O desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça do Mato Grosso
(TJ-MT), se queixou em entrevista a um podcast que a vida dos
magistrados no Brasil é permeada por “agruras” financeiras. Segundo
Perri, cujo salário-base de R$ 39 mil, “a vida de um magistrado é quase
como a vida de um monge”. Ele recebeu, em média, R$ 78 mil por mês no
ano passado em indenizações, que são conhecidas como penduricalhos.
O TJMT não especifica quais rubricas compõem a renda extra dos
magistrados. A Corte informa apenas que podem ser indenizações ou
gratificações eventuais. O montante recebido por Perri no ano passado,
entre salários, indenizações e direitos eventuais ultrapassa R$ 1,4
milhão.
“Eu já passei agruras na magistratura financeiramente. Hoje estamos
vivendo um período de bom salário”, disse Perri ao podcast Agorapod.
“Nós, magistrados, vivemos modestamente”, prosseguiu em outro trecho.
“Pouco tempo atrás, eu confesso a vocês, eu tive de sair do meu plano
de saúde da Sul América e tive de migrar para a Unimed porque eu não
estava conseguindo pagar um plano de saúde digno para mim e para a minha
família. É assim a vida do magistrado”, afirmou.
Em outro relato, o desembargador disse que no início de carreira como
juiz ganhava menos do que um garçom. “O garçom disse, interferindo na
nossa conversa em um restaurante, que ganhava mais do que eu, juiz”,
afirmou.
Perri ainda saiu em defesa do “vale-peru”, um benefício de R$ 10 mil
pago pelo TJMT aos juízes e servidores da casa. O Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) determinou a restituição dos valores e na sexta-feira, 21,
o corregedor nacional de Justiça, Mauro Campbell, deu 15 dias para que a
instituição comprove que o montante foi devolvido.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mapeou, pela primeira vez, o impacto econômico do crime no País. O estudo Rastreamento de Produtos e Enfrentamento ao Crime Organizado no Brasil apresenta
um impressionante diagnóstico da ramificação da bandidagem em mercados
formais e traz também uma série de recomendações.
Os valores estimados pelo relatório impressionam, e quatro setores
chamam mais a atenção. Com base em dados coletados pelos pesquisadores a
partir de 2022, chegou-se à estimativa de que o crime organizado
movimenta R$ 146,8 bilhões por ano com combustíveis, bebidas alcoólicas,
ouro e cigarro.
Mas há ainda mais 18 setores em que as facções se ramificaram, como
transportes, imobiliário, pesca, e roubo de celulares e golpes virtuais.
Aliás, este último tem receita de R$ 186 bilhões por ano.
O foco dos pesquisadores, porém, foram os maiores mercados lícitos
contaminados pelo crime organizado. Isso não significa que o tráfico de
drogas tenha perdido relevância, mas tão somente que nos setores formais
a bandidagem encontrou novas frentes de atuação e vastas fontes de
receita.
A cocaína não é nada desprezível para o crime, haja vista que por ano
esse entorpecente movimenta R$ 15 bilhões. Como explicou o presidente
do FBSP, Renato Sérgio de Lima, ao Estadão, a
infiltração nos mercados lícitos, usados inicialmente para a lavagem de
dinheiro do tráfico, gerou “receita tão grande que a droga deixou de ser
o negócio mais rentável, ainda que não tenha deixado de ser o
principal”.
E prova disso é que facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e
o Comando Vermelho (CV) não abrem mão de exportar cocaína por portos de
norte a sul do País, com destino a mercados bilionários, como o
europeu. Mas enquanto o tráfico de drogas dá suporte às facções
criminosas em sua expansão desenfreada por territórios, onde impõem
“leis” e amedrontam a população, o contágio de setores formais propicia
influência econômica e política aos criminosos, que não à toa tentam
influenciar eleições.
Há muita audácia, sofisticação e versatilidade do crime. Da
perspectiva econômica, a presença no mercado de combustíveis e
lubrificantes, por exemplo, já se dá de ponta a ponta da cadeia,
passando por refino, distribuição e comercialização dos produtos, além
de adulteração. Na venda de cigarros, há efeitos na saúde, além de farta
sonegação. Já no mercado do ouro, são inegáveis os impactos ambientais
em razão dos garimpos ilegais na Amazônia.
Tanta influência do crime organizado em tantos setores econômicos
acarreta prejuízos gigantescos e variados ao País. Além da
retroalimentação do financiamento dos negócios do crime organizado, há
perdas bilionárias de arrecadação de governos municipais, estaduais e
federal em razão de fraudes tributárias e evasão fiscal.
Ademais, segundo Renato Sérgio de Lima, presidente do FBSP, o avanço
desses negócios ilícitos pode levar o Brasil a uma espécie de
“mexicanização”. Isso porque, no México, o crime organizado já é o maior
empregador do país. De acordo com ele, embora o Brasil ainda esteja
longe dessa degeneração, o risco é real, uma vez que, “em algumas
regiões, como a Amazônia, isso já acontece”.
Para que esse processo seja revertido, exige-se uma resposta do poder
público à altura do problema. E os pesquisadores do fórum, além de o
diagnosticarem, apontam remédios. Entre eles estão governança integrada e
interinstitucional que reúna segurança pública, sistema de Justiça,
meio ambiente, Receita Federal, Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (Coaf), com coordenação e inteligência entre os níveis
federal, estadual e municipal para a adoção de ações eficazes;
cooperação internacional por meio de acordos multilaterais e bilaterais
para troca de informações e realização de operações conjuntas; e
atualizações legislativas que garantam o rastreamento de produtos, com
uso de novas tecnologias.
Às autoridades brasileiras resta pouco tempo para agir diante de um dos maiores desafios da atualidade. Mas há saídas.
O governo optou por manter a atual mistura obrigatória de biodiesel
ao diesel em 14% e suspender o cronograma oficial do Programa
Combustível do Futuro, que previa elevar o porcentual a 15% em 1.º de
março. A decisão, informa o Estadão, teria sido tomada a
pedido do próprio presidente Lula da Silva, preocupado com o fato de
que a medida pudesse impulsionar ainda mais a inflação.
O momento é delicado para o Executivo federal. Com a aprovação no
pior nível dos três mandatos de Lula, a ideia parece ser a de evitar ou
ao menos postergar decisões que possam piorar o que já não está bom, mas
o caso do biodiesel ilustra bem o quanto o governo está perdido.
A quebra da safra de soja 2023/2024, aliada à desvalorização do real,
gerou um aumento expressivo nos preços da commodity. E isso, por óbvio,
não passou despercebido pelo consumidor. O óleo de soja subiu 29% no
ano passado, segundo o IBGE, sendo 5,12% apenas em dezembro.
A soja é também matéria-prima utilizada na produção do biodiesel. E o
diesel fóssil já aumentou por dois motivos diferentes desde o início de
fevereiro. Além de a Petrobras ter reajustado em R$ 0,22 o preço do
litro do combustível nas refinarias, os governadores elevaram a alíquota
de ICMS sobre o produto em R$ 0,06.
Aos olhos do governo, manter o cronograma do aumento da mistura do
biodiesel ao diesel poderia gerar novos aumentos no preço de um
combustível essencial no transporte de cargas. Mas é sintomático que
isso tenha sido feito para evitar um aumento de um centavo por litro –
impacto que chegaria ao consumidor final caso a mistura fosse elevada a
15%.
A decisão, por óbvio, decepcionou o setor, que investiu pesado para
aumentar a capacidade de processamento do produto e ficou sabendo que
tudo mudaria com apenas 15 dias de antecedência. O Programa Combustível
do Futuro, cuja lei foi sancionada em outubro do ano passado, prevê R$
260 bilhões em investimentos até 2037 e prevê que a mistura de biodiesel
ao diesel seja elevada de maneira escalonada até chegar a 20% em 2030.
Como acreditar na palavra do governo se nem mesmo uma lei
recém-sancionada é cumprida?
Se o governo ao menos soubesse o que está fazendo, talvez a decisão
pudesse ser tecnicamente justificada, mas não parece ser o caso. Os
preços do óleo de cozinha e do biodiesel recuaram nos dois últimos
meses, o real voltou a ganhar valor frente ao dólar e a projeção é de
que a safra de soja bata recorde para este ano. Ainda segundo o setor, a
produção de óleo de soja é maior que o consumo interno, ou seja, os
produtos nem sequer concorrem entre si.
De uma tacada só, o governo jogou para o alto a previsibilidade e a
segurança jurídica tão necessárias para atrair investimentos e mostrou
que a agenda da transição energética está subordinada a questões que
nada têm a ver com emissão de carbono. Pior: mais uma vez, o governo
prefere atuar na ponta da cadeia, em vez de agir nas causas da inflação,
com as quais contribui diretamente ao recusar-se a fazer um ajuste
fiscal decente.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), anunciou neste sábado, 22, que pretende concorrer à Presidência da República nas eleições de 2026.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), o chefe do Executivo goiano,
que disputa uma posição na direita, informou que o evento de lançamento
de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto está previsto para o dia 4
de abril, em Salvador (BA).
Caiado encontra-se inelegível por oito anos,
após ser condenado por abuso de poder político na eleição municipal de
2024. A decisão é de primeira instância e cabe recurso. O governador de
Goiás nega que tenha utilizado a estrutura do governo estadual para a
campanha do aliado, Sandro Mabel (União) pela prefeitura de Goiânia.
“Conto com vocês nessa caminhada por um País mais justo, próspero,
seguro e forte! Vamos juntos!”, diz o governador na postagem em sua rede
social. Com o anúncio, Caiado posiciona-se oficialmente como um dos
nomes da direita na próxima disputa pela Presidência.
A desavença entre Caiado e Bolsonaro se intensificou em 2024.Na
disputa pela capital de Goiás, Caiado apoiou Sandro Mabel, que venceu o
bolsonarista Fred Rodrigues (PL), com 55,53% dos votos válidos contra 44,47%. Durante as eleições, o ex-presidente chegou a chamar o governador de “covarde”.
O mundo voltou a se surpreender com uma declaração dada pelo Papa Francisco,
em 2022. Isso porque, o pontífice de 88 anos revelou que assinou, há
mais de dez anos, uma carta na qual deixa em aberta a possibilidade de
uma renúncia caso sua condição de saúde o impeça de exercer suas
atividades.
O líder da Igreja Católica está internado no Hospital Gemelli, em
Roma, desde a última sexta-feira (14) devido a uma bronquite, com uma
atualização em seu quadro na terça-feira confirmando o diagnóstico de
pneumonia bilateral.
Carta de renúncia do Papa Francisco
A confirmação da existência do documento foi feita pelo próprio
pontífice em dezembro de 2022 ao jornal espanhol ‘ABC’, quando ele disse
que assinou a carta de renúncia e a entregou ao secretário de Estado do
Vaticano, Tarcisio Bertone.
“Assinei a renúncia e disse a ele: ‘Em caso de impedimento médico ou algo assim, aqui está minha renúncia. Você a tem’“, declarou o Papa na ocasião. Questionado, á época, se ele queria que esse fato fosse conhecido, Francisco respondeu: “É por isso que estou lhe contando“. O líder da Igreja Católica ainda acrescentou que não sabia o que Bertone fez posteriormente com a carta.
Estado de saúde do Papa
Em contrapartida aos boatos de que sua saúde esteja frágil e
que o Vaticano vem se preparando para o pior, a Santa Sé afirma que,
apesar da doença, o Papa se mantém informado e tenta trabalhar, lendo e
assinando documentos, escrevendo e conversando com seus colaboradores.
Na quarta-feira, a entidade explicou que os exames de sangue “mostram
uma leve melhora”, em particular os indicadores” de inflamação.
Nos últimos dias, colaboradores mais próximos do pontífice e a
primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, o visitaram na quarta-feira.
Segundo a chefe de governo da Itália, que passou 20 minutos com ele, o
Papa estava “alerta e receptivo”. Meloni afirmou que “brincou” com ele.
Senadores defenderam a medida para recuperar obras paradas. Documentos consultados pelo Estadão,
no entanto, mostram que, das 10 emendas secretas de maior valor
canceladas pelo governo Lula (PT) em dezembro do ano passado e
contempladas pela proposta, somente três envolvem obras em andamento.
Outras cinco trazem problemas nos projetos e nas licitações e nenhuma
cumpriu as determinações do STF de dar transparência aos donos das
indicações, de acordo com informações dos ministérios, Estados e
municípios contemplados.
Senado aprovou projeto que salva emendas do orçamento secreto na
quarta-feira, 19. Na foto, o líder do PL e relator da proposta, Carlos
Portinho (RJ), o líder do governo e autor do texto, Randolfe Rodrigues
(PT-AP), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Foto:
Marcos Oliveira/Agência Senado
Na quarta-feira, 19, o Senado aprovou um dos projetos, o mais
prioritário para a cúpula do Legislativo. O texto foi apresentado pelo
líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (PT-AP), e “ressuscita” R$ 2 bilhões em emendas do orçamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que foram canceladas pelo governo Lula em dezembro do ano passado e que agora poderão ser liberadas. O Amapá, reduto eleitoral de Alcolumbre e Randolfe, é o Estado mais beneficiado.
O maior valor destravado é de R$ 95,8 milhões para pavimentação de
ruas em Santana (AP), um dos municípios mais contemplados pelo orçamento
secreto, que no Senado é comandado por Alcolumbre desde o governo
Bolsonaro. As obras ainda não iniciaram, de acordo com os documentos
oficiais divulgados nas plataformas do governo federal. Também não há
registro de qual parlamentar patrocinou a emenda, prática condenada pelo
STF.
Em seguida, aparece uma verba de R$ 57,5 milhões para a construção de
uma ponte e asfalto na rodovia RR-319, em Boa Vista. A ponte é uma
promessa de políticos locais, mas ainda não há sinais de obras e nem do
parlamentar que emplacou o recurso em 2021, quando o dinheiro foi
reservado no orçamento federal. Além disso, o projeto cruza áreas
indígenas e está sendo questionado por não ter licenciamento ambiental.
A medida aprovada pelo Senado permitirá que os recursos sejam gastos
até o fim de 2026. Além de beneficiar os congressistas interessados, o
gasto pressiona as contas do governo federal neste e no próximo ano,
pois vai competir no mesmo espaço de outras despesas limitadas pelo
arcabouço fiscal e pelo equilíbrio entre receitas e despesas que o
Executivo precisa cumprir.
“Eu acho que hoje nós estamos fazendo o que nós devemos fazer:
legislar e fazer um projeto importante para salvar centenas e milhares
de obras no Brasil que estão em andamento, que ficaram presas por dois
ou três anos na burocracia do Estado brasileiro, da qual os municípios
brasileiros são vítimas”, afirmou Alcolumbre durante a votação do
projeto.
Projeto que salva orçamento secreto uniu governo e oposição
O projeto uniu governo e oposição. Foi protocolado pelo líder do
governo Lula no Senado, em acordo com Alcolumbre e Hugo Motta, e
relatado pelo líder do PL, Carlos Portinho (RJ),
aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. A proposta se soma a uma
estratégia maior de buscar uma revisão das decisões do STF, que
suspendeu o pagamento de emendas em agosto do ano passado e liberou os
recursos em dezembro, mas sob novas condições com as quais os
parlamentares não concordam.
Após a primeira versão do projeto, o relator alterou o texto,
restringindo a liberação a obras cujo procedimento licitatório tenha
sido iniciado ou que estejam com algum problema a ser solucionado, como
projeto técnico, licenciamento ambiental e autorização dos ministérios. A
verificação ainda terá que ser feita pelo governo federal em cada caso
específico.
Além disso, o senador acrescentou que não poderão ser pagos valores
relativos a obras que estejam sob investigação ou apresentem indícios de
irregularidade. No caso das obras que não iniciaram ou estão no início,
porém, o dispositivo é limitado, pois geralmente essa conclusão é feita
pelos órgãos do controle durante o andamento ou após a conclusão.
“Esse é um dos melhores remédios que pode ocorrer nesse instante para
resolver o que poderia vir a ser um cemitério de obras inacabadas”,
disse o líder do governo e autor do projeto, Randolfe Rodrigues.
Os recursos não serão pagos automaticamente, mas ainda dependerão de
avaliação técnica dos projetos pelo governo federal. A proposta aprovada
no Senado, no entanto, abre caminho para a liberação, conforme a
vontade dos parlamentares.
O Brasil tem 11.941 obras paralisadas com recursos federais, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU).
Uma auditoria da Corte verificou que as principais causas para a
paralisia são as falhas nos projetos e as deficiências na execução — só
depois aparece a falta de recursos.
Com base nas determinações do STF, os repasses terão que respeitar a
transparência e as regras fiscais. No caso do orçamento secreto, esquema revelado pelo Estadão em maio de 2021,
o governo só poderá liberar o dinheiro quando identificar e mostrar
para a sociedade o nome dos deputados e senadores beneficiados.
Entre as 10 emendas, apenas três envolvem obras que já iniciaram,
incluindo a pavimentação de estradas rurais em Parintins (AM), a
reconstrução do mercado municipal de Rio Branco (AC) e a construção de
unidades do Minha Casa Minha Vida, creche e centro de saúde em Manaus
(AM).
No caso do Acre, o senador Marcio Bittar (União-AC)
assumiu a autoria da emenda em documento enviado ao Ministério da Defesa
e anexado no Transferegov, plataforma do governo federal que reúne
informações sobre as obras, mas o nome dele não aparece no Portal da
Transparência, como mandou o STF. O Supremo obrigou o governo federal a
incluir a informação nas duas plataformas.
Outras cinco emendas estão com problemas nos projetos. Uma delas, a
de construção de uma ponte sobre o rio Uraricoera e pavimentação de três
quilômetros da RR-319 no valor de R$ 57,5 milhões, cruza uma terra
indígena e ainda não tem licenciamento ambiental. Outra, que recupera
estradas rurais em Vitória da Conquista (BA) com custo de R$ 14,4
milhões, sofreu questionamentos dos órgãos federais sobre a falta de
estudos técnicos e problemas na licitação e a contratação terá que ser
refeita.
“Aqui digo aos membros do governo, a toda a equipe econômica: usem
bem essa arma que nós estamos dando, e que o disparo seja uma pontaria
muito certeira, para aquilo que o presidente Alcolumbre falou: para as
obras que precisam ser continuadas e que, por um determinado momento ou
não, ficaram paradas”, alertou o líder do Podemos no Senado, Carlos
Viana (MG).
Autor: Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria
Você abre o e-mail às 6h da manhã. Antes mesmo do café, já respondeu
mensagens no WhatsApp, alinhou entregas no Teams e conferiu se a reunião
das 8h está de pé. No meio do almoço, aproveita para revisar um
relatório. Às 22h, ainda dá aquela espiada no e-mail porque, vai que…
Se identificou? Pois bem. Bem-vindo à paranoia de produtividade, um
fenômeno que tomou conta do mundo corporativo e agora domina as empresas
brasileiras. Funcionários trabalhando mais, mas entregando menos.
Gestores aflitos, porque acham que ninguém está produzindo. Um ciclo
vicioso alimentado pelo medo de não parecer ocupado o suficiente.
Este termo foi criado pela Microsoft após uma pesquisa global que
avaliou o comportamento de mais de 20.000 colaboradores e revelou um
abismo entre a percepção dos gestores e a realidade dos funcionários. De
acordo com o estudo, 85% dos gestores não acreditam que seus
colaboradores sejam tão produtivos quanto deveriam no modelo remoto ou
híbrido — ainda que 87% dos funcionários afirmem desempenhar suas
funções muito bem nesse formato.
A pandemia e o home office aceleraram essa crise de confiança. Sem
ver a equipe na cadeira, muita gente assumiu que o trabalho não estava
acontecendo. O resultado? Uma avalanche de reuniões desnecessárias,
cobranças excessivas e uma cultura em que estar sempre online vale mais
do que entregar resultado.
No Brasil, a coisa ganhou contornos ainda mais dramáticos. Primeiro
porque a cultura do “bater ponto” nunca saiu de moda. A crença de que um
bom profissional é aquele que chega cedo e sai tarde continua firme e
forte. Segundo porque a insegurança econômica fez com que muita gente
aceitasse jornadas cada vez mais longas por medo de perder o emprego.
Um exemplo clássico? O setor financeiro e o de tecnologia. Relatos de
profissionais trabalhando até 14 horas por dia se tornaram comuns,
muitas vezes sem um ganho real de produtividade. O que vale não é o que
se entrega, mas o quanto se está disponível.
Apesar do cenário tenso, algumas empresas já perceberam que trabalhar
muito não significa necessariamente trabalhar bem. O Nubank, por
exemplo, adotou políticas mais flexíveis, limitando reuniões e
incentivando pausas para aumentar a produtividade real. O Google Brasil
implementou dias sem reuniões e deu mais autonomia para que os
funcionários organizem suas rotinas. Já a Resultados Digitais (RD
Station) investiu em programas de conscientização sobre saúde mental e
produtividade saudável.
Essas empresas perceberam que, para ter resultado, é preciso confiar
na equipe e dar condições reais para que o trabalho aconteça.
Prós, contras e o que vem pela frente
A paranoia de produtividade, como todo fenômeno corporativo, tem dois
lados. Entre os aspectos positivos, há um alto senso de urgência, o que
pode ajudar empresas a se moverem rapidamente e se destacarem no
mercado. Além disso, ambientes exigentes tendem a formar profissionais
mais resilientes e adaptáveis. Outro ponto é o impulso à tecnologia e à
inovação, já que equipes sob pressão frequentemente buscam soluções
ágeis para os desafios do dia a dia.
No entanto, os contras costumam pesar bem mais. O esgotamento físico e
mental se tornou um problema grave, com o burnout atingindo proporções
epidêmicas. A qualidade das entregas também sofre, pois fazer mais nem
sempre significa fazer bem. Além disso, a retenção de talentos se torna
um desafio, já que ambientes tóxicos afastam os melhores profissionais.
De qualquer forma, o modelo tradicional de trabalho está ruindo e a
paranoia de produtividade é um sintoma claro disso. As empresas que
insistirem nessa mentalidade vão perder talentos para aquelas que
entenderam que resultado não se mede por horas trabalhadas, mas por
impacto gerado.
A pergunta que fica é: até quando vamos confundir excesso de trabalho
com eficiência? Se produtividade fosse estar sempre ocupado, WhatsApp
seria mais valioso que a Bolsa de Valores.
Descubra o Marketplace Valeon do Vale do Aço: Um Hub de Empresas, Notícias e Diversão para Empreendedores
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pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.
• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas
para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.
• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.
• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.
• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se
expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação,
vendas, etc.
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a) Digitalização dos Lojistas;
b) Apoio aos lojistas;
c) Captura e gestão de dados;
d) Arquitetura de experiências;
e) Contribuição maior da área Mall e mídia;
f) Evolução do tenant mix;
g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;
h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;
i) Convergência do varejo físico e online;
j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;
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l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;
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contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam
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mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas
desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na
divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso
funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia,
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tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos
manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em
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a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a
oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa
livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua
empresa seja oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando
para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as
melhores marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que
pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa
plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é
muito abaixo do valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação
das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site
de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a
comunicação dos clientes com as lojas.
Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim
trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da
compra.
No país, as lojas online, que também contam com lojas
físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com
relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que
compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/) tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de
comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e
ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros
marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e
promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como:
empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de
produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais
do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional.
Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar.
Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky está sendo pressionado
nesta sexta-feira (21) a cooperar com os Estados Unidos a respeito à
exploração dos minerais estratégicos da Ucrânia por parte de Washington.
Zelensky rejeitou a primeira proposta de Donald Trump, mas após
abandono dos Estados Unidos, a Ucrânia estaria “em estado de choque” e a
Europa “petrificada” com a perspectiva de ter que defender seu aliado
sozinha sem ajuda norte-americana, segundo destaque dos jornais
franceses.
Alvo de críticas de Donald Trump, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky está
sendo pressionado nesta sexta-feira a cooperar com os Estados Unidos,
principalmente no que diz respeito à exploração dos minerais
estratégicos da Ucrânia por parte de Washington.
O enviado especial americano para a Ucrânia, Keith Kellog, está no país há dois dias, mas nada vazou das reuniões entre ele e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, diz o jornal francês Libération.
No início de fevereiro, o presidente americano Donald Trump anunciou
que queria negociar um acordo com a Ucrânia para obter acesso a 50% de
seus minérios estratégicos em troca da ajuda americana que já havia sido
entregue.
O presidente Zelensky rejeitou a primeira proposta americana sobre
minérios, descrita por alguns meios de comunicação ocidentais como
“colonização”, e argumentou que ela não oferecia nenhuma garantia de
segurança para seu país, que vem lutando contra a invasão russa há três
anos. No entanto, ele abriu a porta para o “investimento” americano em
troca de tais garantias.
Desde então, as tensões entre Kiev e Washington aumentaram drasticamente. Donald Trump chegou a acusar Zelensky de ser um “ditador” e
iniciou uma súbita aproximação com o Kremlin. Uma reviravolta perigosa
para a Ucrânia, que tinha nos Estados Unidos um importante fornecedor de
ajuda militar e financeira.
Abandonada pelos Estados Unidos, a Ucrânia está “em estado de choque”, diz a manchete do Le Monde desta sexta-feira.
Segundo o jornal Libération, os americanos estão furiosos porque Zelensky recusou o acordo sobre as terras raras do país proposto por Washington. Enquanto isso, os russos, no Kremlin, assistem “comendo pipoca e agradecem Trump”, ironiza a publicação.
Ucrânia e os Estados Unidos retomam negociações
Um alto funcionário ucraniano, cuja identidade foi preservada, disse à AFP na
sexta-feira que a Ucrânia e os Estados Unidos estariam “retomando” as
negociações sobre um acordo para explorar os minerais estratégicos da
Ucrânia.
“Essa conversa continua”, disse o funcionário. “Há uma troca
constante de documentos preliminares, enviamos outro ontem
(quinta-feira)” e “estamos aguardando uma resposta” dos americanos,
acrescentou essa fonte, que foi informada sobre o progresso dessas
conversas.
Europa teme possibilidade de assumir segurança da Ucrânia
Após passar meses tentando se adaptar ao governo americano, Zelensky
cometeu o erro de querer defender os interesses de seu país, diz Le Monde,
ao afirmar que o presidente ucraniano não aceitaria uma discussão sobre
a paz que não contasse com sua presença e ao se negar a assinar um
contrato deixando nas mãos dos americanos os recursos naturais da
Ucrânia.
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Ao Estadão, o Ministério do Desenvolvimento Social
afirmou que suspendeu, no mês passado, a parceria com a ONG Mover
Helipa. A pasta disse ainda que realiza procedimentos de averiguação e
fiscalização junto à Controladoria-Geral da União (CGU).
“O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e
Combate à Fome informa que as recomendações feitas pelo TCU foram
adotadas antes mesmo da notificação do órgão e que os procedimentos de
averiguação e fiscalização seguem junto a Controladoria Geral da União e
MDS”, afirmou a pasta em nota.
A ONG Mover Helipa, por sua vez, afirmou que não recebeu a
notificação pelo TCU mas que, quando tiver contato com a determinação,
vai adotar o “compromisso de colaborar com todo e qualquer processo de
auditoria” (leia a nota completa no final da reportagem).
“Reafirmamos nosso compromisso inabalável com a transparência e com a
ética no trato das parceiras com o poder público e a plena colaboração
em todos os procedimentos de auditoria solicitados pelo poder público,
com o objetivo de demonstrar a integridade e a lisura dos processos
operacionais, como tem sido nossa postura desde o início de nossa
atuação social”, afirmou a ONG ao Estadão.
No mês passado, uma reportagem do jornal O Globo identificou
que, após vencer editais da pasta, a ONG Mover Helipa subcontratou
entidades ligadas a outros ex-assessores de parlamentares petistas, além
de empresas com participação societária do próprio dono da entidade e
de seus familiares. As ONGs subcontratadas apresentaram inconsistências
nas entregas de refeições.
Em novembro de 2024, o Mover Helipa venceu um edital de chamamento
público para o programa Cozinha Solidária, organizado pelo MDS. A
iniciativa prevê a distribuição de refeições gratuitas a pessoas em
vulnerabilidade.
Nardes quer que a pasta e a ONG se expliquem sobre os indícios de
irregularidades. Caso as respostas não garantam que o programa vai
continuar sem riscos ao erário, o magistrado vai determinar a
paralisação da iniciativa, atendendo a um pedido de medida cautelar do
Novo.
“O envio de alerta ao MDS e aos representantes da ONG Mover Helipa
acerca da possibilidade de o TCU vir a conceder medida cautelar para a
suspensão do ato ou procedimento impugnado, caso haja indicativo de
afronta às normas legais e/ou possibilidade de ocorrência de prejuízos à
Administração, bem como quanto à possibilidade de o TCU vir a
determinar a correção dos procedimentos impugnados e a responsabilização
dos agentes públicos envolvidos, caso confirmadas as irregularidades
indicadas na representação”, escreveu Nard.
O Mover Helipa é comandado por José Renato Varjão, ex-assessor de
parlamentares da família Tatto. Entre março de 2015 e novembro de 2018,
Varjão integrou o gabinete do deputado estadual paulista Ênio Tatto (PT). Entre fevereiro de 2021 a janeiro de 2022, o líder da ONG foi assessor de Nilton Tatto (PT-SP) na Câmara dos Deputados.
O Mover Helipa fechou a parceria com o programa Cozinha Solidária por
R$ 5,6 milhões. A pasta ainda contratou a entidade, por R$ 5,2 milhões,
para a promoção de cursos de capacitação a moradores de baixa renda.
Com a verba federal, a ONG subcontratou uma empresa da qual o próprio
dono é sócio, além de firmar contrato com uma firma que pertence a um
sobrinho de Varjão. Ambas as práticas são proibidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Segundo a reportagem do jornal O Globo, após vencer os certames, o Mover Helipa subcontratou duas entidades de ex-assessores do vereador de São Paulo Arselino Tatto (PT)
para a produção das refeições. Em dezembro de 2024, as duas ONGs
assinaram recibos de entrega das refeições sem terem, de fato, cumprido
com a oferta.
Uma semana após a veiculação da reportagem do jornal, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, suspendeu a parceria de R$ 5,6 milhões com o Mover Helipa.
Em nota na época, a pasta disse que estava antecipando uma “estratégia
de monitoramento prevista para o acompanhamento da execução das
parcerias” do Cozinha Solidária.
A representação enviada ao TCU foi assinada pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE) e pelos deputados federais Adriana Ventura (Novo-SP), Marcel van Hattem (Novo-RS), Gilson Marques (Novo-SC) e Ricardo Salles (Novo-SP).
Em nota, Girão disse que a medida da Corte de Contas é “fundamental
para garantir a transparência e a correta aplicação dos recursos
públicos”.
“A fiscalização rigorosa é essencial para impedir o desperdício de
dinheiro público e garantir que os recursos cheguem a quem realmente
precisa, sem interferências políticas ou desvios. Seguiremos
acompanhando de perto esse caso”, afirmou.
Leia a nota da ONG na íntegra
O Movimento Organizacional Vencer, Educar e Realizar (Mover
Helipa) vem, por meio desta, informar que, desde a última segunda-feira
(17), está recebendo a visita de uma equipe técnica do MDS ( Ministério
do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome).
A equipe permanecerá em nossas dependências até esta sexta-feira
(21), com o objetivo de realizar uma averiguação específica dos
procedimentos internos da instituição, incluindo a análise dos processos
burocráticos e de prestação de contas relacionadas às parcerias
firmadas com o MDS.
A Mover Helipa reitera que não recebeu nenhuma notificação do TCU
(Tribunal de Contas da União) até a presente data, contudo, caso haja
alguma notificação, responderemos, mantendo nosso compromisso de
colaborar com todo e qualquer processo de auditoria.
Reafirmamos nosso compromisso inabalável com a transparência e
com a ética no trato das parceiras com o poder público e a plena
colaboração em todos os procedimentos de auditoria solicitados pelo
poder público, com o objetivo de demonstrar a integridade e a lisura dos
processos operacionais, como tem sido nossa postura desde o início de
nossa atuação social.
A Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o influenciador Pablo Marçal (PRTB)
por abuso de poder político e econômico durante a campanha para a
Prefeitura de São Paulo. A decisão do juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da
primeira Zona Eleitoral, declarou o ex-coach inelegível por oito anos.
Marçal ainda pode recorrer da decisão. O influenciador negou as
acusações.
Pablo Marçal foi candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB em
2024, mas ficou fora do segundo turno Foto: Daniel Teixeira/Estadão
“Entendo que o discurso do requerido Pablo Marçal de oferta de
gravação de vídeo de apoio para impulsionar campanha eleitoral de
candidato a vereador de partido que ‘(…) não seja de esquerda(…)’ em
troca de doação no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) divulgada em
meio de comunicação social (“instagram”) do próprio candidato encerra em
si mesmo conduta ilícita que ostenta a potencialidade de lesar o bem
jurídico protegido (legitimidade das eleições) para fins de manutenção
do equilíbrio nas eleições ao divulgar referida publicação”, disse o
magistrado
Patiño Zors concluiu, então, que “está configurado abuso de poder
midiático pela relevância e aptidão para influenciar e distorcer a
formação da vontade política dos eleitores em benefício do candidato ao
efetuar publicação em sua página de rede social”.
Em nota, Marçal negou as acusações e disse que continua acreditando
na Justiça. “Gravei milhares de vídeos de apoio político para candidatos
a prefeito e vereadores em todo o país e estou em paz por não ter feito
nenhum vídeo em troca de apoio financeiro, conforme demonstrado na
prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral. Continuo
acreditando na justiça e tenho certeza de que tudo será esclarecido
durante o processo de recurso”, afirmou.
O presidente do PRTB, Leonardo Avalanche,
afirmou ter confiança de que a decisão será reformada nas instâncias
superiores. “Entendemos que a interpretação adotada na decisão inicial
não reflete a realidade dos fatos nem a razoabilidade merecida em
questão”, afirmou em nota.