8/3, Dia da Mulher: o que falta no mundo corporativo?
Virigilio Marques dos Santos – FM2S
Hoje é o Dia Internacional da Mulher e, com isso, muitas empresas
preparam homenagens, mas o que realmente muda depois de 8 de março? No
artigo a seguir, Virgilio Marques do Santos, sócio-fundador da FM2S
Educação e Consultoria, gestor de carreiras e PhD pela Unicamp, analisa
os desafios que ainda travam o avanço real das mulheres no mercado de
trabalho. Apesar dos discursos, a desigualdade salarial, o viés
inconsciente e a falta de políticas estruturais seguem como barreiras. O
que precisa ser feito para que o Dia da Mulher vá além das homenagens e
gere mudanças concretas?
8 de março chega e, como um relógio bem ajustado, as empresas correm
para postar homenagens nas redes sociais. Flores e bombons no
escritório, mensagens motivacionais e discursos emocionados sobre a
importância da mulher no ambiente de trabalho. Mas, passada a data, o
que realmente muda? A desigualdade salarial continua, as barreiras para
promoção seguem firmes e o assédio persiste como um fantasma que muitos
preferem não enxergar. A pergunta que vale ouro: onde estamos errando?
A falsa ilusão do progresso
Os números até parecem animadores. O número de mulheres em cargos de
liderança cresceu globalmente. Em 2023, elas ocupavam 32% das posições
de chefia, segundo a consultoria Grant Thornton. No Brasil, a
representatividade feminina nas empresas avançou, mas ainda a passos
curtos. As estatísticas podem enganar, pois quando olhamos com lupa,
percebemos que a maioria dessas mulheres está em áreas como RH e
marketing – longe dos centros de poder financeiro e estratégico. O topo
da pirâmide corporativa ainda é um reduto masculino.
Outro mito? A crença de que basta oferecer oportunidade que tudo se
resolve. Não é tão simples. O viés inconsciente pesa. Estudos mostram
que, diante de currículos idênticos, gestores ainda tendem a escolher um
homem para cargos de liderança. E, quando escolhem uma mulher, ela
precisa provar três vezes mais que merece estar ali.
As amarras invisíveis
Fala-se muito sobre a escolha da mulher em equilibrar carreira e
família, mas pouco sobre o fato de que esse equilíbrio é um luxo para
poucos. A jornada dupla – ou tripla – é uma realidade que freia muitas
profissionais. O mercado ainda não entende que flexibilidade não é
favor, mas necessidade.
Além disso, o assédio moral e sexual segue sendo uma barreira brutal.
Apesar dos avanços na denúncia e punição, a cultura do silêncio ainda
impera. Quantas mulheres não hesitam em expor um chefe abusivo por medo
de represália ou da perda do emprego? Sem mudanças estruturais, seguimos
girando em círculos.
O que realmente precisa mudar
Chegamos ao ponto central: como virar esse jogo? Algumas mudanças são
óbvias, mas exigem comprometimento real de todos. Primeiro,
transparência salarial. Empresas que divulgam os salários de seus
funcionários reduzem a diferença entre homens e mulheres. Segundo:
programas de mentoria focados em mulheres, principalmente naquelas áreas
onde elas ainda são minoria. Terceiro, licença parental igualitária:
enquanto o cuidado com os filhos for visto como “coisa de mãe”, a mulher
seguirá penalizada na carreira.
E, por último, mas não menos importante, homens aliados. A equidade
de gênero não é um problema das mulheres, mas um desafio empresarial e
econômico. Não se trata de “dar espaço”, mas de reconhecer que, sem
diversidade, os negócios perdem inovação e competitividade.
8 de março pode ser mais do que um dia de postagens bonitas e clichês
corporativos. Pode ser um momento de reflexão real, com compromisso e
ação. Quer homenagear as mulheres da sua empresa? Comece garantindo que
elas tenham voz, oportunidades e respeito todos os dias do ano. Caso
contrário, melhor nem comprar as flores.
Virgilio Marques dos Santos é um dos fundadores da FM2S, gestor de
carreiras, PhD, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela
Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Autor do livro
“Partiu Carreira”, TEDx Speaker, foi professor dos cursos de Black Belt,
Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da
Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação.
Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi
um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.
História de MARIANA BRASIL E ANDRÉ BORGES – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O vice-presidente, Geraldo Alckmin,
anunciou nesta quinta-feira (6) que o governo vai zerar a alíquota de
importação para diversos produtos, entre eles a carne, o café, o azeite,
o milho e o açúcar.
A cesta básica também terá sua tributação zerada, conforme anunciou o
vice-presidente, Geraldo Alckmin. As medidas devem entrar em vigor nos
próximos dias.
Hoje, a alíquota sobre a carne é de 10,8%. O café, por sua vez, era de 9%.
A alta no preço dos alimentos é apontada como uma das razões para a
perda de popularidade do presidente, que atingiu na última pesquisa
Datafolha o pior nível de aprovação de sua história.
“Nós acreditamos que esse conjunto de medidas vão ter sim um
resultado importante. Claro que é preciso destacar que tivemos no ano
passado uma queda grande nos preços dos alimentos no país. depois é que
aumentou, motivado por uma seca excepcional e pelo dólar. A expectativa
da seca é que teremos um bom ano do ponto de vista climático”, disse
Alckmin.
O anúncio foi feito após reunião entre Lula e seus ministros e depois
de discussão das medidas com representantes de entidades do setor de
alimentos.
Os ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Paulo Teixeira
(Desenvolvimento Agrário) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (também
ministro do Desenvolvimento e Indústria) se reuniram na manhã desta
quinta no Palácio do Planalto.
Também estiveram presentes o secretário-executivo do Ministério da
Fazenda, Dario Durigan, e o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação
Social), Sidônio Palmeira. De acordo com Fávaro, o primeiro encontro
foi preparatório para a reunião com Lula.
Entre as entidades do setor alimentício que participaram da reunião,
estiveram a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), ABIEC
(Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), Abiove
(Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), Abras
(Associação Brasileira de Supermercados).
Na primeira reunião ministerial do ano, Lula cobrou especialmente os
ministros do setor para trazerem medidas que baixassem o preço dos
alimentos. Desde então, havia a expectativa de que os chefes das pastas
apresentassem alternativas ao governo.
Na ocasião, o presidente se queixou da alta da comida e afirmou que, a
partir daquele momento, o lema de seu governo seria “união,
reconstrução e comida barata na mesa do trabalhador”.
No final de fevereiro, o presidente chegou a afirmar ter “obsessão
por comida barata”, durante participação em evento no Rio de Janeiro.
“Eu tenho obsessão em fazer o alimento barato, barato, barato, para que vocês possam comprar”, disse o presidente na ocasião.
Nas últimas semanas, o governo chegou a avaliar a possibilidade de
zerar o imposto de importação do trigo, como forma de baratear a entrada
do insumo no país e, assim, reduzir a alta no preço dos alimentos. Ao
retirar o imposto de 9% pago para trazer o cereal para o país, a
expectativa é que houvesse uma queda nos preços para o consumidor.
O mesmo movimento foi analisado para zerar a alíquota de 9% que recai
sobre o óleo comestível, incluindo produtos como óleo de soja,
girassol, milho e canola, entre outros.
O efeito prático de zerar a alíquota de importação do trigo, no
entanto, poderia não ter grande relevância sobre a inflação dos
alimentos, mas seria ao menos um sinal político de que alguma coisa está
sendo feita, avaliavam interlocutores do governo. O que não pode, como
disse um ministro que acompanha o assunto, é ficar parado, como se nada
pudesse ser feito.
Essa medida já foi tomada em diversas ocasiões, incluindo nas gestões
de Dilma Rousseff (PT), Jair Bolsonaro (PL) e do próprio presidente
Lula.
Governo avalia MP para retaliação comercial contra EUA
De olho em eventual resposta às barreiras protecionistas adotadas por
Donald Trump nos Estados Unidos, caso não haja avanços nas negociações
com a Casa Branca, o governo brasileiro avalia a possibilidade de editar
uma medida provisória (MP) criando instrumentos legais de retaliação
comercial. A publicação de uma MP é vista, na Esplanada dos Ministérios,
como alternativa a um projeto de lei que tramita no Senado e tem a
mesmo teor. O PL 2088, de 2023, foi apresentado originalmente em meio às
ameaças de restrições da União Europeia para produtos agrícolas
brasileiros. A UE alegava preocupação com a alta do desmatamento em
florestas tropicais, como a Amazônia. O projeto em tramitação no Senado
foi costurado pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e
protocolado pelo senador Zequinha Marinho (PL-PA). O chamado PL da
Reciprocidade Ambiental permitiria ao Brasil fazer exigências ambientais
para produtos de países ou blocos que impusessem barreiras do mesmo
tipo às exportações brasileiras. Designada relatora do projeto, a
ex-ministra da Agricultura e senadora Tereza Cristina (PP-MS) mudou o
texto para adaptá-lo às ameaças de Trump na área comercial. A redação
foi discutida com setores do governo Lula e teve respaldo de
ministérios, como o MDIC (Indústria e Comércio) e Itamaraty. O relatório
de Tereza Cristina ficou pronto na sexta-feira (28) e está pronto para
votação na Comissão de Meio Ambiente. Ela já conversou com o presidente
do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para acelerar a tramitação. Uma
hipótese é apreciar o texto em caráter terminativo, dispensando a
análise em plenário, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O
substitutivo da ex-ministra autoriza e estabelece critérios para a
Câmara de Comércio Exterior (Camex) suspender concessões comerciais e
direitos de propriedade intelectual (patentes) “em resposta a ações,
políticas ou práticas unilaterais de país ou bloco econômico que
impactam negativamente a competitividade internacional de bens e
produtos brasileiros”. O texto de Tereza Cristina foi pensado diante do
novo contexto geopolítico e com o objetivo de não servir apenas para as
barreiras adotadas pela UE, que acabaram ficando em segundo plano. A
questão avaliada pelo governo Lula é o “timing” da tramitação. Prestes a
entrar em negociações intensas com os Estados Unidos, às vésperas do
início da vigência de sobretaxas ao aço e da aplicação de tarifas
recíprocas por Trump, o Brasil quer ter rapidamente mecanismos legais
para adotar retaliações — mesmo que sejam apenas um instrumento de
barganhar para sentar à mesa e discutir com o governo americano. Por
isso, está no radar do Palácio do Planalto a possibilidade de uma MP na
mesma linha do substitutivo apresentado por Tereza Cristina, com
discussões concentradas no MDIC. A diferença é que a medida provisória
tem vigência imediata e pode surtir efeitos já na negociação com os
Estados Unidos — em vez de esperar avanços no Senado e, depois, na
Câmara. Hoje, para retaliar um país, é preciso ter aval da Organização
Mundial do Comércio (OMC). Foi assim, por exemplo, que o Brasil
conseguiu autorização para impor tarifas adicionais a produtos
americanos no início da década passada. Foi a chamada “guerra do
algodão”, quando o governo brasileiro levou à OMC o caso de subsídios
ilegais aos cotonicultores nos Estados Unidos. O problema é que a OMC
hoje está completamente paralisada e Trump ameaça elevar tarifas à
revelia das regras internacionais de comércio. Tanto o projeto nas mãos
de Tereza Cristina quanto uma MP editada pelo Planalto daria, pelo
menos, instrumentos legais de retaliação hoje inexistentes nas leis
internas do Brasil.
Defesa de ex-assessor de Bolsonaro nega que monitorar Moraes seja “ilegal”
A defesa do coronel da reserva Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair
Bolsonaro (PL), alegou que o monitoramento do ministro Alexandre de
Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não foi feito de forma
ilegal. Os advogados de Câmara respondem, na data limite, à denúncia da
Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a trama golpista, organizada
após a eleição presidencial de 2022. “O que há de ilegal em fazer
pesquisas através de fontes abertas, entenda-se: Google, telefonemas,
agendas públicas?”, disse a equipe do coronel na resposta. O argumento
foi antecipado pela CNN Brasil. Na peça, os advogados também questionam a
capacidade de Moraes ser relator do caso no STF. Para eles, ou o
ministro “se considera vítima” e, dessa forma, não poderia julgar a
denúncia de forma imparcial, “ou já se deixa de lado essa incoerência de
usar a expressão de monitoramento, vez que se reconhece que o correto é
acompanhamento por fontes abertas/Google”. Além disso, a defesa
acompanha a alegação dos advogados de Bolsonaro e do ex-ministro Braga
Netto, de que não há acesso a todos os documentos necessários. Segundo a
equipe de Câmara, “aparelhos de telefonia móvel apreendidos na última
fase da operação, que deu ensejo à denúncia, não constam na relação
disponibilizada em cartório”. A defesa do coronel criticou ainda a peça
da PGR, por considerar a denúncia “genérica e indeterminada”. https://www.youtube.com/watch?v=FBeMTEqwASg Monitoramento
Segundo a PGR e a Polícia Federal (PF), Câmara era o responsável por
passar informações sobre a agenda e deslocamentos de Moraes ao
tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Em
delação, Cid revelou que o ex-presidente pediu o monitoramento de Moraes
por desconfiar de uma reunião entre ele e o então vice, Hamilton Mourão
(Republicanos), enquanto ambos estavam em São Paulo. O monitoramento se
deu no contexto do plano Punhal Verde e Amarelo, que previa o
assassinato de Moraes, do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB).
Retomada de negociações na semana que vem foi confirmada por
Zelenski e emissários da Casa Branca. Expectativa americana é de
assinatura de acordo para exploração de terras raras.
Após ficar seis dias sob pressão intensa dos Estados Unidos para
ceder a um cessar-fogo com a Rússia sob os termos ditados por Donald
Trump, a Ucrânia vai voltar à mesa de negociações na próxima semana,
quando representantes dos governos americano e ucraniano devem se
encontrar na Arábia Saudita.
Os planos foram confirmados nesta quinta-feira (06/03) pelo
presidente ucraniano Volodimir Zelenski e pelo enviado especial do
governo americano para o Oriente Médio, Steve Witkoff. Segundo Witkoff, o
encontro deve ser realizado na próxima terça-feira (11/03), com a
discussão de um “acordo de paz e um primeiro cessar-fogo”. A expectativa
é que o ministro ucraniano da Defesa, Rustem Umerov, também esteja
presente.
Zelenski disse que se reunirá um dia antes, na segunda-feira, com o príncipe saudita Mohammed bin Salman.
Nesta quinta-feira, em reunião com líderes europeus,
Zelenski havia condicionado um cessar-fogo com a Rússia à suspensão dos
ataques à infraestrutura civil e de energia ucraniana, assim como das
operações militares no Mar Negro, além da libertação de prisioneiros de
guerra.
Perguntado se o acordo será assinado na Arábia Saudita, Witkoff
respondeu: “Acho que Zelenski se ofereceu para assiná-lo. Veremos se ele
o fará.”
O próprio Trump anunciou a jornalistas nesta quinta-feira que deve
viajar à Arábia Saudita para fechar um acordo de investimentos com o
governo saudita que prevê, entre outros pontos, a venda de equipamentos
militares americanos.
Se confirmada, será a primeira viagem internacional do presidente
americano. Trump, contudo, não especificou uma data, dizendo que
provavelmente viajaria dentro de um mês e meio.
Num momento em que a dívida pública brasileira cresce de forma
acentuada, um relatório recém-publicado pelo Banco Itaú escancara que,
não bastasse o gasto elevado do governo, a qualidade dos serviços
públicos oferecidos no Brasil é inferior à de outros países.
Para chegar a essa conclusão, os analistas da instituição financeira
se basearam em dados do Banco Mundial e compararam a qualidade de bens e
serviços públicos brasileiros nas áreas de saúde, educação,
administração pública, equidade (porcentagem da renda total pertencente
aos 40% mais pobres) e infraestrutura.
Essas informações foram comparadas com as de grupos compostos por
países da América Latina, Brics, economias desenvolvidas e países
nórdicos. Houve ainda uma análise de eficiência do gasto, feita por meio
da ponderação da qualidade dos bens e serviços públicos sobre o gasto
total como proporção do PIB.
Pela metodologia do relatório, pontuações acima de 1 indicam
desempenho melhor que o da média; já uma nota menor que 1 representa
desempenho inferior ao da média. E o Brasil, como esperado, não se saiu
nada bem.
Exemplo disso é a área de educação. Em qualidade, o Brasil, com
pontuação de 0,92, superou a nota do agregado de países
latino-americanos (de 0,82), mas ficou atrás dos Brics (1,04),
desenvolvidos (1,22) e nórdicos (1,26). E, quando se mensura a
eficiência do gasto nessa área, o Brasil (0,87) ocupa a lanterna por
ampla margem, com nota significativamente menor que a dos Brics (1,13),
dos latinos (1,14), dos nórdicos (1,17) e dos desenvolvidos (1,25).
No quesito eficiência do gasto público como um todo, o Brasil também
se encontra numa incômoda última colocação, com pontuação de 0,53, ante
0,76 dos latinos, 0,93 dos Brics, 1,48 dos nórdicos e 1,51 dos
desenvolvidos. De acordo com o relatório, uma das explicações para o mau
desempenho do País no indicador de eficiência é o alto volume de
recursos públicos destinados à Previdência Social e aos gastos gerais.
O gasto público do Brasil como proporção do PIB é de 34,7%, quase o
mesmo que o dos países nórdicos (34,8%), mas a qualidade dos serviços é
notavelmente inferior. Isso só comprova que gastar muito, como faz o
Brasil, não é sinônimo de gastar bem, já que a qualidade das políticas
públicas não se compara com o que é oferecido na Suécia, na Dinamarca e
na Noruega.
O que fazer, então, para melhorar a eficiência do elevado gasto
público brasileiro? Recomendar uma redução no nível de investimentos soa
tentador. Tal caminho, no entanto, pode ser contraproducente, já que a
oferta de serviços públicos pode cair – ou seja, existe o risco de que a
qualidade daquilo que se oferece aos cidadãos piore ainda mais.
Mesmo assim, há muito a fazer em relação ao aprimoramento da
eficiência do gasto público, o que requer uma mudança estratégica que
privilegie mecanismos de governança mais robustos, a adoção de práticas
orçamentárias guiadas por desempenho e a consolidação de uma cultura de
prestação de contas, como sugerem os analistas.
O fortalecimento de estruturas institucionais, de modo a aumentar a
transparência e reduzir os riscos de desvios de recursos, seria um
primeiro passo nesse processo de aprimoramento.
Outro ponto que requer atenção são as práticas orçamentárias. Elas
precisam passar por avaliações constantes para que aqueles programas de
pouca eficácia sejam readequados ou encerrados. Errar é do jogo, desde
que se aprenda com os equívocos e se corrija a rota, especialmente
quando se trata de recursos públicos.
Mais transparência e competitividade em contratações públicas não só é
recomendável, como, segundo os autores da pesquisa, pode gerar ganhos
imediatos.
Cansado de pagar tributos sem receber serviços condizentes, o
brasileiro certamente agradeceria se houvesse uma reorganização do gasto
público brasileiro. Enquanto não atentar para isso e seguir
incrementando o gasto sem pensar na qualidade, o governo só fomentará
insatisfação, como evidenciam as mais recentes pesquisas de
popularidade. Pior: a um custo insustentável.
Nesta sexta-feira(07), é celebrado o Dia do Fuzileiro Naval, a
criação desta data é uma homenagem à chegada da Brigada Real da Marinha
Portuguesa (que deu origem ao Corpo dos Fuzileiros Navais do Brasil) em
terras brasileiras, precisamente no Rio de Janeiro, em 7 de março de
1808.
O Corpo dos Fuzileiros Navais, parte integrante da Marinha do Brasil,
é responsável pela segurança do país de ameaças vindas do mar.
Os fuzileiros navais são militares. O termo “fuzileiro” é uma
referência ao fuzil, espingarda usada pelos soldados, que por esse
motivo passaram a ser chamados de fuzileiros.
No entanto, estes grupos de militares também são treinados para
combaterem em terra, sendo apelidados de “anfíbios”, por estarem aptos a
se adaptar às condições de ambos os ambientes (terra e água).
A Brigada Real da Marinha acompanhou a Família Real Portuguesa quando
esta migrava para o Brasil para se proteger das ameaças de invasão de
Napoleão Bonaparte.
Fonte: Karla Neto Foto: Divulgação
CURIOSIDADE – KARLA NETO
Você sabia por que pandas comem bambu mesmo tendo “intestinos carnívoros”?
O urso panda ou panda-gigante, é uma animal incrível, originário da
Ásia, mais precisamente, das regiões leste e sul da China. Esses
mamíferos extremamente fofos, já estiveram na lista das espécies
ameaçadas de extinção, contudo, após o aumento da população e dos
esforços de conservação, eles agora estão apenas na lista de espécies
vulneráveis.
Acredita-se que existam pouco menos de 1.900 pandas selvagens no
mundo e cerca de 600 em centros de criação e zoológicos em todo o mundo.
Se você quer saber mais sobre esses animais, siga o nosso artigo com as
10 melhores curiosidades sobre os Pandas.
Os pandas são famosos por amarem bambu, mas os mamíferos fofos, na
verdade, têm sistemas digestivos típicos de animais que seguem uma dieta
à base de carne. Passam até 16 horas por dia devorando bambu,
absorvendo um material genético chamado microRNA em sua corrente
sanguínea.
Os pandas comem principalmente bambu, mas contém muito pouco valor
nutricional; devem comer até 38 kg por dia para sustentar suas
necessidades energéticas. Às vezes, os pandas selvagens procuram outras
opções, como pequenos roedores e outras plantas, que compõem cerca de 1%
de sua dieta. Embora os pandas gigantes sejam herbívoros, eles são um
membro da família dos ursos e, portanto, possuem o sistema digestivo de
um carnívoro. No entanto, eles evoluíram para depender quase
exclusivamente do bambu, o que os deixa vulneráveis a qualquer forma
de perda de seu habitat.
A Afesu (Associação Feminina de Estudos Sociais e Universitários) é
uma organização sem fins lucrativos que, há 61 anos, dedica-se a
transformar a vida de meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade
social por meio da educação gratuita e da capacitação profissional. A
instituição promove o desenvolvimento integral e a inserção no mercado
de trabalho, abrindo caminhos para um futuro mais igualitário.
No mês de março, em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, a
Afesu reforça sua missão de empoderar mulheres através do conhecimento,
destacando histórias inspiradoras de alunas e ex-alunas que
transformaram suas trajetórias pessoais e profissionais.
Gisele Santos, ex-aluna da unidade Veleiros, é um exemplo desse
impacto. A partir de uma indicação da Afesu, Gisele conquistou sua
primeira oportunidade profissional na Craft. Após um ano e quatro meses
de crescimento, ela alcançou um sonho ainda maior: foi aceita para um
programa de intercâmbio em uma das mais renomadas escolas de inglês da
Irlanda e, recentemente, foi aprovada no curso de Economia. “Eu tenho
total convicção para dizer que o trabalho da Afesu muda vidas. E ele
mudou a minha! Eu sou muito grata por tudo!”, afirma Gisele.
Outra história inspiradora é a de Mara Marcondes, que ingressou na
Afesu Morro Velho aos 15 anos pelo curso de Primeiro Emprego. Durante um
ano, ela adquiriu habilidades essenciais como comunicação assertiva e
confiança em situações desafiadoras. Hoje, aos 37 anos, Mara é formada
em Administração, possui pós-graduação em Finanças e MBA em Gestão e
Estratégia de Negócios pela FGV. “A Afesu abre horizontes e oferece uma
perspectiva além da realidade econômica e social em que muitas vivem. Eu
me inspirei em mulheres de diferentes áreas e isso fez toda a diferença
para a Mara de 15 anos”, destaca.
A unidade Veleiros também celebra uma recente conquista: Eduarda
Calado, ex-aluna foi aprovada no curso de Direito da Fundação Getúlio
Vargas (FGV) com 100% de bolsa. Esse resultado evidencia como o trabalho
da Afesu transcende a sala de aula, abrindo portas para oportunidades
que mudam destinos “A Afesu Veleiros foi essencial para minha formação
acadêmica e pessoal. Desde o quinto ano do ensino fundamental,
participei do Projeto Vida, que me proporcionou reforço escolar e
contato com diversas áreas do conhecimento. Mas, mais do que isso, a ONG
me ajudou a desenvolver habilidades interpessoais, trabalho em equipe e
soft skills que carrego para a vida. Também tive a oportunidade de
cursar disciplinas como postura profissional e etiqueta corporativa, o
que foi fundamental para minha preparação para o mercado de trabalho.
Sem essa base, eu não teria conquistado oportunidades como ser bolsista
no ensino médio e, hoje, estar estudando na FGV. Sou imensamente grata à
Afesu por ter sido um pilar tão importante na minha trajetória.”
“O Dia Internacional da Mulher é um momento para celebrar conquistas,
mas também para refletir sobre os desafios que ainda enfrentamos. Na
Afesu, temos o privilégio de acompanhar a transformação de meninas e
mulheres que, por meio da educação, conquistam autonomia e realizam
sonhos que antes pareciam distantes. Cada história de superação que
testemunhamos reforça a importância do nosso trabalho e a recompensa
imensurável de ver essas mulheres construindo um futuro melhor para si e
para suas famílias.” – Sônia de Almeida, Diretora Executiva da Afesu.
Saiba mais sobre a Afesu
Tudo começa com um sonho. Uma menina que deseja um futuro melhor, uma
mulher que busca novas oportunidades, uma família que acredita na força
da educação. Há 61 anos, a Associação Feminina de Estudos Sociais e
Universitários (Afesu) tem sido esse farol de esperança, abrindo portas e
transformando vidas por meio da educação gratuita para meninas e
mulheres.
Mais do que ensinar uma profissão, a Afesu muda histórias. Na ONG,
cada aluna não apenas aprende, mas descobre sua própria força, ganha
confiança para sonhar alto e construir um futuro digno para si e para
sua família.
Nas unidades de Morro Velho, Moinho e Veleiros, mais de 1.000
mulheres são impactadas todos os anos, e esse impacto se multiplica,
alcançando cerca de 3.000 familiares. Os números falam por si: 92% das
ex-alunas seguem para o ensino superior ou conquistam espaço no mercado
de trabalho. Mas por trás dessas estatísticas, há rostos, nomes,
trajetórias de superação e coragem que inspiram e transformam
comunidades inteiras.
Cada curso oferecido na Afesu é mais do que uma oportunidade
profissional; é um recomeço. Meninas que antes viam barreiras, agora
enxergam possibilidades. Mulheres que resgatam sua força e ampliam seus
horizontes. Famílias que, através da educação de uma única integrante,
vivenciam mudanças profundas e duradouras.
A cada diploma conquistado, uma nova esperança nasce. Todos podem
fazer parte dessa história. As trajetórias inspiradoras das mulheres que
passaram pela Afesu mostram o impacto transformador da educação, e há
diversas maneiras de contribuir para que mais sonhos se tornem
realidade. Ao acessar o site da Afesu, é possível apoiar essa causa e
ajudar a transformar vidas. Juntos, é possível iluminar ainda mais
caminhos e criar um futuro cheio de oportunidades para muitas outras
mulheres.
Google
Search Console (antigo Google Webmaster Tools) é uma ferramenta
disponibilizada pelo buscador para acompanhar como seu site é rastreado,
indexado e classificado
O Google Search Console é uma ferramenta feita para proprietários de
sites, profissionais de marketing e SEOs que visa monitorar e manter o
desempenho de um site nas pesquisas do Google. Com ele, é possível
entender como o buscador visualiza uma página e assim otimizá-la, para
obter melhor performance.
Dentro dele, é possível submeter conteúdos para indexação, verificar erros, inspecionar palavras-chave
(termos de busca) pelas quais seu site está sendo encontrado e obter
insights valiosos relacionados ao desempenho de sua pesquisa.
As principais funcionalidades incluem:
Inspeção de URL: Verifica o status de indexação de URLs específicas no Google.
Relatórios de desempenho: Mostra dados sobre como
os usuários encontram o site no Google, incluindo termos de pesquisa,
páginas mais visitadas e taxas de cliques (CTR).
Erros de rastreamento: Identifica problemas que impedem o Google de acessar o conteúdo do site corretamente.
Sitemaps: Permite o envio de mapas do site para ajudar o Google a descobrir e indexar páginas.
Exportar dados: possível em em Planilhas Google ou CSV
O Search Console oferece recursos como o envio de sitemaps,
que auxiliam o Google a entender a estrutura do site e a indexar o
conteúdo de forma mais eficaz. Também apresenta relatórios detalhados
sobre as questões de segurança do site, como hacking e malware, que
podem afetar negativamente a visibilidade nos resultados da pesquisa.
Por fim e não menos importante, ele permite analisar o tráfego de
pesquisa, medindo quão frequentemente um site aparece na Pesquisa
Google, quais consultas de pesquisa mostram o site, quão frequentemente
os usuários clicam nessas consultas e muito mais. Essas informações
podem ser fundamentais para informar decisões de SEO e melhorar a classificação de um site na pesquisa.
Configuração da Conta: como começar a usar o Search Console
Para utilizar eficazmente o Google Search Console, é crucial configurar corretamente a conta e verificar a propriedade do website. Realizando essas configurações, após alguns dias de processamento você passará a ter acesso aos dados históricos de seu site.
Criando a sua conta
Primeiro, você precisa criar uma conta no Google Search Console. Vá para search.google.com/search-console e faça login com sua Conta Google. Em seguida, clique em Adicionar Propriedade e insira o URL do seu site. Isso vai verificar se você é dono do site.
Verificação do Site
Ao escolher a opção Prefixo de URL, também será é necessário realizar a verificação do site.
Isso pode ser feito por diversos métodos, sendo os mais comuns a upload
de um arquivo HTML fornecido pelo Google ao servidor, a inclusão de uma
meta tag na página inicial do site, ou a sincronização com outros serviços do Google, como o Google Analytics.
Arquivo HTML: Faça o upload do arquivo HTML fornecido pelo Google no diretório raiz do site.
Meta Tag: Adicione a meta tag exclusiva na seção <head> da página inicial do site.
Google Analytics: Utilize o mesmo código do Google Analytics para verificar automaticamente a propriedade do site.
Preferências de Configuração
Após a verificação, é importante ajustar as preferências de configuração para alinhar o Google Search Console com os objetivos do proprietário do site. É possível configurar as preferências de rastreamento e indexação, o país-alvo, e as configurações de sitemap.
Rastreamento e Indexação: Defina como o Google deve rastrear o site e quais páginas devem ser indexadas.
País-Alvo: Especifique o país que deve ser o foco do site para otimizar a presença em resultados de pesquisa locais.
Sitemaps: Envie um sitemap para auxiliar o Google a compreender a estrutura do site e a indexar o conteúdo de forma mais eficaz.
Através dessas configurações, o proprietário pode garantir que o site
seja rastreado corretamente e possa alcançar o melhor desempenho
possível nos resultados de busca.
Verificação do Site
Ao escolher a opção Prefixo de URL, também será é necessário realizar a verificação do site.
Isso pode ser feito por diversos métodos, sendo os mais comuns a upload
de um arquivo HTML fornecido pelo Google ao servidor, a inclusão de uma
meta tag na página inicial do site, ou a sincronização com outros serviços do Google, como o Google Analytics.
Arquivo HTML: Faça o upload do arquivo HTML fornecido pelo Google no diretório raiz do site.
Meta Tag: Adicione a meta tag exclusiva na seção <head> da página inicial do site.
Google Analytics: Utilize o mesmo código do Google Analytics para verificar automaticamente a propriedade do site.
Preferências de Configuração
Após a verificação, é importante ajustar as preferências de configuração para alinhar o Google Search Console com os objetivos do proprietário do site. É possível configurar as preferências de rastreamento e indexação, o país-alvo, e as configurações de sitemap.
Rastreamento e Indexação: Defina como o Google deve rastrear o site e quais páginas devem ser indexadas.
País-Alvo: Especifique o país que deve ser o foco do site para otimizar a presença em resultados de pesquisa locais.
Sitemaps: Envie um sitemap para auxiliar o Google a compreender a estrutura do site e a indexar o conteúdo de forma mais eficaz.
Através dessas configurações, o proprietário pode garantir que o site
seja rastreado corretamente e possa alcançar o melhor desempenho
possível nos resultados de busca.
CARACTERÍSTICAS DA VALEON
Perseverança
Ser perseverante envolve não desistir dos objetivos estipulados em
razão das atividades, e assim manter consistência em suas ações. Requer
determinação e coerência com valores pessoais, e está relacionado com a
resiliência, pois em cada momento de dificuldade ao longo da vida é
necessário conseguir retornar a estados emocionais saudáveis que
permitem seguir perseverante.
Comunicação
Comunicação é a transferência de informação e significado de uma
pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e
compreensão entre as pessoas. É a maneira de se relacionar com os outros
por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o
ponto que liga os seres humanos para que eles possam compartilhar
conhecimentos e sentimentos. Ela envolve transação entre pessoas. Aquela
através da qual uma instituição comunica suas práticas, objetivos e
políticas gerenciais, visando à formação ou manutenção de imagem
positiva junto a seus públicos.
Autocuidado
Como o próprio nome diz, o autocuidado se refere ao conjunto de ações
que cada indivíduo exerce para cuidar de si e promover melhor qualidade
de vida para si mesmo. A forma de fazer isso deve estar em consonância
com os objetivos, desejos, prazeres e interesses de cada um e cada
pessoa deve buscar maneiras próprias de se cuidar.
Autonomia
Autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em
gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias
escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida
por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é
incompatível com elas.
A autonomia no trabalho é um dos fatores que impulsionam resultados dentro das empresas. Segundo uma pesquisa da Page Talent, divulgada em um portal especializado, 58% dos profissionais no Brasil têm mais facilidade para desenvolver suas tarefas quando
agem de maneira independente. Contudo, nem todas as empresas oferecem
esse atributo aos colaboradores, o que acaba afastando profissionais de
gerações mais jovens e impede a inovação dentro da companhia.
Inovação
Inovar profissionalmente envolve explorar novas oportunidades,
exercer a criatividade, buscar novas soluções. É importante que a
inovação ocorra dentro da área de atuação de um profissional, evitando
que soluções se tornem defasadas. Mas também é saudável conectar a
curiosidade com outras áreas, pois mesmo que não represente uma nova
competência usada no dia a dia, descobrir novos assuntos é uma forma
importante de ter um repertório de soluções diversificadas e atuais.
Busca por Conhecimento Tecnológico
A tecnologia tornou-se um conhecimento transversal. Compreender
aspectos tecnológicos é uma necessidade crescente para profissionais de
todas as áreas. Ressaltamos repetidamente a importância da tecnologia,
uma ideia apoiada por diversos especialistas em carreira.
Capacidade de Análise
Analisar significa observar, investigar, discernir. É uma competência
que diferencia pessoas e profissionais, muito importante para contextos
de liderança, mas também em contextos gerais. Na atualidade, em um
mundo com abundância de informações no qual o discernimento,
seletividade e foco também se tornam grandes diferenciais, a capacidade
de analisar ganha importância ainda maior.
Resiliência
É lidar com adversidades, críticas, situações de crise, pressões
(inclusive de si mesmo), e ter capacidade de retornar ao estado
emocional saudável, ou seja, retornar às condições naturais após
momentos de dificuldade. Essa é uma das qualidades mais visíveis em
líderes. O líder, mesmo colocando a sua vida em perigo, deve ter a
capacidade de manter-se fiel e com serenidade em seus objetivos.
O gerente de pesquisa e advocacy da Transparência Internacional,
Guilherme France, destacou como exemplo as decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli sobre o acordo de leniência da Odebrecht, atualmente Novonor.
France criticou a anulação das provas obtidas no acordo. “Se o Brasil
antes exportava corrupção, agora exporta impunidade”, afirmou.
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou
todas as provas e processos contra o ex-ministro Antônio Palocci na
Operação Lava Jato. Foto: WILTON JUNIOR
A acusação foi apresentada à Comissão Interamericana de Direitos
Humanos (CIDH) da OEA durante uma audiência temática que discutiu os
impactos da corrupção e da impunidade sobre os direitos humanos nas
Américas.
O pedido de audiência foi feito pela TI em parceria com a Federação
Internacional para os Direitos Humanos (FIDH) e contou com o apoio de
entidades de países como Colômbia, Guatemala, República Dominicana,
Venezuela e Brasil.
No mês passado, a Transparência Brasil já havia criticado a decisão de Toffoli que anulou as ações contra o ex-ministro Antônio Palocci.
Em nota, a organização classificou a medida como “mais um passo no
desmonte do enfrentamento à macrocorrupção” no Brasil e alertou que tais
decisões abalam a confiança da sociedade no STF.
No entanto, em outubro, o procurador-geral da República Paulo Gonet pediu o arquivamento do processo por não haver, segundo ele, “elementos mínimos de convicção” que justificassem as investigações.