domingo, 19 de janeiro de 2025

NOVA FOTO OFICIAL DE TRUMP

 

História de Jake Lapham – BBC News

O que está por trás de nova foto oficial de Donald Trump

O que está por trás de nova foto oficial de Donald Trump© TRUMP VANCE TRANSITION TEAM HANDOUT/EPA

Sério. Sinistro. Uma “foto que carrega uma mensagem”.

Essas são algumas das descrições do novo retrato oficial de Donald Trump, capturado por seu fotógrafo-chefe, Daniel Torok.

Na foto, o presidente eleito, que toma posse na segunda-feira (20/1), encara a câmera com uma expressão séria e a sobrancelha levantada.

O retrato oficial do presidente é a imagem mais impressa e mais vista do presidente de todos os tempos”, disse o ex-fotógrafo da Casa Branca Eric Draper à BBC.

Ele trabalhou para George W. Bush durante seus oito anos na presidência dos Estados Unidos, e foi quem fez os retratos oficiais dos dois mandatos.

A primeira impressão que Draper teve da imagem de Trump foi que ela teria sido “fortemente manipulada”, tanto com iluminação de estúdio quanto com retoques após a captura da imagem.

A foto parece usar uma iluminação “monstruosa”, disse ele, para iluminar de forma dramática o presidente eleito por baixo e fazer seus olhos se destacarem.

A configuração da iluminação dá à imagem uma aparência “sinistra” frequentemente vista em filmes de terror, disse Eliska Sky, fotógrafa de retratos do Instituto de Fotografia de Londres. Ela comparou a representação de Trump a de um boxeador antes de uma luta.

A iluminação “sugere seriedade e intenção”, segundo Paul Duerinckx, professor sênior de fotografia documental no Swansea College of Art, no Reino Unido.

Esta imagem é impressionante, acrescentou, porque a fonte de luz na maioria das fotos vem de cima, como do sol ou das luzes do teto, e inverter a fonte nesta foto “tende realmente a ter um efeito sobre nós”.

A foto de Donald Trump divulgada pela polícia foi usada por seus apoiadores e oponentes, e estampou de canecas e camisetas

A foto de Donald Trump divulgada pela polícia foi usada por seus apoiadores e oponentes, e estampou de canecas e camisetas© Getty Images

Nas redes sociais, muitas pessoas compararam a imagem oficial do novo mandato à “foto policial” de Donald Trump, tirada no condado de Fulton, na Geórgia, depois de ele ter sido acusado de tentar anular a derrota nas eleições de 2020 – uma acusação que Trump nega.

O YouTuber de fotografia Jared Polin disse que discutiu o retrato com Torok e foi informado de que a foto forneceu inspiração.

“A foto policial foi uma das imagens mais pesquisadas, talvez de todos os tempos”, afirma Polin, disse Torok.

Torok não respondeu ao pedido de comentários da BBC.

A foto policial, tirada em 2023, passou a fazer parte da cultura norte-americana, enfeitando de canecas de café a camisetas.

Sorriso

Retrato oficial de Donald Trump tirado no início de seu primeiro mandato, em 2017, e o de George W. Bush, capturado por Eric Draper em 2003

Retrato oficial de Donald Trump tirado no início de seu primeiro mandato, em 2017, e o de George W. Bush, capturado por Eric Draper em 2003© White House/Stock Montage

O estilo do novo retrato de Trump difere da aparência de sua imagem de 2017, e também de presidentes anteriores, incluindo George W. Bush.

“Você definitivamente tira fotos para agradar o cliente e, neste caso, acho que esse é o tipo de imagem que eles queriam retratar”, disse Draper à BBC.

Ele se lembra de ter conversado com o então presidente Bush e a primeira-dama Laura Bush para examinar uma seleção de imagens antes de escolherem a favorita deles.

“A ideia era fazer com que parecesse uma iluminação bonita e agradável, parecesse um retrato profissional, com uma expressão bonita, porque essas fotos vão dar as boas-vindas às pessoas quando elas entrarem nos correios”, disse ele, em referência aos usos das fotografias oficiais.

Andrew Parsons, um fotógrafo político que trabalhou para quatro primeiros-ministros britânicos durante 13 anos, disse sobre a foto de Trump: “É uma imagem de mensagem, estou entregando uma mensagem a você”.

“Não é como um sorriso sincero, é um olhar severo e duro, direto para a lente.”

Em comparação, Parsons disse que a imagem do mandato que se iniciou em 2017 foi uma “imagem do empresário Donald Trump”.

É difícil ampliar a importância de imagens políticas como a de Trump, disse ele. “Uma imagem pode fazer ou quebrar uma campanha política.”

ELON MUSK É O MAIOR EMPRESÁRIO DE TODOS OS TEMPOS AINDA COM 53 ANOS

 

História de Steve Savage – Forbes Brasil

No esporte, fãs frequentemente debatem quem é o “GOAT” (Greatest of All Time, ou o maior de todos os tempos) – seja Tom Brady no futebol americano, Michael Jordan no basquete ou Pelé no futebol. Embora as preferências variem, geralmente há um consenso sobre os principais concorrentes.

Já no empreendedorismo, a discussão é muito mais complexa. Não há placar para medir grandeza, e os critérios – acúmulo de riqueza, impacto social, domínio de mercado ou longevidade – não são tangíveis nem universalmente aceitos. Diferentemente do esporte, em que títulos e recordes servem como benchmarks claros, avaliar o sucesso empreendedor exige uma abordagem mais detalhada. Então, como decidir quem é o maior empreendedor de todos os tempos?

Como medir o sucesso

Um possível critério é a riqueza ajustada ao tempo, inflação ou participação no PIB. Por exemplo, um bilionário em 1910 teria um poder econômico exponencialmente maior se ajustado ao poder de compra ou PIB atual. Nesse contexto, John D. Rockefeller, frequentemente considerado o arquétipo do sucesso empreendedor, acumulou uma fortuna equivalente a 1,5% do PIB dos Estados Unidos no seu auge – um número extraordinário em qualquer época.

Historicamente, os empreendedores mais ricos (ajustados pela participação no PIB) incluem:John D. Rockefeller (1839–1937)

  • Indústria: Petróleo (Standard Oil)
  • Riqueza máxima (Participação no PIB dos EUA): 1,5% (US$ 1 bilhão em 1913)
  • Equivalente atual: ~US$ 400 bilhões
  • Legado: Revolucionou a indústria do petróleo e estabeleceu um dos primeiros monopólios globais.

Andrew Carnegie (1835–1919)

  • Indústria: Aço (Carnegie Steel)
  • Riqueza máxima (Participação no PIB dos EUA): 1,5% (US$ 500 milhões em 1901)
  • Equivalente atual: ~US$ 310 bilhões

Cornelius Vanderbilt (1794–1877)

  • Indústria: Ferrovias e transporte marítimo
  • Riqueza máxima (Participação no PIB dos EUA): 1,15% (US$ 105 milhões em 1870)
  • Equivalente atual: ~US$ 250 bilhões

Henry Ford (1863–1947)

  • Indústria: Automóveis (Ford Motor Company)
  • Riqueza máxima (Participação no PIB dos EUA): 0,95% (US$ 1,2 bilhão em 1928)
  • Equivalente atual: ~US$250 bilhões

Elon Musk: o novo padrão de sucesso empreendedor

Até recentemente, a marca de 1,5% do PIB de Rockefeller era o padrão de riqueza empreendedora. Mas agora Elon Musk ultrapassou esse marco. Com um patrimônio estimado em US$ 437 bilhões (R$ 2,7 trilhões), representando 1,6% do PIB dos EUA, Musk é agora o empreendedor mais rico da história moderna.

Com apenas 53 anos, o bilionário ainda está em ascensão. Para efeito de comparação, Rockefeller acumulou 90% de sua riqueza após os 53 anos, indicando que o auge de Musk ainda pode estar por vir.Elon Musk (1971–presente)

  • Indústrias: Veículos elétricos (Tesla), exploração espacial (SpaceX) e outras.
  • Riqueza máxima (Participação no PIB dos EUA): 1,6% (US$ 437 bilhões em 2024).
  • Legado: Um inovador multifacetado que vem transformando as indústrias automotiva, energética e espacial.

SpaceX: a joia da coroa de Musk

Embora a Tesla receba grande atenção, a SpaceX, avaliada em cerca de US$ 350 bilhões (R$ 2,1 trilhões), pode ser o negócio mais transformador de Musk. Ele detém 40% de participação na empresa, que contribui significativamente para sua fortuna e apresenta um crescimento acelerado.

A SpaceX revolucionou a exploração espacial, alcançando o que muitos consideravam impossível: inovação de ponta a uma fração dos custos da NASA. Desde foguetes reutilizáveis até a internet global via Starlink, os feitos da SpaceX transcendem o sucesso financeiro de Musk, destacando sua visão de transformar a relação da humanidade com o espaço.Empreendedor multidimensional

Diferentemente de gigantes como Rockefeller (petróleo), Carnegie (aço) ou Ford (automóveis), Musk está deixando sua marca em múltiplos setores:

  • Fintech: fez parte da criação do PayPal, que revolucionou os pagamentos digitais.
  • Automotivo: principal investidor da Tesla, liderando a transição global para veículos elétricos.
  • Espaço: fundou a SpaceX, transformando viagens e exploração espaciais.
  • Inteligência Artificial: fundou a X.ai, promovendo avanços em IA.
  • Infraestrutura: fundou a The Boring Company, inovando no transporte subterrâneo.

A capacidade de Musk de dominar indústrias diversas o diferencia de seus antecessores. Poucos empreendedores na história demonstraram tanta influência em setores distintos.O primeiro trilionário?

A sinergia de Musk com prioridades governamentais, inovação em setores em expansão e ambição incansável sugere que ele pode se tornar o primeiro trilionário do mundo.

Analistas preveem que sua fortuna poderia ultrapassar de US$ 5 a US$ 10 trilhões (R$ 30,9 trilhões a R$ 61,9 trilhões) nas próximas décadas.

Com apenas 53 anos, a história de Musk ainda está se desenrolando. No entanto, com seu histórico de inovação e domínio do mercado, Musk já consolidou seu lugar como um dos maiores empreendedores de todos os tempos – e sua jornada está longe de terminar.

Matéria publicada originalmente na Forbes USA, com patrimônios de 29 de dezembro de 2024. 

*Joel Shulman é colaborador da Forbes USA. É doutor em finanças, autor de um livro de negócios, trabalhou no Banco Mundial e fundou uma empresa de preparação para o exame CFA, que treinou mais de 12 mil profissionais de investimentos em mais de 110 países ao redor do mundo.

MINISTÉRIO DA FAZENDA PEDE A PF FAZER TRÊS INVESTIGAÇÕES

 

História de Elijonas Maia – CNN Brasil

PF analisa três pedidos de inquéritos enviados pelo Ministério da Fazenda

PF analisa três pedidos de inquéritos enviados pelo Ministério da Fazenda

A Polícia Federal está analisando três pedidos de abertura de inquérito que envolvem o Ministério da Fazenda, sendo dois a pedido da pasta e um enviado pela Advocacia-Geral da União (AGU). As três solicitações foram feitas em uma semana. O primeiro foi enviado pela pasta para que a PF investigue a autoria do vídeo adulterado, que circulou na semana passada, em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aparece dizendo que vai “taxar tudo” e que “imposto e Big Brother são paixões nacionais”. O vídeo original, de uma entrevista coletiva captada pela CNN, foi adulterado com inteligência artificial. A voz e a imagem são do ministro, mas as falas são falsas. No vídeo, a imagem de Haddad “diz” frases sem sentido, como: “teremos impostos do cachorrinho de estimação; se ele é da família, temos que arrecadar sobre ele também”, “é justo imposto pré-natal: ficou grávida, já tem que começar a pagar imposto para o hospital”, “imposto das bets: se perdeu, o prejuízo é seu; se ganhar, o lucro é nosso” e “brasileiro gosta de um imposto novo”. O vídeo viralizou inicialmente no Facebook, e depois em grupos de WhatsApp e no Instagram. No sábado passado, o ministro gravou um vídeo verdadeiro, desmentido o conteúdo do material falso. O segundo pedido de abertura de inquérito partiu da Advocacia-Geral da União (AGU), para que a força policial apure fake news sobre a suposta taxação do Pix. Informações falsas que circularam na internet levaram o governo federal a recuar e suspender a norma da Receita Federal. Em ofício enviado ao diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a AGU pede que sejam tomadas providências com relação a notícias falsas relacionadas ao Pix e ao cometimento de crimes, “como, por exemplo, o envio de boletos e cobranças adicionais por golpistas”. E que seja apurada “a materialidade e a autoria dos fatos apontados, sobretudo para fins de detectar e analisar a criação de sites e perfis falsos em redes sociais, que se passam por instituições governamentais ou financeiras”. O terceiro e mais recente pedido de abertura de inquérito também partiu do Ministério da Fazenda, na quinta-feira (16), para que a PF investigue a obtenção e uso indevidos do CPF do ministro Fernando Haddad. Segundo o ofício enviado pela pasta à PF, o número dele foi compartilhado em aplicativos de troca de mensagens. A solicitação foi feita depois que o Ministério recebeu uma denúncia, via e-mail, indicando que uma pessoa, com DDD do estado da Bahia, estaria divulgando o número do documento de Haddad em grupos. Além disso, o usuário pedia para que as pessoas do grupo indicassem o CPF do ministro em notas fiscais. A ideia seria indicar um falso gasto pessoal do chefe da Fazenda, para que ele entrasse na mira da Receita Federal. A CNN apurou que os três pedidos ainda não se tornaram inquéritos, como solicitados. A Corregedoria da PF, responsável por receber os pedidos, está analisando, um a um, para saber se, de fato, são possíveis crimes de atribuição da Polícia Federal. Após a triagem inicial, vai instaurar inquérito e encaminhar às diretorias especializadas – ou então remeter a solicitação.

PRIMEIRO ANO DE GOVERNO DO PRESIDENTE MILEI DA ARGENTINA

 

Ives Gandra da Silva Martins – Professor Emérito das Universidades Mackenzie, UNIP, UNIFIEO, UNIFMU, do CIEE/O ESTADO DE SÃO PAULO, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército – ECEME, Superior de Guerra – ESG e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região; Professor Honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia); Doutor Honoris Causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs-Paraná e RS, e Catedrático da Universidade do Minho (Po rtugal); Presidente do Conselho Superior de Direito da FECOMERCI O – SP; ex-Presidente da Academia Paulista de Letras-APL e do Instituto dos Advogados de São Paulo-IASP

O presidente Javier Milei comemora um ano de governo e recoloca a Argentina no caminho do desenvolvimento, atraindo investimentos, reduzindo drasticamente a inflação, tornando a sociedade mais importante que a burocracia e o povo mais relevante que o governo.

No mundo inteiro, elogia-se a coragem que teve de adotar uma economia de choque para sacudir as esclerosadas estruturas de um país que afundava no concerto internacional, naufragava numa inflação incontrolável e numa nação cada vez menos disposta ao empreendedorismo e cada vez mais tendente a depender, quando no serviço público, das benesses, não sendo o servir o público, mas o servir-se do público sua preocupação maior.

Milei despertou a criatividade da Argentina, exigindo do povo, nos seus primeiros e difíceis meses, um grande sacrifício, considerando que, para reverter um círculo vicioso de descontrole monetário, inflação e não atração de investimentos e tornar o país atraente, com moeda estável e estabilidade fiscal, era fundamental gerar um círculo virtuoso com medidas que teriam que ser, como foram, duras, principalmente para desfazer os pontos de estrangulamento na máquina burocrática.

O lema de que era preciso o Estado diminuir para a sociedade crescer, passado um ano de sua eleição, começa a dar seus frutos.

O mais importante, todavia, é que sua firme deliberação de tornar a Argentina de novo um país de oportunidades, forte e reconhecido no cenário internacional, parece influenciar outras nações que não se afogam como infelizmente ocorre com o Brasil, num inchaço da máquina administrativa, com falta de controle fiscal, preocupante aumento do endividamento público, dominância fiscal em que nem o aumento de juros controla a inflação, prejuízo crescente nas estatais forradas por amigos do rei e a falta de perspectiva de que este cenário possa mudar.

Com efeito, no Brasil, no governo anterior, a dívida pública caiu 2%, neste já aumentou 4%. O governo passado deixou um superavit primário de 54 bilhões de reais. O atual governo teve no primeiro ano um déficit primário de mais de 200 bilhões de reais e deverá, quando apresentar os dados de 2024, ter encerrado o ano com um outro expressivo déficit primário.

O certo é que até 2022, o Brasil era um exemplo de controle de inflação e crescimento, apesar do COVID e todos os problemas gerados num ano no qual houve real estagnação econômica para controlar a expansão da moléstia. A Argentina era, ao contrário, um país à deriva.

Agora, a Argentina é que atrai investimentos e parece rumar para o desenvolvimento econômico e superação de seus problemas anteriores, enquanto o Brasil, se o presidente Lula não controlar sua fantástica vocação para gastar dinheiro emprestado que não tem, não querendo cortar despesas, poderá seguir o caminho da Argentina no passado e a Argentina o caminho do Brasil à época em que conseguiu controlar a inflação.

Minha avaliação, portanto, é de que a Argentina, neste primeiro ano, demonstrou que está no caminho certo.

COMPUTAÇÃO QUÂNTICA NA NUVEM

 

Como os Computadores Quânticos serão acessados remotamente, será necessário implementar uma autenticação de rede robusta e comunicações seguras entre a Nuvem e os aplicativos

 Por Redaçãoem 15 de janeiro de 2025 – INFOR Channel

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Nem zero, nem um. Na Computação Quântica, a informação pode existir em ambos os estados simultaneamente, o que faz uma diferença gigantesca no tipo de resultado e na capacidade do computador de processar volumes imensos de cálculos em um tempo muito mais curto do que seria necessário na computação clássica. Ou, em alguns casos, cálculos que seriam praticamente impossíveis, pois levariam centenas de anos para serem concluídos. Há situações em que a computação clássica já não é suficiente, e é aí que a Computação Quântica entra em cena, oferecendo resultados radicalmente diferentes.

Por isso, as empresas mais visionárias estão se esforçando para descobrir como aproveitar o incrível poder de processamento da Computação Quântica assim que ela estiver amplamente disponível. Embora ainda não saibamos exatamente quando isso acontecerá, a apresentação pela IBM, no final de 2023, da primeira máquina com mais de 1.000 qubits foi um claro sinal de que o mundo terá acesso generalizado a Computadores Quânticos mais cedo do que imaginamos.

“Mas preparar-se para os benefícios da Computação Quântica não deve ser a única prioridade da sua organização. Essa tecnologia incrivelmente poderosa também trará uma série de ameaças. E, como a Computação Quântica provavelmente dependerá fortemente da Nuvem, proteger-se contra ataques quânticos exigirá medidas semelhantes às usadas atualmente para proteger a Nuvem”, afirma Dean Coclin, diretor Sênior de Desenvolvimento de Negócios da DigiCert.

Em 2016, Bill Gates previu que a Computação em Nuvem seria capaz de oferecer Supercomputação Quântica até 2026, resolvendo “alguns problemas científicos muito importantes, como o design de materiais e catalisadores”.

Lembre-se dos mais de 1.000 qubits na nova máquina da IBM? Esses qubits—abreviação de “bits quânticos”—são extremamente sensíveis ao calor, o que significa que Computadores Quânticos só podem operar em ambientes criogenicamente refrigerados

Que problemas Gates estava se referindo?
Os Computadores Quânticos não são como os tradicionais desktops ou servidores. Lembre-se dos mais de 1.000 qubits na nova máquina da IBM? Esses qubits—abreviação de “bits quânticos”—são extremamente sensíveis ao calor, o que significa que Computadores Quânticos só podem operar em ambientes criogenicamente refrigerados.

E esses sistemas de refrigeração? Não são como as geladeiras inteligentes que você encontra na sua cozinha. Supercomputadores exigem “supergeladeiras”, unidades criogênicas capazes de operar a -459°F (-273°C), a temperatura segura para os qubits.

Como você pode imaginar, supergeladeiras não são pequenas. E certamente não são baratas—nem a energia necessária para operá-las.

Para a maioria das organizações, isso significa que a tecnologia Quântica local (on-premises) não será viável tão cedo. Porém, a Nuvem oferece a flexibilidade, escalabilidade e acessibilidade necessárias para democratizar a Computação Quântica.

As ameaças à Computação Quântica na Nuvem
Uma palavra resume o motivo pelo qual os serviços Quânticos serão quase 100% implantados na Nuvem: acessibilidade.

No entanto, há uma grande desvantagem. Tornar a Computação Quântica mais acessível também a torna acessível para atacantes. Da mesma forma que você não precisará investir em hardware quântico físico para usar essa tecnologia, agentes mal-intencionados também não precisarão de Computadores Quânticos próprios para atacar sua organização.

Nos primeiros estágios, é provável que os atacantes façam uma das duas coisas:
Roubar credenciais que protegem sua conexão com os serviços Quânticos na Nuvem, alterando ou comprometendo os serviços; ou
Utilizar recursos de Computação Quântica na Nuvem para comprometer infraestruturas legadas que não são preparadas para a era Quântica.

As redes tradicionais possuem um perímetro físico que a infraestrutura em Nuvem não tem. Como os Computadores Quânticos serão acessados remotamente, será necessário implementar uma autenticação de rede robusta e comunicações seguras entre a Nuvem e os aplicativos.

“Além disso, será imprescindível criptografar todos os Dados armazenados na Nuvem para proteger contra uma das maiores ameaças à computação em Nuvem: violações de Dados. As causas mais comuns dessas violações são padrões de autenticação fracos, senhas inadequadas e gestão ineficaz de certificados. E, à medida que as organizações aumentam o uso de serviços na Nuvem, torna-se ainda mais difícil controlar esses fatores”, afirma Dean.

Como proteger a Computação Quântica na Nuvem
No final das contas, proteger a Computação Quântica na Nuvem exigirá práticas semelhantes às usadas para proteger outras tecnologias e Dados em Nuvem:

Autenticação robusta
Visibilidade e escalabilidade
Gestão simplificada de certificados

Proteger os sistemas criptográficos legados da sua organização contra o uso malicioso de recursos Quânticos significa desenvolver um plano para substituir os algoritmos criptográficos atuais e implementar algoritmos resistentes à Computação Quântica. Esse plano precisa ser colocado em prática antes do dia inevitável em que os recursos Quânticos disponíveis comprometerem algoritmos tradicionais, como o RSA.

Prepare-se para a Era Quântica com a modernização do PKI
A Infraestrutura de Chave Pública (PKI) tem garantido a segurança da web há décadas, utilizando três pilares principais para proteger tudo o que se conecta à internet, incluindo recursos na Nuvem:

Integridade
Garante que os Dados permaneçam inalterados e confiáveis durante a transmissão.
Autenticação
 Verifica a identidade de usuários e dispositivos que acessam recursos na Nuvem.
Criptografia
 Protege Dados confidenciais de acessos não autorizados, transformando-os em formatos ilegíveis.

No entanto, muitas organizações não atualizaram essa base essencial, confiando em práticas desatualizadas e soluções limitadas que não atendem às demandas de segurança moderna—muito menos às da Computação Quântica.

Uma vez que os atacantes tenham acesso à tecnologia Quântica, será fácil descriptografar Dados protegidos pela PKI tradicional. Para garantir a segurança na Era Quântica, é necessário modernizar a PKI, começando pelo inventário dos ativos criptográficos da sua organização e implementando algoritmos resistentes à Computação Quântica.

Escolhendo a plataforma ideal para um PKI modernizado
Tentar implementar um PKI privado internamente é arriscado, especialmente com a Computação Quântica no horizonte. Trabalhar com uma autoridade certificadora privada, como a DigiCert, pode oferecer automação e escalabilidade necessárias para adaptar o uso dos serviços Quânticos em Nuvem.

IA GENERATIVA É UM TIPO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL QUE PODE CRIAR CONTEÚDOS E IDEIAS COM IMAGENS E VÍDEOS

 

AWS Market

A IA generativa, ou gen AI, é um tipo de inteligência artificial (IA) que pode criar novos conteúdos e ideias, como imagens e vídeos, e também reutilizar o que sabe para resolver novos problemas.

O que é IA generativa?

A inteligência artificial generativa, também conhecida como IA generativa, ou simplesmente gen AI, é um tipo de IA que pode criar novos conteúdos e ideias, incluindo conversas, histórias, imagens, vídeos e músicas. Ele pode aprender linguagem humana, linguagens de programação, arte, química, biologia ou qualquer assunto complexo. Ele reutiliza o que sabe para resolver novos problemas.

Por exemplo, ele pode aprender vocabulário em inglês e criar um poema a partir das palavras que processa.

Sua organização pode usar a IA generativa para várias finalidades, como chatbots, criação de mídia e desenvolvimento e design de produtos.

Exemplos de IA generativa

A IA generativa tem vários casos de uso em todos os setores

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·  ·  ·  ·  Serviços financeiros

As empresas de serviços financeiros usam ferramentas de IA generativa para atender melhor seus clientes e, ao mesmo tempo, reduzir os custos:

  • As instituições financeiras usam chatbots para gerar recomendações de produtos e responder às consultas dos clientes, o que melhora o atendimento geral ao cliente.
  • As instituições de crédito aceleram aprovações de empréstimos para mercados financeiramente carentes, especialmente em países em desenvolvimento.
  • Bancos detectam rapidamente fraudes em sinistros, cartões de crédito e empréstimos.
  • Empresas de investimento usam o poder da IA generativa para fornecer aconselhamento financeiro seguro e personalizado aos seus clientes a um custo baixo.

Benefícios da IA generativa

De acordo com a Goldman Sachs, a IA generativa poderia impulsionar um aumento de 7% (ou quase 7 trilhões de dólares) no produto interno bruto (PIB) global e elevar o crescimento da produtividade em 1,5 ponto percentual em dez anos. A seguir, apresentamos mais alguns benefícios da IA generativa.

Acelera a pesquisa

Os algoritmos de IA generativa podem explorar e analisar dados complexos de novas maneiras, permitindo que os pesquisadores descubram novas tendências e padrões que, de outra forma, não seriam aparentes. Esses algoritmos podem resumir o conteúdo, delinear vários caminhos de solução, debater ideias e criar documentação detalhada a partir de notas de pesquisa. É por isso que a IA generativa aprimora drasticamente a pesquisa e a inovação. Por exemplo, sistemas de IA generativa estão sendo usados na indústria farmacêutica para gerar e otimizar sequências de proteínas e acelerar significativamente a descoberta de medicamentos.

Melhora a experiência dos clientes

A IA generativa pode responder naturalmente à conversa humana e servir como uma ferramenta para atendimento ao cliente e personalização dos fluxos de trabalho do cliente. Por exemplo, você pode usar chatbots com tecnologia de IA, bots de voz e assistentes virtuais que respondem com mais precisão aos clientes na resolução do primeiro contato. Eles podem aumentar o engajamento do cliente apresentando ofertas e comunicações selecionadas de forma personalizada.

Otimiza os processos de negócios

Com a IA generativa, sua empresa pode otimizar os processos de negócios utilizando aplicações de machine learning (ML) e IA em todas as linhas de negócios. É possível aplicar a tecnologia em todas as linhas de negócios, incluindo engenharia, marketing, atendimento ao cliente, finanças e vendas.

Por exemplo, confira o que a IA generativa pode fazer para otimizar:

  • Extraia e resuma dados de qualquer fonte para funções de pesquisa de conhecimento.
  • Avalie e otimize diferentes cenários para redução de custos em áreas como marketing, publicidade, finanças e logística.
  • Gere dados sintéticos para criar dados rotulados para aprendizado supervisionado e outros processos de ML.

Aumenta a produtividade dos funcionários

Modelos de IA generativa podem aumentar os fluxos de trabalho dos funcionários e atuar como assistentes eficientes para todos em sua organização. Eles podem fazer tudo, desde a pesquisa até a criação, de forma humana. A IA generativa pode aumentar a produtividade de diferentes tipos de trabalhadores:

  • Apoie tarefas criativas gerando vários protótipos com base em determinadas entradas e restrições. Ela também pode otimizar projetos existentes com base no feedback humano e nas restrições especificadas.
  • Gere novas sugestões de código de software para tarefas de desenvolvimento de aplicações.
  • Apoie o gerenciamento gerando relatórios, resumos e projeções.
  • Gere novos scripts de vendas, conteúdo de e-mail e blogs para equipes de marketing.

É possível economizar tempo, reduzir custos e aumentar a eficiência em toda a sua organização.

Como a tecnologia de IA generativa evoluiu?

Modelos generativos primitivos têm sido usados há décadas em estatística para auxiliar na análise de dados numéricos. As redes neurais e o aprendizado profundo foram precursores recentes da IA generativa moderna. Os codificadores automáticos variacionais, desenvolvidos em 2013, foram os primeiros modelos generativos profundos que conseguiram gerar imagens e fala realistas.

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·  ·  VAEs

Os VAEs (autoencodificadores variacionais) introduziram a capacidade de criar novas variações de vários tipos de dados. Isso levou ao rápido surgimento de outros modelos de IA generativa, como redes adversárias generativas e modelos de difusão. Essas inovações foram focadas na geração de dados que se assemelhavam cada vez mais a dados reais, apesar de terem sido criados artificialmente.

Como funciona a IA generativa?

Como toda inteligência artificial, a IA generativa funciona usando modelos de machine learning: modelos muito grandes que são pré-treinados em grandes quantidades de dados.

Modelos básicos

Os modelos de base (FMs) são modelos de ML treinados em um amplo espectro de dados generalizados e não rotulados. Eles são capazes de realizar uma grande variedade de tarefas gerais.

Os FMs são o resultado dos mais recentes avanços em uma tecnologia que vem evoluindo há décadas. Em geral, um FM usa padrões e relacionamentos aprendidos para prever o próximo item em uma sequência.

Por exemplo, com a geração de imagens, o modelo analisa a imagem e cria uma versão mais nítida e mais claramente definida dela. Da mesma forma, com textos, o modelo prevê a próxima palavra em uma sequência de texto com base nas palavras anteriores e no contexto. Em seguida, seleciona a próxima palavra usando técnicas de distribuição de probabilidade.

Grandes modelos de linguagem

Os grandes modelos de linguagem (LLMs) são uma classe de FMs. Por exemplo, os modelos de transformadores generativos pré-treinados (GPT) da OpenAI são LLMs. Os LLMs são especificamente focados em tarefas baseadas em linguagem, como resumo, geração de texto, classificação, conversa aberta e extração de informações.

Leia sobre o GPT »

O que torna os LLMs especiais é sua capacidade de realizar várias tarefas. Eles podem fazer isso porque contêm muitos parâmetros que os tornam capazes de aprender conceitos avançados.

Um LLM como o GPT-3 pode considerar bilhões de parâmetros e tem a capacidade de gerar conteúdo com pouquíssimas informações. Por meio de sua exposição pré-treinamento a dados em escala da Internet em todas as suas várias formas e uma infinidade de padrões, os LLMs aprendem a aplicar seus conhecimentos em uma ampla variedade de contextos.

Como funcionam os modelos de IA generativa?

Os modelos tradicionais de machine learning eram discriminativos ou focados na classificação de pontos de dados. Eles tentaram determinar a relação entre fatores conhecidos e desconhecidos. Por exemplo, eles analisam imagens (dados conhecidos como arranjo de pixels, linha, cor e forma) e as mapeiam em palavras: o fator desconhecido. Matematicamente, os modelos funcionaram identificando equações que poderiam mapear numericamente fatores desconhecidos e conhecidos como variáveis x e y. Os modelos generativos levam isso um passo adiante. Em vez de prever um rótulo com alguns recursos, eles tentam prever recursos com um determinado rótulo. Matematicamente, a modelagem generativa calcula a probabilidade de x e y ocorrerem juntos. Ele aprende a distribuição de diferentes recursos de dados e seus relacionamentos. Por exemplo, modelos generativos analisam imagens de animais para registrar variáveis como diferentes formatos de orelhas, formatos de olhos, características da cauda e padrões de pele. Eles aprendem características e suas relações para entender como são os diferentes animais em geral. Eles podem então recriar novas imagens de animais que não estavam no conjunto de treinamento. A seguir, apresentamos algumas categorias amplas de modelos de IA generativa.

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·  ·  ·  Modelos de difusão

Os modelos de difusão criam novos dados fazendo alterações aleatórias controladas de forma iterativa em uma amostra de dados inicial. Eles começam com os dados originais e adicionam mudanças sutis (ruído), tornando-os progressivamente menos semelhantes aos originais. Esse ruído é cuidadosamente controlado para garantir que os dados gerados permaneçam coerentes e realistas.

Depois de adicionar ruído em várias iterações, o modelo de difusão reverte o processo. A remoção reversa de ruído remove gradualmente o ruído para produzir uma nova amostra de dados semelhante à original.

Treinamento de IA generativa para iniciantes

O treinamento de IA generativa começa com a compreensão dos conceitos básicos de machine learning. Os alunos também precisam explorar as redes neurais e a arquitetura de IA. A experiência prática com bibliotecas Python, como TensorFlow ou PyTorch, é essencial para implementar e experimentar diferentes modelos. Você também precisa aprender avaliação de modelos, ajuste fino e habilidades de engenharia de prompts.

Um diploma em inteligência artificial ou machine learning oferece treinamento aprofundado. Considere cursos de curta duração online e certificações para desenvolvimento profissional. O treinamento de IA generativa na AWS inclui certificações de especialistas da AWS em tópicos como:

Quais são as limitações da IA generativa?

Apesar de seus avanços, os sistemas de IA generativa às vezes podem produzir informações imprecisas ou enganosas. Eles se baseiam em padrões e dados nos quais foram treinados e podem registrar vieses ou imprecisões inerentes a esses dados. Outras questões relacionadas aos dados de treinamento incluem

Segurança

As questões relacionadas com a privacidade e a segurança dos dados surgem quando dados proprietários são usados para personalizar modelos de IA generativa. Esforços devem ser feitos para garantir que as ferramentas de IA generativa gerem respostas que limitem o acesso não autorizado a dados proprietários. As questões relacionadas com a segurança também surgem se houver falta de responsabilização e transparência na forma como os modelos de IA tomam decisões.
Saiba mais sobre a abordagem segura da IA generativa usando a AWS

Criatividade

Embora a IA generativa possa produzir conteúdo criativo, ela geralmente não possui verdadeira originalidade. A criatividade da IA é limitada pelos dados nos quais ela foi treinada, gerando resultados que podem parecer repetitivos ou derivados. A criatividade humana, que envolve uma compreensão mais profunda e uma ressonância emocional, continua sendo um desafio para a IA replicar totalmente.

Custo

O treinamento e a execução de modelos de IA generativa exigem recursos computacionais substanciais. Os modelos de IA generativa baseados em nuvem são mais acessíveis e econômicos do que tentar criar novos modelos do zero.

Explicabilidade

Devido à sua natureza complexa e opaca, os modelos de IA generativa costumam ser considerados caixas pretas. É desafiador entender como esses modelos chegam a resultados específicos. Melhorar a interpretabilidade e a transparência é essencial para aumentar a confiança e a adoção.

Quais são as práticas recomendadas na adoção de IA generativa?

Se a sua organização quiser implementar soluções de IA generativa, considere as seguintes práticas recomendadas para aprimorar seus esforços.

Comece com aplicações internas

É melhor começar a adoção de IA generativa com o desenvolvimento interno de aplicações, com foco na otimização de processos e na produtividade dos funcionários. Você obtém um ambiente mais controlado para testar os resultados e, ao mesmo tempo, desenvolver habilidades e entender a tecnologia. É possível testar os modelos extensivamente e até mesmo personalizá-los em fontes de conhecimento internas. Dessa forma, seus clientes têm uma experiência muito melhor quando você eventualmente usa os modelos para aplicações externas.

Aumente a transparência

Comunique-se claramente sobre todas as aplicações e resultados de IA generativa, para que seus usuários saibam que estão interagindo com a IA e não com humanos. Por exemplo, a IA pode se apresentar como IA, ou os resultados de pesquisa baseados em IA podem ser marcados e destacados. Dessa forma, seus usuários podem usar seu próprio critério ao interagir com o conteúdo. Eles também podem ser mais proativos ao lidar com quaisquer imprecisões ou preconceitos ocultos que os modelos subjacentes possam ter devido às limitações dos dados de treinamento.

Implemente a segurança

Implemente barreiras de proteção para que suas aplicações de IA generativa não permitam acesso inadvertido e não autorizado a dados confidenciais. Envolva as equipes de segurança desde o início para que todos os aspectos possam ser considerados desde o início. Por exemplo, talvez você precise mascarar dados e remover informações de identificação pessoal (PII) antes de treinar qualquer modelo em dados internos.

Teste extensivamente

Desenvolva processos de teste automatizados e manuais para validar os resultados e testar todos os tipos de cenários que o sistema de IA generativa possa enfrentar. Tenha grupos diferentes de testadores beta que testem as aplicações de maneiras diferentes e documentem os resultados. O modelo também melhorará continuamente por meio de testes, e você terá mais controle sobre os resultados e respostas esperados.

Como a AWS pode ajudar a IA generativa?

A Amazon Web Services (AWS) facilita a criação e a escalabilidade de aplicações de IA generativa para seus dados, casos de uso e clientes. Com a IA generativa na AWS, você obtém segurança e privacidade de nível empresarial, acesso aos melhores FMs do setor, aplicações baseadas em IA generativa e uma abordagem que prioriza os dados.

ValeOn UMA STARTUP INOVADORA

A Startup ValeOn um marketplace que tem um site que é uma  Plataforma Comercial e também uma nova empresa da região do Vale do Aço que tem um forte relacionamento com a tecnologia.

Nossa Startup caracteriza por ser um negócio com ideias muito inovadoras e grande disposição para inovar e satisfazer as necessidades do mercado.

Nos destacamos nas formas de atendimento, na precificação ou até no modo como o serviço é entregue, a nossa startup busca fugir do que o mercado já oferece para se destacar ainda mais.

Muitos acreditam que desenvolver um projeto de inovação demanda uma ideia 100% nova no mercado. É preciso desmistificar esse conceito, pois a inovação pode ser reconhecida em outros aspectos importantes como a concepção ou melhoria de um produto, a agregação de novas funcionalidades ou características a um produto já existente, ou até mesmo, um processo que implique em melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade ao negócio.

inovação é a palavra-chave da nossa startup. Nossa empresa busca oferecer soluções criativas para demandas que sempre existiram, mas não eram aproveitadas pelo mercado.

Nossa startup procura resolver problemas e oferecer serviços inovadores no mercado.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

  • Publicidade e Propaganda de várias Categorias de Empresas e Serviços;
  • Informações detalhadas dos Shoppings de Ipatinga;
  • Elaboração e formação de coletâneas de informações sobre o Turismo da nossa região;
  • Publicidade e Propaganda das Empresas das 27 cidades do Vale do Aço, destacando: Ipatinga, Cel. Fabriciano, Timóteo, Caratinga e Santana do Paraíso;
  • Ofertas dos Supermercados de Ipatinga;
  • Ofertas de Revendedores de Veículos Usados de Ipatinga;
  • Notícias da região e do mundo;
  • Play LIst Valeon com músicas de primeira qualidade e Emissoras de Rádio do Brasil e da região;
  • Publicidade e Propaganda das Empresas e dos seus produtos em cada cidade da região do Vale do Aço;
  • Fazemos métricas diárias e mensais de cada consulta às empresas e seus produtos.

sábado, 18 de janeiro de 2025

HÁ MAIS DE 20 ANOS AS MOVIMENTAÇÕES FINANCEIRAS DEVEM OBRIGATORIAMENTE SEREM REPORTADAS ATÉ O PIX

 

História de Clayton Freitas – Jornal Estadão

Embora muito tenha se falado sobre a inclusão de monitoramento do Pix, o principal foco do governo federal para a instrução normativa que acabou sendo revogada era incluir as instituições de pagamento. O fato de o Pix ter ganhado relevância se deu porque essa é a forma de transação mais recorrentes nessas fintechs.

Até porque o Pix, desde a sua criação, sempre foi monitorado, desde que feito em instituições financeiras tradicionais, tais como bancos, segundo tributaristas ouvidos pela reportagem. “O Pix sempre foi monitorado. As pessoas acharam que, se mandassem um Pix, eles iam ser repassados à Receita Federal, mas isso nunca vai acontecer, já que é pela somatória”, afirma Tatiana Navarro advogada especialista em direito tributário, sócia-fundadora do escritório Oliveira Navarro e palestrante.

A regra que vigora há mais de 20 anos prevê que as movimentações financeiras devem, obrigatoriamente, serem reportadas à Receita Federal, independentemente de serem feitas por cartões de crédito, depósito, transferência ou mesmo Pix Foto: Felipe Siqueira/Estadão

A regra que vigora há mais de 20 anos prevê que as movimentações financeiras devem, obrigatoriamente, serem reportadas à Receita Federal, independentemente de serem feitas por cartões de crédito, depósito, transferência ou mesmo Pix Foto: Felipe Siqueira/Estadão© Fornecido por Estadão

A regra que vigora há mais de 20 anos prevê que as movimentações financeiras devem, obrigatoriamente, serem reportadas, independentemente de serem feitas por cartões de crédito, depósito, transferência ou mesmo Pix. O teto mensal é de R$ 2 mil no caso de pessoas físicas e de R$ 6 mil para pessoas jurídicas. O que a norma da Receita Federal buscava era atualizar esses valores para R$ 5 mil e R$ 15 mil, respectivamente, além de incluir as instituições de pagamento.

Afinal, o que são as instituições de pagamento?

Como o próprio nome sugere, trata-se de uma empresa, geralmente uma fintech, que executa serviços de pagamento, como gerenciamento de amortização de contas, emissão de instrumentos de pagamento e execução de remessas de fundos, além de recebimento de créditos, tais como os feitos pelo Pix. Por não serem bancos, elas possuem limitações de atuação oferecida pelas instituições tradicionais.

Elas estão fora da lista das empresas que precisam reportar, semestralmente, as movimentações dos clientes. Atualmente, a lista de quem precisa fazer esse reporte à Receita Federal consta no artigo 5 da Lei Complementar 105 de 2001. Além dos bancos, elas incluem uma série de outras instituições financeiras que são obrigadas a reportar as movimentações. Veja quais:

  • Distribuidoras de valores mobiliários;
  • Corretoras de câmbio e de valores mobiliários;
  • Sociedades de crédito, financiamento e investimentos;
  • Sociedades de crédito imobiliário;
  • Administradoras de cartões de crédito;
  • Sociedades de arrendamento mercantil;
  • Administradoras de mercado de balcão organizado;
  • Cooperativas de crédito;
  • Associações de poupança e empréstimo;
  • Bolsas de valores e de mercadorias e futuros;
  • Entidades de liquidação e compensação.

A lista não inclui as instituições de pagamento, mesmo porque, elas só foram autorizadas a operar 11 anos depois, por meio da lei 12.865 de 2012. Uma das instituições de pagamento mais famosas é o Nubank, criado em 2013, e que hoje também opera como uma instituição financeira.

Segundo dados do relatório de dezembro do Banco Central, existem no Brasil 152 instituições de pagamento, tais como Google Pay, Facebook Instituição de Pagamento do Brasil, Cielo, Redecard, Alelo, PagSeguro, Getnet, Paypal e PicPay. Pelas regras atuais, todas as movimentações feitas por elas, independentemente dos valores, não precisam ser reportadas, já que não existe legislação que as obrigue a isso.

Ou seja, em tese, se alguém quiser fazer uma transferência de R$ 5 mil, R$ 10 mil, R$ 100 mil, R$ 1 milhão ou mais para uma outra conta de uma outra instituição de pagamento (ou a mesma), não terá seus dados reportados à Receita Federal. E é por isso que o Fisco queria apertar o cerco. Segundo explica Tatiana, nem todas as instituições de pagamento autorizadas pela Receita são destinadas a fazer Pix ou transferências, já que elas podem operar, por exemplo, com um propósito específico.

“Do ponto de vista fiscal, a medida proposta pela instrução normativa era interessante, por ser mais um elemento da Receita Federal para cruzar as informações”, afirma o advogado tributarista Morvan Meirelles Costa Júnior, da Meirelles Costa Advogados.

Na opinião dele, o maior erro do governo federal foi o de não ser claro na comunicação. “Talvez se tivessem divulgado desde o início que essa obrigação já existia e que simplesmente estavam ampliando o número de pessoas jurídicas que deveriam informar, nada disso teria acontecido. O que sempre ser quis foi estender essa obrigação. E aí, para piorar, o governo voltou atrás”, complementa Costa Júnior.

Segundo Tatiana, ao contrário do que se pensa, a atualização da medida beneficiaria os clientes, e não o contrário. “Os R$ 2 mil de reporte era um valor defasado. Imagina uma babá que faz serviços eventuais. Pode ser que chegue a esse valor por mês e mesmo assim a movimentação dela é monitorada. Com os R$ 5 mil, isso não ocorreria”, diz.

Entenda melhor o que são as instituições de pagamento abaixo.

O que é uma instituição de pagamento?

Uma instituição de pagamento (IP) é uma entidade que executa serviços de pagamento, como gerenciamento de contas de pagamento, emissão de instrumentos de pagamento, e execução de remessas de fundos, sem ser uma instituição financeira. Ela é responsável pelo relacionamento direto com os usuários finais.

Quais serviços uma instituição de pagamento pode oferecer?

As IPs podem oferecer uma variedade de serviços, incluindo aporte e saque de recursos, gestão de contas de pagamento, execução de instruções de pagamento, emissão e credenciamento de instrumentos de pagamento, conversão de moeda, e iniciação de transações de pagamento.

Por qual motivo o governo federal queria incluí-las?

Suspeita-se que alguns criminosos estejam se valendo dessa ausência de reporte justamente para lavagem de dinheiro, inclusive o crime organizado. Se as instituições de pagamento fossem inclusas, essas movimentações seriam reportadas, o que poderia revelar eventuais irregularidades.

A prestação de serviços de pagamento é exclusiva das instituições de pagamento?

Não. Instituições financeiras também podem prestar serviços de pagamento, conforme estabelecido pela Lei nº 12.865, de 2013.

Como é criada uma instituição de pagamento?

Para ser criada, uma IP deve aderir às regras de um arranjo de pagamento, incluindo prazos de liquidação e medidas de segurança para proteção contra riscos e fraudes.

Quais são as vantagens de aderir a uma instituição de pagamento?

As IPs permitem aos clientes realizar pagamentos e transferências de forma independente de bancos, utilizando meios digitais e físicos, como cartões pré-pagos e celulares.

O que é vedado às instituições de pagamento?

As IPs não podem realizar atividades exclusivas de instituições financeiras, como operações de crédito e gestão de contas bancárias de depósitos.

Instituições de pagamento podem fazer parcerias com instituições financeiras?

Sim, IPs podem formar parcerias com instituições financeiras para oferecer serviços como saques em ATMs e financiamento de saldo devedor.

Instituições de pagamento podem emitir cartão de débito?

Sim, tanto instituições de pagamento quanto financeiras podem emitir cartões de débito associados a contas de pagamento pré-pagas.

Qual é a diferença entre conta bancária e conta de pagamento pré-paga?

Ambas permitem pagamentos e transferências, mas contas bancárias são protegidas pelo Fundo Garantidor de Crédito e podem ser usadas para concessão de crédito, enquanto contas de pagamento não têm essa proteção mas são reguladas para garantir a segurança dos recursos.

As tarifas são diferentes?

Sim. A cobrança de tarifas varia entre serviços vinculados a contas de pagamento pós-pagas (serviços prioritários com tarifas padronizadas) e pré-pagas (serviços diferenciados com maior flexibilidade na cobrança).

É obrigatório ter atendimento presencial?

Não. As regras são específicas e aplicáveis apenas a bancos com rede de atendimento presencial.

A DEMOCRACIA DEPENDE DA VERDADE

 

História de Ágata Marcelo – Newsrondonia

A democracia depende da verdade

A democracia depende da verdade

Depois das eleições municipais de 2024, foi dada a largada para as presidenciais em 2026. E o Brasil debate um tema cada vez mais relevante: fake news. Pesquisa do Instituto DataSenado revela que 81% dos brasileiros acreditam que as notícias falsas podem influenciar significativamente os resultados eleitorais. Tal dado relevante destaca a urgência de aprofundarmos o debate sobre desinformação e suas consequências para a democracia

De acordo com o mesmo levantamento, 72% dos entrevistados relataram ter encontrado notícias falsas nas redes sociais nos últimos seis meses que antecederam as eleições do ano passado. Essa realidade levanta preocupações sobre a integridade do processo eleitoral, uma vez que a disseminação de informações enganosas pode distorcer a percepção pública e manipular a opinião dos eleitores. A produção de fake news é prática desonesta, que adultera informações e busca mudar a verdade. Tem crescido com o mal uso da inteligência artificial, porque a burrice natural segue sendo uma triste realidade.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, que investiga a propagação de desinformação nas redes sociais, foi criada no parlamento federal para enfrentar esse desafio. No entanto, suas atividades foram suspensas durante a pandemia, e seu futuro permanece incerto. A necessidade de um combate mais rigoroso às fake news, com um olhar especial para 2026, poderá evitar um impacto perigoso sobre os resultados das urnas.

A pesquisa “Panorama Político” do DataSenado, realizada entre junho de 2024, entrevistou mais de 21 mil brasileiros de todos os estados e revelou que 72% dos usuários de redes sociais desconfiam de notícias que encontram online. Esse sentimento é um reflexo da dificuldade em identificar informações falsas, com 50% dos entrevistados considerando difícil a tarefa. A polarização política também desempenha um papel importante, com 29% dos brasileiros se identificando como de direita, 15% de esquerda e 11% de centro. Enquanto 40% não se alinham a nenhuma corrente política – fato que preocupa pois mostra a perigosa desesperança dos eleitores com a política. Cinco por cento sequer responderam.

A responsabilidade das plataformas de redes sociais na disseminação de fake news é outro ponto crucial. A pesquisa indica que 81% da população acredita que essas empresas devem ser responsabilizadas ao não impedir a propagação de informações falsas. Isso sugere um apoio crescente na implementação de filtros e políticas de moderação mais rigorosos. Mas, o que temos observado na prática é o contrário, como na decisão do executivo do Grupo Meta, que controla Facebook, Instagram e WhatsApp, o americano Mark Zuckerberg, anunciando o fim da checagem de fatos em suas plataformas. Ele usa a questionável justificativa de que há erros nos mecanismos de checagem, gerando censura. E visando apenas lucro, esquece que liberdade de expressão exige responsabilidade de expressão.

Por fim, a pesquisa do DataSenado revela que um terço dos brasileiros está insatisfeito com a democracia, embora 66% ainda acreditem que é a melhor forma de governo. Esse desagrado pode ser exacerbado pela desinformação, que mina a confiança nas instituições democráticas. É fundamental fortalecê-las e garantir que o processo eleitoral seja transparente e justo. Que mentiras não contaminem os eleitores, ludibriando os fatos com falsas versões.

Para identificar fake news, deve-se observar: títulos exagerados; erros de ortografia em gramática; mensagens que incentivam o compartilhamento rápido; e a falta de fontes confiáveis – estes são alguns dos indícios de que a informação pode ser enganosa. A conscientização sobre como reconhecer fake news é uma ferramenta essencial para proteger a democracia e garantir que os eleitores façam escolhas conscientes e baseadas na realidade.

O combate às fake news é uma questão urgente que requer a participação de todos os setores da sociedade. À medida que nos aproximamos das eleições de 2026, é vital que os cidadãos estejam cientes dos riscos da desinformação e que as instituições trabalhem para garantir um ambiente eleitoral correto e transparente. A manutenção do estado democrático de direito, das liberdades constitucionais e da justiça social são nosso valioso patrimônio.*Ricardo Viveiros, jornalista, professor e escritor, é doutor em Educação, Arte e História da Cultura; autor, entre outros, de “A Vila que Descobriu o Brasil” (Geração), “Justiça Seja Feita” (Sesi-SP) e “Memórias de um Tempo Obscuro” (Contexto).

DECISÃO DO STF DE NÃO DEVOLVER O PASSAPORTE DO BOLSONARO PODE CAUSAR UMA CRISE DIPLOMÁTICA COM OS EUA

 

Jetss

Decisão de Alexandre de Moraes pode causar crise diplomática com os EUA
O futuro da diplomacia brasileira pode estar à beira de um desastre

Decisão de Alexandre de Moraes pode causar crise diplomática com os EUA©Foto: Agência Brasil

O futuro da diplomacia brasileira pode estar à beira de um desastre! Em uma decisão explosiva, o ministro Alexandre de Moraes colocou um ponto final nas esperanças de Jair Bolsonaro em participar da posse de Donald Trump, marcada para a próxima segunda-feira, 20 de janeiro. Um simples passaporte? Não! Trata-se de um golpe duro nas relações internacionais do Brasil!

Após perder seu passaporte por suposto envolvimento nos tumultos de 8 de janeiro, Bolsonaro clamava para retomar o documento e viajar aos Estados Unidos. Moraes, porém, não se deixou enganar e recusou o pedido, afirmando que o convite a Bolsonaro não estava comprovado e que o ex-presidente ainda é investigado — com risco de fuga iminente! Mas a bomba não parou por aí: a decisão gerou revolta nos aliados de Trump, que acusaram a justiça brasileira de ser usada como arma política contra o ex-presidente, algo que já ganhou destaque em grandes mídias internacionais.

Agora, o Brasil corre um risco colossal! Os Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial do país, movimentaram quase US$ 81 bilhões em 2024. E se Trump decidir apertar o cerco? Tarifas pesadas sobre produtos brasileiros, como aço e alumínio, podem voltar com tudo. Lula e sua equipe podem ter subestimado a tempestade diplomática que se aproxima.

O QUE TRUMP 2.0 FARÁ PELO MUNDO?

 

BBC News Brasil

O que Trump 2.0 pode significar para o mundo?

O que Trump 2.0 pode significar para o mundo?© Getty Images

Após sua vitória nas eleições presidenciais americanas de novembro passado, Donald Trump retorna à Casa Branca na segunda-feira, 20 de janeiro.

Trump foi presidente dos Estados Unidos pela primeira vez entre 2017 e 2021. Seu segundo mandato presidencial deve remodelar a política externa americana. A agenda chamada por ele de “America First” (“primeiro, os Estados Unidos”) poderá afetar a vida de milhões de pessoas além das fronteiras americanas.

Aqui está um resumo de como o presidente eleito poderá abordar algumas questões internacionais importantes no momento.

Ucrânia

Trump já ameaçou reduzir a ajuda financeira à Ucrânia

Trump já ameaçou reduzir a ajuda financeira à Ucrânia© Getty Images

Durante a campanha eleitoral, Trump declarou repetidas vezes que poderia pôr fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia “em um dia”, sem oferecer detalhes.

Ele critica há muito tempo os bilhões de dólares de ajuda militar americana enviados para a Ucrânia desde a invasão russa em 2022. Seu posicionamento gerou receio entre os apoiadores da Ucrânia de que ele poderia forçar o país a fazer concessões territoriais para terminar a guerra.

O homem indicado como enviado especial de Trump para a Ucrânia e a Rússia, Keith Kellogg, declarou à rede de TV Fox News no início de janeiro que pretende chegar a uma solução em até 100 dias. Em um estudo no mês de abril, ele propôs que a Ucrânia só recebesse mais auxílio americano se concordasse em participar de conversações de paz com a Rússia.

Trump declarou que o presidente russo, Vladimir Putin, quer uma reunião com ele, que sua equipe está “organizando”.

Otan

Trump há muito tempo diz que os membros da Otan devem aumentar seus gastos com defesa

Trump há muito tempo diz que os membros da Otan devem aumentar seus gastos com defesa© Getty Images

Trump mantém antipatia expressa pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) — a aliança militar composta por 32 países, incluindo os EUA, Reino Unido, França e Alemanha.

No seu primeiro mandato, ele ameaçou retirar os Estados Unidos da organização se outros membros não cumprissem seu objetivo comum de gastar 2% do seu produto interno bruto (PIB) com a defesa. Ele também indicou que os Estados Unidos não defenderiam um membro que fosse atacado se não estivesse em dia com sua participação.

No início de janeiro, Trump convocou os membros europeus da Otan a aumentar seus gastos para 5% do PIB, mais que o dobro da meta atual.

O website da campanha de Trump afirma que seu objetivo seria “basicamente reavaliar” os propósitos e a missão da Otan.

A possibilidade de que o presidente, algum dia, retire os Estados Unidos da aliança divide opiniões. Mas os analistas destacam que existem outras formas de minar a Otan sem abandoná-la — reduzindo o número de soldados americanos na Europa, por exemplo.

Oriente Médio

Uma relação tensa com o Irã é um dos desafios que Trump enfrentará no Oriente Médio

Uma relação tensa com o Irã é um dos desafios que Trump enfrentará no Oriente Médio© Getty Images

Trump toma posse pouco depois da entrada em vigor do acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na Faixa de Gaza. Durante as negociações, seus consultores trabalharam com a equipe do presidente Biden, ao lado de negociadores do Catar e do Egito. Ambos reivindicam o crédito pelo acordo

Mas o presidente eleito encontrará desafios à sua frente durante a implementação do acordo — especialmente para finalizar as próximas etapas, que incluem, nas palavras de Biden, o “fim permanente da guerra”.

Durante seu primeiro mandato, Trump colocou em prática fortes políticas pró-Israel. Elas incluíram o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e a mudança da embaixada americana em Tel-Aviv.

Seu governo também assumiu posição linha-dura em relação ao Irã. Os Estados Unidos se retiraram do acordo nuclear, aumentaram as sanções contra o país e mataram o general Qasem Soleimani (1957-2020), o mais poderoso comandante militar iraniano.

Os críticos defendem que as políticas de Trump causaram efeito desestabilizador na região, isolando os palestinos.

Ele intermediou os Acordos de Abraão, criados para normalizar os laços diplomáticos entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos. Mas estes acordos históricos foram firmados sem que Israel aceitasse a formação de um futuro Estado palestino independente, o que, antes, era uma condição dos países árabes para as negociações.

Após o anúncio do cessar-fogo na Faixa de Gaza, Trump declarou que iria promover “a paz pela força” na região e ampliar os Acordos de Abraão. Isso pode significar a elaboração de um acordo entre Israel e a Arábia Saudita.

China

Tanto a China como Taiwan têm realizado exercícios militares à medida que as tensões aumentam na região

Tanto a China como Taiwan têm realizado exercícios militares à medida que as tensões aumentam na região© Getty Images

A política americana em relação à China traz grandes consequências para o comércio e a segurança mundial.

Durante seu primeiro mandato, Trump iniciou uma forte guerra comercial com Pequim. Desta vez, ele sugeriu aumentar as tarifas de importação sobre os produtos chineses nos Estados Unidos em até 60%.

Seus escolhidos como secretário de Estado (Marco Rubio) e conselheiro de segurança nacional (Mike Waltz) mantêm posição considerada agressiva contra a China. Ambos deixaram claro que, para eles, Pequim é uma ameaça importante para os Estados Unidos.

Taiwan permanece outra questão relevante. Os Estados Unidos mantêm sua assistência militar para a ilha autogovernada, que a China considera uma província separatista que, um dia, ficará sob o controle de Pequim.

Historicamente, os Estados Unidos mantêm posição deliberadamente incerta sobre qual seria sua possível reação se a China invadisse Taiwan. Mas Biden foi o mais explícito de todos os líderes americanos, ao declarar que seu país defenderia a ilha.

Durante a campanha eleitoral, Trump disse que não precisaria usar a força militar para evitar o bloqueio de Taiwan porque o presidente chinês Xi Jinping “me respeita e sabe que sou maluco”. O presidente eleito também afirmou que, se ocorresse uma invasão, ele imporia tarifas de importação paralisantes sobre os produtos chineses.

Mudanças climáticas

Espera-se que a nova administração se concentre nos combustíveis fósseis

Espera-se que a nova administração se concentre nos combustíveis fósseis© Getty Images

Donald Trump é um conhecido cético das mudanças climáticas. Ele chamou os esforços de promoção da energia verde de “fraude”.

Trump provavelmente irá retirar mais uma vez os Estados Unidos do Acordo de Paris de 2015 sobre mudanças climáticas — uma medida já tomada por ele no seu primeiro mandato e revertida pelo presidente Biden em 2021.

O presidente eleito também se comprometeu a “perfurar, baby, perfurar” e oferecer energia mais barata.

Antes das eleições, a campanha de Trump também prometeu impedir os “litígios frívolos” dos ambientalistas, eliminar os subsídios para a energia eólica, cortar impostos para os produtores de petróleo, gás e carvão e reverter as regulamentações sobre emissões de veículos criadas no governo Biden.

Os especialistas climáticos consideram que Trump na presidência americana representa um retrocesso das ações climáticas globais. Mas eles também afirmam que, ainda assim, a transição para a energia renovável já começa a fazer parte da economia americana e global.

Imigração

A repressão à imigração foi um tema-chave na campanha eleitoral de Trump

A repressão à imigração foi um tema-chave na campanha eleitoral de Trump© Getty Images

Trump prometeu deportar milhões de imigrantes que moram nos Estados Unidos sem autorização. Ele declarou que irá iniciar a “maior operação de deportação em massa da história americana”, já no seu primeiro dia na Casa Branca.

Estima-se que existam 11 milhões de imigrantes sem documentos vivendo nos Estados Unidos. Muitos deles moram e trabalham no país há vários anos.

Trump declarou que irá começar com “os criminosos”, sem fornecer maiores detalhes. Ele também pretende pôr fim à cidadania automática para qualquer pessoa nascida nos Estados Unidos, conhecida como cidadania por direito de nascimento.

Durante a campanha, a retórica de Trump sobre a imigração foi inflamada. Ele afirmou que iria reforçar a segurança nas fronteiras e sugeriu retomar suas proibições de viagem para pessoas de determinados países, vários deles de maioria muçulmana. A medida gerou fortes controvérsias durante seu primeiro mandato.

Mas especialistas em imigração defendem que os planos do presidente eleito enfrentariam dificuldades significativas — jurídicas, logísticas, financeiras e políticas.

Groenlândia e Canal do Panamá

Trump sugeriu pela primeira vez comprar a Groenlândia em 2019, durante seu primeiro mandato

Trump sugeriu pela primeira vez comprar a Groenlândia em 2019, durante seu primeiro mandato© Getty Images

O presidente eleito dos EUA provocou turbulência ao dizer que quer comprar a Groenlândia e assumir o controle do Canal do Panamá.

Questionado no início de janeiro se ele descartaria o uso de força militar ou econômica para esses objetivos, ele respondeu: “Não, não posso garantir nada sobre nenhum dos dois.”

O território dinamarquês pouco povoado abriga uma grande instalação espacial americana e tem alguns dos maiores depósitos de minerais de terras raras, que são cruciais na fabricação de baterias e dispositivos de alta tecnologia.

A Dinamarca, e também o primeiro-ministro da Groenlândia, enfatizaram que o território não está à venda.

Em dezembro, o Trump disse que o Panamá estava cobrando taxas “ridículas e altamente injustas” pela passagem pelo canal e disse que se o “roubo” não parasse, ele exigiria que ele fosse devolvido ao controle dos EUA.

Ele também disse que estava preocupado com a China, uma usuária frequente do canal que também tem grandes investimentos econômicos no Panamá. O Panamá disse que sua soberania sobre o canal era “não negociável” e que não havia “nenhuma interferência chinesa” na hidrovia.

É improvável que os EUA assumam o controle de qualquer uma dessas regiões, mas as declarações de Trump sugerem que sua visão de “América em Primeiro Lugar” inclui exercer a força dos EUA além de suas fronteiras.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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