeos e textos. Eles devem
ser curtos e diretos, explicando do que se trata a landing page.
As landing pages podem ser estratégicas e trazer resultados
relevantes para o seu negócio, desde que sejam bem planejadas. É preciso
pensar no texto e na imagem que serão utilizados, bem como no
formulário. A linguagem deve sempre ser direta e clara. Pense que você
precisa convencer e converter os seus visitantes em leads com aquela
oportunidade.
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divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a
atenção para as seguintes questões:
• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou
pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.
• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas
para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.
• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.
• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.
• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se
expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação,
vendas, etc.
• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:
a) Digitalização dos Lojistas;
b) Apoio aos lojistas;
c) Captura e gestão de dados;
d) Arquitetura de experiências;
e) Contribuição maior da área Mall e mídia;
f) Evolução do tenant mix;
g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;
h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;
i) Convergência do varejo físico e online;
j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;
k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;
l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;
m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.
Vantagens competitivas da Startup Valeon:
• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar
rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a
Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando
para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.
• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos
contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam
dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses
parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do
Aço para os nossos serviços.
• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois
são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.
• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.
• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do
mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas
desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na
divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso
funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia,
inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande
empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar
tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos
manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em
como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.
• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de
divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu
faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao
site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Proposta:
Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas
Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de
divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que
os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.
Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada
empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços,
telefone, WhatsApp, etc.
O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja
também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a
oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa
livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua
empresa seja oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando
para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as
melhores marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que
pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa
plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é
muito abaixo do valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação
das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site
de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a
comunicação dos clientes com as lojas.
Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim
trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da
compra.
No país, as lojas online, que também contam com lojas
físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com
relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que
compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/) tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de
comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e
ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros
marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e
promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como:
empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de
produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais
do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos
tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa
história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A eventual aprovação no Congresso de
proposta que muda as regras de delação premiada coroaria uma trajetória
acidentada dos acordos de colaboração no país.
A Operação Lava Jato notabilizou esse tipo de instrumento jurídico no
Brasil, mas, por causa do uso atabalhoado dele, sofreu intensos
questionamentos.
As delações foram regulamentadas em 2013, na esteira dos protestos de
junho daquele ano, em lei assinada pela então presidente Dilma
Rousseff. Meses depois, foi deflagrada a primeira fase da Lava Jato,
operação na qual os acordos de colaboração se tornariam um pilar das
investigações.
Se as regras hoje em debate no Congresso estivessem em vigor naquela
época, depoimentos de delatores como o doleiro Alberto Youssef e o
ex-executivo da Petrobras Paulo Roberto Costa jamais teriam vindo a
público, já que ambos estavam presos quando aceitaram falar.
Os dois revelaram detalhes sobre uma trama de corrupção sistêmica em
diversas esferas públicas, o que abriu caminho para o caso tomar a
proporção que tomou.
Com o avanço das investigações, mais e mais envolvidos aceitavam
firmar novas colaborações, provocando situações controversas com alguma
frequência. A começar pelo surgimento da figura do “advogado
especialista em delação”, que acumulava clientes por vezes com
interesses conflitantes e que se tornou comum no auge das investigações
em Curitiba.
Também houve, à época, episódios em que contradições entre delatores
foram convenientemente deixadas de lado, reclamações por suposto
favorecimento excessivo a criminosos confessos e até delator perdendo
benefício por mentiras.
Como o instrumento era recém-implementado, não havia respostas claras
sobre o que fazer, por exemplo, no caso de delator que omitia crimes
nos quais estava envolvido nem quais eram os critérios para definir o
tamanho dos benefícios concedidos.
E existia, simultaneamente, a pressa das autoridades da operação em
fechar acordos com um número cada vez maior de envolvidos, na ânsia de
chegar cada vez mais longe nas apurações. Foi um ritmo intenso de
negociações, com mais de 200 acordos assinados só no Paraná.
Naqueles tempos em que a Lava Jato ostentava amplo apoio popular,
prisões sem prazo determinado eram quase regra, habeas corpus
frequentemente eram rejeitados nos tribunais superiores e a assinatura
de um acordo de colaboração parecia a única alternativa viável para um
suspeito deixar a cadeia.
Foram se acumulando situações inusitadas. No caso dos delatores da
empreiteira Odebrecht, na apelidada “delação do fim do mundo”, criou-se
um estranho modelo em que um colaborador, mesmo que nunca tivesse sido
formalmente investigado e muito menos condenado, pactuava com o
Ministério Público por quanto tempo ficaria detido. Essa dosimetria, em
situações convencionais, só seria definida após a sentença de um juiz,
ao fim de um processo.
Quase na mesma época, em 2017, uma outra polêmica atingiu o modelo de
delações premiadas. Em um caso que não tramitou no Paraná, os irmãos
donos do frigorífico JBS, Joesley e Wesley Batista, obtiveram o perdão
judicial, mediante pagamento de multa, após confessarem um amplo esquema
de corrupção envolvendo o conglomerado empresarial.
Os relatos de Joesley quase custaram o cargo do então presidente
Michel Temer, que foi um dos que questionaram o que via como premiação
exagerada para um criminoso confesso.
Para piorar o cenário, veio à tona que um procurador lotado na
Procuradoria-Geral da República auxiliou os empresários do frigorífico
no acordo, já em meio a seu pedido de exoneração do Ministério Público. O
perdão a Joesley foi suspenso, ele chegou a ficar preso e o acordo dele
acabou repactuado anos depois.
O tempo passou, a Lava Jato foi paulatinamente esvaziada e o risco de
ficar longas temporadas na cadeia se tornou cada vez mais distante para
acusados de crimes do colarinho-branco, principalmente depois de o STF
(Supremo Tribunal Federal) desautorizar a prisão de réus condenados em
segunda instância, em 2019.
Surgiu uma nova circunstância insólita: os delatores se tornaram
praticamente os únicos que cumpriram algum tipo de punição na Lava Jato,
já que os presos que não fecharam acordo conseguiram aos poucos sair da
cadeia e aguardar em liberdade o esgotamento de seus recursos.
Enquanto os ex-presos foram anulando seus processos, com base em
alegadas irregularidades do início da Lava Jato, os delatores amargam
–alguns até hoje– limitações. O marqueteiro João Santana, por exemplo,
ainda tem horas de serviços comunitários a cumprir, enquanto ex-presos
que não delataram, como o ex-deputado Eduardo Cunha, não cumprem hoje em
dia qualquer sanção.
Em 2019, com o desgaste da Lava Jato, o Congresso entrou em campo
para modificar e ampliar a regulação dos acordos de colaboração
premiada. O pacote anticrime, originalmente proposto pelo hoje senador
Sergio Moro e depois bastante alterado no Congresso, foi aprovado em
2019 estabelecendo uma série de mudanças nos acordos de delação
premiada.
Entre as alterações, estava a limitação a penas não previstas
diretamente na legislação, como regimes mistos de prisão domiciliar.
Também ficava estabelecida maior participação do juiz na consumação do
compromisso.
Críticos diziam que essas alterações já tornaram os acordos pouco
interessantes para os envolvidos e afetava um dos principais trunfos da
Lava Jato. Se o propósito era esse ou não, o fato é que rarearam os
acordos de delação firmados desde aquela época no âmbito da operação
nascida em Curitiba.
Desde o ano passado, porém, o tema ressurgiu no debate político
nacional por causa da assinatura dos acordos do ex-PM Ronnie Lessa, que
confessou ter matado a vereadora Marielle Franco em 2018, e do
tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair
Bolsonaro.
Foi a deixa para o fantasma das delações voltar ao meio político
-agora à direita- e fazer ressurgir a proposta de proibição de acordos
com investigados presos, que já tinha sido debatida no auge do impacto
da operação iniciada em Curitiba. Uma mudança que certamente tumultuaria
ainda mais o uso no Brasil de uma alternativa de reconhecida
importância para o combate a organizações criminosas.
História de ISABELA PALHARES E BRUNO LUCCA – Folha de S. Paulo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O campus de Unaí da UFVJM (Universidade
Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri), em Minas Gerais, completou
dez anos de existência na última quinta-feira (20). No período, a
unidade formou quase mil profissionais em cinco cursos de graduação,
mesmo sem todas as instalações prometidas na época de sua criação.
Dezenas de universidades federais de todas as regiões do país
acumulam obras paradas ou atrasadas e projetos abandonados em razão da
queda de orçamento que viveram nos últimos anos.
Eleito tendo como uma das promessas a retomada de investimentos no
ensino superior, o presidente Lula (PT) anunciou no início de junho um
PAC de R$ 5,5 bilhões para parte dessas obras inacabadas, além de uma
nova ampliação da rede federal. O anúncio ocorreu em meio à greve de
professores e servidores, em uma tentativa de esvaziar o movimento.
Conforme mostrou reportagem da Folha de S. Paulo, parte do recurso
anunciado já estava previsto desde agosto do ano passado. Reitores
afirmam que os valores liberados ainda são insuficientes para retomar os
projetos e abarcar os investimentos necessários.
Apesar de concordarem com a necessidade de expansão das universidades
federais, como quer o governo, os gestores afirmam ser ainda mais
necessário aumentar o financiamento, já que não há recurso suficiente
nem mesmo para o pleno funcionamento das instituições existentes.
“Nossa expansão ocorreu às vésperas do processo de subfinanciamento
das universidades. Nossos dois novos campi nasceram e dois anos depois
veio o teto de gastos do governo Temer e a queda de orçamento. O que nos
sobrou? Um espólio de obras paradas”, diz Heron Bonadiman, reitor da
UFVJM. Considerando apenas as mais estratégicas, diz, são 19 obras que
não saíram do papel.
Quando o campus de Unaí foi planejado, era prevista a construção de
três prédios. Até este mês, apenas um deles foi concluído. A
universidade também não conseguiu recursos para terminar a urbanização
do campus. “Até agora a unidade está na terra, não temos dinheiro para
fazer calçamento, arborizar o entorno”, relata o reitor.
Sem a infraestrutura adequada, a universidade nunca conseguiu ofertar
todas as vagas previstas na unidade. O plano era que o campus abrisse
200 oportunidade ao ano. São oferecidas 100.
A situação de carência atinge das menores às maiores instituições do
país. Na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), por exemplo, a
construção do campus Quitaúna, em Osasco, é realizada há 16 anos e tem
seu cronograma atrasado há cinco. Desde 2020, a instituição não recebeu
repasses para obras, segundo sua reitora, Raiane Assumpção.
A UFU (Universidade Federal de Uberlândia) também faz obras desde
2012 para a construção do campus de Patos de Minas no Triângulo Mineiro.
Por falta de recursos e problemas burocráticos, o atraso faz com que os
cursos funcionem de forma provisória em uma faculdade particular
alugada, com custo de quase R$ 1 milhão ao ano para a instituição.
Na UFG (Universidade Federal de Goiás), mais antiga universidade
pública do Centro-Oeste, o orçamento de capital –utilizado para
investimento em infraestrutura– foi de R$ 173 milhões, corrigidos pela
inflação, em 2014, para R$ 1,2 milhão neste ano, uma redução de 99%. A
instituição diz ter uma “enorme demanda de obras reprimidas.”
Já o orçamento de custeio –que paga o dia a dia–, no mesmo período,
passou de R$ 192 milhões para R$ 115 milhões, 40% a menos. Além de
financiar a operação da UFG, o montante paga pelo aluguel de um prédio
na cidade de Goiânia, usado para sanar a demanda por salas de aula.
No mesmo estado, a Ufcat (Universidade Federal do Catalão), criada em
2018, não tem orçamento para construir laboratórios, salas de aula,
prédio para os cursos de licenciatura e um parque tecnológico,
necessários para o pleno funcionamento dos cursos.
Lá, ainda há outro problema. “A situação quanto à verba de custeio é
caótica, tendo em vista que o recurso destinado para todo o ano de 2024
se encerrará no presente mês de junho”, afirma a reitoria.
Caso semelhante é o da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro),
afundada num déficit de R$ 380 milhões. A maior federal do país
enfrenta um “processo inexorável de degradação de sua infraestrutura”,
expôs seu conselho, e pede socorro financeiro ao governo.
Sobre repasses, há casos ainda piores. A UnB (Universidade de
Brasília) recebeu R$ 1 para custear suas obras neste ano. Em 2014, foram
R$ 46 milhões. Isso deixa a instituição sem capacidade de concluir
obras importantes, casos do novo prédio da faculdade de agronomia e
medicina veterinária (previsto para 2023) e do novo prédio do instituto
de física.
A reitora da universidade, Márcia Abrahão, diz que as 69
universidades federais têm demandas históricas por melhoria da
infraestrutura, ampliação de prédios e equipamentos. Ela é também
presidente da Andifes (associação dos reitores das federais).
“Temos universidades antigas, de 100 anos, que precisam fazer a
manutenção da sua infraestrutura física, precisam também ampliar a
infraestrutura”, diz Abrahão.
“As universidades mais jovens precisam ainda completar a sua
infraestrutura física, muitas têm prédios alugados que precisam
construir ou adquirir novos espaços e todas as universidades têm que ter
um parque tecnológico que se renova continuamente. Tudo isso necessita
de recurso de investimento”, continua.
Algumas universidades relatam não ter recursos nem mesmo para obras
necessárias para garantir a segurança dos estudantes e funcionários. São
os casos de UFTPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e Unifal
(Universidade Federal de Alfenas), sem dinheiro para reparos urgentes
de prevenção e combate a incêndio.
Mesmo com todas as dificuldades, porém, a reitora defende ampliação
de vagas no ensino superior. Ela lembra que o país segue longe de
atingir as metas do PNE (Plano Nacional de Educação) com relação ao
acesso de estudantes para cursos de graduação nas universidades
públicas.
O plano, que vence neste ano, estabelece que o país deveria chegar ao
fim de 2024 com ao menos 33% da população de 18 a 24 anos matriculada
ou já tendo concluído um curso de graduação. Segundo o IBGE, em 2023 a
proporção alcançou apenas 26,3%.
O plano também estabelece a ampliação do acesso ao ensino superior
priorizando a rede pública. O movimento que se viu na última década, no
entanto, foi na direção contrária –apenas 7,4% das novas matrículas
desde 2013 são dessa modalidade.
“Uma universidade é um projeto que não se conclui nunca, está em
constante processo de ampliação. Por isso, não podemos esperar que todas
se concluam para criar novas. Mas essa expansão precisa ser feita com
planejamento e previsão de recursos suficientes para as já existentes e
as novas”, diz Gustavo Balduíno, consultor em ensino superior.
Reitores defendem que o governo federal crie uma lei que estabeleça
um valor fixo a ser destinado as universidades anualmente. Hoje, os
valores são definidos conforme a prioridade de cada gestão.
O modelo desejado é o das universidades paulistas, que recebem um
percentual fixo do que o governo estadual arrecada com ICMS (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), dando
segurança e previsibilidade orçamentária às instituições.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, se comprometeu a estudar a proposta.
Enquanto isso, a Ufob (Universidade Federal do Oeste da Bahia)
precisa de R$ 200 milhões para realizar todas as obras urgentes de
infraestrutura. Neste ano, o repasse do governo foi de R$ 1, assim como
na UnB.
A universidade foi criada em 2013, por desmembramento da UFBA
(Universidade Federal da Bahia), e ainda não possui todas as suas
instalações físicas planejadas, mesma situação relatada por outras
instituições mais novas.
A reportagem procurou mais de 50 instituições de todo o país. Todas
as que responderam relataram necessidades estruturais e problemas
financeiros. Muitas, em razão da greve, não atenderam aos contatos.
Em resposta aos problemas apresentados, o MEC (Ministério da
Educação) disse que, no início de 2023, as universidades tiveram seu
orçamento ampliado em quase 30%.
Já neste ano, continua a pasta, foram totalizados créditos
suplementares para a recomposição orçamentária no valor de R$ 347
milhões, sendo R$ 242 milhões para as universidades e R$ 105 milhões
para os institutos.
“Recentemente, em 10 de junho de 2024, o Governo Federal anunciou
nova ampliação do orçamento, na ordem de R$ 279,3 milhões para as
universidades federais”, segue, em nota.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Professores e servidores
técnico-administrativos de institutos federais resolveram encerrar a
greve iniciada há mais de dois meses. Em assembleia neste domingo (23), o
Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais na Educação
Básica, Profissional e Tecnológica) anunciou a decisão.
A classe aceitou a proposta do governo Lula (PT) de reajuste salarial somente a partir de 2025.
Foram 98 votos a favor, 6 votos contrários ao encerramento do
movimento, além de 6 abstenções. Agora, os sindicalistas devem assinar
um acordo com o governo para oficializar o fim da paralisação.
Eram poucos Institutos Federais em greve, menos de 10. A situação é
bem diferente das quase 60 universidades federais ainda sem aulas. Os
docentes delas, porém, ainda não deliberaram a continuidade da greve, o
que pode ocorrer ainda neste domingo.
A greve de professores das universidades e institutos federais
começou em 15 de abril. Eles pediam por reajuste salarial e recomposição
do orçamento dos centros de ensino.
Representados pelo Andes e pelo Sinasefe, os servidores reivindicam
aumento de 3,69% em agosto deste ano, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em
maio 2026. Brasília oferece 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de
2026.
Em 22 de maio, o governo assinou um acordo com o Proifes (Federação
de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de
Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico), uma das
entidades que representam os professores federais, visando encerrar a
greve.
Mas na quarta-feira (29) a Justiça Federal anulou o acordo, após ação
movida pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe,
um braço do Andes.
O juiz Edmilson da Silva Pimenta, da 3ª Vara Federal de Sergipe,
argumentou na decisão que um acordo da gestão Lula com apenas uma
entidade pode prejudicar os “direitos pleiteados pelo movimento
paredista dos docentes que não são representados pela referida
entidade”. A ação é contestada judicialmente pelo Proifes.
Tentando acalmar os ânimos, o governo lançou um PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento) na segunda-feira (10) para as universidades
federais e para os hospitais universitários, com previsão de R$ 5,5
bilhões em investimentos.
Os valores, porém, já eram previstos no orçamento deste ano e foram somente adiantados, como mostrou a Folha.
O ministro da Educação, Camilo Santana, também anunciou um acréscimo
de recursos para o custeio das instituições federais, em um total de R$
400 milhões. Desse total, R$ 279,2 milhões serão para as universidades e
outros R$ 120,7 milhões para os institutos federais.
Apesar de ter dito que não pretende, por ora, discutir a reeleição em
2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta semana
que pode ser candidato caso seja “necessário”. A necessidade citada por
Lula seria a de impedir que “trogloditas voltem a governar”. Sem citar
nomes, mas falando de “governo de negacionistas”, o recado foi
endereçado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que segue inelegível
até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Fora do pleito, Bolsonaro organiza a fila de possíveis herdeiros ao
seu legado político. Os principais nomes são os governadores Tarcísio de
Freitas (Republicanos), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas
Gerais, e Ronaldo Caiado (União), de Goiás. Mais discretos, mas também
de olho em 2026, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD) e do Rio
Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), acompanham o desempenho da
popularidade de Lula nas pesquisas.
Em geral, esses nomes nunca confirmam que disputarão a candidatura
presidencial, mas têm a intenção de calibrar a exposição pública.
Segundo o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, será o próprio
Bolsonaro quem decidirá os candidatos a presidente e vice de seu
partido em 2026.
Outra possível candidata à República seria Michelle Bolsonaro, esposa
de Jair e atual presidente do segmento feminino do partido, o PL
Mulher. O marido, entretanto, já afirmou que ela deve “começar devagar” e
disputar vaga no Senado antes do passo mais ousado rumo ao Palácio do
Planalto. Como mostrou o Estadão, Michelle tem sido
preparada nas fileiras do PL para ser uma espécie de ‘plano B’, e fez
disparar as candidaturas femininas na sigla.
Em maio, uma pesquisa Genial/Quaest indicou que Tarcísio e a
ex-primeira-dama são os nomes mais bem cotados para concorrer ao comando
do Executivo federal no lugar do ex-presidente. No mês anterior, um
levantamento do Instituto Paraná Pesquisas com cenários estimulados
mostrou o presidente Lula na frente em todos os cenários apresentados,
com Michele e Tarcísio sendo os opositores que levariam mais votos. Veja
o que dizem os principais cotados para a disputa de 2026.
Lula
Diferente do que disse na campanha presidencial em 2022, quando
afirmou que, caso eleito, não tentaria a reeleição ao término do
mandato, Lula agora vê essa possibilidade. “Todo mundo sabe que não é
possível um cidadão com 81 anos querer reeleição”, disse na época. Nessa
semana, o petista afirmou que precisa avaliar seu estado de saúde antes
de decidir se tentará se reeleger, e que, caso entre na empreitada,
será para impedir a volta de “trogloditas” ao governo do País.
O presidente acrescentou, no entanto, que ele próprio entrar na
disputa não é a primeira hipótese, e que há “muita gente boa para ser
candidato”.
Tarcísio de Freitas
Em meio a críticas direcionadas por Lula ao governador de São Paulo,
que envolvem a relação dele com o presidente do Banco Central, Roberto
Campos Neto, Tarcísio disse nessa quarta-feira, 19, que o presidente
está “viajando” ao imaginá-lo como um adversário nas eleições gerais de
2026.
Tarcísio é a aposta de alguns analistas, que colocam o governador
como candidato à Presidência da República, com Campos Neto como seu
ministro da Fazenda. Tarcísio vem afirmando em diversas ocasiões que não
pretende concorrer à presidência nas próximas eleições, até mesmo
porque pode se candidatar à reeleição para mais um mandato no Palácio
dos Bandeirantes – diferente de Zema e Caiado, que já são reeleitos e
devem deixar o cargo ao final do mandato.
Conforme apurou o Estadão, Tarcísio de Freitas tem dito reservadamente que pensa mais na reeleição em São Paulo.
Romeu Zema
Na última semana, o governador de Minas Gerais afirmou que “é
possível” formar uma chapa com Caiado, para disputar a Presidência da
República em 2026. Em uma resposta anterior, o governador ponderou que
pesquisas que testam o nome dele e de Caiado são “muito prematuras” e
disse esperar que um grupo de governadores de centro-direita se unam
para definir um candidato de consenso. Em julho do ano passado, o
governador afirmou que preferia apoiar alguém do que ser ele próprio
candidato à 2026.
Ronaldo Caiado
O governador de Goiás tem dito publicamente que deseja concorrer a
presidente em 2026 e que, quando chegar o momento, colocará seu nome à
disposição do União Brasil. O goiano tem trocado elogios com Zema nos
últimos meses.
Entre os pleiteantes à herança de Bolsonaro, Caiado é o único que já
tem experiência em uma campanha presidencial, se lançando candidato pelo
PSD na disputa de 1989, quando obteve menos de 1% dos votos. Também foi
quem saiu na frente e anunciou publicamente, já em abril deste ano, a
vontade de concorrer em 2026.
Ratinho Júnior
Conforme a sondagem do Paraná pesquisas e da Quaest, as mesmas que
colocaram Tarcísio e Michelle como candidatos mais fortes contra Lula em
2026, Ratinho Jr. segue crescendo como candidato de centro-direita para
2026. Ainda que tenha crescido nas sondagens, o governador do Paraná
não colocou, por enquanto, seu nome como opção da sigla para as eleições
presidenciais. “O momento exige de cada governante uma reflexão de como
podemos contribuir para tornarmos o país melhor. Agora, não é hora de
discutirmos nomes, mas sim projetos que tornam a vida do brasileiro
melhor”, disse em entrevista à revista Veja no mês passado.
Aliados apontam que Ratinho, apesar de estar no segundo mandato como
governador, não tem pressa para concorrer, até pelo fato de ter apenas
43 anos, como mostrou o Estadão.
Eduardo Leite
O governador, que se preparava para ser um nome alternativo à
polarização ou para compor com outro partido, diz que no momento “não é
possível nem pensar em eleição”. Leite viu grande parte do Estado
destruído pela catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul em
maio e junho, e ninguém tem a menor ideia de como sua imagem sairá da
tragédia. “Não é possível nem pensar em eleição. Se conseguirmos
reconstruir a vida dessas pessoas, acho que teremos uma imensa vitória”,
disse Leite.
Luciano Huck
Único sem mandato e sem filiação a nenhum partido, o apresentador
Luciano Huck, que já investiu em conversas e se lançava como alternativa
“isenta” ao pleito em 2018 e em 2022, voltou a falar em uma aventura à
Presidência da República. Em entrevista ao podcast PodPah, em junho do
ano passado, Huck voltou a se opor à polarização política do País e
disse que “não tem medo” de concorrer, mas que também “não tem essa
vaidade”. “O que eu sei é que não saí do debate. A fumaça não volta para
dentro da garrafa, entendeu?”, questionou o apresentador, falando sobre
a vontade de viver em um País mais justo e categorizando a direita como
“intransigente” e a esquerda como “atrasada”.
Helder Barbalho
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), tem sido apontado como
possível vice do presidente Lula em 2026. Em abril, o governador afirmou
ao Estadão que pretende, sim, concorrer às eleições de
2026, mas a uma vaga no Senado. Barbalho afirmou, entretanto, que seria
“um equívoco brutal” já mirar no pleito futuro, uma vez que sua
prioridade é o Estado do Pará e ele ainda está na metade do seu segundo
mandato como governador.
A Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República
afirmou que o governo cumpre a decisão do STF e que a Corte não proibiu o
pagamento das emendas herdadas da gestão anterior. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional,
que liderou os repasses, disse que obras ficariam paralisadas se o
dinheiro não fosse liberado. A pasta enviou um painel com informações
incompletas sobre as transferências.
O orçamento secreto, revelado pelo Estadão,
foi usado pelo governo Bolsonaro para repassar recursos em troca de
apoio político no Congresso, sem dar transparência para os verdadeiros
beneficiados pelo mecanismo. Houve compras com suspeitas de
superfaturamento e investigações oficiais indicando corrupção e lavagem
de dinheiro.
O dinheiro liberado atende, de forma secreta, parlamentares com
recursos para asfalto, compra de tratores, kits de robótica, consultas
de saúde, exames e outras obras e equipamentos nos redutos eleitorais
dos congressistas. Bolsonaro deixou de pagar R$ 15,5 bilhões do
orçamento secreto que haviam sido negociados com o Congresso durante o
governo passado. Até momento, Lula pagou R$ 7 bilhões desse montante.
O Supremo não proibiu que os recursos que já haviam sido liberados
(empenhados, no jargão técnico) fossem pagos, mas determinou que fosse
dada total transparência em 90 dias com o nome dos padrinhos, para onde
foi o dinheiro e para que foi destinado, além de retirar qualquer
vinculação com indicação parlamentar e devolver o controle total para os
ministérios. O governo Lula, porém, seguiu pagando as emendas secretas
sem cumprir esses requisitos. Além disso, deu aval para o aumento de
outros tipos de emendas que repetem a mesma sistemática, como a emenda Pix e as emendas de comissão.
“A decisão do STF não foi cumprida exatamente em seus aspectos
principais. O pagamento de R$ 7 bilhões em 2023 e 2024, sem
transparência, continuando a favorecer alguns parlamentares em
detrimento de outros, deu continuidade ao ‘tratoraço’ e desvirtuou a
decisão do STF”, afirma o secretário-geral da Associação Contas Abertas,
Gil Castello Branco, uma das instituições que ingressou no Supremo
questionando a continuidade do esquema.
De todo o valor pago em 2023 e 2024, R$ 4,1 bilhões saíram do
Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, R$ 853,6 milhões
da Agricultura, R$ 555 milhões da Saúde e R$ 486 milhões do Ministério
do Desenvolvimento Social – outros órgãos pagaram o restante. O
Ministério do Desenvolvimento Regional foi por onde passou grande parte
do orçamento secreto. Dentro dele, está a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), controlada pelo Centrão.
“Há muitos riscos de corrupção com essa indicação sem a sociedade
saber quem é o solicitante, quem é o beneficiário ou os dois. Os
recursos que ainda não haviam sido liberados também precisam respeitar o
trâmite que o Supremo impôs em 2022. A decisão não é só para registro
histórico”, diz o gerente de Pesquisa da Transparência Internacional no
Brasil, Guilherme France. A instituição também é autora do
questionamento que originou a decisão do ministro Flávio Dino.
O governo Lula não só pagou os recursos de obras que estavam em
andamento mas também deu aval para projetos que não haviam sido
executados na gestão Bolsonaro. Ou seja, tomou a decisão de dar
prosseguimento ao orçamento secreto. Em janeiro de 2023, o petista
assinou um decreto bloqueando todos os repasses acima de R$ 1 milhão de
obras e projetos que ainda não haviam sido executados, mas os recursos
foram liberados depois.
“O dever que o governo tem de executar a despesa pública não exclui o
dever de transparência. Ele tem que executar sim, mas com
transparência. As verbas do orçamento secreto que ficaram para ser pagas
têm que ser rastreáveis. Se não falarem onde essas verbas foram gastas e
quem indicou, a decisão do STF está sendo violada”, afirma Caio Gama
Mascarenhas, procurador do Estado de Mato Grosso do Sul e pesquisador em
direito financeiro pela Universidade de São Paulo (USP).
Governo diz que cumpre decisão e que transparência cabe aos ministérios
A Secretaria de Relações Institucional da Presidência da República
afirmou que o governo Lula cumpre “exatamente” o que foi estabelecido
pelo Supremo Tribunal Federal (STF), “encerrando uma tradição de
desrespeito e de conflito, estabelecida pelo governo anterior.” A pasta,
que assessora o Planalto na negociação com o Congresso, disse que a
execução e a transparência são de responsabilidade dos ministérios.
“Os pagamentos na modalidade RP-9 (orçamento secreto) se
referem a restos a pagar, ou seja, a montantes que já haviam sido
analisados e liberados para empenho pelos ministérios responsáveis”,
afirmou a secretaria. “O STF estabelece que as emendas de relator, cuja
execução já havia sido iniciada no momento da decisão, poderiam ter
continuidade, desde que seguissem os critérios e diretrizes das
políticas públicas definidas pelos Ministérios”, diz a nota da pasta.
O Supremo também determinou a divulgação do nome de todos os parlamentares atendidos. Questionados pelo Estadão,
nenhum órgão do Executivo federal comentou diretamente a decisão do
ministro Flávio Dino e o relatório do Tribunal de Contas da União que
apontam descumprimento da determinação de acabar com o orçamento
secreto.
O Ministério do Desenvolvimento Regional afirmou que a execução dos
recursos negociados em anos anteriores é realizada visando
exclusivamente o interesse público. “A não execução desses pagamentos
resultaria na paralisação de diversas obras em andamento, causando
prejuízos à população, às empresas contratadas e desperdício de recursos
públicos já investidos”, disse a pasta, em resposta à reportagem.
Questionado sobre a transparência dos recursos, o órgão encaminhou um
painel que está público na internet com informações sobre R$ 8,1
bilhões em despesas empenhadas (comprometidas no Orçamento), dos quais
R$ 2,9 bilhões foram efetivamente pagos. A fatura do orçamento secreto
na pasta, no entanto, é maior. Foram R$ 14,8 bilhões empenhados e R$ 9,5
bilhões pagos desde 2020. Só no governo Lula, foram R$ 4,1 bilhões
repassados. O ministério disse que o painel será atualizado no dia 5 de
julho.
Após a publicação da reportagem, o Ministério da Saúde afirmou que as
emendas herdadas do governo anterior passaram por reavaliação e foram
liberadas após a pasta verificar ausência de qualquer indício de
irregularidade e a convergência com os programas estratégicos do órgão.
“Constatada a ausência de indício de irregularidade e a referida
convergência, os órgãos foram autorizados a dar sequência aos
procedimentos ordinários para a realização dos pagamentos, observada a
disponibilidade orçamentária e as demais normas e procedimentos
administrativos aplicáveis”, disse a pasta.
O Ministério da Saúde encaminhou um painel que divulga as indicações
feitas pelo Congresso. As emendas do orçamento secreto, no entanto, que
totalizaram R$ 23 bilhões, não trazem o nome dos parlamentares que
apadrinharam os recursos, mas apenas a identificação do relator-geral do
Orçamento, o que foi proibido pelo Supremo. As outras pastas envolvidas
não se posicionaram.
Como o governo Lula repaginou o orçamento secreto
Em dezembro de 2022, o Supremo declarou o orçamento secreto
inconstitucional e determinou que o governo e o Congresso dessem
transparência sobre todos os parlamentares beneficiados e para onde foi o
dinheiro, além de interromper o mecanismo. Bolsonaro deixou de pagar R$
15,5 bilhões do orçamento secreto que haviam sido negociados com o
Congresso durante o governo passado.
No STF, Flávio Dino afirmou que o governo e o Congresso têm liberdade
para definir o destino do dinheiro público, mas ponderou que isso “não
exclui o dever de observância aos princípios e procedimentos constantes
da Constituição Federal – entre os quais os postulados da publicidade e
da eficiência”.
O TCU analisou as contas presidenciais de 2023 e também concluiu que a
recomendação de acabar com o orçamento secreto não foi cumprida, ao
vistoriar a plataforma do governo destinada ao rastreamento do dinheiro.
Além da falta de transparência, a Corte de Contas alertou que as
emendas trazem “consequências deletérias à consecução de políticas
públicas estruturantes, que via de regra transcendem questões locais.”
“Para as transferências que não são realizadas de Fundo a Fundo, é
possível identificar a unidade a federação e o município em que os
recursos foram empregues, o objeto e o beneficiário dos repasses, além
de algumas outras informações. Entretanto, não é disponibilizada a
identificação do parlamentar ou da pessoa física ou jurídica que
realizou a indicação para alocação dos recursos, o que, conforme
descrito, é ponto fundamental em relação às emendas RP 9 (orçamento secreto).
Para as transferências Fundo a Fundo não é possível sequer identificar
quais são oriundas de emendas RP 9?, diz o relatório da Corte de Contas.