segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

EMPRESAS E CONSUMIDORES PRECISAM TIRAR PROVEITO DA TECNOLOGIA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

 

IstoÉ Dinheiro – Hugo Cilo – Editora 3i

Executivo à frente da maior empresa brasileira de tecnologia afirma que o potencial de crescimento no Brasil é imenso e que as empresas e os consumidores precisam aprender a tirar proveito da tecnologia para aumentar a produtividade

IA

Dennis Herszkowicz, presidente da Totvs: “A IA precisa fazer parte do seu dia a dia” (Crédito: Marcos Ankosqui)

Para compartilhar:

Dennis Herszkowicz assumiu a presidência da Totvs em novembro de 2018 com a missão de liderar a estratégia de crescimento da companhia, abrangendo operações, resultados e gestão de pessoas. Deu certo. Sob sua gestão, o valor de mercado da empresa aumentou em mais de quatro vezes nos últimos cinco anos, saltando dos R$ 4,5 bilhões, em 2018, para R$ 19,23 bilhões, em 2023. Outro grande destaque financeiro da trajetória do executivo à frente da companhia são os 20 trimestres consecutivos de crescimento na casa dos dois dígitos, marca alcançada ao fim do primeiro trimestre de 2024.

Sob o comando de Herszkowicz, a Totvs consolidou uma abordagem baseada em três dimensões de negócios: Gestão, Techfin e Business Performance. Formado em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), o executivo acumula mais de 20 anos de experiência no setor de tecnologia. Antes de chegar à Totvs, ganhou destaque por sua atuação na Linx, onde foi sócio e diretor estatutário por 15 anos, ocupando diversas vice-presidências e integrando o Conselho de Administração entre 2011 e 2014.

Em sua trajetória na Linx, desempenhou o cargo de VP Executivo de Novos Mercados, liderando a unidade focada em fintechs. Sua posição mais marcante foi como CFO e diretor de Relações com Investidores, entre 2012 e 2017, período em que foi responsável pelo IPO da empresa em 2013, pelo follow-on em 2016 e por conduzir 20 aquisições estratégicas. A carreira de Dennis começou como trainee na Credicard, e ele também foi empreendedor na década de 1990, fundando sua própria empresa. Além disso, foi diretor-geral do DeRemate.com no Brasil e fundador e CEO da Gibraltar.com, acumulando passagens relevantes pela Unilever e pela Credicard. Confira, a seguir, sua entrevista exclusiva à DINHEIRO.

DINHEIRO — A Totvs se tornou nos últimos anos uma das empresas mais relevantes do setor de tecnologia no Brasil. Como a companhia tem se adaptado às rápidas mudanças tecnológicas e qual o impacto dessas transformações no dia a dia da empresa?

DENNIS HERSZKOWICZ — O impacto tem sido enorme. Hoje, temos acesso quase instantâneo ao que está acontecendo no mundo. É raro algo passar despercebido. Participar ativamente do mercado global nos ajuda a identificar tendências e também reforça nossa presença perante clientes e parceiros. É importante que eles vejam que estamos presentes e engajados com o futuro do setor de tecnologia e com as tendências.

Falando em tendências, como você avalia a onda de inteligência Artificial (IA)? Alguns críticos dizem que está sendo superdimensionada.
A IA não é uma bolha. É verdade que a Inteligência Artificial já existia há muitas décadas, mas estamos em um ponto de ruptura tecnológica. Muitas pessoas acham que o desenvolvimento dessas tecnologias segue uma linha reta, mas isso não é verdade. É um processo irregular, com avanços e adaptações ao longo do tempo. Por isso, alguns dizem que a IA é superdimensionada. Mas não acredito que seja. Para mim, a IA está revolucionando a forma como as empresas fazem negócios e como as pessoas produzem.

“No caso de tecnologias B2B, a adoção é mais lenta. Empresas enfrentam custos altos e riscos significativos ao implementar algo novo. Esse cuidado demanda tempo e planejamento”

Há riscos envolvidos nisso?
A IA é uma área transversal e, principalmente, dedicada a acelerar os projetos dentre nossos clientes, mas jamais o objetivo será centralizar qualquer decisão. A IA generativa, para que seja escalável, lida com desafios culturais e de governança que precisam ser vistos e revistos com muita dedicação. Neste momento, é importante separar a espuma da realidade no que diz respeito
ao tema.

Por que algumas empresas demoram mais para adotar essas inovações?
Principalmente no caso de tecnologias B2B, a adoção é mais lenta. Empresas enfrentam custos altos e riscos significativos ao implementar algo novo. Por exemplo, enquanto uma pessoa física pode começar a usar o ChatGPT rapidamente, uma empresa precisa considerar questões de infraestrutura, segurança e ética. Esse cuidado demanda tempo e planejamento. Por isso, é natural que a adoção seja mais lenta e cuidadosa em comparação ao o uso de consumidores.

Qual o impacto de longo prazo?
Eu realmente acredito que a IA vai transformar profundamente a forma como fazemos negócios. Não vejo isso acontecendo de forma imediata, da noite para o dia, mas em menos de uma década teremos mudanças muito significativas. Isso porque tecnologias tão amplas como IA são adotadas primeiro em áreas menos críticas, para mitigar riscos, e depois se expandem para funções centrais. Nosso foco está em transformar o tema, e principalmente a IA generativa em uma realidade imediata para nossos clientes. Como qualquer tecnologia, a IA também tem curvas de adoção que estão se acelerando muito rapidamente. Quando a gente observa tecnologias e seus desenvolvimentos em uma perspectiva histórica, a gente entende que cada vez mais rápido elas ganham escala. O rádio levou décadas para atingir um determinado número de lares enquanto a IA rapidamente já inunda nossos smartphones. No caso da IA vemos que agora ela começa a escalar.

Os profissionais hoje em dia estão prontos para adotar e executar essas tecnologias?
Cada vez mais, a IA precisa fazer parte do dia a dia das nossas lideranças. É muito importante compreender a necessidade de treinamentos dos times de acordo com os processos e demandas que existem na companhia. A IA precisa fazer parte do seu dia a dia. Se não fizer, ela perde sua razão de ser. Diminui a capacidade de treinar o time e de colocá-lo para olhar o que são os processos que existem dentro da companhia – e como transformo esse processo em algo mais eficiente e automatizado.

Desde que você assumiu, a Totvs quadruplicou sua receita. Qual foi o segredo desse crescimento?
Foi uma combinação de fatores. O mercado de tecnologia já era positivo, e a pandemia acelerou a transformação digital. Contudo, o que realmente impulsionou nosso crescimento foi uma mudança estratégica. Expandimos para novos mercados, como Business Performance e Techfin [tecnologia para serviços financeiros]. Isso aumentou nosso mercado endereçável em sete vezes. Brinco que saímos de um aquário pequeno para nadar em um enorme.

“Houve um período de valuations inflacionados, o que impactou as negociações. Porém, nos últimos três anos, vimos uma correção saudável. Isso tornou o mercado mais racional”

Quais novos mercados foram os mais relevantes para essa expansão?
Entramos em Business Performance, com soluções de marketing digital, CRM, e-commerce, entre outras. Também nos tornamos um player relevante em Techfin, oferecendo crédito e gestão de caixa. Além disso, ampliamos nosso portfólio no mercado de gestão, que historicamente é nosso ponto forte.

A decisão de entrar em Techfin foi baseada em tendências de mercado?
Sim, houve dois grandes fatores. O Banco Central adotou uma postura pró-competição, criando regulações mais leves para novos entrantes. Paralelamente, avanços tecnológicos, como Big Data e computação em nuvem, facilitaram nossa entrada nesse mercado. Foi uma convergência perfeita.

A Totvs realizou diversas aquisições para viabilizar essa expansão. Qual foi o impacto disso?
Fizemos M&As estratégicos para ganhar velocidade. Compramos a Supplier em 2019 para Techfin e a RD Station em 2021 para Business Performance, entre outros negócios. No total, investimos cerca de R$ 3 bilhões em aquisições nos últimos anos.

Esse processo de aquisição continua sendo parte do plano da Totvs?
Com certeza. Fusões e aquisições são parte do nosso DNA. Continuamos avaliando oportunidades, especialmente em áreas estratégicas como gestão e Business Performance.

Hoje, qual a representatividade desses novos mercados no negócio da Totvs?
Eles representam cerca de 15% da nossa receita. O potencial de crescimento é enorme, mas não temos metas rígidas. O que o mercado demandar e onde executarmos melhor, cresceremos.

A Totvs também tem planos de expansão geográfica?
Não. Nosso foco é no Brasil. Operamos na América Latina há muitos anos, seguindo nossos clientes. Mas não temos planos de entrar em novos países no momento. Nosso potencial de crescimento no Brasil ainda é muito grande e, por isso, queremos nos concentrar no mercado que já conhecemos muito bem.

Como você lida com a concorrência no segmento de pequenas e médias empresas, especialmente de grandes players internacionais?
É importante entender o que cada empresa define como pequena e média. Para nós, estamos falando de empresas com receita anual entre R$ 5 milhões e R$ 500 milhões. Já para players como Oracle, por exemplo, médio pode significar algo muito maior, o que reduz a concorrência direta nesse segmento.

Qual é o maior entrave para a adoção de tecnologia nas pequenas empresas?
Muitos pequenos negócios ainda enfrentam uma gestão pouco profissional, em parte por conta da informalidade fiscal histórica no Brasil. Isso dificulta a adoção de tecnologia, que exige organização e planejamento. Além disso, o ambiente de negócios no Brasil é extremamente complexo, o que não ajuda.

O mercado de M&As enfrentou desafios nos últimos anos. Isso afetou a Totvs?
Houve um período de valuations inflacionados, o que impactou as negociações. Porém, nos últimos três anos, vimos uma correção saudável, alinhada à queda na bolsa. Isso tornou o mercado mais sensato e racional.

Por fim, quais setores da economia estão mais promissores para a Totvs?
Agronegócio, logística e manufatura estão andando muito bem. Já o varejo sofreu mais nos últimos anos, mas começa a se recuperar. Independentemente do setor, estamos bem posicionados para atender qualquer segmento com nosso portfólio robusto.

COMEMORAÇÃO DE 30 ANOS DE PRIVATIZAÇÃO DA EMBRAER

 

História de PAULO RICARDO MARTINS – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Levou cerca de uma hora para que a Embraer, junto a outras quatro empresas coligadas, fosse privatizada, por R$ 154,1 milhões, em um leilão realizado em 7 de dezembro de 1994, no fim do governo Itamar Franco, na Bolsa de Valores de São Paulo.

Hoje, corrigido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o valor ultrapassaria o patamar de R$ 1 bilhão. Apesar da privatização, o governo federal passou a ter direito a uma “golden share”, que dá à União poder de veto em decisões da companhia, como transferência do controle acionário.

De lá para cá, a empresa passou por diversas transformações, expandiu sua carteira de clientes pelo mundo, incluindo na área militar, e viveu tensões com uma de suas concorrentes, a americana Boeing.

Entre os lançamentos da empresa nas últimas décadas estão a família dos E-Jets, de aeronaves comerciais mais utilizadas em voos regionais, o avião militar C-390 Millennium e o jato executivo Phenom 300.

A fabricante brasileira de aeronaves foi criada em 1969, durante a ditadura militar, por meio de um decreto de lei assinado por Costa e Silva, que ocupava a Presidência na época. A União foi autorizada a criar uma sociedade de economia mista vinculada ao então Ministério da Aeronáutica.

O decreto determinava que o capital social inicial da Embraer seria de 50 milhões de cruzeiros novos (cerca de R$ 582,9 milhões, corrigido pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna, calculado pela FGV, de outubro deste ano), correspondendo a 51%, no mínimo, em ações ordinárias nominativas para a União.

Uma das tarefas da empresa recém-fundada era fabricar em série o turboélice bimotor Bandeirante (EMB 100), desenvolvido pelo Centro Técnico de Aeronáutica. O projeto da aeronave foi coordenado pelo engenheiro aeronáutico Ozires Silva, e o primeiro voo bem-sucedido foi realizado em 1968, pouco antes da criação da Embraer. Silva se tornou um dos fundadores da companhia.

Depois vieram outros modelos famosos: o monomotor a pistão Ipanema, utilizado na aviação agrícola e produzido até hoje; o turbojato monomotor Xavante, projetado pela italiana Aermacchi e construído sob licença pela Embraer; o avião executivo EMB 121 Xingu, entre outros projetos.

Na área militar, teve destaque o turboélice EMB 312 Tucano (chamado de T-27 pela Força Aérea Brasileira). O modelo foi encomendado por governos de vários países, como Colômbia, Venezuela, França, Irã, Argentina, Angola e Grã-Bretanha.

Durante os anos que antecederam sua privatização, a Embraer vivia tempos de dificuldade financeira após o fracasso das vendas do avião CBA 123 Vector. A empresa brasileira havia se associado à FAMA (Fábrica Argentina de Material Aeroespacial) para investir no projeto.

Segundo a companhia, o bimotor com hélices invertidas ficou caro demais devido às inovações tecnológicas incorporadas no projeto, problema que se somou a um mau cenário externo, com crise mundial do petróleo e dificuldades de financiamento.

O engenheiro aeronáutico, piloto e professor da Escola Politécnica da USP Jorge Eduardo Leal Medeiros afirma que a privatização foi importante para salvar a empresa de uma crise financeira. “Eu não sei se a Embraer teria sobrevivido [se não tivesse sido desestatizada]. A privatização foi uma condição de vida para ela”, afirma.

DESAVENÇAS COM A BOEING

Na história mais recente da Embraer, a indústria acompanhou uma tentativa fracassada de aquisição do segmento de aviação comercial da fabricante brasileira pela Boeing.

O negócio veio a público no fim de 2017, mas foi cancelado em 2020. Na ocasião, a fabricante americana disse que a Embraer não teria cumprido as obrigações para executar a separação da sua linha de aviões regionais. A companhia brasileira, por sua vez, afirmou que a concorrente rescindiu indevidamente o MTA (acordo global da operação).

Neste ano, a Justiça dos EUA decidiu que a Boeing teria de pagar US$ 150 milhões para a Embraer por causa do rompimento. Segundo o CEO da companhia brasileira, o valor já foi quitado.

Para especialistas, o frustrado acordo com a companhia americana acabou virando sorte para a Embraer. Isso porque a Boeing entrou em uma crise reputacional grave com dois acidentes fatais com o 737 Max, em 2018 e 2019, que mataram 346 pessoas. Neste ano, um modelo 737 Max 9, operado pela Alaska Airlines, perdeu a tampa da porta em pleno voo.

“Na prática, dado os problemas que a Boeing teve desde 2020, eu acho que foi uma sorte não ter acontecido [o acordo com a brasileira], porque, provavelmente, esses problemas teriam contaminado também a Embraer”, diz André Castellini, cofundador da consultoria Bain & Company.

RUMORES SOBRE AVIÃO MAIOR E FUTURO DA EMPRESA

Passados 30 anos da privatização, a Embraer busca agora expandir as vendas de aviões como o militar C-390 Millennium e mira também novos projetos. Neste ano, o CEO da companhia, Francisco Gomes Neto, disse, em evento para jornalistas, que a fabricante discute internamente começar a produzir aeronaves maiores.

De acordo com reportagem publicada pelo jornal americano The Wall Stret Journal, a Embraer estaria avaliando a possibilidade de criar uma nova aeronave do tipo chamado “narrow-body” —modelo com um único corredor e fuselagem estreita. Após a repercussão, a fabricante brasileira disse que não tinha planos para “um ciclo considerável de investimentos neste momento”.

O novo avião seria um concorrente dos modelos 737 Max, da Boeing, e A320, da Airbus.

Em outra frente da companhia, João Bosco Costa Junior, presidente do braço da Embraer para defesa e segurança, disse que a empresa mira uma série de países, entre eles as nações da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), como mercados para o C-390.

Encomendado por governos de países como Portugal e Coreia do Sul, o modelo é utilizado no Brasil pela FAB (Força Aérea Brasileira). Em novembro, a Suécia, membro da OTAN, anunciou a escolha da aeronave para uso no transporte tático do país.

Na visão de Claudio Frischtak, fundador da Inter.B Consultoria, o C-390 é um dos produtos mais sofisticados da fabricante brasileira. Ele diz que a área militar faz parte de uma tentativa sistemática na história da Embraer de diversificação dos clientes.

“É uma indústria extremamente difícil, muito competitiva, que depende do ano a ano. Eu diria que, para ser bem-sucedido nessa indústria, depende de tecnologia, claro, mas não apenas. Depende de produtos e processos”, afirma Frischtak.

Outro projeto está sendo desenvolvido pela Eve, empresa que tem a Embraer como controladora. É o eVtol (veículo elétrico de pouso e decolagem na vertical), também conhecido como carro voador, aposta do setor para reduzir as emissões de carbono em voos regionais.

A Eve finalizou em outubro a primeira simulação em solo nacional com o software desenvolvido pela empresa para a futura operação com os eVtols.

RAIO-X | EMBRAER

Fundação: 1969

Lucro no 3º trimestre de 2024: R$ 1,18 bilhão

Carteira de pedidos: US$ 22,7 bilhões

Funcionários: 19.179, no Brasil e no exterior, no fim de 2023

Principais concorrentes: Boeing e Airbus

DIA DO ALCÓOLICO RECUPERADO E CURIOSIDADES

 

Karla Neto – Colunista Correspondente

Nesta segunda-feira(09), é celebrado o Dia do Alcoólico Recuperado, esta data visa em homenagem a todos aqueles que lutaram contra a dependência do álcool e conseguiram se recuperar. A escolha do dia é uma forma de reconhecer o esforço e a determinação desses indivíduos, além de servir como um lembrete de que a recuperação é um processo contínuo e que a ajuda está sempre disponível.

O alcoolismo é uma doença crônica que provoca diversos problemas, tanto para a saúde do alcoólico, como para a sua família e amigos. Esta doença tem cura, mas por se tratar de uma dependência química, para a sua superação é necessário um tratamento multidisciplinar, unindo recursos de médicos, psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e outros especialistas.

O abuso do álcool no organismo humano pode acarretar diversas doenças sérias, como úlceras, cirrose hepática, tuberculose, hepatite, pneumonia, entre outras. A conscientização sobre a dependência do álcool é crucial para desestigmatizar a condição e promover um ambiente de apoio para aqueles que estão em recuperação. O Dia do Alcoólico Recuperado é uma oportunidade para educar a sociedade sobre os efeitos do álcool, os sinais de dependência e as opções de tratamento disponíveis.

O Dia do Alcoólico Recuperado, celebrado em 9 de dezembro, é uma data que nos convida a refletir sobre a importância da recuperação e do apoio a aqueles que lutam contra a dependência do álcool. Ao promover a conscientização e desestigmatizar o alcoolismo, podemos ajudar a criar um ambiente mais acolhedor e solidário para todos os que buscam a recuperação. Que este dia sirva como um lembrete de que a recuperação é possível e que cada passo dado em direção à sobriedade deve ser celebrado.

CURIOSIDADES  – Karla Neto

Você sabe o que é pitanga e para que serve? Veja:

É grande a lista de benefícios da pitanga para a nossa saúde. Os principais usos tradicionais da planta como um todo e do seu fruto são para melhorar sintomas da gripe por meio do estímulo ao sistema imunológico, para aliviar problemas estomacais e gastrointestinais e também para ajudar a reduzir a pressão arterial.

Também há relatos de que a pitanga tem propriedades que ajudam a tratar edemas, infecções oculares, febre, colesterol alto, diabetes e micose. Em alguns estados do Brasil, é comum encontrar repelentes produzidos à base de pitanga, já que a fruta exala um aroma forte que repele alguns tipos de insetos.

A abundância em vitamina C e em outros compostos antioxidantes ajuda a neutralizar o efeito dos radicais livres e estimula e fortalece o sistema imunológico, o que ajuda a proteger o corpo contra diversas doenças. Isso porque, no organismo, a vitamina C acelera a produção de anticorpos e combate de modo eficaz os micróbios que podem causar doenças.

Pesquisas mostram que a pitanga contém melatonina, um hormônio produzido naturalmente pelo corpo para regular o sono. A presença de níveis adequados de melatonina permite que tenhamos uma noite de sono tranquila e revigorante.

Porém, pessoas que sofrem de insônia e de outros distúrbios do sono podem não produzir melatonina o suficiente, sendo essencial ingerir alimentos ricos nesta substância.
Assim, em alguns casos um dos benefícios da pitanga é o de ajudar pessoas que lidam com problemas para dormir.

Como preparar o chá de pitanga
O chá de pitanga tem um aroma muito bom e permite a extração de diversos nutrientes encontrados nas folhas da planta. Para preparar o chá, você vai precisar de algumas folhas de pitangueira e água quente.

Ferva 1 xícara de água, desligue o fogo e coloque um punhado de folhas da árvore de pitanga. Deixe a mistura em infusão por pelo menos 10 minutos. Depois disso, é só coar e ingerir esse chá saboroso e nutritivo.

Você sabia que o coelho pode atingir a velocidade de 55 km/h?

Os coelhos estão longe de serem animais simples. Têm características especiais próprias da sua espécie que os diferenciam de outras criaturas do reino animal. Tenha certeza que, por mais que você goste de coelhos, há muitas coisas que ainda não conhece sobre eles.

Aprender dados novos e interessantes sobre os coelhos vai te ajudar a oferecer uma vida melhor para o pet e a construir uma relação melhor com ele. Por trás dessa terna e amável carinha, existe um mundo fascinante. Se você estiver considerando adotar um ou já tiver um na sua vida e quiser saber tudo sobre coelhos, continue lendo este artigo do PeritoAnimal.

Os coelhos possuem uma visão especial que é importante destacar. Os seus sentidos são excelentes, porém o da visão se destaca como sentido mais desenvolvido. Assim como o peixe, o coelho enxerga no escuro, sua visão noturna é ainda melhor.

Eles consegue ver tudo o que se esconde atrás dele e o único ponto cego que têm é muito pequeno e encontra-se à frente do seu nariz. Os coelhos possuem quase 360 graus de visão panorâmica. Esta habilidade os ajuda a avistar os predadores provenientes de praticamente qualquer direção.

Você sabia o quiabo ajuda a prevenir a anemia ?

O quiabo é um vegetal que tem boas quantidades de folato e vitamina C, nutrientes que participam da formação das células sanguíneas e melhoram a absorção de ferro dos alimentos, ajudando a prevenir anemias.

Além disso, o quiabo também é rico em fibras que ajudam a prolongar a saciedade e diminuir a absorção de gorduras, sendo, por isso, uma ótima opção para facilitar o emagrecimento e para regular os níveis de açúcar e de colesterol no sangue.

Também conhecido como okra, quingombô, quimbombó, gombô ou abelmosco, tem um sabor suave e pode ser consumido com ou sem baba, cru ou cozido, em preparações como refogados, assados, saladas, ensopados, sopas e sucos.

O quiabo previne a anemia, por ter ótimas quantidades de vitamina C, um nutriente que favorece a absorção de ferro presente nos alimentos, ajudando na formação da hemoglobina, um dos componentes das hemácias que é responsável pelo transporte de oxigênio pelo organismo.
O sistema imunológico, por conter vitamina C, um nutriente que melhora as funções das células de defesa, ajudando a combater fungos, vírus e bactérias.

Por conter ótimas quantidades de fibras, o quiabo diminui a absorção de gorduras no intestino, equilibrando os níveis de colesterol no sangue e prevenindo doenças cardiovasculares, como infarto, aterosclerose e pressão alta.

É uma boa fonte de vitamina C e betacaroteno, nutrientes que impedem a oxidação das células de gordura, controlando os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue.

CARROS COM TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA

 

Victor Mendes – Quora

As transmissões automáticas são realmente uma maravilha, principalmente para motoristas iniciantes. Fácil, rápido e sem estresse. Mas embora as facilidades sejam grandes, muitas pessoas usam os carros automáticos de maneira incorreta. Embora veículos com esse sistema sejam super práticos, alguns maus hábitos podem destruir a transmissão automática. Quando isso acontece, muitas peças precisam ser trocadas, e elas não são nem um pouco baratas.

1. Não deixe a marcha no modo D (drive) se você ficar com o carro parado durante muito tempo

Deixar o carro no modo D (dirigir, ou drive em inglês) se você estiver parado durante muito tempo pode destruir seriamente a transmissão automática por um superaquecimento. Neste caso, é melhor desligar o carro ou colocá-lo na posição P, de park (estacionado).

2. Não esquecer o freio de mão

Seja carinhoso com o seu carro e ele será muito fiel a você. Esquecer o freio de mão é como maltratá-lo. Os motoristas iniciantes precisam saber que até mesmo uma pequena batida pode causar sérios problemas no carro se o freio de mão não estiver puxado.

3. Não ativar o modo N (neutro) se o carro estiver na descida

Algumas pessoas pensam que esse modo é uma maneira de economizar gasolina. Não, é justamente o contrário. Colocar o seu carro no modo N (do inglês, neutral, ou o chamado ’ponto morto’) enquanto você estiver dirigindo na descida é muito perigoso, já que isso diminui a nossa capacidade de controlar o veículo, e temos certeza de que isso é a última coisa que você quer.

Além disso, isso é ruim para a transmissão; se algo acontecer com ela, você terá de gastar muito dinheiro para consertar. Muito mais do que economizou com gasolina…

4. Não ativar o modo N enquanto você estiver parado no trânsito ou enquanto estiver parado no sinal vermelho

Muita gente precisa encarar diariamente o trânsito das cidades grandes. Mas, se esse é o seu caso, não cometa o erro de colocar o carro no modo N (neutro) quando estiver parado. Isso pode causar ainda mais problemas na transmissão.

Quando a marcha está em neutral, você não tem muito controle sobre o carro, e não consegue sair rapidamente. O ideal é manter o carro no modo D (drive) e colocar o pé no freio.

5. Não coloque a marcha no P (park — estacionado) antes de o carro parar completamente

Alguns carros nem mesmo permitem isso. E, se o fizer, você pode prejudicar ou até mesmo quebrar o elemento que faz a transmissão entre o motor e o câmbio. Portanto, quando encontrar uma vaga para estacionar, não tenha pressa; pare o carro e depois mude a marcha para o P.

É importante lembrar que o P (park) foi criado para evitar que o carro se desloque, mas não para que ele pare enquanto estiver em movimento.

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LÍDERES DEVEM BUSCAR AGIR COM CORAGEM E CLAREZA DIANTE DE DILEMAS EMPRESARIAIS

 

Victor Hugo Bin – Redator da StartSe

A leitura é uma fonte de conhecimento essencial para quem deseja se desenvolver em qualquer área da vida. Abaixo separamos 6 leituras para quem tem o objetivo de se tornar um líder melhor. Confira a lista!

Foto: Pexels

Liderar em tempos de adversidade exige resiliência emocional, estratégias sólidas e habilidades práticas. Abaixo, exploramos seis livros que oferecem lições valiosas para líderes em busca de superar desafios e navegar com confiança pelos momentos mais complicados.

O Lado Difícil das Situações Difíceis – Ben Horowitz

Por que ler: Horowitz compartilha experiências reais de sua carreira como CEO no Vale do Silício, com conselhos sem rodeios sobre decisões difíceis, como demitir amigos, lidar com falências iminentes e manter equipes motivadas em tempos de crise.

Insight: um manual indispensável para líderes que buscam agir com coragem e clareza diante de dilemas empresariais.

Reprodução

A Coragem para Liderar – Brené Brown

Por que ler: Brené aborda a vulnerabilidade e a coragem como pilares da liderança autêntica, mostrando como enfrentar conversas difíceis e tomar decisões ousadas pode fortalecer a cultura organizacional.

Insight: liderar com coragem não significa ausência de medo, mas a habilidade de agir apesar dele.

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Gestão de Alta Performance – Andrew Grove

Por que ler: escrito pelo ex-CEO da Intel, este livro oferece conselhos práticos para liderar em momentos de crise e transição, com foco em resultados e eficiência operacional.

Insight: liderar é gerenciar o presente enquanto constrói o futuro – Grove ensina como fazer isso com pragmatismo.

Reprodução

O Obstáculo é o Caminho – Ryan Holiday

Por que ler: inspirado na filosofia estoica, Holiday ensina como transformar adversidades em oportunidades, adotando uma mentalidade resiliente e focada em soluções.

Insight: os obstáculos são o caminho para o crescimento, e enfrentá-los com serenidade é a chave para a liderança eficaz.

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Responsabilidade Extrema – Jocko Willink e Leif Babin

Por que ler: com base em suas experiências como oficiais da Marinha dos EUA, os autores ensinam que assumir responsabilidade total é o primeiro passo para liderar em tempos de pressão.

Insight: assumir responsabilidade pelos sucessos e falhas da equipe diferencia líderes medianos de líderes extraordinários.

Reprodução

A Incrível Viagem de Shackleton – Alfred Lansing

Por que ler: este relato histórico narra a expedição de Ernest Shackleton à Antártida, um dos maiores exemplos de liderança em situações extremas. Shackleton guiou sua equipe à sobrevivência mesmo diante de condições impossíveis.

Insight: uma aula sobre resiliência, trabalho em equipe e liderança em momentos de incerteza absoluta.

Reprodução

Por que importa?

Esses livros não apenas oferecem ferramentas práticas para lidar com crises, mas também ajudam líderes a desenvolver habilidades como empatia, resiliência e pensamento estratégico. Cada obra apresenta lições que vão além dos negócios e inspiram uma liderança mais humana e eficaz.

Preparar-se para liderar com confiança, mesmo em situações extremas, é um diferencial que transforma desafios em oportunidades.

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QUEM SOMOS

A Plataforma Comercial da Startup ValeOn é uma empresa nacional, desenvolvedora de soluções de Tecnologia da informação com foco em divulgação empresarial. Atua no mercado corporativo desde 2019 atendendo as necessidades das empresas que demandam serviços de alta qualidade, ganhos comerciais e que precisam da Tecnologia da informação como vantagem competitiva.

Nosso principal produto é a Plataforma Comercial ValeOn um marketplace concebido para revolucionar o sistema de divulgação das empresas da região e alavancar as suas vendas.

A Plataforma Comercial ValeOn veio para suprir as demandas da região no que tange à divulgação dos produtos/serviços de suas empresas com uma proposta diferenciada nos seus serviços para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

Diferenciais

  • Eficiência: A ValeOn inova, resolvendo as necessidades dos seus clientes de forma simples e direta, tendo como base a alta tecnologia dos seus serviços e graças à sua equipe técnica altamente capacitada.
  • Acessibilidade: A ValeOn foi concebida para ser utilizada de forma simples e fácil para todos os usuários que acessam a sua Plataforma Comercial , demonstrando o nosso modelo de comunicação que tem como princípio o fácil acesso à comunicação direta com uma estrutura ágil de serviços.
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  • Comprometimento: A ValeOn é altamente comprometida com os seus clientes no atendimento das suas demandas e prazos. O nosso objetivo será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar para eles os produtos/serviços das empresas das diversas cidades que compõem a micro-região do Valeo do Aço e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

Missão:

Oferecer serviços de Tecnologia da Informação com agilidade, comprometimento e baixo custo, agregando valor e inovação ao negócio de nossos clientes, respeitando a sociedade e o meio ambiente.

Visão:

Ser uma empresa de referência no ramo de prestação de serviços de Tecnologia da Informação na região do vale do aço e conquistando relacionamentos duradouros.

Valores:

  • Integridade – Ética e Transparência
  • Responsabilidade – Profissional, ambiental e social
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Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

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Site: https://valedoacoonline.com.br/

domingo, 8 de dezembro de 2024

PT CULPA ALTA DO DÓLAR AOS ESPECULADORES DO MERCADO

História de Da CNN Brasil

Análise: Tom "ácido" usado pelo PT para explicar alta do dólar chama atenção

Análise: Tom “ácido” usado pelo PT para explicar alta do dólar chama atenção

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma resolução abordando diversos temas, incluindo a recente alta do dólar, que ultrapassou os R$ 6 na última semana. A analista política Clarissa Oliveira destacou durante o CNN Prime Time deste sábado (7) o tom “extremamente ácido” utilizado pelo partido para explicar esse aumento. Segundo a resolução, a alta do dólar seria “fruto dos especuladores do mercado”. No entanto, Clarissa Oliveira aponta que essa explicação ignora a ‘confusão de comunicação’ do governo no processo de apresentação do pacote de corte de gastos. Falha na comunicação governamental O presidente Lula admitiu recentemente ter errado na comunicação sobre o pacote de corte de gastos. A analista explica que o governo tentou anunciar as medidas de austeridade com a reforma do imposto de renda, uma decisão considerada “absolutamente inoportuna”. “O governo não queria arcar com o ônus político-eleitoral do pacote de corte de gastos, do corte inclusive na área social”, afirma Clarissa. Ela acrescenta que a tentativa do PT de responsabilizar o mercado financeiro faz parte de uma estratégia para sugerir que “a economia está ótima” e que o mercado estaria jogando contra o governo Lula. Críticas ao Banco Central e incertezas futuras A resolução do PT também inclui críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que deixará o cargo em breve. Clarissa Oliveira observa que o partido esperava uma melhora na economia e uma propensão à queda dos juros a partir da virada do ano, coincidindo com a posse de Gabriel Galípolo no comando do BC. No entanto, o cenário econômico não evoluiu conforme o esperado, com a persistência de altas taxas de juros. Diante disso, a analista questiona quem será o próximo “inimigo” do PT, sugerindo que o partido pode focar suas críticas nos “especuladores do mercado financeiro” em breve.

 

A IMPORTÂNCIA DE UM BOM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO É OBRIGATÓRIO PARA TODAS AS EMPRESAS

CNN Brasil

Análise de dados, mudança de cultura e uso da tecnologia são exemplos de medidas que ajudam a alavancar resultados

 
  • Foto: Micheile Henderson / Unplas

A importância de um bom planejamento estratégico é assunto obrigatório em rodas de conversa de empreendedores de todos os setores.

Isso porque um plano estruturado para os doze meses do ano pode não apenas nortear as ações de pequenos negócios (PMEs) no curto prazo, mas também prepará-los para situações adversas, ajudando na escolha das melhores táticas para contornar imprevistos estruturais e financeiros.

Longe de ser uma tarefa restrita às etapas anteriores à criação de um negócio, a elaboração de um planejamento estratégico é também uma poderosa ferramenta para realizar pequenos ajustes ao longo do percurso e, assim, promover uma gestão mais eficiente para as empresas.

De acordo com Rodrigo Tognini, CEO da Conta Simples, plataforma brasileira de gestão de despesas corporativas, uma das principais dicas de gestão que podem ser aplicadas às PMEs é o foco no controle financeiro eficiente. 

Para ele, essa atenção é essencial para as empresas otimizarem as operações, enfrentarem custos em alta e manterem a competitividade no novo ano.

“A gestão financeira e das despesas pode destravar o crescimento das PMEs”, diz o executivo.

“Com ferramentas inovadoras e as práticas certas, a empresa pode não só sobreviver, mas prosperar em um mercado cada vez mais competitivo”, completa. 

Já para o CEO do fundo de impacto Estímulo, Vinícius Poit, a organização prévia conduz uma gestão serena, sem grandes sustos no meio do caminho.

“Imprevistos durante a jornada são comuns, mas minimizá-los faz a gestão mais eficiente para liberar o tempo do empreendedor e deixá-lo mais livre para focar nas vendas, por exemplo”, comenta.

Ao lado de Enio Duarte Pinto, gerente da unidade de Relacionamento com o Cliente do Sebrae, eles trazem dicas de como elaborar um planejamento estratégico eficaz e que particularidades considerar para 2025, no caso das micro, pequenas e médias empresas.

Entre as indicações dos especialistas estão a capacitação contínua e a adoção de ferramentas de gestão, como o CRM.

Explore novas formas de crédito

Um grande desafio das PMEs é manter um fluxo de caixa saudável, destaca Tognini. Para isso, empreendedores podem se apoiar em diversos sistemas de automatização, e assim agilizar processos financeiros, como a antecipação de recebíveis, por exemplo.

Já de olho em ter mais liquidez, uma alternativa é adotar diferentes opções de linhas de crédito, além de lançar mão de plataformas e fundos que oferecem crédito rápido e menos burocrático que instituições financeiras tradicionais.

Nesse cenário, ele destaca modalidades como o Buy Now, Pay Later (BNPL), que tem ganhado popularidade no varejo ao ampliar prazos de pagamento de consumidores, sem impactar o caixa de lojistas.

Foco no que você sabe fazer

Um plano financeiro ajustado libera o tempo do empreendedor para que ele possa de fato se debruçar no que sabe fazer.

“Imagine que nenhum cabeleireiro abriu um salão de beleza porque é apaixonado pelo financeiro. Seu foco é saber cortar, atender o cliente e tudo que possa os encantar. Portanto, deixe as contas ajustadas para que você não passe o seu dia mais nas finanças do que na entrega de seu negócio em si”, indica Poit. 

Invista em análise de dados

Ser estratégico passa por uma série de decisões baseadas em informações reais. Essas informações podem ser extraídas de fontes de dados diversas e usadas para tomar decisões mais certeiras.

“Ferramentas que oferecem relatórios e insights automáticos contribuem para a saúde financeira da empresa, permitindo que o time tenha uma visão clara e consolidada das finanças, identificando oportunidades e antecipando problemas a fim de guiar a empresa em decisões importantes”, pontua Tognini. 

Adote uma cultura de inovação e agilidade

A inovação contínua e a agilidade também fazem parte de um crescimento sustentável. Por isso, é fundamental ter uma equipe colaborativa que possa tomar decisões rápidas, assim como uma liderança visionária que promova um ambiente de aprendizado constante e ofereça treinamento para atualizar os colaboradores.

Tognini também acrescenta que escapar das OKRs (Objectives and Key Results, sigla em inglês para Objetivos e Resultados Chave) pode ajudar a trazer esse tipo de cultura.

“Simplificar é sempre a melhor estratégia para ter eficiência. Sair das OKRs e adotar algo mais direto garante essa postura. O desdobramento de metas é um exemplo disso, já que exclui a necessidade de incontáveis reuniões e objetivos mirabolantes, focando em projetos com fases e prazos definidos”, afirma.

Busque capacitação

Para empresas de pequeno e médio porte, a capacitação é uma ferramenta poderosa. Segundo Enio Pinto, do Sebrae, é preciso haver um investimento robusto em treinamentos do time de colaboradores de uma empresa.

“O diferencial de um pequeno negócio é o tratamento que você dá ao cliente. Então um pequeno plano de desenvolvimento para o teu time é essencial para garantir isso”, defende.

“Existem muitas capacitações disponíveis no mercado justamente para lapidar o time de vendas e atendimento e corrigir percursos que não deram muito certo no ano anterior”.

O perfil dinâmico do empreendedorismo também faz com que a busca por capacitação contínua para o próprio empreendedor seja igualmente necessária para o novo ano que se aproxima.

“Não dá mais para ele acreditar que o conhecimento que ele tem de gestão é suficiente para ele tocar uma empresa, mesmo de pequeno porte. É necessário estar sempre em atualização, seja na parte de gestão e administrativa ou comportamental”. 

Revisite o problema

De tempos em tempos, é recomendado que o empreendedor revisite o problema que deu origem à empresa, ou seja, a motivação original que levou à criação do negócio, diz Enio.

Com essa avaliação, é possível entender se ainda há afinidade com o negócio — e por consequência, gerar inspiração, motivação e criatividade para inovar.

“A reflexão que o empreendedor deve fazer é se o problema original da empresa ainda gera alguma afinidade. Caso contrário, não há geração de valor”. 

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Priorize a entrega de valor

Mais do que nunca, o cliente preza por uma experiência de compra sem igual. Essa é uma filosofia básica de gestão que deve determinar o funcionamento das empresas em 2025 (e nos anos seguintes).

“O cliente paga o preço, mas ele quer receber valor em troca. E valor é uma equação simples, o que ele quer receber. É um benefício concreto pelo qual ele pagou, mas que isso acontece via uma experiência incrível”, diz Enio.

Tenha uma reserva financeira

É essencial que o empreendedor tenha acesso a recursos que podem salvaguardar a empresa em momentos de imprevisibilidade.

O ideal é construir uma reserva financeira com montante capaz de cobrir os custos fixos do negócio (aqueles que se mantêm estáveis, independente do desempenho operacional) por cerca de três a seis meses.

Com isso, é possível se antever e ter certo respiro para lidar com cenários imprevisíveis como, por exemplo, a pandemia, ou as enchentes que recentemente atingiram empreendedores no Rio Grande do Sul.

“Essa é a medida prática que qualquer pequeno empreendedor precisa ter para superar uma situação crítica e estar preparado”, diz o gerente do Sebrae.

Faça uso de ferramentas de gestão

O uso de uma ferramenta adequada de CRM (Customer Relationship Management, sigla em inglês para Gestão do Relacionamento com o Cliente) é imprescindível.

Afinal, o controle de toda a jornada do cliente (especialmente para os pequenos negócios) pode determinar o sucesso de relações duradouras e que sustentarão o desempenho da empresa ao longo de todo o ano.

Na prática, isso significa manter ativo o contato com os clientes em múltiplos canais, seja sugerindo outra compra, encaminhando conteúdos relevantes ou enviando e-mails e mensagens de texto considerando o perfil de compra e suas últimas aquisições.

Segundo Enio, é fundamental que o empreendedor “avalie o histórico de compra do seu cliente e, à luz do que ele comprou, você faça uma ativação do cadastro dele e esteja em linha com suas preferências e momentos de consumo em vários momentos”, afirma. 

Abandone o papel e caneta

Tognini também reafirma a importância das ferramentas digitais para a otimização da operação e fidelização da clientela, como os sistemas de ERPs (Enterprise Resource Planning, sigla em inglês para Planejamento de Recursos Empresariais).

“A centralização das informações permite uma tomada de decisão mais rápida e precisa”, avalia.

Nessa frente, ele também recomenda o uso de ferramentas de gestão financeira para reduzir a dependência dos processos manuais (como planilhas e anotações em papel) e risco de erros humanos. 

Converse com seus fornecedores

A proximidade com parceiros e fornecedores é vital para a criação de uma estratégia de vendas e uma gestão de estoque e matérias-primas que respeitem a qualidade e preços competitivos — atributos que serão repassados ao cliente final.

De acordo com o executivo do Sebrae, uma dica de gestão é promover conversas com seus fornecedores logo no início do ano. 

“É fundamental que você inicie o ano com seus fornecedores para mostrar para eles que, no planejamento de compras, é preciso preços competitivos, para poder repassar isso ao cliente e fidelizá-lo. É preciso prontidão na entrega, qualidade na entrega e preços competitivos. Para eu vender bem, tenho que comprar bem”, afirma Ênio.

 

POBREZA NO BRASIL É MAIOR DO QUE NA ARGENTINA

 

Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Apesar de ter crescido na Argentina sob o governo de Javier Milei e caído no Brasil com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a proporção de argentinos pobres é bem menor que a de brasileiros, quando observada por um mesmo parâmetro.

Em 2022, a Argentina tinha 10,9% de pobres, enquanto o Brasil tinha 23,5%, de acordo com cálculos de Marcelo Neri, diretor do FGV Social, que construiu uma série histórica comparando a pobreza nos dois países de 2011 a 2022.

Para fazer a comparação entre os vizinhos, o pesquisador considerou a linha de pobreza equivalente a uma renda mensal abaixo de R$ 666 por pessoa.

A preços de 2023, a série do FGV Social mostra que a proporção de pessoas em situação de pobreza no Brasil era de 31,6% em 2011 (no início do governo de Dilma Rousseff), enquanto a Argentina tinha 9,1% (sob o comando de Cristina Kirchner).

No Brasil, o indicador começou a cair ao longo do primeiro mandato de Dilma, enquanto se manteve praticamente estável no país vizinho.

Com a crise econômica de 2015 e 2016 no Brasil, a pobreza voltou a subir e o mesmo aconteceu na Argentina, já no governo de Mauricio Macri. Seu sucessor, o peronista Alberto Fernández, manteve a trajetória de alta.

Pela série do FGV Social, o ano em que a pobreza nos dois países esteve mais próxima foi 2020, durante a pandemia, quando os efeitos do Auxílio Emergencial derrubaram a pobreza no Brasil para 18,7% (na Argentina, era de 15,4%).

“É a diferença entre a foto e o filme. A Argentina era um país mais rico há alguns anos, mas decaiu. Já no Brasil, embora a pobreza seja maior, ela recuou”, diz Neri.

“No Brasil, de 2022 a 2023, a pobreza diminuiu. Em 2024, vai cair novamente, pelo crescimento esperado do PIB [Produto Interno Bruto], mas ainda é preciso aguardar os dados gerais”, complementa o pesquisador da Fundação Getulio Vargas.

Na quarta-feira (4), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a pobreza e a extrema pobreza no Brasil atingiram os menores níveis de série iniciada em 2012, com as parcelas da população considerada pobre ficando em 27,4%.

Na Argentina de Milei, por sua vez, sob efeito das medidas de ajuste implementadas pelo ultraliberal para domar a inflação, a expectativa do Banco Mundial divulgada em outubro era de uma queda de 3,5% do PIB do país em 2024, e a pobreza irá fechar o ano mais alta.

No primeiro semestre deste ano, de acordo com o Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos), da Argentina, a pobreza atingiu 52,9% da população, alta de 11,2 pontos ante o mesmo período de 2023, atingindo o equivalente a 15,7 milhões de pessoas.

Para classificar que um cidadão argentino está abaixo da linha da pobreza, o Indec calcula o rendimento das famílias e o acesso a um conjunto necessidades essenciais —isso inclui alimentos, vestimentas, transporte, saúde e educação.

A pesquisa do instituto argentino acompanha 31 aglomerados urbanos do país.

Os pesquisadores do Indec também apontam que o cenário em que mais da metade da população está em situação de pobreza abrange 4,3 milhões de lares.

As pesquisas dos dois institutos, do Brasil e da Argentina, não são comparáveis. Neri ressalta que as diferenças se dão pela forma de calcular a pobreza. “Tudo depende do termômetro, o que nós tentamos fazer [com a série do FGV Social] foi usar o mesmo medidor para olhar a Argentina e o Brasil.”

Fernández, que antecedeu Milei na Presidência, chegou a questionar o cálculo de pobreza feito pelo Indec no fim de sua gestão.

“Não acredito que sejam [na época] 40% de pobres, as pessoas mentem ao responder [aos pesquisadores] para que seus auxílios não sejam retirados”, disse o então presidente, uma semana antes de deixar o poder.

Ao assumir a Casa Rosada e aplicar seu plano de ajuste, que conseguiu desacelerar a inflação, mas afetou a atividade econômica e os indicadores sociais, Javier Milei manteve o economista Marco Lavagna no comando do Indec, cargo que ocupa desde 2019.

O atual presidente argentino, no entanto, não poupou o instituto de críticas, tendo questionado de forma recorrente a metodologia aplicada para medir diferentes taxas, como a inflação e o desemprego.

Ao refletir sobre os efeitos sociais do ajuste na Argentina, Neri avalia que a combinação de responsabilidade fiscal e social parece ser o desafio, “o chamado caminho do meio”, diz.

TARIFA SOCIAL DE DESCONTO NAS CONTAS DE ÁGUA E ESGOTO PARA FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA NÃO ENTROU EM VIGOR

História de THIAGO BETHÔNICO – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vive um dilema diante da lei que determina desconto nas contas de água e esgoto para famílias de baixa renda.

A medida entra em vigor em 11 de dezembro, mas empresas privadas e estaduais vêm reclamando de problemas que inviabilizam a aplicação da legislação, além de uma série de incertezas sobre o texto.

A Folha de S.Paulo apurou que o governo estuda formas de estender o prazo para as companhias se adequarem. O movimento teria começado após reunião de ministérios com governadores do Nordeste e representantes de companhias da região, que seriam as mais afetadas financeiramente pela tarifa social do saneamento.

Por se tratar de um tema sensível politicamente, o governo ficou em sinuca. De um lado, enxerga complexidade na situação, que afeta aliados e redutos importantes. De outro, calcula o desgaste que um passo contrário a descontos para a população mais pobre pode gerar.

Segundo uma pessoa familiarizada com o assunto, o Ministério das Cidades vai acionar a Casa Civil na segunda-feira (9) e buscar diálogo com o deputado Pedro Campos (PSB-PE), que foi relator do projeto de lei da Câmara dos Deputados, para entender quanto tempo de extensão de prazo seria necessário para a implementação da tarifa social.

As possibilidades em estudo são: editar uma medida provisória, publicar um decreto ou passar essa atribuição para o CISB (Comitê Interministerial de Saneamento Básico) regulamentar junto à ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico).

Reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que, a poucos dias de começar a valer a lei da tarifa social, empresas de saneamento, governos e agências reguladoras vivem um imbróglio. Diversos operadores dizem que até agora não receberam os dados do CadÚnico de que precisam para aplicar o benefício.

A lei define que pessoas com renda per capita mensal de até meio salário mínimo (R$ 706 hoje) devem receber desconto de 50% nos primeiros 15 metros cúbicos consumidos. Para isso, elas precisam estar no Cadastro Único —sistema vinculado a programas sociais— ou receber BPC (Benefício de Prestação Continuada).

A ideia é que as empresas de saneamento analisem ativamente quais clientes se enquadram nesse perfil para executar os reajustes tarifários junto às agências reguladoras locais.

Mas a dificuldade em acessar os dados do CadÚnico não é a única reclamação do setor. Operadores de saneamento esperavam um decreto que regulamentasse a lei, o que não aconteceu. Além disso, empresas estaduais temem pelo impacto financeiro.

Na semana passada, governadores que integram o Consórcio do Nordeste se reuniram com o ministro Rui Costa (Casa Civil) e a tarifa social do saneamento foi um dos assuntos discutidos. Na quarta (4), representantes de empresas do Nordeste se reuniram com integrantes do Ministério das Cidades para tratar do que chamam de “incongruências da tarifa social”.

Na avaliação de uma pessoa diretamente envolvida com o tema, a lei não deveria ter passado da forma que foi, pois ainda não definiu uma fonte de custeio para os descontos.

O texto da lei prevê, por exemplo, a criação de um fundo federal para apoiar as empresas a bancarem o desconto. O fundo, porém, não foi criado e não há perspectiva de que seja alimentado com recursos públicos tão cedo, principalmente num momento em que o governo é pressionado a cortar despesas.

Nos bastidores, executivos dizem que a discussão não é sobre implantar ou não a lei, ressaltando que são favoráveis à medida. O problema é a forma como os descontos serão dados e o prazo para cumprir os requisitos —por isso defendem a postergação do início da vigência.

O Nordeste é a região com maior proporção de inscritos no CadÚnico. No Rio Grande do Norte, por exemplo, existem hoje 23 mil famílias que recebem algum tipo de desconto na conta de água. Com a lei, esse número iria para 506 mil famílias, disse uma pessoa familiarizada com o tema para ilustrar a complexidade da situação.

Além disso, a companhia de saneamento potiguar teria um impacto anual de R$ 150 milhões com a tarifa social prevista pela lei, sendo que o resultado financeiro da empresa fica na casa dos R$ 100 milhões por ano.

EMPRESA ESTADUAIS TEMEM IMPACTO ALTO DA APLICAÇÃO DA LEI

Fonte: Companhias de Saneamento/Aesbe (Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento)

Uma das possibilidades no radar do governo, segundo pessoas a par das negociações, é que o ministro Rui Costa consulte a AGU (Advocacia Geral da União) para ver se, do ponto de vista legal, há algum caminho para postergar a lei. No entanto, a AGU ainda não teria sido acionada.

Outro caminho seria no Legislativo, adicionando um jabuti, termo que no jargão político significa inserir em uma proposta legislativa um tema sem relação com o texto original.

À Folha de S.Paulo, o deputado Pedro Campos disse que ainda não foi procurado pelo governo. Ele afirma que vem ajudando o setor de saneamento na interlocução com ministérios.

“O governo teve seis meses para fazer essa regulamentação e, desde o começo, a gente vem tentando fortalecer essas pontes com o setor de saneamento para ajudar. Mas, até o momento, a gente não teve uma devolutiva de que isso vai ser regulamentado antes do dia 10”, disse.

Na avaliação de Campos, adiar a vigência da lei não é positivo, porque só faria demorar mais a implantação do fundo com recursos para bancar os descontos.

“Acredito que o melhor caminho seja acelerar na regulamentação. E, além disso, ter a decisão política do governo de se ele vai querer subsidiar aqueles estados que têm mais dificuldade para fazer isso por conta própria”, afirma.

 

LEI SIMPLIFICA PARA AS EMPRESAS E A RECEITA FEDERAL COMPLICA COM PRODUÇÃO DE NORMAS

 

História de Lucas Thevenard Gomes e Luiz Felipe Monteiro Seixas – Jornal Estadão

A Lei Complementar n.º 199 instituiu o Estatuto Nacional de Simplificação das Obrigações Acessórias. No jargão tributário, obrigações acessórias são exigências aos contribuintes com a finalidade de fornecer ao Fisco informações relativas ao pagamento de tributos, a exemplo do envio de declarações, emissão de nota fiscal, escrituração de livros fiscais, dentre outras. A lei buscou simplificar essas obrigações formais para diminuir os custos gerados para os contribuintes e aumentar a conformidade. Essa, contudo, não é uma tarefa fácil, sobretudo quando nos deparamos com o volume colossal de normas relacionadas às obrigações acessórias.

Em recente estudo publicado na Revista Direito GV (A evolução da produção normativa da Receita Federal do Brasil (1988-2020): análise empírica e implicações regulatórias), dimensionamos a evolução da regulação tributária da RFB entre os anos de 1988 e 2020. Analisamos mais de 13 mil normas de efeito geral e mapeamos dispositivos que instituíam deveres e obrigações, impunham multas e penalidades ou alteravam prazos legais. A pesquisa concluiu que: 1) o número total de normas publicadas pela RFB aumenta ano após ano; 2) há um crescimento da extensão média dessas normas e 3) com isso também estão aumentando o número de dispositivos que dispõem sobre obrigações, penalidades e prazos legais.

Receita Federal tem produzido mais normas, o que torna o sistema tributário mais complexo Foto: Felipe Siqueira/Estadão

Receita Federal tem produzido mais normas, o que torna o sistema tributário mais complexo Foto: Felipe Siqueira/Estadão© Fornecido por Estadão

A consequência prática desse fenômeno não poderia ser diferente: maior complexidade do sistema tributário e aumento dos custos de conformidade. Estes representam verdadeira tributação oculta, já que seus efeitos não são de fácil verificação, mas oneram significativamente o preço dos produtos e serviços, gerando perdas de competitividade e afetando o consumo e a renda. Em 2021, o Banco Mundial identificou que as empresas brasileiras eram as que gastavam mais tempo cumprindo com obrigações acessórias (entre 1.483 e 1.501 horas por ano).

Entendemos que a Receita Federal, enquanto principal órgão regulador federal em matéria tributária, deveria pautar sua produção normativa por critérios racionais e de eficiência, adotando, por exemplo, ferramentas como Análises de Impactos Regulatórios e Consultas Públicas. Tais iniciativas, aliás, também deveriam ser estimuladas em nível subnacional. Essas não são mudanças facilmente implementadas no curto prazo, mas deveriam ser prioritárias, posto que uma má (ou excessiva) regulação tributária pode afetar o desenvolvimento econômico e a atração de investimentos tanto quanto a própria carga tributária.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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