A Geração Z está a começar a entrar num mercado de trabalho que não está totalmente preparado para ela.
Uma vez que muitos recém-licenciados se deparam com queixas sobre a
sua integração no local de trabalho, os empregadores revelam uma
hesitação crescente em contratá-los, de acordo com um relatório recente da plataforma de aconselhamento sobre educação e carreira, Intelligent.
O relatório, que se baseou num inquérito a cerca de 1.000 gestores de
contratação, concluiu que um em cada seis empregadores estava relutante
em contratar trabalhadores da Geração Z, principalmente devido à sua
reputação de arrogantes e facilmente ofendidos.
Além disso, mais de metade disse que esta geração, que se refere a
pessoas nascidas entre 1997 e o início da década de 2010, carece de uma
forte ética de trabalho, tem dificuldades de comunicação, não lida bem
com o feedback e, em geral, não está preparada para as exigências do
mercado de trabalho.
Holly Schroth, professora sénior da Haas School of Business da
Universidade da Califórnia, em Berkeley, explicou que o facto de a
Geração Z se concentrar em atividades extracurriculares para aumentar a
sua competitividade na faculdade, em vez de ganhar experiência
profissional, conduziu a “expetativas irrealistas” sobre o local de
trabalho e a forma de lidar com os chefes.
“A Geração Z não conhece as competências básicas de interação social
com clientes, colegas de trabalho, nem a etiqueta no local de trabalho”,
disse Schroth à Euronews Next, por e-mail.
Por conseguinte, cabe à empresa integrar corretamente o novo
empregado e dar-lhe uma formação adequada. Além disso, o patrão deve
atuar como treinador e também como gestor”.
Porque é que tantas empresas estão a despedir trabalhadores da Geração Z?
Cerca de seis em cada dez empresas incluídas no inquérito referiram
ter despedido um recém-licenciado universitário que contrataram este
ano.
Algumas das razões citadas por detrás destas decisões incluem a falta
de motivação dos empregados, falta de profissionalismo e fracas
capacidades de comunicação, entre outras.
“Muitos recém-licenciados podem ter dificuldades em entrar no mercado
de trabalho pela primeira vez, uma vez que pode ser um enorme contraste
com aquilo a que estão habituados ao longo do seu percurso académico.
Muitas vezes, não estão preparados para um ambiente menos estruturado,
para a dinâmica cultural do local de trabalho e para a expetativa de
trabalho autónomo”, afirmou Huy Nguyen, consultor principal da
Intelligent para a educação e o desenvolvimento de carreiras, numa
declaração.
“Embora possam ter alguns conhecimentos teóricos da faculdade, muitas
vezes não têm a experiência prática, do mundo real e as competências
transversais necessárias para serem bem sucedidos no ambiente de
trabalho”, acrescentou.
Os responsáveis de recursos humanos inquiridos também referiram que
alguns dos seus trabalhadores da Geração Z tinham dificuldade em gerir a
sua carga de trabalho, chegavam frequentemente atrasados e não se
vestiam nem falavam de forma adequada.
Um outro relatório de abril revelou que os trabalhadores da Geração Z
dependiam demasiado do apoio dos pais durante a procura de emprego.
De acordo com o inquérito realizado pela ResumeTemplates e que
incluiu respostas de cerca de 1.500 jovens à procura de emprego, 70%
admitiram pedir ajuda aos pais no processo de procura de emprego.
Outros 25% até levaram os pais a entrevistas, enquanto muitos outros
pediram aos pais que apresentassem candidaturas a empregos e redigissem
currículos por eles.
Como conseguir um emprego para um recém-licenciado?
Para aumentar as suas hipóteses de contratação, os empregadores
sublinharam que algumas das principais qualidades que procuram são a
iniciativa e uma atitude positiva.
Os gestores também valorizam a experiência no mundo real, seja
através de estágios ou empregos e, em menor grau, ter uma presença
adequada nas redes sociais e evitar discussões políticas.
“Os recém-licenciados que estão a começar o seu primeiro emprego
devem demonstrar profissionalismo, não se conformando com normas
ultrapassadas, mas sendo respeitosos e empenhados no seu trabalho”,
disse Nguyen.
Schroth acrescentou que, embora os empregadores estejam atualmente
hesitantes em contratar a Geração Z devido a uma taxa mais elevada de
despedimentos e a desafios na sua integração na força de trabalho, esta
geração ainda representa mais de 25% da força de trabalho.
“Como resultado, as empresas precisam de gastar mais dinheiro e tempo na formação e a sua Geração Z irá prosperar”, concluiu.
Muitos líderes estão achando desafiador integrar a Geração Z
(nascidos entre 1997 e 2010) no ambiente de trabalho. Veja quais são as
principais críticas na hora de contratar.
Foto: Pexels
Muitos líderes estão achando desafiador integrar a Geração Z (nascidos entre 1997 e 2010) no ambiente de trabalho.
Entre as principais críticas na hora de contratar, de acordo com uma pesquisa recente, estão:
65% dos gestores apontam que essa geração demonstra um senso de superioridade
63% dizem que eles se ofendem facilmente
55% acreditam que há uma falta de ética de trabalho
54% afirmam que eles não lidam bem com feedbacks
53% consideram que estão pouco preparados para o mercado
Além disso, a pesquisa levantou que:
75% das empresas afirmam que alguns ou todos os recém-formados que contrataram este ano foram insatisfatórios.
6 em cada 10 empresas demitiram um recém-formado contratado este ano
1 em cada 6 gestores que recrutam estão hesitantes em contratar Gen Zs.
Gestores dizem que recém-formados não estão preparados para o
mercado de trabalho, não conseguem lidar com a carga de trabalho e
demonstram falta de profissionalismo.
1 em cada 7 empresas pode evitar contratar recém-formados no próximo ano.
9 em cada 10 gestores acreditam que recém-formados deveriam passar por treinamentos de etiqueta no ambiente de trabalho.
Muitos gestores relataram que os jovens da Geração Z
não estão prontos para o volume de trabalho, apresentam falta de
profissionalismo e têm dificuldade em lidar com a autonomia no ambiente
de trabalho.
O que os especialistas sugerem?
Para evitar esses problemas, empresas podem investir em programas de
integração formal, que expliquem claramente a cultura da empresa e as
expectativas, além de oferecer mentoria para apoiar o desenvolvimento
desses profissionais.
20 coisas que eu gostaria de saber aos 20 anos (mas tive que aprender sozinho)
“Espírito primeiro. Porque isso é o mais importante. Não é o quão bem
você pode executar ou quanto dinheiro você pode ganhar. Mas se você não
é o ser humano que deveria ser, você não está fazendo isso
corretamente.” — Gladys Knight.
Uma jovem cliente que estava terminando sua terapia tinha um pedido final.
Ela queria alguns conselhos genéricos de vida: que tal 20 coisas para 2020? ela disse, lançando um desafio.
Eu não tive que pensar sobre isso por muito tempo. Quanto mais velho
você fica, mais você vê, mais você erra, mais você tem a dizer.
MAS…
Quanto mais medo você tem de dizer isso, porque sabe que não existe
uma estratégia de tamanho único para a vida – que cada um de nós precisa
seguir seu próprio caminho.
Ainda assim, eu estava pronto para o desafio. Aqui estão algumas coisas para ponderar.
20 coisas que eu gostaria de ter sabido nos meus vinte anos
1. Bons amigos valem ouro.
Ao longo da vida, apenas algumas pessoas realmente “pegarão” você. E
alguns deles também não ficarão por aqui. Portanto, cuide de quem o faz.
Mas também vale a pena saber que a amizade (e o amor) se desenvolve em
lugares surpreendentes, em todas as idades e fases. Fique aberto a isso.
2. Ninguém se importa com o que você faz da sua vida.
Bem, alguns fazem um pouco – espero que isso inclua seus pais. Mas a
maioria das pessoas está muito ocupada trilhando seus próprios caminhos
para se preocupar com o que você está fazendo no seu. No final, até seus
pais só querem que você seja feliz e autossuficiente. Aponte para isso.
3. A paixão por hambúrgueres com queijo e batatas fritas tem consequências.
Apenas dizendo.
4. A vida não dura para sempre.
Certa vez, tive um colega de apartamento cujo resumo da experiência
humana era o seguinte: “você nasce, vive um pouco e depois morre”. Achei
que ele era um Bisonho; Acontece que ele estava certo. Espero que você
tenha um longo intervalo entre o começo e o fim. Mas nenhum de nós sabe o
que está por vir. Use bem o seu tempo.
5. Nem o planeta.
Você não pode salvar tudo sozinho, mas pode fazer a sua parte.
6. A vida às vezes é entediante – precisa ser.
Tente viver em altas rotações 24 horas por dia, 7 dias por semana, e
você saberá o que quero dizer. Tempo de inatividade, manchas planas,
tédio – como você quiser chamar – é necessário para recuperar e
recarregar, pensar e criar – e fazer mudanças.
O tédio crônico é um problema, portanto, se você se encontrar lá, faça tudo o que puder para mudá-lo.
7. Sua saúde mental é um trabalho em andamento.
Humores e emoções não são consistentes. É mais difícil do que você
pensa ficar em um bom espaço mentalmente. Haverá altos e baixos, dias
bons e ruins, então você precisa aprender ferramentas e estratégias para
lidar com ambos. E você precisa continuar usando-os.
8. Assim como sua saúde física.
Os corpos também não se cuidam. Eles brincam, ficam doentes, precisam
de remédios, exames de saúde e manutenção regular. Quanto mais velho
você fica, mais alto “use-o ou perca-o” soa em seus ouvidos. Quanto mais
cedo você prestar atenção nisso, melhor.
9. Mentiras são corredores rápidos.
Uma vez ouvi dizer: uma mentira pode dar meia volta ao mundo antes
mesmo de a verdade calçar seus sapatos de salto alto. É verdade. As
mentiras se espalham rapidamente – e machucam. Pense nisso por um tempo.
10. Você precisa usar tanto as mãos quanto a cabeça.
Passar muito tempo em sua cabeça o deixará louco – e fará de você um
insone. Fazer coisas é a melhor maneira de combatê-lo – tira você da
cabeça e o leva para o corpo. Isso é bom pra você.
11. A maioria das pessoas está fazendo o melhor que pode. Mas alguns não são.
Verdadeiramente, a maioria das pessoas está se esforçando com o que
tem. A maioria das pessoas quer ser um ser humano bom, gentil e que
contribui. Algumas pessoas são idiotas, e mesmo que tenham uma razão
válida para isso, você precisa ficar longe delas.
12. Poder regular tudo é tudo.
Comida, álcool, substâncias, pornografia/sexo, humores, emoções,
reações – ter propriedade sobre isso é possuir sua própria vida. NB: Não
espere muito em breve, leva tempo e prática.
13. Tentar fazer os outros felizes é perda de tempo.
Você não pode. Você pode apoiá-los e estar lá para eles, mas criar
uma vida boa é o trabalho deles. Assim como criar o seu é seu.
14. Ficar sozinho é legal. Estar sozinho é difícil.
Estar sozinho, para experimentar, pensar e sonhar, sustentará e até
fortalecerá sua saúde mental. Mas sentir-se isolado o levará para o
outro lado. Faça o possível para se manter conectado – com as pessoas,
com os vizinhos, com os animais de estimação, com o caixa do
supermercado. E se você não está sozinho, fique de olho nos que estão.
Uma palavra gentil faz uma grande diferença.
15. O arrependimento é bom; pendurar no passado é ruim.
Ter arrependimentos mostra que você está ciente dos erros que
cometeu, das maneiras não tão boas como tratou os outros ou a si mesmo.
Apegar-se a coisas que você não pode mudar irá destruí-lo, então treine
seus olhos na estrada à sua frente.
16. O luto é uma merda.
As pessoas que você ama e se preocupam estarão perdidas para você, e
você terá que encontrar maneiras de lidar com isso. Leva muito mais
tempo do que você pensa, às vezes para sempre. Mas você precisa saber
que pode viver uma vida boa, até ótima, ao lado dela.
17. As pessoas são criaturas de hábitos E incrivelmente imprevisíveis. Incluindo você.
Abandone suas elevadas expectativas em relação às pessoas. Até de si mesmo.
18. Você vai se machucar — mas não precisa se agarrar a isso.
Mágoa, rejeição e dor fazem parte do trato humano. Mas continue
aprendendo a deixar ir, ou pelo menos afrouxar seu controle sobre isso.
19. Coisas ruins acontecem com pessoas boas.
Sim, eles fazem. E grandes coisas acontecem para significar pessoas. Vai saber.
20. A diversão também está em toda parte – mas às vezes está escondida.
Para citar os atemporais Desiderata de Max Ehrmann: “Apesar de toda a
sua farsa, labuta e sonhos desfeitos, ainda é um mundo lindo.”
Nem sempre parece assim, eu sei. Às vezes parece que a beleza foi
sugada dele. Mas há muita coisa boa no mundo. Faça da sua missão
continuar procurando por ele.
VOCÊ CONHECE A ValeOn?
A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO
TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em
torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace
que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço,
agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta
diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa
e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores
como:
História de Nina Werkhäuser, Peter Hille – DW Brasil
Coreia do Norte mandou milhares de soldados à Rússia, e
acredita-se que parte das tropas já esteja na fronteira com a Ucrânia.
Como a participação de Pyongyang nos combates mudaria o conflito?
Quantos soldados a Coreia do Norte enviou à Rússia?
Fontes dos governos da Ucrânia, Coreia do Sul e Estados Unidos
afirmam que a Coreia do Norte enviou ao menos 10 mil soldados para a
Rússia. Alguns relatos falam em até 12 mil homens.
O presidente russo Vladimir Putin diz que não descarta usar essas tropas no campo de batalha. “É nossa decisão soberana.”
A Coreia do Norte, que inicialmente negou o envio de tropas,
posteriormente passou a defender a ideia como coerente com o direito
internacional.
Nesta sexta-feira (01/11), a ministra norte-coreana do Exterior, Choe
Son Hui, prometeu durante encontro em Moscou que seu país ajudará a
Rússia na guerra “até o dia da vitória”.
A Ucrânia e países aliados criticaram o envio de tropas norte-coreanas. O temor é de uma nova escalada da guerra.
Onde os soldados norte-coreanos estão?
As tropas foram inicialmente enviadas ao leste da Rússia para
treinamento. Alguns veículos de imprensa relatam que os soldados usam
uniforme russo e estão aprendendo comandos militares na língua
estrangeira.
Uma parte dessas tropas teria chegado a Kursk, região russa na fronteira com a Ucrânia, e que em agosto chegou a ser parcialmente tomada pelas tropas de Kiev. O Exército russo quer reassumir o controle da região, e pode recorrer à ajuda de soldados norte-coreanos.
Por que Putin precisa de soldados da Coreia do Norte?
A guerra na Ucrânia impôs grandes perdas à Rússia. Segundo a
inteligência militar britânica, Moscou perdeu só em setembro 1.271
soldados, mortos em batalha ou gravemente feridos. Desde o início da
guerra seriam mais de 600 mil baixas.
O secretário geral da Otan, Mark Rutte, afirma que, com isso, a
Rússia já “não tem mais condições de manter seu ataque contra a Ucrânia
sem ajuda estrangeira”.
Putin precisa urgentemente de mais soldados. Observadores, porém, se
questionam se 10 mil homens norte-coreanos são o bastante diante das
numerosas perdas de Moscou.
Como os norte-coreanos poderiam participar do conflito?
O serviço secreto da Coreia do Sul presume que as tropas
norte-coreanas enviadas à Rússia são unidades especiais altamente
treinadas. Mas não sabe como e onde exatamente elas vão operar.
“Os militares norte-coreanos foram preparados para treinar na
península coreana, e não para serem enviados ao exterior”, frisa Mark
Cancian, conselheiro chefe do programa para segurança internacional do
think tank americano CSIS. Cancian diz supor que essa seja a primeira
vez que os soldados saem da Coreia do Norte.
O analista acredita que os norte-coreanos poderiam ser encarregados
de tarefas especiais, por exemplo na área de logística ou associados aos
mísseis norte-coreanos que Pyongyang entregou à Rússia.
O presidente ucraniano Volodimir Zelenski insiste que as tropas foram
enviadas ao front. Emissários de seu governo afirmam que os soldados
foram misturados às unidades russas para ocultar sua presença. “A
Ucrânia será forçada a lutar contra a Coreia do Norte dentro da Europa.”
O que o direito internacional diz sobre a presença de soldados norte-coreanos na guerra contra a Ucrânia?
Ao guerrear contra a Ucrânia, a Rússia atenta contra o princípio de
não agressão. Caso a Coreia do Norte apoie esse ataque com seus próprios
soldados, “então também a Coreia do Norte estaria violando o direito
internacional”, argumenta Claus Kress, professor de direito penal e
internacional na Universidade de Colônia.
Segundo ele, tanto faz se os soldados de Pyongyang estão na região
russa de Kursk, em áreas ucranianas anexadas pela Rússia ou em
território de domínio ucraniano – em todas essas hipóteses, a Coreia do
Norte estaria pelo menos contribuindo para uma ação violenta proibida
pelo direito internacional.
A presença de soldados norte-coreanos faz do país parte no conflito?
Isso, segundo Kress, dependeria da cadeia de comando sobre os
soldados norte-coreanos. “Se só estiverem subordinados à Rússia, a ação
desses soldados seria, do ponto de vista do direito internacional,
atribuível apenas à Rússia” – ainda que, ressalta o professor, esses
militares participassem diretamente de hostilidades no conflito.
“A situação seria outra se a Coreia do Norte mantiver o controle
sobre os seus soldados, independente de ela comandá-los sozinha ou junto
com a Rússia”, afirma. Tal cenário faria do país asiático parte do
conflito.
Num caso desses, se a violência se intensificasse a ponto de
caracterizar um ataque armado da Coreia do Norte à Ucrânia, Kress afirma
que Kiev poderia se defender atacando território norte-coreano, a
milhares de quilômetros dali, desde que “dentro dos critérios de
proporcionalidade e necessidade”.
O que a Coreia do Norte ganha servindo a Putin?
Com 1,3 milhão de soldados, a Coreia do Norte tem um dos maiores
exércitos do mundo e poderia se beneficiar taticamente da experiência de
batalha, algo que tornaria o país mais ameaçador para a vizinha Coreia
do Sul.
Antes de enviar soldados à Rússia, Pyongyang já acudiu o regime de
Vladimir Putin com munição aos milhares e mísseis balísticos. Em troca,
acredita-se que tenha recebido alimentos, combustíveis e tecnologia de
satélites.
Em troca dos soldados, o ditador Kim Jong-un agora poderia tentar
obter outras vantagens de Putin, especula Victor Cha, do think tank
CSIS. “Kim não é burro. Ele sabe que Putin precisa tanto da munição
quanto das tropas da Coreia do Norte. Então, por que não cobrar um preço
mais caro por isso?”
Segundo Cha, Kim tem muito interesse em tecnologia militar de ponta,
principalmente para mísseis intercontinentais e submarinos atômicos; se
Putin cederá ou não, é outra história.
O que une Rússia e Coreia do Norte?
Os dois países mantiveram relações estreitas nos tempos da Guerra
Fria. Essa amizade está sendo revivida por Putin e Kim desde o início da
guerra na Ucrânia.
O apoio da Coreia do Norte à Rússia tornou-se evidente quando o país
foi um dentre cinco países em toda a comunidade internacional a votar
contra a resolução da Assembleia Geral da ONU, em março de 2022, que
condenava o ataque russo à Ucrânia.
Ao se alinhar à Rússia, a Coreia do Norte, que enfrenta isolamento
internacional, assegurou seu acesso a bens e tecnologia de que
necessitava em troca de munição e armas para Putin.
A colaboração culminou em junho de 2024 com um pacto de defesa mútua.
“A Otan exige que Rússia e Coreia do Norte interrompam essas ações
imediatamente”, afirmou em 28 de outubro o secretário geral da entidade,
Mark Rutte. Ele classificou o envio de tropas norte-coreanas como “uma
violação adicional das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e uma
perigosa escalada da guerra russa”.
Para Rutte, o posicionamento de tropas norte-coreanas em Kursk é “um
sinal do crescente desespero de Putin”. Ele frisou que a Otan manterá
seu apoio à Ucrânia.
A eurodeputada alemã Marie-Agnes Strack-Zimmermann (FDP) chamou o
envio de tropas norte-coreanas de “provocação inimaginável”. “O Eixo do
Mal está ativo. Quem nos garante que, em alguns anos, soldados
norte-coreanos não serão empregados no Báltico ou que os chineses não os
comprarão para atacar Taiwan?”
Cha, do think tank CSIS, diz que a cooperação de Pyongyang com a Rússia terá efeitos duradouros.
“A Europa era tradicionalmente o portão da Coreia do Norte para o
Ocidente e era considerada por Pyongyang mais ‘neutra’ que os EUA”,
afirma. Ele acrescenta que há diplomatas norte-coreanos na maioria das
capitais europeias, e “a decisão da Coreia do Norte de enviar tropas
para matar europeus não será esquecida tão cedo nessas capitais”.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Contran (Conselho Nacional de
Trânsito) regulamentou no último dia 14 de outubro a cobrança de pedágio
eletrônico em sistema de livre passagem (free flow).
Com base no texto, a Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) irá
produzir uma portaria para organizar a cobrança. Assim que ela for
publicada no Diário Oficial da União, as concessionárias que operarem no
novo modelo, ou governos, terão até 180 dias para se adaptarem à
legislação.
Por esse modelo, em vez de uma praça de pedágio, são usados pórticos
com câmeras capazes de identificar as placas de veículos em movimento ou
o sinal das tags (do mesmo tipo usado em pedágios convencionais e
estacionamentos de acesso sem parada).
Para veículos com tags válidas, a cobrança é feita automaticamente pela operadora contratada.
Quem não conta com esse dispositivo colado no para-brisa tem até 30
dias para fazer o pagamento —o prazo (antes era de até 15 dias) é uma
das novidades da resolução.
Responsáveis pelas rodovias devem criar canais digitais, como sites e
aplicativos, ou mesmo locais físicos, para que o usuário consiga fazer o
pagamento do pedágio, o que ainda não existe em São Paulo, por exemplo.
A legislação ainda permite que os responsáveis pelas estradas possam
permitir que usuários cadastrem cartões de crédito para débito.
Segundo a Senatran, até o primeiro semestre do ano que vem, o
aplicativo CDT (Carteira Digital de Trânsito) deverá ser uma alternativa
para se fazer o pagamento do pedágio e para consultar registros no
sistema. A ideia é que o motorista receberá notificação por celular do
valor, prazo e as formas de pagamento da tarifa.
Deverá ser criada uma nova aba no aplicativo, com informações sobre o trecho de pedágio que será cobrado.
Para centralizar as informações sobre os pedágios eletrônicos, todas
as transações serão captadas pela Senatran, órgão do Ministério dos
Transportes, e consolidadas em um único sistema, que será gerido pelo
Serpro, empresa de tecnologia do governo federal.
O governo federal afirma que o modelo proporciona maior justiça
tarifária, pois permite o pagamento da tarifa de forma proporcional ao
trecho percorrido.
Atualmente o sistema é usado em três pontos da rodovia federal BR-101
(Rio-Santos) no Rio de Janeiro —em Paraty, Mangaratiba e Itaguaí.
Em estradas estaduais, o free flow é adotado em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.
No estado de São Paulo, o modelo passou a ser usado em 4 de setembro
na SP-333 (rodovia Carlos Tonanni), em Itápolis. Uma segunda praça passa
a funcionar na mesma rodovia nesta sexta-feira (1º) em Jaboticabal. Nos
dois casos, a concessionária EcoNoroeste dá desconto de 5% para quem
usar tags e há redução progressiva no valor do pedágio de acordo com o
número de viagens feitas pelo mesmo veículo (de passeio) durante o mês.
A passagem livre também deverá ser implantada a partir de 17 de
novembro no contorno sul da rodovia dos Tamoios, nova estrada que vai
ligar as cidades de Caraguatatuba e São Sebastião, no litoral norte
paulista, com expectativa de ser inaugurada nesta data. Não está
previsto nenhum tipo de desconto e a cobrança será nos dois sentidos.
TIRE AS PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE O FREE FLOW
IDENTIFICAÇÃO
– Segundo o Contran, os caracteres da placa de identificação veicular
são verificados por meio de sistema de OCR (Reconhecimento Óptico de
Caracteres), ou por imagem ou vídeo da passagem do veículo pelo pedágio
eletrônico, em caso de falha do OCR
– É obrigação do proprietário do veículo manter sua placa de
identificação em condições de visibilidade e legibilidade, alerta a
resolução
COMO PAGAR
Tags
– A tarjeta é lida por sistemas de câmeras e a cobrança é feita diretamente pela operadora contratada
Avulso
– O usuário tem até 30 dias para fazer o pagamento.
– O gestor da estrada deve disponibilizar meios físicos, como totens
de autoatendimento distribuídos na via, e digitais —aplicativos e sites—
para que seja paga a tarifa
Cadastro em cartão
– Segundo o governo, a concessionária pode disponibilizar um contrato
prévio para cadastro em cartão de crédito para cobrança automática
mensal, como já ocorre com as tags
QUEM NÃO PAGAR
Se não for efetuado o pagamento no período estipulado é emitida pelos
órgãos de trânsito multa grave no valor de R$ 195,23 e o dono do
veículo soma 5 pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação)
ONDE RECLAMAR
Deverão ser disponibilizados canais para contestação das passagens ou dos valores cobrados que o usuário julgar indevidos
VEÍCULOS COM PLACAS DE OUTROS PAÍSES
Os veículos registrados no exterior que possuírem débitos
relacionados à tarifa por passagem em pedágios eletrônicos não poderão
deixar o país antes de o pagamento ser efetuado, estando sujeitos à
retenção pela autoridade competente, até a regularização das pendências
SINALIZAÇÃO
É obrigatória a instalação e manutenção de placas de sinalização
vertical de indicação nos principais acessos e ao longo da via, de forma
a garantir a informação prévia ao usuário de que o trecho é dotado de
sistemas de livre passagem no pedágio e não confundir o free flow com
radares de velocidade, por exemplo
CARTEIRA DIGITAL DE TRÂNSITO
– O aplicativo CDT (Carteira Digital de Trânsito) e o Portal de
Serviços, ambos mantidos pela Senatran (Secretaria Nacional de
Trânsito), passarão a ser alternativas para fazer o pagamento do pedágio
e a consulta de registros no sistema
– O motorista receberá a notificação por celular do valor, prazo e as formas de pagamento da tarifa
– Segundo a secretaria, por causa de especificações técnicas, a
disponibilização plena dessa nova funcionalidade deve ocorrer somente no
primeiro semestre de 2025
MOTO TAMBÉM PAGA?
– Há tecnologia disponível capaz de efetuar a leitura da placa traseira dos veículos, que é o caso das motocicletas
– Estados poderão fazer a cobrança e não cabe ao Contran ou à Senatran disciplinar essa questão
– Em São Paulo, o valor cobrado das motocicletas é a metade da tarifa básica dos automóveis
– Motos ainda não podem usar tags
PREÇOS EM SÃO PAULO
Rodovia Carlos Tonanni (SP-333) – km 179, em Itápolis
Início de operação em 4/9
– Veículo de passeio: R$ 8,90 (R$ 8,45 com tag).
– Moto: R$ 4,40
– No caso de veículos comerciais, como caminhões e ônibus, o valor da tarifa será multiplicado por eixo
Rodovia Carlos Tonanni (SP-333) – km 179, em Jaboticabal
Início de operação em 1/11
– Veículo de passeio: R$ 16 (R$ 15,20 com tag)
– Moto: R$ 8
– No caso de veículos comerciais, como caminhões e ônibus, o valor da tarifa será multiplicado por eixo
Descontos
– Nas duas praças de pedágio da rodovia há DUF (desconto de usuário frequente) para veículos de passeio
– Ele é aplicado apenas para quem usa tag no para-brisa e funciona a
partir da segunda passagem por uma mesma praça de pedágio, no mesmo
sentido e dentro do mesmo mês
– Esse benefício concede uma redução adicional e progressiva sobre o valor da última tarifa, que pode variar de 5 a 96%
– Ao chegar a 30ª passagem, o valor com o desconto permanece fixo
Como pagar tarifa avulsa
– Pela internet: é preciso fazer um cadastro. Clique aqui para acessar o serviço
– Pelo aplicativo EcoNoroeste (disponível para iOS e Android)
– Por mensagem de WhatsApp pelo número 0800-326-3663
– Presencialmente nas três bases do SAU (serviço de atendimento ao
usuário) da SP-333: em Barrinha, no km 100, sentido
Sertãozinho-Jaboticabal; em Taquaritinga, no km 139, sentido
Jaboticabal-Itápolis; em Itápolis, no km 197, sentido Borborema-Itápolis
Contorno sul da rodovia dos Tamoios (SP-99), km 13,5, em Caraguatatuba
Início de operação previsto para 17/11
– Veículo de passeio: R$ 5 (cobrança nos dois sentidos)
– Moto: R$ 2,50
– No caso de veículos comerciais, como caminhões e ônibus, o valor da tarifa será multiplicado por eixo
Como pagar tarifa avulsa
– Pela internet: clique aqui para acessar o serviço, ainda em desenvolvimento
– Por aplicativo da concessionária Tamoios (disponível para iOS e Android)
Fontes: Senatran, ANTT, Artesp, EcoNoroeste e Tamoios
História de Paquito Journey, com assessoria de imprensa – 33 giga
Quando a Carteira Digital de Trânsito (CDT) foi
lançada, há exatos sete anos, rapidamente se tornou uma revolução no dia
a dia dos motoristas brasileiros. A inovação trouxe a CNH – e
outros documentos obrigatórios – para a tela do celular, simplificando a
rotina de milhões de condutores e liderando o caminho da identificação
digital no país.
Hoje, a CDT vai além da simples digitalização de documentos, oferecendo serviços como:
a indicação do real infrator,
desconto de até 40% no pagamento de multas,
venda digital de veículos,
avisos de recall e muitos outros.
Com esse conjunto de funcionalidades, ela conquistou sucesso de
público e crítica, tornando-se uma tecnologia multipremiada e amplamente
elogiada pelos seus usuários.
Números que fazem a diferença
Para se ter uma ideia da importância da CDT no cotidiano da população,
basta saber que o aplicativo acumulou, apenas nestes últimos 12 meses,
mais de 6,9 bilhões de acessos. Isso representa uma média de quase 120
acessos para cada um dos atuais 58 milhões de usuários do app, ou 10
usos mensais da solução.
Entre os serviços oferecidos, destacam-se a emissão de CNH digital,
com 47,7 milhões de habilitações em uso no momento; as 307 mil
credenciais de estacionamento eletrônico atualmente válidas, e o
Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV) eletrônico,
que conta com mais de 39 milhões de documentos emitidos. Além disso, a
plataforma já possibilitou mais de 923 mil vendas digitais de veículos e mais de 88 milhões de notificações via Sistema de Notificação Eletrônica (SNE).
As notificações eletrônicas de multa via SNE, inclusive, configuram um dos grandes benefícios da CDT,
pois oferecem descontos de até 40% no valor das multas, além da
possibilidade da indicação simples e rápida do real infrator, caso uma
determinada infração tenha sido cometida por um terceiro que não o dono
do veículo.
Reconhecimento
Mais importante do que os indicadores de uso, a opinião dos usuários é
o que realmente conta para saber se uma tecnologia tem impacto positivo
na vida das pessoas. E a CDT passa com louvor nesse quesito, sendo um dos aplicativos mais bem avaliados nas lojas de apps, com 4,9 estrelas tanto na plataforma Android quanto na iOS.
Além disso, a solução é uma recordista em premiações feitas por júri
técnico e popular. Em 2020, ela foi eleita a melhor iniciativa em
Serviços de Governo no Brasil pelo voto popular no Prêmio iBest. Nos
três anos seguintes (2021 a 2023), a CDT figurou entre as Top 3 melhores
aplicações digitais de governo pelo mesmo prêmio.
E no ano passado, a CDT recebeu o prêmio de projeto inovador no serviço público,
durante o 1º Congresso do Instituto Brasileiro de Governança Pública.
Na ocasião, a solução ficou em segundo lugar entre 15 projetos na
categoria de órgãos federais, atrás apenas do Pix.
Para o secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, a maior prova
do sucesso da CDT é sua adesão em massa pelo motorista brasileiro. “As
pessoas que a usam no celular já praticamente abandonaram o documento físico. Ela tem uma série de serviços importantes e nossa ideia é aprimorar isso e sempre incluir novos serviços”, indica.
Segundo ele, a Senatran tem uma lista de novidades a ser lançadas em breve.
“Esse ano, o aplicativo vai ficar ainda mais robusto. Um exemplo é o
serviço de obtenção de segunda via de CNH, que vamos inserir na CDT, em
coparticipação com os órgãos estaduais, para facilitar a vida do
cidadão”, anuncia.
Um canal centralizado para o trânsito
“A CDT representa um marco na transformação digital
do Brasil. Ela não só traz comodidade aos cidadãos, mas também promove
uma maior integração entre os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito
(SNT), oferecendo soluções inovadoras que simplificam a vida do usuário e
garantem maior transparência e governança nos serviços prestados”,
destaca Diego Migliavacca, gerente de Soluções Digitais para Trânsito do
Serpro.
Segundo ele, a CDT tem a missão de ser um ponto central de contato digital entre o cidadão e o Sistema Nacional de Trânsito.
“A integração com os Detrans e outros órgãos do SNT garante que a
plataforma não só agilize o atendimento, mas também ofereça uma gama
completa de serviços que antes exigiam múltiplos deslocamentos e
interações presenciais”, avalia. “É a tecnologia transformando, para
melhor, a vida das pessoas”, completa o gerente do Serpro.
Os partidos de esquerda tiveram o seu pior desempenho nos maiores colégios eleitorais do País desde 2000. PT, PSB e PDT vão governar, juntos, apenas 9,7% das cidades com mais de 200 mil eleitores.
O presidente Lula (PT) durante evento do Dia Mundial da Alimentação, no Planalto, em 16 de outubro Foto: Wilton Junior/Estadão
Os dados, obtidos com exclusividade pelo Estadão, foram levantados pelo cientista político Murilo Medeiros, da Universidade de Brasília (UnB),
que analisou a performance histórica dos partidos no “G103?, grupo que
reúne as 103 cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes, onde há
possibilidade de segundo turno.
Esses municípios, apelidados de “PIB eleitoral” pelo pesquisador
especialista em estudos eleitorais e legislativos, concentram 40% do
eleitorado do País e funcionam como uma vitrine para projetar lideranças
e forças partidárias no quadro político nacional, com repercussão nas
eleições proporcionais.
“Observamos um estreitamento partidário nesse conjunto de cidades. Em
2020, eram 19 partidos com representantes nas cidades com mais de 200
mil eleitores. Em 2024, o número de legendas caiu para 13, uma redução
de 31,5%”, afirma Medeiros.
Segundo ele, o retrato eleitoral desta eleição revela que o centro e a
direita dominam os grandes centros urbanos do País, enquanto a esquerda
ficou com capilaridade reduzida nos municípios de grande porte.
“A esquerda, além de enfrentar um apagão de lideranças, perdeu
conexão com segmentos importantes da sociedade nos grandes centros
urbanos, como evangélicos, moradores da periferia e o público jovem”,
analisa Murilo Medeiros.
Para ele, a falta de atualização programática do campo progressista,
com escassez de diálogo com pautas modernas e pouca comunicação em
relação aos problemas que afetam o cotidiano dos brasileiros, colaborou
para a desilusão do eleitor.
“Os partidos de esquerda, ancorados no discurso identitário e no
ideário sindicalista dos anos 1980, deixaram de conversar com o Brasil
mais religioso e com a nova classe C, que emerge no seio da sociedade em
torno de um futuro mais empreendedor e com menos amarras estatais”,
acrescenta ele.
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro,
se consolidou como a legenda com o maior número de prefeituras no G103.
Em relação ao último pleito, de 2020, o partido liderado por Valdemar Costa Neto multiplicou
por oito seu número de prefeitos no grupo, passando de 2 para 16
cidades, melhor desempenho da sigla nos últimos anos. Até então, o
resultado mais expressivo do Partido Liberal havia sido registrado em
2016, com a conquista de 4 cidades.
Em seguida, vem o União Brasil,
com 14 prefeitos eleitos, atingindo seu melhor desempenho nesse grupo
de cidades desde as últimas seis eleições municipais. O União Brasil
superou, inclusive, a performance do antigo PFL, de acordo com o
levantamento de Medeiros.
PP e Republicanos, também do campo conservador, mostraram crescimento significativo: o Republicanos dobrou
sua presença, enquanto o PP avançou 37,5% em número de cidades
governadas na comparação com o último pleito. Já o Novo, pela primeira
vez em sua história, administrará dois municípios no G103: Joinville (SC) e Taubaté, no interior paulista. A melhora no desempenho eleitoral do Novo ocorre após o partido anunciar o uso do Fundo Eleitoral nas eleições.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) propôs, nesta sexta-feira (1º), um referendo para definir os rumos
da Guerra da Ucrânia. Em seu argumento, seria mais justo deixar o povo
da região decidir.
Lula disse ainda que a reunião do G20, que ocorre neste mês no Rio de
Janeiro, não é fórum para discutir nem este conflito nem o do Oriente
Médio.
“A Rússia diz que os territórios que eles estão ocupando são russos. A
Ucrânia diz que é deles. Mas por que, em vez de guerra, não faz um
referendo para saber com quem o povo quer ficar? Seria muito mais
simples, muito mais democrático e muito mais justo. Vamos deixar o povo
decidir. Vamos consultar o povo para saber se ele quer”, disse, em
entrevista à TV francesa TF1.
O que o presidente não mencionou, no entanto, é que seu homólogo
russo, Vladimir Putin, em 2022 fez referendos de anexação para nas
regiões ocupadas na Ucrânia, o que foi considerado uma farsa por
lideranças do Ocidente.
A legislação ucraniana também vai na contramão do referendo russo. Em
relação à Constituição do país, em vigor desde 1996, as votações
realizadas por Moscou sob forte presença militar em áreas conquistadas
na guerra contrariam o artigo que define que “questões relacionadas a
alterações no território serão resolvidas exclusivamente com um
referendo que envolva todo o país”.
Nos referendos, participaram somente as populações dos locais a serem
anexados —as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, no
Donbass, além das províncias de Kherson e Zaporíjia, áreas que somam 15%
do território do país.
O processo de anexação vai também de encontro à Carta da ONU,
texto-base do direito internacional há mais de meio século. O documento
diz: “Todos os membros deverão evitar em suas relações internacionais a
ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a
independência política de qualquer Estado”.
Lula já falou diversas vezes sobre o conflito que se desenrola no
Leste Europeu. Em muitos casos, ele foi criticado ao equiparar as
responsabilidades de Moscou e de Kiev, apesar de a invasão territorial
ter partido da Rússia.
“O presidente Putin não toma a iniciativa de parar. [O presidente
ucraniano, Volodimir] Zelenski não toma a iniciativa de parar. A Europa e
os EUA continuam contribuindo para a continuação desta guerra. Temos
que sentar à mesa e dizer para eles: ‘basta'”, disse ele no ano passado,
por exemplo.
Nesta sexta, Lula falou ainda sobre a importância de se criar
estruturas com maior credibilidade das Nações Unidas para a discussão de
conflitos, e que o G20, presido pelo Brasil neste ano, não tem esse
propósito.
“Queremos discutir outras coisas importantes para humanidade, e não
transformar o G20 uma discussão sobre a guerra, seja Israel, seja da
Ucrânia e da Rússia”, afirmou. Lula disse ainda que não convidou
Zelenski para o encontro e que Putin não virá.
Lula conversou com o presidente russo, em setembro, sobre proposta
para encerrar a guerra na região. Segundo o Planalto, eles falaram sobre
o plano conjunto de Brasil e China para encerrar o conflito, que tem
como um dos pontos principais a realização de uma conferência
internacional com a participação de Moscou e Kiev, atuando de forma
igualitária.
Durante a semana da Assembleia-Geral da ONU, a reunião para discutir
um processo de paz na Ucrânia contou com a presença de 15 países, além
de Brasil e China. Ao final do encontro, porém, quatro deles não
assinaram o documento negociado no encontro.
A iniciativa é rejeitada por Zelenski e considerada por Estados Unidos e aliados no Ocidente como favorável à Rússia.
Nesta sexta-feira (27), Amorim minimizou a ausência de Rússia e
Ucrânia da reunião. De acordo com ele, as partes diretamente envolvidas
no conflito se juntarão à proposta “quando o momento certo chegar”.
“É natural, vocês já estudaram história. Quantas vezes um país achava
que ia ganhar guerra com facilidade e depois ficou difícil? Às vezes
tem que chegar esse momento e ainda não chegou, mas vai chegar. Estamos
conversando. E, quando chegar, vamos dizer: ‘olha, tem um caminho para
voltar à paz'”, disse Amorim, ao final do encontro.
A medida amplia a atuação da Polícia Federal (PF) e converte a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em
um novo efetivo, chamado de Polícia Ostensiva Federal (POF), que terá
atribuições ampliadas em relação à PRF. A criação de um fundo para o
custeio de políticas de segurança pública também está previsto no
anteprojeto;
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reunião com os governadores dos
Estados e do DF; no encontro, o governo federal apresentou medida para
reformular política de segurança pública do País, mas projeto gera
receio nos governos locais Foto: Wilton Junior/Estadão
Confira a íntegra da proposta que o governo Lula apresentou aos governadores e os principais pontos do texto:
Mudanças na Polícia Federal
A Polícia Federal, por ora, atua em crimes de competência federal. O
projeto do governo Lula prevê que a corporação também possa atuar em
casos de repercussão interestadual, ou seja, entre dois ou mais Estados.
A PF também passaria a agir nos ilícitos “em matas, florestas, áreas de
preservação, ou unidades de conservação”.
Polícia Ostensiva Federal (POF)
A Polícia Rodoviária Federal seria convertida na Polícia Ostensiva
Federal (POF). O novo órgão incorporaria as atribuições da PRF e, além
dessas, contaria com um escopo de atuação ampliado. A principal mudança é
para que o policiamento ostensivo passe a ser feito não só no modal
rodoviário, mas também em ferrovias e hidrovias.
A POF também poderia ser destinada à proteção de “bens, serviços e
instalações federais”, além de “prestar auxílio, emergencial e
temporário, às forças de segurança estaduais ou distritais”, se
requisitada.
Fundo Nacional de Segurança Pública e Política Penitenciária
A PEC também cria um novo fundo para o custeio das corporações e de
programas na área de segurança pública, denominado de Fundo Nacional de
Segurança Pública e Política Penitenciária. O fundo, segundo o projeto,
não poderia ter os seus recursos contingenciados.
História de CAMILA MATTOSO E VICTORIA AZEVEDO – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente da Câmara, Arthur Lira
(PP-AL), diz que ainda neste ano dará uma solução ao projeto de lei que
prevê anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de
2023.
“Um tema sensível como esse, por tudo que aconteceu, por tudo que
está acontecendo, estava inapropriadamente sendo usado. Conversei tanto
com um partido quanto com outro. Nós vamos dar a solução para isso
dentro do meu mandato [até fevereiro de 2025]”, afirma Lira em
entrevista à Folha de S.Paulo.
Na segunda (28), Lira decidiu criar uma comissão especial para
analisar o projeto de lei. Ele retirou a proposta de tramitação da CCJ
(Comissão de Constituição e Justiça) da Casa —o texto seria votado na
tarde desta terça-feira (29).
A medida, que adia a tramitação do projeto, tinha o objetivo de
angariar apoio dos dois maiores partidos da Câmara, os antagônicos PL e
PT, a Hugo Motta (Republicanos-PB), nome que Lira escolheu para
sucedê-lo e cujo anúncio oficial ocorreu na terça (29). Ela contou com o
aval de Jair Bolsonaro (PL) e de uma ala do partido de Lula (PT).
Ao ser questionado sobre como pretende resolver o imbróglio ainda
neste ano, o parlamentar respondeu: “Como sempre eu faço, conversando e
ouvindo muito”.
Lira reconhece que a proposta pode ser levada à votação em plenário
até o fim de seu mandato, mas diz que “pode ser que se encontre outra
solução”. O parlamentar afirmou que a comissão terá o “rito normal e
regimental”.
A comissão foi criada por despacho de Lira na noite de segunda.
Agora, os líderes partidários devem indicar seus representantes que irão
integrar o colegiado, antes que ela seja instalada pelo presidente da
Casa —não há prazo para que isso ocorra. Ela será formada por 34 membros
titulares e 34 suplentes e tem prazo de até 40 sessões do plenário
(podendo terminar antes). Após isso, fica pronta para votação em
plenário.
“Ela tem prazo regimental. Uma comissão especial tem de 10 a 40
sessões. A Casa é quem diz o que vota, o que não vota, como vota e do
jeito que vota. Não entro na análise de mérito disso”, diz o presidente
da Câmara.
Lira afirma que não sabe qual seria o resultado do painel de votações
hoje se o projeto fosse levado ao plenário da Casa e diz que a
discussão sobre a proposta na comissão irá aprofundar mais do que na
CCJ, porque “ali estava um ambiente muito conturbado”.
A CCJ é formada majoritariamente por parlamentares da oposição ao
Executivo. Em setembro, a discussão do projeto de lei no âmbito da
comissão teve como pano de fundo a sucessão de Lira, colocando o grupo
de Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) em lado
oposto ao de Hugo Motta —os primeiros tentaram inviabilizar sua votação
com o apoio de petistas, e o segundo, aliado aos bolsonaristas,
trabalhou para aprovar a medida.
O relator na CCJ, Rodrigo Valadares (União Brasil-CE), ampliou o
escopo da proposta em seu parecer e sugeriu perdão a todos os atos
pretéritos e futuros relacionados aos ataques às sedes dos três Poderes.
Agora, na comissão especial, poderá ser designado um novo relator, além
do presidente do colegiado.
“Tínhamos uma posição de cuidado com esse assunto porque ninguém pode
esquecer o que aconteceu e há muita gente que reclama de penalidades
injustas, de gente que não participou daquele movimento com penas muito
sérias. Tem dor para todo lado: dor institucional, dor da democracia,
dor de pessoas que em tese podem estar sendo penalizadas”, diz Lira.
Ao oficializar sua candidatura, também na terça, Hugo Motta defendeu a
criação da comissão e falou em “injustiças” cometidas eventualmente com
penas elevadas, numa indireta ao ministro Alexandre de Moraes, do STF
(Supremo Tribunal Federal).
“Nós tivemos um episódio triste, que foi o 8 de janeiro, mas também
não podemos permitir que injustiças sejam cometidas com pessoas que têm
levado condenações acima daquilo que seria o justo para com a
participação ou não dessas pessoas no ato”, afirmou.
Em visita de surpresa ao Senado horas após Lira oficializar o apoio a
Hugo, Bolsonaro afirmou que a criação da comissão traz nas entrelinhas a
forte possibilidade de, nesse colegiado, ser acrescentada emenda para
que o ex-presidente se livre de sua inelegibilidade e possa disputar a
Presidência da República em 2026.
O presidente da Câmara, por sua vez, nega que exista qualquer tipo de
acordo acerca do mérito da proposta e diz que não tratou disso. “Não
fiz essa discussão nem com o STF nem com os partidos.”
Ao ser questionado sobre as declarações de Bolsonaro, Lira afirmou
que o ex-presidente lhe disse que a aprovação do projeto “não seria”
condicionante ao apoio do PL em torno de Hugo Motta. “O que eu tenho é
que não seria. Comigo ele disse que não seria.”
Você tem coragem de ser vulnerável? E você sabe, afinal, o que é
vulnerabilidade e a sua importância não só para a sua vida pessoal,
profissional mas também para seu negócio e processo de inovação? Entenda
abaixo
Brené Brown
Você tem coragem de ser vulnerável? E você sabe,
afinal, o que é vulnerabilidade e a sua importância não só para a sua
vida pessoal, profissional mas também para seu negócio e processo de
inovação?
A nossa convidada do Ghost Interview de hoje é Brené Brown,
professora e pesquisadora na Universidade de Houston e autora de
best-sellers como a A coragem de ser imperfeito e Mais forte do que
nunca: Caia. Levante-se. Tente outra vez. Ela é também apresentadora dos
podcasts Unlocking Us e Dare to Lead. Ela é mundialmente conhecida
também por sua palestra TEDx de 2010 sobre vulnerabilidade.
Segundo ela, temos que passar pela vulnerabilidade para chegar à
coragem, portanto… abrace o que é ruim. Devemos ser grato todos os dias,
e seu lema é “Coragem acima do conforto”.
Em relação a sua pesquisa sobre vergonha, pertencimento e
vulnerabilidade, como foi o processo de entender a relação desses
itens?
Só uma variável separava as pessoas que tinham um forte sentimento de
amor e pertencimento das pessoas que realmente lutavam por isso. As
pessoas que tinham um forte sentimento de amor e pertencimento
acreditavam que mereciam amor e pertencimento. Só isso. Elas acreditam
que merecem. E para mim, a parte difícil da única coisa que nos mantém
desconectados é nosso medo de não sermos merecedores de conexão.
Era algo que, pessoal e profissionalmente, eu sentia que precisava
entender melhor. Então peguei todas as entrevistas e via pessoas vivendo
desse jeito, e dei uma olhada apenas nessas. O que essas pessoas têm em
comum? Eu tenho um pequeno vício por material de escritório, isso daria
outra palestra, mas eu estava com uma caneta grossa, uma pasta de
arquivo, e estava pensando: como vou chamar essa pesquisa? E a primeira
palavra que me veio à mente foi coração pleno.
São pessoas de coração pleno, vivendo desse senso profundo de
merecimento. Escrevi isso na parte de cima da pasta e comecei a olhar os
dados. De fato, fiz isso no início de quatro dias de uma análise de
dados muito intensa, na qual retomei essas entrevistas, as histórias, os
incidentes. Qual era o tema? Qual era o padrão?
E o que você descobriu?
Elas tinham em comum um senso de coragem. A definição original de
coragem, vem da palavra latina “cor”, que significa “coração”, e a
definição original é contar a história de quem você é com todo o seu
coração.
Então essas pessoas tinham, simplesmente, a coragem de serem
imperfeitas. Tinham a compaixão de serem gentis consigo mesmas e então
com os outros, porque não podemos praticar compaixão por outras pessoas
se não conseguimos nos tratar com gentileza.
E como essa coragem funciona na prática?
Elas estavam dispostas a abandonar quem pensavam que deveriam ser a
fim de ser quem elas realmente eram, algo que você absolutamente tem que
fazer para se conectar. A outra coisa que elas tinham em comum era
isto. Elas abraçavam completamente a vulnerabilidade. Elas acreditavam
que o que as tornava vulneráveis as tornava lindas. Elas não falavam de
vulnerabilidade como algo confortável, nem como algo doloroso, como ouvi
antes na entrevista sobre vergonha. Falavam apenas que isso era
necessário. Elas falavam sobre a disposição de dizer “eu te amo”
primeiro. A disposição de fazer algo quando não há garantias.
Afinal, conseguimos deixar de ter vergonha?
Nunca podemos nos livrar da vergonha, o que podemos fazer é
desenvolver resiliência à vergonha, então, quando isso acontece, ela
passa por cima daquela lavagem quente que faz você se sentir pequeno e
insuficiente quando isso toma conta.
Em seu livro ‘A coragem de ser imperfeito’ você aborda a questão
sobre o medo de ver vulnerável e como isso como impactar as nossas
vidas. Mas como de fato adotar isso na prática?
O medo de ser vulnerável pode desencadear crueldade, crítica e
desconfiança em todos nós. Assumir a responsabilidade pelo que dizemos é
o modo de verificar nossas intenções. Além de andar na corda bamba,
praticar a resiliência à vergonha e formar uma comunidade segura que me
apoie quando eu me sentir atacada ou magoada, adotei duas estratégias
adicionais.
A primeira é simples: só aceito e levo em consideração comentários de
pessoas que também estejam na arena. Se você não está ajudando, não
está contribuindo nem está lutando contra seus próprios desafios, não
estou nem um pouco interessada em ouvi-lo.
A segunda estratégia é simples. Carrego uma pequena folha de papel em
minha carteira com os nomes das pessoas cujas opiniões sobre mim
importam. Para estar nessa lista é preciso que você me ame por minhas
forças e minhas dificuldades, e seja o que chamo de “amigo-estria”: uma
relação que foi expandida e estendida de tal forma que se tornou parte
de quem nós somos, como uma segunda pele, e com cicatrizes para
comprovar isso. Em geral, temos bem poucas pessoas que se credenciem
para essa lista.
E usar a vulnerabilidade não é a mesma coisa que ser vulnerável, certo?
O que não percebemos é que usar a vulnerabilidade não é a mesma coisa
que ser vulnerável; é o oposto – é uma armadura. Às vezes nem sequer
temos consciência de que estamos nos superexpondo como estratégia de
defesa. Podemos despejar nossa vulnerabilidade ou nossas histórias de
vergonha no desespero para sermos ouvidos. Deixamos escapar um segredo
que está causando imensa dor simplesmente porque não conseguimos
segurá-lo por mais um segundo.
A intenção pode até não ser fazer isso para nos proteger ou para
repelir as pessoas, mas o resultado de nosso comportamento vai ser esse.
Quer estejamos do lado de quem desabafar ou do lado de quem escuta, o
amor-próprio é fundamental.
Precisamos dar um tempo quando revelamos muita coisa rapidamente e
praticar a autocompaixão quando percebemos que não somos capazes de
abrir espaço para alguém que nos ofusca com holofotes. O julgamento pode
exacerbar o isolamento.
O que você diria para pessoas que acreditam que ser vulnerável pode ser fraqueza?
Acreditar que vulnerabilidade seja fraqueza é o mesmo que acreditar
que qualquer sentimento seja fraqueza. Abrir mão de nossas emoções por
medo de que o custo seja muito alto significa nos afastarmos da única
coisa que dá sentido e significado à vida.
Qual o maior erro das pessoas sobre vulnerabilidade?
Vulnerabilidade tem a ver com compartilhar nossos sentimentos e
nossas experiências com pessoas que conquistaram o direito de
conhecê-los. Estar vulnerável e aberto passa pela reciprocidade e é uma
parte integrante do processo de construção da confiança. A exposição
total é uma forma de se proteger da verdadeira vulnerabilidade.
Portanto, informação em excesso não é um caso de “vulnerabilidade
demasiada”, mas de falência da vulnerabilidade.
E o que a vulnerabilidade tem a ver com a inovação?
O assassino secreto da inovação é a vergonha. Não conseguimos
medi-la, mas ela está lá. Sempre que alguém não compartilha uma nova
ideia, que deixa de passar para seus gerentes algum feedback muito
necessário ou que tem medo de se expor diante de um cliente, pode ter
certeza de que a vergonha está por trás disso. Aquele medo profundo que
todos temos de errar, de ser depreciados e de nos sentir menos do que o
outro é o que nos impede de assumir os riscos indispensáveis para fazer
nossas empresas avançarem. Se você quer implantar uma cultura de
criatividade e renovação, em que riscos concretos têm que ser assumidos
tanto em nível coletivo quanto individual, comece por desenvolver nos
gerentes a capacidade de estimular a vulnerabilidade em suas equipes.
Você lançou recentemente um novo livro chamado ‘The Atlas of The
Heart: Mapping Meaningful Connection and the Language of Human
Experienc’. Nos conte mais sobre essa linguagem.
Quantos de vocês conhecem a sensação de que sua vida está se
desenrolando mais rápido do que você pode gerenciar? A linguagem é o
maior portal humano que temos. Ter acesso às palavras certas … muda
tudo. Estamos aqui para descobrir: Como podemos cultivar uma conexão
significativa conosco e com os outros?
É possível entender a conexão entre como as pessoas pensam, sentem e
se comportam, e como essas três coisas são conectadas, você entende
tudo. Acho que podemos ser realmente ousados em nossas aventuras com a
linguagem certa e um coração grande e cheio.
Sabe o que eu mais vejo no mercado?
Junior Borneli — StartSe
Testemunho:
Que empresários existem aos montes, mas poucos são empreendedores.
Simplesmente porque um empreendedor se forja em meio a desafios.
E eu tiro isso pela minha própria história.
Eu nasci no interior de Minas Gerais. Numa cidade de apenas 13 mil habitantes.
E como toda cidade do interior, as opções de lá eram bem limitadas
Eu sempre senti que poderia ir além, nunca consegui saber como.
Então trabalhei numa universidade por 10 anos.
Sem propósito, sem objetivo, apenas fornecendo o necessário pra minha esposa e filho.
Até que um eu cheguei em casa e vi que a minha energia elétrica havia sido cortada.
E eu digo que esse foi o pior e o melhor dia da minha vida.
Porque foi aí que a ficha caiu.
Que eu entendi que precisava fazer algo e que só o empreendedorismo poderia me tirar daquele lugar.
Que custe o que custasse, eu NUNCA MAIS me encontraria naquela situação novamente
Esse foi o gatilho que despertou o que eu chamo de atitude empreendedora.
A voz que diz lá dentro que “você pode mais”.
Como despertar sua atitude empreendedora e impactar positivamente seus projetos com isso.
Espírito empreendedor: 8 dicas matadoras para despertar o seu
Janu França
Um empreendedor de sucesso não nasce pronto, ele se molda.
Compartilhamos neste artigo 8 habilidades fundamentais para você atingir
seus objetivos.
Qualquer realização começa na mente. E empreendedores são,
normalmente, aqueles que têm a capacidade de colocar suas ideias em
prática e fazer acontecer. Algumas pessoas já nascem com esse espírito,
né? Outras nem tanto. Mas não se engane, isso pode ser trabalhado e
desenvolvido.
É fundamental desenvolver – ou aprimorar – esse perfil realizador
para quem quer abrir uma empresa e fazer ela crescer. O sucesso
empresarial está diretamente ligado à reunião de um grupo de
características e habilidades que tornam uma mente mais atenta para
aspectos essenciais de um negócio.
Confira nossas dicas de como despertar este espírito em você!
1 Tenha autoconfiança
“Autoconfiança é muito importante para alcançar o sucesso. E para se tornar confiante, é importante estar preparado.”
Arthur Ashe, tenista
Todo bom empreendedor confia em si mesmo. É preciso acreditar em suas
ideias e visão de negócio para colocá-las em prática e fazer com que
elas prosperem. Por isso, não se limite a pensar no que pode ou não
fazer, acredite em você e no seu sucesso. Isso irá te impulsionar.
2 Trabalhe sua mente
“Persiga um ideal, não o dinheiro. O dinheiro vai acabar indo atrás de você.”
Tony Hsieh, empreendedor
Quem tem um espírito empreendedor persegue as oportunidades quando as
encontra. E para reconhecer essas oportunidades é preciso que você
possua a mentalidade certa, quando você tem uma percepção incorreta, seu
espírito empreendedor não se desenvolve.
Alimente uma atitude positiva e encare as barreiras e os pequenos
fracassos como aprendizado, que preparam você para tentar novamente.
3 Desenvolva senso crítico
“Você deve lutar mais de uma batalha para se tornar um vencedor.”
Margaret Thatcher, política
Trabalhe seu senso crítico diariamente, ele será extremamente
necessário para que você desenvolva seus projetos da melhor maneira
possível. Sempre analise e reflita sobre todos os aspectos do projeto,
se não ficar satisfeito com algo, repense e refaça.
Crie a capacidade de você mesmo avaliar suas ideias e a forma como realiza cada etapa.
4 Planeje suas metas e as cumpra
“Todas as diretrizes são resultado de um planejamento e todo planejamento é resultado de sonhos.”
Flávio Augusto, empreendedor
Para alcançar seus objetivos você precisa saber exatamente onde
deseja chegar. Por isso trace suas metas e planeje bem suas estratégias,
ter um espírito empreendedor tem a ver com a capacidade de planejar e
ter disciplina, por isso trabalhe essas habilidades.
Estabelecer metas ajuda a alimentar seu espírito empreendedor, mas
elas precisam ser realistas, palpáveis e mensuráveis. Obedecendo a esses
pontos você poderá traçar objetivos de curto e longo prazo.
#DicaConsolide: não deixe de conhecer a história do grande erro do super empresário Flávio Augusto.
5 Tenha atitude
“Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.”
Martin Luther King, pastor e ativista político
Não adianta ter boas ideias, planejar estratégias, traçar metas e não
ter atitude para executá-las. Para realizar seus sonhos e alcançar o
sucesso desejado, é necessário agir. Ter um espírito empreendedor não
tem a ver com ideias e planejamento, e sim em possuir a capacidade e a
motivação para executar.
A melhor maneira de despertar e alimentar seu espírito empreendedor é
colocar algo em prática. Os desafios de um negócio e seus processos vão
fazer com que esse espírito se manifeste. Por isso, ao identificar sua
ambição no mundo empresarial e o mercado onde deseja atuar, não perca
tempo e parta para a ação.
6 Tenha ambições realistas
“Faça o que você puder, onde você está e com o que você tem.”
Theodore Roosevelt, ex-presidente EUA
Tenha ambições que estejam ao seu alcance, não adianta tentar
resolver problemas que estão fora do seu controle ou tentar atingir
alguns objetivos cedo demais. Faça planos e trace metas que façam
sentido para o seu projeto, utilizando seu senso crítico para definir se
são plausíveis e alcançáveis naquele momento.
7 Seja criativo
“Criatividade é inteligência, divertindo-se.”
Albert Einstein, físico
A criatividade é essencial para qualquer empreendedor, desde a
concepção de um novo negócio até a hora de desenvolver soluções e
estratégias dentro da empresa. Todo mundo tem certo nível de
criatividade, por isso se você deseja ser um empreendedor trabalhe
sempre sua criatividade para mantê-la ativa.
8 Desenvolva habilidades de liderança
“O melhor líder não é necessariamente aquele que faz as melhores
coisas. Ele é aquele que faz com que pessoas realizem as melhores
coisas.”
Ronald Reagan, ex-presidente EUA
É muito importante que um empreendedor tenha habilidades de
liderança, para conduzir seu projeto e delegar quando necessário. Além
disso, é preciso saber tomar as próprias decisões e fazer com que outros
acreditem em seu projeto.
Também é essencial que você saiba conduzir as pessoas pelo caminho que você deseja trilhar.
Pronto para despertar seu espírito empreendedor? Então comece logo a colocar essas dicas em prática.
NOSSA MARCA. NOSSO ESTILO!
COMPARTILHAMOS CONHECIMENTO PARA EXECUTARMOS COM SUCESSO
NOSSA ESTRATÉGIA PARA REVOLUCIONAR O MODO DE FAZER PROPAGANDA DAS
EMPRESAS DO VALE DO AÇO.
O desejo de mudar, de transformar, de acreditar, são
fundamentais para irmos além. São agentes propulsores da realização de
sonhos. Já o empreendedorismo está presente no DNA dos brasileiros e
nossa história trouxa essa capacidade que temos de nos reinventar e de
nos conectarmos com você internauta e empresários que são a nossa razão
de existir.
E todos esses elementos combinados e levados ao território da internet, torna o que era bom ainda melhor. Na internet e através
do Site da Valeon, podemos proporcionar o início do “virar de chaves”
das empresas da região para incrementar as suas vendas.
Assim, com inovação e resiliência, fomos em busca das
mudanças necessárias, testamos, erramos, adquirimos conhecimento,
desenhamos estratégias que deram certo para atingirmos o sucesso, mas
nada disso valeria se não pudéssemos compartilhar com vocês essa
fórmula.
Portanto, cá estamos! Na Plataforma Comercial Marketplace da
VALEON para suprir as demandas da região no que tange à divulgação dos
produtos e serviços de suas empresas com uma proposta diferenciada dos
nossos serviços para a conquista cada vez maior de mais clientes e
público.
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos compublicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para asmarcas
exporem seus produtos e receberem acessos. Justamente por reunir uma
vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon
atrai uma grande diversidade evolume de público. Isso
proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores
que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por
meio dessa vitrine virtual.
O Site desenvolvido pela Startup Valeon,
focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para
resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser
mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses três
anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado
com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a
rotina das empresas. Temos a missão de surpreender constantemente,
antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução
para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso,
pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à
frente.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.