BRASÍLIA – O Ministério Público Federal (MPF) na segunda-feira, 3, um inquérito civil para apurar suposta falta de transparência do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
sobre informações de visitas dos filhos dele ao Palácio do Planalto e o
uso de um helicóptero presidencial no Alvorada. Segundo o procurador
Paulo José Rocha Júnior, o objetivo da investigação é “apurar supostas
irregularidades” da Presidência.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Foto: Wilton Junior/Estadão
“Apurar supostas irregularidades ocorridas na Presidência da
República, como a recusa em fornecer informações sobre a quantidade de
assessores à disposição e o uso de sigilo com relação à visita dos
filhos do presidente ao Palácio do Planalto, bem como em relação ao uso
do helicóptero presidencial e à alimentação no Palácio da Alvorada”, diz
Júnior no pedido de abertura do inquérito.
O Estadão procurou o Palácio do Planalto, mas não obteve retorno.
“É público e notório que a primeira-dama está exercendo função
pública, com intensa agenda de representação governamental e equipe de
apoio. O fato disso estar acontecendo sem as formalizações necessárias
não pode ser justificativa para desrespeitar o princípio da publicidade
da administração pública, a lei de acesso à informação e a lei de
conflitos de interesses. Ao contrário, a informalidade agrava a
situação”, disse o diretor-executivo da Transparência Internacional
Brasil, Bruno Brandão.
O Estadão também teve pedidos de informações
públicas recusados pelo governo. A equipe de reportagem solicitou
informações via Lei de Acesso à Informação (LAI) sobre pessoas que
acessaram o Palácio do Planalto com a intenção de ir ao gabinete da
primeira-dama e recebeu da Casa Civil da Presidência a resposta de que não existem registros disponíveis.
No último dia 14, o Estadão revelou documentos que mostram que estatais gastaram até R$ 83 milhões para a realização da cúpula do G20 e
do festival com show de artistas que ficou conhecido como
“Janjapalooza”. O orçamento do segundo evento mostra gastos descritos
como “jurídico / administrativo” que somaram R$ 543 mil, bem mais que as
passagens aéreas (R$ 248 mil) e as hospedagens dos convidados (R$ 188
mil). Os maiores gastos orçados foram com “cenografia / infraestruturas”
(R$ 7,9 milhões), e com “locação de equipamentos” (R$5,1 milhões).
Nesta quinta, 6, o líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS),
apresentou um pacote de pedidos de informação para que o governo
esclareça a atuação de Janja. As solicitações foram direcionadas aos
ministros Rui Costa (Casa Civil), Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento). O governo tem 30 dias para responder aos questionamentos.
“Se você vai no supermercado aí em Salvador, se você desconfia que
tal produto está caro, você não compra”, afirmou o presidente.
Em resposta, o deputado enumera uma série de situações em que se
determinado serviço ou produto estiver caro, não se deve adquirir ou
utilizar.
“Se a água está cara, é só não tomar banho. Se você está com fome, é
não comer. Se a conta de luz está cara, é só não ligar. Se a gasolina
está caro, é só não andar de carro. Se a passagem está cara, é só ficar
em casa. Se o presidente está ruim, é só tirar”, diz.
O vídeo, publicado na noite desta quinta-feira, já atingiu 49,5
milhões de visualizações no Instagram até às 16h desta sexta-feira, 7.
A publicação segue uma tendência de viralização das publicações
críticas do deputado ao governo Lula. No início de janeiro, um vídeo de
Nikolas Ferreira sobre a medida da Receita Federal sobre fiscalizações do Pix atingiu até esta sexta-feira, 326 milhões de visualizações no perfil do parlamentar no Instagram.
Nesse vídeo, Nikolas faz especulações sobre a possibilidade de
taxação das transações, lembrando de promessas não cumpridas pelo
governo no passado. “Não, o Pix não será taxado. Mas é bom lembrar que a
comprinha da China não seria taxada, foi. Não teria sigilo, mas teve.
Você ia ser isento do Imposto de Renda, não será mais”, disse. “Qual o
objetivo real dessas medidas? Arrecadar mais impostos, tirar dinheiro do
seu bolso.” O governo, com a repercussão, recuou da medida.
Oposição critica declaração de Lula
Nas redes sociais, tanto páginas de humor quanto políticos de oposição fizeram chacota com
a “solução” apresentada por Lula. Em uma das publicações, há a imagem
de uma mulher no supermercado em frente a prateleiras vazias, fazendo
gestos como quem pensa, com a legenda “eu escolhendo apenas os produtos
baratos no governo Lula”.
O deputado bolsonarista, que tem sido um dos principais
oposicionistas do presidente nas redes socais, também usou a declaração
para atacar o governo. Em outra publicação, a partir da referência ao
personagem Julius, da série americana “Todo mundo odeia o Chris”,
conhecido por gostar de obter os maiores descontos possíveis, Nikolas
fez uma montagem com o rosto de Lula, com a famosa frase dita pelo
personagem: “se eu não comprar nada, o desconto é bem maior”.
Um avião de pequeno porte caiu na manhã desta sexta-feira, 7, na Barra Funda, bairro da zona oeste de São Paulo. O piloto, Gustavo Medeiros, e o advogado Márcio Louzada Carpena não sobreviveram ao acidente que deixou outras seis pessoas feridas. A queda aconteceu na Avenida Marquês de São Vicente.
Ao Estadão, testemunhas relataram ter visto a
aeronave perder altitude e se chocar contra a via, gerando uma explosão.
O fogo se alastrou e atingiu um ônibus, cujos passageiros conseguiram
escapar sem ferimentos graves. Agentes da Força Áerea Brasileira (FAB)
especializados em investigar acidentes aéreos estiveram no local para
colher as informações iniciais para apurar as causas da queda da
aeronave. Veja o que se sabe até agora sobre o episódio.
Acidente de avião, que caiu na Barra Funda, provocou a morte de duas
pessoas e deixou outras seis feridas na manhã desta sexta-feira. Foto:
Werther Santana/Estadão
O acidente provocou quantas vítimas?
Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas, segundo o Corpo de
Bombeiros e a Defesa Civil. As duas vítimas que foram a óbito eram os
dois únicos ocupantes da aeronave: o piloto, Gustavo Medeiros, e o
advogado, Márcio Louzada Carpena. Entre os feridos, cinco estavam em um
ponto de ônibus. Um motociclista, que também estava próximo do local, se
machucou. Os seis tiveram ferimentos leves e foram atendidos.
Onde a aeronave caiu?
O avião caiu na Avenida Marquês de São Vicente, na altura do número
2.154, nas proximidades dos Centros de Treinamento do Palmeiras e do São
Paulo, na Barra Funda, bairro da zona oeste de São Paulo. Perto dali
está também a Escola Beit Yaacov, de identidade
judaica, localizada a 100 metros do local, no número 1.748 da avenida. A
via é uma das principais da região por fazer conexões com outras partes
da cidade, como o centro, e servir também de acesso para a Marginal
Tietê.
A queda atingiu algum veículo?
Imagens de monitoramento mostram a aeronave “mergulhando” na via em
alta velocidade, se chocando contra o chão e já provocando chamas por
conta da explosão. É possível ver que, no momento da queda, carros,
ônibus e motos circulavam perto do local, mas o avião não atinge
diretamente os veículos. Porém, o fogo provocado pelo acidente se
alastrou e atingiu um ônibus da concessionária Santa Brígida (8500/10 –
trajeto Pirituba – Barra Funda). O veículo ficou bastante danificado na
parte traseira, mas os passageiros conseguiram escapar sem ferimentos
graves.
Qual o modelo do avião?
O avião, de matrícula PS-FEM, era um modelo King Air F90, fabricado pela empresa Beech Aircraft,
em 1981. A aeronave é um bimotor turboélice, com cabine pressurizada e
peso máximo de decolagem de 4.967 kg. É classificado como um avião da
família de bimotores de pequeno/médio porte de alta performance para uso
executivo, e tinha capacidade de sobrevoar a uma velocidade máxima de
490 km/h.
Conforme informações do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o
avião tinha Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) com
validade até 9 de dezembro deste ano. O modelo é similar ao da aeronave
que se acidentou e provocou a morte da cantora Marília Mendonça e outras
quatro pessoas em novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, no
interior de Minas Gerais.
Qual foi a trajetória da aeronave?
O King Air F90 se deslocava de São Paulo para Porto Alegre, Rio
Grande do Sul. Ele partiu do Aeroporto Campo de Marte, na zona norte, às
7h17, e caiu cerca de 1 minuto depois na Avenida Marquês de São
Vicente, após sobrevoar por seis quilômetros.
A aeronave percorreu pouco mais da metade do caminho em linha reta,
sobre áreas residenciais e comerciais, mas não chegou a ganhar muita
altitude. Logo depois, fez uma curva abrupta para a esquerda, na altura
da Marginal Tietê. A queda do King Air F90 teria ocorrido às 07:17:59, quando foi registrado o último sinal da aeronave.
Já é possível saber a causa do acidente?
Ainda não. As investigações estão sendo realizadas pela Força Aérea
Brasileira, via Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos (Cenipa). Agentes do Quarto Serviço Regional de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV) – orgão
regional do Cenipa – estiveram na Barra Funda, no local do acidente,
para fazer a chamada Ação Inicial, quando se faz o levantamento inicial
de dados necessários para o processo de investigação. Essa parte da
apuração foi finalizada.
“O Cenipa informa ainda que, com a conclusão da Ação Inicial, os
elementos essenciais para análise da investigação foram removidos pelos
investigadores”, diz a FAB, em nota. “A investigação dessa ocorrência
aeronáutica continua, com o levantamento de outras informações
necessárias, a fim de identificar os possíveis fatores contribuintes”.
Os acidentes aéreos estão ficando mais frequentes?
Especialistas dizem ser difícil apontar apenas uma tendência por trás da alta.
Assim como acidentes aéreos não têm origem só em uma causa, mas em uma
combinação de fatores, os analistas apontam uma série de possibilidades
para explicar o cenário. Entre elas estão o maior número de voos, as
mudanças climáticas e o grande volume de registros por câmeras e de
disseminação de imagens em redes sociais, elevando a percepção de risco.
No entanto, o Brasil registrou, em 2024, o maior número de acidentes aéreosda série histórica do Painel Sipaer, que mostra ocorrências desde 2015. A plataforma é gerida pelo Cenipa, da Força Aérea Brasileira (FAB). Foram 175 acidentes e 152 mortes por este motivo no País no ano passado – o índice de fatalidade (número de mortes por quantidade de acidentes) também foi o maior dos últimos 10 anos, ficando em 86,9%.
Um voo da Azul Linhas Aéreas enfrentou grande turbulência devido às
condições climáticas, na quarta-feira, 5, no trajeto entre o arquipélago
de Fernando de Noronha e Recife, capital de Pernambuco. Passageiros
relatam momentos de pânico. Houve queda de objetos a bordo e uma
comissária de bordo ficou ferida. O tempo estava chuvoso na região.
A Azul disse em nota que o voo AD 4267 (Fernando de Noronha-Recife)
não sofreu qualquer problema técnico. A turbulência severa ocorreu
devido às condições climáticas, quando a aeronave orbitava no aguardo da
aproximação para o pouso. “Um dos tripulantes teve uma entorse no
tornozelo e recebeu atendimento médico após o pouso, que aconteceu
normalmente”, diz a empresa. A reportagem questionou a Força Aérea
Brasileira (FAB) sobre o incidente e aguarda retorno.
O comerciante Raimar Souza, que tem loja em Fernando de Noronha e
estava no voo, conta que o avião se aproximava do Recife quando sofreu
uma espécie de queda livre. “Havia turbulência, o avião balançava, mas
isso é normal, o problema foi que o avião desceu em queda livre. Sabe a
montanha russa quando dá aquela descida de gelar o corpo? Acho que o
avião perdeu a sustentação, mas o piloto conseguiu equilibrar.
Segundo ele, houve pânico entre os passageiros. “As aeromoças estavam
servindo água e era só bolsa voando, criança chorando, pânico total.
Como tenho comércio em Fernando (de Noronha), voo sempre para Recife e
as turbulências são comuns, mas como esta, nunca houve outra. Só tive a
real dimensão quando o avião pousou e vi a ambulância encostando”,
disse.
Imagens do rastreador de voos Fligt Radar 24, obtidas por Raimar,
mostram quando a aeronave da Azul faz várias manobras em círculo um
pouco antes de pousar no Recife. E também o sobe-desce provocado pela
turbulência.
Outros passageiros usaram as redes sociais para relatar suas
experiências no voo, gerando reações de internautas. Uma delas, que se
identificou como Caroline Gomes, disse que o tempo estava muito fechado.
“Recife está chovendo muito, então infelizmente já era de se esperar
que desse alguma turbulência.” Outros internautas ironizaram a situação.
“Faz parte. Quem tem medo de turbulência, vai de jegue”, comentou.
A Azul informou que está prestando toda a assistência necessária aos
clientes e tripulantes e “reforça que toda a operação de voo foi feita
em total segurança, valor primordial para a Azul”.
Rombo da Previ: veja perguntas da CNN que o fundo de pensão não respondeu
A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, deixou
de responder uma série de perguntas feitas pela CNN sobre o resultado
negativo de R$ 14 bilhões verificado no ano passado. Por dois dias, a
CNN insistiu em um pedido de entrevista com o presidente da Previ, João
Luiz Fukunaga, ou com outro porta-voz da entidade. Diante da recusa, a
reportagem encaminhou cinco questões à assessoria do fundo de pensão,
que não enviou respostas no prazo solicitado. Houve cinco
questionamentos: Em entrevista ao “Valor Econômico”, o presidente João
Fukunaga atribuiu a abertura de auditoria pelo Tribunal de Contas da
União (TCU) a “um movimento político que busca atacar sua gestão”,
segundo o jornal. Por que o presidente fez essa afirmação? Quem está à
frente desse movimento político? O ministro Walton Alencar (relator do
processo no TCU) faz parte desse movimento? Os ministros do TCU? A
unidade técnica do tribunal? O presidente coloca em dúvida o caráter
técnico da auditoria? Por que houve perdas de R$ 14 bilhões em 2024?
Para evitar essas perdas, a Previ não constituiu travas ou mecanismos de
proteção para os investimentos de seus beneficiários? Uma das razões
para a perda de R$ 14 bilhões foi a concentração da carteira em ações da
Vale. E um dos motivos para a queda das ações da Vale, em 2024, foi a
informação de que o governo estaria avaliando a indicação do ex-ministro
Guido Mantega para um cargo estratégico na mineradora. Por que a Previ
(que é acionista da Vale) nunca se posicionou a respeito? Apesar da
queda na Selic, ao longo de boa parte de 2024, as taxas de juros
continuaram acima de 5-6% em termos reais. Por que a Previ concentrou
seu portfólio tão fortemente em renda variável quando a renda fixa teria
garantido um retorno tão alto?
A revolução digital, impulsionada pela Inteligência Artificial (IA),
está redefinindo radicalmente o mercado de trabalho, e a área de
Tecnologia da Informação (TI) não é exceção. A demanda por profissionais
qualificados nunca foi tão alta, mas apenas a capacidade de programar
não é mais suficiente para garantir sucesso nessa área. O profissional
de TI do futuro precisa ser um indivíduo multifacetado, capaz de navegar
em um mar de dados e informações, e de entender as nuances da IA e da
automação, para citar apenas duas tendências do presente.
A escassez de mão de obra qualificada em TI é um problema global, e a
pandemia de COVID-19 apenas intensificou essa realidade. Segundo o
relatório “Future of Jobs Report 2025”, do Fórum Econômico Mundial, 63%
das companhias citam a falta de profissionais qualificados como
impedimento para seu negócio avançar. O desafio de habilidades persiste
em quase todos os setores e regiões geográficas, ficando em primeiro
lugar em 52 das 55 economias e em 19 dos 22 setores analisados.
Além disso, a aceleração da digitalização em todos os setores da
economia aumentou exponencialmente a necessidade por soluções
tecnológicas inovadoras. Entretanto, aumentar o número de programadores
não é a única resposta. É preciso formar profissionais mais completos,
capazes de lidar com o desafio crescente dos sistemas e aplicações e se
encarregar com o volume e a complexidade das tecnologias emergentes.
Há um aumento das tarefas intrincadas que os profissionais de TI
devem ser capazes de desempenhar. Não basta mais apenas desenvolver
códigos e sistemas. Se há 20 ou 25 anos era possível sobreviver
conhecendo mainframe ou COBOL, hoje não basta conhecer Python ou Java
para obter uma carreira estável e longeva. Agora é necessário também
interagir e trabalhar com grandes volumes de dados. A automação,
alimentada por IA, pode lidar com muitas tarefas repetitivas e
operacionais, liberando a força de trabalho para tarefas mais criativas e
de alto nível. Ela gera dados em uma velocidade sem precedentes, e os
profissionais precisam não só entender esses dados, mas também ser
capazes de analisá-los e tomar decisões estratégicas baseadas em
informações processadas automaticamente.
Tudo isso nos mostra que os profissionais de TI precisarão ter
habilidades em áreas como pensamento estratégico, design de soluções
complexas e gestão de processos, além de dominar as ferramentas
tecnológicas. A combinação de habilidades técnicas essenciais e
criativas será um diferencial importante aos que desejarem se manter
relevantes e competitivos no mercado de trabalho. Plataformas de
aprendizado contínuo, certificações e redes de colaboração também serão
cada vez mais essenciais para o desenvolvimento dos profissionais,
garantindo que eles não apenas acompanhem as mudanças, mas também as
liderem.
Do lado das organizações, a análise de dados e a IA estão
transformando a maneira como elas operam. Não existe atualmente uma área
de negócios que não possua uma camada digital. Da grande corporação ao
vendedor de bala em ação em um semáforo e que aceita PIX: a tecnologia
está presente, com foco central em eficiência e produtividade. Contudo,
existe ao mesmo tempo uma demanda por avanços ainda maiores, com a falta
de mais profissionais de TI exercendo um contraponto que freia uma
maior velocidade no ambiente tech. Neste sentido, a IA pode ser vista
como uma ferramenta de desafogo para diversos setores.
A IA é parte cada vez mais presente em nossas vidas, automatizando
tarefas e tomando decisões complexas. Os profissionais de TI precisam
entender como a IA funciona, quais são suas limitações e como utilizá-la
de forma ética e responsável. Eles não serão mais apenas técnicos, mas
também responsáveis por garantir que as soluções criadas sejam seguras,
justas e transparentes. As competências em ética digital e governança
serão essenciais, pois a habilidade de avaliar e mitigar riscos
tecnológicos será um diferencial competitivo importante no futuro.
Além da formação técnica, o profissional de TI do amanhã precisa
desenvolver habilidades sociais e de comunicação. A capacidade de
trabalhar em equipe, de se comunicar de forma clara e concisa, e de
entender as necessidades dos usuários são essenciais para o sucesso em
qualquer projeto. Soft skills como a criatividade, a inovação e a
capacidade de adaptação, também são altamente valorizadas pelas
companhias.
O futuro da TI é promissor, porém também desafiador. A ascensão dos
agentes de IA, que podem realizar tarefas complexas de forma autônoma, e
o desenvolvimento da computação quântica, que promete revolucionar a
capacidade de processamento de dados, vão exigir que os profissionais de
TI se adaptem constantemente. Esta última, aliás, nos ajuda a esboçar
um pouco mais a fundo o futuro.
A computação quântica promete transformar áreas como criptografia,
otimização e simulação, o que exigirá dos profissionais de TI um novo
conjunto de habilidades. Eles não apenas precisarão entender os
princípios fundamentais da física quântica, mas também se especializar
em linguagens de programação específicas e em arquiteturas quânticas que
ainda estão em desenvolvimento. Este é um campo emergente, e quem
estiver preparado para essa mudança poderá estar à frente de inovações
disruptivas.
Ao mesmo tempo, estar preparado e ser protagonista do próprio
desenvolvimento vale também para ferramentas hoje tidas como essenciais,
como o machine learning, as redes neurais e os sistemas de
recomendação. A habilidade de trabalhar com IA, seja para integrar
soluções em processos de automação, seja para melhorar a experiência do
usuário, é uma competência que não pode ser ignorada nem um minuto a
mais.
Desta forma, para se manterem relevantes no mercado de trabalho, os
profissionais de TI precisam investir em aprendizado contínuo. A
tecnologia evolui rapidamente, e é fundamental acompanhar as últimas
tendências e novidades do setor. A busca por cursos de especialização,
participação em eventos e comunidades online são algumas das formas de
se manter atualizado.
A área de TI é dinâmica e exige adaptação constante, mas as
recompensas são grandes. A IA, a automação e a computação quântica geram
um novo cenário, no qual habilidades tradicionais precisam ser
complementadas com uma abordagem mais holística, ética e estratégica.
Aqueles que souberem se adaptar a essas mudanças e adquirir as
competências certas estarão bem-posicionados para desempenhar papéis de
liderança nas inovações tecnológicas que estão por vir. O mercado de TI
está se transformando, e os profissionais que conseguirem se reinventar
serão os protagonistas dessa nova era.
*Jonatas Leandro é VP de Inovação da GFT Technologies no Brasil
Descubra o Marketplace Valeon do Vale do Aço: Um Hub de Empresas, Notícias e Diversão para Empreendedores
Moysés Peruhype Carlech – ChatGPT – Founder da Valeon
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sua indústria siderúrgica e seu ambiente de negócios dinâmico. Agora
imagine ter um único local onde você pode encontrar todas as informações
e recursos necessários para ter sucesso nesse ambiente competitivo.
Bem-vindo ao Marketplace Valeon do Vale do Aço – um hub online que
engloba empresas, notícias, diversão e empreendedorismo, oferecendo uma
plataforma única para empresários e gerando leads valiosos.
Um ecossistema empresarial abrangente:
O Marketplace Valeon do Vale do Aço reúne empresas locais de diversos
setores em um só lugar. Com uma interface intuitiva, os usuários podem
facilmente encontrar e se conectar com fornecedores, parceiros
comerciais e clientes potenciais na região. A plataforma oferece uma
ampla gama de categorias de negócios, desde indústrias tradicionais até
empresas inovadoras, garantindo que todos os empreendedores encontrem as
oportunidades certas para expandir seus negócios.
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Além de ser um diretório empresarial, o Marketplace Valeon do Vale do
Aço também oferece um fluxo contínuo de notícias e insights relevantes
para os empresários da região. Através de parcerias com veículos de
comunicação locais e especialistas em negócios, a plataforma mantém os
usuários informados sobre as últimas tendências, oportunidades de
mercado, mudanças regulatórias e eventos relevantes. Essas informações
valiosas ajudam os empresários a tomar decisões informadas e a se
manterem à frente da concorrência.
Diversão e engajamento:
Sabemos que a vida empresarial não é só trabalho. O Marketplace
Valeon do Vale do Aço também oferece uma seção de entretenimento e
lazer, onde os usuários podem descobrir eventos locais, pontos
turísticos, restaurantes e muito mais. Essa abordagem holística permite
que os empresários equilibrem o trabalho e a diversão, criando uma
comunidade unida e fortalecendo os laços na região.
Foco no empreendedorismo:
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espírito empreendedor. Além de fornecer informações e recursos valiosos,
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Geração de leads para os empresários:
Uma das maiores vantagens do Marketplace Valeon do Vale do Aço é a
capacidade de gerar leads qualificados para os empresários. Com um
público-alvo altamente segmentado, a plataforma oferece a oportunidade
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produtos e serviços oferecidos pelas empresas cadastradas. Isso
significa que os empresários podem aumentar sua visibilidade, expandir
sua base de clientes e impulsionar suas vendas de forma eficiente.
Conclusão:
O Vale do Aço é uma região cheia de oportunidades e empreendedorismo,
e o Marketplace Valeon do Vale do Aço se torna um recurso indispensável
para os empresários locais. Ao oferecer um ecossistema empresarial
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perca a chance de fazer parte dessa comunidade dinâmica e descubra o
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Moysés Peruhype Carlech
A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz
divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a
atenção para as seguintes questões:
• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou
pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.
• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas
para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.
• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.
• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.
• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se
expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação,
vendas, etc.
• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:
a) Digitalização dos Lojistas;
b) Apoio aos lojistas;
c) Captura e gestão de dados;
d) Arquitetura de experiências;
e) Contribuição maior da área Mall e mídia;
f) Evolução do tenant mix;
g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;
h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;
i) Convergência do varejo físico e online;
j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;
k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;
l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;
m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.
Vantagens competitivas da Startup Valeon:
• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar
rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a
Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando
para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.
• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos
contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam
dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses
parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do
Aço para os nossos serviços.
• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois
são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.
• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.
• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do
mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas
desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na
divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso
funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia,
inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande
empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar
tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos
manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em
como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.
• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de
divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu
faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao
site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.
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• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
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• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
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buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
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Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de
divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que
os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.
Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada
empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços,
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O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja
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ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
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oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa
livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua
empresa seja oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando
para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as
melhores marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que
pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa
plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é
muito abaixo do valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação
das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site
de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a
comunicação dos clientes com as lojas.
Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim
trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da
compra.
No país, as lojas online, que também contam com lojas
físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com
relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que
compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/) tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de
comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e
ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros
marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e
promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como:
empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de
produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais
do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós
somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos
tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história
ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
BRASÍLIA – O fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil
(Previ) soltou uma nota no fim da noite desta quarta-feira, 5,
classificando de ilações as suspeitas de falhas na gestão da entidades. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou ontem uma auditoria “urgentíssima” no fundo,
alegando potenciais prejuízos para os participantes e para o Banco do
Brasil após um dos planos administrados pela entidade apresentar deficit
de R$ 14 bilhões.
“Acerca das ilações de falhas na gestão, a entidade registra seu mais
veemente repúdio, pois afirmações rasas trazidas a público
desqualificam um assunto de relevada importância para milhares de
associados, e levam intranquilidade para pessoas que, em sua maioria, já
passaram dos 70 anos de idade”, diz a nota da Previ.
Segundo a Previ, o ano de 2024 foi de grande volatilidade. “Os planos
continuam em equilíbrio — muito por conta do bom resultado de 2023,
também construído pela atual gestão da entidade. Não há, portanto,
nenhum risco de equacionamento, nem de pagamento de contribuições
extraordinárias pelos associados ou pelo Banco do Brasil”, afirma a
Previ.
A Previ informou que não haverá necessidade de contribuições
extraordinárias pelo Banco do Brasil e pelos associados ao fundo de
pensão. Foto: Giovanni Nobile/BB Foto:
Nesta quarta-feira, o ministro Walton Alencar Rodrigues, do TCU,
afirmou que há “gravíssimas preocupações” sobre o desempenho do fundo,
uma vez que o plano 1, o mais antigo administrado pela entidade, deu
prejuízo de R$ 14 bilhões, após dois anos (2022 e 2023) seguidos com
resultados positivos acima de R$ 5 bilhões.
Desde o início do governo Lula a Previ é administrada por João Fukunaga, egresso do sindicato dos bancários de São Paulo.
“Foi pífio o desempenho dos planos da Previ para quase todas as
classes de investimentos”, afirmou o ministro Walton na sessão do TCU.
O presidente do TCU, Vital do Rêgo, determinou então uma auditoria
urgente – a Previ já passaria por um pente-fino segundo decisão do
próprio colegiado de meados do ano.
A Previ afirma na nota não comentar a decisão do TCU, mas diz que o
resultado negativo não levou à venda de ativos ou equacionamento (quando
um fundo tem que zerar o prejuízo imediatamente).
“O déficit de um determinado período não pode ser confundido com
prejuízo. São conceitos bem distintos. A Previ não precisou vender
nenhum ativo em 2024 para recompor suas reservas ou cumprir com suas
obrigações. Pelo contrário, segue saudável pagando mais de R$ 16 bilhões
em benefícios por ano, inclusive com recursos oriundos de dividendos
das empresas que possui em seu portfólio”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Foto: Wilton Junior/Estadão
“Uma das coisas mais importantes para a gente poder controlar o preço
é o próprio povo. Se você vai ao supermercado e desconfia que tal
produto está caro, você não compra. Se todo mundo tiver a consciência e
não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter de
baixar para vender, porque, senão, vai estragar”, afirmou Lula.
Segundo Lula, é preciso “educar” as pessoas para trocarem produtos
caros por baratos e não serem “extorquidas”. “Esse é um processo
educacional que nós vamos ter que fazer com o povo brasileiro. É
necessário que a gente faça isso. O povo não pode ser extorquido. A
pessoa sabe que a massa salarial cresceu, que o salário aumentou, aí
aumenta o preço. Não, é preciso ter responsabilidade.”
O novo ministro da Secom, que assumiu o cargo deixado por Paulo Pimenta no último dia 14, entrou na Esplanada visando corrigir os erros de comunicação cometidos por Lula, muito deles ocasionados por falas de improviso do chefe do Executivo.
A nova declaração de Lula sobre os preços dos alimentos, além de
municiar a oposição, foi um dos assuntos mais comentados do X (antigo
Twitter) nesta quinta, com a hashtag #LulaEnganouOPobre alcançando mais
de 30 mil menções.
“Se a água tá cara, é só não tomar banho. Se você está com fome, é só
não comer. Se a conta de luz está cara, é só não ligar. Se a gasolina
está cara, é só não andar de carro. Se a passagem está cara, é só ficar
em casa. Se o presidente tá ruim, é só tirar”, disse Nikolas no vídeo.
Também pelo X, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
reproduziu a declaração de Lula nas redes sociais dele. No final da
fala do petista, ele colocou um ponto de interrogação. O deputado
federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP),
filho do ex-presidente, também se posicionou e afirmou a orientação do
presidente seria mais uma “narrativa”. “As narrativas de Lula: não tem
inflação, culpa da inflação é do BC nomeado por Bolsonaro, culpa é do
empresário que quer lucrar, culpa é sua, consumidor, que compra coisa
cara”, disse o parlamentar.
Outros deputados do PL também partiram para o ataque contra o presidente. Filipe Barros (PL-PR) disse que a orientação de Lula era uma “façanha” e Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que o petista “zomba da população na cara dura”. José Medeiros (PL-MT), por sua vez, sugeriu que o chefe do Executivo deveria ganhar o Prêmio Nobel de Economia.
As críticas a Lula não ficaram concentradas nos políticos do PL. João Amoêdo,
ex-presidente do Novo e candidato à Presidência em 2018, disse que o
presidente “deveria trabalhar para reduzir suas despesas, em vez de
perder tempo com falas inúteis e sem sentido como essa”. “Quem realmente
extorque o povo brasileiro é o governo, com altos impostos e inflação
elevada”, declarou Amoêdo.
O deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS),
que integra um partido que compõe a base de Lula na Câmara, afirmou que
a declaração “parece deboche”. “Essa realmente foi a solução
apresentada por um presidente da República para reduzir o preço dos
alimentos”, completou.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), começou bem sua
gestão ao indicar que a retomada do rito legislativo ordinário será uma
de suas prioridades à frente da Casa pelos próximos dois anos. Como se
sabe, o antecessor de Motta no cargo, Arthur Lira (PP-AL), controlava
com mão de ferro a agenda legislativa, não raro usando suas
prerrogativas para dificultar, quando não interditar, o livre debate
democrático sobre determinados projetos. Com o mesmo poder concentrado
com que fazia avançar rapidamente matérias que lhe agradavam, por vezes
moldando o Regimento Interno aos seus humores, Lira podia enterrar
qualquer projeto que não se coadunasse com os interesses de ocasião de
seu grupo político.
Malgrado ter sido ungido pelo próprio Lira, Motta, ao que parece,
pretende caminhar na direção diametralmente oposta à de seu padrinho na
eleição para a presidência da Câmara. Sob sua gestão, segundo consta, o
trabalho das comissões temáticas será fortalecido, a pauta de votações
será mais previsível e mais bem articulada pelo colégio de líderes e o
recurso ao regime de urgência será mais parcimonioso. Tão profusas foram
as votações em regime de urgência durante os quatro anos em que Lira
presidiu a Câmara que a própria noção do que era ou não premente para o
País acabou prejudicada.
A rigor, o regime de urgência, que dispensa algumas formalidades
previstas no Regimento Interno, só deve ser adotado para projetos que
tratam da defesa da sociedade democrática e das liberdades fundamentais,
providências para atender a calamidade pública, declaração de guerra,
Estado de Defesa, Estado de Sítio ou intervenção federal nos Estados,
deliberação sobre acordos internacionais e fixação dos efetivos das
Forças Armadas, entre outros casos pontuais.
O que se viu nos últimos anos, porém, foi a conversão dessa
importante norma regimental – que deveria ser usada, por óbvio, com
extrema cautela e aguçado senso de prioridade – em uma espécie de burla
do trâmite legislativo ordinário para pôr em discussão ou votação
relâmpago matérias que nem com um enorme esforço interpretativo poderiam
ser consideradas “urgentes”. Exemplo gritante dessa exegese abusiva da
urgência, no melhor cenário, ou maliciosa, no pior, foi a tramitação do
Projeto de Lei (PL) 1.904/2024, que equipara aborto a homicídio simples.
A votação da “urgência” desse PL foi pautada por Lira sem aviso prévio;
a deliberação, chamemos assim, não durou mais do que 30 segundos até a
aprovação. Diante do “tratoraço” e da repercussão negativa na sociedade,
o PL 1.904 saiu da agenda, atestando que de urgente não tinha coisa
alguma.
Dito isso, Hugo Motta falha miseravelmente ao persistir no erro de
manter as votações remotas, realizadas por meio de aplicativo instalado
no celular dos deputados. Este foi outro subterfúgio usado por seu
antecessor para abastardar o debate na Câmara. Ninguém de boa-fé haverá
de discordar que as votações remotas serviram muito bem ao País durante a
pandemia de covid-19, pois era inconcebível a ideia de um Parlamento
fechado em plena emergência sanitária. Entretanto, superada a pandemia,
nada mais natural do que a retomada do trabalho presencial pelos
parlamentares.
É lamentável, portanto, o regime de trabalho defendido por Motta no
colégio de líderes. Segundo o presidente da Câmara, a presença dos
deputados no plenário da Casa só será exigida às quartas-feiras – e
apenas entre 16 e 20 horas. As sessões serão “híbridas” às
terças-feiras, vale dizer, com registro de presença física, mas votação
pelo celular. Já às quintas-feiras, tanto a presença como a votação
serão totalmente remotas, o que é um convite para que os deputados já
deixem Brasília na quarta-feira à noite.
A essência da democracia reside no livre debate entre os representantes da sociedade no locus apropriado,
o Parlamento. É dessa interação real entre deputados favoráveis ou
contrários a determinada matéria, por vezes acalorada por estarem uns
diante dos outros no plenário, confrontando argumentos, que emergem
textos mais equilibrados e ajustados às reais necessidades do País.
Milei transforma Argentina em grande experimento liberal, dizem economistas
Falar das particularidades e controvérsias da economia argentina já
virou um lugar comum. Ao longo das décadas, a capital Buenos Aires
passou da “Paris da América do Sul” para palco de protestos massivos,
com multidões batendo panelas contra a degradação das condições de vida.
Um novo capítulo dessa história começou em dezembro de 2023, com a
ascensão do economista Javier Milei ao comando do país e a transformação
da combalida economia argentina em um grande laboratório de
experimentos liberais. Economistas ouvidos pela CNN ressaltam o otimismo
que as propostas do atual presidente da Argentina promovem, por conta
de resultados como o equilíbrio das contas públicas, valorização do
câmbio em termos reais e o controle da inflação. “É um grande
experimento liberal que é ainda maior que o da [ex-primeira-ministra do
Reino Unido, Margaret] Thatcher. Ela estava só focada na economia, e o
Milei em uma série de outras coisas. Está sendo uma verdadeira
revolução”, diz Roberto Luis Troster, sócio da Troster & Associados e
ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Comparando a gestão de Milei com a de seus antecessores, Tony Volpon,
ex-diretor do Banco Central (BC) para Assuntos Internacionais,
professor-adjunto na Universidade de Georgetown e colunista do CNN
Money, observa que o atual mandatário “está tendo mais sucesso e talvez
tenha sucesso em realizar uma reforma mais duradoura”. Há décadas, a
Argentina enfrenta uma crise econômica generalizada. Inflação, câmbio
deteriorado e falta de dólares nos cofres públicos são alguns dos
fatores que limitaram a economia argentina nos últimos anos. E no cerne
de todos esses problemas, um fator em comum: gastos públicos elevados.
Para manter o nível de suas reservas, a Argentina ainda contraiu uma
dívida bilionária com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O
empréstimo, porém, também se tornou uma das pedras no sapato dos
argentinos à medida que o país foi encontrando dificuldades para honrar o
compromisso. Sucessivos governos passaram pela Casa Rosada sem
conseguir solucionar o problema. E quando Alberto Fernández,
ex-presidente da Argentina, indicou seu então ministro da Economia,
Sergio Massa, para ser seu sucessor, a nomeação não caiu nas graças do
eleitorado argentino. Quem ficou sob os holofotes na última corrida
presidencial argentina, em 2023, foi o libertário Javier Milei.
O outsider político do partido La Libertad Avanza (“a liberdade avança”,
em tradução livre) venceu Massa com cerca de 55% dos votos. “Milei
chegou em um ponto no qual a sociedade vivia uma desordem em função de
uma exaustão de um estilo de governança de esquerda. Houve a opção de
fazer algo radical e sair da mesmice, que em poucos anos de governo está
tendo um sucesso acima do esperado”, avalia Volpon. “Grande experimento
liberal” Milei prometeu uma agenda liberal que causaria um “choque
econômico” na Argentina por meio de robusto corte de gastos e
desregulamentações. Desde que assumiu o cargo, em dezembro de 2023, o
libertário chamou a atenção de diversos agentes econômicos, com sua
agenda sendo chamada de “experimento extraordinário” pela revista The
Economist. Pouco antes de Milei completar um ano no cargo, a publicação
britânica afirmou que o argentino está conduzindo um dos mais radicais e
extraordinários experimentos de liberalismo econômico desde a
primeira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher, que liderou o país
de 1979 a 1990. Em entrevista ao CNN Money, o ex-ministro da Fazenda,
Maílson da Nóbrega, observa que está ocorrendo “uma das experiências
mais incríveis deste século” ao olhar para a grama do vizinho. “Me
surpreende a dimensão das medidas, a maioria, ou quase, todas na direção
correta. Precisa livrar a Argentina do peso do populismo e da
irresponsabilidade que têm caracterizado o país pelos últimos 70 anos. A
Argentina é o único caso [recente] no mundo em que o país rico
empobrece, e Milei está indo na direção correta”, pontuou da Nóbrega. https://www.youtube.com/watch?v=zL7Ot-Ay2T4 Mas,
no fim das contas, quais são as “experiências” que ocorrem neste
“laboratório” de políticas liberais? Terapia de choque A Argentina
colheu seus primeiros resultados superavitários em anos ao longo de 2024
graças à política de austeridade fiscal de Milei. Ao cortar gastos com
programas sociais, reduzir a quantidade de ministros em seu gabinete e
buscar se desfazer de estatais, o presidente argentino afirma estar
promovendo uma maior “eficiência estatal”. “Como sempre, o mercado
entende que quanto mais liberalizado e desregulamentado melhor para a
atividade econômica. Menor intervenção do governo e maior restrição
fiscal geram crescimento, maiores lucros e, no fim, é melhor para a
bolsa”, pontua Mauro Rochlin, professor da Fundação Getulio Vargas
(FGV). Elena Landau, economista e advogada sócia da Sergio Bermudes
Advogados, ressalta que “o investidor privado não quer intervenção da
economia e não quer ser parceiro do Estado. A não ser o ineficiente, que
precisa de subsídio”. “Milei mostrou para a América Latina que quando
você quer, você pode mudar a cultura de dependência do Estado. É um
rompimento cultural, de mudar a relação da sociedade com o Estado, um
rompimento da carona que a elite leva no Estado”, pontua Landau ao CNN
Money. https://www.youtube.com/watch?v=6SEj7uKK6Ow A
advogada e Tony Volpon destacam a agenda, ainda em andamento, de
desregulamentações e privatizações proposta por Milei. O presidente da
Argentina adiantou nesta terça-feira (4) ao jornal La Nación que está
trabalhando num decreto que fechará ou realizará a fusão de 50 agências
do governo. O entusiasmo do mercado é claramente refletido no desempenho
do índice Merval, a bolsa de valores argentina. Como efeito da “terapia
de choque” de Milei, os superávits obtidos pelos cofres públicos
argentinos já impactam em uma estabilização da inflação e da disparidade
entre os câmbios oficial e o do mercado paralelo — o chamado dólar
blue. Em detrimento aos resultados positivos, porém, a pobreza e o
desemprego cresceram na Argentina após o corte de financiamento a
diversos programas sociais. “Assim como em toda revolução, há ganhadores
e perdedores. Mas, na média, a economia do país está melhorando. A
Argentina tem uma economia muito diferente, com uma crise contínua, país
crescendo pouco, inflação em alta, corrupção e Estado inchado. Por
tanto, é necessária essa reforma radical invés de um gradualismo”,
avalia Troster. “Mas quando você está preso num túnel e vê que a fila do
lado começa a andar, você se entusiasma. Se não está andando para
todos, está para alguns e isso dá entusiasmo para o resto”, conclui o
ex-Febraban. Volpon relembra que houve opções mais moderadas de ruptura,
como a gestão do empresário Mauricio Macri, que presidiu a Argentina
entre 2015 e 2019. O início de seu governo foi um casamento com o
mercado, ao promover ajustes fiscais que trouxeram um fôlego no primeiro
momento. O divórcio veio com a falta de sustentabilidade da política de
Macri, que enfrentou problemas políticos na metade final de seu mandato
e saiu do governo mal avaliado. “Houve opções mais moderadas, mas o
povo [argentino agora disse] ‘vamos tentar algo mais radical já que o
mais moderado fracassou’. É um risco, mas também havia o risco de ficar
tudo na mesmice. Apostas tem que ser feitas”, indaga o ex-BC. Troster e
Maílson da Nobréga ressaltam o fato de que, em detrimento do aumento da
pobreza e do desemprego no país, a população argentina continua
resiliente ao lado do presidente eleito em 2023. “Para minha surpresa, a
paciência do povo argentino é grande. Apesar de ter havido um aumento
da pobreza, a popularidade dele aumentou. Isso mostra como o povo
argentino se cansou dos efeitos desastrosos do partido peronista na
economia”, enfatiza o ex-ministro da Fazenda do Brasil. Com a política
adotada por Milei, a inflação acumulada da Argentina encerrou o ano
passado em 117,8%, após atingir um pico de 289,4% em abril de 2024.
Enquanto isso, em um ano, os resultados mensais caíram de uma alta de
preços de dois dígitos (25,5% em dezembro de 2023) para menos de 3%. Por
outro lado, o dólar valorizou 27,4% na cotação oficial do país,
enquanto o dólar blue cerca de 25%. Apesar da desvalorização nominal –
comparando quanto a divisa abriu e fechou no ano -, se corrigido pela
inflação, o câmbio argentino registrou um resultado positivo ao crescer
menos que os preços do país, o que, deste ponto de vista, significa que
valorizou. Com isso, Volpon argumenta que Milei “claramente está
entregando o que prometeu na campanha”. Armadilha cambial Porém, os
economistas ouvidos pela CNN acendem alertas, além do campo social, para
uma potencial armadilha cambial na qual o país pode cair — e já observa
sinais no seu cotidiano. Com essa “desvalorização controlada” do
câmbio, que ganha da inflação do país, os produtos comercializados por
lá acabam ficando mais caros na moeda norte-americana. No caso do
brasileiro que vai ao país vizinho, o efeito é ainda mais drástico tendo
em vista a desvalorização do real vista no final do ano passado.
Contudo, apesar de parecer positiva num primeiro momento, a valorização
do peso argentino comparada à inflação pode acabar se tornando um
problema para o país. “A apreciação do câmbio gera uma perda de
competitividade das exportações e aumenta o incentivo à importação. Além
disso, inibe o investimento”, afirma Patrícia Krause, economista-chefe
da Latin América Coface. Ao olhar para o cenário atual, Mauro Rochlin,
da FGV, relembra o período em que Carlos Menem comandou a Argentina, na
década de 1990. À época, Menem buscou conter a inflação no país
intervindo no câmbio e pareando os valores do peso argentino e do dólar
norte-americano. O período ficou popularmente conhecido pelos argentinos
como uno a uno (“um por um”, em tradução livre). Logo em seus primeiros
dias de mandato, Milei jogou o valor do câmbio oficial para as alturas,
de modo que ficasse mais próximo do dólar blue e buscando, dessa
maneira, equilibrar as duas cotações. “Naquela ocasião que ele [Menem]
adotou um câmbio fixo de um para um, aconteceu uma coisa parecida com
esse cenário que eu estou descrevendo [que pode ocorrer agora]. A
inflação foi controlada e, paulatinamente, a valorização do câmbio tirou
competitividade da exportação e reduziu a entrada de dólares”, explica
Rochlin. “O país se viu em situação de escassez de dólar e não conseguiu
segurar a paridade. A coisa explodiu”, conclui. Caso o cenário se
concretize, a Argentina voltaria a viver a espiral de falta de dólares
com a qual já teve de conviver. O economista da FGV aponta que, se de
fato chegar-se a esse ponto, pode ser muito complicado de reverter o
cenário pelas incertezas que ele impõe. “Se de fato a inflação for
controlada, com uma política fiscal restritiva, e isso inspirar maior
confiança, a Argentina pode, paulatinamente, retornar ao mercado
financeiro internacional e receber dólares por investimentos
estrangeiros, assim aliviando essa saída que ocorreria pelo lado
comercial. Mas não sei, é muito incerto, não é uma coisa que a ‘cartilha
preveja'”, ironiza. Para Patricia Krause, a solução seria saber a hora
de puxar o freio. “Encontrar o momento certo para levantar os controlos
cambiais e de capitais [cepo] é um grande desafio para 2025. Seria
importante constituir reservas cambiais antes da remoção do cepo para
poder fazer face a uma possível pressão de uma depreciação da taxa de
câmbio. Este último poderia reacender a inflação e comprometer todo o
plano econômico”, pontua a economista-chefe da Latin América Coface. “O
governo atualmente está em negociações com o FMI para um novo acordo,
visando aumentar as reservas para facilitar a retirada dos controles.
Logo, os laços mais estreitos com os Estados Unidos poderiam tornar mais
fácil para a Argentina chegar a um novo acordo, uma vez que o país tem o
maior poder de voto na instituição.” Na terça-feira, Milei reforçou que
deve encerrar as intervenções no câmbio ainda em 2025. Em uma
publicação no X, realizada já no domingo (2), o presidente argentino
respondeu a um usuário que “em 2026, não haverá mais cepo [na
Argentina]”. En 2026 no habrá más CEPO. — Javier Milei (@JMilei)
February 2, 2025 “O câmbio livre na Argentina tem muita importância. O
dólar é quase um fetiche na Argentina. O argentino viu no dólar um porto
seguro contra intervenções, confiscos do governo. Provavelmente isso
vai esfriar e colocar um fim à bolha da adoração ao dólar na Argentina”,
afirmou Maílson da Nóbrega ao CNN Money. Perspectivas O que os
economistas ouvidos pela CNN apontam é que o maior desafio de Milei é se
ele conseguirá garantir a sustentabilidade de seus feitos. “O grande
problema e solução é Javier Milei. Têm brigas desnecessárias que jogam
contra Milei. Mas, na média, está conseguindo fazer. Se a democracia e o
congresso ajudarem, a Argentina tem grandes chances de dar certo. Mas
ainda estamos na metade do primeiro tempo, tem chão pela frente”, afirma
Roberto Luis Troster. “Se fracassar, pode se esquecer de reformas e
revoluções por pelo menos muito tempo. Se der certo, é razoável esperar
mudanças aqui e na América Latina. Até agora tem conseguido, mas o jogo
ainda não acabou. Para dar certo, precisa diminuir o nível de
desemprego; lidar com a questão do cepo para abrir a economia (depende
muito de acordo com o FMI); e continuar com o apoio popular”, conclui o
ex-Febraban.