quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

IBAMA É CONTRA A EXPLORÇÃO DE PETRÓLEO NA FOZ DO AMAZONAS E O GOVERNO QUER EXPLORAR

 

Jornal Estadão

BRASÍLIA – A Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema) afirmou nesta quarta-feira, 12, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta implementar interferências políticas no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e classificou como “inadmissível” qualquer tipo de pressão política sobre os técnicos do órgão.

Presidente Lula criticou atuação do Ibama nesta quarta-feira. Foto: Wilton Junior/Estadão

Presidente Lula criticou atuação do Ibama nesta quarta-feira. Foto: Wilton Junior/Estadão© Fornecido por Estadão

As declarações foram motivadas por fala de Lula durante uma entrevista à Rádio Diário FM, de Macapá, nesta quarta, sobre o pedido de licenciamento ambiental feito pela Petrobras para exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas. Na ocasião, o presidente afirmou que o Ibama parece ser contra o governo.

“O que não pode é ficar nesse lenga-lenga, com o Ibama sendo um órgão do governo e parecendo ser contra o governo”, disse.

O processo de licenciamento já recebeu negativas do órgão ambiental, que acabou solicitando mais informações à Petrobras. Em novembro, como o Estadão mostrou, a empresa enviou respostas ao Ibama, se comprometendo em ampliar a estrutura de segurança, incluindo embarcações de prontidão para atender a fauna em caso de desastres.

Na nota feita pela Ascema, os servidores criticam a tentativa de pressão por parte de Lula. “É inadmissível qualquer tipo de pressão política que busque interferir no trabalho técnico do órgão, especialmente quando se trata de uma decisão que pode resultar em impactos ambientais irreversíveis”, diz o comunicado.

Segundo os servidores, as declarações do presidente desqualificam o Ibama e desrespeitam o papel da instituição. “O Ibama precisa ser reconhecido como órgão de Estado, motivo pelo qual propusemos uma emenda parlamentar para que passe a ter esse status e não fique sujeito a interferências políticas como a que o presidente Lula tenta implementar”, destaca a nota.

Os servidores citam o papel do órgão durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro para impedir retrocessos e diz que “continuarão atuando neste ou em qualquer outro governo que contrarie as necessidades de conservação socioambiental no Brasil.”

Decisão política

O licenciamento da região é sensível, entre outros fatores, porque não há operações semelhantes na região e tampouco estrutura para dar resposta a uma crise. Assim, os técnicos não têm referências robustas para avaliar objetivamente o projeto. Como o Estadão mostrou, a área é complexa e em caso de eventual acidente, a Petrobras levaria 10h30 para deslocar animais até a base de estabilização.

Embora tenha lacunas, o último plano de proteção à Fauna apresentado pela Petrobras — com previsão de embarcações de prontidão, equipes de socorro e equipamentos —, tem elementos para embasar um parecer a favor da licença. Soma-se a isso a repercussão do tema nacionalmente e a pressão exercida publicamente por Lula, que são vistas como uma evidência de que a vontade política sobre a liberação da licença prevalecerá.

Nesta quinta-feira, 13, Lula irá ao Amapá, onde está localizada a Margem Equatorial, para agendas públicas e inaugurações do governo. O Estadão apurou que o presidente deve voltar a falar sobre o tema e defender a exploração de recursos na região.

A pressão pela liberação do licenciamento elevou a fritura do atual presidente do órgão, Rodrigo Agostinho. Segundo fontes do governo, Agostinho já é visto como “demissionário”.

O nome mais forte dentro do governo para substituir o presidente do Ibama, é o do atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, que está cotado para sair do cargo atual.

A leitura é que Macêdo seria um nome palatável por ter sido superintendente do Ibama em Sergipe e secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos na gestão do então governador Marcelo Déda. Dessa forma, o governo não poderia ser acusado de lotear o órgão e reduziria a pressão por parte dos servidores.

Apesar de sediar a Cúpula do Clima da ONU (COP-30) em novembro, a análise é de que a troca no Ibama não afetaria a imagem do governo.

QUEM GANHA E QUEM PERDE NOS EUA COM AS TARIFAS DE TRUMP

 

História de Shannon Najmabadi, Jaclyn Peiser e Aaron Gregg Jornal Estadão

As novas tarifas da Casa Branca sobre o aço e alumínio, anunciadas na segunda-feira, 10, podem ter impactos amplos na economia, protegendo algumas empresas da concorrência estrangeira enquanto aumentam os custos em outras áreas.

A tarifa de 25% se aplicaria a todas as remessas de aço e alumínio, incluindo aquelas do Canadá e México, que na semana passada foram concedidos atrasos de 30 dias numa tarifa geral de 25% afetando todos os bens. Embora o Canadá vá sentir mais o impacto da ordem de segunda-feira como o fornecedor estrangeiro nº 1 para compradores dos EUA, as tarifas também visam a China, que responde por mais da metade da produção global de aço.

Aqui estão alguns vencedores e perdedores do último movimento comercial da administração Trump.

Tarifas de Trump também visam a China, que responde por mais da metade da produção global de aço Foto: AFP

Tarifas de Trump também visam a China, que responde por mais da metade da produção global de aço Foto: AFP

Vencedores

Fornecedores de aço e alumínio dos EUA

As tarifas funcionam como um imposto sobre importações, levando fornecedores estrangeiros a aumentar preços. Isso significa que as empresas dos EUA que fornecem aço e alumínio terão a chance de subcotar seus concorrentes estrangeiros à medida que o aço de parceiros comerciais como Canadá, Brasil e México se torna dramaticamente mais caro.

Várias empresas siderúrgicas baseadas nos EUA viram os preços de suas ações subirem na segunda-feira como resultado: Nucor e Steel Dynamics subiram 5,5% e 4,9%, respectivamente, ao fechar o mercado, enquanto Cleveland-Cliffs disparou quase 18 por cento. A United States Steel Corp., mais conhecida como U.S. Steel, subiu quase 5%. O produtor de alumínio Alcoa subiu cerca de 2%.

Philip Bell, presidente da Associação de Fabricantes de Aço, disse que as tarifas ajudariam a “nivelar o campo de jogo” para os produtores domésticos e refutou as críticas de que as tarifas aumentariam custos sem adicionar um grande número de empregos na manufatura.

“Quando você tem uma tarifa que é aplicada de forma ampla em todos os segmentos de produto, claro, vai haver um impacto de curto prazo”, disse ele. “Mas quando você tem tarifas específicas para produtos, como as de aço e alumínio, realmente resta ver qual será o impacto a longo prazo disso em empregos e nos preços ao consumidor.”

Uma tarifa de 25% sobre a quantidade de aço usada em um carro típico de US$ 40 mil aumentaria o preço em 1 ou 2%, afirmou Bell. E ele argumentou que cada emprego no setor de aço cria outros empregos para contratados, trabalhadores da construção, empresas de engenharia e “até o caminhão de comida que está fora da siderúrgica onde você pode pegar café da manhã ou almoço.”

O presidente da United Steelworkers International, no entanto, fez uma distinção entre “parceiros comerciais confiáveis, como o Canadá, e aqueles que estão procurando minar nossas indústrias enquanto trabalham para dominar o mercado global.”

“Nossa união acolhe os esforços do presidente Donald Trump para conter a supercapacidade global que por tempo demais permitiu a atores ruins como a China inundar o mercado global com seus produtos comercializados injustamente, resultando em importações crescentes para os Estados Unidos, especialmente do México”, disse o Presidente David McCall em um comunicado. Mas ele acrescentou que “o Canadá não é o problema.”

Perdedores

Consumidores

O alumínio e o aço são utilizados em uma ampla gama de produtos, o que significa que tarifas de importação mais altas acabariam sendo repassadas aos consumidores. Os metais podem ser encontrados em aparelhos, smartphones, bastões de beisebol, panelas, telescópios e móveis de jardim. Até mesmo latas de refrigerante poderiam ser afetadas, escreveram analistas de varejo do Bank of America em um relatório no início deste mês.

No entanto, não está claro quanto tempo levará para os consumidores sentirem o impacto e em que medida. Isso é em parte porque depende de quanto aço ou alumínio é usado na fabricação do produto, disse Lydia Cox, professora de economia na Universidade de Wisconsin em Madison.

Também cabe às empresas decidir quais custos adicionais elas devem repassar para seus clientes, disse ela: “Se você teve um aumento de 25% em 50% dos seus custos, isso seria um aumento (potencial) considerável” nos preços.

Em vez disso, são as empresas e fabricantes — que compram aço e alumínio em grande quantidade — que serão os primeiros a ver os aumentos de preços, disse Douglas Irwin, professor de economia no Dartmouth College.

“Não é como se você ou eu, como membro de uma casa, fôssemos à Lowe’s ou Home Depot ou algo assim comprar uma barra de aço,” ele disse.

Indústria dos EUA

Uma análise de 2018 sobre as tarifas de aço durante a primeira administração Trump, publicada pelo Peterson Institute for International Economics, independente, descobriu que a política criou empregos, mas com um grande custo para os inúmeros compradores de aço estrangeiro nos EUA.

A análise concluiu que a política, que também tributou o aço importado em 25%, criou cerca de 8.700 empregos e gerou cerca de US$ 2,4 bilhões em lucros antes dos impostos para as empresas de aço. Mas as indústrias domésticas que compravam aço nos Estados Unidos pagaram outros US$ 5,6 bilhões graças à proteção — um custo de cerca de US$ 650 mil para cada emprego criado na indústria siderúrgica.

Gary Hufbauer, pesquisador sênior do Peterson Institute e um dos autores do estudo, disse que não espera que muitos novos empregos sejam criados pelas novas tarifas, porque elas teriam principalmente o efeito de substituir as cotas existentes que outros países usam para limitar as exportações para os Estados Unidos. Mas escalar guerras comerciais através de tarifas dessa maneira “garantirá retaliação contra produtos e empresas dos EUA selecionados”, acrescentou Hufbauer.

“No geral, as indústrias americanas a jusante sofrerão e garantirão uma perda líquida nos empregos de manufatura dos EUA, como ocorreu no Trump 1.0,” disse Hufbauer.

Desta vez, empresas como John Deere, Caterpillar e Boeing também podem ser prejudicadas porque seus produtos usam muito alumínio ou aço, assim como desenvolvedores privados e governos estaduais e locais tentando reparar a infraestrutura, disse Irwin.

Glenn Stevens Jr., diretor executivo da MichAuto, uma divisão da Câmara Regional de Detroit, disse que os fabricantes de automóveis provavelmente não podem absorver o efeito combinado das tarifas sobre o Canadá e o México e os suprimentos globais de aço e alumínio.

“Os preços de transação de veículos já são muito altos, e se forem mais altos, isso diminuirá a demanda”, disse ele. Isso, por sua vez, poderia levar a cortes na produção e perda de empregos.

Exportadores dos EUA

Algumas indústrias dos EUA que vendem produtos no exterior também podem sentir o impacto da última rodada de tarifas de importação de Trump, à medida que outras nações retaliarem, disse Irwin. Ele citou as exportações agrícolas como um exemplo porque os países estrangeiros podem facilmente encontrar fontes alternativas de soja, trigo e outros produtos agrícolas no exterior.

Isso aconteceu durante o primeiro mandato de Trump.

“A administração Trump começou a socorrer os agricultores e a agricultura americanos,” disse Michael Klein, professor de economia na Universidade Tufts e editor executivo do EconoFact, uma publicação apartidária sobre políticas econômicas e sociais publicada pela universidade. “Quaisquer receitas que foram arrecadadas foram esgotadas tentando amortecer aqueles que foram prejudicados pela retaliação.”

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

BRASIL NA UTI POR PROBLEMAS FISCAIS

 

História de Por Bernardo Caram – Reuters

Logotipo do Banco Central do Brasil na sede da instituição, em Brasília 18/12/2024 REUTERS/Adriano Machado

Logotipo do Banco Central do Brasil na sede da instituição, em Brasília 18/12/2024 REUTERS/Adriano Machado© Thomson Reuters

Por Bernardo Caram

(Reuters) – O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga afirmou nesta quarta-feira que o atual cenário econômico do Brasil apresenta sintomas muito graves de um “paciente na UTI”, citando que os juros futuros estão “na lua a perder de vista” e que a única área que pode ajudar a autoridade monetária é a política fiscal.

Em seminário do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças, no Rio de Janeiro, Fraga defendeu que o atual presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, convidado do evento, convença o governo a atuar nessa área.

“Você, como uma pessoa de confiança das altas autoridades do nosso país, talvez possa convencê-las de que não tem mágica e que isso que aconteceu até agora foi muito bom, o desemprego está baixo, é um sonho, mas agora a festa meio que acabou, não é um problema de comunicação”, disse.

Fraga, que comandou o BC entre 1999 e 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso, demonstrou preocupação com uma dívida pública acima de 75% do Produto Interno Bruto (PIB), e em trajetória de alta, associada a uma atividade econômica que fatalmente vai desacelerar.

“O Banco Central não faz milagre, sei que é difícil comentar, mas isso precisa acontecer. Eu considero que o paciente está na UTI, não precisa nem entrar nas discussões sobre dominância fiscal, isso é muito acadêmico. O mix macro precisa mudar, e eu acho que isso não parece estar na agenda”, afirmou.

Em resposta a Fraga, Galípolo disse que tem o desafio pessoal de encontrar o limite e a medida certa do que cabe à autoridade monetária falar. Ele ponderou que tem tido espaço e voz para poder se pronunciar sobre o que pensa dos movimentos de mercado e explicar o que está acontecendo na economia.

“Faz parte do desafio você não cruzar uma linha e não transcender o que é o quadrado da autoridade monetária”, ponderou.

Galípolo avaliou que o “remédio” da política monetária vai funcionar para arrefecer a inflação, sublinhando que essa avaliação é compartilhada pelo mercado, que espera uma desaceleração da atividade.

No entanto, ele afirmou que o mercado está menos focado no efeito da política monetária, e observando mais qual será a reação do governo a partir de uma desaceleração da atividade.

“Isso não é simples de você endereçar enquanto autoridade monetária. Uma coisa é você ser preventivo a algo que está presente, outra coisa é você lutar com algo que não existe ainda, ou que possa nem existir”, disse.

Na terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a economia brasileira crescerá neste ano, e argumentou que isso vai acontecer porque, segundo ele, o dinheiro circulará nas mãos da população, o que gerará expansão da economia.

FAB DERRUBA AVIÃO COM DROGAS VINDO DA VENEZUELA

 

História de Caio Possati – Jornal Estadão

A Força Aérea Brasileira (FAB) abateu na terça-feira, 11, um avião que teria partido da Venezuela transportando drogas e entrado de forma clandestina em território nacional. A aeronave suspeita caiu após disparos e dois ocupantes morreram na ocorrência.

A FAB diz que a interceptação aconteceu dentro dos protocolos, que consistem em uma primeira tentativa de contenção, seguida de disparos em caso de resistência da aeronave ilegal. O local exato da abordagem não foi informado. A reportagem questionou a Força Aérea e aguarda retorno.

Força Aérea Brasileira abateu avião vindo da Venezuela com drogas. Dois ocupantes da aeronave morreram. Foto: Força Aérea Brasileira (FAB)/Divulgação

Força Aérea Brasileira abateu avião vindo da Venezuela com drogas. Dois ocupantes da aeronave morreram. Foto: Força Aérea Brasileira (FAB)/Divulgação

Nesta quarta, 12, um helicóptero H-60 Black Hawk, do Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação e agentes da Polícia Federal estiveram no local da queda para verificar a atividade ilícita da aeronave. Eles constaram os óbitos de dois homens suspeitos de tráfico de drogas e a presença de entorpecentes no interior do avião abatido.

A interceptação fez parte da Operação Ostium, que reprime atividades ilegais na fronteira do País, e aconteceu sob coordenação do Comando de Operações Aeroespaciais.

A ação seguiu “todos os protocolos das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA)”, segundo a FAB, que consistem em medidas de averiguação (para determinar a identidade de uma aeronave e vigiar o comportamento do avião suspeito), medidas de intervenção (determinar à aeronave interceptada para que modifique a rota e forçar o pouso em aeródromo), e medidas de persuasão (quando são dados tiros de aviso para forçar os suspeitos a obedecerem).

“Não atendendo aos procedimentos coercitivos descritos no Decreto nº 5.144, a aeronave foi classificada como hostil e, dessa forma, submetida ao Tiro de Detenção (TDE), que consiste no disparo de tiros, com a finalidade de impedir a continuidade do voo”, acrescentou a FAB, em nota.

A medida é utilizada como último recurso, e foi acionada depois que a aeronave interceptada descumpriu os procedimentos e forçou a continuidade do voo ilícito. “Com a execução do Tiro de Detenção , o avião interceptado, classificado como hostil, veio a colidir com o solo”.

O tipo e a quantidade da droga encontradas no interior da aeronave não foram informadas.

DIA DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA DO EXÉRCITO E CURIOSIDADES

 

Karla Neto – Colunista Correspondente

Nesta quinta-feira (13), é celebrado o Dia do Serviço de Assistência Religiosa do Exército , o Dia do Serviço de Assistência Religiosa e homenageia seu patrono, o Capitão Capelão Antônio Álvares da Silva, o Frei Orlando.

Depois de sua ordenação, Frei Orlando foi trabalhar no Colégio Santo Antônio, em São João Del Rey (MG), onde, em busca de apoio para desenvolver um apostolado junto às crianças carentes da cidade, começou a frequentar o 11o Regimento de Infantaria. Essa proximidade com os militares levou-o a apresentar-se como voluntário para integrar a Força Expedicionária Brasileira.

Frei Orlando nasceu em 13 de fevereiro de 1913, na localidade Morada Nova, município de Abaeté (MG), às margens do Rio São Francisco. Ainda jovem, resolveu dedicar sua vida a Cristo e ao próximo, seguindo os ideais de São Francisco de Assis. Frequentou o Seminário Franciscano em Divinópolis (MG) e depois foi para a Holanda, onde cursou Filosofia e Teologia. Retornando ao Brasil, concluiu os seus estudos e, com 24 anos, foi ordenado sacerdote no ano de 1937.

De igual modo, já nos campos de batalha da Itália, procurou estar próximo aos combatentes para levar-lhes a luz e o conforto da fé, particularmente nas ocasiões de combate.

Já como capelão, na viagem para a Itália, no intuito de levar conforto aos soldados que partiam para a guerra, deixando para trás a Pátria, a família e os amigos, Frei Orlando foi dormir no porão do navio, próximo aos soldados, renunciando o seu alojamento de oficial.

Fonte: Karla neto
Foto: Divulgação

KARLA NETO – CURIOSIDADES

ocê sabia que o maxixe ajuda a favorecer a perda de peso?

O maxixe também contém vitamina C, um nutriente que melhora a absorção do ferro presente nos alimentos, ajudando na prevenção da anemia. Conheça outros alimentos que ajudam a prevenir a anemia. É um fruto que favorece a perda de peso e ajuda a combater a prisão de ventre. Isso porque esse alimento é rico em fibras que estimulam os movimentos naturais do intestino e prolongam o tempo de digestão dos alimentos, diminuindo a fome.

Previne o envelhecimento precoce por ter boas quantidades de vitamina C e clorofila, nutrientes com ação antioxidante que protegem as células da pele contra os danos causados pelos radicais livres.
O maxixe ajuda na perda de peso, por ser rico em fibras que aumentam o tempo de digestão dos alimentos, prolongando a saciedade e diminuindo a fome ao longo do dia.

Além disso, o maxixe é pobre em calorias e gorduras, sendo uma ótima opção de alimento para incluir em dietas de emagrecimento.

A vitamina C presente no maxixe melhora a absorção do ferro presente nos alimentos, ajudando a prevenir a anemia. Isso porque o ferro é importante para formar a hemoglobina, o componente das hemácias no sangue que é responsável por transportar o oxigênio pelo organismo.

A vitamina C presente no maxixe melhora a absorção do ferro presente nos alimentos, ajudando a prevenir a anemia. Isso porque o ferro é importante para formar a hemoglobina, o componente das hemácias no sangue que é responsável por transportar o oxigênio pelo organismo.

Você sabia que a jabuticaba ajuda a diminuir o colesterol “ruim”?

A jabuticaba tem ótimas quantidades de fibras, como a pectina, presente especialmente na casca da fruta, que ajuda a prolongar a saciedade e controlar a fome ao longo do dia, facilitando a manutenção e a perda de peso.

Além disso, a jabuticaba é uma fruta com poucas calorias, sendo uma boa opção para incluir em dietas de emagrecimento.

A jabuticaba, ou jaboticaba, é uma fruta que fornece muitos benefícios para a saúde, como prevenir o envelhecimento precoce, ajudar na manutenção ou perda de peso, diminuir o risco de câncer e evitar a diabetes.

Esses benefícios são possíveis porque a jabuticaba contém boas quantidades de vitamina C, fibras e antocianinas, nutrientes e compostos bioativos com propriedades antioxidantes, sacietogênicas, laxativas e anti-inflamatórias.

Por ser rica em quercetina, antocianinas e taninos, compostos com ação antioxidante, a jaboticaba ajuda a combater o excesso de radicais livres no organismo, ajudando a diminuir o risco de câncer.

Por ter boas quantidades de fibras, a jabuticaba ajuda a aumentar a absorção de água no intestino, promovendo a formação do bolo fecal, melhorando o funcionamento do intestino e favorecendo, assim, na evacuação.

Por conter compostos anti-inflamatórios e antioxidantes, a jabuticaba protege as células do sistema nervoso central contra os radicais livres.

Uma boa fonte de fibras, a jabuticaba diminui a absorção da gordura dos alimentos, promovendo a redução dos níveis de colesterol “ruim”, LDL, no sangue e ajudando a prevenir doenças cardiovasculares, como infarto e aterosclerose.

A jabuticaba é rica em vitamina C, taninos, antocianinas e quercetina, compostos com potente ação antioxidante que protegem a pele contra os danos causados pelo excesso de radicais livres, prevenindo, assim, o envelhecimento precoce

Saiba um alimento maravilhoso para queda de cabelo: Veja

A queda de cabelo normalmente não é um sinal de alarme, pois pode acontecer de forma completamente natural, sendo normal a perda de 60 a 100 fios de cabelo por dia, especialmente durante as épocas mais frias do ano, como outono e inverno.

Além disso, pessoas que utilizam frequentemente produtos de alisamento no cabelo, aplicam muitas vezes chapinha ou fazem penteados que podem quebrar o cabelo, também podem apresentar queda de cabelo mais acentuada.

O espinafre ajuda a prevenir a anemia, porque contém ferro, um mineral importante para a formação de hemoglobina, que é uma proteína presente nos glóbulos vermelhos responsável por transportar oxigênio em todo o corpo.

Além disso, o espinafre também possui ácido fólico, uma vitamina que é necessária para a formação de glóbulos vermelhos, o que também ajuda a prevenir a anemia.

O espinafre ajuda a prevenir a anemia, porque contém ferro, um mineral importante para a formação de hemoglobina, que é uma proteína presente nos glóbulos vermelhos responsável por transportar oxigênio em todo o corpo.

Além disso, o espinafre também possui ácido fólico, uma vitamina que é necessária para a formação de glóbulos vermelhos, o que também ajuda a prevenir a anemia.

Os Benefícios do Espinafre Para o Cabelo são diversos. pois, ele possui uma grande quantidade de nutrientes essenciais para saúde geral do corpo. Além disso, O espinafre é um vegetal de folhas verdes escura pertencente à família Amaranthaceae. Nativa do Central e Sudoeste da Ásia, Tem um sabor ligeiramente amargo, mas é considerado um dos alimentos mais funcionais devido a seus componentes nutricionais, antioxidantes e anticancerígenos. A pele é o órgão maior e mais sensível do nosso corpo.

O Espinafre é um vegetal que possuir uma grandeza nutricional. Este vegetal possui um sabor alcalino e é rica em nutrientes como, por exemplo, sais minerais (Ferro, Fósforo e Cálcio) e Vitamina A e Vitaminas do Complexo B.

PROPOSTAS DE TRUMP PARA POR FIM À GUERRA DA UCRÂNIA

 

BBC News Brasil

Trump conversou com Putin por telefone e disse que vai se encontrar com o líder russo

Trump conversou com Putin por telefone e disse que vai se encontrar com o líder russo© EPA

Na quarta-feira (12/2), após uma ligação telefônica de 90 minutos com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o presidente americano, Donald Trump, fez uma série de anúncios que podem mudar o curso da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Trump disse que ele e Putin concordaram que as negociações para acabar com a guerra na Ucrânia devem começar “imediatamente” e convidaram um ao outro para encontros nas capitais de seus países. Antes disso, eles deverão se reunir na Arábia Saudita.

O presidente dos EUA também disse que não seria “prático” para a Ucrânia se juntar à aliança militar Otan.

Trump disse ter concordado com a avaliação feita pelo secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, de que é improvável que a Ucrânia retorne às suas fronteiras pré-2014, mas acrescentou que “parte daquela terra voltaria” aos ucranianos.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também teve uma ligação telefônica, de uma hora, com Trump. Zelensky disse que eles “concordaram em manter mais contato e planejar as próximas reuniões”.

A pergunta que muitos se fazem é: o que acontecerá agora na guerra na Ucrânia?

Nesta semana, os ministros da aliança militar Otan estão reunidos na Bélgica para discutir o futuro da guerra e os planos de Trump.

Até agora, o presidente americano vem sinalizando que não pretende incluir os europeus nas negociações de paz na Ucrânia — mas que espera que a Europa pague pela maior parte da reestruturação do país, e pelas garantias de paz na região.

É possível que nem mesmo a Ucrânia participe das conversas sobre um acordo de paz, que ficariam restritas a Putin e Trump, apesar de Zelensky dizer repetidamente que “não pode haver negociações sobre a Ucrânia sem a Ucrânia”.

Trump escreveu na sua rede social: “É hora de parar esta guerra ridícula, onde houve MORTE e DESTRUIÇÃO massivas e totalmente desnecessárias. Deus abençoe o povo da Rússia e da Ucrânia!”

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Putin apoia a ideia de Trump de que chegou o momento de se trabalhar em conjunto.

Sete países europeus, incluindo Reino Unido, França e Alemanha, insistiram em fazer parte de quaisquer negociações futuras sobre o destino da Ucrânia.

“Nossos objetivos compartilhados devem ser colocar a Ucrânia em uma posição de força”, dizia a declaração conjunta divulgada após uma reunião de ministros das Relações Exteriores em Paris;

“A Ucrânia e a Europa devem fazer parte de quaisquer negociações.”

Eles pediram que sejam dadas garantias sobre a segurança da Ucrânia e disseram que estavam querendo discutir o caminho a seguir com seus aliados americanos.

Segundo o correspondente da BBC News na cúpula de Bruxelas, Jonathan Beale, os ministros europeus estão tentando passar a imagem de que nada mudou — e que a Otan segue unida em torno da defesa da Ucrânia.

“Mas, na realidade, Washington é quem está mandando agora”, diz Beale. “O telefonema entre os presidentes Trump e Putin, que deve ser seguido por uma reunião, deixou a Otan em um segundo plano.”

“A solidariedade e a força da Otan foram enfraquecidas pela mensagem clara de Washington que, ao tentar pôr fim à guerra, não está preparado para financiar apoio militar a Kiev ou permitir que a Ucrânia se junte à Otan.”

A guerra na Ucrânia

A guerra na Ucrânia foi deflagrada em fevereiro de 2022, quando Putin anunciou a invasão de territórios ao leste da Ucrânia onde grande parte da população é de origem russa. Putin argumentou que esses territórios deveriam pertencer à Rússia. Em 2014, a Rússia já havia tomado e anexado a Crimeia, no sul da Ucrânia.

Mas em 2022, a Ucrânia montou uma grande resistência à invasão — e os dois lados travam uma sangrenta guerra que se estende até os dias de hoje.

Grande parte da operação ucraniana na guerra foi apoiada e financiada pela aliança militar Otan — a Organização do Tratado do Atlântico Norte, que se expandiu e hoje inclui 32 Estados membros, entre eles Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha.

A Otan foi criada durante a Guerra Fria como uma união militar contra a ameaça representada pela União Soviética.

A aliança não tem um exército próprio, mas seus países-membros podem tomar medidas militares coletivas em resposta às crises. A Otan, por exemplo, apoiou a ONU ao intervir na antiga Iugoslávia entre 1992 e 2004.

A missão principal da aliança continua sendo a de garantir a segurança de seus países-membros. A Rússia se opõe à expansão da Otan, o que preocupa os países-membros, principalmente os vizinhos à Rússia, como Letônia, Estônia e Finlândia.

Em 2023, comandantes da Otan traçaram planos detalhados para combater possíveis ataques russos em qualquer parte do oceano Árctico, do Atlântico Norte, da Europa Oriental ou da região do Mar Mediterrâneo.

A aliança aumentou o número de soldados na Europa em estado de alerta máximo de 40 mil para mais de 300 mil, e reforçou suas defesas nas fronteiras da Rússia com oito grupos de combate externos.

A Otan agendou para este ano de 2025 uma série de exercícios militares na Bulgária e Romênia, em que tropas – lideradas por uma divisão britânica – treinarão a defesa de fronteiras no caso de invasão inimiga.

Na Ucrânia, a aliança forneceu ajuda militar — sem a qual o país teria dificuldades de sustentar uma guerra contra a Rússia.

Os EUA, sob a presidência de Joe Biden, foram parte crucial dessa estratégia. Em 2024, Biden autorizou que armamentos americanos fornecidos aos ucranianos fossem usados para atacar o território russo. Em agosto de 2024, a Ucrânia surpreendeu os russos e tomou uma parte da província de Kursk, no oeste da Rússia.

Além disso, sob liderança americana, a Otan orquestrou sanções e o isolamento da Rússia em diversos foros internacionais.

Dentro dos EUA, políticos sempre estiveram divididos sobre o que fazer com a Ucrânia. Democratas defendiam ações fortes contra a Rússia e uma aliança estreita com os europeus. Já os republicanos tentaram bloquear no Congresso o envio de mais recursos e ajuda militar aos ucranianos.

Os planos de Trump

Uma das questões fundamentais para Trump na guerra contra a Ucrânia é dinheiro.

O presidente americano reclama que os americanos gastam muito mais com a Otan do que os países europeus — que são os mais interessados na estabilidade da Ucrânia, por estarem mais próximos e mais ameaçados pela Rússia.

Os EUA atualmente gastam cerca de 3,4% do seu PIB em defesa, enquanto o Reino Unido gasta cerca de 2,3%. Países mais próximos da Rússia, como a Polônia e os Estados bálticos, gastam mais proporcionalmente, em torno de 4%.

Trump quer que os aliados da Otan aumentem seus gastos com defesa para 5% do PIB, em vez da meta atual de 2%, dizendo o valor atual “não é suficiente”.

Será difícil para a Ucrânia conter os avanços da Rússia sem a mesma escala de apoio fornecida por Washington durante a administração de Joe Biden.

A Rússia está gastando mais em defesa do que toda a Europa combinada, de acordo com números do The Military Balance, uma comparação anual das forças armadas ao redor do mundo.

Na cúpula de ministros da defesa da Otan em Bruxelas, o secretário americano da Defesa, Pete Hegseth, disse que os EUA não “tolerariam mais um relacionamento desequilibrado” com seus aliados e pediu aos membros da Otan que gastassem muito mais em defesa.Ministro da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse que Europa precisa gastar mais com a segurança na Ucrânia

Ministro da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse que Europa precisa gastar mais com a segurança na Ucrânia© Getty Images

“Queremos, como vocês, uma Ucrânia soberana e próspera”, disse Hegseth. “Mas precisamos começar reconhecendo que retornar às fronteiras da Ucrânia pré-2014 é um objetivo irrealista. Perseguir essa meta ilusória só prolongará a guerra e causará mais sofrimento.”

Ele também minimizou a perspectiva da Ucrânia se juntar à Otan.

O ingresso da Ucrânia na Otan é um dos pontos mais contestados por Putin. O estatuto da Otan estabelece que os Estados devem reagir militarmente em conjunto a qualquer invasão. Ou seja, o ingresso da Ucrânia abriria caminho para toda a aliança entrar diretamente em uma eventual guerra contra a Rússia.

Hegseth disse que qualquer paz duradoura deve incluir “garantias de segurança robustas para que a guerra não comece novamente”.

As garantias de segurança devem ser apoiadas por “tropas europeias e não europeias capazes”.

“Se essas tropas forem enviadas como mantenedoras da paz para a Ucrânia em algum momento, elas devem ser enviadas como parte de uma missão não pertencente à Otan e não devem ser cobertas pelo Artigo 5”, disse ele, referindo-se à cláusula de defesa mútua da aliança.

“Salvaguardar a segurança europeia deve ser um imperativo para os membros europeus da Otan”, disse Hegseth. “A Europa deve fornecer a maior parte da ajuda futura letal e não letal para a Ucrânia.”

Nesta quinta-feira, Hegseth disse que as tentativas dos EUA de negociar a paz entre a Ucrânia e a Rússia “certamente não são uma traição” aos soldados ucranianos que têm lutado contra a invasão nos últimos três anos.

Hegseth enfatizou que os EUA fizeram um “compromisso incrível” com a Otan, acrescentando que nenhum país tem um compromisso maior com a missão da Ucrânia do que os EUA.

O secretário da Defesa disse que os EUA investiram mais de US$ 300 bilhões na estabilização das linhas de frente após a agressão da Rússia, e que o mundo tem “sorte” de ter o presidente Trump. Segundo Hegseth, somente Trump “poderia reunir as potências para trazer a paz”.

O que diz a Ucrânia?

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deverá se encontrar em Munique, na Alemanha, na sexta-feira (14/2) com o vice-presidente americano, J.D. Vance, e com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.

Essa semana, Zelensky disse que se Trump conseguisse levar a Ucrânia e a Rússia à mesa de negociações, o presidente ucraniano pretende oferecer à Rússia uma troca direta de território, abrindo mão de terras que Kiev mantém na região de Kursk, na Rússia.

“Trocaremos um território por outro”, disse ele, mas acrescentou que não sabia qual parte das terras ocupadas pela Rússia a Ucrânia pediria em troca.

O porta-voz de Putin disse que isso seria “impossível”.

“A Rússia nunca discutiu e não discutirá a troca de seu território. Unidades ucranianas serão expulsas deste território. Todos que não forem destruídos serão expulsos”, afirmou o porta-voz do Kremlin.

Moscou atualmente controla cerca de um quinto do território da Ucrânia, principalmente no leste e no sul.

Zelensky também disse que ofereceria a empresas americanas contratos lucrativos para reconstruir a Ucrânia, em uma aparente tentativa de atrair Trump.Guerra na Ucrânia vai completar 3 anos neste mês; centenas de milhares morreram e milhões deixaram suas casas

Guerra na Ucrânia vai completar 3 anos neste mês; centenas de milhares morreram e milhões deixaram suas casas© Getty Images

O presidente ucraniano também insistiu que os EUA, e não apenas os países europeus, precisariam fazer parte de qualquer solução de segurança para seu país.

“Garantias de segurança sem os EUA não são garantias de segurança reais”, disse.

Em outra ocasião, Trump já tinha dito que em “algum momento haverá uma eleição” na Ucrânia — o que foi visto como uma referência ao término do mandato presidencial de Zelensky em maio de 2024. O mandato foi estendido por conta da lei marcial do país.

Zelensky diz que a contínua invasão russa e a lei marcial na Ucrânia tornam impossível a realização de uma nova eleição presidencial.

Putin vem questionando a legitimidade de Zelensky para manter quaisquer negociações com Moscou.

Enquanto isso, os dois países seguem em guerra. Na noite passada, enquanto ministros se reuniam, a Ucrânia disse que foi atacada por 140 drones russos em Odessa e Kharkiv.

É difícil obter contagens precisas de vítimas devido ao sigilo dos governos russo e ucraniano, mas estima-se que centenas de milhares de pessoas, a maioria soldados, foram mortas ou feridas, e milhões de civis ucranianos fugiram do país, como refugiados.

CELULAR CONECTADO AO ESPAÇO PELA STARLINK

 

Por Junior Borneli, CEO da StartSe

Começou!

 Nos EUA, os clientes já podem usar a internet da Starlink, direto do satélite, por US$ 15 por mês. Uma parceria feita com a T-Mobile permite que, quando o cliente estiver fora da área da operadora, ele acesse via satélite.

•             O anúncio foi feito ontem, no intervalo do Super Bowl. E, numa sinergia sem precedentes, clientes da AT&T e Verizon também poderão experimentar o serviço, através de uma parceria com o T-Mobile.

Um executivo da T-Mobile traduziu bem o que significa esse movimento: “é como se tivéssemos colocado antenas de celular no espaço”. Por enquanto, o serviço é limitado e apenas para mensagens de texto.

 Mas, pelo avanço da tecnologia, espera-se que suporte a voz e vídeo sejam adicionados muito em breve. Vale lembrar que a Starlink já funciona em todos os continentes, através da sua “constelação” de satélites.

Isso marca uma nova era no mercado de telecomunicações. Conectar um celular direto a um satélite era coisa de filme ou, no máximo, coisa pra gente muito rica.

Era algo impensável para nós, mortais… até então.

A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Moysés Peruhype Carlech – Founder da Valeon

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para o seu comércio.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por mais de 245.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por mais de 5.800.000 de pessoas, valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas três anos. Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a sua empresa.

Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da região capaz de alavancar as suas vendas.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

ULTIMATO EUA/ISRAEL PARA O HAMAS ENTREGAR TODOS OS RÉFENS ATÉ SÁBADO SE NÃO COMEÇA O INFERNO

 

BBC News Brasil

Cessar-fogo por um fio: Israel e Trump dão ultimato ao Hamas sobre reféns

Cessar-fogo por um fio: Israel e Trump dão ultimato ao Hamas sobre reféns© Amir Cohen/Reuters

As tensões no acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas continuam escalando, agora sob uma nova ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump.

Após lançar um plano de tomar posse e reconstruir Gaza, Trump agora afirmou que o cessar-fogo deve ser cancelado se os reféns mantidos pelo Hamas não forem libertados até o meio dia do próximo sábado (15/2), um ultimato endossado por Israel.

“O inferno vai explodir”, disse o presidente americano a repórteres nesta terça-feira (11/2). “O Hamas descobrirá o que quero dizer.”

No último sábado (8/2), o Hamas libertou três reféns israelenses de Gaza, e Israel libertou 183 prisioneiros palestinos, como parte do acordo.

O governo de Israel, no entanto, chamou a atenção para o estado dos prisioneiros, muito magros, abatidos e “famintos”, segundo disse o presidente israelense, Isaac Herzog.

A próxima libertação de reféns estava marcada para o próximo sábado, com outros três israelenses sendo entregues, mas o Hamas surpreendeu enviando uma mensagem pelo Telegram, na segunda-feira, avisando que suspenderia a libertação de mais reféns israelenses “até novo aviso”.

O Hamas justificou a suspensão acusando Israel de “atrasar o retorno de pessoas deslocadas ao norte de Gaza”, “atingindo-as com bombardeios e tiros em várias áreas da Faixa” e de violar o acordo sobre suprimentos de ajuda.

Em resposta, Israel acusou o Hamas de uma “violação completa do acordo de cessar-fogo e do acordo para libertar os reféns”.

O repórter da BBC Wyre Davies escreveu, de Jerusalém, que o anúncio do Hamas, embora não tenha feito referência a Trump, pode ter sido uma forma de responder às propostas controversas do presidente americano para o futuro de Gaza.

Nesta terça-feira, após a escalada das tensões, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, endureceu o discurso e endossou Trump, afirmando “indignação com a situação chocante” dos três reféns libertados no sábado.

“Todos nós também acolhemos a demanda do presidente Trump pela libertação de nossos reféns até o meio-dia de sábado, e todos nós também acolhemos a visão revolucionária do presidente para o futuro de Gaza”, afirmou Netanyahu.

“A decisão que aprovei por unanimidade no gabinete é esta: se o Hamas não devolver nossos reféns até o meio-dia de sábado, o cessar-fogo será encerrado, e as IDF [Forças de Defesa de Israel, nas siglas em inglês] retornarão à luta intensa até que o Hamas seja finalmente derrotado.”

Na semana passada, em uma entrevista conjunta com Netanyahu na Casa Branca, Trump sugeriu que seu país poderia “assumir” a Faixa de Gaza e reerguer o território palestino até ele se tornar a “Riviera do Oriente Médio”.

O americano afirmou que vislumbra a suposta tomada do território pelos EUA como uma ocupação a “longo prazo”.

“Possuir aquele pedaço de terra, desenvolvê-lo, criar milhares de empregos. Vai ser realmente magnífico”, afirmou Trump.

Ele sugeriu também que os palestinos poderiam ser levados para fora de Gaza enquanto o território fosse restabelecido, indicando o Egito e Jordânia como possíveis destinos.

A proposta foi recebida com indignação e repúdio por líderes palestinos e países árabes em geral.

Netanyahu afirmou, por sua vez, que os planos de Trump são uma ideia “que vale a pena se prestar atenção”.

“Acho que é algo que poderia mudar a história.”

Os últimos reféns libertados no sábado (8/2) pelo Hamas

Os últimos reféns libertados no sábado (8/2) pelo Hamas© Hatem Khaled/Reuters

Ainda na segunda-feira, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, classificou a atitude do Hamas de uma “violação completa ao acordo de cessar-fogo e do acordo para libertar reféns”.

Katz ainda afirmou que o exército israelense está preparado para “qualquer cenário possível” em Gaza.

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A escalada das tensões coloca o acordo de cessar-fogo em uma “crescente pressão”, como escreveu Paul Adams, correspondente diplomático da BBC.

Adams lembra que as negociações sobre a fase dois do cessar-fogo ainda não começaram. “Na esteira da insistência do presidente Trump de que todos os palestinos devem sair e que os EUA pretendem assumir e reconstruir a Faixa de Gaza, o Hamas pode estar se perguntando o que há para negociar.”

“É muito cedo para dizer se esse processo cuidadosamente negociado e encenado está prestes a entrar em colapso – como muitos previram que aconteceria – mas, após um início majoritariamente positivo, ele está sob crescente pressão.”

“Para os palestinos, a perspectiva é assustadora”, escreveu Yolande Knell, correspondente da BBC para o Oriente Médio. “E as famílias dos reféns israelenses, que realizaram protestos em Tel Aviv na segunda-feira a noite, estão em crescente angústia”.

Trump dobra a aposta

A ameaça ao acordo de cessar-fogo feita pelo Hamas não fez com que Donald Trump recuasse sobre seus planos para Gaza. Pelo contrário.

O correspondente da BBC em Washington, Tom Bateman, escreveu, após uma entrevista coletiva de Trump na tarde desta terça-feira, que o presidente americano está “dobrando a aposta sobre duas coisas”.

A primeira, escreve Bateman, é sobre a ideia que envolve forçar cerca de dois milhões de palestinos a saírem de Gaza “antes que os EUA se tornem a potência ocupante para transformá-la em um resort no Mediterrâneo”.

A segunda é sobre o prazo estabelecido por Trump – meio-dia de sábado – para o Hamas libertar todos os reféns restantes ou “todas as apostas estão canceladas”.

Trump falou com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca, durante um encontro com o Rei Abdullah da Jordânia.

Bateman relata que Abdullah sentou-se, muitas vezes “parecendo desconfortável”, enquanto Trump reiterava suas propostas. Elas envolvem derrubar décadas de política estabelecida dos EUA sobre Israel e os palestinos e equivaleriam a uma clara violação do direito internacional, que proíbe a transferência forçada de populações.

Trump foi desafiado por um repórter sugerindo que seu plano para Gaza era uma limpeza étnica.

Ele contornou isso, dizendo: “Mudaremos eles para um lugar lindo onde eles tenham novas casas, onde possam viver com segurança, onde terão médicos e assistência médica e todas essas coisas. E acho que vai ser ótimo”.

O rei jordaniano, por sua vez, foi questionado sobre sua posição diante da ideia da tomada de Gaza por Trump.

“Vamos esperar até que os egípcios possam vir e apresentar [um plano] ao presidente [Trump]”, disse, acrescentando que ele precisa analisar o que é do melhor interesse de seu país, a Jordânia.

O Rei Abdullah disse que os líderes regionais se reunirão na Arábia Saudita “para discutir como podemos trabalhar com o presidente e com os Estados Unidos”.

O saldo até agora

No último sábado, quando o Hamas libertou três reféns israelenses de Gaza, e Israel libertou 183 prisioneiros palestinos, o acordo de cessar-fogo estava sendo cumprido, com as libertações feitas aos poucos.

Os três israelenses – Eli Sharabi, Ohad Ben Ami e Or Levy – foram entregues à Cruz Vermelha, com um oficial do Hamas e um representante da Cruz Vermelha assinando a documentação em um palco.

Preocupações foram levantadas mais tarde sobre sua saúde, com a família de Sharabi descrevendo seu choque com sua aparência “magra”.

O presidente israelense, Isaac Herzog disse, que os homens estavam “retornando após 491 dias de inferno, famintos, emaciados e doloridos”.

Enquanto isso, dos 183 prisioneiros palestinos libertados, sete foram internados no hospital em Ramallah devido a problemas de saúde, como informou o Clube dos Prisioneiros Palestinos à imprensa.

“Todos os prisioneiros que foram libertados hoje precisam de cuidados médicos, tratamento e exames como resultado da brutalidade a que foram submetidos durante os últimos meses”, disse Abdullah al-Zaghari, do Clube.

Até o momento, 16 reféns israelenses foram libertados, e centenas de prisioneiros palestinos. O acordo da primeira fase do cessar-fogo previa que 33 israelenses deveriam ser libertados.

Israel afirma que dos 17 prisioneiros que ainda não foram libertados, oito estariam mortos.

Cinco cidadãos tailandeses também foram liberados pelo Hamas, sob um acordo separado.

Como parte do acordo de cessar-fogo, Israel disse que libertaria cerca de 1.900 prisioneiros palestinos – centenas foram libertados até agora.

Paul Adams afirma que Israel tem suas próprias suspeitas sobre a lógica por trás do atraso ameaçado pelo Hamas. “O espetáculo de reféns emaciados sendo libertados no fim de semana levantou temores de que o Hamas pode não querer que o mundo veja outros em condições ainda piores.”

“É muito cedo para dizer se esse processo cuidadosamente negociado e encenado está prestes a entrar em colapso – como muitos previram – mas, após um início majoritariamente positivo, ele está sob crescente pressão.”

TRUMP SUSPENDE CONTRIBUIÇÃO DO USAID PARA O IBAMA

 

História de Paula Ferreira – Jornal Estadão

BRASÍLIA- O governo dos Estados Unidos suspendeu uma parceria com o Brasil para prevenção de incêndios florestais. A medida foi tomada após o decreto assinado pelo presidente americano Donald Trump, que suspendeu as atividades de assistência internacional.

Brigadas Federais atuam em Terras Indígenas com apoio da Funai Foto: Brigadistas indígenas/CIR

Brigadas Federais atuam em Terras Indígenas com apoio da Funai Foto: Brigadistas indígenas/CIR

O Serviço Florestal dos Estados Unidos executava no Brasil o Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios para treinamento de brigadistas. A iniciativa era financiada pela USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), que tem sido alvo de uma ofensiva de Trump pelo seu fechamento.

O programa não incluía repasse de recursos financeiros, mas apenas treinamento de profissionais, intercâmbio de experiências e a realização de estudos técnicos.

Na sexta-feira, 7, um juiz federal bloqueou a tentativa de Donald Trump de desmantelar a USAID. O presidente americano acusou a agência de corrupção e fraude sem apresentar provas. E escreveu “Feche isso” em suas redes sociais.

“O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) esclarece que recebeu e-mail informando que, devido a um decreto federal, nesse período de transição do governo dos EUA, as atividades de assistência internacional estariam suspensas por 90 dias”, afirmou o Ibama em nota.

Diante da interrupção da cooperação internacional, as atividades estão sendo reprogramadas pelo Ibama, pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), outro órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, pela Funai, vinculada à pasta dos Povos Originários. Os órgãos brasileiros farão uma análise para definir se manterão as reuniões previstas mesmo sem participação dos Estados Unidos ou se elas serão remarcadas.

O Ibama destaca que não há prejuízo direto na interrupção do programa, uma vez que as ações de prevenção e combate a incêndios são realizadas com recursos do orçamento da União, sem dependência de fontes externas.

“A paralisação das atividades da USAID não gera impacto direto no combate aos incêndios florestais no Brasil. O prejuízo envolve aspectos técnicos, em virtude da interrupção de algumas ações que poderiam contribuir para a reestruturação das instituições brasileiras, particularmente em termos de capacitação de profissionais”, explica o Ibama.

Ao Estadão, o presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, lamentou a interrupção do programa, mas disse que o Brasil faz o pleno combate aos incêndios com recursos próprios.

“Isso vai afetar o combate a incêndios esse ano? Não! Mas eu acho que é uma pena, porque o próprio Estados Unidos está sofrendo muito com o aumento dos incêndios”, afirmou.

Ele explica que um dos pontos fortes da parceria com os Estados Unidos era o contato frequente com as novas tecnologias desenvolvidas para o combate a incêndios e o intercâmbio de experiência com técnicos americanos.

“Acho uma pena que a cooperação internacional com os Estados Unidos esteja sendo jogada fora. Para o Ibama, ao longo dos anos, foi importante. Muita gente nossa foi capacitada”, disse.

A prevenção e o combate aos incêndios florestais é um dos principais desafios do governo brasileiro. Desde que assumiu, embora tenha conseguido reduzir os índices de desmatamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem acumulado problemas nas respostas à crise das queimadas no Brasil.

O número de focos em 2024 aumentou 146,4% em comparação com o ano anterior – a Amazônia registrou recorde no número de focos de fogo. Apesar da seca recorde e das mudanças climáticas, que intensificaram o quadro, especialistas apontaram na época que o governo falhou na prevenção.

Em nota, o Ibama disse ainda que a interrupção das atividades podem trazer consequências para as partes, “uma vez que a mudança do clima gera impacto a todos os países, como os incêndios florestais, para os quais todos precisam estar melhor preparados.”

SETOR SIDERÚRGICO DEVE REVISAR ESTRATÉGIAS DE EXPORTAÇÃO PARA OS EUA

 

História de Amanda Pupo – Jornal Estadão

BRASÍLIA – O Brasil está entre os países mais impactados pela decisão de Donald Trump de impor tarifas de 25% para o aço e o alumínio que entram nos Estados Unidos. Em memorando para orientar clientes do setor siderúrgico, o especialista em comércio exterior Welber Barral, sócio do Barral Parente Pinheiro Advogados, faz essa avaliação.

Ex-secretário de Comércio Exterior do Brasil e PhD em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo (USP), Barral sugere que, entre outras ações prioritárias, as empresas revisem cadeias de suprimento e contratos para lidar com o aumento potencial nos custos e monitorem possíveis alterações ou disputas legais que possam modificar ou suspender os efeitos da medida do republicano.

Outra recomendação é para que as companhias fortaleçam seus processos de compliance e documentação. A providência será importante para que as autoridades norte-americanas reconheçam corretamente a origem do aço, o que pode evitar eventuais penalidades.

.Tarifas de Trump para o aço e o alumínio impactam diferentes países (na foto, trabalhador em uma siderúrgica em Monterrey, no México, nesta terça-feira, 11) Foto: Julio Cesar Aguilar/AFP

Tarifas de Trump para o aço e o alumínio impactam diferentes países (na foto, trabalhador em uma siderúrgica em Monterrey, no México, nesta terça-feira, 11) Foto: Julio Cesar Aguilar/AFP

O escritório também sugere que as empresas realizem um mapeamento completo das exportações de produtos de aço e derivados para os EUA.

Tarifa considera onde o aço foi derretido

O documento destaca que as regras baixadas por Trump na segunda-feira, 10, enfatizam “fortemente” o critério de “melt and pour” para determinar a origem do aço. O aspecto é relevante porque o termo se refere ao local em que o aço é efetivamente derretido a partir de matérias-primas ou sucata e em que se dá o vazamento em sua forma primária (por exemplo, lingotes ou blocos).

Esse processo inicial de produção é o que determina a origem efetiva do aço, independentemente de quaisquer estágios adicionais de processamento ou acabamento em outro país.

Segundo o Barral Parente Pinheiro Advogados, se o aço foi derretido e vazado no Brasil, ele será considerado de origem brasileira, ainda que seja posteriormente laminado, cortado ou montado em outra localidade antes da exportação final aos EUA.

“Para o governo norte-americano, a procedência brasileira implica aplicação das tarifas de 25%, dado o encerramento dos acordos de cota ou redução”, apontou.

Entenda o que é o ‘transshipment’

Caso haja processamento adicional em um terceiro país para tentar evitar a tarifa (chamado transshipment), a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) deve intensificar a fiscalização para comprovar a origem real do aço, aplicando penalidades em casos de inconsistências, destaca o documento, lembrando que a CBP exige que o importador (e, de forma reflexa, o exportador) declare com precisão onde ocorreu o “melt and pour”.

“Recomendamos que as empresas do setor siderúrgico brasileiro revisem com urgência suas estratégias de exportação e cadeias de suprimento para identificar riscos e evitar interrupções após a entrada em vigor das novas medidas, em 12 de março de 2025?, diz o memorando assinado por Barral, que foi secretário de Comércio Exterior do Brasil de 2007 a 2011. Ele observa ainda que o aumento de custos de exportação para os EUA pode afetar diretamente a competitividade, as margens de lucro e os planos de expansão das empresas.

O documento também recomenda, que entre as estratégias de mitigação, as companhias negociem com importadores e clientes norte-americanos possíveis repasses de custo ou adequações de prazo. Será preciso considerar ainda o investimento em operações nos EUA para reduzir a dependência de importações sujeitas às novas tarifas.

Por que o Brasil é um dos mais impactados

O Brasil está entre os países que mais sofrerão com a repercussão da medida porque é um importante exportador da matéria aos EUA e, em 2018, conseguiu evitar a sobretaxa do aço ao negociar com Trump, em seu primeiro mandato, o estabelecimento de cotas para a exportação ao país.

Novamente à frente da administração norte-americana, o republicano resolveu com a decisão de ontem encerrar todos os acordos alternativos concedidos anteriormente ao Brasil e outros países como Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, União Europeia, Japão, México, Coreia do Sul e Reino Unido.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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