Dino mantém suspenso pagamento de emendas e critica descumprimento de decisão do STF
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve
suspensa, nesta quinta-feira (10), a execução de emendas parlamentares
do chamado “orçamento secreto”. Na decisão, o magistrado disse que
“permanece o grave e inaceitável quadro de descumprimento” da
determinação do Supremo, que julgou inconstitucional a destinação de
emendas sem transparência. Dino também disse que as ordens do STF no
tema não estão suprimindo as prerrogativas parlamentares sobre o
orçamento. Ele ressaltou que compete ao STF dar a última palavra sobre
alcance das regras da Constituição. Conforme a decisão do ministro,
segue suspensa a execução das emendas de relator (RP 9) e de comissão
(RP 8). “Em face do evidente descumprimento parcial da decisão de mérito
referida, estabeleço que permanecem plenamente vigentes as medidas de
impedimento ou restrição à execução das emendas utilizadas para o que se
convencionou chamar de ‘orçamento secreto’, ou seja, as emendas RP 9 e
RP 8”, disse Dino. O ministro disse que só será possível rever a
suspensão dos pagamentos das emendas quando foram tomadas “medidas
efetivas” de transparência e rastreabilidade pelo Congresso e pelo
Executivo. Em sua decisão, Dino disse que o Congresso deixou de
apresentar informações que ele havia determinado. “A Câmara dos
Deputados e o Senado Federal limitaram-se a apontar que soluções hão de
ser definidas em Projeto de Lei Complementar (PLP), cuja tramitação
sequer iniciou”, afirmou Dino. “Apesar da imprevisibilidade quanto à
apresentação, tramitação e aprovação do referido PLP, entendem [Câmara e
Senado] que mecanismos de garantia de transparência e rastreabilidade a
serem adotados para o orçamento de 2025 dependem de previsão na futura
legislação”. A posição do Congresso foi apresentada em reunião técnica
na manhã desta quinta-feira (10) no STF. https://www.youtube.com/watch?v=u0WyWbIhDOg Poderes
Em sua decisão, Dino disse que não existe, no sistema constitucional,
“poderes dissociados de deveres”. “No caso, o poder de elaborar e atuar
em parcela da execução orçamentária é acompanhado do dever de
atendimento ao devido processo legal constante da Constituição Federal.
E, se tal dever não é observado, cabe ao Poder Judiciário zelar pela
autoridade das normas constitucionais.” Conforme Dino, compete ao STF
dar a última palavra sobre alcance das regras da Constituição. “Nenhuma
impositividade em um Estado de Direito é maior do que o ordenamento
derivado diretamente da Constituição Federal, cuja guarda compete ao
STF, como instância que – à luz da cláusula pétrea da separação de
poderes – estabelece a última palavra sobre o alcance das regras
emanadas do Poder Constituinte” .
Está em discussão na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda
Constitucional nº 28, que teve sua admissibilidade aprovada ontem,
quarta-feira, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJ) da Câmara dos Deputados e que permite ao Congresso Nacional
suspender decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O que diz a PEC nº
28 e por que ela é constitucional?
No texto da PEC está claro que o Congresso Nacional, por dois
terços, pode suspender a eficácia de decisões do Supremo Tribunal
Federal, não de qualquer decisão, mas daquelas que violarem o artigo 49,
inciso XI, da Constituição Federal, segundo o qual cabe ao Poder
Legislativo zelar por sua competência normativa perante o Poder
Legislativo e o Poder Judiciário.
Ora, o artigo 49 diz que é atribuição exclusiva do Congresso Nacional
zelar por sua competência legislativa. É, portanto, do Congresso
Nacional, e não do Supremo, a função, de legislar, como já fez, por
exemplo, em relação ao marco temporal, às drogas e ao aborto.
De acordo com a PEC 28, o Congresso Nacional, nas decisões que
invadam o seu direito constitucional, poderá, por dois terços de seus
membros, suspendê-las pelo período de dois anos, prorrogável uma única
vez por mais dois anos, até que se faça uma lei a respeito, sem que
prevaleça a lei feita pela Suprema Corte. O STF, por sua vez, só poderá
manter sua decisão pelo voto de 4/5 de seus membros.
Muitas vezes, os ministros do Supremo alegam legislar naquilo que,
segundo eles, o Congresso é omisso, mas isso não é constitucional. O que
está na Constituição é que cabe ao Poder Legislativo zelar por sua
competência.
O texto da PEC nº 28 também prevê análise imediata, pelos tribunais,
de decisões liminares tomadas individualmente; ou seja, a PEC 28/24
também estabelece a inclusão automática, na pauta dos tribunais, de
liminar pedindo que o colegiado analise decisão tomada individualmente, o
que harmonizará as regras constitucionais em jogo.
Na PEC 28, é dito que o Congresso Nacional suspenderá a lei oriunda
do Supremo, para eventualmente votar algo quanto aquela matéria. Se não
for aprovado nada no período de dois anos, voltará a prevalecer a lei
elaborada pela Suprema Corte, que ao interpretar princípios gerais, se
auto-outorga o direito de fazer leis. A meu ver, portanto, a PEC 28 é de
absoluta constitucionalidade.
Em primeiro lugar, porque é a explicitação do que está no artigo 49,
inciso XI, da Constituição, promulgada em 5 de outubro de 1988. Em
segundo lugar, porque não anula, mas suspende até que se faça uma nova
lei. Em terceiro lugar, esta suspensão só é possível quando a decisão da
Suprema Corte invadir a competência legislativa, que é exclusiva
daquelas pessoas que foram eleitas pelo povo, já que o Supremo não é
eleito pelo povo, mas escolhido por um homem só, que é o Presidente da
República.
Ora, esse esclarecimento faço aos leitores, porque há quem diga que a
PEC 28 é inconstitucional. Evidentemente, não o é. É de uma rigorosa
constitucionalidade e até me impressiona porque apenas com dois terços
do Congresso Nacional — dois terços de 513 deputados, dois terços de 81
senadores — é que eles poderiam suspender a lei elaborada pelo Supremo.
A meu ver, isso até reduz o poder do Congresso Nacional, que, pelo
artigo 49, inciso XI, tem um poder absoluto de suspender a qualquer hora
que quisesse e até de anular decisões que invadam sua competência
legislativa, por parte do Poder Judiciário.
Há outra PEC, a de nº. 50, que é apenas uma reiteração enfática. Ela,
que já foi aprovada no Senado, declara que as decisões da Suprema
Corte, no que diz respeito à constitucionalidade de leis, só poderão ser
proferidas, não monocraticamente, mas por maioria absoluta do
colegiado.
É o que já está no artigo 97 da Constituição, embora lá explique
apenas que toda matéria de constitucionalidade terá que ser definida por
maioria absoluta da Suprema Corte. Entretanto, os ministros têm
decidido, muitas vezes, monocraticamente, questões que permanecem,
durante anos e anos, à luz daquela única manifestação.
O que Congresso Nacional pretende é que um projeto de emenda
constitucional pleonástico determine que o artigo 97 seja aplicado em
todas as hipóteses em que se decidir sobre constitucionalidade, que é da
competência do Pretório Excelso.
Então, são duas propostas de emenda à Constituição rigorosamente
constitucionais, e que, a meu ver, se forem aprovadas agora pela Câmara
dos Deputados, nós teremos realmente aquilo que o constituinte de 1988
desejou: que o Poder Legislativo fizesse as leis, que o Poder Executivo
só legislasse com autorização do Legislativo, por medidas provisórias e
leis delegadas; que o Poder Judiciário fosse o guardião da Constituição,
mas jamais legislador positivo, apenas um legislador negativo: aquele
que pode dizer se uma lei é constitucional ou inconstitucional, mas que
não pode fazer a lei em lugar do Poder Legislativo.
Respeitar-se-ia, portanto, o que o constituinte de 1988 desejou: que os poderes fossem harmônicos e independentes.
Esta é a opinião de um velho constitucionalista de 89 anos e 60 anos de magistério universitário.
Fotos: Andreia Tarelow
Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das
universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São
Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme),
Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal –
1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina),
San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris
causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS,
catedrático da Universidade do Minho (Portugal), presidente do Conselho
Superior de Direito da Fecomercio -SP, ex-presidente da Academia
Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo
(Iasp).
Cerca de 2.040 sites de bets devem sair do ar a partir desta sexta-feira, diz Haddad
História de Giordanna Neves, Fernanda Trisotto, Cícero Cotrim e
Amanda PupoHistória de Giordanna Neves, Fernanda Trisotto, Cícero Cotrim
e Amanda Pupo – Jornal Estadão
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
afirmou nesta quinta-feira, 10, que cerca de 2.040 sites de jogos de
apostas vão sair do ar a partir desta sexta-feira, 11, por não terem
obtido autorização para operar no País. A lista já foi, inclusive,
repassada à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a quem caberá realizar as operações.
Haddad afirmou que o governo tem condições técnicas para vedar qualquer meio de pagamento no uso das bets.
Questionado sobre a possibilidade de proibir o uso do cartão do Bolsa Família para jogos de apostas online, Haddad afirmou: “O que eu disse para o presidente (Lula) é
que nós temos condições técnicas, uma vez provocadas, de vedar a
utilização de qualquer meio de pagamento. Como fizemos, por exemplo, com
cartão de crédito. Como fizemos com dinheiro livre. Essa lista pode ser
acrescida de outros meios de pagamento”.
Especificamente sobre o Bolsa Família, o ministro reforçou que o
assunto está sendo tocado pelo ministro do Desenvolvimento Social,
Wellington Dias.
O ministro disse ainda que o governo tem pedido aos usuários que
resgatem até esta quinta-feira, 10, os recursos dos sites que serão
derrubados, já que, após saírem do ar, o processo ficará mais complexo.
“Nesse momento, nós não temos como acionar uma empresa que está fora
do Brasil para restituir o dinheiro. No site que a pessoa fez a
proposta, ele tem o dinheiro que é dele, um prêmio, ele tem condição de
impedir a restituição”, disse.
Haddad afirmou que não é possível prorrogar prazo para resgate do
dinheiro das irregulares, já que isso impediria a retirada do site do ar
Foto: Washington Costa/MF
Haddad reforçou ainda que não é possível prorrogar prazo para resgate
do dinheiro, já que isso impediria a retirada do site do ar. “Ele não
consegue tirar o site do ar para a aposta e mantê-lo no ar para a
restituição. Não tem condições técnicas de fazer isso. Esse é o
problema”, explicou.
Após a retirada dos sites ilegais, Haddad reiterou que começará o
prazo de 180 dias para que o poder público se manifeste em relação aos
processos de empresas que pediram autorização para atuarem no País
depois de agosto. “Ao contrário das que estavam no ar até agora, elas só
vão poder entrar depois de autorizadas. Agora nós estamos respeitando o
fluxo daquelas que estão em processo de regularização”, esclareceu.
O ministro reforçou ainda que as bets fora da lista de empresas
autorizadas não terão mais publicidade no País. Ele garantiu que sites
de apostas que tentarem burlar a lista divulgada pelo Ministério da
Fazenda serão barrados.
Como vai funcionar a derrubada de sites
O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse
que a Anatel já tem em mãos a lista negativa de empresas de aposta
online, as chamadas “bets”, que devem sair do ar. A derrubada, ele
afirmou, ocorrerá nos próximos dias.
“Algo como 90% das empresas vão deixar a partir de amanhã de
funcionar no País, e apenas os sites regulares vão ficar de pé”, disse
Durigan, em uma entrevista coletiva após reunião com o presidente da
Anatel, Carlos Baigorri, e o secretário de Prêmios e Apostas da Fazenda,
Régis Dudena.
Durigan e Dudena, que também está presente na coletiva, reforçaram a
importância de que os usuários das bets recorram a empresas regulares.
“É um primeiro passo muito importante, mas que vai ser aprofundado”,
afirmou o secretário de Prêmios e Apostas, falando o bloqueio dos sites
irregulares ao longo do tempo.
Segundo Dudena, não há um número exato dos recursos que estão nesses
sites irregulares. “Mas a expectativa é de que seja residual na
comparação com aquelas que são reguladas”, disse.
Baigorri, da Anatel, explicou que as empresas de telecomunicações
serão notificadas para fazer o bloqueio de cerca de 2.040 sites
irregulares, e que a agência vai monitorar as principais companhias para
garantir a efetividade da medida. Segundo o presidente da Anatel, esse
será um trabalho rotineiro e regular.
“Nós estamos notificando ao longo do dia de hoje (quinta-feira, 10) as 20 mil empresas de telecomunicações, e entendemos que ao longo do dia de amanhã o serviço será feito”, disse Baigorri.
A Anatel tem a expectativa de que as empresas menores demorem um
pouco mais para bloquear os sites, mas que tudo aconteça no fim de
semana.
O secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Régis
Dudena, disse nesta quinta-feira, 10, que a lista negativa de empresas
de aposta digital feita pela pasta terá um “trabalho de monitoramento
constante”. Nessa lista constam as “bets” que terão os sites derrubados a
partir desta sexta-feira, 11.
“Sempre que nós identificarmos sites que não estão na lista positiva e estão ofertando, eles serão incluídos numa nova lista (negativa)”,
ele disse, na entrevista coletiva ao lado do secretário executivo da
Fazenda, Dario Durigan, e do presidente da Anatel, Carlos Baigorri.
A lista positiva, que inclui as empresas que fizeram o pedido para
funcionar, vai servir como uma espécie de “período probatório”, segundo
Dudena. Ele explicou que ainda haverá uma fiscalização dessas bets, que
continuam sem poder ferir o Código de Defesa do Consumidor e outras
legislações. “Vamos poder fazer uma espécie de pente-fino do
pente-fino”, afirmou.
Indagado sobre o tema, Durigan, também da Fazenda, disse que não
havia surpresa no fato de que até 90% das bets que operam no Brasil
estão irregulares, como ele havia afirmado mais cedo. “O País ficou
aguardando vários anos regras mais concretas, que dessem efetividade
para as regras e proteção para a sociedade”, afirmou.
O ex-ministro da economia Paulo Guedes esteve nesta quinta-feira, 10,
em São Paulo criticou a escolha do governo Lula e do Ministro da
Fazenda Fernando Haddad de aumentar impostos. Apesar disso, ele afirmou
que o país “está com tudo pela frente”. A declaração aconteceu no evento
CRM Bonus Conference.
“O Brasil arremete todos os dias contra ele mesmo, mas a
janela de oportunidades se abriu. Estamos na frente na transição
energética. Nós somos um país que chegou no baile no final e está
limpinho, pronto pra crescer. Mas você precisa fazer escolhas: se é o
Estado que vai fazer esse crescimento, aumentando impostos, ou se vai
focar na iniciativa privada”, disse, sem citar nenhum nome.
Ordem liberal acabou
Em outra parte do seu depoimento, o ex-ministro afirmou que a ordem
liberal que nasceu com o fim da guerra fria acabou por conta da situação
política e social dos Estados Unidos e da União Europeia.
“O ocidente achou que as democracias tinham vencido, mas isso não é
verdade, foi a ordem liberal que venceu. Agora, o mundo estava em um
baile funk, todo mundo dançando, até que a polícia chegou e acabou com
tudo. A ordem liberal acabou primeiro com a guerra comercial entre
Estados Unidos e China, depois com a pandemia de covid-19 e, por fim, na
guerra entre Rússia e Ucrânia. E não se espantem, esse barulho vai
aumentar. Não sou eu quem disse isso, foi a secretária (do Tesouro dos
EUA) Janet Yellen”, disse.
Guedes também afirmou que o tempo da produção globalizada, onde as
grandes empresas lavavam as indústria para a China acabou e agora os
países da UE e os Estados Unidos vão levar a produção para “países
amigos”.
“Nós não podemos mais ficar expostos àquela região (China). Então
vamos trazer a produção para países amigos, a Índia. A Índia é a China
de amanhã”, disse.
Volta ao setor público?
O nome do economista ficou em voga nesta quinta-feira por conta da
declaração do prefeito Ricardo Nunes que se o ex-presidente Jair
Bolsonaro indicar o nome do economista para o seu governo, ele vai
aceitar a indicação.
No mês de julho o ex-ministro foi anunciado como presidente do
Conselho da gestora de investimento Legend Capital e tem a tarefa de
montar e liderar a equipe especializada em reestruturações
corporativas.
Liberalismo – Mundo Educação
O liberalismo é uma corrente de pensamento que ganhou espaço na
Europa, no século XVIII, e visava a ampliar as liberdades individuais e
reduzir o autoritarismo do Estado.
John Locke, filósofo inglês considerado um dos “pais” do liberalismo. [1]
O liberalismo é um conjunto de pensamentos que
surgiu no século XVII e ganhou destaque na Europa do século XVIII. O seu
apogeu ocorreu após a Revolução Industrial, no início do século XIX. Basicamente, a visão liberal de mundo consiste em enxergar que todos os seres humanos são dotados de capacidades para o trabalho e intelectuais e que todos têm direitos naturais a exercer a sua capacidade.
Dessa maneira, o Estado não tem o direito de interferir na vida e nas liberdades individuais dos cidadãos, a menos que esses atentem contra a ordem vigente. Esse pensamento liberal norteou eventos como a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, criando um Estado de Direito liberal na modernidade, que visava assegurar os direitos dos cidadãos e acabar com o despotismo.
Doutrina política e econômica que surgiu entre os séculos XVII e XVIII;
Visava a acabar com os governos absolutistas, estabelecendo um quadro de igualdade e de defesa da liberdade;
Perdeu força com a ascensão da burguesia industrial;
Foi reformulado a fim de atender às demandas pós-crise de 1929;
O neoliberalismo defende que a iniciativa privada deve tocar a economia livremente, sem a interferência do Estado.
Características do liberalismo
O liberalismo, como um todo, visava a acabar com a opressão do chamado Antigo Regime
(as monarquias absolutistas que dominaram, durante muito tempo, as
potências europeias). Para os liberais, o ser humano era dotado de
direitos naturais (pensamento herdado do filósofo inglês John Locke) que
assegurariam o direito de todos os cidadãos de participar da política e
da economia, de trabalhar, acumular riquezas e adquirir uma propriedade
privada. Do mesmo modo, eram direitos naturais à vida e à liberdade,
sendo vedado ao Estado qualquer forma autoritária e injustificada de
restrição da liberdade ou assassinato dos cidadãos.
Para os teóricos liberais modernos, não havia qualquer justificativa
para o controle da vida, do governo e da economia por parte dos
monarcas. Isso porque a monarquia absolutista estava assentada no ideal do direito divino, ou seja, os governantes eram pessoas eleitas por Deus para guiar o povo. O pensamento moderno, já altamente racional, rejeitava essa noção.
Para os modernos, era a razão, distribuída entre as
pessoas, a responsável por criar um projeto de mundo capaz de
impulsionar a sociedade e os indivíduos ao crescimento. Esses ideais,
que constituíam o Iluminismo, geraram o centro do pensamento liberal: a capacidade individual de trabalhar, criar e evoluir.
Tipos de liberalismo
O liberalismo clássico pode ser dividido em liberalismo político e liberalismo econômico. Chamamos de liberalismo clássico
aquele que surgiu dos ideais de filósofos liberais do século XVII e
XVII contra o Antigo Regime e a favor da livre iniciativa individual na
economia. Em contraposição, existe o neoliberalismo, que é uma doutrina econômica do século XX que resgatou elementos do liberalismo, adaptando-os à realidade econômica do mundo globalizado e do capitalismo altamente desenvolvido.
Liberalismo político
O pensamento liberal, em geral, visava a acabar com a opressão
estatal sobre a vida das pessoas em seus aspectos políticos e
econômicos. Para tanto, era necessário abandonar a visão medieval de governo, baseada no poder absoluto e irrestrito de um governante e no severo controle da economia por parte do Estado (como ocorreu no mercantilismo,
em que os governos promoviam as ações da economia, baseadas no comércio
e na exploração de colônias, controlando absolutamente tudo).
Ao abandonar a visão antiga de governo e economia, os liberais modernos adotaram uma visão política baseada no republicanismo ou no parlamentarismo. Esses sistemas políticos permitiam a divisão dos poderes, retirando das mãos de um monarca o poder absoluto.
O filósofo francês Charles de Montesquieu, um dos pensadores que influenciaram o liberalismo e a Revolução Industrial, defendeu a divisão dos poderes estatais em três partes:
o Poder Legislativo (formado por um corpo de legisladores, que criarão
as leis); o Poder Executivo (formado por um corpo de governo responsável
por executar as leis e governar a cidade ou o país); e o Poder
Judiciário, que atua quando algum cidadão infringe as leis estabelecidas
ou entra em conflito de interesses com outros cidadãos ou com o Estado.
Liberalismo econômico
No campo econômico, foram as ideias do filósofo e economista inglês AdamSmith
que predominaram para estabelecer as diretrizes desse novo pensamento
econômico. O liberalismo econômico consiste no entendimento de que o Estado não deve interferir na economia,
pois essa deve ser feita a partir da livre iniciativa dos cidadãos, que
devem ser livres para produzir e fazer comércio, sendo responsáveis por
si mesmos.
A meritocracia e a valorização do esforço individual
são marcantes no pensamento liberal, que coloca como responsável pela
riqueza e pelo sucesso, unicamente, o indivíduo. Para Smith, haveria uma
espécie de “mão invisível” que faria com que a economia se
desenvolvesse autonomamente no poder da iniciativa privada, sem
necessitar do Estado, pois esse colocava um entrave no crescimento
econômico ao querer reivindicar a sua parte nos lucros sem nada oferecer
em troca.
História do liberalismo
As primeiras insurgências liberais começaram já no fim do século XVII, com um pensamento burguês que desafiava a ordem vigente do absolutismo. Na Inglaterra, esse fator ocorreu com a Revolução Gloriosa,
que acabou de vez com o absolutismo inglês e implantou um regime
parlamentar no país que manteve a monarquia, mas abriu um Parlamento com
a possibilidade de participação política de pessoas que não pertenciam à
nobreza.
O pensamento liberal começou a se espalhar pela Europa, destacando-se personalidades como o filósofo inglês JohnLocke, o filósofo e jurista inglês JeremyBentham, além dos filósofos políticos franceses pertencentes ao Iluminismo, como Voltaire, Montesquieu e Diderot.
Charles de Montesquieu, um dos filósofos iluministas franceses. [2]
Em razão da influência do pensamento iluminista, que
valorizava a razão e a racionalidade em detrimento da antiga concepção
religiosa que tomava conta da vida política durante a Idade Média, as
pessoas atentaram-se para o fato de que a vida pública deve ser regida
pela racionalidade, e não pela religião.
Também foi fundamental a percepção de que existem direitos básicos que devem ser garantidos,
o que John Locke chamou de naturais e que os iluministas franceses
chamaram de direitos do homem e do cidadão. Dentre tais direitos,
destacam-se a liberdade, a igualdade (no caso, não a igualdade
socioeconômica, mas a extinção de um sistema de nobreza que privilegia
as castas nobres na política) e o direito à propriedade (nos regimes
absolutistas, a maior parte da propriedade concentrava-se nas mãos da
nobreza e do clero).
Outro fator que impulsionou o pensamento liberal foi a Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo industrial.
A burguesia queria expandir os seus negócios, produzir mais, lucrar
mais e expandir a propriedade privada. Com os entraves colocados pelos
governos autoritários, os burgueses viam-se incapacitados de lucrar como
queriam. Daí, as ideias liberais fizeram nascer um pensamento liberal
no campo econômico para permitir o desenvolvimento econômico baseado apenas nos esforços da burguesia, sem interferência estatal.
O liberalismo clássico mostrou-se ineficaz no início do século XX, após o advento de crises, como a Grande Depressão de 1929,
em que a Bolsa de Valores de Nova Iorque quebrou. O cenário era de
desemprego geral e péssimas condições de vida e trabalho para a classe
operária europeia e estadunidense (principalmente), mas também para as
classes operárias de outros países fora dos grandes eixos industriais.
O socialismo havia inspirado a formação de organizaçõessindicais, que organizavam grandes greves contra a exploração dos trabalhadores
por parte da burguesia, algo comum e necessário dentro da doutrina
liberal. O cenário do século XX fez com que governantes e economistas
revissem o liberalismo clássico.
Um dos economistas que apresentaram uma proposta diferente foi o
inglês John Maynard Keynes, formulando uma doutrina conhecida
posteriormente como keynesianismo. Essa teoria trouxe
uma forma de pensar a economia capitalista como um misto de lucro para a
iniciativa privada, mas com uma regulação estatal que assegurasse boas
condições de vida para toda a população, e não somente para uma classe
privilegiada.
As formas de governar que surgiram a partir dessas ideias ficaram conhecidas como social-democracia,
sendo aplicadas nos Estados Unidos por Franklin Delano Roosevelt e por
países nórdicos europeus, como a Finlândia. A educação, a saúde, a
segurança, o pleno emprego e a dignidade da vida deveriam ser promovidos
pelo Estado quando a iniciativa privada não conseguisse atingir a todos
com os seus benefícios, o que fez surgir um Estado de bem-estar social, que tornaria mais digna a vida humana e permitiria o acesso ao consumo por parte das classes trabalhadoras.
Como resposta a esse tipo de política econômica, o economista da Escola Austríaca de Economia, Ludwig von Mises
formulou uma doutrina político-econômica que resgatava os elementos do
liberalismo clássico e adaptava-os à realidade do capitalismo
globalizado e altamente desenvolvido do século XX.
Ludwig von Mises, economista da Escola Austríaca que fundamentou as primeiras teorias neoliberais.[3]
A nova realidade não permitiria uma completa e total separação entre a
economia e o Estado, mas permitiria ajustes que os neoliberais
consideravam necessários. Esses ajustes visavam, em geral, à ampliação
da iniciativa privada na oferta de serviços básicos e a supressão quase
total das empresas, órgãos e funcionários públicos, a fim de, como dizem
os neoliberais, desinflar a máquina estatal. Por essa lógica, o papel do Estado na economia seria quase nulo, a cobrança de impostos abaixaria muito e os serviços básicos seriam, em sua maioria, cobrados.
Críticos dessa vertente econômica dizem que esse tipo de política
econômica tende a manter uma classe privilegiada no poder econômico,
assim como acontecia no liberalismo clássico, além de precarizar a vida do trabalhador, que precisa trabalhar mais e perde muitos dos seus direitos trabalhistas.
Você sabia que a castanha do caju ajuda na memória e atua no controle do açúcar no sangue?
Castanha de Caju é rica em gorduras monoinsaturadas, as famosas
Gorduras Boas, que protegem a saúde do coração. Também é fonte de Cálcio
e Ferro, importantes para a saúde dos ossos.
O valor nutricional da castanha de caju é imenso. O fruto do cajueiro
é um excelente aliado da saúde por conter antioxidantes e ser rico em
gorduras boas para o coração. Além disso, fornece também minerais como
magnésio, ferro e zinco. O resultado é que consumir castanha de caju faz
um bem danado para o organismo:
•Previne o envelhecimento precoce: por ser rico em antioxidantes, evita o dano dos radicais livre;
* Ajuda a memória: contém selênio, um nutriente que atua na proteção
da saúde do cérebro, além de conter vitamina E, que contribui para
prevenção de doenças como Alzheimer.
* Faz bem para o coração: sua composição favorece o aumento do
colesterol “bom” (HDL) e ajuda a diminuir o colesterol “ruim” (LDL);
* Atua no controle do açúcar no sangue: as fibras da castanha de caju
atrasam a absorção dos açúcares, além de diminuir a liberação de
insulina, (glicose) por conta de seu baixo índice glicêmico e grande
teor de fibras. O baixo índice glicêmico significa que elas elevam os
níveis de açúcar no sangue de forma gradual, evitando picos repentinos.
* Fortalece o sistema imunológico: pois contém zinco, e as vitaminas A e E;
* Up no seu bem-estar: o zinco em sua composição ajuda a prevenir ou amenizar sintomas de depressão;
* Mantém a pele bonita e saudável: e o mesmo efeito também favorece o
cabelo e as unhas. Isso acontece graças a nutrientes como cobre,
selênio e vitamina E.
O benefício ocorre pela alta concentração de vitamina E, um
antioxidante que protege as células da pele contra os danos dos radicais
livres, ajudando a reduzir os sinais de envelhecimento.
Também são ricas em ácidos graxos saudáveis que mantém a hidratação e
a elasticidade da pele, enquanto minerais, como cobre e zinco, são
essenciais para a produção de colágeno, a regeneração celular e a saúde
dos cabelos.
A presença do zinco é o principal fator para ajudar na imunidade,
pois o mineral é essencial para o funcionamento adequado do sistema
imunológico.
A deficiência de zinco pode enfraquecer a imunidade e aumentar a
susceptibilidade a infecções. As castanhas-de-caju também contêm
vitamina E, um antioxidante que protegem as células do corpo contra os
danos dos radicais livres, que podem enfraquecer o sistema imunológico.
Você sabia que o déjà vu poderá ser indicativo de uma doença neurológica?
“O déjà-vu é a sensação de já ter visto ou vivido uma situação que
está acontecendo no presente. A expressão francesa significa “já visto”.
Não se sabe com exatidão o significado do déjà-vu ou como ele ocorre,
porém, ao longo dos anos diversas teorias, científicas e místicas,
tentaram explicar o evento”
A não compreensão do déjà vu levou a que este fosse, durante muito
tempo, associado a uma experiência metafísica, como uma espécie de
antevisão do futuro. Porém, conforme a maioria dos estudiosos do
assunto, trata-se de um fenómeno comum e sem significado em pessoas
saudáveis.
Outra explicação prende-se com o facto de poder ocorrer uma falha no
processo de armazenamento das memórias, o que faz com que ocorra uma
sobreposição em que se misturam acontecimentos recentes e menos
recentes. Por outro lado, há estudos que sugerem que quando temos um
déjà vu ocorre uma ativação inadequada da zona do cérebro associada com a
sensação de familiaridade.
Pode ser um dos sintomas apresentados por quem sofre de epilepsia do
lobo temporal, surgindo antes de uma crise epilética. Nesta doença,
qualquer área do cérebro pode ser ativada involuntariamente e a pessoa
pode ter sensações físicas que já experimentou no passado ou reviver uma
situação que tenha ficado armazenada na memória.
Conforme os mesmos investigadores da Cleveland Clinic, o déjà vu
também já foi observado em pessoas com demência vascular (a segunda
forma de demência mais comum, a seguir à doença de Alzheimer) e, mais
raramente, noutros tipos de demências.
O déjà vu poderá ser indicativo de uma doença neurológica quando:
• Ocorre com frequência (algumas vezes por mês ou mais frequentemente);
• É acompanhado de memórias anormais que se assemelham a sonhos;
• É seguido de perda de consciência e/ou alterações como
mastigação involuntária, inquietude, aumento da frequência cardíaca ou
medo irracional. Nestes casos é importante consultar um neurologista
para que este possa despistar uma causa patológica subjacente.
Não existe uma explicação científica para o déjà vu aceite
unanimemente pela comunidade científica, mas uma das hipóteses é a de
que seja uma espécie de “partida” do cérebro, em que a sensação de
familiaridade ocorre simplesmente porque uma situação, um local ou um
cheiro nos remete para uma memória em particular.
As pesquisas realizadas puseram na mesa várias outras teorias: uma
delas é que ocorra uma sinalização anormal no cérebro, que faz com que
algo nunca vivenciado antes seja percecionado como conhecido.
Você já se perguntou o porquê dos bichinhos de chuva?
Durante o inverno amazônico ou dias de chuvas fortes e prolongadas,
como as que caíram nos últimos dias, os cupins de asas (Nasutitermes)
saem em revoada para visitar algumas casas. São os “bicinhos de chuva”.
Esses insetos saem para o acasalamento e para criar uma nova colônia.
Porém, o voo não dura muito além do acasalamento e é quando os
incômodos seres, facilmente atraídos pelo calor e luz de lâmpadas
acesas, perdem as asas. Para muita gente, são chatos, mas não causam mal
nenhum além de comer madeira. Em todo o mundo existem mais de três mil
espécies e 280 delas estão na Amazônia.
Os cupins são sempre vistos como vilão, porque são pragas e comem
madeira. Porém, são mais benéficos do que fazem mal. Eles decompõem a
matéria orgânica em florestas, em parques, comem as folhas e promovem a
aeração do solo. Não há qualquer motivo para ter medo deles.
É bem comum encontrá-los rodando postes de iluminação. No entardecer,
com o acendimento das luzes nas casas, os insetos são atraídos para
dentro devido ao contraste entre a luz interna e a escuridão externa, o
que os desorienta e os faz entrar pelas janelas abertas.
As lâmpadas incandescentes são responsáveis por atrair insetos
durante a noite. Isso acontece porque elas emitem luz em comprimentos de
onda agradáveis aos insetos e irradiam mais calor no ambiente. Se em
sua residência ainda existem lâmpadas antigas, faça a troca por lâmpadas
de LED.
Os ‘bichinhos de luz’ podem infestar ambientes urbanos ou rurais e a
bióloga explica que eles podem causar danos. “Eles são bem adaptáveis
aos meios urbanos ou rurais e podem causar problemas sérios nas casas.
Os cupins não causam doenças diretas às pessoas, mas a produção de seus
resíduos podem causar reações alérgicas em pessoas sensíveis”, alerta.
Além das alergias, os ‘bichinhos de luz’ podem acarretar outros
prejuízos. ‘Ainda sobre os problemas, podem causar danos à madeira dos
móveis e telhados, instalações, paredes e até interior de
eletrodomésticos abandonados.
Esses cupins de asas possuem nariz em forma de bico e as asas só
surgem quando estão maduros o suficiente para começarem uma nova colônia
em um novo lugar. Após o acasalamento, durante o voo, e a perda das
asas, a fêmea pode gerar uma ninhada que vai de mil a dez mil filhotes
de Nasutitermes.
O acasalamento precisa de um local com madeira e, por isso, a
colônias costumam se formar no telhado ou outros locais onde há
predominância e madeira. Pelo chão, é possível ver os resultados do
momento íntimo: as várias asinhas perdidas.
Como muitos insetos e outros animais que hoje são flagrados em áreas
urbanas, os Nasutitermes antes habitavam florestas e a zona rural. O
desmatamento e avanço humano sobre as áreas verdes fizeram com que esses
cupins tivessem de procurar novos lares, como explica a entomologista.
Por serem um incômodo para muita gente, são gatilhos de fobias ou
causam estragos ao comer a madeira da casa, Jardim adianta (sem muitos
detalhes) que há estudos sobre o uso de pimenta de macaco no combate a
esses insetos. Mas não adianta testar todos os métodos e simpatias. Não é
fácil afastar esse insetos sem inseticida.
Entre métodos comumente usados está a aplicação de querosene na peça
de madeira afetada (pode aumentar riscos de incêndio e intoxicação
aérea), mas não possui qualquer eficiência como inseticida. Colocar água
numa bacia e deixar uma luz ligada no ambiente também não resolve nada.
“Quando vir esses cupins voando, a prevenção é fechar as janelas e
desligar as luzes, porque essa luz artificial atrai.
Hoje, sexta-feira (11), é celebrado o Dia Internacional da Prevenção a
Obesidade, foi estabelecido em 23 de junho de 2008, conforme a lei nº
11.721. O objetivo é conscientizar a população sobre a importância da
prevenção da obesidade.
A conscientização é fundamental para invalidar os estigmas e
estereótipos preconceituosos relacionados à obesidade, assim como para
estimular pessoas obesas a buscarem maneiras de tratamento da doença.
Dessa forma, é possível prevenir inúmeras comorbidades.
Quando não tratada, a obesidade é uma doença que pode desenvolver
diversos outros problemas no organismo, causando complicações no sistema
respiratório, doenças cardiovasculares, problemas nos ossos e músculos,
além de alterações hormonais.
No coração, os principais problemas que podem surgir com a obesidade
são a hipertensão arterial, arritmia cardíaca, infarto agudo do
miocárdio, doença arterial coronária e acidente vascular cerebral. É
importante entender que todos esses problemas estão correlacionados, por
isso, podem aparecer em conjunto.
As doenças respiratórias também fazem parte das consequências da
obesidade. Devido ao excesso de gordura na região do pescoço, as vias
aéreas podem ficar comprimidas e, assim, a respiração ficar
comprometida. Entre os problemas que podem surgir, estão a apneia do
sono e hipertensão pulmonar.
A diabetes tipo 2 é ocasionada pelos altos níveis de glicose no
sangue, e pode ocasionar outras doenças no coração e rins. Bastante
comum em pessoas com excesso de peso, a diabetes tipo 2 surge geralmente
em indivíduos obesos.
Os problemas causados pela obesidade vão além da saúde física. Pela
carga de complicações que acarreta, a doença também pode contribuir para
o aparecimento de problemas de autoestima, insegurança e tristeza. A
saúde mental se torna abalada, e a pessoa pode desenvolver um quadro
severo de depressão.
Os problemas que aparecem em ossos, articulações e tecido muscular
são bastante comuns e estão relacionados à sobrecarga da obesidade. As
articulações de joelhos, tornozelos e quadris são as que ficam
comprometidas, assim como a coluna vertebral.
Além disso, outras doenças como a síndrome do túnel do carpo e a gota podem estar presentes.
Análise da consultoria Robert Half destaca a relação da tecnologia com o trabalho humano.
Que a Inteligência Artificial Generativa está no boom nos mais
diversos mercados, você já sabe. Mas, diferente do que talvez você
esteja imaginando, a tecnologia não vai destruir todos os empregos, mas
será complementar a eles.
O que isso significa? Que você deve se preparar e preparar o time
para surfar essa onda. Quanto mais boom ela gera, mais ela transforma
áreas e carreiras. Ou seja, se você e a sua equipe tiverem, no futuro
próximo, habilidades em IA, vocês estarão um passo à frente no mercado
(veja mais adiante as áreas e as carreiras que mais devem ser
impactadas).
A Inteligência Artificial vai tirar empregos?
“Por enquanto, as evidências apontam para uma complementaridade: a
Inteligência Artificial fará atividades mais mecanizadas e padronizadas,
enquanto o ser humano continuará exercendo atividades nas quais são
necessários senso crítico, criatividade e empatia”, conta um estudo de
agosto de 2023 da consultoria Robert Half.
No futuro, atividades mais operacionais poderão ser executadas majoritariamente por IA, destaca a análise
Isso não significa, no entanto, uma redução no número de empregos, mas sim mudanças
“O mercado de trabalho contemporâneo é extremamente dinâmico. Muitas
profissões que estão hoje em destaque sequer existiam até alguns anos
atrás. Assim como profissões podem deixar de existir, novas também serão
criadas”, diz Leonardo Berto, gerente da Robert Half.
Como se preparar para a era da Inteligência Artificial?
Segundo Berto, a principal medida para reduzir o impacto da
transformação digital sobre o mercado de trabalho é promover uma
educação continuada que prepare e qualifique os profissionais para as
novas funções que necessariamente serão criadas, ou para que possam
supervisionar o trabalho da Inteligência Artificial.
Lifelong learning
“É preciso reforçar, no entanto, que a responsabilidade está quase
totalmente no profissional, que deve ser o protagonista da sua própria
carreira e investir em qualificação técnica, mas também no aprimoramento
de habilidades sociocomportamentais”, conta o especialista.
Torne-se uma liderança que domina o ChatGPT e outras ferramentas de Inteligência Artificial
Soft skills
“Aliado ao conhecimento acadêmico, o poder analítico do ser humano
não deixará de existir, nem nunca será desvalorizado. Muito pelo
contrário, ganhará ainda mais destaque nas ocupações do futuro”,
completa Berto.
Quais são as profissões do futuro com o boom da Inteligência Artificial?
Algumas das áreas e carreiras que podem surgir ou que podem sofrer mudanças por conta da IA são:
1 – Gerente de Transformação Digital
À medida que as empresas adotam cada vez mais a Inteligência
Artificial e outras tecnologias avançadas, a transformação digital se
torna um processo complexo.
Quais serão as responsabilidades dos gerentes de transformação digital?
Serão responsáveis por conduzir a transformação de organizações,
adaptando processos, capacitando a equipe para trabalhar com novas
tecnologias e garantindo uma transição suave e bem-sucedida para um
ambiente de trabalho orientado por IA”, conta a consultoria.
2 – Engenheiro de Prompt
“Esse profissional desempenha um papel crucial na interação entre
humanos e máquinas nos próximos anos. Para que ferramentas como o
ChatGPT, por exemplo, apresentem bons resultados, é essencial um input
humano preciso”, destaca.
Quais são os conhecimentos necessários? Devem possuir um conhecimento
técnico do aplicativo de IA em questão, aliado a habilidades analíticas
apuradas.
Esses profissionais monitoram e interagem com a IA para obter o
melhor resultado possível da simbiose homem-máquina. Esse profissional é
o elo entre as pessoas sem o conhecimento necessário de tecnologia e a
IA.
3 – Departamentos Jurídico/Governança
Para utilizar a Inteligência Artificial de maneira segura, as companhias precisarão adquirir conhecimentos jurídicos adicionais.
“A implementação concreta da IA ainda enfrenta lacunas regulatórias
em muitos países, tornando-se um desafio interdisciplinar para as
empresas”, destaca a consultoria.
Profissionais: além de advogados, outros especialistas de áreas como
gerenciamento de dados, TI (segurança), compliance e marketing, também
estarão envolvidos no desenvolvimento e operação de soluções de IA.
Torne-se um advogado que domina ChatGPT e Ferramentas IA para automatizar e analisar atividades jurídicas.
Diante desse cenário, haverá um sistema de governança específico
para o uso da Inteligência Artificial, que demandará profissionais
conhecedores do assunto.
4 – Especialista em Cibersegurança de IA
Com a crescente integração de IA em sistemas críticos, a segurança cibernética se tornará uma preocupação ainda maior.
Os especialistas em cibersegurança de IA se concentrarão em proteger
os sistemas de IA de ataques, garantindo a integridade,
confidencialidade e disponibilidade dos dados e algoritmos, além de
prevenir o uso malicioso de tecnologias de inteligência artificial.
5 – Analista de dados avançados
A Inteligência Artificial pode coletar, processar e analisar grandes
volumes de dados em tempo real, fornecendo insights valiosos para as
empresas.
Quais habilidades deverão ser aprimoradas? Precisarão aprimorar suas
habilidades para trabalhar em conjunto com a IA, interpretando
resultados complexos, identificando padrões ocultos e tomando decisões
estratégicas com base nas informações fornecidas.
6 – Engenheiro de Manufatura com automação inteligente
A automação inteligente, impulsionada por IA e robótica avançada, terá um impacto significativo na indústria de manufatura.
Engenheiros de manufatura precisarão se qualificar para projetar,
implementar e supervisionar sistemas automatizados, além de trabalhar
em colaboração com robôs e outras formas de IA para otimizar processos
de produção.
7 – Consultores
Condutores que saibam responder a todas as perguntas sobre IA muito
provavelmente não existirá no futuro. O desafio dessas tecnologias, mas
que também reforça o seu potencial, varia de companhia para companhia.
Uma tendência é que surjam consultores com perfil técnico
aguçado, especializados em entender, desenvolver e implementar soluções
de IA.
Esses profissionais provavelmente terão formação em matemática,
ciência da computação, estatística ou áreas relacionadas.
Por outro lado, haverá consultores de aplicação, cujo papel será
tornar os sistemas de IA utilizáveis em diversas disciplinas.
Por que importa?
Ao investir em sua preparação e na do time, você aumenta suas chances
de sucesso no mercado de trabalho e de contribuir para o
desenvolvimento de uma tecnologia que tem o potencial de transformar o
mundo.
Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso
Junior Borneli, co-fundador do StartSe
Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)
Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor
Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe.
Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar
lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).
É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E
como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma
espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira
outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas,
conhecendo culturas diferentes.
Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do
Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não
duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a
diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator
entre fracasso e sucesso.
Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo.
“Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e
manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é
fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das
pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.
De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o
foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo
ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi
possível para o melhor resultado”, avisa.
Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as
coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma
situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde
você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das
coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o
empreendedor.
Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica
importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes
adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso
é a superação”, destaca Junior Borneli.
Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no
primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito
comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes,
receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”,
afirma.
É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será
fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior
parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado
expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria
fica pelo caminho”, diz.
É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá
que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a
sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a
trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky
Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto
aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.
O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham
glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com
super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa
espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à
tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.
Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são
persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará
valer a pena!,” destaca o empreendedor.
DERROTA TAMBÉM ENSINA
Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá,
tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos
ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova
tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos
Estados Unidos”, afirma Junior.
No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e
aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já
falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou
capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.
Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para
não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e
entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e
suportáveis”, salienta.
Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos
traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo
dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são
fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao
orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão.
Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e
siga firme em frente”, afirma.
É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você
não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se
você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm
coragem e disposição para fazer”, completa.
O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?
Moysés Peruhype Carlech
Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”,
sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de
resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial
da Startup Valeon.
Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer
pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as
minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais
uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?
Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a
sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você
comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online
com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu
WhatsApp?
Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para
ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja
e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.
A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao
mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para
sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em
Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para
enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de
isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos
hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar
pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade,
durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar
por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que
tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa
barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio
também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.
É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda
do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim
um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu
processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e
eficiente. Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e
aumentar o engajamento dos seus clientes.
Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu
certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. –
Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um
grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe
você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o
próximo nível de transformação.
O que funcionava antes não necessariamente funcionará no
futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas
como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos
consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas
tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo
aquilo que é ineficiente.
Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de
pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos
justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer
e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde
queremos estar.
Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a
absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que
você já sabe.
Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo
por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na
internet.
Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a
sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar
você para o próximo nível.
Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.
Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.
A sujeição do Itamaraty ao sectarismo do presidente Lula da Silva
inflige danos à política externa e aos negócios. Mas não só. A Defesa
também está prejudicada ante as investidas ideológicas do Planalto.
Quem alerta é ninguém menos que o ministro da Defesa. Em evento na
Confederação Nacional da Indústria, José Múcio disse que as Forças
Armadas enfrentam retrocessos nos investimentos e adversidades sem
precedentes causadas por “ranços ideológicos”. Para bons entendedores,
meia palavra basta. Mas, na falta deles, Múcio explicitou os embaraços à
sua pasta.
O Exército tem previsão orçamentária e competência para comprar as
armas de que precisa e organizou uma licitação para adquirir 36
obuseiros – blindados com canhões. Foram escrutinadas empresas de 18
países e não há surpresa que tenha vencido Israel, um país que é celeiro
de algumas tecnologias militares mais avançadas do mundo, há muito
utilizadas pelas forças de segurança do Brasil.
“Venceram os judeus, o povo de Israel”, disse Múcio, “mas por
questões ideológicas não podemos aprovar.” A compra foi travada pelo
chanceler paralelo de Lula, Celso Amorim. O Tribunal de Contas da União,
em defesa da segurança jurídica, não autorizou contratar o segundo
colocado, advertindo que não existem embargos da ONU ou tratados
firmados pelo Brasil que impeçam a comercialização com nações em guerra.
Mas o governo não só fabrica argumentos sem esteio legal para
inviabilizar importações das Forças Armadas, como subverte esses
argumentos para inviabilizar suas exportações. Após impedir a venda de
ambulâncias à Ucrânia, o Planalto vetou a venda de munição à Alemanha.
“Fizemos o negócio, um grande negócio”, disse Múcio. “(O governo)
não faz porque senão a Alemanha vai mandar para a Ucrânia, a Ucrânia
vai usar contra a Rússia e a Rússia vai mexer nos nossos acordos de
fertilizantes.” Israel trava uma guerra de defesa, mas o governo não
compra suas armas pretextando que é “agressor”. Ao mesmo tempo, não
vende para a agredida Ucrânia e abastece os cofres da agressora Rússia.
O governo poderia buscar alternativas aos fertilizantes russos e
insumos como o potássio não só mais baratas, mas domésticas. O Brasil
tem reservas de potássio na região amazônica, algumas em terras
indígenas, outras não. No primeiro caso, a Constituição prevê que o
Congresso autorize a exploração. Com os devidos cuidados, ela pode ser
feita de maneira sustentável, e ser negociada com as comunidades
indígenas não só para não lhes causar danos, mas trazer benefícios. Mas,
“por questões ideológicas”, como denunciou Múcio, essas possibilidades
são barradas. Ao invés disso, o Brasil enriquece indígenas do Canadá,
importando potássio de suas reservas.
Não é só ideologia, mas ignorância, e seu corolário é a
incompetência. Há pouco, Lula sugeriu que recrutas não deveriam ser
treinados para a guerra, mas para “enfrentar a questão climática”.
Conflitos se proliferam no mundo e todas as nações estão se armando.
Mas, na lógica pedestre de Lula, como o Brasil não enfrenta guerras, não
precisa de soldados, mas de bombeiros. Tudo se passa como se agressões
pudessem ser contidas à base de “cervejas” – como Lula sugeriu em
relação à Ucrânia – e as Forças Armadas fossem uma ameaça à paz, e não
sua garantia, sobretudo diante de ameaças reais num mundo cada vez mais
violento. Isso não é idealismo nem pacifismo. É só estupidez.
Ao Brasil, resta agradecer a Deus pelo fato de que os riscos de ser
invadido por potências estrangeiras (como a Ucrânia foi pela Rússia) ou
agredido por terroristas (como Israel pelo Irã e seus associados) são
baixos. Não é só que, a depender de Lula, o País seria defendido por
bombeiros armados com sucatas, mas – a julgar pela sua insinuação de
que, se o presidente ucraniano fosse “esperto” cederia seus territórios à
Rússia, e que Israel deveria baixar as armas mesmo com 100 reféns sob o
jugo de terroristas – só Deus sabe quanto do território e dos cidadãos
brasileiros seu presidente sacrificaria em nome do que chama de “paz”.
Planalto teme que CPI das Bets se transforme em ataques ao Bolsa Família
O Palácio do Planalto está atento aos próximos passos da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, que será instaurada no Senado.
De acordo com interlocutores do governo, há a preocupação de que a
oposição utilize o espaço do colegiado para direcionar ataques ao
programa Bolsa Família. O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), autorizou a criação da CPI nesta terça-feira (8). As bancadas
devem indicar os membros e suplentes em aproximadamente dez dias. Um dos
objetivos da CPI é apurar o impacto do gasto com apostas esportivas no
orçamento das famílias. O governo quer evitar convocações à CPI de
integrantes da área social responsáveis pelo Bolsa Família. O programa é
uma das principais marcas da gestão petista e é considerado um modelo
de sucesso. Por isso, há uma avaliação de que é necessário proteger a
imagem do projeto de transferência de renda. No mês passado, o Banco
Central (BC) publicou um estudo mostrando que beneficiários do Bolsa
Família transferiram R$ 3 bilhões para empresas de apostas durante o mês
de agosto. O dado trouxe um alerta para os Três Poderes. No Executivo,
ministros das áreas econômica, social e de saúde estudam alternativas
para restringir as apostas. Uma das propostas é criar uma taxa para
financiar o atendimento à saúde mental de apostadores.
Vejo que a gente anda vivendo uma era do “ou”. Ou bem ou mal. Ou
preto ou branco. Ou homens ou mulheres. Ou pró ou contra. Isso me lembra
muito um poema infantil da poeta Cecília Meireles chamado “Ou isso ou
aquilo”. Trazendo alguns exemplos do que vejo e vivencio no dia a dia,
temos: ou o empresário é o explorador de recursos, de pessoas, que visa o
lucro a qualquer custo, ou é a pessoa empreendedora, visionária, que
gera empregos, receita e resiliente, quase um herói.
É o mesmo com o agro: ou é o vilão do clima, que desmata, a pecuária
destrói a camada de ozônio com o arroto do boi, ou é o que produz de sol
a sol e que segura a balança comercial brasileira. No poema, Cecília
dizia: “Quem sobe nos ares não fica no chão, quem fica no chão não sobe
nos ares. É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos
dois lugares!”. Mas por que não?!
Ouso discordar da Cecília e refletir sobre como podemos transformar
isso criando espaço para o “e”. Acredito, vivencio e sou testemunha de
que dá para ter um negócio lucrativo e que gere bons resultados para as
pessoas e para o planeta, produzindo comida e preservando a natureza.
Existem muitas empresas que realmente se dedicam a gerar soluções que
melhorem a vida as pessoas, que geram empregos dignos, distribuem renda
e que enxergam muito além do lucro. Digo além porque, sim, o lucro é
necessário. É o que viabiliza fazer tudo isso. Não precisa ser ou. Pode
ser lucro e impacto sócio-ambiental positivo. Assim como existe um
histórico de desmatamento associado à produção agropecuária.
Existe desmatamento ainda hoje e tem boi em área desmatada. Mas não
se pode dizer que que se desmata para produzir boi. Isso não é mais a
verdade de hoje. Ninguém precisa derrubar floresta para produzir mais,
não com as tecnologias que temos hoje. Em 20 anos, o Brasil reduziu em
15% a área de pastagem, enquanto aumentou em mais de 25% a produtividade
de arrobas por hectare na pecuária. Esse é um exemplo do “E”. Não é
“OU” produzir “OU” preservar.
Nossa comida é feita com mais da metade do território do país
preservado e cada vez produzindo mais por hectare, devolvendo para a
terra muito do que se usa: em adubo produzido pelo próprio animal, em
carbono sequestrado pelos pastos e pelas plantas. Temos também o
crescimento de bioinsumos na atividade agrícola, o uso de biodigestores a
partir dos resíduos da produção agropecuária – tem quem chame de
pré-sal caipira! – entre outros exemplos.
O Brasil tem capacidade e todas as condições para ser a referência
para o mundo de agropecuária sustentável, para exportar tecnologias
verdes, além do plantio direto e da integração lavoura-pecuária-floresta
(ILPF). De novo, mais um caso de “E”!
Somos todos responsáveis pelo mundo em que vivemos: produtores
rurais, empresários e consumidores. É preciso ter consciência de que, em
tudo o que fazemos, cada um de nós tem o poder de impactar positiva ou
negativamente o mundo e o futuro.
Escolher a lógica do “ou” e apontar o dedo para o outro – seja uma
pessoa, uma empresa, uma categoria, o governo – não vai salvar o planeta
e nem fazer uma vida melhor para ninguém. Acredito que, se cada um de
nós olhar para o seu próprio dia a dia e entender que sempre podemos
fazer diferença do lugar onde estamos, é possível mudar essa lógica para
um ganha-ganha.
A começar pelo nosso olhar empático para o outro, de procurar
entender e buscar informação real a respeito de um assunto ou um negócio
antes de formar uma opinião, sem ficar na superficialidade de
(des)informações de mídias sociais, muitas vezes sem fontes confiáveis
ou que trazem meias verdades.
As nossas atitudes também contam. Que tal prestar atenção ao que
estamos consumindo, com o que nos alimentamos e a que tipo de cadeia
produtiva nutrimos com o nosso dinheiro – pois, sim, temos o poder de
impactar quando fazemos escolhas mais conscientes no nosso consumo.
Outro exemplo simples e que todos podemos fazer é cuidar do nosso
lixo – afinal, produzimos mais de 2 bilhões de toneladas anualmente,
segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
E uma atitude que é não só importante, mas urgente: reduzir o
desperdício de comida – na nossa geladeira, na nossa despensa, na nossa
mesa. Porque não faz sentido vivermos em um país que está entre os
maiores produtores de alimentos do mundo e ter tanta gente passando
fome, enquanto temos um desperdício que poderia cobrir em várias vezes
esse déficit.
Isso passa por políticas públicas que demandam atitudes
governamentais, por boas práticas na produção e na indústria, e também
passa pelo prato de cada um de nós, todos os dias. Fica o convite aqui
para que possamos mudar o paradigma do “ou” e colocar mais “e” nas
nossas vidas e na nossa atuação no mundo para construirmos, juntos, uma
realidade melhor.
* Mariana Soletti Beckheuseré CEO da
Beckhauser, indústria de equipamentos para a pecuária. É co-fundadora da
Associação Parsifal21 e também conselheira em entidades paranaenses,
especialmente as do município de Maringá, voltadas a inovação,
desenvolvimento econômico e cidadania empresarial.