sexta-feira, 7 de março de 2025

GOVERNO LULA VAI EMITIR MP PARA RETLIAR COMERCIALMENTE CONTRA OS EUA

 

História de Daniel Rittner – CNN Brasil

Governo avalia MP para retaliação comercial contra EUA

Governo avalia MP para retaliação comercial contra EUA

De olho em eventual resposta às barreiras protecionistas adotadas por Donald Trump nos Estados Unidos, caso não haja avanços nas negociações com a Casa Branca, o governo brasileiro avalia a possibilidade de editar uma medida provisória (MP) criando instrumentos legais de retaliação comercial. A publicação de uma MP é vista, na Esplanada dos Ministérios, como alternativa a um projeto de lei que tramita no Senado e tem a mesmo teor. O PL 2088, de 2023, foi apresentado originalmente em meio às ameaças de restrições da União Europeia para produtos agrícolas brasileiros. A UE alegava preocupação com a alta do desmatamento em florestas tropicais, como a Amazônia. O projeto em tramitação no Senado foi costurado pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e protocolado pelo senador Zequinha Marinho (PL-PA). O chamado PL da Reciprocidade Ambiental permitiria ao Brasil fazer exigências ambientais para produtos de países ou blocos que impusessem barreiras do mesmo tipo às exportações brasileiras. Designada relatora do projeto, a ex-ministra da Agricultura e senadora Tereza Cristina (PP-MS) mudou o texto para adaptá-lo às ameaças de Trump na área comercial. A redação foi discutida com setores do governo Lula e teve respaldo de ministérios, como o MDIC (Indústria e Comércio) e Itamaraty. O relatório de Tereza Cristina ficou pronto na sexta-feira (28) e está pronto para votação na Comissão de Meio Ambiente. Ela já conversou com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para acelerar a tramitação. Uma hipótese é apreciar o texto em caráter terminativo, dispensando a análise em plenário, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O substitutivo da ex-ministra autoriza e estabelece critérios para a Câmara de Comércio Exterior (Camex) suspender concessões comerciais e direitos de propriedade intelectual (patentes) “em resposta a ações, políticas ou práticas unilaterais de país ou bloco econômico que impactam negativamente a competitividade internacional de bens e produtos brasileiros”. O texto de Tereza Cristina foi pensado diante do novo contexto geopolítico e com o objetivo de não servir apenas para as barreiras adotadas pela UE, que acabaram ficando em segundo plano. A questão avaliada pelo governo Lula é o “timing” da tramitação. Prestes a entrar em negociações intensas com os Estados Unidos, às vésperas do início da vigência de sobretaxas ao aço e da aplicação de tarifas recíprocas por Trump, o Brasil quer ter rapidamente mecanismos legais para adotar retaliações — mesmo que sejam apenas um instrumento de barganhar para sentar à mesa e discutir com o governo americano. Por isso, está no radar do Palácio do Planalto a possibilidade de uma MP na mesma linha do substitutivo apresentado por Tereza Cristina, com discussões concentradas no MDIC. A diferença é que a medida provisória tem vigência imediata e pode surtir efeitos já na negociação com os Estados Unidos — em vez de esperar avanços no Senado e, depois, na Câmara. Hoje, para retaliar um país, é preciso ter aval da Organização Mundial do Comércio (OMC). Foi assim, por exemplo, que o Brasil conseguiu autorização para impor tarifas adicionais a produtos americanos no início da década passada. Foi a chamada “guerra do algodão”, quando o governo brasileiro levou à OMC o caso de subsídios ilegais aos cotonicultores nos Estados Unidos. O problema é que a OMC hoje está completamente paralisada e Trump ameaça elevar tarifas à revelia das regras internacionais de comércio. Tanto o projeto nas mãos de Tereza Cristina quanto uma MP editada pelo Planalto daria, pelo menos, instrumentos legais de retaliação hoje inexistentes nas leis internas do Brasil.

MONITORAR MINISTROS NÃO É CRIME

 

História de Isabella Cavalcante

Defesa de ex-assessor de Bolsonaro nega que monitorar Moraes seja "ilegal"

Defesa de ex-assessor de Bolsonaro nega que monitorar Moraes seja “ilegal”

A defesa do coronel da reserva Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), alegou que o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não foi feito de forma ilegal. Os advogados de Câmara respondem, na data limite, à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a trama golpista, organizada após a eleição presidencial de 2022. “O que há de ilegal em fazer pesquisas através de fontes abertas, entenda-se: Google, telefonemas, agendas públicas?”, disse a equipe do coronel na resposta. O argumento foi antecipado pela CNN Brasil. Na peça, os advogados também questionam a capacidade de Moraes ser relator do caso no STF. Para eles, ou o ministro “se considera vítima” e, dessa forma, não poderia julgar a denúncia de forma imparcial, “ou já se deixa de lado essa incoerência de usar a expressão de monitoramento, vez que se reconhece que o correto é acompanhamento por fontes abertas/Google”. Além disso, a defesa acompanha a alegação dos advogados de Bolsonaro e do ex-ministro Braga Netto, de que não há acesso a todos os documentos necessários. Segundo a equipe de Câmara, “aparelhos de telefonia móvel apreendidos na última fase da operação, que deu ensejo à denúncia, não constam na relação disponibilizada em cartório”. A defesa do coronel criticou ainda a peça da PGR, por considerar a denúncia “genérica e indeterminada”. https://www.youtube.com/watch?v=FBeMTEqwASg Monitoramento Segundo a PGR e a Polícia Federal (PF), Câmara era o responsável por passar informações sobre a agenda e deslocamentos de Moraes ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Em delação, Cid revelou que o ex-presidente pediu o monitoramento de Moraes por desconfiar de uma reunião entre ele e o então vice, Hamilton Mourão (Republicanos), enquanto ambos estavam em São Paulo. O monitoramento se deu no contexto do plano Punhal Verde e Amarelo, que previa o assassinato de Moraes, do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB).

EUA E UCRÂNIA PERTO DA ASSINATURA DE UM ACORDO DE PAZ

 

História de dw.com – DW Brasil

Retomada de negociações na semana que vem foi confirmada por Zelenski e emissários da Casa Branca. Expectativa americana é de assinatura de acordo para exploração de terras raras.

Cidade ucraniana de Kryvyi Rih foi alvo de ataques russos nesta quarta-feira

Cidade ucraniana de Kryvyi Rih foi alvo de ataques russos nesta quarta-feira© REUTERS

Após ficar seis dias sob pressão intensa dos Estados Unidos para ceder a um cessar-fogo com a Rússia sob os termos ditados por Donald Trump, a Ucrânia vai voltar à mesa de negociações na próxima semana, quando representantes dos governos americano e ucraniano devem se encontrar na Arábia Saudita.

Os planos foram confirmados nesta quinta-feira (06/03) pelo presidente ucraniano Volodimir Zelenski e pelo enviado especial do governo americano para o Oriente Médio, Steve Witkoff. Segundo Witkoff, o encontro deve ser realizado na próxima terça-feira (11/03), com a discussão de um “acordo de paz e um primeiro cessar-fogo”. A expectativa é que o ministro ucraniano da Defesa, Rustem Umerov, também esteja presente.

Zelenski disse que se reunirá um dia antes, na segunda-feira, com o príncipe saudita Mohammed bin Salman.

Nesta quinta-feira, em reunião com líderes europeus, Zelenski havia condicionado um cessar-fogo com a Rússia à suspensão dos ataques à infraestrutura civil e de energia ucraniana, assim como das operações militares no Mar Negro, além da libertação de prisioneiros de guerra.

Na ocasião, o líder ucraniano voltou a insistir em “garantias de segurança” – posição que, poucos dias atrás, atraiu a ira de Trump, frustrando negociações com os EUA e motivando a suspensão da ajuda militar americana. Alarmados, os europeus se prontificaram a oferecer essas garantias – mas também insistem em apoio americano em caso de emergência.

Witkoff diz que acordo de terras raras será assinado na Arábia Saudita

Nesta quinta-feira, Witkoff disse que Trump estava satisfeito com o pedido de desculpas de Zelenski e seu empenho em assinar um acordo econômico para exploração americana de minerais críticos em solo ucraniano.

O governo Trump quer esse acordo econômico como contrapartida à ajuda dos EUA à Ucrânia na guerra, e o trata como primeiro passo rumo à paz na região.

Perguntado se o acordo será assinado na Arábia Saudita, Witkoff respondeu: “Acho que Zelenski se ofereceu para assiná-lo. Veremos se ele o fará.”

O próprio Trump anunciou a jornalistas nesta quinta-feira que deve viajar à Arábia Saudita para fechar um acordo de investimentos com o governo saudita que prevê, entre outros pontos, a venda de equipamentos militares americanos.

Se confirmada, será a primeira viagem internacional do presidente americano. Trump, contudo, não especificou uma data, dizendo que provavelmente viajaria dentro de um mês e meio.

BRASIL UM PAÍS QUE GASTA MUITO E MAL

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Num momento em que a dívida pública brasileira cresce de forma acentuada, um relatório recém-publicado pelo Banco Itaú escancara que, não bastasse o gasto elevado do governo, a qualidade dos serviços públicos oferecidos no Brasil é inferior à de outros países.

Para chegar a essa conclusão, os analistas da instituição financeira se basearam em dados do Banco Mundial e compararam a qualidade de bens e serviços públicos brasileiros nas áreas de saúde, educação, administração pública, equidade (porcentagem da renda total pertencente aos 40% mais pobres) e infraestrutura.

Essas informações foram comparadas com as de grupos compostos por países da América Latina, Brics, economias desenvolvidas e países nórdicos. Houve ainda uma análise de eficiência do gasto, feita por meio da ponderação da qualidade dos bens e serviços públicos sobre o gasto total como proporção do PIB.

Pela metodologia do relatório, pontuações acima de 1 indicam desempenho melhor que o da média; já uma nota menor que 1 representa desempenho inferior ao da média. E o Brasil, como esperado, não se saiu nada bem.

Exemplo disso é a área de educação. Em qualidade, o Brasil, com pontuação de 0,92, superou a nota do agregado de países latino-americanos (de 0,82), mas ficou atrás dos Brics (1,04), desenvolvidos (1,22) e nórdicos (1,26). E, quando se mensura a eficiência do gasto nessa área, o Brasil (0,87) ocupa a lanterna por ampla margem, com nota significativamente menor que a dos Brics (1,13), dos latinos (1,14), dos nórdicos (1,17) e dos desenvolvidos (1,25).

No quesito eficiência do gasto público como um todo, o Brasil também se encontra numa incômoda última colocação, com pontuação de 0,53, ante 0,76 dos latinos, 0,93 dos Brics, 1,48 dos nórdicos e 1,51 dos desenvolvidos. De acordo com o relatório, uma das explicações para o mau desempenho do País no indicador de eficiência é o alto volume de recursos públicos destinados à Previdência Social e aos gastos gerais.

O gasto público do Brasil como proporção do PIB é de 34,7%, quase o mesmo que o dos países nórdicos (34,8%), mas a qualidade dos serviços é notavelmente inferior. Isso só comprova que gastar muito, como faz o Brasil, não é sinônimo de gastar bem, já que a qualidade das políticas públicas não se compara com o que é oferecido na Suécia, na Dinamarca e na Noruega.

O que fazer, então, para melhorar a eficiência do elevado gasto público brasileiro? Recomendar uma redução no nível de investimentos soa tentador. Tal caminho, no entanto, pode ser contraproducente, já que a oferta de serviços públicos pode cair – ou seja, existe o risco de que a qualidade daquilo que se oferece aos cidadãos piore ainda mais.

Mesmo assim, há muito a fazer em relação ao aprimoramento da eficiência do gasto público, o que requer uma mudança estratégica que privilegie mecanismos de governança mais robustos, a adoção de práticas orçamentárias guiadas por desempenho e a consolidação de uma cultura de prestação de contas, como sugerem os analistas.

O fortalecimento de estruturas institucionais, de modo a aumentar a transparência e reduzir os riscos de desvios de recursos, seria um primeiro passo nesse processo de aprimoramento.

Outro ponto que requer atenção são as práticas orçamentárias. Elas precisam passar por avaliações constantes para que aqueles programas de pouca eficácia sejam readequados ou encerrados. Errar é do jogo, desde que se aprenda com os equívocos e se corrija a rota, especialmente quando se trata de recursos públicos.

Mais transparência e competitividade em contratações públicas não só é recomendável, como, segundo os autores da pesquisa, pode gerar ganhos imediatos.

Cansado de pagar tributos sem receber serviços condizentes, o brasileiro certamente agradeceria se houvesse uma reorganização do gasto público brasileiro. Enquanto não atentar para isso e seguir incrementando o gasto sem pensar na qualidade, o governo só fomentará insatisfação, como evidenciam as mais recentes pesquisas de popularidade. Pior: a um custo insustentável.

DIA DO FUZILEIRO NAVAL E CURIOSIDADE

 

Karla Neto – Colnista Correspondente

Nesta sexta-feira(07), é celebrado o Dia do Fuzileiro Naval, a criação desta data é uma homenagem à chegada da Brigada Real da Marinha Portuguesa (que deu origem ao Corpo dos Fuzileiros Navais do Brasil) em terras brasileiras, precisamente no Rio de Janeiro, em 7 de março de 1808.

O Corpo dos Fuzileiros Navais, parte integrante da Marinha do Brasil, é responsável pela segurança do país de ameaças vindas do mar.

Os fuzileiros navais são militares. O termo “fuzileiro” é uma referência ao fuzil, espingarda usada pelos soldados, que por esse motivo passaram a ser chamados de fuzileiros.

No entanto, estes grupos de militares também são treinados para combaterem em terra, sendo apelidados de “anfíbios”, por estarem aptos a se adaptar às condições de ambos os ambientes (terra e água).

A Brigada Real da Marinha acompanhou a Família Real Portuguesa quando esta migrava para o Brasil para se proteger das ameaças de invasão de Napoleão Bonaparte.

Fonte: Karla Neto
Foto: Divulgação

CURIOSIDADE – KARLA NETO

Você sabia por que pandas comem bambu mesmo tendo “intestinos carnívoros”?

O urso panda ou panda-gigante, é uma animal incrível, originário da Ásia, mais precisamente, das regiões leste e sul da China. Esses mamíferos extremamente fofos, já estiveram na lista das espécies ameaçadas de extinção, contudo, após o aumento da população e dos esforços de conservação, eles agora estão apenas na lista de espécies vulneráveis.

Acredita-se que existam pouco menos de 1.900 pandas selvagens no mundo e cerca de 600 em centros de criação e zoológicos em todo o mundo. Se você quer saber mais sobre esses animais, siga o nosso artigo com as 10 melhores curiosidades sobre os Pandas.

Os pandas são famosos por amarem bambu, mas os mamíferos fofos, na verdade, têm sistemas digestivos típicos de animais que seguem uma dieta à base de carne. Passam até 16 horas por dia devorando bambu, absorvendo um material genético chamado microRNA em sua corrente sanguínea.

Os pandas comem principalmente bambu, mas contém muito pouco valor nutricional; devem comer até 38 kg por dia para sustentar suas necessidades energéticas. Às vezes, os pandas selvagens procuram outras opções, como pequenos roedores e outras plantas, que compõem cerca de 1% de sua dieta. Embora os pandas gigantes sejam herbívoros, eles são um membro da família dos ursos e, portanto, possuem o sistema digestivo de um carnívoro. No entanto, eles evoluíram para depender quase exclusivamente do bambu, o que os deixa vulneráveis ​​a qualquer forma de perda de seu habitat.

O IMPACTO DA EDUCAÇÃO NA JORNADA DAS MULHERES

 

 Afesu

A Afesu (Associação Feminina de Estudos Sociais e Universitários) é uma organização sem fins lucrativos que, há 61 anos, dedica-se a transformar a vida de meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade social por meio da educação gratuita e da capacitação profissional. A instituição promove o desenvolvimento integral e a inserção no mercado de trabalho, abrindo caminhos para um futuro mais igualitário.

No mês de março, em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, a Afesu reforça sua missão de empoderar mulheres através do conhecimento, destacando histórias inspiradoras de alunas e ex-alunas que transformaram suas trajetórias pessoais e profissionais.

Gisele Santos, ex-aluna da unidade Veleiros, é um exemplo desse impacto. A partir de uma indicação da Afesu, Gisele conquistou sua primeira oportunidade profissional na Craft. Após um ano e quatro meses de crescimento, ela alcançou um sonho ainda maior: foi aceita para um programa de intercâmbio em uma das mais renomadas escolas de inglês da Irlanda e, recentemente, foi aprovada no curso de Economia. “Eu tenho total convicção para dizer que o trabalho da Afesu muda vidas. E ele mudou a minha! Eu sou muito grata por tudo!”, afirma Gisele.

Outra história inspiradora é a de Mara Marcondes, que ingressou na Afesu Morro Velho aos 15 anos pelo curso de Primeiro Emprego. Durante um ano, ela adquiriu habilidades essenciais como comunicação assertiva e confiança em situações desafiadoras. Hoje, aos 37 anos, Mara é formada em Administração, possui pós-graduação em Finanças e MBA em Gestão e Estratégia de Negócios pela FGV. “A Afesu abre horizontes e oferece uma perspectiva além da realidade econômica e social em que muitas vivem. Eu me inspirei em mulheres de diferentes áreas e isso fez toda a diferença para a Mara de 15 anos”, destaca.

A unidade Veleiros também celebra uma recente conquista: Eduarda Calado, ex-aluna foi aprovada no curso de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) com 100% de bolsa. Esse resultado evidencia como o trabalho da Afesu transcende a sala de aula, abrindo portas para oportunidades que mudam destinos “A Afesu Veleiros foi essencial para minha formação acadêmica e pessoal. Desde o quinto ano do ensino fundamental, participei do Projeto Vida, que me proporcionou reforço escolar e contato com diversas áreas do conhecimento. Mas, mais do que isso, a ONG me ajudou a desenvolver habilidades interpessoais, trabalho em equipe e soft skills que carrego para a vida. Também tive a oportunidade de cursar disciplinas como postura profissional e etiqueta corporativa, o que foi fundamental para minha preparação para o mercado de trabalho. Sem essa base, eu não teria conquistado oportunidades como ser bolsista no ensino médio e, hoje, estar estudando na FGV. Sou imensamente grata à Afesu por ter sido um pilar tão importante na minha trajetória.”

“O Dia Internacional da Mulher é um momento para celebrar conquistas, mas também para refletir sobre os desafios que ainda enfrentamos. Na Afesu, temos o privilégio de acompanhar a transformação de meninas e mulheres que, por meio da educação, conquistam autonomia e realizam sonhos que antes pareciam distantes. Cada história de superação que testemunhamos reforça a importância do nosso trabalho e a recompensa imensurável de ver essas mulheres construindo um futuro melhor para si e para suas famílias.” – Sônia de Almeida, Diretora Executiva da Afesu.

Saiba mais sobre a Afesu

Tudo começa com um sonho. Uma menina que deseja um futuro melhor, uma mulher que busca novas oportunidades, uma família que acredita na força da educação. Há 61 anos, a Associação Feminina de Estudos Sociais e Universitários (Afesu) tem sido esse farol de esperança, abrindo portas e transformando vidas por meio da educação gratuita para meninas e mulheres.

Mais do que ensinar uma profissão, a Afesu muda histórias. Na ONG, cada aluna não apenas aprende, mas descobre sua própria força, ganha confiança para sonhar alto e construir um futuro digno para si e para sua família.

Nas unidades de Morro Velho, Moinho e Veleiros, mais de 1.000 mulheres são impactadas todos os anos, e esse impacto se multiplica, alcançando cerca de 3.000 familiares. Os números falam por si: 92% das ex-alunas seguem para o ensino superior ou conquistam espaço no mercado de trabalho. Mas por trás dessas estatísticas, há rostos, nomes, trajetórias de superação e coragem que inspiram e transformam comunidades inteiras.

Cada curso oferecido na Afesu é mais do que uma oportunidade profissional; é um recomeço. Meninas que antes viam barreiras, agora enxergam possibilidades. Mulheres que resgatam sua força e ampliam seus horizontes. Famílias que, através da educação de uma única integrante, vivenciam mudanças profundas e duradouras.

A cada diploma conquistado, uma nova esperança nasce. Todos podem fazer parte dessa história. As trajetórias inspiradoras das mulheres que passaram pela Afesu mostram o impacto transformador da educação, e há diversas maneiras de contribuir para que mais sonhos se tornem realidade. Ao acessar o site da Afesu, é possível apoiar essa causa e ajudar a transformar vidas. Juntos, é possível iluminar ainda mais caminhos e criar um futuro cheio de oportunidades para muitas outras mulheres.

GOOGLE SEARCH É UMA FERRAMENTA CRIADA PARA MONITORAR P DESEMPENHO DOS SITES

 

Diego Ivo

Diego Ivo

Google Search Console (antigo Google Webmaster Tools) é uma ferramenta disponibilizada pelo buscador para acompanhar como seu site é rastreado, indexado e classificado

O Google Search Console é uma ferramenta feita para proprietários de sites, profissionais de marketing e SEOs que visa monitorar e manter o desempenho de um site nas pesquisas do Google. Com ele, é possível entender como o buscador visualiza uma página e assim otimizá-la, para obter melhor performance.

Dentro dele, é possível submeter conteúdos para indexação, verificar erros, inspecionar palavras-chave (termos de busca) pelas quais seu site está sendo encontrado e obter insights valiosos relacionados ao desempenho de sua pesquisa.

As principais funcionalidades incluem:

  • Inspeção de URL: Verifica o status de indexação de URLs específicas no Google.
  • Relatórios de desempenho: Mostra dados sobre como os usuários encontram o site no Google, incluindo termos de pesquisa, páginas mais visitadas e taxas de cliques (CTR).
  • Erros de rastreamento: Identifica problemas que impedem o Google de acessar o conteúdo do site corretamente.
  • Sitemaps: Permite o envio de mapas do site para ajudar o Google a descobrir e indexar páginas.
  • Exportar dados: possível em em Planilhas Google ou CSV

O Search Console oferece recursos como o envio de sitemaps, que auxiliam o Google a entender a estrutura do site e a indexar o conteúdo de forma mais eficaz. Também apresenta relatórios detalhados sobre as questões de segurança do site, como hacking e malware, que podem afetar negativamente a visibilidade nos resultados da pesquisa.

Por fim e não menos importante, ele permite analisar o tráfego de pesquisa, medindo quão frequentemente um site aparece na Pesquisa Google, quais consultas de pesquisa mostram o site, quão frequentemente os usuários clicam nessas consultas e muito mais. Essas informações podem ser fundamentais para informar decisões de SEO e melhorar a classificação de um site na pesquisa.

Configuração da Conta: como começar a usar o Search Console

Para utilizar eficazmente o Google Search Console, é crucial configurar corretamente a conta e verificar a propriedade do website. Realizando essas configurações, após alguns dias de processamento você passará a ter acesso aos dados históricos de seu site.

Criando a sua conta

Primeiro, você precisa criar uma conta no Google Search Console. Vá para search.google.com/search-console e faça login com sua Conta Google. Em seguida, clique em Adicionar Propriedade e insira o URL do seu site. Isso vai verificar se você é dono do site.

Verificação do Site

Ao escolher a opção Prefixo de URL, também será é necessário realizar a verificação do site. Isso pode ser feito por diversos métodos, sendo os mais comuns a upload de um arquivo HTML fornecido pelo Google ao servidor, a inclusão de uma meta tag na página inicial do site, ou a sincronização com outros serviços do Google, como o Google Analytics.

  • Arquivo HTML: Faça o upload do arquivo HTML fornecido pelo Google no diretório raiz do site.
  • Meta Tag: Adicione a meta tag exclusiva na seção <head> da página inicial do site.
  • Google Analytics: Utilize o mesmo código do Google Analytics para verificar automaticamente a propriedade do site.

Preferências de Configuração

Após a verificação, é importante ajustar as preferências de configuração para alinhar o Google Search Console com os objetivos do proprietário do site. É possível configurar as preferências de rastreamento e indexação, o país-alvo, e as configurações de sitemap.

  • Rastreamento e Indexação: Defina como o Google deve rastrear o site e quais páginas devem ser indexadas.
  • País-Alvo: Especifique o país que deve ser o foco do site para otimizar a presença em resultados de pesquisa locais.
  • Sitemaps: Envie um sitemap para auxiliar o Google a compreender a estrutura do site e a indexar o conteúdo de forma mais eficaz.

Através dessas configurações, o proprietário pode garantir que o site seja rastreado corretamente e possa alcançar o melhor desempenho possível nos resultados de busca.

Verificação do Site

Ao escolher a opção Prefixo de URL, também será é necessário realizar a verificação do site. Isso pode ser feito por diversos métodos, sendo os mais comuns a upload de um arquivo HTML fornecido pelo Google ao servidor, a inclusão de uma meta tag na página inicial do site, ou a sincronização com outros serviços do Google, como o Google Analytics.

  • Arquivo HTML: Faça o upload do arquivo HTML fornecido pelo Google no diretório raiz do site.
  • Meta Tag: Adicione a meta tag exclusiva na seção <head> da página inicial do site.
  • Google Analytics: Utilize o mesmo código do Google Analytics para verificar automaticamente a propriedade do site.

Preferências de Configuração

Após a verificação, é importante ajustar as preferências de configuração para alinhar o Google Search Console com os objetivos do proprietário do site. É possível configurar as preferências de rastreamento e indexação, o país-alvo, e as configurações de sitemap.

  • Rastreamento e Indexação: Defina como o Google deve rastrear o site e quais páginas devem ser indexadas.
  • País-Alvo: Especifique o país que deve ser o foco do site para otimizar a presença em resultados de pesquisa locais.
  • Sitemaps: Envie um sitemap para auxiliar o Google a compreender a estrutura do site e a indexar o conteúdo de forma mais eficaz.

Através dessas configurações, o proprietário pode garantir que o site seja rastreado corretamente e possa alcançar o melhor desempenho possível nos resultados de busca.

CARACTERÍSTICAS DA VALEON

Perseverança

Ser perseverante envolve não desistir dos objetivos estipulados em razão das atividades, e assim manter consistência em suas ações. Requer determinação e coerência com valores pessoais, e está relacionado com a resiliência, pois em cada momento de dificuldade ao longo da vida é necessário conseguir retornar a estados emocionais saudáveis que permitem seguir perseverante.

Comunicação

Comunicação é a transferência de informação e significado de uma pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e compreensão entre as pessoas. É a maneira de se relacionar com os outros por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o ponto que liga os seres humanos para que eles possam compartilhar conhecimentos e sentimentos. Ela envolve transação entre pessoas. Aquela através da qual uma instituição comunica suas práticas, objetivos e políticas gerenciais, visando à formação ou manutenção de imagem positiva junto a seus públicos.

Autocuidado

Como o próprio nome diz, o autocuidado se refere ao conjunto de ações que cada indivíduo exerce para cuidar de si e promover melhor qualidade de vida para si mesmo. A forma de fazer isso deve estar em consonância com os objetivos, desejos, prazeres e interesses de cada um e cada pessoa deve buscar maneiras próprias de se cuidar.

Autonomia

Autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é incompatível com elas.

A autonomia no trabalho é um dos fatores que impulsionam resultados dentro das empresas. Segundo uma pesquisa da Page Talent, divulgada em um portal especializado, 58% dos profissionais no Brasil têm mais facilidade para desenvolver suas tarefas quando agem de maneira independente. Contudo, nem todas as empresas oferecem esse atributo aos colaboradores, o que acaba afastando profissionais de gerações mais jovens e impede a inovação dentro da companhia.

Inovação

Inovar profissionalmente envolve explorar novas oportunidades, exercer a criatividade, buscar novas soluções. É importante que a inovação ocorra dentro da área de atuação de um profissional, evitando que soluções se tornem defasadas. Mas também é saudável conectar a curiosidade com outras áreas, pois mesmo que não represente uma nova competência usada no dia a dia, descobrir novos assuntos é uma forma importante de ter um repertório de soluções diversificadas e atuais.

Busca por Conhecimento Tecnológico

A tecnologia tornou-se um conhecimento transversal. Compreender aspectos tecnológicos é uma necessidade crescente para profissionais de todas as áreas. Ressaltamos repetidamente a importância da tecnologia, uma ideia apoiada por diversos especialistas em carreira.

Capacidade de Análise

Analisar significa observar, investigar, discernir. É uma competência que diferencia pessoas e profissionais, muito importante para contextos de liderança, mas também em contextos gerais. Na atualidade, em um mundo com abundância de informações no qual o discernimento, seletividade e foco também se tornam grandes diferenciais, a capacidade de analisar ganha importância ainda maior.

Resiliência

É lidar com adversidades, críticas, situações de crise, pressões (inclusive de si mesmo), e ter capacidade de retornar ao estado emocional saudável, ou seja, retornar às condições naturais após momentos de dificuldade. Essa é uma das qualidades mais visíveis em líderes. O líder, mesmo colocando a sua vida em perigo, deve ter a capacidade de manter-se fiel e com serenidade em seus objetivos.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

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quinta-feira, 6 de março de 2025

TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL CITA MINISTROS DO STF RESPONS´VEIS PELO DESMONTE DO COMBATE À CORRUPÇÃO O BRASIL

 

História de Adriana Victorino – Jornal Estadão

Transparência Internacional (TI) denunciou nesta segunda-feira, 3, à Organização dos Estados Americanos (OEA) o que classificou como “desmonte das políticas de combate à corrupção” no Brasil e em outros países da América Latina.

O gerente de pesquisa e advocacy da Transparência Internacional, Guilherme France, destacou como exemplo as decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli sobre o acordo de leniência da Odebrecht, atualmente Novonor.

France criticou a anulação das provas obtidas no acordo. “Se o Brasil antes exportava corrupção, agora exporta impunidade”, afirmou.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todas as provas e processos contra o ex-ministro Antônio Palocci na Operação Lava Jato. Foto: WILTON JUNIOR

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todas as provas e processos contra o ex-ministro Antônio Palocci na Operação Lava Jato. Foto: WILTON JUNIOR

A acusação foi apresentada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA durante uma audiência temática que discutiu os impactos da corrupção e da impunidade sobre os direitos humanos nas Américas.

O pedido de audiência foi feito pela TI em parceria com a Federação Internacional para os Direitos Humanos (FIDH) e contou com o apoio de entidades de países como Colômbia, Guatemala, República Dominicana, Venezuela e Brasil.

No mês passado, a Transparência Brasil já havia criticado a decisão de Toffoli que anulou as ações contra o ex-ministro Antônio Palocci. Em nota, a organização classificou a medida como “mais um passo no desmonte do enfrentamento à macrocorrupção” no Brasil e alertou que tais decisões abalam a confiança da sociedade no STF.

Toffoli declarou a “nulidade absoluta de todos os atos praticados” contra Palocci nas investigações da Lava Jato, incluindo a fase pré-processual, estendendo a ele os benefícios concedidos anteriormente ao presidente Lula.

Em fevereiro do ano passado, Toffoli determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigasse a atuação da Transparência Internacional no País e apurasse uma eventual apropriação de recursos públicos por parte da organização na época da Operação Lava Jato.

No entanto, em outubro, o procurador-geral da República Paulo Gonet pediu o arquivamento do processo por não haver, segundo ele, “elementos mínimos de convicção” que justificassem as investigações.

Após o pedido de arquivamento, Toffoli encaminhou o assunto para a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) para que avaliassem o caso.

CUSTO DA ENERGIA É ALTO PELA BUROCRCIA IMPOSTOS E FLTA DE INOVAÇÃO

 

História de DIEGO FELIX – /folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Problemas como o elevado custo da energia, excesso de burocracia, carga tributária alta e falta de incentivos em inovação foram apontados pelo CLP (Centro de Liderança Pública) como os principais entraves à competitividade do Brasil no cenário global. A entidade avalia que, mesmo com potencial de crescimento e recursos em abundância, o país esbarra em detalhes que atrasam o desenvolvimento das empresas e da economia como um todo.

No setor elétrico, por exemplo, o país possui uma matriz predominantemente renovável, com as fontes solar, eólica e hidrelétrica bem desenvolvidas e consolidadas. No entanto, encargos setoriais, subsídios cruzados e a alta carga tributária provocam um efeito cascata em toda a cadeia produtiva, elevando a conta do consumidor em mais de 40%.

O CLP afirma que a revisão de subsídios setoriais, com a eliminação de benefícios que perderam eficácia ou não se justificam mais, bem como a abertura gradual do mercado livre de energia, criariam um ambiente mais propício para atração de investimentos e redução de custos de produção para a indústria, principalmente pequenas e médias empresas.

“A energia elétrica deveria ser um fator de vantagem competitiva para o Brasil, mas, na prática, se tornou um entrave. O custo elevado compromete a capacidade de investimento da indústria e dificulta a expansão de setores estratégicos para o crescimento econômico”, diz Daniel Duque, gerente de inteligência técnico do CLP, responsável por desenvolver uma nota técnica sobre a questão.

O relatório foi inspirado em um documento elaborado no ano passado pelo ex-presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, para a Comissão Europeia. Nele, o banqueiro perfilou problemas mais comuns que restringem a produtividade europeia, como as dificuldades de integração comercial, os altos custos de energia e de tributos.

Para o CLP, o raio-x apresentado por Draghi indica problemas semelhantes à realidade brasileira e podem servir como base para repensar modelos e estratégias de promoção do crescimento local.

Outro problema doméstico apontado pelo CLP é a falta de investimento privado em pesquisa e desenvolvimento. Se nas economias mais desenvolvidas a cultura de direcionamento de capital empresarial para pesquisa e desenvolvimento é mais consolidada, no Brasil as empresas e órgãos públicos ainda são as maiores financiadoras de estudos.

Nesse sentido, Duque aponta que são necessárias parcerias público-privadas para estimular as empresas a apostarem em projetos de inovação e impulsionar mais startups com potencial de crescimento acima dos 20%, as chamadas scale-up, que acabam se colocando em destaque para competirem internacionalmente.

Tema recorrente nos últimos meses, sobretudo com o mercado de trabalho aquecido, a baixa oferta de mão de obra qualificada é apontada como outro efeito limitador ao salto de produtividade nacional.

Segundo o CLP, o Brasil precisa apostar em áreas tecnológicas e de engenharia, além de promover mais inclusão digital e qualidade na formação básica. Duque diz que os programas de requalificação e treinamento contínuo, juntamente com a estruturação de currículos mais alinhados às demandas do mercado são pontos centrais para o país absorver mudanças tecnológicas sem produzir mais desigualdades.

O centro de liderança também aponta que um caminho para o Brasil acessar mercados estratégicos é destravar acordos comerciais com outros blocos. Nesse sentido, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia poderia acelerar o processo de internalização de padrões globais de produção e elevar a exigência de conformidade técnica, servindo de estímulo para o setor produtivo investir em qualidade e competitividade.

O alinhamento com a União Europeia, no entanto, não pode restringir a produção de novos acordos regionais e o CLP diz que é preciso fortalecer o próprio Mercosul, hoje prejudicado por desafios na coordenação de políticas comerciais e com problemas regulatórios.

Um bloco local mais fortalecido e bem ordenado, avalia o CLP, serviria como uma vitrine para o fechamento de novos acordos com os diversos blocos econômicos em atividade no mundo.

“Uma zona de livre comércio interna mais robusta, com regras claras para a circulação de pessoas, capitais e produtos, resultaria em um mercado regional integrado, apto a negociar em melhores condições com outros parceiros mundiais, como a União Europeia”, afirma Daniel Duque.

DISCURSO DE TRUM NO CONGRESSO E ALGUMAS MENTIRAS

 

História de IstoÉ News

EUA forneceram à Ucrânia vários sistemas de armas, mas o valor é bem diferente do propagado por Trump

EUA forneceram à Ucrânia vários sistemas de armas, mas o valor é bem diferente do propagado por Trump

Em pronunciamento a parlamentes dos EUA, presidente inflou números sobre ajuda à Ucrânia, exagerou gastos com clima e até mesmo distorceu a história da construção do Canal do Panamá.O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez na noite de terça-feira (04/03) seu primeiro pronunciamento ao Congresso americano desde que assumiu o segundo mandato, congratulando-se com realizações do seu governo nos últimos 43 dias. “Estamos só começando”, anunciou.

Mas várias afirmações incluíam exageros ou dados completamente falsos em temas como ajuda financeira à Ucrânia, clima, imigração e até a história do Canal do Panamá. A DW e a agência AP verificaram algumas das afirmações.

EUA forneceram mais ajuda à Ucrânia do que os europeus?

Afirmação: “Gastamos talvez 350 bilhões de dólares. […] E eles [os europeus] gastaram US$ 100 bilhões […] Biden aprovou mais dinheiro para essa luta do que a Europa gastou”, disse o republicano Trump, fazendo referência ao seu antecessor imediato na presidência, o democrata Joe Biden.

Verificação de fatos da DW: Falso.

Donald Trump tem feito essa afirmação repetidamente desde fevereiro, mas nunca forneceu nenhuma prova. As fontes disponíveis publicamente relatam números bem diferentes: De acordo com o Instituto Kiel para a Economia Mundial (IfW), um think tank alemão que monitora os gastos ocidentais com a Ucrânia, a ajuda financeira dos EUA aos ucranianos de fevereiro de 2022 até 31 de dezembro de 2024 somou 114 bilhões de dólares.

Em contrapartida, a Europa (incluindo a Turquia) direcionou nesse mesmo período 132 bilhões de dólares. Portanto a proporção de ajuda à Ucrânia entre os EUA e a Europa é completamente diferente do que Trump está retratando. Os números estão disponíveis no Ukraine Support Tracker, que o IfW disponibiliza na internet para divulgar a ajuda militar, financeira e humanitária para a Ucrânia.Vídeo relacionado: Confira os principais pontos do discurso de Trump no Congresso (Dailymotion)

O IfW leva em conta apenas o apoio fornecido diretamente, portanto seus números diferem de outras pesquisas, em que outros gastos são registrados, como o reabastecimento dos estoques de armas dos EUA após entregas à Ucrânia.

Mas dados do próprio governo dos EUA sobre a ajuda à Ucrânia tampouco coincidem com os números de Trump. De acordo com o Ukraine Oversight Working Group de Washington, a contribuição americana para a ajuda à Ucrânia totalizou 203 bilhões de dólares.

“Desde a invasão em ampla escala da Rússia na Ucrânia, em fevereiro de 2022, o Congresso aprovou ou disponibilizou quase 183 bilhões para a Operação Atlantic Resolve e a resposta mais ampla da Ucrânia. Além disso, os Estados Unidos forneceram 20 bilhões de dólares em empréstimos sob a iniciativa de aceleração de receita extraordinária das nações do G7”. O Departamento de Defesa dos EUA também informa o mesmo valor, de cerca de US$ 183 bilhões.

A questão de quanto cada país gastou com a Ucrânia depende também de quais serviços estão incluídos. Com base no cálculo padronizado do Ukraine Support Tracker, as nações da Europa, incluindo as instituições da União Europeia, forneceram muito mais ajuda à Ucrânia do que os EUA.

Acordo Climático de Paris custou trilhões de dólares para os EUA?

Afirmação: “Eu retirei [os EUA] do injusto Acordo Climático de Paris, que nos custou trilhões de dólares, que outros países não pagaram”, disse Trump no pronunciamento.

Verificação de fato da DW: Falso.

O Acordo Climático de Paris entrou em vigor em novembro de 2016. Seu principal objetivo é garantir que a temperatura média global não aumente mais de 2°C, ou, de preferência, apenas 1,5°C, em comparação com os níveis pré-industriais. De cinco em cinco anos, cada país decide o que quer fazer para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Se essas metas não são atingidas, não há punição: os compromissos são voluntários.

É verdade que a luta contra as mudanças climáticas custa muito dinheiro. Não apenas para as tecnologias que reduzem as emissões de gases de efeito estufa: também são necessários fundos financeiros para o mundo se adaptar às consequências das mudanças climáticas e para lidar com ondas de calor mais extremas, secas mais frequentes ou furacões mais devastadores. De acordo com o pacto, os países mais ricos são particularmente solicitados a apoiar financeiramente outros mais afetados pelas mudanças climáticas, mas que têm menos recursos à disposição.

Por exemplo, há o Fundo Verde para o Clima (GCF), formulado antes do Acordo Climático de Paris. Em 2014, o então presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou que queria direcionar 3 bilhões de dólares ao GCF. Em 2023, a então vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, prometeu ao GCF mais 3 bilhões de dólares. Naquela época, 2 bilhões de dólares do valor prometido por Obama haviam sido efetivamente pagos.

Entretanto, as cartas de intenção e promessas não se traduzem necessariamente em pagamentos. Os fundos devem ser aprovados pelo Congresso dos EUA. Até o fim de 2024, de acordo com o GCF, a segunda carta de intenção dos EUA não havia sido convertida em pagamentos.

No início de sua presidência, em 2021, Joe Biden anunciou que investiria 11,4 bilhões de dólares anualmente em projetos climáticos em todo o mundo até 2024, não incluindo apenas o GCF. De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, o país gastou 1,5 bilhão de dólares nesses projetos em 2021. Esse valor subiu para 5,8 bilhões de dólares em 2022 e 9,5 bilhões de dólares em 2023. Para 2024 Biden havia prometido 11 bilhões.

Dessa forma, nesses anos todos, o valor total gasto pelos EUA em programas internacionais de proteção climática somou efetivamente 27,5 bilhões de dólares. Mesmo se fossem incluindo números de outros anos, os EUA nunca chegariam perto dos “trilhões” que afirma Trump.

38 mil americanos morreram durante a construção do Canal do Panamá?

Afirmação: “O Canal do Panamá foi construído pelos americanos para os americanos, não para os outros. Mas outros poderiam usá-lo. Mas foi construído a um custo enorme em sangue e riqueza americanos; 38 mil trabalhadores morreram na construção do Canal do Panamá […] Nós o demos ao Panamá e vamos pegá-lo de volta”, disse Trump. O Canal passou para o controle dos panamenhos em 1999.

Verificação de fatos da DW: Falso.

Em primeiro lugar, a transferência do controle Canal do Panamá não foi um presente dos EUA para o Panamá, como Trump tem afirmado repetidamente, mas o resultado de longas negociações. A transferência foi baseada em dois acordos: o Tratado do Canal do Panamá, estipulando que o controle dos EUA terminaria em 31 de dezembro de 1999, e o Tratado de Neutralidade, segundo qual “após o término do Tratado do Canal do Panamá, somente a República do Panamá poderá operar o canal”.

Com relação à declaração de Trump de que o canal foi construído por americanos, 38 mil dos quais teriam morrido no processo: os números reais são bem menores, especialmente para a fase de construção que envolveu diretamente os EUA, entre 1904 e 1914.

As condições de trabalho durante a construção do Canal do Panamá, que foi iniciada pelos franceses entre 1881 e 1889, eram extremamente difíceis para os padrões atuais. A carga de trabalho, mas também doenças, provocaram muitas mortes nos canteiros de obras.

O site da Autoridade do Canal do Panamá informa, porém, que os mortos somaram mais de 25 mil nas duas fases da construção: a primeira dirigida pelos franceses, e a segunda, pelos americanos. Mais de 20 mil desse total de mortos foi registrado na fase francesa, que terminou em 1889.

Os americanos assumiram a construção em 1904. De acordo com registros hospitalares, 5.609 operários morreram de doenças e acidentes durante o período americano, quando havia mais de 55 mil empregados. A maioria esmagadora dessas mortes, segundo historiadores, foi de cidadãos de países do Caribe, e não americanos. “O número de americanos brancos que morreram foi cerca de 350”, apontou o historiador David McCullough, num livro sobre a construção do canal.

Números sobre imigração

Afirmação: “Nos últimos quatro anos, 21 milhões de pessoas entraram nos Estados Unidos. Muitas delas eram assassinos, traficantes de pessoas, membros de gangues”, disse Trump, que fez do combate à imigração irregular uma das suas principais bandeiras de campanha.

Verificação de fatos da agência de notícias AP: Falso

O número, que Trump cita regularmente, é altamente inflado. A Alfândega e a Proteção de Fronteiras dos EUA registraram mais de 10,8 milhões de prisões por travessias ilegais a partir do México de janeiro de 2021 até dezembro de 2024.

Mas isso são prisões, não pessoas. Sob restrições de asilo durante a pandemia de pandemia de covid-19, muitos atravessaram mais de uma vez até conseguir, pois não havia consequências legais para quem fosse mandado de volta ao México. Portanto, o número de indivíduos é menor do que o de detenções.

Também não há indicações de que outros países estejam enviando seus criminosos ou portadores de doenças mentais através da fronteira, apesar das alegações de Trump.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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