sábado, 1 de fevereiro de 2025

VOCES ACREDITAM QUE O GOVERNO LULA VAI CORTAR GASTOS?

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

O presidente Lula da Silva anunciou em português cristalino que, no que depender dele, “não tem outra medida fiscal”. Como tudo no governo depende dele, estão oficialmente encerradas as fantasias da equipe econômica, criadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que haveria medidas adicionais para conter gastos porque, em suas palavras, o pacote fiscal apresentado “não é suficiente”.

A sinceridade do presidente não só constrangeu Haddad (de novo), como deixou na chuva o novo presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo – que terá de levar em conta a evidente falta de disposição de seu padrinho para equilibrar as contas e facilitar o controle da inflação. Como já vinha acontecendo na gestão de Roberto Campos Neto, o BC seguirá sozinho na briga com a inflação, já que o governo decididamente não quer colaborar.

Mas Lula se esforçou para aparentar otimismo. Demonstrando uma confiança que raramente exibe diante de jornalistas, o presidente Lula comemorou o registro de um déficit fiscal de 0,09% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado. “Isso é déficit zero. Não é 2,5% como recebemos do governo anterior”, disse.

Há ao menos dois problemas nessa declaração. A primeira é que o cálculo mencionado pelo presidente desconsidera despesas com o combate a enchentes no Rio Grande do Sul e a incêndios na Amazônia e no Pantanal. Se esses dispêndios forem incluídos, o rombo sobe de R$ 11 bilhões para R$ 43 bilhões, ou 0,36% do PIB, acima, portanto, do limite inferior da meta, que permitia um déficit de até 0,25% do PIB.

A segunda é que seria injusto culpar o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo déficit que Lula da Silva diz ter herdado. Bolsonaro, por óbvio, nunca foi um exemplo na área fiscal, mas o fato é que sua administração deixou um superávit de R$ 54 bilhões nas contas públicas em 2022.

É bem verdade que o resultado teria sido negativo não fosse o calote nos precatórios. Mas até nisso – na busca de manobras para ampliar gastos sem contabilizá-los na meta alardeando um alegado compromisso fiscal – os dois políticos são mais parecidos do que gostariam de admitir.

Quem elevou o déficit para R$ 228,5 bilhões em 2023 foi o governo Lula da Silva, por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição e do pagamento das dívidas da União já reconhecidas pela Justiça represadas por seu antecessor.

Dito isso, a redução do rombo de 2023 para o de 2024 é falaciosa. Não seria factível diminuir o déficit em cerca de R$ 200 bilhões em apenas um ano e sem qualquer medida mais dura. O que houve foi uma ginástica financeira para jogar receitas e despesas de um ano para outro para piorar o resultado de 2023 e assim melhorar o de 2024.

Se fosse mera retórica política, vá lá. Mas o problema é que o presidente parece realmente acreditar que fez muito na área fiscal e que não será preciso fazer mais nada nessa seara. Os petistas costumam torturar os números para fazê-los exprimir o que lhes convém. Em outras palavras, o que importa, para o petista, é parecer que o arcabouço fiscal está sendo cumprido.

Não importa que vários gastos tenham sido contabilizados fora da meta, como o Pé-de-Meia, que as receitas que engordaram o caixa do Tesouro tenham sido extraordinárias ou que a trajetória da dívida pública esteja longe da estabilidade que a âncora fiscal deveria proporcionar.

Tampouco importa que as despesas com Previdência tenham sido quase R$ 30 bilhões maiores do que o governo estimava no ano passado, nem que os gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) tenham sido subestimados em R$ 7,6 bilhões. Não importa que os dispêndios com as duas rubricas tenham tido aumento real de 3,8% e de 14,9%, bem acima do limite do arcabouço fiscal.

Lula acha que só seu palavrório é suficiente para comprovar seu compromisso com a responsabilidade fiscal. Será sob essas condições, e de olho no horizonte eleitoral de 2026, que o petista diz que quer entregar “o menor déficit possível”, o que literalmente significa qualquer coisa. O País que lide com as consequências dessa decisão.

DÍVIDA BRASILEIRA ALCANÇA 76,1% DO PIB - GASTA MAIS DO QUE ARRECADA

 

História de Vitória Queiroz – CNN Brasil

Dívida Bruta do Brasil sobe e alcança 76,1% do PIB

Dívida Bruta do Brasil sobe e alcança 76,1% do PIB

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) – que inclui Governo Federal, Instituto Nacional do Seguro Social e governos estaduais e municipais – atingiu R$ 8,984 trilhões em 2024. O número equivale a 76,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. O resultado representa uma alta de 2,2 pontos percentuais na relação DBGG/PIB de 2023, quando somou R$ 8,079 trilhões. Os dados constam no relatório de Estatísticas Fiscais do Banco Central nesta sexta-feira (31). Já a Dívida Líquida do Setor Público alcançou 61,1% do PIB (R$7,2 trilhões) em 2024, com elevação anual de 0,7 pontos percentuais do PIB. Déficit primário O setor público consolidado — formado por estados, união e municípios — registrou déficit primário de R$ 47,6 bilhões em 2024, o equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB). No ano anterior, o déficit somou R$ 249,1 bilhões. https://www.youtube.com/watch?v=s1ddixW8zqI Veja trajetória do resultado primário: 2020: déficit de R$ 702,9 bilhões; 2021: superávit de R$ 64,7 bilhões; 2022: superávit de R$ 126 bilhões; 2023: déficit de R$ 249,1 bilhões; 2024: déficit de R$ 47,6 bilhões. O resultado nominal do setor público consolidado — que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados — foi deficitário em R$ 998 bilhões em 2024 (8,45% do PIB) ante R$967,4 bilhões (8,84% do PIB) em 2023. Em dezembro, o déficit nominal somou R$80,4 bilhões ante a R$193,4 bilhões no mesmo período do ano anterior.

O Brasil deve dinheiro a investidores, instituições financeiras, fundos de pensão e fundos de investimento. O governo federal contrata a dívida pública para financiar o déficit orçamentário e realizar operações específicas. 

Os principais detentores da dívida pública federal são: Instituições financeiras, Fundos de pensão, Fundos de investimento. 

O governo se compromete a devolver o dinheiro emprestado após alguns anos, com correção. A correção pode ser baseada na taxa Selic, na inflação, no dólar ou ser prefixada. 

O Brasil também deve dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI), uma instituição supranacional.

GOVERNO QUER USAR O FGTS PARA EMPRÉSTIMOS

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

O governo Lula convocou os bancos privados para discutir uma proposta de utilização do FGTS como eventual garantia extra na concessão de crédito consignado, uma roupagem nova para a velha estratégia petista de estimular o consumo via crédito “barato”.

Os bancos passariam a ter acesso direto aos dados das folhas de pagamento dos cerca de 40 milhões de trabalhadores em regime CLT. Em contrapartida, esses bancos se comprometeriam a respeitar um “teto” de juros para este novo tipo de empréstimo, tal como no consignado INSS – ideia que por óbvio rechaçam.

Como a Selic não para de subir para tentar conter a inflação que teima em ficar acima da meta, o governo busca opções para reduzir os juros ao trabalhador, aquele que perde cada vez mais poder de compra.

Para tentar baratear o crédito, entrou em ação o voluntarioso ministro do Trabalho, Luiz Marinho, com mais uma engenhosa proposta de utilização do FGTS.

Inicialmente contrário ao chamado saque-aniversário do fundo, criado durante o governo de Jair Bolsonaro, Marinho defendia a extinção dessa modalidade que, segundo ele, desvia o fundo de sua missão: garantir uma poupança ao trabalhador e financiar o setor de habitação.

Curiosamente, agora Marinho não vê desvio de finalidade do FGTS no consignado para celetistas, projeto que teria a marca dele, o que demonstra que seu real interesse nunca foi o de proteger a missão expressa do fundo.

Não é exatamente uma novidade. Desde que o governo de Michel Temer liberou o saque de contas inativas do FGTS para reaquecer a economia, não param de surgir ideias de utilização desses recursos para fins que nada têm a ver com a função para a qual eles foram concebidos.

Como a eliminação do saque-aniversário é improvável – já se popularizou e é atraente para os bancos –, o governo evitou tocar no assunto após a reunião com as instituições financeiras. Estas, por sua vez, têm “antecipado” a parcela do FGTS que os trabalhadores podem resgatar anualmente, quando fazem aniversário, obviamente cobrando juros.

Para os bancos, o saque-aniversário é um negócio de baixo risco. Por essa razão, não veem necessidade de que tal modalidade seja substituída pelo consignado FGTS. Ao contrário, entendem que ambas podem conviver, pois atenderiam públicos distintos.

Já o segmento de construção, crítico de longa data do saque-aniversário, não tem interesse em ver compartilhados mais recursos do FGTS, uma fonte consolidada e mais barata de financiamento para esse setor.

Os arroubos criativos em torno do FGTS, que ampliam o escopo de utilização do fundo, acabam por diminuir os recursos disponíveis para a poupança do trabalhador e para a construção de moradias.

A verdade é que o principal interessado nesse imbróglio segue sem voz. Forçado a investir em um fundo ao qual não tem acesso e que remunera muito mal, o trabalhador vê governos abusarem da criatividade sobre a utilização do FGTS. Estivessem verdadeiramente interessados nos proprietários do fundo, permitiriam que os trabalhadores realmente ao menos pudessem decidir o que fazer com ele.

TRUMP AUMENTA AS TARIFAS DE IMPORTAÇÃO PARA CANADÁ E MÉXICO

 

História de Welber Barral – Jornal Estadão

Em 2009, o Brasil foi autorizado pela Organização Mundial do Comércio a retaliar contra importações originárias dos Estados Unidos. A autorização derivava da vitória brasileira no caso do algodão, que não fora cumprido pelos EUA. A retaliação, naquele momento, seria na forma de tarifas adicionais à importação de bens norte-americanos. O Brasil se encontrou no dilema, porque uma parte relevante dos bens importados dos Estados Unidos era necessária para sua indústria, ou se referia a matérias-primas e petróleo.

Este dilema será enfrentado agora por Canadá e México. Ambos os países prometeram retaliar imediatamente, se as ameaças de imposição de tarifas por Trump forem de fato implementadas.

Estão em situação pior até do que o Brasil, porque têm indústrias extremamente integradas no âmbito do acordo de livre comércio da América do Norte (USMCA) com cadeias produtivas espalhadas pelos três países.

Tarifas como as criadas agora pelos EUA, além de provocar danos às indústrias mexicana e canadense, têm efeito inflacionário Foto: Judi Bottoni/AP

Tarifas como as criadas agora pelos EUA, além de provocar danos às indústrias mexicana e canadense, têm efeito inflacionário Foto: Judi Bottoni/AP

Além de provocar danos às indústrias nacionais mexicana e canadense, tarifas têm efeito inflacionário, uma vez que são imediatamente repassadas aos preços para os importadores.

Do lado norte-americano, ainda há dúvidas sobre as verdadeiras intenções de Donald Trump, useiro de instabilidade para arrancar concessões de parceiros comerciais. Há uma chance de que compromissos imediatos dos Estados Unidos e do México, sobretudo no que se refere à imigração e ao fetanil, possam permitir a Trump cocoricar vitória, postergando as medidas.

Outro dado interessante é a tarifa menor, de 10%, anunciada sobre as importações da China. Na prática, parte considerável dos bens de consumo dos Estados Unidos advém da China, e a implementação efetiva da tarifa levará também a um impacto inflacionário que, recorde-se, foi fator determinante nas duas últimas eleições norte-americanas.

No cenário internacional, e mesmo entre os democratas, há uma estupefação quanto ao rigor das medidas anunciadas. E uma expectativa de muitos países de que, pelo menos por enquanto, não sejam objeto da atenção imperial de Donald Trump.

DILEMA DAS EMPRESAS QUE INVESTAM NO CANADÁ E NO MÉXICO COM O AUMENTO DAS TARIFAS DE IMPORTAÇÃO DOS EUA

 

História de Eshe Nelson, Patricia Cohen e River Akira Davis – Jornal Estdão

A proposta do México para as empresas que estavam pensando em entrar no mercado americano era simples. Preocupado com cadeias de suprimentos vulneráveis? Precisa reduzir sua dependência da China? Deseja um local econômico próximo aos Estados Unidos com regras comerciais favoráveis? Experimente o México.

Milhares de empresas, desde empresas familiares até marcas poderosas, na Ásia, na Europa e em outros lugares, fizeram exatamente isso nos últimos anos. Adidas, Samsung, Honda, Hyundai, Nestlé, Volkswagen, Volvo, Lego e outras empresas lotam os parques industriais do México.

Esse desfile cresceu após os pesadelos da cadeia de suprimentos relacionados à pandemia e às crescentes tensões políticas entre os Estados Unidos e a China. O Canadá – um parceiro importante na rede de produção norte-americana – também se beneficiou. No ano passado, a Honda anunciou planos para investir cerca de US$ 11 bilhões (R$ 64 bilhões) em novas fábricas de produção de veículos elétricos e baterias em Ontário, juntamente com suas instalações existentes. A Toyota e a Volvo também têm fábricas no Canadá.

Mas agora, a ameaça do presidente Trump de impor uma tarifa de 25% sobre todas as importações do México e do Canadá já no sábado atingiu as empresas como uma tempestade de gelo no

verão.

Uma instalação em Nuevo León, México, para a gigante da tecnologia Lenovo, uma das muitas empresas chinesas com operações no México Foto: Luis Antonio Rojas/NYT

Uma instalação em Nuevo León, México, para a gigante da tecnologia Lenovo, uma das muitas empresas chinesas com operações no México Foto: Luis Antonio Rojas/NYT

“Se você é um diretor de investimentos sentado em uma suíte C, como você decide onde vai colocar dinheiro?”, perguntou Mary E. Lovely, membro sênior do Peterson Institute for International Economics, em Washington.

O próprio presidente Trump assinou um novo pacto comercial com o México e o Canadá em 2020 durante seu primeiro mandato. Agora ele está, de fato, rasgando esse contrato.

Isso é desorientador para qualquer empresa, disse Lovely, porque os acordos comerciais têm o objetivo de criar “espaços seguros” para investimentos de longo prazo.

Trump também disse que imporia novas tarifas de 10% sobre todas as importações da China a partir de sábado.

Até o momento, outros parceiros comerciais asiáticos e europeus escaparam da primeira rodada de prazos comerciais presidenciais.

No entanto, eles ainda precisam se preparar para as consequências inesperadas das tarifas impostas ao México e ao Canadá.

Somente o Japão tem mais de 1,3 mil empresas operando no México, sendo que mais da metade delas está no setor de manufatura. Alguns são fornecedores automotivos que transferiram a produção da China durante o primeiro mandato de Trump, quando ele iniciou uma guerra comercial com Pequim. Em novembro, a japonesa Toyota disse que investiria mais US$ 1,45 bilhão (R$ 8,45 bilhões) em suas duas fábricas no México.

Mais fábricas estão a caminho. Em outubro, a gigante taiwanesa de eletrônicos Foxconn anunciou planos para construir uma megafábrica no México para produzir chips Nvidia.

“É irônico, porque houve uma grande resposta às primeiras tarifas para reestruturar as cadeias de suprimentos, e agora você está basicamente punindo os países que se beneficiaram desse ajuste”, disse Albert Park, economista-chefe do Banco Asiático de Desenvolvimento.

Na Honda, um executivo disse que houve um sentimento de descrença quando Trump alertou sobre as tarifas sobre produtos não apenas do México, onde a Honda opera uma fábrica de automóveis em Celaya, mas também do Canadá.

O México é o maior exportador de peças automotivas para os Estados Unidos. A Honda, por exemplo, produz cerca de 200 mil veículos no México e envia cerca de 160 mil deles para os Estados Unidos. As montadoras americanas, como a General Motors e a Ford Motor, que têm grandes fábricas no México e no Canadá, seriam afetadas de forma semelhante pelas tarifas.

Em uma coletiva de imprensa em novembro, o vice-presidente executivo da Honda, Shinji Aoyama, disse que as tarifas de longo prazo seriam assustadoras. “As empresas podem de fato parar de produzir no México?”, perguntou ele. “Isso é realmente difícil de fazer”.Um carro da BYD na Cidade do México. A fabricante chinesa de veículos elétricos está de olho em uma unidade de produção no México Foto: Benedicte Desrus/The New York Times

Um carro da BYD na Cidade do México. A fabricante chinesa de veículos elétricos está de olho em uma unidade de produção no México Foto: Benedicte Desrus/The New York Times

O México também abriga outros grandes fabricantes que produzem equipamentos aeroespaciais, eletrônicos, eletrodomésticos e muito mais. O país é o maior exportador de dispositivos médicos para os Estados Unidos.

Centenas de empresas chinesas, incluindo a fabricante de eletrônicos Lenovo e a montadora Chery, também migraram para o México na esperança de evitar as tarifas. A BYD, principal empresa de veículos elétricos da China, está procurando um local de produção no país.

Todas essas empresas – sejam elas da Ásia, da Europa ou dos Estados Unidos – também teriam de lidar com quaisquer taxas adicionais sobre os componentes que importam da China, que continua sendo a principal fonte de muitas das peças, ferramentas e equipamentos.

Trump disse que as ameaças tarifárias mais recentes tinham o objetivo de ajudar a interromper o fluxo de migrantes e fentanil. Um objetivo de longo prazo, no entanto, é pressionar as empresas a construírem mais fábricas não apenas perto das costas americanas, mas nelas.

“Venha fazer seu produto nos Estados Unidos”, disse Trump em um discurso televisionado no Fórum Econômico Mundial este mês. Caso contrário, “vocês simplesmente terão de pagar uma tarifa”.

Muitas empresas já fizeram isso. Algumas foram em resposta a ameaças de tarifas; outras, a padrões comerciais em mudança.

No ano passado, a Reckitt, uma empresa britânica, citou os congestionamentos de transporte para sua decisão de transferir parte da produção do Mucinex – seu medicamento de venda livre mais vendido nos Estados Unidos – do México e da Grã-Bretanha para a Carolina do Norte. Depois que a pandemia interrompeu a temporada de gripes e resfriados e levou a um baixo nível de suprimentos, a empresa queria ter certeza de que poderia colocar o Mucinex nas prateleiras das lojas mais rapidamente.

A Lego, da Dinamarca, a maior fabricante de brinquedos do mundo, tem sua maior fábrica no México. Em 2022, ela anunciou planos para construir uma fábrica na Virgínia. O motivo, segundo a Lego, era encurtar sua cadeia de suprimentos e se aproximar dos centros de transporte da Costa Leste.

Em 2017, a Toyota se comprometeu a investir US$ 10 bilhões (R$ 58,3 bilhões) em fabricação nos EUA ao longo de cinco anos, logo após o presidente Trump, durante seu primeiro mandato, ameaçar emitir tarifas contra a empresa. A Toyota está construindo uma unidade de fabricação de baterias na Carolina do Norte e, em 2021, abriu uma fábrica de veículos no Alabama que opera com a Mazda.

As últimas ameaças de Trump estão mais uma vez levando as empresas a considerar suas opções. Entre elas estão duas gigantes sul-coreanas do setor de eletrônicos.

A LG Electronics e a Samsung Electronics estão considerando transferir parte de sua produção de eletrodomésticos para os Estados Unidos, de acordo com relatos da mídia local. Os porta-vozes de ambas as empresas não quiseram comentar.

A Mazda, que envia cerca de 70% dos veículos que fabrica no México para os Estados Unidos, disse que poderia transferir parte dessa produção para a fábrica do Alabama que administra em conjunto com a Toyota.

No entanto, para muitas empresas, transferir uma grande parte da produção para os Estados Unidos não é realista, disse Agathe Demarais, membro sênior de políticas do Conselho Europeu de Relações Exteriores.

Os custos são muito altos. Os trabalhadores americanos não estão dispostos a aceitar os baixos salários que inicialmente levaram as empresas a se mudarem para países como o México.

A Mazda e a Toyota já tiveram dificuldades para aumentar a produção em sua fábrica conjunta nos EUA devido à falta de trabalhadores.

Atualmente, disse Demarais, as grandes corporações podem fazer o possível para ficar fora do radar e aguardar o mandato de Trump. Abrir uma grande unidade de produção exige bilhões de dólares e muito tempo.

E os líderes empresariais podem ter receio de investir nos Estados Unidos quando a política é tão imprevisível. Na semana passada, por exemplo, o presidente inesperadamente levantou a possibilidade de dobrar os impostos sobre cidadãos e empresas estrangeiras.

O mais importante, disse Demarais, é que as empresas reconheçam que o comércio global está sendo cada vez mais organizado em torno de rotas comerciais que refletem a crescente rivalidade entre os Estados Unidos e a China – como a regional que envolve o México e o Canadá.

MEI DEVEM ESTR ATENTOS ÀS SUAS OBRIGAÇÕES FISCAIS PARA GARANTIR A REGULARIDADE DA EMPRESA

 

MEI também tem obrigações fiscais | Confira os procedimentos e prazos exigidos dos profissionais 

Luan Stocco, CTO da vhsys, empresa de tecnologia especializada em soluções de gestão empresarial online.

Apesar do regime simplificado, microempreendedores individuais devem estar atentos às rotinas e taxas da empresa neste início do ano

Neste início de ano, os microempreendedores individuais (MEIs) devem estar atentos às suas obrigações fiscais para garantir a regularidade das atividades da empresa. Embora o regime simplificado ofereça muitos benefícios, como valores fixos e baixa tributação, há certos prazos e procedimentos que o MEI deve cumprir. 

“A conformidade com os compromissos fiscais e legais garantem tranquilidade ao empreendedor, evitando multas e auxiliando no crescimento dos negócios. Por isso, é preciso ficar ligado desde o começo do ano para se manter em dia com mensalidades e taxas”, comenta Luan Stocco, CTO da vhsys, empresa de tecnologia especializada em soluções de gestão empresarial online.

A primeira e mais importante rotina é preencher a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI), que deve ser entregue até o último dia de maio. Esse documento tem a função de informar à Receita Federal o faturamento do MEI no ano anterior, e, mesmo que o empreendedor não tenha gerado receita, a declaração precisa ser realizada com o valor zero, garantindo que o negócio se mantenha regular.

Caso o MEI ultrapasse o teto de R$ 81 mil no ano anterior, será necessário realizar a transição para outro regime tributário, como o Simples Nacional. Essa mudança demanda um planejamento adequado e o acompanhamento de um contador para ajustar a tributação e garantir que a transição seja feita de maneira correta.

Além disso, os profissionais precisam estar em dia com os pagamentos mensais das contribuições, que englobam o INSS e outros impostos devidos, conforme a categoria de atividade. Os valores das guias são fixados até o dia 20 de cada mês, e o não cumprimento desse prazo pode acarretar multas e juros, além de prejudicar a situação fiscal da empresa.

“Estar em dia com esses compromissos garante que o empreendedor aproveite ao máximo os benefícios da formalização, como acesso a linhas de crédito, segurança previdenciária e credibilidade no mercado. Organização, atenção aos prazos e conhecimento das regras são os pilares para começar e manter o negócio com o pé direito”, finaliza Luan.

Sobre a vhsys

A vhsys é uma empresa de tecnologia especializada em soluções de gestão empresarial online, direcionadas para micro e pequenos negócios. No mercado desde 2011, a vhsys já ajudou a simplificar a gestão de milhares de empresas, com mais de 22 milhões de notas fiscais emitidas e R$ 60 bilhões movimentados, tudo por meio do sistema.

O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                             

Moysés Peruhype Carlech  – Founder da Valeon

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

OS CORREIOS FIGURAM COMO O GRANDE VILÃO DO DÉFICIT DAS ESTATAIS EM 2024

 

História de Eduardo Vargas – Isto É Dinheiro

Os Correios figuram como o grande ‘vilão’ do déficit das estatais no acumulado de 2024.

Segundo os dados do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), no acumulado do ano anterior o prejuízo dos Correios foi de R$ 2,13 bilhões, que somado aos mais de R$ 830 milhões de investimentos, acarretou em um déficit de R$ 3,2 bilhões.

Logo em seguida, aparece a Emgepron, com R$ 1,9 bilhão de déficit.

Com isso, o resultados financeiros dos Correios representa metade do déficit total de 20 empresas estatais federais, que somou R$ 6,3 bilhões (desconsiderando exceções previstas no orçamento) – cálculo que excetua as estatais de grande porte, como a Petrobras e o Banco do Brasil.

Outras estatais que geram preocupação ao governo por conta do déficit incluem a Infraero, responsável pela administração de aeroportos, e a Casa da Moeda. A Infraero somou R$ 188 milhões em investimentos, ao passo que a Casa da Moeda demandou R$ 133 milhões.

As estatais federais registram um deficit primário de R$ 4,04 bilhões em 2024, em resultado que diz respeito às empresas que entram na meta fiscal.

Em nota divulgada hoje, o MGI diz que os dados ‘ratificam a avaliação que tem sido feita pelo MGI de que os déficits registrados pela maior parte das estatais no cálculo do resultado primário são, em grande parte, decorrentes dos investimentos realizados pelas empresas e não de prejuízos’.

“No cálculo geral, contudo, o déficit também foi influenciado pelo resultado dos Correios”, diz a pasta.

O ministério ainda afirma que os Correios influenciaram e reforça haver uma autorização da LDO para deficit de até R$ 7,3 bilhões das estatais federais no ano.

“O número difere dos valores divulgados mensalmente pelo Banco Central do Brasil porque, nas contas da instituição, não são excluídos os investimentos do PAC, nem os resultados do grupo ENBPar. Além disso, diferenças metodológicas na coleta e cálculo dos dados podem levar a resultados finais diferentes, mas ambos consistentes.”

O ministério aponta que o investimento das empresas estatais federais cresceu 44,1% em 2024 ante o ano anterior, chegando a R$ 96,18 bilhões. Em relação a 2022, o crescimento foi de 87,2%.

A expectativa é de que o Banco Central divulgue na sexta-feira, 31, o resultado das estatais federais em 2024. Segundo a instituição, o resultado acumulado até novembro de 2024 foi um saldo negativo de R$ 6 bilhões. Apenas em novembro, o prejuízo somou R$ 1,6 bilhão.

LDO autorizou déficit de até R$ 7,3 bilhões

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 autorizou um déficit de R$ 7,3 bilhões ao longo do exercício, e também autorizou excluir do cálculo do déficit os investimentos em ações do PAC (que foram de R$ 1,9 bilhão no período) e os resultados primário dos grupos ENBPar (que registrou déficit de R$ 463,13 milhões) e Petrobras (que, sozinho, registrou superávit primário de R$ 45,2 bilhões no ano).

PENDURICALHOS NO TJ-SP APROVEITA DE FUNDO BILIONÁRIO

 

História de BRUNO RIBEIRO – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Tribunal de Justiça de São Paulo tem irrigado os penduricalhos de magistrados com a utilização de juros de depósitos judiciais.

O Fundo Especial de Despesa do TJ-SP, usado para financiar benefícios como licenças-prêmio, auxílios e indenizações para magistrados paulistas, além de outros gastos, foi turbinado no ano passado com uma arrecadação extra de R$ 2,6 bilhões, obtida a partir de juros de depósitos em juízo sob controle da própria corte.

O dinheiro é resultado de um contrato que o Judiciário paulista mantém com o Banco do Brasil para a gestão das contas em que estão esses valores. Enquanto as decisões judiciais que podem liberar esses recursos não saem, o TJ-SP recebe juros sobre a quantia parada.

Embora essa forma de obter receitas extras não seja de agora, o contrato com o banco fez os valores do Fundo Especial de Despesa dispararem.

Em 2020, ano de assinatura do contrato, o fundo havia obtido uma receita com benefícios bancários de R$ 1 bilhão. Dois anos depois, com o contrato vigente, essa receita saltou para R$ 3 bilhões (aumento de 200%). No ano passado, depois da assinatura de um aditivo contratual, essa receita subiu para R$ 3,7 bilhões (os valores estão atualizados pela inflação).

A receita patrimonial é aquela obtida a partir de bens, como aluguéis e rendimentos de investimentos ou, no caso, juros sobre os depósitos judiciais.

“O uso de recursos de depósitos judiciais pelo Tribunal de Justiça como patrimônio próprio pode gerar conflito de interesses porque cria incentivos para postergar a liberação desses valores”, avalia Rafael Rodrigues Viegas, professor da FGV e pesquisador do INCT Qualigov e da Enap (Escola Nacional de Administração Pública). Outros advogados, ouvidos sob anonimato com medo de represálias, dizem o mesmo.

“O conflito de interesses e a falta de transparência no uso dos depósitos judiciais pelos tribunais podem ser comparados à gestão das emendas parlamentares, que têm sido objeto de tensão entre Legislativo, Executivo e o STF”, afirma Viegas.

“Assim como as emendas de relator criam um orçamento paralelo sem fiscalização adequada, o uso dos rendimentos dos depósitos judiciais sem controle externo permite que esses valores sejam alocados como um orçamento secreto, de forma pouco transparente e de modo a preservar uma lógica de privilégios na magistratura que é bastante duradoura no Estado brasileiro”, completa.

O contrato do tribunal com o Banco do Brasil estabeleceu uma tabela para calcular o pagamento com base na taxa básica de juros do país, a Selic. Inicialmente, o contrato limitava a remuneração do TJ-SP a 0,23% ao mês, considerando uma Selic de até 12% ao ano. No segundo semestre de 2022, com a expectativa de que a Selic ultrapassasse esse valor, uma nova tabela foi criada.

“Em decorrência da manutenção elevada da taxa Selic neste biênio [2022-2023], com redução gradual, atingindo 12,25% em novembro de 2023, e da implantação da tabela repactuada, o TJ-SP obteve significativa receita oriunda do referido contrato, relacionada à remuneração dos depósitos judiciais”, diz o último relatório de gestão do tribunal, de 2023, publicado no ano passado.

O relatório afirma que “do Fundo Especial de Despesa saem, majoritariamente, os recursos utilizados para pagamentos de indenizações de férias, licença-prêmio, auxílios (alimentação, creche, funeral, saúde e transporte)”, além de despesas com informática, manutenção predial e gerenciamento de arquivos do tribunal.

Nos últimos dois anos, o TJ-SP já faturou R$ 5,5 bilhões com o rendimento dos depósitos judiciais, de acordo com os balanços publicados pelo tribunal em sua página de transparência.

O excedente de caixa tem permitido que os magistrados da corte recebam uma remuneração mensal que, no ano passado, no caso dos desembargadores, superou a média de R$ 75 mil por mês, conforme a Folha mostrou, acima do teto constitucional (de R$ 44 mil).

O maior desconforto dos advogados ouvidos pela reportagem é com os precatórios, as dívidas de prefeituras ou do estado com contribuintes já reconhecidas pela Justiça. Esses débitos seguem uma lista de credores e podem levar anos para serem pagos pelos governos.

A queixa é que, após a liberação do dinheiro, o credor ainda espera meses para recebê-lo, já que o TJ-SP mantém um processo interno de autorização das transferências. Enquanto o processo não é concluído, o dinheiro fica depositado judicialmente, e o tribunal segue recebendo juros.

O Banco do Brasil informou, em nota, que “o contrato com o TJ-SP possui as características típicas dos contratos que tratam desse tema, sendo importante destacar que os instrumentos envolvendo órgãos do Poder Judiciário são regidos por normas específicas que garantem transparência, eficiência e conformidade legal”.

Fundo assegura recursos que ampliam acesso à Justiça, diz TJ

Por meio de nota à Folha, o TJ-SP destacou que o Fundo Especial de Despesa tem a finalidade de “assegurar recursos para expansão e aperfeiçoamento da atividade jurisdicional, visando ampliar o acesso à Justiça”, bem como pode ser usado para despesas decorrentes de decisões administrativas e auxílios alimentação, creche e funeral.

“Ao alocar recursos do FED, o TJ-SP observa rigorosamente tais finalidades, sempre com foco no compromisso inabalável da instituição com uma Justiça cada vez mais eficiente, acessível, moderna e célere”, diz a nota.

A nota não responde ao questionamento feito pela reportagem sobre o eventual conflito de interesses nem nega o emprego dos recursos para pagamento de vantagens fora do teto aos magistrados, mas elenca investimentos feitos pelo tribunal no período.

Entre 2021 e 2024, diz a nota, o TJ-SP adquiriu 40 mil computadores e notebooks e mais de 80 mil monitores, nomeou quase 8.000 novos servidores e 320 magistrados e instalou 61 novas varas judiciais e 48 unidades de processamento judicial.

“Em relação aos precatórios, foram adotadas inúmeras medidas de gestão para agilização dos pagamentos, com resultados notáveis”, diz o texto. Entre 2021 e 2024, o TJ-SP informa ter disponibilizado R$ 59 bilhões a beneficiários desse tipo de recurso.

DEPUTADA OPOSICIONISTA VAI PERDE O MANDATO DE DEPUTADA FEDERAL POR ACUSAÇÕES INFUNDADAS

 

História de Geovani Bucci – Jornal Estadão

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu nesta quinta-feira, 30, cassar o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL) e determinar sua inelegibilidade por oito anos. A decisão se deu por 5 a 2 na ação proposta pela deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL).

A Corte reconheceu ter havido uso indevido dos meios de comunicação e prática de abuso de poder político nas eleições de 2022. Ao Estadão/Broadcasta parlamentar disse que vai recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela afirmou também que a ação faz parte de uma perseguição aos políticos conversadores do país.

.Carla Zambelli poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral Foto: Wilton Junior/Estadão

Carla Zambelli poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral Foto: Wilton Junior/Estadão© Fornecido por Estadão

“Basta ver o tratamento que se dá à rachadinha do (deputado André) Janones, ou aos chutes do Glauber (Rocha, deputado do PSOL pelo Rio) em um eleitor, e comparar com o meu direito de liberdade de expressão. Mais que isso: minha imunidade parlamentar”, declarou. “Não há cassação do meu diploma. Há diversos recursos possíveis, tanto no TRE quanto no TSE e STF (Supremo Tribunal Federal)“.

Em nota publicada após a decisão, a parlamentar afirmou que “o TRE-SP entendeu por anular os votos de 946.244 cidadãos paulistas e cassar meu mandato de deputada federal”.

“Essa decisão não tem efeitos imediatos, e irei continuar representando São Paulo e meus eleitores até o encerramento dos recursos cabíveis. Fica claro que a perseguição política em nosso país, contra os conservadores, é visível como o Sol do meio-dia. Continuarei a lutar todos os dias de minha vida ao lado de vocês, para que tenhamos a esperança de um Brasil próspero e digno para o povo brasileiro”, disse em nota.

O caso começou ser julgado em dezembro, quando o relator José Antonio Encinas Manfré votou pela cassação pela inelegibilidade. No voto, ele enfatizou que a parlamentar publicou conteúdos que buscavam desacreditar o sistema eleitoral e disseminar informações falsas, como uma notícia inverídica sobre suposta manipulação das urnas eletrônicas em Itapeva, no interior de São Paulo, durante as eleições gerais de 2022.

“Não é demasiado se reconhecer que as condutas da representada alcançaram repercussão e gravidade aptas a influenciar na vontade livre e consciente do eleitor e em prejuízo da isonomia da disputa eleitoral. Portanto, realidades justificadoras da cassação do diploma de deputada federal e da declaração de inelegibilidade, sanções a ela impostas por prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação”, argumentou.

Encinas Manfré foi acompanhado pelos desembargadores Cotrim Guimarães, Silmar Fernandes e os juízes Rogério Cury e juiz Claudio Langroiva. Votaram contra a cassação Maria Claudia Bedotti e Régis de Castilho.

Para Bedotti, que abriu a divergência, não haveria provas de que os vídeos publicados pela deputada e citados no processo foram suficientes para comprometer a lisura das eleições e a igualdade entre os candidatos.

VOO DE PRISIONEIROS DEPORTAOS DOS EUA SE USAR AVIÃO MILITAR FICA MAIS CARO

 

História de Por Phil Stewart – Reuters

Agentes de segurança conduzem migrantes detidos para embarcar em uma aeronave C-17 Globemaster III da Força Aérea dos EUA para um voo de remoção em Fort Bliss, Texas 23/01/2025 Dept. de Defesa/Sargento do Exército dos EUA Nicholas J. De La Pena/Divulgação via REUTERS

Agentes de segurança conduzem migrantes detidos para embarcar em uma aeronave C-17 Globemaster III da Força Aérea dos EUA para um voo de remoção em Fort Bliss, Texas 23/01/2025 Dept. de Defesa/Sargento do Exército dos EUA Nicholas J. De La Pena/Divulgação via REUTERS© Thomson Reuters

Por Phil Stewart

WASHINGTON (Reuters) – O voo militar de deportação providenciado pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Guatemala, ocorrido na segunda-feira, deve ter custado pelo menos 4.675 dólares por imigrante, segundo dados fornecidos por autoridades norte-americanas e guatemaltecas.

Isso é mais de cinco vezes o custo de 853 dólares observado para voar na primeira classe da American Airlines em voo de ida a partir de El Paso, no Texas, o ponto de partida do voo, segundo pesquisa feita com tarifas públicas de aviação.

O custo também é muito maior do que um voo fretado comercial pelo Serviço de Imigração e Fiscalização Aduaneira dos EUA (ICE, na sigla em inglês).

Trump lançou, na semana passada, voos de deportação como parte de sua declaração de emergência de imigração, enviando seis voos militares como imigrantes para países da América Latina.

Somente quatro pousaram, todos na Guatemala, depois de a Colômbia ter se recusado a autorizar o pouso de dois aviões C-17, enviando suas próprias aeronaves para buscar os imigrantes, após impasse com Trump.

Um avião vindo dos EUA com deportados brasileiros chegou a Manaus na última sexta-feira, mas não era uma aeronave militar.

Uma autoridade dos EUA, que falou com a Reuters mas pediu para não ser identificada, calculou o custo para operar um transporte militar C-17 em 28.500 dólares por hora. O voo de ida e volta para a Guatemala, sem contar o tempo de solo ou operações para preparar a aeronave para a decolagem, tomou cerca de dez horas e meia, segundo a fonte. Uma autoridade guatemalteca afirmou à Reuters que o avião pousou com 64 pessoas a bordo.

O Pentágono não respondeu imediatamente a um pedido para que comentasse sobre o tema.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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