segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

CRIMINOSOS PASSAM POR GERENTES DE BANCOS

 

História de PEDRO S. TEIXEIRA – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A fraude contra a jornalista Fabrícia Peixoto começou com uma chamada, identificada pelo celular com o número de sua agência bancária. O criminoso sabia o nome dela, o número da agência e até o número de referência da chave de segurança da vítima.

A estratégia é recorrente. Os estelionatários usam tecnologia para mascarar o número dos próprios telefones e se passar pelos bancos. Eles têm sob a mira pessoas expostas em vazamentos na internet, de maneira que podem articular narrativas calcadas em fatos para enganar o alvo.

“Quando eu atendi, ele se apresentou como ‘o Márcio, da sua agência’ “, afirma Fabrícia. Supostas transferências de alto valor agendadas no aplicativo do banco motivaram a ligação. “Ele me convidou primeiro a ir à agência, antes de se propor a resolver o problema pelo telefone, o que foi mais um fator de confiança”, recorda.

O criminoso pediu à jornalista que usasse um código para cancelar a transferência. O código dizia “Cancelamento de agendamento Pix”. Peixoto afirma que achou estranho, mas o nome da chave Pix lhe deu outro sinal de credibilidade. As palavras, porém, eram apenas o nome fantasia do CNPJ associado ao pagamento.

O prejuízo da jornalista foi de R$ 7.400. Ela registrou boletim de ocorrência na delegacia virtual e notificou a agência. Porém afirma que não espera receber devolução da quantia, porque fez a transferência por espontânea vontade, usando a própria senha.

Os criminosos conseguiram enganar Fabrícia usando um software que altera o código que sinaliza o número de telefone de quem está ligando (o chamado Caller ID). Com essa adulteração, a chamada vem de um número, mas o que aparece para o usuário é outro, diz a CEO da SilverGuard, Marcia Netto. Essa técnica se chama spoofing.

Não existe atualmente um programa que detecte o uso dessa tecnologia. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) tem um serviço chamado Origem Verificada que garante às empresas registradas um selo de autenticidade (parecido com o que as redes sociais adotam). Os remetentes verificados também podem exibir uma imagem do logo da empresa.

De acordo com especialistas em cibersegurança consultados pela reportagem, ainda faltam campanhas educativas para a estratégia se tornar eficaz.

O estudo “Golpes com Pix”, da consultoria antifraude SilverGuard, mostra que os golpes por telefone causam, em média, perdas de R$ 5.100 por ocorrência. Trata-se do maior tíquete médio entre as fraudes, embora a frequência dessa modalidade seja mais baixa em comparação com casos de estelionato nas redes sociais -1,6% nas ligações, ante 39% no WhatsApp.

Quadrilhas executam os golpes em centrais telefônicas e recorrem a dossiês de informações pessoais vazadas para praticar os crimes. Por isso, pessoas expostas por vazamentos são vítimas mais frequentes dos estelionatários. Os criminosos também coletam dados em campanhas de emails e sites falsos na internet, nos quais pedem nome, CPF e endereço em troca de supostos benefícios.

A Febraban também alerta para a maior recorrência desse crime contra idosos, que têm proteção adicional no Código Penal -a pena para crimes digitais é agravada quando o crime vitima pessoas com mais de 65 anos.

Os estelionatários, além de simular números de remetentes conhecidos, podem usar irregularmente prefixos comerciais como 0800, 0300, 4000, 4003, 4004, e até o início do telefone da própria vítima, ou enviar mensagens de SMS a partir de números curtos.

A Anatel recomenda ao consumidor que, antes de ligar ou retornar a chamada, consulte a procedência do telefone na plataforma Qual Empresa me Ligou.

No dia 20, a agência também reforçou a fiscalização. As operadoras de telefonia fixa agora serão obrigadas a enviar relatórios mensais sobre o tráfego de chamadas, incluindo as que tiverem indícios de alteração indevida de código de acesso (spoofing).

No caso de Fabrícia, ela só não fez uma segunda transferência e teve um prejuízo maior porque decidiu telefonar para sua agência e confirmar a veracidade dos fatos. “A gerente me disse que não havia nenhum Márcio na agência”, relata.

A Febraban também alerta para o risco de golpes com pedidos de transferência via TED e cartão. E afirma que bancos nunca pedem informações bancárias.

“Dizendo que eu olhasse se tinha um empréstimo, o criminoso me perguntou o quanto eu tinha de cheque especial”, recorda a jornalista. Ela respondeu e deu margem para o criminoso saber o quanto pedir no golpe.

VEJA DICAS PARA SE PREVENIR

– Nunca ligue para números de telefone indicados em mensagens

– Quando receber uma suposta ligação do banco, confirme a autenticidade da história, ligando para seu gerente ou sua agência

– Nunca compartilhe dados como senhas, token e outros dados pessoais em ligações

– Consulte o responsável pela linha na plataforma Que Empresa me Ligou caso receba mensagens comerciais

GOVERNO FARÁ REUNIÕES COM ATACADISTAS ESUPERMERCADOS PARA BAIXAR PREÇOS DOS ALIMENTOS

 

História de Redação – Jornal Estadão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que vai se reunir com atacadistas, donos de supermercados e produtores para “encontrar uma solução” que permita baratear o preço dos alimentos, situação ligada à “alta do dólar” e a “fatores climáticos”.

A alta dos preços está relacionada também à “capacidade de compra do povo”, afirma o presidente. “Na hora que há um aumento na demanda, que o povo pode comprar mais, os vendedores aumentam os preços”, declarou Lula no domingo, 26, em vídeo publicado pela primeira-dama Janja.

Presidente Lula quer conversar com supermercados e atacadistas para tentar encontrar soluções para o elevado preço dos alimentos Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Presidente Lula quer conversar com supermercados e atacadistas para tentar encontrar soluções para o elevado preço dos alimentos Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Vamos fazer muitas reuniões com atacadistas, com donos de supermercado, com produtores, para que a gente encontre uma solução para garantir que a comida chegue mais barata de acordo com o seu poder de compra”, continuou afirmando que serão feitas “quantas reuniões forem necessárias para tomar todas as decisões”.

Economistas preveem que a inflação dos alimentos deverá diminuir em 2025. Na sexta-feira, 24, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que Lula enfatizou que o governo não tomará nenhuma medida heterodoxa para controlar o preço dos alimentos no País, como “congelamento de preços, tabelamento ou fiscalização nos supermercados e nas feiras”.

Segundo o ministro, o governo manterá um diálogo com produtores, redes de supermercados e frigoríficos sobre sugestões de como garantir a redução nos preços dos alimentos. A ideia é criar essa ponte com o mercado que, segundo ele, é “onde os preços se realizam”.

PLANO DE FERROVIAS DO GOVERNO TEM 20 GRUPOS INTERESSADOS

 

História de Danilo Moliterno – CNN Brasil

Antes de anúncio, plano de ferrovias atrai 20 grupos e anima governo

Antes de anúncio, plano de ferrovias atrai 20 grupos e anima governo

O anúncio oficial do Plano Nacional de Ferrovias do governo está marcado para acontecer em fevereiro. Desde já, contudo, interessados no pipeline de projetos a ser divulgado têm procurado a gestão federal, o que anima quadros da Esplanada, segundo apuração da CNN. Fontes disseram à CNN que vinte grupos têm reuniões marcadas com técnicos do governo nos próximos dias para discutir os projetos. Foi reservado um escritório da sede do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) em São Paulo para as conversas com os investidores. Os técnicos do governo pontuam que entre este primeiro contato e a realização de um lance no leilão — de a empresa “bidar”, no jargão da infraestrutura — o caminho é longo. Mas destacam que, visto a complexidade dos projetos a serem ofertados, a sinalização do mercado anima a gestão. Entre os interessados estão operadores de infraestrutura de transporte líderes no Brasil como CCR, MRS e Rumo. Também há reuniões com players como a Concremat, agora de controle chinês, e a suíça Mediterranean Shipping Company (MSC), conhecida especialmente por transporte marítimo. O plano de ferrovias conta com cinco projetos, e totaliza cinco mil quilômetros de novos trilhos e investimento de aproximadamente R$ 100 bilhões. A novidade é de que, para viabilizar economicamente os projetos e torná-los atrativos para a iniciativa privada, a União assumirá de 20% a 30% dos investimentos, dependendo do projeto. O governo conta com os recursos levantados a partir da repactuação de concessões no setor. Foram fechados acordos com a Rumo e com a MRS Logística. No fim de dezembro, também foi anunciado um entendimento com a Vale, que se dispôs a pagar até R$ 17 bilhões na extensão das concessões da EFC e da EFVM. Os detalhes do pipeline ainda são debatidos junto à Casa Civil e ao Ministério da Fazenda, antes do anúncio oficial. O plano já foi apresentado ao presidente Lula. https://www.youtube.com/watch?v=Xgi6Gkw2GZU&pp=ygUSY25uIGluZnJhZXN0cnV0dXJh Confira os projetos previstos: Corredor Leste-Oeste: Com cerca de 2.400 quilômetros de extensão, é a junção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico). A Fiol sai de Ilhéus (BA), tem um trecho já concedido e outro em construção como obra pública. Falta o terceiro trecho. A Fico está sendo executada pela Vale, como contrapartida à prorrogação de seus contratos no setor, e será estendida posteriormente até Lucas do Rio Verde (MT); Prolongamento da Ferrovia Norte-Sul: Com 477 quilômetros de extensão, ela termina hoje em Açailândia (MA), onde se conecta com a Estrada de Ferro Carajás (EFC), pertencente à Vale. A EFC, no entanto, é usada prioritariamente para o transporte de minério e há pouca ociosidade para o transporte de grãos. A ferrovia será estendida para o porto de Vila do Conde (PA), criando uma alternativa logística; Anel Ferroviário do Sudeste: Com um traçado de aproximadamente 300 quilômetros, ligará Vitória (ES) a Itaboraí (RJ). Isso permite conectar a malha da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), pertencente à Vale, à rede operada pela MRS Logística; Transnordestina: Obra prometida para 2010, mas parada por anos, agora tem previsão de entrega em 2026 ou 2027. No plano, o governo se comprometerá a conceder sua conexão com a Ferrovia Norte-Sul, em Estreito (MA). Serão mais 600 quilômetros de trilhos; Ferrogrão: Com 933 quilômetros de extensão, entre Sinop (MT) e Itaituba (PA), é o projeto mais desafiador. Tem riscos ambientais e de engenharia. Atualmente, o avanço da Ferrogrão depende de uma conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF), que foi acionado por causa dos potenciais impactos em unidades de conservação.

DIA DO ORADOR E CURIOSIDADES

 

Karla Neto – Colunista Correspondente

Nesta segunda-feira(27), é celebrado o Dia do Orador, é a pessoa que fala em público, com o objetivo de informar, persuadir ou inspirar a audiência. A oratória é a habilidade de falar de forma eficaz e persuasiva.

Um orador se forma pelo estudo, pelo trabalho, pela meditação e pela prática. O estudo fornece conhecimento; o trabalho é promover reuniões, propaganda, palestras, conferências. A meditação é o dever do orador de ponderar muito bem sobre suas pelavras, para evitar incoerências. A prática diz respeito ao ato de falar em público.

Atualmente, não existem oradores profissionais, mas, sim, profissionais oradores. Uma boa oratória, hoje, é uma exigência para todas as atividades humanas. Portanto, se você é um profissional que almeja desenvolver um diferencial competitivo, precisará treinar a sua oratória.

O orador deve ter em mente a sintonia consigo próprio e com aqueles que irão ouvi-lo. A preparação do tema é primordial. Montar e seguir um roteiro, deixando brechas para a criatividade do momento, para atender às necessidades do ambiente.

Poucos nascem com o dom da oratória, mas, felizmente, por meio de domínio de técnicas adequadas, todos podem vir a se tornar excelentes oradores.

Fonte: Karla neto
Foto: Divulgação

CURIOSIDADES – KARLA NETO

Saiba qual escolher para sua casa ventilador ou ar-condicionado?

A escolha entre um e outro, geralmente, leva em conta as questões financeiras e, claro, os resultados que esses aparelhos entregam. Contudo, uma dúvida que pode surgir é qual aparelho escolher.
“Ambos têm benefícios, mas também desvantagens. No caso do ar-condicionado, ele remove o ar quente do ambiente e substitui por ar frio. Isso é feito através de um ciclo de refrigeração, que filtra o ar, e isso é bastante útil para pessoas com alergias. No entanto, ele também pode ressecar muito o ar, chegando a irritar as mucosas, se ficar em uma temperatura muito baixa.
Em saúde de ouvido, nariz e garganta, é preciso avaliar as vantagens e desvantagens que ventiladores e ar-condicionados oferecem, conforme a necessidade individual de cada consumidor.
Já os ventiladores, eles fazem o ar circular, ajudando a manter a temperatura ambiente mais agradável e sem alterar a umidade do ar. Porém, se ficarem direcionados ao corpo, também ressecam as vias aéreas, da mesma forma que o ar-condicionado. Portanto, há fatores positivos e negativos nos dois”.

Higiene é fundamental
Em comum entre eles, no entanto, a médica destaca a necessidade de fazer a limpeza periódica desses aparelhos domésticos. “Esse, a meu ver, é o fator mais preponderante que deve ser levado em conta a quem faz uso desse tipo de equipamento”, aponta a médica.

No caso do ar-condicionado, ela explica que se o filtro não for mantido limpo, ele pode espalhar germes e bactérias e contaminar todo o ambiente. Já no caso do ventilador, é importante que todo ambiente onde ele está esteja bem limpo. Caso contrário, a poeira e os ácaros irão ficar circulando pelo ambiente.

Tomadas essas precauções, segundo ela, a opção entre um ou outro equipamento fica a depender das necessidades individuais e do conforto pessoal de cada pessoa.

Saiba quais são os benefícios suco de manga com gengibre e limão:

Seja o clássico suco de laranja ou de maracujá, você também pode potencializar os benefícios desses sucos naturais adicionando ingredientes simples. Este é o caso do suco de manga com gengibre e limão, uma receita que ganhou popularidade por ser uma combinação deliciosa e refrescante, perfeita para os dias quentes.
Durante o verão, os sucos naturais são sempre muito bem-vindos, pois além de manter a hidratação são fontes de vitaminas e minerais.
Além da doçura da manga, esse suco também conta com o frescor do limão e do gengibre. Juntos, esses ingredientes são fonte de nutrientes como a vitamina C, potássio, fibras, magnésio e propriedades antioxidantes que contribuem para a saúde em diversos aspectos.
Acelera o metabolismo
Consumir esse suco pode ajudar a acelerar o metabolismo, isso porque o gengibre possui propriedades termogênicas, um efeito que eleva a temperatura corporal e acelera o metabolismo. A vitamina C, presente no limão e na manga, também contribue para esse processo ao melhorar a absorção de nutrientes e a eficiência do sistema metabólico.
Reforça o sistema imunológico
Tanto a manga quanto o limão, são fontes de vitamina C, um nutriente essencial para a produção de glóbulos brancos, que cumprem um papel muito importante na defesa do organismo. Além disso, a ação antioxidante diminui o estresse oxidativo e fortalece o sistema imunológico.

Controla a pressão arterial
Tanto o limão quanto o gengibre ajudam a controlar a pressão arterial por causar um efeito que relaxa os vasos sanguíneos, contribuindo para uma redução da pressão. O limão também auxilia no equilíbrio dos níveis de sódio do corpo e melhora a elasticidade das artérias.
Combate inflamações
Todos os ingredientes desse suco incrível possuem propriedades anti-inflamatórias, sendo aliados para combater doenças inflamatórias ou problemas com inflamação. Esse efeito se deve pela presença de vitamina C, flavonoides, polifenois e outros bioativos.

Você sabia que a falta de sono leva ao envelhecimento do cérebro?

Foram observados seis aspectos: duração do sono, qualidade, dificuldade para adormecer, dificuldade em manter o sono, despertar durante a noite e sonolência pela manhã.
Participantes que apresentavam duas ou três dessas características mostraram uma idade cerebral 1,6 anos mais avançada. Aqueles com mais de três fatores apresentaram uma idade cerebral 2,6 anos maior.
Dormir é essencial para proteger a saúde do cérebro, enquanto a falta de sono pode ter efeitos contrários. Um estudo recente da Universidade da Califórnia, publicado na revista Neurology, mostrou que dormir menos horas está associado ao envelhecimento acelerado do cérebro, especialmente em pessoas com mais de 40 anos.
“Essas descobertas são importantes, pois mostram que a relação entre distúrbios do sono e saúde cerebral se estende além da juventude, sugerindo que o sono de má qualidade na meia-idade pode acelerar o envelhecimento cerebral.”

DEPORTAÇÃO DE BRASILEIROS COM BIDEM TUDO OK E COM TRUMP GRITARIA DO GOVERNO

 

Jetss

Governo Lula mantém postura neutra em relação às deportações dos EUA©Foto: Agência Brasil

Entre 27 de janeiro de 2023 e 10 de janeiro de 2025, o Brasil recebeu 32 voos fretados pelos Estados Unidos, transportando brasileiros deportados para o Aeroporto de Confins, em Minas Gerais. Os dados, divulgados pelo Poder360, evidenciam a continuidade da política de deportação entre os dois países durante o governo do presidente Joe Biden. No entanto, um episódio peculiar gerou repercussão: após a posse de Donald Trump, um voo com deportados foi redirecionado para Manaus devido a problemas técnicos, chamando a atenção do público.

A rigorosa política de deportação dos EUA, de acordo com fontes da NBC News, segue inalterada, independentemente da administração em vigor, sem que haja qualquer tipo de interferência do governo brasileiro. No entanto, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, exigiu que os Estados Unidos retirassem as algemas dos deportados brasileiros, algo inédito em casos recentes de deportação. Curiosamente, essa atitude não gerou grandes manifestações por parte do governo petista, que se manteve discreto e sem contestar as operações.

Essa postura reflete a continuidade de uma política que transcende administrações, mantendo a estabilidade nas relações entre os dois países, mesmo diante de incidentes pontuais como o ocorrido agora, em janeiro de 2025.

SAÍDA DO EUA DA OMS É UMA PERDA MUITO GRANDE PRINCIPALMENTE FINANCEIRA

 

História de Manuela Mourão – Superinteressante

Em seu primeiro dia de governo, Donald Trump assinou uma ordem executiva que retira o país da Organização Mundial da Saúde. As palavras proferidas pelo presidente ao assinar o papel que oficializou a decisão foram: “Ooh, esse é um grandão”. E, de fato, a saída da maior potência mundial da OMS é um problemão – mas por quê?. 

Para entender a dimensão do trabalho, antes é necessário compreender o que é essa organização e para que ela serve. 

O que é a OMS?

A Organização Mundial da Saúde é uma agência da ONU especializada na saúde pública. Ela surgiu em 1944, depois de uma conferência das nações unidas, de uma ideia conjunta entre diplomatas brasileiros e chineses. Ela começou a funcionar em setembro de 1948. Hoje é a maior organização intergovernamental de saúde a nível internacional

De acordo com a constituição da OMS, o propósito da organização é alcançar o mais alto nível possível de saúde para todas as pessoas do mundo, definindo saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”.

Para isso, ficam encarregados de controlar epidemias e doenças endêmicas, promover o estabelecimento de padrões internacionais para produtos biológicos e fornecer e melhorar o ensino e a formação em saúde pública, tratamento médico de doenças e assuntos relacionados. É por meio dessas ações que a organização consegue coletar dados sobre a saúde global, que são divulgados no Relatório Mundial da Saúde.

Cientistas da organização, que trabalham com autoridades de saúde do mundo inteiro, são responsáveis por determinar, por exemplo, quais as estirpes de gripe ou Covid-19 devem ser incluídas nas versões mais recentes das vacinas. Foi esse tipo de informação que possibilitou a erradicação da varíola – e a poliomielite caminha para o mesmo destino. 

Quem faz parte da OMS?

Apenas estados soberanos são elegíveis para aderir, e atualmente 194 países participam do programa. De acordo com a ONU, existem 195 países reconhecidos no mundo, fazendo a Liechtenstein o único país que é participante das Nações Unidas a não fazer parte da OMS.

Algum outro país já saiu da organização?

Em 1949, a União Soviética e alguns dos seus estados satélites se retiraram da OMS com a tensão da Guerra Fria. Mas retornaram em 1956.

Essa não é a primeira vez em que os Estados Unidos tentam sair da organização. Em 2020, no final do primeiro mandato de Trump e durante a pandemia de Covid-19, o presidente entregou uma carta ao Secretário-Geral das Nações Unidas declarando a intenção dos EUA de se retirarem da OMS – junto da cartinha, o financiamento do país também foi cortado. Seis meses depois, Biden garantiu que os Estados Unidos continuariam como membro.

E agora?

Trump disse que a saída diz respeito “a gestão incorrecta da pandemia da Covid-19 que surgiu em Wuhan, na China, e outras crises sanitárias globais, o seu fracasso na adoção de reformas urgentemente necessárias e a sua incapacidade de demonstrar independência da influência política inadequada dos estados membros da OMS.” Além disso, o presidente disse que as taxas dos Estados Unidos geram grande ônus para o país – atualmente os EUA colaboram com cerca de US$ 550 milhões (cerca de R$ 3,3 bilhões) anuais para a OMS. 

Os Estados Unidos são o maior doador individual da OMS. O corte de fundos deve impactar as ações da organização em países emergentes, que possuem menos recursos. A OMS também deve perder o contato com os centros de controle e prevenção de doenças espalhados dos EUA, o que prejudica o desenvolvimento de pesquisas científicas mundialmente

Em 1948, na criação da organização, existiu um combinado que, caso os EUA quisessem sair da OMS, eles dariam um aviso prévio de um ano e quitariam qualquer saldo antes. No entanto, esse acordo foi feito com o Congresso americano, por isso não se sabe ainda se ele teria que agir para implementar a retirada.

Uma das maiores preocupações por parte dos especialistas é a possibilidade de mais americanos serem hospitalizados ou morrerem de influenza devido à redução no acesso aos dados da OMS sobre a gripe. Atualmente, os EUA usam esses dados para desenvolver vacinas, e sem eles, as mortes relacionadas à gripe entre grupos vulneráveis podem aumentar.

Além disso, os EUA perderiam o acesso ao sistema global de vigilância de saúde da OMS, tornando o país mais vulnerável a surtos de doenças infecciosas, que poderiam se tornar ameaças regionais ou globais. 

Se os Estados Unidos se retirarem, também perderiam influência sobre as políticas de saúde globais, afetando não apenas a saúde pública, mas também as relações internacionais. A perda da participação dos EUA também interromperia os laços estreitos da OMS com o CDC, uma das principais agências de saúde pública do mundo. 

Em um comunicado de resposta ao presidente Trump, a OMS disse que “espera que os Estados Unidos reconsiderem e que seja realizado um diálogo construtivo para manter a parceria entre os EUA e a OMS, para o benefício da saúde e do bem-estar de milhões de pessoas em todo o mundo.”

domingo, 26 de janeiro de 2025

A ARGENTINA PASSOU A SER O PAÍS MAIS CARO DA AMÉRICA LATINA

 

História de Ayelén Oliva – BBC News Mundo – BBC News Brasil

O fortalecimento da moeda local influenciou o turismo internacional na Argentina.

O fortalecimento da moeda local influenciou o turismo internacional na Argentina.© Getty Images

“A Argentina está cara em dólares”, contou Manuel, empresário gastronômico de 37 anos, durante minha última visita à capital do país, Buenos Aires, no mês de dezembro. “Você que veio dos Estados Unidos vai perceber rapidamente.”

Já no meu primeiro dia na cidade, confirmo a observação de Manuel no preço do café.

Em Palermo, bairro turístico da capital, uma xícara de café custa 3,3 mil pesos – US$ 3,20 pelo câmbio oficial (cerca de R$ 19), cotado a poucos centavos a menos que o paralelo, que os argentinos chamam de “dólar blue“.

Costumo pagar um dólar a menos pelo café na mesma rede de cafeterias em Miami, nos Estados Unidos.

Mas não são só os lugares frequentados pelos estrangeiros que estão caros em dólares. A mesma situação se repete em locais menos turísticos e com produtos mais procurados pelos argentinos. Vemos o mesmo no pão fatiado, que custa US$ 4 (R$ 23,70), ou na manteiga a US$ 3 (R$ 17,80).

E também nos produtos importados. Um copo térmico Stanley, por exemplo, custa em Buenos Aires US$ 140 (R$ 830). Nos Estados Unidos, o mesmo copo não passa de US$ 30 (R$ 178).

Segundo o índice de preços Big Mac do McDonald’s, criado pela revista The Economist em 1986, o preço do hambúrguer na Argentina é o mais alto da América Latina (US$ 7,37, cerca de R$ 43,70) e o segundo maior do mundo, atrás da Suíça.

Um ano atrás, o Big Mac custava na Argentina a metade do preço atual, em dólares.

Estimativas do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) indicam que o peso argentino aumentou de valor em 40%, em termos reais, entre dezembro de 2023 e outubro do ano passado.

Mas este avanço não se traduziu em aumento do poder aquisitivo da população. Afinal, os salários permaneceram congelados e as chamadas correções do governo Javier Milei geraram forte recessão, que provocou queda do consumo.

“Não estamos nem melhor, nem pior. Temos problemas diferentes do ano passado”, conta o dono de uma padaria com mais de 30 anos no setor, questionado sobre o efeito da valorização da moeda local sobre suas vendas. Ele votou em Milei e continua apoiando o presidente.

O impacto da queda da inflação argentina (a maior conquista de Milei no seu primeiro ano na presidência), aliada à valorização da moeda local, surpreende qualquer pessoa que não tenha visitado o país no último ano.

Mas por que a Argentina passou a ser “cara em dólares”, depois de ter sido um dos países mais baratos da América Latina? E quais os impactos na sua economia?

O ‘superpeso’

“Para viver na Argentina, preciso hoje de mais dólares do que um ano atrás”, conta o programador brasileiro Thiago. Ele cobra por seus serviços na moeda americana e, há dois anos, decidiu morar na Argentina, com o câmbio favorável na época.

Desde que o peso se fortaleceu no país e o real caiu no Brasil, liderando a queda das moedas latino-americanas, Thiago pensa em voltar para São Paulo. “Lá, vivo melhor com menos dólares”, ele conta.

Thiago não é o único. Em agosto de 2024, a BBC News Brasil noticiou que uma onda de brasileiros estava deixando a Argentina porque era “inviável” para eles permanecer no país.

O presidente Milei desvalorizou a moeda argentina em 54% logo após a sua posse. Um ano depois, ela se transformou no que os meios de comunicação do país chamam de “superpeso”. Como isso

aconteceu?Javier Milei conseguiu reduzir o ritmo da inflação na Argentina.

Javier Milei conseguiu reduzir o ritmo da inflação na Argentina.© Reuters

O motivo é a estratégia adotada por Milei para baixar a inflação, sua principal meta ao assumir a presidência. Afinal, em 2023, a inflação argentina atingiu 211%, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos do país (Indec).

Milei empregou um instrumento que os economistas chamam de “âncora inflacionária”. O preço do dólar oficial foi “ancorado”, aumentando sua cotação – ou seja, desvalorizando o peso – pelo nível fixo de 2% ao mês, muito abaixo do índice mensal de inflação.

Esta medida, aliada à “âncora fiscal”, que reduziu fortemente os gastos públicos, e à “âncora monetária”, com a suspensão da emissão de dinheiro para financiar o Tesouro, foi fundamental para que a Argentina fechasse 2024 com inflação anual de 118% – uma redução de 44,5% em um ano.

O lado negativo é que, enquanto o peso se fortalecia ao ser desvalorizado abaixo da inflação, o dólar oficial ficou atrasado em relação ao custo de vida, perdendo grande parte da sua capacidade de compra.

Como resultado, surgiu um novo fenômeno para os argentinos: a inflação em dólares. Estimativas de diversos economistas locais indicam que ela superou 70% no ano passado.

Ou seja, um produto que custava US$ 100 um ano atrás, hoje, custa US$ 170.

‘Dólar blue’

Não foi apenas o dólar oficial, controlado pelo governo, que perdeu seu poder de compra. O dólar paralelo, livre ou de mercado também está em níveis similares aos da época da posse de Milei, mesmo com a inflação de mais de 100% no período.

O economista Lorenzo Sigaut Gravina, da consultoria argentina Equilibra, atribui principalmente o fato a uma iniciativa bem sucedida do governo, que fez com que os argentinos introduzissem no sistema financeiro do país os dólares em espécie guardados em casa ou depositados no exterior e não declarados.

Na primeira etapa, a Argentina conseguiu o ingresso de US$ 19,023 bilhões (cerca de R$ 112,7 bilhões), segundo a Agência de Arrecadação e Controle Alfandegário (ARCA, na sigla em espanhol).

Este sucesso conteve o dólar paralelo, que se manteve a uma taxa levemente superior ao câmbio oficial – diferentemente dos anos anteriores, quando a margem era muito ampla.

Efeitos na Argentina

O “peso forte” traz pontos positivos e negativos para o país. Por um lado, o governo destaca que os salários aumentaram em dólar.

Um relatório da plataforma de empregos online Bumeran indica que o salário médio pretendido na Argentina é de US$ 1.234 (cerca de R$ 7,3 mil), acima da média regional. Um ano atrás, era um dos mais baixos da América Latina.

Mas a valorização da moeda local também gerou redução do número de turistas estrangeiros que visitam o país e aumento dos argentinos que aproveitam o “dólar achatado” para viajar para o exterior.

Dados do Indec demonstram que o número de turistas internacionais no país registrou uma redução de 19,2% em novembro passado, em relação ao mesmo mês de 2023.

Os salários na Argentina, que antes estavam entre os mais baixos da América Latina, hoje estão acima da média regional.

Os salários na Argentina, que antes estavam entre os mais baixos da América Latina, hoje estão acima da média regional.© Getty Images

A consequência mais preocupante do peso valorizado para muitos moradores locais se concentra em setores como a indústria. Agora, produzir ficou mais caro, tanto para o mercado local quanto para o exterior, o que reduz a competitividade da indústria e do setor agrícola argentino.

Some-se a isso a abertura das importações realizada pelo governo para incentivar a concorrência e reduzir os preços locais. E, como resultado, “será cada vez mais barato recorrer a produtos importados e cada vez será mais cara a produção nacional”, segundo Sigaut Gravina.

Por isso, o setor industrial alertou que esta situação poderia gerar queda da produção, com consequente redução dos postos de trabalho.

Os críticos mais fortes ao governo chegam a alertar sobre um possível “industricídio”, como ocorreu no país na década de 1990. Na época, o peso argentino estava vinculado ao dólar e muitas empresas acabaram fechando.

‘Não haverá desvalorização’

Um dos economistas que alertaram sobre os efeitos negativos do “superpeso” foi Domingo Cavallo, ex-ministro da Economia entre 1991 e 1996, durante o mandato do presidente Carlos Menem (1930-2021). Cavallo foi apelidado na Argentina de “pai da convertibilidade“.

O ex-ministro declarou em dezembro que a atual “valorização real exagerada do peso” é “similar” à que ocorreu no final de 1990 – “uma deflação muito onerosa porque transformou a recessão iniciada no fim de 1998 em uma verdadeira depressão econômica”.

Na Argentina, a impressão de que o peso está artificialmente alto em comparação com seu valor real no mercado internacional vem aumentando entre a opinião pública e incomoda o presidente. Milei garante que seus críticos estão errados.

“Do meu ponto de vista, o câmbio não está atrasado”, garantiu ele, em entrevista à Rádio El Observador de Buenos Aires, no início de janeiro. “É irritante e afrontosa a estupidez declarada [por Cavallo].”

A valorização do peso traz dificuldades para o setor produtivo na Argentina.

A valorização do peso traz dificuldades para o setor produtivo na Argentina.© Getty Images

Para o presidente argentino, a pouca margem entre a cotação do dólar oficial e paralelo, aliada ao valor acumulado pelo Banco Central em reservas com a cotação atual (cerca de US$ 25 bilhões, ou R$ 148 bilhões), comprova que não existe atraso. “E ainda há o equilíbrio fiscal”, destacou ele.

A economia do país, na leitura de Milei, não deve ganhar competitividade enfraquecendo o peso, mas desregulamentando a economia, reduzindo os impostos e melhorando o acesso ao crédito.

Para Sigaut Gravina, as palavras de Milei procuram conter a pressão para que o governo volte a desvalorizar a moeda argentina.

“Se todos nós tivermos a impressão de que existe um atraso cambial significativo, todos irão pensar que o peso, desta forma, não se sustenta”, explica ele.

Mas o economista ressalta que “o principal ativo do governo atualmente é a queda da inflação – e desvalorizar implica, como efeito imediato, aumento inflacionário”.

O Banco Central argentino anunciou que, a partir de fevereiro, irá reduzir a desvalorização mensal do câmbio oficial de 2% para 1% ao mês, fortalecendo ainda mais o peso.

Espera-se que esta estratégia ajude a continuar baixando a inflação, que atingiu 2,7% ao mês em dezembro passado. Mas muitos se perguntam qual será o prejuízo se o país continuar sendo “caro em dólares”.

De qualquer forma, o que realmente poderia definir a cotação do dólar é o que irá ocorrer quando Milei suspender o controle de capitais, que hoje restringe o acesso à moeda americana, e deixar flutuar o peso – uma medida que o presidente prometeu tomar em 2025.

GOVERNO QUER REDUZIR O PREÇO DOS ALIMENTOS

 

História de Secretaria de Comunicação – Newsrondonia

Governo discute estratégias para reduzir preços dos alimentos com foco no estímulo à produção nacional

Governo discute estratégias para reduzir preços dos alimentos com foco no estímulo à produção nacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta sexta-feira, 24 de janeiro, com ministros para discutir estratégias a fim de conter a alta dos alimentos. Durante o encontro, foram avaliadas possíveis medidas, como a redução da alíquota de importação de alimentos que estiverem com preços mais elevados no mercado interno em relação ao mercado internacional.

“Quero reafirmar taxativamente: nenhuma medida heterodoxa será adotada, não haverá congelamento de preço, tabelamento, fiscalização, não terá rede estatal de supermercado ou de lojas para vender produtos, isso não existe, isso sequer foi apresentado nesta reunião ou em qualquer outra”

Rui Costa

Ministro da Casa Civil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou a preocupação do presidente Lula com o acesso da população a alimentos a preços justos. “Os produtos que estejam com preço interno maior do que o preço externo, nós atuaremos na redução de alíquota para forçar o preço a vir, pelo menos, para o patamar internacional. Não justifica nós estarmos com preços acima do patamar internacional. Não tem a menor explicação para isso, já que o Brasil se constitui como um dos maiores produtores de alimentos de grãos do mundo”, explicou.

De acordo com o ministro, o governo seguirá buscando soluções dentro dos parâmetros técnicos e de mercado, e descartou a ideia de adoção de medidas intervencionistas ou heterodoxas, que fujam das práticas convencionais de mercado. “Quero reafirmar, taxativamente: nenhuma medida heterodoxa será adotada, não haverá congelamento de preço, tabelamento, fiscalização, não terá rede estatal de supermercado ou de lojas para vender produtos, isso não existe, isso sequer foi apresentado nesta reunião ou em qualquer outra”, frisou Rui Costa.

PERSPECTIVAS PARA 2025 — O governo espera uma melhora no cenário econômico devido ao aumento da produção agrícola esperado para este ano. Rui Costa afirmou que o impacto positivo da supersafra deverá contribuir para a redução dos preços. “A expectativa é extremamente positiva de uma supersafra este ano. A nossa expectativa é que na lei de mercado uma maior oferta leve a um menor preço”, argumentou.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que o Brasil se consolida como um grande produtor de alimentos e que, em 2025, o aumento da produção fará com que a estabilidade de preços dos alimentos possa ser estabelecida. “É importante dizer que o presidente determinou que a gente já comece a discutir medidas de estímulo, um novo Plano Safra que estimule mais, principalmente os produtos que chegam à mesa da população. E é a partir disso então que nós vamos nos debruçar”, pontuou.

“É importante dizer que o presidente determinou que a gente já comece a discutir medidas de estímulo, um novo Plano Safra que estimule mais, principalmente os produtos que chegam à mesa da população. E é a partir disso então que nós vamos nos debruçar”

Carlos Fávaro

Ministro da Agricultura

CESTA BÁSICA — A pedido do presidente Lula, será dada maior atenção à definição de políticas públicas e recursos já existentes para o estímulo da produção, com foco em produtos que fazem parte da cesta básica. “Nós também vamos dialogar com o mercado, vamos chamar aqui reuniões de produtores para dialogar com eles sugestões de como reduzir os preços, aumentar a produção, vamos chamar mais uma vez a rede de supermercados, vamos chamar os frigoríficos grandes para conversar, os frigoríficos pequenos e médios, dialogando portanto com o mercado, que é onde o preço se realiza. Medidas que a gente pode somar no mercado mais as medidas institucionais de estímulos para a produção”, disse Rui Costa.

“Fazer com que esses alimentos cheguem à mesa do povo, de uma maneira que caiba no salário do povo brasileiro, essa é a preocupação central do presidente e acho que nossa tarefa é apoiar o produtor com crédito acessível e barato. Então nós lançamos dois Planos Safras que foram recordes, que aumentaram o valor e aumentaram o subsídio no Plano Safra”, frisou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

“O segundo esforço é concentrar na produção de alimentos da cesta básica. Esses créditos têm que ir para a produção de alimentos e estímulos, nós diminuímos os juros para os alimentos, além de aumentar a produtividade do agricultor, do pequeno e médio agricultor, para que ele tenha um resultado melhor e que esse alimento chegue mais barato na mesa do povo”, elucidou.

COMMODITIES — O ministro Rui Costa destacou o impacto de fatores como o preço das commodities e o valor do dólar para o comércio de alimentos. “Num passado recente, o Brasil era grande exportador de produtos in natura, e hoje o Brasil vem se tornando o que os economistas chamam de supermercado do mundo, o que é positivo, porque gera emprego, porque nós passamos a processar esses alimentos e vender alimentos processados para o mundo inteiro”, afirmou, ao pontuar que o país tem se consolidado como uma referência positiva no contexto econômico. “Vocês podem constatar isso na balança de exportação já de 2023, 2024, o crescimento da exportação brasileira de processamento de alimentos”.

Participaram da reunião os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), e o diretor-presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto. Também estavam presentes o secretário-executivo do Ministério da Indústria e Comércio, Márcio Elias Rosa; a secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Fernanda Machiaveli; e o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello.

TRUMP QUER SER CHAMADO O HOMEM DAS TARIFAS A EXEMPLO DE OUTRO PRESIDENTE

 

História de The Economist – Jornal Estadão

A nomeação de montanhas acabou se tornando uma prioridade curiosamente alta para Donald Trump. Poucas horas após sua posse, o presidente assinou uma ordem executiva para mudar o nome do pico mais alto dos Estados Unidos de Denali, de origem indígena do Alasca, para Monte McKinley, como era oficialmente conhecido até a intervenção de Barack Obama, em 2015. O novo nome reflete mais do que apenas o habitual pingue-pongue de guerra cultural. Assim como Trump, William McKinley era um “homem de tarifas”.

Como congressista e, mais tarde, presidente, ele levou os Estados Unidos ao protecionismo no final do século XIX. “O presidente McKinley tornou nosso país muito rico por meio de tarifas e de talento”, disse Trump em seu discurso de posse. Mais de um século depois, Trump espera realizar o mesmo truque.

Sua série de ordens executivas do primeiro dia não instituiu novas tarifas, concentrando-se nas montanhas, em uma emergência na fronteira, na perfuração de petróleo e na interrupção dos programas DEI (Diversidade, Igualdade e Inclusão, na sigla em inglês). Mas o presidente ainda encontrou tempo para ameaçar com uma tarifa de 10% sobre a China, bem como uma tarifa de 25% sobre o Canadá e o México, a ser introduzida já em 1º de fevereiro. Ele também propôs uma “tarifa suplementar global”, que se aplicaria a qualquer mercadoria importada do exterior, independentemente do país de origem.

Trump acredita que a implementação de tarifas vai impulsionar a produção americana e financiar cortes de impostos a um custo baixo para o cidadão comum Foto: Mandel Ngan/MANDEL NGAN

Trump acredita que a implementação de tarifas vai impulsionar a produção americana e financiar cortes de impostos a um custo baixo para o cidadão comum Foto: Mandel Ngan/MANDEL NGAN

Tarifas mais altas, dizem Trump e seus apoiadores, impulsionarão a produção americana e financiarão cortes de impostos a um custo baixo para o cidadão comum, com os estrangeiros pagando a conta. Essas justificativas são fracas, assim como eram na época de McKinley. Para começar, as empresas geralmente repassam as tarifas aumentando os preços. Durante a última investida de Trump contra a manufatura chinesa em 2018-19, os preços dos itens afetados subiram aproximadamente na proporção de um para um com as tarifas mais altas.

Os assessores mais ponderados de Trump, como Scott Bessent, indicado para secretário do Tesouro, e Stephen Miran, para presidente do Conselho de Assessores Econômicos, aceitam essa dinâmica. Mas eles enfatizam que as tarifas também fortalecem o dólar, levando os americanos a comprar menos do exterior. Isso aumenta seu poder de compra e, portanto, deve ajudar a anular os preços mais altos. As taxas de câmbio dependem de muito mais do que o comércio de mercadorias, portanto, o efeito das tarifas durante o primeiro mandato de Trump foi pequeno. Em 2018 e 2019, por exemplo, elas explicam, no máximo, um quinto da variação do dólar no período, de acordo com Olivier Jeanne e Jeongwon Son, da Universidade Johns Hopkins. Tarifas maiores teriam efeitos maiores.

No entanto, mesmo que o dólar suba, a dor simplesmente se transfere para os exportadores, cujos produtos se tornam mais caros para os compradores internacionais (e é por isso que Trump geralmente favorece um dólar mais fraco). Por sua vez, Miran argumentou em um artigo recente que a popularidade do dólar impõe “externalidades” à economia dos Estados Unidos, uma vez que a demanda por ativos puxa o dólar acima de seu valor justo, prejudicando os exportadores no processo.

Essa teoria é questionável por seus próprios méritos. Os grandes déficits que as administrações recentes tiveram não poderiam ter sido financiados de forma tão barata sem uma fila de estrangeiros comprando títulos do Tesouro. Além disso, se Miran conseguisse o que quer, qualquer estímulo ao dólar decorrente das tarifas seria de curta duração: uma desvalorização do dólar faria com que as famílias enfrentassem novamente preços mais altos.

Os que aumentam as tarifas também minimizam as chances de outros países responderem da mesma forma. E a paciência, mesmo entre os aliados, já está se esgotando. “Uma tarifa seria seguida por outra”, alertou Claudia Sheinbaum, presidente do México, em novembro. Justin Trudeau, o primeiro-ministro do Canadá, prometeu uma retaliação “robusta e rápida”. Tais medidas puxariam o dólar em direções opostas: a demanda americana por importações do exterior cairia, mas também cairia a demanda estrangeira por exportações americanas.

Portanto, as tarifas aumentam os preços. Isso significa que elas causam uma inflação dolorosa? Não necessariamente. Um aumento pontual nos preços pode criar apenas um aumento de curto prazo na inflação, não um aumento sustentado. As tarifas corroem o poder de compra geral dos consumidores, e a queda no consumo de produtos produzidos em casa gera uma desinflação compensatória ao longo do tempo. No entanto, há pelo menos o perigo de que um choque único desencadeie uma espiral ascendente de preços e salários. Após vários anos de inflação alta, esse risco agora é mais acentuado.

Problemas montanhosos

Pior ainda, as tarifas também prejudicam o crescimento econômico ao criar uma “perda de peso morto”, pois a demanda é desviada para as empresas nacionais, mesmo quando elas são menos eficientes. Como consequência, os recursos são desperdiçados em uma produção que é mais cara do que seria de outra forma. O resultado é uma grande distorção econômica e uma renda menor em toda a economia.

Esse efeito é exacerbado pelo fato de que as tarifas induzem as empresas a inovar menos e a se comportar de forma mais inadequada. Protegidas de rivais estrangeiros mais bem administrados, as empresas têm menos incentivo para produzir produtos superiores e mais baratos. Alla Lileeva, da Universidade de York, e Daniel Trefler, da Universidade de Toronto, descobriram que as reduções nas tarifas americanas no final dos anos 1980 e 1990 levaram as fábricas canadenses, antes menos produtivas, a inovar mais, adotar tecnologia avançada e, consequentemente, aumentar a produtividade de seus funcionários.

Os regimes tarifários também tendem a ser repletos de isenções, que as empresas mais experientes aprendem a explorar, ao mesmo tempo em que seus lobistas buscam mais exceções. O gosto de Trump por distribuir favores pode causar um problema específico nesse sentido.

No decorrer de sua carreira política, o entusiasmo de McKinley pelo protecionismo diminuiu. Embora o 25º presidente dos Estados Unidos nunca tenha se transformado em um defensor do livre comércio do tipo da The Economist, ele passou a apreciar os benefícios de acordos comerciais mutuamente vantajosos com países amigos. “Não devemos nos apoiar em uma segurança fantasiosa de que podemos vender tudo e comprar pouco ou nada para sempre”, anunciou ele em Buffalo, Nova York, em 1901, antes de acrescentar que ‘guerras comerciais não são lucrativas’. O 45º e 47º presidente dos Estados Unidos talvez não tenha aprendido as lições corretas com seu antecessor.

TRUMP E O MUNDO TRECNOLÓGICO E A ABOLIÇÃO DA CENSURA NOS ESTADOS UNIDOS

 

História de João Pedro Adania – Jornal Estadão

O segundo mandato de Donald Trump mal completou uma semana, porém, a contar pelas mudanças que ele já promoveu em relação ao mundo tecnológico, o mandato do republicano será bastante agitado. Entre as principais ordens que envolvem tecnologia estão a revogação da lei que tentava mitigar os riscos da inteligência artificial (IA), o decreto para adiar o bloqueio do TikTok e a ordem para acabar com a “censura governamental” nas redes sociais.

Relembre como foi a primeira semana tecnológica de Trump no poder.

Chefões da tecnologia lado a lado na posse de Trump

Os CEOs de gigantes da tecnologia Mark Zuckerberg (Meta), Jeff Bezos (Amazon), Sundar Pichai (Google), Elon Musk (X e Tesla) e Tim Cook (Apple) estiveram em destaque na cerimônia de posse de Donald Trump.

As lideranças do Vale do Silício ficaram na primeira fileira, inclusive à frente de integrantes importantes do governo, como ministros e secretários.

Os CEOs de gigantes da tecnologia Mark Zuckerberg (Meta), Jeff Bezos (Amazon), Sundar Pichai (Google), Elon Musk (X e Tesla) e Tim Cook (Apple) estiveram em destaque na cerimônia de posse de Donald Trump Foto: Shawn Thew/AP

Os CEOs de gigantes da tecnologia Mark Zuckerberg (Meta), Jeff Bezos (Amazon), Sundar Pichai (Google), Elon Musk (X e Tesla) e Tim Cook (Apple) estiveram em destaque na cerimônia de posse de Donald Trump Foto: Shawn Thew/AP

E os flashes estavam atentos a esses bilionários porque desde a vitória do republicano, em novembro, as principais empresas de tecnologia iniciaram um processo de rápida aproximação com Trump.

Mandou recado no discurso

Elon Musk fez sinal de joinha quando Trump citou as missões espaciais para “crescer o território e colocar nossa bandeira no planeta Marte” no discurso de posse. Por mais de duas décadas, Elon Musk concentrou a SpaceX, sua empresa de foguetes, no objetivo de toda uma vida de chegar a Marte. Ainda em 2023, ele intensificou o trabalho sobre o que acontecerá se chegar lá.

Inclusive, Musk já orientou equipes e funcionários a se aprofundarem no projeto e nos detalhes de uma cidade marciana, de acordo com fontes ouvidas pelo New York Times.

Elon Musk fez sinal de joinha quando Trump citou as missões espaciais no discurso Foto: Saul Loeb/AP

Elon Musk fez sinal de joinha quando Trump citou as missões espaciais no discurso Foto: Saul Loeb/AP

Acabou com a lei que tentava mitigar riscos da IA

Trump foi do Capitólio à Casa Branca para dar e revogar decretos. Um deles foi o que buscava limitar os riscos causados pela inteligência artificial (IA) para consumidores, trabalhadores e a segurança nacional.

Assinada por Joe Biden em outubro de 2023, ordem era sustentada pela Lei de Produção para a Defesa e exigia que desenvolvedores de sistemas movidos a IA compartilhassem resultados dos testes de segurança com o governo dos EUA.

Quando a ordem foi assinada por Biden, legisladores americanos não conseguiam aprovar uma legislação definitiva para formar diretrizes para o desenvolvimento da IA. As regras exigiam que as empresas informassem ao governo se criassem modelos poderosos de IA que pudessem afetar a segurança nacional, a economia ou a saúde pública.

A novela TikTok

Ninguém sabia ao certo quando e se o aplicativo e vídeos curtos iria sair do ar. No fim das contas, ele ficou off menos de 48 horas e já ganhou sobrevida patrocinado por uma canetada presidencial.

Na segunda-feira, 20, Trump adiou em 75 dias o bloqueio do TikTok no país. Essa decisão, na prática, significa que o Departamento de Justiça dos EUA está impedido de mover ações legais ou penalizar a empresa no período. O texto do decreto argumenta que a revogação dará ao novo governo tempo “para buscar uma resolução que proteja a segurança nacional enquanto salva uma plataforma usada por 170 milhões de americanos”.

Agora, a rede social chinesa deve ser palco de uma disputa entre bilionários. Em frente às câmeras Trump disse que aprovaria a compra do app por Elon Musk e depois sugeriu que seu amigo e dono da OracleLarry Ellison, também pudesse ser dono da rede.

Na frente das câmeras Trump sugeriu que seu amigo e dono da Oracle, Larry Ellison, também pudesse ser dono da rede Foto: Haiyun Jiang/NYT

Na frente das câmeras Trump sugeriu que seu amigo e dono da Oracle, Larry Ellison, também pudesse ser dono da rede Foto: Haiyun Jiang/NYT

ByteDance, empresa com sede na China dona do app, poder a oferta que mais lhe agrade, como a do bilionário Frank McCourt do Project Liberty e do youtuber MrBeast, que recentemente demonstrou intenção de compra. Inclusive, o grupo de investidores por trás do criador recebe consultoria jurídica de um escritório ligado ao novo procurador-geral dos EUA, Matt Gaetz.

Ordem que põe fim à “censura governamental” nas redes sociais

Um outro decreto de Trump tem a intenção de “parar imediatamente toda a censura governamental” nas redes sociais. Ou seja: agora, oficiais do governo federal americano estão proibidos de adotar qualquer conduta – que em tese – “infrinja de forma inconstitucional a liberdade de expressão de qualquer cidadão americano”. O decreto também veta o uso de recursos de impostos para os mesmos motivos.

Na prática, a ação deve abafar esforços de combater a proliferação de informação falsa ou enganosa online.

Conservadores justificaram a decisão com a tese de que os esforços para limitar a disseminação de fake news, mesmo que sobre saúde pública e o processo eleitoral, seja censura.

Money, money, money para construir a Stargate

Junto a OpenAI, a Oracle e o Softbank, o republicano se comprometeu, nesta terça-feira, 21, a investir em uma infraestrutura de inteligência artificial (IA) nos EUA. O anúncio prevê a destinação de até US$ 500 bilhões nos próximos anos em um projeto de data center de IA chamado Stargate.

“Construiremos data centers colossais que empregarão muitas pessoas”, disse o presidente dos EUA. Depois acrescentou que o país terá de produzir muita eletricidade e que seu governo tornará isso possível.

O projeto Stargate tem financiamento inicial da Oracle, OpenAI e Softbank. Além disso parceiros de investimentos também devem entrar, como o MGX, com sede em Abu Dhabi. A Arm, a Microsoft, a Nvidia, além de OpenAI e Oracle, serão os principais colaboradores tecnológicos do projeto. O governo não vai destinar fundos ao projeto.

Desmanche do Comitê de Revisão de Segurança Cibernética

Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) dispensou membros de vários de sues comitês executivos. Essa medida inclui o desmanche do Comitê de Revisão de Segurança Cibernética (CSRB), que é responsável por investigar incidentes de cibersegurança.

Segundo um documento assinado na segunda-feira, 20, pelo secretário interino Benjamine C. Huffman, as demissões são justificadas como parte de uma iniciativa de cortar gastos da agência. “Alinhado ao compromisso do Departamento de Segurança Interna em eliminar o mau uso de recursos e garantir que as atividades do DHS priorizem nossa segurança nacional, estou direcionando o fim de todas as atuais participações em comitês consultivos dentro do DHS, com efeito imediato”.

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) dispensou membros de vários de seus comitês consultivos Foto: Valerie Plesch/NYT

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) dispensou membros de vários de seus comitês consultivos Foto: Valerie Plesch/NYT

A onda de desligamentos vai interromper uma investigação conduzida pela agência sobre ataques a empresas de telecomunicações americanas por um grupo hacker chinês, conhecido como Salt Typhoon (ou Tufão de Sal, em português). Entre as pessoas que tiveram metadados coletados estão Donald Trump, J.D Vance (vice-presidente) e outros funcionários de alto escalão no governo.

Liberdade para Ross Ulbricht, símbolo de crimes na deep web perdoado por Trump

O criador do mercado digital Silk Road, que vendia drogas e outros crimes na deep web, Ross Ulbricht recebeu perdão “total e irrestrito” de Donald Trump na terça-feira, 21.

Ulbricht se tornou herói cult no universo das criptomoedas e dos libertários por criar o primeiro ambiente digital onde era possível fazer transações com bitcoin. O Departamento de justiça chegou a descrever sua invenção como o “mercado criminoso mais sofisticado e abrangente da internet”.

Ross Ulbricht, recebeu perdão de Trump Foto: Reprodução

Ross Ulbricht, recebeu perdão de Trump Foto: Reprodução

Celebrado em todas as feiras e convenções libertárias, Trump abraçou a causa de Ulbricht durante a conferência anual de bitcoin realizado em Nashville, onde reafirmou o compromisso de libertar o dito herói. Após a vitória do republicano, uma publicação no perfil de Ulbricht no dizia que ser “imensamente grato a todos que votaram no presidente Trump em meu nome”.

Fim do home office

A ordem para que todos os funcionários públicos federais dos EUA retornem ao serviço presencial teve muita influência de Elon Musk. Ainda em 2022, durante a pandemia, o czar do governo Trump havia ordenado aos funcionários da Tesla voltar do trabalho remoto.

“Os chefes de todos os departamentos e agência do Poder Executivo deve retomar todas as medidas necessárias para encerrar os acordos de trabalho remoto e exigir que os funcionários retornem ao trabalho presencial em seus respectivos postos de trabalho em tempo integral” diz parte do texto assinado pelo presidente.

Trump determinou o fim do home office para servidores federais Foto: Matt Rourke/AP

Trump determinou o fim do home office para servidores federais Foto: Matt Rourke/AP

Esse movimento é reflexo de medidas tomadas por várias empresas do setor privado. Em dezembro, a Amazon decidiu acabar com o home office, mas não tinha cadeiras o bastante para acomodar todos os funcionários.

Programas de diversidade estão ameaçados

A ordem presidencial dizia que todos os funcionários do governo federal que atuam em programas de diversidade, equidade e inclusão fossem afastados na quarta-feira, 22. Os escritórios dos programas também serão fechados, conforme afirma um memorando enviado pelo Escritório de Gestão Pessoal do governo americano.

O presidente considera políticas de D&I como “radicais e perdulárias”. Além de demissões, a diretriz vai causar a transferência de vários funcionários. Os chefes dos escritórios também foram instruídos a apresentar até sexta-feira, 24, um plano para “executar uma ação de redução de força”, o que significa mais demissões.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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