O líder da oposição venezuelana, Edmundo González, afirmou neste sábado que seu objetivo é viajar para a Venezuela para
tomar posse na próxima semana. Ele garante que contou com o apoio
maioritário dos cidadãos nas eleições presidenciais de julho passado.
De Buenos Aires, onde se encontrou com o presidente da Argentina,
González afirmou que tem “toda intenção de chegar à Venezuela” no dia 10
de janeiro, data da mudança de governo.
“Minha intenção é ir à Venezuela simplesmente para tomar posse do mandato que os venezuelanos me deram quando
me elegeram com 7 milhões de votos para servir como presidente”,
declarou González à imprensa, após se reunir com o presidente Javier
Milei.
Conforme estabelece a Constituição da Venezuela, a mudança de governo deve ocorrer no dia 10 de janeiro. Nas eleições de 28 de julho do ano passado, o presidente Nicolás Maduro e Edmundo González se enfrentaram.
Questionado sobre como entraria na Venezuela, González disse que
deveria reservar os detalhes: “Não posso dizer nada porque as
circunstâncias hoje são muito complicadas”, afirmou.
O político e antigo embaixador, de 75 anos, deixou a Venezuela para
se exilar em Espanha em setembro do ano passado, depois de um juiz ter
emitido um mandado de detenção contra ele relacionado com o dia das
eleições de 28 de julho.
Na quinta-feira, o governo de Maduro ofereceu uma recompensa de 100
mil dólares por informações que levassem à captura do líder da oposição.
Pela manhã, González teve uma reunião privada com o presidente
argentino, Javier Milei, na Casa Rosada. Conversaram sobre as
estratégias econômicas que Milei tem implementado em seu país e como
poderiam ser implementadas na Venezuela, segundo explicou González.
Após a reunião, os dois líderes políticos saíram à varanda do palácio
presidencial para cumprimentar milhares de venezuelanos que se reuniram
na Praça de Maio.
“Muito animado com a receptividade dos venezuelanos na Praça de Maio
pela manhã. Uma grande concentração. Agradeço o reconhecimento que o
presidente Milei me fez, como presidente eleito da Venezuela. Hoje, mais
do que nunca, me sinto mais próximo geográfica e emocionalmente para
cumprir o mandato que os venezuelanos nos deram nas eleições de julho
passado”, disse González.
O líder da oposição venezuelana completou assim a primeira etapa da
sua viagem pelo continente americano. Na noite deste sábado ele estará
em Montevidéu para se reunir com o presidente do Uruguai, Luis Lacalle
Pou. Depois ele viajará para os Estados Unidos.
Em sua agenda, garantiu González, está uma conversa com o presidente
Joe Biden, bem como um encontro com líderes do Congresso. Sobre um
possível encontro com o presidente eleito Donald Trump, o venezuelano
disse que nada está finalizado ainda.
“Aguardamos definições das novas autoridades que ainda não foram definidas”, explicou.
Em uma mensagem final aos venezuelanos que o apoiam, González disse
que o projeto político que lidera juntamente com María Corina Machado
está próximo de virar realidade.
“Não percam a fé, porque esta é uma campanha muito longa, muito
difícil, que desenvolvemos há muito tempo e que estamos prestes a
terminar”, expressou.
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, chegou ao fim de 2024
com uma marca constrangedora para quem se dispôs a atuar como
plenipotenciária influenciadora digital do governo e conselheira
universal do marido e de seus ministros. Desde as primeiras semanas do
atual mandato de Lula da Silva, Janja perdeu quase metade da sua
popularidade, segundo pesquisa Genial/Quaest. Eis um bom recado para
quem passou os dois primeiros anos de governo convicta não apenas de que
seria capaz de influenciar o presidente, como também afetar a vida dos
brasileiros – uma tarefa para a qual evidentemente não foi eleita.
Segundo divulgado em dezembro pela Quaest, 22% dos eleitores têm uma
opinião positiva sobre Janja, índice que chegava a notáveis 41% em
fevereiro de 2023. Por outro lado, 28% a avaliam negativamente, patamar
que há quase dois anos estava em 19%. Outros 30% a veem como regular
(eram 22% em fevereiro de 2023). Ainda que a espiral de Janja seja
descendente desde o início do governo, o histórico da pesquisa mostra
uma inversão de cenário no último ano: em dezembro de 2023, a
primeira-dama ainda tinha mais admiradores do que críticos; um ano
depois, a curva se inverteu. Janja chega a ter avaliação pessoal pior do
que a avaliação do governo como um todo.
Ao participar da campanha eleitoral e ao subir a rampa ao lado do
presidente, Janja emergiu como um ativo político de um Lula redivivo
após os anos de prisão. Com a autoestima decorrente do triunfo eleitoral
do marido, as convicções de quem pretendia “ressignificar o conteúdo do
que é ser uma primeira-dama” e a disposição para se mostrar
independente, Janja resolveu agir. Seus tentáculos avançam sobre a
comunicação digital do governo e a intromissão frequente em assuntos de
Estado com cobranças públicas (e privadas) a ministros. E é assim que se
envolve em sucessivas polêmicas (como a última, na qual, durante
reunião do G-20, ofendeu gratuitamente o empresário Elon Musk) e tem
opinião assertiva sobre quase tudo o que diz respeito ao governo.
São frequentes os relatos de que sistematicamente interfere nas
mensagens da Secretaria de Comunicação da Presidência e, não raro, faz o
papel de estrategista e câmera do presidente nas redes sociais – um dos
seus últimos feitos foi revelar o “domingo energizado” pela nova
cascata artificial da Granja do Torto. A cascata irrigando um vinco que
forma um caminho até um pequeno lago e as carpas coloridas que nadam em
água cristalina com seixos no fundo tornaram-se ainda mais polêmicas
porque foram mostradas ao distinto público em pleno debate do pacote de
revisão de gastos do governo.
Quem age como personagem política passa a ser avaliada também como
tal. Se Lula deseja mantê-la como ativo político, e se Janja pretende
seguir “ressignificando” o papel de primeira-dama, a curva negativa de
sua popularidade serve de alerta e aprendizado – se não para fazê-la
voltar à tradição discreta da maioria das antecessoras, que pelo menos
sirva para calibrar suas aparições e seus atos.
Profissionais com menor autonomia, baixa escolaridade e salários mais
baixos devem ser os principais a retornar ao trabalho presencial ao
longo de 2025. Já o modelo híbrido tende a se consolidar, principalmente
entre profissionais com rendimentos mais altos e que atuam em
organizações estruturadas. As projeções são de Sylvia Hartmann,
pesquisadora de modelos de trabalho flexível e CEO da Remota, startup
especializada em consolidar práticas de trabalho remoto e híbrido.
Segundo Hartmann, esse cenário evidencia “a disparidade social no
Brasil” e não resolve os desafios enfrentados pelas organizações. Ela
acrescenta que problemas reais enfrentados pelas empresas, como
estratégias, fortalecimento da cultura, inovação e conexão no ambiente
de trabalho não serão resolvidos com “o retorno compulsório” ao
escritório.
Segundo ela, acreditar que trazer os trabalhadores da base da
pirâmide de volta aos escritórios vai aumentar a produtividade e o
engajamento é um “grande equívoco”.
Para 2025, a tendência deve permanecer semelhante: empresas
inovadoras terão maior facilidade em adotar o remoto, enquanto
organizações mais tradicionais continuarão resistentes à mudança.
Confira trechos da entrevista:
Qual deve ser o cenário do home office no Brasil em 2025?
Diante das notícias sobre a redução de oferta, o número de vagas remotas caiu.
Por outro lado, o número de vagas híbridas se manteve. Isso me fez
pensar: “Poxa, é uma boa notícia! Estamos vendo o modelo híbrido se
consolidar.”
No entanto, notícias recentes mostram que esses números podem estar diminuindo. Por exemplo, a Amazon anunciou que vai adotar cinco dias presenciais.
Quando analisamos esse cenário, a primeira impressão é que há uma forte
tendência de retorno ao presencial e uma redução do home office, tanto
no modelo integral quanto no híbrido.
Participo de um grupo de pesquisa da FEA/USP e FIA, e recentemente
realizamos a 3ª edição da pesquisa sobre trabalho em home office e
híbrido (estudo realizado pelo grupo de pesquisa Gestão Estratégica e
Internacional de Pessoas do Programa de Pós-Graduação em Administração
da FEA/USP e FIA, em parceria com a Sobratt).
Foram quase mil participantes. Muitos trabalham de forma 100% remota
ou híbrida, com dois ou três dias de home office. 74% deles disseram que
seus empregadores possuem uma política formal para os modelos de
trabalho. Esses dados mostram que, embora o home office integral tenha
perdido força desde a pandemia, o modelo híbrido veio para ficar.
Com base na pesquisa da FEA/USP e na sua
análise de mercado, qual é o perfil dos profissionais mais propensos a
retornar ao trabalho presencial em 2025?
Pelo menos para uma parcela da população, o modelo híbrido veio para
ficar. Estamos falando de uma base de profissionais com alta
escolaridade, maior autonomia e salários variando de R$ 10 mil a R$ 12
mil, de acordo com a pesquisa.
Por outro lado, quando olhamos para a base da pirâmide, considerando
salários e escolaridade mais baixos, percebo, com base na minha
experiência de apoio a empresas, que existe uma tendência mais forte ao
retorno presencial.
Está sendo criada uma lógica: as empresas que adotam o modelo remoto
ou híbrido são bem estruturadas, com políticas claras, contam com
profissionais mais capacitados e com maior autonomia. Esses
profissionais geralmente têm maior satisfação, desempenho e
produtividade. Mas essa abordagem acaba ampliando a disparidade social
no Brasil.
Sylvia Hartmann. Foto: Paola Vianna/Reprodução
Nas empresas brasileiras, o que tem pesado mais na decisão de escolher o modelo de trabalho híbrido, 100% remoto ou presencial?
Existem alguns fatores importantes. Vamos dar um passo para trás.
Antes da pandemia, todas as pesquisas sobre teletrabalho, home office e
trabalho remoto eram baseadas principalmente em percepções: “Como você
acha que seria?”. Eram hipóteses e possíveis resultados.
Depois veio o home office compulsório, provocado pela pandemia. As
empresas migraram sem muita preparação. Agora temos a oportunidade de
planejar melhor o trabalho remoto.
Inicialmente, pensei que isso fosse um problema típico do Brasil, mas
percebi que é uma questão global. O Brasil enfrenta desafios
específicos, como alta carga tributária, burocracia e desenvolvimento
tecnológico limitado, que tornam o trabalho mais moroso.
Somos acostumados a seguir uma rotina conduzida por terceiros, desde a
infância, com alguém nos acordando, nos alimentando e cobrando
horários. Grande parte da população tem dificuldade de autogestão. Além
disso, há pessoas que não possuem condições adequadas em casa para
trabalhar remotamente.
Esses são os fatores determinantes: adaptações nas empresas, perfil
dos profissionais e cultura organizacional. As empresas mais inovadoras
tendem a adotar com mais facilidade o modelo remoto, enquanto as mais
tradicionais resistem.
Existem outros fatores?
A cultura do imediatismo. Tudo é para ontem, urgente, isso dificulta o
planejamento para implementar o modelo remoto. Há também o mimetismo:
“Se a Amazon voltou, nós também devemos voltar.”
Isso é um erro, já que a flexibilidade é um diferencial competitivo
importante, principalmente para empresas menores que não podem competir
com as grandes em termos de salários e benefícios.
O trabalho remoto, se bem planejado, pode ser uma solução viável para
problemas de conexão, pertencimento e resultados. Mas pular o
planejamento e forçar o retorno ao presencial não resolve esses
problemas e pode até piorar, com perda de talentos, etc.
Quais setores estão mais resistentes e quais os mais abertos à adoção de modelos remotos em 2025?
A área de tecnologia é um setor mais propenso ao trabalho remoto.
Saindo desse setor, acredito que outros fatores são mais determinantes,
como a cultura organizacional e o tamanho da empresa.
Em organizações maiores, promover uma mudança dessa magnitude é mais
difícil. Para empresas menores, é mais fácil implementar modelos,
realizar testes e manter uma boa governança.
Em termos de setores, indústrias de manufatura e outras atividades
que não podem ser realizadas remotamente, obviamente continuarão
presenciais.
Já as equipes corporativas dependem muito da cultura organizacional.
Quando há necessidade de estar na operação, o modelo híbrido funciona
bem. Por exemplo, o funcionário pode passar dois dias por semana na
fábrica acompanhando como as coisas acontecem, e os outros três dias
realizando atividades administrativas em casa.
Vejo que o fator determinante não é o setor em si, mas a cultura
organizacional, a mentalidade dos líderes e a disposição para mudanças e
inovações, além do investimento – de tempo e dinheiro – em processos
que viabilizem novos modelos de trabalho.
Você citou que a cultura organizacional é
um fator determinante para a adoção do modelo híbrido ou remoto em
algumas empresas. Pode explicar o que seria na prática a cultura
organizacional?
A cultura organizacional começa em aspectos mais visíveis, como o
uniforme, o escritório e até as cores das paredes. Um escritório mais
luxuoso ou mais despojado, por exemplo, reflete algo da cultura, mas de
maneira superficial. Para mim, o ambiente físico entra nessa camada mais
externa.
Depois, temos os valores declarados, é tudo aquilo que efetivamente
acontece na prática. É como as decisões são tomadas e as dinâmicas
funcionam: em uma empresa, mulheres não são promovidas. Em outra
organização, as promoções acontecem independentemente de raça, gênero ou
qualquer outro fator.
Essa cultura pode ser transmitida de várias formas: cada e-mail
enviado, cada decisão tomada, cada pessoa promovida, cada escolha sobre
ética ou tratamento de clientes. Tudo isso reflete e reforça a cultura
da organização.
Por outro lado, temos questões como engajamento e pertencimento, que
são diferentes da cultura organizacional. Sentir-se parte de algo,
“vestir a camisa”, é algo mais subjetivo. É um grande desafio estimular
esse pertencimento em times a distância. Mas manter todo mundo no
escritório enfiado em reuniões virtuais também não cria conexão.
De que forma o home office e o modelo presencial impactam a rotina da cidade de São Paulo?
Em São Paulo, o trânsito piorou muito. Além disso, as condições do
transporte público, como ônibus, trens e metrôs, são insalubres. Não
consigo imaginar como isso pode contribuir para a produtividade de
alguém.
Nos EUA,
a pandemia levou muitos profissionais a se dispersarem para outros
estados, trabalhando remotamente. No Brasil, a realidade é bem
diferente. Aqui, temos características históricas de concentração de
poder e emprego, então muitas pessoas não têm alternativas.
Sylvia Hartmann Foto: Paola Vianna/Reprodução
Hoje os escritórios são frequentemente ambientes caóticos, com
pessoas realizando reuniões virtuais no mesmo espaço, sem condições de
concentração ou confidencialidade. Mas algumas empresas estão investindo
em espaços colaborativos, com inovação e interação.
Um movimento interessante, mais forte no exterior, mas já visível no
Brasil, é a hospitalidade organizacional. Basicamente criar ambientes e
serviços que facilitem a vida dos funcionários, tanto no presencial
quanto no remoto. Bancos, salões de beleza, supermercados, creches,
academias, espaços pet-friendly e apoio à saúde.
Isso ajuda muito a diminuir o peso do deslocamento e as horas que as
pessoas passam fora de casa. A que horas elas fazem o supermercado? A
que horas cozinham?
No Brasil, posso citar Nubank, Motorola Solutions e Logitech, que
estão liderando essa tendência. Essas iniciativas mostram que o
escritório não é resposta para tudo.
Um estudo da Robert Half mostrou que 71%
dos recrutadores de empresas avaliam que a flexibilidade é determinante
para a atração e retenção de talentos. Esse aspecto deve influenciar o
modelo de trabalho no Brasil nos próximos anos?
No Brasil, tenho a impressão de que ainda não compreendemos de forma
concreta que, quanto maior o nível de satisfação e de autonomia dos
profissionais, maior a produtividade. Claro que as pessoas precisam ser
bem treinadas, desenvolvidas e ter responsabilidade.
Recursos humanos é fundamental nessa equação de trabalho remoto, home
office ou híbrido. Mas ainda temos uma distância muito grande entre as
partes, e isso reflete na postura: “Não quer trabalhar? Então pode
sair.” Ou: “Se quiser ficar, precisa estar presencialmente quatro dias
por semana.”
Esse cenário reflete um atrito significativo entre a necessidade de
flexibilidade dos profissionais e a resistência das empresas. A mídia
também contribui ao destacar os retornos ao escritório, enquanto pouco
se fala sobre empresas que estão implementando boas práticas de trabalho
remoto ou híbrido.
Há casos de sucesso que precisam ser divulgados. É importante mostrar
aos profissionais que existem empresas boas, estáveis, que oferecem
oportunidades de crescimento e a flexibilidade que muitos buscam, seja
de horário ou de local de trabalho.
Os Estados Unidos são
o terceiro destino mais procurado por brasileiros que desejam estudar e
trabalhar em outros países, segundo um estudo da Belta (Associação
Brasileira de Agências de Intercâmbio) divulgado em abril deste ano. Mas
quais diferenças culturais no ambiente de trabalho esses brasileiros
encontram lá?
Embora algumas práticas dos EUA já influenciem empresas no Brasil,
ainda existem grandes diferenças culturais na forma como o trabalho é
organizado e valorizado em cada país.
Há várias diferenças na cultura de trabalho entre Estados Unidos e Brasil. Foto: Daniel0/Adobe Stock
Pontualidade e respeito a horários
Nos EUA, a pontualidade é altamente valorizada, e os horários são rigidamente respeitados.
“As reuniões começam e terminam no horário estabelecido. Não há
atrasos nem aquela ideia de estender a reunião por mais meia hora ou uma
hora. Isso simplesmente não acontece,” conta a consultora executiva de
carreira Andrea Trench, especialista em carreira e marca pessoal.
Objetividade e pragmatismo
Trench também destaca a objetividade dos profissionais
norte-americanos. “Colegas de trabalho são apenas colegas de trabalho;
interagem para obter resultados. Fora isso, não há envolvimento”,
afirma.
Nos EUA, o foco no pragmatismo e na entrega dos resultados pode
parecer frio para brasileiros, que tendem a cultivar relações mais
pessoais no ambiente corporativo.
Isabela Cavalheiro, mentora de carreira e especialista em recursos
humanos e orientação pela USP, observa que essa objetividade se reflete
também nos processos seletivos.
“O modelo comportamental dos EUA é mais focado nas habilidades do
candidato e evita perguntas pessoais ou relacionadas ao salário, algo
ainda comum no Brasil.”
Equilíbrio entre vida pessoal e profissional
O equilíbrio entre vida pessoal e profissional também é uma marca da
cultura de trabalho norte-americana. De acordo com Trench, nos EUA “o
expediente termina às 17h. E, às 17h, todo mundo vai embora. Eles
preferem começar mais cedo e não almoçar para sair às 16h ou 17h em
ponto.”
Enquanto no Brasil, a cultura do “banco de horas” e as horas extras
são comuns, nos Estados Unidos, a prioridade é manter uma clara
separação entre o trabalho e a vida pessoal.
Competitividade e carreira
Outra diferença fundamental entre as duas culturas é o foco no desempenho individual.
“Nos Estados Unidos, se você entrega as suas metas de performance,
provavelmente terá um crescimento mais acelerado. O reconhecimento
profissional é mais rápido, desde que você tenha desempenho,” afirma
Trench.
Lá, a meritocracia é um item importante no crescimento profissional,
enquanto no Brasil o crescimento muitas vezes depende de uma combinação
de desempenho, tempo de casa e networking.
Cavalheiro complementa essa visão ao destacar que, nos EUA, mudar de
emprego com frequência é visto de forma positiva, como busca por
crescimento.
“No Brasil, ainda existe uma visão negativa em relação a essa
prática, sendo associada à falta de comprometimento ou insegurança. Mas
as novas gerações brasileiras estão começando a adotar essa mentalidade
de mais rotatividade.”
Trench ressalta que o ambiente de trabalho norte-americano tende a
ser mais individualista e competitivo. “Cada um foca no seu, para
entregar seu resultado. Isso pode comprometer o resultado da empresa, já
que muita coisa depende de trabalho em equipe”, observa.
No Brasil, onde o trabalho em equipe e a colaboração são mais
valorizados, essa abordagem pode ser vista como algo que compromete a
coesão do time.
Valorização do empreendedorismo
O empreendedorismo é uma via de mobilidade social amplamente
valorizada nos EUA. Cavalheiro explica que o mercado americano oferece
mais oportunidades para quem busca a independência profissional.
“Nos Estados Unidos, o empreendedorismo é visto como uma forma de
mobilidade social, enquanto no Brasil o modelo CLT ainda é visto como
mais seguro.”
Ela observa que, apesar de o Brasil ter feito avanços com a
introdução do MEI, o alto custo dos impostos ainda freia a expansão
dessa mentalidade empreendedora.
Feedback direto e assertivo
Por fim, uma das principais diferenças notadas por Trench é a forma
como o feedback é dado nos Estados Unidos: mais direcionado e assertivo.
Essa assertividade, embora eficaz, pode causar desconforto em
profissionais brasileiros, que estão acostumados a um estilo de
comunicação mais brando.
André Charone é contador, professor universitário, Mestre em Negócios Internacionais
O Brasil entra em 2025 carregando um misto de esperanças e
incertezas. Após enfrentar anos de instabilidade econômica, agravada por
crises globais, mudanças climáticas e disputas geopolíticas, o país
busca retomar um caminho de crescimento sustentável. No entanto, essa
tarefa exige um olhar atento aos desafios que limitam o potencial
brasileiro. Inflação persistente, déficit fiscal elevado, desvalorização
cambial e a necessidade urgente de reformas estruturais são apenas
algumas das questões que pressionam a agenda econômica nacional.
Com o intuito de analisar os principais obstáculos e apontar
possíveis caminhos, o professor universitário e mestre em negócios
internacionais, André Charone, compartilha sua visão sobre o atual
cenário. “O Brasil tem um imenso potencial inexplorado, mas transformar
esse potencial em resultados concretos requer planejamento estratégico,
governança eficiente e um compromisso real com o desenvolvimento de
longo prazo,” observa André.
Além disso, o contexto global também exerce influência significativa
sobre a economia brasileira. A desaceleração de grandes economias, como a
China e os Estados Unidos, impacta diretamente o comércio exterior do
Brasil, enquanto a transição energética global oferece oportunidades,
mas exige adaptação. “Estamos em um momento em que decisões equivocadas
podem custar caro. É essencial que os gestores públicos e privados
estejam alinhados com as demandas internas e externas para assegurar um
crescimento inclusivo,” afirma o especialista.
A seguir, iremos explorar os cinco principais desafios econômicos do Brasil em 2025, destacando possíveis soluções.
1. Crescimento Econômico Modesto
“As projeções de crescimento para 2025, embora positivas, ainda são
tímidas quando comparadas a outros mercados emergentes. Isso evidencia a
necessidade de reformas estruturais que melhorem nossa competitividade
global,” avalia André Charone. A Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima um crescimento de 2,1%, enquanto
o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta 2,5%. Esses índices estão
aquém das taxas observadas em economias como Índia e Filipinas, que
devem crescer 6,5% e 6,1%, respectivamente. Para André, “o Brasil
precisa investir em infraestrutura, educação e desburocratização para
destravar o potencial de sua economia.”
2. Pressões Inflacionárias e Política Monetária
Segundo André Charone, “a inflação é um desafio persistente que
corrói o poder de compra das famílias e desestabiliza o ambiente de
negócios.” O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode alcançar
5,2%, superando a meta estabelecida pelo Banco Central. Em resposta, o
Comitê de Política Monetária (Copom) prevê elevações na taxa Selic, o
que pode restringir o consumo e os investimentos. “Precisamos equilibrar
o controle da inflação com estímulos ao crescimento, evitando que a
política monetária restritiva paralise ainda mais nossa economia,”
destaca o especialista.
3. Desafios Fiscais e Sustentabilidade da Dívida Pública
O cenário fiscal também preocupa. A dívida pública segue em
trajetória ascendente, comprometendo a confiança dos investidores. “A
falta de previsibilidade nas contas públicas é um dos maiores obstáculos
para atração de investimentos estrangeiros,” explica André Charone. Ele
argumenta que a adoção de políticas fiscais rigorosas, aliada a
reformas como a administrativa e a tributária, é essencial para
restaurar a credibilidade do país. “Sem essas medidas, o Brasil
continuará preso a um ciclo de desequilíbrio fiscal e baixa
competitividade,” completa.
4. Desvalorização Cambial e Impactos no Comércio Exterior
A desvalorização do real, com o dólar ultrapassando R$ 6,00, afeta
diretamente o comércio exterior. André Charone observa que “essa
volatilidade cambial encarece os insumos importados, pressiona a
inflação e compromete a competitividade das exportações brasileiras.”
Além disso, a incerteza cambial pode desestimular investimentos
produtivos. Para mitigar esses efeitos, André sugere “uma política
externa mais assertiva, que fomente parcerias comerciais estratégicas e
expanda mercados para os produtos brasileiros.”
5. Necessidade de Reformas Estruturais e Investimentos em Inovação
Para enfrentar os desafios de 2025, André Charone enfatiza a
importância de reformas estruturais e investimentos em inovação. “A
transformação digital pode aumentar a produtividade e criar novas
oportunidades, especialmente em setores como agronegócio, tecnologia e
energia renovável.” Ele também destaca a relevância de uma educação
voltada para as demandas do mercado global. “Sem preparar nossa força de
trabalho para a nova economia, continuaremos a perder espaço no cenário
internacional,” alerta.
Inteligência Artificial (IA) é uma tecnologia que permite que
máquinas aprendam, raciocinem e se comportem de forma semelhante à
humana. A IA é capaz de resolver problemas, identificar padrões,
reconhecer fala e prever ocorrências futuras.
A IA funciona através do processamento de grandes volumes de dados,
que são alimentados constantemente por humanos. As máquinas inteligentes
combinam esses dados com algoritmos para ler e interpretar padrões, o
que torna o processo de aprendizado e ensino muito eficiente.
Alguns exemplos de IA são:
Assistentes de voz como a Alexa, da Amazon
Reconhecimento facial, usado para confirmar a identidade de uma
pessoa ao acessar dispositivos pessoais ou aplicativos financeiros
Computadores mestres em xadrez
Carros autônomos
A conceituação moderna de IA remonta a meados da década de 1920.
Alguns acontecimentos importantes no desenvolvimento da IA foram:
1950: Alan Turing desenvolveu o teste de Turing, que analisa se um equipamento consegue se passar por um ser humano
1956: A conferência no Dartmouth College, onde John McCarthy batizou a área de Inteligência Artificial
1957: Frank Rosenblatt apresentou o perceptron, um algoritmo que funciona como uma rede neural artificial
2022: O lançamento do ChatGPT, que deu início a uma nova era no uso da IA em tarefas mundanas
O que é inteligência artificial (IA)? – Google Cloud
A inteligência artificial é um campo da ciência que se concentra
na criação de computadores e máquinas que podem raciocinar, apren…
Google Cloud
O que é IA? – Explicação sobre inteligência artificial – AWS
O que é inteligência artificial (IA)? A inteligência artificial (IA) é
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Aprenda tudo sobre o conceito de Inteligência Artificial (IA)
O que é a Inteligência Artificial e como ela funciona? A Inteligência
Artificial é a capacidade que soluções tecnológicas têm de s…
Tableau
Mostrar todos
A IA generativa é experimental.
Definição da inteligência artificial. A inteligência artificial é um
campo da ciência que se concentra na criação de computadores e máquinas
que podem raciocinar, aprender e atuar de maneira que normalmente
exigiria inteligência humana ou que envolve dados com escala maior do
que as pessoas podem analisar.
O que é inteligência artificial (IA)?
A inteligência artificial (IA) é um conjunto de tecnologias que
permitem aos computadores executar uma variedade de funções avançadas,
incluindo a capacidade de ver, entender e traduzir idiomas falados e escritos, analisar dados, fazer recomendações e muito mais.
A IA é a espinha dorsal da inovação na computação moderna, agregando valor para indivíduos e empresas. Por exemplo, o reconhecimento óptico de caracteres (OCR)
usa IA para extrair texto e dados de imagens e documentos,
transformando conteúdo não estruturado em pronto para negócios, dados
estruturados e insights valiosos.
Tudo pronto para começar? Clientes novos recebem US$ 300 em créditos para usar no Google Cloud.
A inteligência artificial é um campo da ciência que se concentra na
criação de computadores e máquinas que podem raciocinar, aprender e
atuar de maneira que normalmente exigiria inteligência humana ou que
envolve dados com escala maior do que as pessoas podem analisar.
A IA é um campo amplo que abrange muitas disciplinas diferentes, como
ciência da computação, estatísticas e análises de dados, engenharia de
hardware e software, linguística, neurociência e até mesmo filosofia e
psicologia.
Em um nível operacional para uso comercial, a IA é um conjunto de
tecnologias baseadas principalmente em machine learning e aprendizado
profundo, usada para análise de dados, previsões e previsão,
categorização de objetos, processamento de linguagem natural,
recomendações, recuperação inteligente de dados e muito mais.
Como a IA funciona?
Embora as especificidades variem de acordo com as técnicas de IA, o
princípio básico gira em torno dos dados. Os sistemas de IA aprendem e
melhoram por meio da exposição a grandes quantidades de dados,
identificando padrões e relações que os humanos podem não perceber.
Esse processo de aprendizado geralmente envolve algoritmos, que são
conjuntos de regras ou instruções que orientam a análise e a tomada de
decisões da IA. Em machine learning, um subconjunto conhecido da IA,
algoritmos são treinados em dados rotulados ou não rotulados para fazer
previsões ou categorizar informações.
O aprendizado profundo,
uma especialização adicional, utiliza redes neurais artificiais com
várias camadas para processar informações, imitando a estrutura e a
função do cérebro humano. Com o aprendizado e a adaptação contínuos, os
sistemas de IA se tornam cada vez mais competentes para realizar tarefas
específicas, como reconhecer imagens, traduzir idiomas e muito mais.
A inteligência artificial pode ser organizada de várias maneiras,
dependendo dos estágios de desenvolvimento ou das ações realizadas.
Por exemplo, quatro estágios de desenvolvimento de IA são comumente reconhecidos.
Máquinas reativas: IA limitada que só reage a
diferentes tipos de estímulos com base em regras pré-programadas. Não
usa memória e, portanto, não pode aprender com novos dados. O Deep Blue
da IBM, que superou o campeão de xadrez Garry Kasparov em 1997, foi um
exemplo de máquina reativa.
Memória limitada: a maior parte da IA moderna é
considerada memória limitada. Ele pode usar memória para melhorar ao
longo do tempo sendo treinado com novos dados, normalmente por meio de
uma rede neural artificial ou outro modelo de treinamento. Aprendizado
profundo, um subconjunto do machine learning, é considerado inteligência
artificial de memória limitada.
Teoria da mente: a teoria da mente não existe
atualmente, mas a pesquisa está avançando em suas possibilidades.
Descreve a IA que pode emular a mente humana e tem recursos de tomada de
decisão iguais aos de um humano, incluindo o reconhecimento e
memorização de emoções e a reação em situações sociais como um humano.
Autoconhecimento : um passo acima da teoria da IA
de IA, ela descreve uma máquina mística que está ciente da própria
existência e tem os recursos intelectuais e emocionais do ser humano.
Como a teoria da IA de mente, a IA de autoconhecimento ainda não existe.
Uma maneira mais útil de categorizar amplamente os tipos de
inteligência artificial é o que a máquina pode fazer. Tudo que chamamos
de “inteligência artificial” é considerado inteligência artificial
“estreita”, porque consegue executar apenas conjuntos limitados de ações
com base na programação e no treinamento. Por exemplo, um algoritmo de
IA usado para classificação de objetos não poderá realizar o
processamento de linguagem natural. A Pesquisa Google é uma forma de IA
estreita assim como análises preditivas ou assistentes virtuais.
A inteligência artificial geral (AGI, na sigla em inglês) seria a
capacidade de uma máquina “sentir, pensar e atuar”, como uma pessoa. A
AGI não existe no momento. O próximo nível seria a superinteligência
artificial (ASI), em que a máquina funcionará de todas as maneiras
superiores a uma pessoa.
Modelos de treinamento de inteligência artificial
Quando as empresas falam sobre IA, muitas vezes falam sobre “dados de
treinamento”. Mas o que isso significa? Lembre-se de que a inteligência
artificial de memória limitada é uma IA que melhora com o tempo, sendo
treinada com novos dados. Machine learning é um subconjunto da inteligência artificial que usa algoritmos para treinar dados e conseguir resultados.
Em geral, três tipos de modelos de aprendizado costumam ser usados em machine learning:
Aprendizado supervisionado é um modelo de machine
learning que mapeia uma entrada específica para uma saída usando dados
de treinamento rotulados (dados estruturados). Em termos simples, para
treinar o algoritmo a reconhecer imagens de gatos, alimente-as com
imagens marcadas como gatos.
O Aprendizado não supervisionado é um modelo de
machine learning que aprende padrões com base em dados não rotulados
(dados não estruturados). Diferentemente do aprendizado supervisionado, o
resultado final não é conhecido antecipadamente. Em vez disso, o
algoritmo aprende com os dados, categorizando-os em grupos com base em
atributos. Por exemplo, o aprendizado não supervisionado é bom em
correspondência de padrões e modelagem descritiva.
Além do aprendizado supervisionado e não supervisionado, uma
abordagem mista chamada aprendizado semi-supervisionado costuma ser
empregada, em que apenas alguns dados são rotulados. Na aprendizagem
semi-supervisionada, um resultado final é conhecido, mas o algoritmo
precisa descobrir como organizar e estruturar os dados para alcançar os
resultados desejados.
O aprendizado por reforço é um modelo de machine
learning que pode ser descrito como “aprender por”. Um “agente” aprende a
executar uma tarefa definida por tentativa e erro (um loop de feedback)
até que o desempenho esteja dentro de um intervalo desejável. O agente
recebe reforço positivo quando executa a tarefa bem e reforço negativo
quando tem um desempenho ruim. Um exemplo de aprendizado por reforço
seria ensinar uma mão robótica a pegar uma bola.
Tipos comuns de redes neurais artificiais
Um tipo comum de modelo de treinamento na IA é uma rede neural artificial, que é vagamente baseada no cérebro humano.
Uma rede neural é um sistema de neurônios artificiais, às vezes
chamados de perceptrons, que são nós computacionais usados para
classificar e analisar dados. Os dados são alimentados na primeira
camada de uma rede neural, em que cada percepção recebe uma decisão e,
em seguida, transmite essas informações a vários nós na próxima camada.
Os modelos de treinamento com mais de três camadas são chamados de
“redes neurais profundas” ou ” aprendizado profundo”. Algumas redes
neurais modernas têm centenas ou milhares de camadas. A saída dos
percetrons finais realiza a tarefa definida para a rede neural, como
classificar um objeto ou encontrar padrões nos dados.
Alguns dos tipos mais comuns de redes neurais artificiais que você pode encontrar incluem:
As redes neurais do feedforward (FF, na sigla em inglês) são
uma das formas mais antigas de redes neurais, com dados fluindo de
formas por neurônios artificiais até a saída ser alcançada. Nos dias de
hoje, a maioria das redes neurais de avanço e retorno é considerada um
“feedfeed profundo”com várias camadas (e mais de uma camada oculta). As
redes neurais de encaminhamento geralmente são pareadas com um algoritmo
de correção de erros chamado “retropropagação”, que, em termos simples,
começa com o resultado da rede neural e funciona desde o começo.
encontrar erros para melhorar a precisão da rede neural. Muitas redes
neurais simples, mas poderosas, são de encaminhamento.
As redes neurais recorrentes (RNN, na sigla em inglês) são
diferentes das redes neurais de encaminhamento, porque usam dados de
séries temporais ou envolvem sequências. Ao contrário das redes neurais
de encaminhamento, que usam pesos em cada nó da rede, as redes neurais
recorrentes têm “memória” do que aconteceu na camada anterior como
consequência da saída da camada atual. de dados. Por exemplo, ao
realizar o processamento de linguagem natural, as RNNs podem “lembrar”
de outras palavras usadas em uma frase. As RNNs são frequentemente
usadas para reconhecimento de fala, tradução e legendas.
A memória de curto prazo longa (LSTM) é uma forma
avançada de RNN que pode usar memória para “lembrar” o que aconteceu em
camadas anteriores. A diferença entre RNNs e LSTMs é que a LSTM pode
lembrar o que aconteceu várias camadas atrás, usando as “células de
memória”. A LSTM é geralmente usada em reconhecimento de fala e
previsões.
As redes neurais convolucionais (CNN) incluemalgumas
das redes neurais mais comuns na inteligência artificial moderna.
Geralmente usadas no reconhecimento de imagens, as CNNs usam várias
camadas distintas (uma camada convolucional e, depois, uma camada de
pool) que filtram partes diferentes de uma imagem antes de reativá-la
(na camada completamente conectada). As camadas convolucionais
anteriores podem procurar recursos simples de uma imagem, como cores e
bordas, antes de procurar recursos mais complexos em camadas adicionais.
As redes adversárias generativas (GAN, na sigla em inglês) envolvem
duas redes neurais concorrentes entre si em um jogo que, por fim,
melhora a precisão da saída. Uma rede (o gerador) cria exemplos de que a
outra rede (o discriminador) tenta provar que é verdadeira ou falsa. As
GANs têm sido usadas para criar imagens realistas e até mesmo fazer
arte.
Benefícios da IA
Automação
A IA pode automatizar fluxos de trabalho e processos ou trabalhar de
forma independente e autônoma de uma equipe humana. Por exemplo, a IA
pode ajudar a automatizar aspectos da segurança cibernética monitorando e
analisando continuamente o tráfego de rede. Da mesma forma, uma fábrica
inteligente pode ter dezenas de tipos diferentes de IA em uso, como
robôs que usam a visão computacional para navegar no chão ou inspecionar
produtos em defeitos, criar gêmeos digitais ou usar reais análises de
tempo para medir a eficiência e os resultados.
Reduzir o erro humano
A IA pode eliminar erros manuais no processamento de dados, análise,
montagem em tarefas e outras tarefas usando automação e algoritmos que
seguem os mesmos processos toda vez.
Elimine tarefas repetitivas
A IA pode ser usada para executar tarefas repetitivas, liberando
capital humano para trabalhar em problemas de maior impacto. A IA pode
ser usada para automatizar processos, como a verificação de documentos, a
transcrição de chamadas telefônicas ou a resposta a perguntas simples
de clientes, como “Que horas você fecha?” Os robôs costumam ser usados
para realizar tarefas monótonas, sujas ou perigosas no lugar de uma
pessoa.
Rápido e preciso
A IA pode processar mais informações mais rapidamente do que um
humano, encontrando padrões e descobrindo relações entre dados que os
humanos não conseguem.
Disponibilidade infinita
A IA não é limitada à hora do dia, à necessidade de quebras ou a
outros ônus humanos. Quando executado na nuvem, a IA e o machine
learning podem estar “sempre ativados”, trabalhando continuamente nas
tarefas atribuídas a eles.
Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda,
empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de
reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.
São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os
negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.
Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento
das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de
consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas
possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os
negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e
se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade,
personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e
serviços.
Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do
comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios
passa pelo digital.
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar reverteu as perdas de mais cedo
desta sexta-feira (3) e passou a subir, em meio a preocupações dos
investidores com o cenário externo e com as contas públicas do Brasil.
Às 14h46, a moeda norte-americana avançava 0,29%, cotada a R$ 6,180,
em sessão ainda de baixa liquidez por conta do feriado de Ano Novo. Já a
Bolsa tinha forte queda de 1,05%, aos 118.855 pontos, pressionada pela
queda de 2,30% da Vale e de mais de 1% dos papéis da Petrobras.
Em dia de agenda esvaziada de dados econômicos, o mercado se volta para o exterior, sobretudo para China e Estados Unidos.
A economia chinesa voltou a inspirar preocupação entre os agentes
financeiros. A maior importadora de commodities do mundo tem enfrentado
dificuldades nos últimos anos devido a crises imobiliárias, alta dívida
do governo e demanda fraca de consumo.
As exportações, um dos poucos pontos positivos, podem ainda ser
afetadas por uma guerra comercial com os EUA no novo governo de Donald
Trump, que toma posse em 20 de janeiro e prometeu, enquanto ainda era
candidato, aumentar tarifas em 20% para produtos chineses.
O governo da China tem se movimentado para tirar a economia da
estagnação com medidas de estímulo fiscal. Conforme anunciado nesta
sexta-feira, o país aumentará o financiamento de títulos do tesouro
ultralongos em 2025 para estimular o investimento empresarial e o
consumo interno.
Os títulos especiais do tesouro serão usados para financiar
atualizações de equipamentos em larga escala e trocas de bens de
consumo, disse Yuan Da, secretário-geral adjunto da NDRC (Comissão
Nacional de Desenvolvimento e Reforma), em entrevista coletiva.
“O tamanho dos fundos de títulos públicos especiais ultralongos será
aumentado drasticamente este ano para intensificar e expandir a
implementação das duas novas iniciativas”, disse Yuan.
De acordo com o programa lançado no ano passado, os consumidores
podem trocar carros ou eletrodomésticos antigos e comprar novos com
desconto, e um programa separado subsidia atualizações de equipamentos
em larga escala para empresas.
As famílias também terão direito a subsídios para comprar três tipos
de produtos digitais este ano, incluindo telefones celulares, tablets,
relógios e pulseiras inteligentes, disse Yuan.
Mas, se por um lado há expectativa de que as medidas de estímulo do
governo impulsionem a economia, por outro há temores de que algumas
ações, como cortes nas taxas de juros, possam desvalorizar o iuan, o que
também seria um fator de pressão para moedas emergentes.
Por ser a maior consumidora de commodities do mundo, o desempenho da
moeda e da economia chinesas afeta a atividade de países de forte pauta
exportadora, como o Brasil. Com isso, o minério de ferro caiu 2,18% em
Dalian, puxando as ações da Vale, na B3, para queda de 2,50%.
A economia dos Estados Unidos também está no radar dos investidores,
especialmente os possíveis impactos do novo governo Trump na política
monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).
As promessas de aumentar tarifas e fazer deportações em massa “são
consideradas inflacionárias e nada triviais”, diz Paulo Gala,
economista-chefe do Banco Master.
“Vão forçar o Fed a manter juros altos e eventualmente até subir a taxa, o que pode pesar ainda mais no dólar.”
Os juros norte-americanos estão atualmente na faixa de 4,25% a 4,5%,
depois de um corte de 0,50 p.p. e outros dois de 0,25 p.p no último
semestre. As previsões de uma inflação acelerada com Trump, somadas a
dados econômicos mais benignos, fizeram a autoridade monetária sinalizar
um ritmo mais lento de flexibilização no próximo ano.
A economia dos EUA é considerada a mais segura do mundo e, em tempos
de juros altos, é comum que investimentos saiam de outros países e sejam
dirigidos para lá. Isso fortalece o dólar e enfraquece mercados de
maior risco, como os emergentes e os de renda variável.
Por aqui, as perspectivas para o cenário fiscal brasileiro continuam
sendo o principal foco do mercado neste início do ano. Os receios com o
equilíbrio das contas públicas do país foram um dos principais motivos
para a disparada do dólar em 2024, que acumulou alta de 27% em relação
ao real.
Ao todo, 2024 registrou um fluxo cambial negativo de US$ 15,918
bilhões, a terceira maior saída líquida anual de dólares do país na
série história do BC (Banco Central) iniciada em 2008. Os dados ainda
são preliminares, até o dia 27 de dezembro.
O resultado só perde para os registrados em 2019 e 2020, quando as
saídas líquidas foram de US$ 44,768 bilhões e US$ 27,923 bilhões,
respectivamente.
Para os agentes financeiros, o governo tem coberto gastos crescentes
com receitas pontuais, o que ameaça a longevidade do arcabouço fiscal.
A pressão é por mais cortes nas despesas. No último dia de plenário,
20 de dezembro, o Congresso Nacional aprovou uma série de medidas de
contenção de gastos apresentadas pelo Executivo no final de novembro.
A estimativa do Ministério da Fazenda era de uma economia de R$ 70
bilhões entre 2025 e 2026. Mas o pacote foi enfraquecido na tramitação, e
cálculos iniciais estimam que até R$ 20 bilhões da conta original vão
deixar de ser poupados.
Os parlamentares blindaram emendas obrigatórias contra bloqueios,
afrouxaram o comando para combater supersalários, derrubaram boa parte
das mudanças no BPC (Benefícios de Prestação Continuada) e excluíram a
medida que permitiria à União reduzir os repasses futuros ao FCDF (Fundo
Constitucional do Distrito Federal). Eles ainda restringiram a
flexibilização em recursos repassados ao Fundeb (Fundo Nacional da
Educação Básica).
O mercado já cobra por mais ajustes fiscais, e o ministro Fernando
Haddad (Fazenda) afirmou que há espaço para outras contenções.
Dino manda suspender repasses de emendas a 13 ONGs que não cumprem transparência
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou
nesta sexta-feira (3) a suspensão imediata dos repasses de emendas
parlamentares a 13 organizações-não governamentais (ONGs) que não
cumprem regras adequadas de transparência sobre o recebimento do
dinheiro e o seu uso. A decisão se baseia em relatório da
Controladoria-Geral da União (CGU) enviada ao Supremo. De acordo com o
órgão, de um total de 26 ONGs analisadas, treze não fornecem
“transparência adequada ou não divulgam informações”. A CGU deverá fazer
uma auditoria específica nessas treze ONGs, apresentando um relatório
em 60 dias. Para cumprir a ordem, a Advocacia-Geral da União (AGU)
deverá acionar os ministérios para informar sobre a proibição de novos
repasses. Na decisão, Dino também determina que as ONGs sejam inscritas
no cadastro de entidades inidôneas e impedidas de celebrar convênios ou
receber repasses da Administração pública. Conforme relatório da CGU,
outras nove ONGs analisadas apresentam as informações de forma
incompleta, ou seja, existem dados de algumas emendas ou de apenas de
anos anteriores sem atualização. Para esses casos, Dino intimou as
entidades a apresentarem as informações que faltam, com a publicação, em
até 10 dias, dos dados sobre as emendas em seus sites. Câmara, Senado e
a Procuradoria-Geral da República (PGR) terão prazo de 10 dias para se
manifestar sobre o relatório da CGU. O levantamento da CGU fiscalizou 26
ONGs que foram beneficiadas por empenhos ou pagamentos de emendas de
qualquer modalidade entre 2 e 21 de dezembro de 2024. O relatório de
quase 500 páginas foi enviado na noite de quinta-feira (4) ao ministro
Flávio Dino. A ordem para elaboração do estudo foi dada pelo ministro em
2 de dezembro, como parte da decisão em que ele liberou as emendas após
suspensão determinada em agosto. O magistrado determinou que a CGU
analisasse se as ONGs e demais entidades do terceiro setor informaram na
internet, “com total transparência”, os valores oriundos de emendas
parlamentares (de qualquer modalidade), recebidos nos anos de 2020 a
2024. Segundo a controladoria, a falta ou insuficiência de transparência
ativa pelas entidades “dificulta o controle, especialmente o controle
social, essencial para a supervisão adequada e a garantia de
accountability [responsabilidade] na aplicação dos recursos públicos”.
As 26 ONGs analisadas fazem parte de um universo de 676 organizações que
foram beneficiadas com o empenho (reserva do dinheiro) de emendas,
entre 2 e 24 de dezembro. Os valores movimentados chegam a R$ 733,6
milhões. As informações foram extraídas do Portal da Transparência do
governo federal. A partir do universo total, a CGU selecionou amostras
representativas de acordo com o volume de dinheiro empenhado e com o
valor dos pagamentos.
O termo pode parecer inusitado, mas uma coisa é certa: não deixa
muito espaço para mal-entendidos. Os “divórcios grisalhos” referem-se a separações de casais de cabelos grisalhos, geralmente cônjuges com mais de 50 anos e frequentemente casados há várias décadas.
Até há pouco tempo, esses divórcios eram um fenómeno relativamente
raro. No entanto, com o envelhecimento da população e as mudanças
sociais, tornaram-se cada vez mais frequentes. Tanto que já existem
especialistas investigando as causas desse tipo de divórcio para compreendê-las melhor.
Novos tempos, novas tendências
Não há nada escrito sobre o amor – e sobre o desgosto também não. Há
quem termine o casamento poucos anos após dizer “sim”, quem faça isso
depois de décadas e quem assine os papéis do divórcio após os 60 anos,
quando ambos os cônjuges já têm cabelos grisalhos. Sociólogos e
estudiosos especializados em fenómenos demográficos deram até um nome a
esses casos: “divórcios cinzentos”.
O termo não é exatamente novo. Em 2004, já era utilizado pela Associação Americana de Aposentados (AARP) e, em 2012, pesquisadores da Bowling Green State University chegaram
a falar em uma “revolução cinzenta do divórcio”. Desde então, o tema
tem atraído cada vez mais atenção de especialistas. Hoje, a expressão é
amplamente discutida em estudos e artigos, incluindo um extenso
relatório publicado recentemente, que busca investigar as causas desse
fenómeno.
Um fenómeno crescente
É preciso analisar alguns números para entender o interesse nesse
fenómeno. Nos EUA, a taxa de divórcios entre adultos com pelo menos 50
anos mais que duplicou em apenas duas décadas. Em 2010, quase 25% das
separações já podiam ser classificadas como “divórcios cinzentos”.
Apesar de alguns especialistas terem observado que sua incidência
estabilizou ou até diminuiu após a pandemia, quase 40% das pessoas que
decidem dissolver seus casamentos nos EUA ainda têm mais de 50 anos.
Além dos EUA
O fenómeno não é exclusivo dos EUA. Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam
insights interessantes sobre o que está acontecendo em Espanha. Por
exemplo, quase um terço (32%) dos divórcios registados em 2023 foram de
casais casados há duas décadas.
Outro facto relevante é que, embora a maioria das separações ocorra
entre cônjuges na faixa dos quarenta (40 a 49 anos), a idade média para o
divórcio tem aumentado nos últimos anos, aproximando-se dos 50. Entre
os homens, a média já está próxima dos 49 anos. O INE estima que, nas
últimas três décadas, os divórcios de casais com mais de 50 anos tenham
aumentado cerca de 40%.
Um aumento acentuado após os 65
“O divórcio tardio está a aumentar no mundo ocidental, mesmo em
sociedades orientadas para a família, como Israel, onde o estado civil
mais comum para adultos mais velhos é estar num casamento heterossexual
de longa duração com filhos adultos”, observou um grupo de
investigadores da Universidade de Haifa num estudo sobre as causas dos divórcios cinzentos. O mesmo estudo destacou um aumento particularmente expressivo entre casais com 65 anos ou mais.
Por que eles se separam?
A grande questão não tem uma resposta única. Além das mudanças nas
relações individuais, a sociedade como um todo mudou, envelhecendo cada
vez mais em regiões como a Europa e os EUA. Se considerarmos que a idade
média dos americanos tem aumentado desde a década de 1970 e que a
população com mais de 64 anos não parou de crescer, é natural que haja
mais divórcios envolvendo casais dessa faixa etária.
A expectativa de vida também foi ampliada, o que aumenta os horizontes de vida dos casais e incentiva novas possibilidades. Segundo os investigadores da Universidade de Haifa, os idosos desfrutam de saúde e vitalidade melhores, o que os incentiva a buscar mais qualidade de vida.
Um processo em duas fases
Pesquisadores identificaram que os divórcios tardios tendem a ser o
resultado de processos longos e complexos, geralmente divididos em duas
fases. A primeira é um período prolongado de convivência marcada pela
distância emocional. A segunda ocorre quando se toma a decisão final
pela separação, um ponto de inflexão influenciado por fatores como
problemas financeiros, infidelidade, má comunicação ou mudanças
comportamentais.
Segundas chances no amor
Outro fenómeno curioso é o dos múltiplos divórcios cinzentos, em que
pessoas se casam novamente após um divórcio ocorrido depois dos 50
anos. Estudos da Bowling Green State University apontam que
8,5% dos homens que passam por um divórcio cinzento enfrentam processos
semelhantes novamente. Entre as mulheres, a taxa é ligeiramente menor,
6,5%.
Por que isso é importante?
Compreender os “divórcios cinzentos” ajuda-nos a ter uma visão mais
precisa sobre os comportamentos das camadas mais idosas da população. Como alertaram Susan L. Brown e I-Fen Lin em um estudo anterior:
“Embora mais de 600.000 pessoas com 50 anos ou mais tenham se
divorciado em 2010, ainda não temos clareza sobre as consequências
sociais e emocionais desse fenómeno.”
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Segurados do INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social) que estavam perto de cumprir os requisitos para a
aposentadoria no ano passado devem conferir, em 2025, se já atingiram as
condições mínimas para pedir o benefício.
As regras mudam a partir desta quarta-feira (1º). As alterações
atingem os contribuintes que já estavam no mercado de trabalho pagando o
INSS como autônomo ou por ter emprego com carteira assinada e têm
regras de transição para se aposentar.
Os requisitos são atualizados ano a ano após a reforma da Previdência, publicada em 13 de novembro de 2019.
Uma das regras de transição aprovadas na época não se aplica mais,
apenas se o cidadão cumpriu os requisitos naquele período e consiga
comprovar, com documentos, que tem direito a ela.
Trata-se do pedágio de 50%, que consiste em trabalhar por mais metade
do tempo que faltava para pedir o benefício em 13 de novembro de 2019,
no caso de quem estava há ao menos dois anos de se aposentar. As
mulheres precisavam ter 28 anos de contribuição e os homens, 33 anos.
Isso porque o benefício por tempo de contribuição era concedido aos 30 anos de INSS (mulher) ou 35 anos (homem).
Outra regra que deixou de valer foi a da idade mínima para a
aposentadoria por idade das mulheres. Antes, elas se aposentavam com 60
anos de idade. A partir da reforma, a idade mínima foi subindo seis
meses a cada ano, até chegar em 62 anos em 2023, regra que vale a partir
de então.
Novas Regras Do INSS: Saiba Quanto Falta Para Sua Aposentadoria E As Principais Mudanças
QUAIS AS REGRAS DE TRANSIÇÃO PARA A APOSENTADORIA?
PEDÁGIO DE 100%
Os segurados que estão na ativa podem se enquadrar na regra de
transição do pedágio de 100%, que consiste em trabalhar e pagar o INSS
por mais 100% do tempo que faltava para a aposentadoria na data de
início da reforma novembro de 2019.
Neste caso, se o cidadão estava a dois anos do benefício por tempo de
contribuição, que exige 30 anos de pagamentos ao INSS das mulheres e 35
anos, dos homens, deve trabalhar mais dois anos, por exemplo, somando
quatro.
PONTOS
Há também a regra de transição por pontos, que determina o direito à
aposentadoria ao atingir uma pontuação mínima, somando tempo de
contribuição e idade. Em 2025, a pontuação será de 102 para os homens e
92 para as mulheres.
Os pontos sobem a cada ano, até chegar em 105 (homens) e 100
(mulheres) em 2033. É preciso ter o tempo mínimo de contribuição de 35
anos e 30 anos, respectivamente.
VEJA A PONTUAÇÃO MÍNIMA PARA SE APOSENTAR A CADA ANO
Ano – Homens – Mulheres
2019 – 96 – 86
2020 – 97 – 87
2021 – 98 – 88
2022 – 99 – 89
2023 – 100 – 90
2024 – 101 – 91
2025 – 102 – 92
2026 – 103 – 93
2027 – 104 – 94
2028 – 105 – 95
2029 – 105 – 96
2030 – 105 – 97
2031 – 105 – 98
2032 – 105 – 99
A partir de 2033 – 105 – 100
IDADE MÍNIMA
A outra regra de transição válida é a da idade mínima para a
aposentadoria por tempo de contribuição. Homens devem ter, no mínimo, 35
anos de contribuição ao INSS e mulheres, 30 anos. A idade mínima
exigida deles é de 64 anos e, delas, 59 anos. Essa idade sobe meio ponto
a cada ano.
VEJA A IDADE MÍNIMA PARA SE APOSENTAR A CADA ANO
Ano – Homens – Mulheres
2019 – 61 – 56
2020 – 61 anos e 6 meses – 56 anos e 6 meses
2021 – 62 – 57
2022 – 62 anos e 6 meses – 57 anos e 6 meses
2023 – 63 – 58
2024 – 63 anos e 6 meses – 58 anos e 6 meses
2025 – 64 – 59
2026 – 64 anos e 6 meses – 59 anos e 6 meses
2027 – 65 – 60
2028 – 65 – 60 anos e 6 meses
2029 – 65 – 61
2030 – 65 – 61 anos e 6 meses
A partir de 2031 – 65 – 62
TRANSIÇÃO PARA OS PROFESSORES
Os professores que já estavam no mercado de trabalho formal, em
escola particular, podem se aposentar pela regra de transição, que
também muda em 2025. Há duas opções, por pontos e por idade mínima. A
diferença é que professores e professoras se aposentam com tempo mínimo
menor do que os demais segurados.
Na transição por pontos, eles devem cumprir o tempo mínimo de
contribuição e atingir a soma necessária da idade e do tempo de
contribuição. A pontuação será acrescida de um ponto a cada ano até
atingir o limite de 100 pontos para mulher e 105 pontos para homem.
– O somatório da idade e do tempo de contribuição em 2025 é de 87 anos para as mulheres e 97 para os homens
– O tempo mínimo de contribuição é de 25 e 30 anos, respectivamente
Na regra de transição por idade mínima, a idade aumenta seis meses a
cada ano até atingir o limite de 57 anos para mulher e 60 anos para
homem.-
Em 2025, a idade mínima de contribuição será de 54 anos para mulheres e 59 para os homens
– O tempo de contribuição mínimo é de 25 e 30 anos, respectivamente
CÁLCULO DO BENEFÍCIO
Até a reforma da Previdência, a média salarial da aposentadoria, que é
a base para calcular o valor a ser recebido, era obtida considerando os
80% maiores salários entre julho de 1994 e o mês anterior ao pedido. Os
20% menores eram descartados.
Depois de 13 de novembro de 2019, o cálculo da média passou a levar
em consideração todos os salários de contribuição desde julho de 1994
até o mês anterior do pedido, sem descartar os menores, o que faz com
que o valor do benefício seja menor em comparação com a regra anterior.
Pelas regras de transição, o valor da aposentadoria segue o cálculo
de 60% da média salarial mais 2% para cada ano acima de 15 anos de
contribuição (para mulheres) e 20 anos de contribuição (para homens).
O valor final é limitado ao teto do INSS e não pode ser inferior ao
salário mínimo, que sobe para R$ 1.518 a partir desta quarta.
COMO SABER QUANDO POSSO ME APOSENTAR?
Por meio do aplicativo ou site Meu INSS é possível simular a
aposentadoria e checar qual regra de transição já atingida e é mais
vantajosa. O sistema leva em consideração as informações que estão no
Cnis (Cadastro Nacional de Informações Sociais), base de dados do
governo federal.
Antes de fazer a simulação, o segurado precisa ver se todos dados e
informações sobre seus empregos e/ou suas contribuições como autônomos
estão corretos. Vale a pena verificar se vai atingir alguma outra regra
mais vantajosa em poucos anos e esperar, caso seja possível.
DIREITO ADQUIRIDO
Quem conquistou o direito à aposentadoria em 2024 ou antes da reforma
tem o chamado direito adquirido. Isso significa que pode se aposentar
com as regras válidas naquela data, se forem mais vantajosas.
O direito adquirido é respeitado mesmo para quem não pediu a
aposentadoria ainda. No entanto, é preciso provar com documentos
contemporâneos da época do trabalho que atingiu melhores condições.
Como saber se devo adiar a aposentadoria ou me aposentar já?
A decisão de pedir o benefício ao INSS ou não é muito particular e
deve ser analisada de forma que não prejudique o segurado no futuro. A
reforma da Previdência foi aprovada com a intenção de fazer com que os
segurados adiem o pedido da aposentadoria.
Quem atinge o direito e pode ter regra mais vantajosa em breve pode
esperar e ganhar mais, mas deve saber que estará abrindo mão de renda.
No entanto, se esperar mais, vai ganhar mais.
QUAIS SÃO E PARA QUEM VALE AS NOVAS REGRAS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA?
A principal mudança a reforma da Previdência foi a instituição de
idade mínima para homens e mulheres pedirem o benefício. Eles devem ter
65 anos e elas, 62. O tempo de contribuição é diferente. Mulheres
precisam contribuir por, no mínimo, 15 anos. Homens precisam pagar o
INSS por ao menos 20 anos.
Cada ano que ultrapassar o tempo mínimo garante um acréscimo de 2%
sobre a média salarial. Quem tem o tempo mínimo recebe 60% sobre a
média.