terça-feira, 8 de outubro de 2024

OS PADRÕES DA SEQUÊNCIA DE FIBONACCI SURGEM NO UNIVERSO E PARA A NATUREZA ESSES PADRÕES ORGANIZAM O CRESCIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS

História de Lucas Vinicius Santos – TecMundo

Existem algumas características da Terra que podem ser observadas em diversas regiões do planeta; por exemplo, fractais aparecem em diferentes lugares, como no crescimento de folhas, em sistemas de rios, entre outros ambientes. Outro exemplo clássico são os objetos hexagonais encontrados em toda a natureza, como nas colmeias de abelhas ou na estrutura de cristais de gelo. Mas há uma característica matemática que ainda deixa muitas pessoas confusas: a sequência de Fibonacci.

Na sequência de Fibonacci, cada número é a soma dos dois números anteriores. Assim, se fizermos uma sequência de 12 números a partir do início, o resultado seria: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144 e assim por diante. Mesmo que pareça um cálculo aleatório, os cientistas explicam que a sequência pode ser descrita por uma equação matemática real, especificamente Xn+2 = Xn+1 + Xn.

Os entusiastas de teorias da conspiração acreditam que a sequência de Fibonacci é quase mágica, e a consideram um tipo de código secreto presente em toda a natureza. Essa visão até faz algum sentido, já que muitas estruturas naturais seguem realmente os padrões de Fibonacci, mas não há nada de misterioso ou sobrenatural nisso.

Há centenas de anos, estudiosos e filósofos na Índia identificaram a sequência ao estudar ritmos para poesia; inclusive, o próprio Fibonacci começou a explorar o tema muitos anos depois. Ao longo da história, a humanidade percebeu que a sequência pode ser observada no número de pétalas das flores, em galhos de árvores, em conchas de caracóis, em galáxias espirais e em muitos outros lugares.

“Fibonacci introduziu a sequência no contexto do problema de quantos pares de coelhos haveria em uma área fechada se a cada mês um par produzisse um novo par e os pares de coelhos pudessem produzir outro par a partir do segundo mês. Os números da sequência ocorrem em toda a natureza, como nas espirais de cabeças de girassol e conchas de caracóis”, é descrito na enciclopédia Britannica.

O que é a sequência de Fibonacci?

A sequência foi introduzida pelo matemático italiano Leonardo Fibonacci, também conhecido como Leonardo de Pisa, enquanto ele buscava respostas sobre a reprodução de coelhos. Em 1202, ele publicou suas descobertas no livro Liber Abaci. Embora a sequência tenha ficado associada ao seu nome, matemáticos indianos já a conheciam muito antes.

Na investigação de Fibonacci, ele buscava entender quantos filhotes de coelho nasceriam se um macho e uma fêmea fossem colocados em um campo, em circunstâncias ideais, durante um ano. Segundo o matemático Dr. Ron Knott, ex-professor de matemática e ciência da computação da Universidade de Surrey, no Reino Unido, o resultado dessa experiência seria 144 coelhos, sendo 72 vivos e 72 em gestação.

A sequência de Fibonacci também foi amplamente comentada em filmes, livros e …

A sequência de Fibonacci também foi amplamente comentada em filmes, livros e …

De onde exatamente vem esse resultado? Primeiro, é importante esclarecer que se trata de um experimento mental, sem coelhos reais envolvidos — até porque isso não seria biologicamente possível. A cada mês, os coelhos que atingem a maturidade reprodutiva geram novos pares, e esse crescimento segue o padrão da sequência de Fibonacci.

No primeiro mês, o casal inicial está em gestação; no final do segundo mês, nasce um novo par de coelhos; no final do terceiro mês, nasce outro par, totalizando três pares. A partir do quarto mês, os números começam a crescer rapidamente, pois o primeiro casal dá à luz outro par e o casal nascido há dois meses tem seus primeiros filhotes. Ao final de um ano, o total chega a 144 coelhos.

Pode parecer confuso, mas essa sequência de nascimentos de coelhos segue a regra de Fibonacci. O número de coelhos em um mês é a soma dos que já estão prontos para reproduzir no mês anterior e dos que nasceram dois meses antes.

Para que serve?

A sequência de Fibonacci é utilizada por matemáticos e outros cientistas para descrever padrões numéricos e suas propriedades. Alguns desses padrões surgem naturalmente no universo; por exemplo, conchas crescem em proporções constantes que se relacionam com a sequência. Além disso, os cientistas aplicam essa regra para estudar galáxias espirais, cuja rotação segue uma lógica semelhante.

A sequência de Fibonacci talvez nunca seja completamente compreendida. Contudo, os cientistas sabem que, para a natureza, esse padrão é uma maneira eficiente de organizar o crescimento e distribuir recursos de forma otimizada. Isso significa que o padrão não foi criado aleatoriamente, mas surge naturalmente em diversos processos evolutivos, o que explica sua presença frequente em flores, plantas e outros fenômenos naturais.

 

O MAIOR ERRO DA CARREIRA DE QUALQUER PROFISSIONAL É FICAR MUITOS ANOS SEM ESTUDAR E ATUALIZAR

 

Rodrigo Portes – Palestrante e Mentor de Vendas B2B – StartSe

Rodrigo Portes, executivo e autor do livro “Como a indústria 4.0 tem revolucionado o século XXI”, faz um apanhado dos 10 livros essenciais sobre Indústria 4.0 e Transformação Digital.

Foto por: Unsplash

por Rodrigo Portes, executivo e autor do livro “Como a indústria 4.0 tem revolucionado o século XXI”

Quando alguém me pergunta: “Qual foi o maior erro que você cometeu durante a sua carreira”“Eu já respondo de bate-pronto “Ficar muitos anos sem estudar e sem me atualizar…”

Acredito que esse tenha sido o meu maior erro, mas também é o que eu mais me esforço para corrigir, todos os dias. Depois que entrei no mercado de trabalho, passei mais de uma década sem estudar, sem me atualizar, sempre ocupado demais com a pesada rotina das empresas em que atuei.

Foi só em 2017, quando tirei um período sabático, que me dei conta do quanto eu estava desatualizado. De lá para cá, fiz diversos cursos (marketing digital, indústria 4.0, vendas digitais) e estou sempre em busca de conteúdos que contribuam com minha evolução profissional.

Me tornei um leitor voraz. Adoro ler, principalmente livros que me ensinem algo. Nada contra romances e aventuras, mas o que eu gosto mesmo é de terminar um livro cheio de novos insights para o meu trabalho e para a vida como um todo.

Tornei-me adepto do lifelong learning, que prega o aprendizado constante ao longo da vida. 

Benefícios do Lifelong Learning – Fonte: Annelise Gripp

Além dos livros, estou o tempo todo ligado em lives, webinars e podcasts como os do Resumo Cast e GoEPIK

Se você é uma pessoa que não quer parar no tempo e continuar em constante atualização, separei essa lista com os 10 melhores livros sobre Indústria 4.0 e Transformação Digital que me ajudaram e marcaram muito a minha vida. Com certeza eles também vão te ajudar a adquirir novos conhecimentos e informações sobre um dos temas mais importantes e relevantes dentro do setor industrial na atualidade.

1- A Quarta Revolução Industrial

Escrito por Klaus Schwab, engenheiro e economista fundador do Fórum Econômico Mundial, este livro é destrincha a revolução industrial pela qual estamos passando atualmente. De forma resumida, ela é definida pelo conjunto de novas tecnologias que surgem em velocidade crescente e, quase sempre, utilizando as revoluções anteriores como base para a transformação.

Termos como nanotecnologia, drones, inteligência artificial e outros tantos que estampam as notícias de tecnologia diariamente são parte desse processo. No livro, Klaus tenta explicar por que nós temos todos esses avanços sob controle e como podemos utilizá-los para criar um futuro no qual a tecnologia existe com o propósito de melhorar a vida das pessoas.

Escrito por um dos maiores economistas atualmente vivos, é um livro essencial para entender que as mudanças vistas atualmente neste mercado são bem maiores do que muitos de nós davam conta.

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2 – A Segunda Era das Máquinas

Os autores deste livro são Erik Brynjolfsson, diretor do centro do MITpara negócios digitais, e Andrew McAfee, também pesquisador do órgão e ex-professor de Harvard.

A dupla afirmava já em 2014, ano de lançamento do livro, que estávamos em “um ponto de inflexão: uma virada na curva onde muitas tecnologias que só eram encontradas na ficção científica estavam virando uma realidade cotidiana”.

Alguns exemplos: os carros sem motorista do Google, os softwares que conversam como humanos (como o Siri) e ferramentas que funcionam através de big data e inteligência coletiva (como o Waze) – e isso sem falar no boom da robótica.

Todas estas inovações chamavam a atenção exatamente por ocorrerem em áreas – como a da comunicação complexa – que pareciam definitivamente reservadas ao trabalho humano. 

Para os autores, o progresso tecnológico começaria lento e gradual até explodir, e é exatamente esse o momento que estamos vivendo: “os computadores estão fazendo para nosso poder mental o que o motor a vapor fez para nosso poder físico”. O resultado: a maior transformação na história desde a Revolução Industrial. 

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3 – IoT: Como usar a “Internet Das Coisas” para alavancar seus negócios

IoT (Internet of things) ainda é um tema sobre o qual a maioria dos executivos não se sente confortável para discutir e tomar decisões.

Contudo, a IoT não é mais uma nova tendência ou modismo. É uma realidade que se impõe e, mais dia ou menos dia, vai chegar ao seu negócio ou setor. Principalmente com a chegada do 5G que vem para “turbinar”, de fato, a indústria 4.0 e a transformação digital.

Este livro de Bruce Sinclair fornece uma visão detalhada da IoT e de que forma ela está transformando a maneira como consumidores e empresas adquirem e usam os produtos. O autor analisa como a IoT vai impactar praticamente todas as cadeias de valor e o que você pode (e deve) fazer a respeito.

Além de conhecimento, esse livro te dará a segurança necessária para aprofundar a discussão sobre IoT na sua organização e como usá-la para alavancar seus negócios.

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4 – Indústria 4.0: Princípios básicos, aplicabilidade e implantação na área Industrial

De uma maneira objetiva este livro escrito por Paulo Samuel de Almeida, contempla os conceitos fundamentais e os pilares da Indústria 4.0 para que estudantes e profissionais das áreas de manufatura, engenharia e qualidade tenham uma fonte de consulta para auxiliar na implantação e no gerenciamento de uma organização baseada nos conceitos da Indústria 4.0.

É livro que tem um viés bem mais técnico sobre o tema e que apresenta desde os conceitos básicos, tecnologias habilitadoras, recursos necessários para implementação e roadmap para a indústria 4.0

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5 – Indústria 4.0: Fundamentos, perspectivas e aplicações

Este livro escrito por Sergio Luiz Stevan Jr, Murilo Oliveira Leme e Max Mauro Dias Santos, traz uma visão geral sobre a Indústria 4.0, buscando contextualizar a teoria à realidade brasileira, por meio de exemplos concretos de aplicação. Para isso, faz uma revisão bibliográfica, que também considera o desenvolvimento da eletrônica e das telecomunicações. Aborda as tecnologias correlacionadas à Indústria 4.0, como computação em nuvem, Internet das Coisas Industrial (IIoT), big data, inteligência artificial, entre outros.

Detalha, ainda, o modelo de arquitetura da iniciativa alemã Industrie 4.0, com foco na normalização e compreensão técnica dessa proposta. Ao final da obra, são explicadas as diferentes instâncias 4.0 no escopo industrial.

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6 – Indústria 4.0: Conceitos e fundamentos

O Livro “Indústria 4.0: Conceitos e Fundamentos” é uma obra escrita por diversos autores, a sua maioria professores universitários, e tem como objetivo proporcionar uma melhor compreensão sobre a Indústria 4.0, estudando-a sob variados ângulos, abordando seus conceitos e fundamentos e abrindo espaço para que seja cada vez mais discutida e estudada.

O texto é apropriado para empresas, estudantes e profissionais da indústria e de outras áreas interessados no tema, e vem para auxiliar no aprofundamento sobre esta nova realidade da manufatura industrial.

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7 – A Internet das Coisas

Este livro escrito por Eduardo Magrani visa esclarecer aspectos básicos sobre a IoT (Internet das Coisas), uma das tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, porém sem a pretensão de esgotar todas as discussões sobre o assunto. Para atender a esse objetivo, o primeiro capítulo trata dos conceitos de tecnologia e inovação, buscando o correto enquadramento das funcionalidades da IoT nesse contetxo. Em seguida, o autor mergulha fundo sobre a origem do termo IoT, explicitando as características próprias da web 3.0 em contraposição às fases anteriores da web. No terceiro capítulo, é feita uma análise sobre a IoT no Brasil (à época do lançamento do livro) no tocante ao seu potencial econômico e social, ao passo que no capítulo final, trata-se, segundo o autor, dos aspectos negativos da IoT, tecendo reflexões críticas ao fenômeno.

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8 – Transformação Digital: Repensando o seu negócio para a era digital

David L. Rogers é o responsável por este que é um dos livros essenciais para CEOs, empresários ou até mesmo entusiastas da área que estão tentando entender como as novas tecnologias afetam os seus negócios e o que eles podem fazer para não serem passados para trás durante esse período de mudanças.

Usando sua experiência ao ter trabalhado em empresas como IBM, Visa e Toyota e ajudado no processo de transformação digital dessas companhias, Rogers traz um apanhado do que é preciso fazer e em quais pontos os negócios do século passado devem focar para se adaptarem ao novo mundo conectado e cheio de concorrentes em potencial.

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9 – Aperte o F5: A transformação da Microsoft e a busca de um futuro melhor para todos

A Microsoft teve Bill Gates como CEO até 2000, depois a função foi assumida por Steve Ballmer que, por sua vez, passou o bastão a Satya Nadella em 2014. Até então, o executivo, de origem indiana, não era muito conhecido. Mas ele tem uma longa trajetória na Microsoft e conta tudo neste livro “Aperte o F5”, leitura recomendada para quem deseja empreender ou se interessa pelo mundo dos negócios.

Depois de passar pela Sun Microsystems (a companhia foi comprada pela Oracle e não existe mais), Satya Nadella começou a trabalhar na Microsoft em 1992. Ao longo da sua trajetória, ocupou diversos cargos de decisão.

Um dos papéis mais importantes de Nadella foi o de ajudar a Microsoft a montar as suas divisões de serviços nas nuvens, como a plataforma Azure. Hoje, elas respondem por boa parte da receita da companhia. Em meio a tudo isso, fala ainda da empolgante transformação tecnológica que estamos prestes a vivenciar: inteligência artificial, realidade mista e computação quântica não são mais conceitos restritos à ficção científica e prometem alterar completamente as relações entre pessoas e máquinas.

Como CEO, Nadella ajudou Microsoft a perder a imagem negativa que carregava há alguns anos e a se transformar em uma companhia completamente adaptada aos atuais cenários de internet e mobilidade. Como ele fez isso? Essa é umas histórias que Satya conta em seu livro.

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10 – Inevitável: As 12 forças tecnológicas que mudarão nosso mundo

Este livro de Kevin Kelly aborda as tendências tecnológicas que irão ou já estão alterando as formas de trabalho e nossa forma de nos relacionar uns com o outros e com as máquinas e a tecnologia que nos rodeia – desde a realidade virtual em casa até a inteligência artificial presente em tudo o que fabricarmos. Algumas das tecnologias abordadas, considerando todo o seu potencial, ainda estão um pouco distantes da realidade da maior parte das pessoas, mas muitas delas já transformam o nosso dia a dia, como é o caso do compartilhamento cada vez maior de ideias, conhecimento e bens de consumo.

Cada capítulo descreve uma das tecnologias, mas a sequência de apresentação e o encadeamento de ideias e exemplos torna muito evidente a proposta de que tudo está essencialmente relacionado.

Kelly, no início de cada capítulo, contextualiza o tema e dá diversos exemplos de sua existência ou tendência para sociedade, muitas vezes colocando sua opinião pessoal sobre o tema, o que torna a narrativa muito mais interessante.

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Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso

Junior Borneli, co-fundador do StartSe

Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)

Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor

Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe. Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).

É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas, conhecendo culturas diferentes.

Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator entre fracasso e sucesso.

Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo. “Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.

De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi possível para o melhor resultado”, avisa.

Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o empreendedor.

Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso é a superação”, destaca Junior Borneli.

Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes, receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”, afirma.

É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria fica pelo caminho”, diz.

É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.

O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.

Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará valer a pena!,” destaca o empreendedor.

DERROTA TAMBÉM ENSINA

Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá, tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos Estados Unidos”, afirma Junior.

No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.

Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e suportáveis”, salienta.

Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão. Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e siga firme em frente”, afirma.

É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm coragem e disposição para fazer”, completa.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                   

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL NA CASA DOS TRILHÕES

 rasil e Mundo Dívida Pública

Tesouro: Dívida Pública Federal encerra agosto em R$ 7,035 trilhões

Byvaleon

Out 7, 2024

História de Repórter ADVFN

Tesouro: Dívida Pública Federal encerra agosto em R$ 7,035 trilhões

Tesouro: Dívida Pública Federal encerra agosto em R$ 7,035 trilhões

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) encerrou o mês de agosto em R$ 7,035 trilhões, representando retração de R$ 104,17 bilhões em relação a julho, ou seja, queda de 1,46% em termos nominais. Esse resultado foi impulsionado, principalmente, pela redução de 1,55% da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que passou de R$ 6,822 trilhões, em julho; para R$ 6,716 trilhões, em agosto. Essa movimentação ocorreu devido ao resgate líquido de R$ 163,17 bilhões, neutralizado, em parte, pela apropriação positiva de juros, em R$ 57,46 bilhões, detalha o Tesouro. O estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu 0,48% (termos nominais) no período, encerrando agosto em R$ 319,17 bilhões (US$ 56,43 bilhões).

As informações constam do Relatório Mensal da Dívida (RMD) referente a agosto de 2024, produzido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Os dados do material foram detalhados nesta quarta-feira (2/10) em coletiva de imprensa virtual. Participaram da entrevista o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Borges; o coordenador-geral de Controle de Pagamento da Dívida Pública, Leonardo Canuto; o coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública, Luiz Fernando Alves; e o gerente de Planejamento Estratégico do Tesouro Direto, Jorge Quadrado.

Conjuntura

Em análise de conjuntura, indicando os principais fatores que impactaram na gestão da dívida no período, o relatório destaca que em agosto, as expectativas de intensificação de cortes de juros nos Estados Unidos causaram fechamento adicional das treasuries (títulos de dívida emitidos pelo governo dos Estados Unidos). Por outro lado, o desmonte de operações de carry trade (Japão) trouxe volatilidade, impactando países da América Latina.

Diante de tal panorama, o Tesouro destaca que a curva de juros doméstica apresentou volatilidade, com as taxas refletindo as expectativas dos investidores em relação à política monetária, especialmente nos prazos mais curtos. As taxas de emissão da DPMFi apresentaram volatilidade, refletindo as perspectivas de redução dos juros nos Estados Unidos e de restrição monetária no Brasil. O CDS Brasil [Credit Default Swap, indicador que reflete o risco-país] ficou em 150 pontos-base em agosto, repetindo patamar de julho.

“Agosto foi marcado por bastante volatilidade no mercado externo. A fala do presidente do FED, Jerome Powell, no simpósio Jackson Hole, indicando que chegou a hora de ajustar a política monetária nos Estados Unidos, abriu caminho para o primeiro corte da taxa de juros norte-americana, agora em setembro. Começaram as apostas, na época, de corte de 25 e 50 pontos-base”, explicou Helano Borges, ao comentar o panorama internacional de agosto.

“Isso contribuiu para a redução dos prêmios de risco, mas os países da América Latina tiveram um aproveitamento limitado desse momento, muito esperado ao longo do ano, em função do desmonte de operações de carry trade que decorreram do fato de o banco central japonês ter elevado a taxa de juros de 0,1% para 0,25%. Isso contribuiu para que houvesse uma saída de recursos de importantes economias latino-americanas”, detalhou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional.fonte: tesouro nacional.

SEGUNDO TURNO EM SÃO PAULO É MAIS DESAFIADOR PARA O LÍDER SEM-TETO BOULOS DO QUE PARA O EMEDEBISTA NUNES

 

História de Bianca Gomes e Zeca Ferreira – Jornal Estadão

Embora o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) tenham avançado para o segundo turno com uma diferença mínima, de menos de 30 mil votos, a próxima etapa da eleição tende a ser mais desafiadora para o líder sem-teto do que para o emedebista.

Além das projeções do Datafolha e da Quaest já terem indicado vantagem para Nunes num segundo turno contra Boulos, o prefeito entra nesta nova fase com um trunfo importante: uma rejeição relativamente baixa. De acordo com pesquisa Datafolha divulgada no último sábado, apenas 25% dos paulistanos diziam que não votariam nele de jeito nenhum, enquanto 38% rejeitam Boulos. A rejeição é um termômetro relevante para medir o potencial de crescimento de cada candidato.

Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) vão disputar o segundo turno na cidade de São Paulo Foto: Taba Benedicto/ Estadão e Felipe Rau/Estadão

Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) vão disputar o segundo turno na cidade de São Paulo Foto: Taba Benedicto/ Estadão e Felipe Rau/Estadão

O prefeito também conta com o apoio das máquinas municipal e estadual. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi o principal cabo eleitoral de Nunes no primeiro turno, deve manter-se engajado na campanha do emedebista na etapa final da corrida.

O cenário que se desenha em São Paulo lembra muito o da eleição de 2008, quando o então prefeito Gilberto Kassab (à época no DEM) disputou o segundo turno com o respaldo do governador tucano José Serra. Naquele ano, Kassab enfrentou Marta Suplicy (PT), apoiada pelo então presidente Lula, que na época estava surfando em popularidade.

Estratégia arriscada

A estratégia da campanha de Nunes de destacar as realizações de sua gestão e apresentá-lo como um candidato de centro foi arriscada, mas trouxe uma vantagem para o segundo turno: a possibilidade de disputar os votos tanto dos eleitores de Pablo Marçal (PRTB) quanto os de Tabata Amaral (PSB), que declarou apoio a Boulos no segundo turno. A expectativa da campanha de Nunes é que a base bolsonarista de Marçal migre naturalmente para ele.

Por outro lado, o prefeito terá de lidar com a ofensiva de Boulos para associá-lo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), figura que tem alta rejeição entre os paulistanos. Interlocutores de Boulos afirmam que reeditar o embate de 2022 – entre Lula e Bolsonaro – será uma peça central na estratégia de comunicação do PSOL no segundo turno. Isso porque o petista venceu o ex-presidente na capital paulista na última eleição geral.

Manter o apoio nas regiões periféricas também será um desafio para Nunes, já que o presidente Lula (PT) deve se envolver mais diretamente na campanha do psolista no segundo turno para ampliar a adesão de sua candidatura no segmento de baixa renda. Além disso, o ministro Fernando Haddad (PT) e a deputado Luiza Erundina (PSOL) também são esperados na campanha. Ao longo do primeiro turno, Boulos tinha utilizado o legado das gestão progressistas na cidade, como a criação dos CEUs e a ampliação de ciclofaixas, para mostrar que uma guinada à esquerda pode ser positiva para o eleitor.

Nunes enfrentou mais polêmicas persistentes no primeiro turno do que Boulos, o que pode ser um ponto de dificuldade adicional. O prefeito precisou lidar com questionamentos envolvendo o boletim de ocorrência registrado por sua esposa, Regina Nunes, por suposta ameaça e violência doméstica, além do inquérito da “máfia das creches” e da acusação de suposto envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) com empresas de ônibus que operam na capital. Ele sempre rechaçou qualquer vinculação aos temas, que devem voltar a ser explorados por Boulos no segundo turno.

A vida de Boulos também não será simples. Apesar de ter procurado se posicionar como um candidato mais moderado, pesquisas qualitativas indicam que ele ainda carrega o estigma de radical, rótulo que Nunes deve explorar continuamente, como já fez em seu primeiro pronunciamento após o resultado do primeiro turno.

Além de afastar o estigma de invasor, Boulos precisará convencer os eleitores de sua capacidade de gestão, já que nunca esteve à frente de um Executivo Municipal antes. Sua experiência na política tradicional se resume aos quase dois anos de mandato como deputado federal. A escolha da ex-prefeita Marta Suplicy (PT) como a sua vice foi uma tentativa de neutralizar essa fragilidade.

COMO AS DÍVIDAS DE PRECATÓRIOS DO GOVERNO IMPACTAM A SUA VIDA

 

Por Everton Lima – MegaCurioso

Via nexperts

Você já levou um calote em sua vida? Cobrar alguém que está nos devendo dinheiro é algo necessário, afinal não dá para sair por aí perdoando todas as dívidas que existem, né? Em alguns casos, o devedor até gostaria de pagar os débitos, mas está passando por um problema financeiro. Em outros, ele simplesmente não quer pagar, pois não concorda com o valor, por exemplo.

Quando falamos em dívidas, é natural que pensemos em pessoas comuns devendo valores relacionados às contas cotidianas, como a água ou a eletricidade. Mas grandes empresas e até mesmo governos têm suas dívidas para pagar — e elas às vezes atrasam. Esse é o caso dos precatórios.

O precatório não é uma dívida comum que os governos contraem. Trata-se de um débito definido após uma decisão judicial. Isso quer dizer que a Justiça, em todas as instâncias possíveis, determinou que uma prefeitura, o governo de um estado ou o federal precisa pagar aquele débito.

Mas isso não deve ser um problema, né? Afinal, os governos têm dinheiro.

Então, não é bem assim.

Como surge um precatório?

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

A palavra precatório tem origem latina e significa “requisitar”, ou seja, alguém requisitou aquele pagamento ao governo — e quem costuma fazer essas requisições? Praticamente todo mundo. Vamos a alguns exemplos.

Dona Maria teve sua casa desapropriada porque o terreno foi usado na construção de uma rodovia federal. Ela não concordou com o valor pago de indenização e processou o governo.

Anos depois, seu João teve o carro danificado nessa rodovia e processou o governo em busca de uma indenização.

Nos dois casos, o governo não aceitou as solicitações e recorreu na Justiça para não pagar nenhum dos dois cidadãos, mas a Justiça deu ganho de causa em todas as instâncias à dona Maria e seu João. Ou seja: o governo não pode mais enrolar e precisa pagar os valores, certo? Nem sempre.

Por que o pagamento dos precatórios é um desafio?

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

As dívidas judiciais do Governo são compostas por milhares de pessoas e empresas. Aliás, existe um setor da advocacia especializado em processar governos.

Em 2022, o valor da dívida do Governo Federal chegou a R$ 89,1 bilhões. Naquele ano, o governo propôs uma alteração na regra de pagamento, permitindo quitá-las até o ano de 2027, quando devem somar R$ 300 bilhões. Ainda em 2022, foram pagos R$ 57,7 bilhões em precatórios. Entre 2021 e 2022, o volume dessa dívida cresceu mais de 40%.

Como a maioria das dívidas, os precatórios são compostos pelo valor do pagamento, mais a correção monetária e os juros. Isso ajuda a explicar os valores gigantescos.

Para pagá-los, o governo precisa tirar verba de algum outro lugar e isso pode impactar políticas públicas, pois determinados programas podem precisar reduzir sua atuação para que o orçamento arque com os débitos. Outra possibilidade é que seja necessário aumentar a carga tributária. Nos dois casos, toda a sociedade acaba pagando o pato.

BOULOS SALVA O PETISMO DE VEXAME HISTÓRICO NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

 

História de Vera Rosa – Jornal Estadão

BRASÍLIA – A passagem de Guilherme Boulos (PSOL) para o segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo serviu para livrar o PT do vexame diante de um cenário adverso enfrentado pelo partido em outras eleições no País. Embora pesquisas de intenção de voto indiquem que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem mais chances de vencer o confronto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a aliados que se empenhará pela vitória de Boulos no próximo dia 27, quando os eleitores voltarão às urnas.

Lula foi cobrado por dirigentes do PT a ajudar candidatos do partido e aliados que foram para o segundo turno. Os petistas perderam a eleição em Teresina, única capital que esperavam vencer com folga.

O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, é a aposta de Lula para conquistar a 'joia da coroa', de olho na disputa de 2026. Foto: Taba Benedicto/Estadão

O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, é a aposta de Lula para conquistar a ‘joia da coroa’, de olho na disputa de 2026. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Além de conseguir emplacar Boulos, do PSOL, na segunda rodada da eleição, o PT passou para a próxima etapa da disputa em apenas quatro capitais: Porto Alegre, Fortaleza, Natal e Cuiabá. Em todas elas vai enfrentar candidatos apoiados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2020, o PT elegeu 183 prefeitos e hoje, após trocas partidárias, tem 265. Esperava conquistar aproximadamente 350 prefeituras, mas os resultados deste primeiro turno indicam que o partido encolheu nos municípios, ficando com 247. No ABC paulista, berço político do PT, a sigla só irá para o segundo turno em Diadema e Mauá, cidades que já administrava.

A campanha de Boulos tentará construir uma frente ampla pela democracia, contra o avanço do bolsonarismo, sob o argumento de que Nunes e o influenciador Pablo Marçal (PRTB), candidato derrotado, fazem parte do mesmo projeto do ex-presidente, apesar do racha nas fileiras da direita.

“Do lado de lá tem alguém que possui relação com o crime organizado”, afirmou Boulos na noite deste domingo, 6, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar o seu passaporte para o segundo turno, dando o tom de como será a nova etapa da eleição. “Do lado de lá tem um vice indicado por Bolsonaro que acredita que quem mora nos Jardins e na periferia deve ser tratado de forma diferente”, completou ele, numa referência ao coronel Mello Araújo (PL), que comandou a Rota e é vice na chapa de Nunes.

A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) disse que apoiará Boulos a partir de agora. Tabata obteve 9,93% dos votos válidos (o equivalente a 601.118) e ficou em quarto lugar. Nos últimos debates, ela criticou Boulos, insinuando que ele havia passado por uma metamorfose na campanha. Em conversas reservadas, a deputada afirmou, depois, que votaria no “menos pior” no segundo turno.

A deputada Tabata Amaral (PSB) apoiará Boulos na segunda rodada da eleição. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A deputada Tabata Amaral (PSB) apoiará Boulos na segunda rodada da eleição. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

O apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) será procurado por Boulos, em busca de apoio. Datena ficou em sexto lugar, com apenas 1,84% dos votos (112.344). O PSDB, que administrou a capital paulista três vezes, também não conseguiu nenhuma cadeira na Câmara Municipal. Em 2020, além de eleger Bruno Covas, o partido fez oito vereadores. Mas houve uma debandada após o anúncio da candidatura de Datena.

Na prática, o PSDB sucumbiu em São Paulo. Mesmo na ruína, porém, o partido continua dividido. A cúpula nacional da legenda anunciou aval a Nunes, mas nem todos concordam com essa posição na seção paulistana.

“Entre os candidatos que disputam essa etapa final, não tenho dúvida de que Nunes é quem melhor pode administrar a principal capital brasileira, gerando um ambiente de tranquilidade política e social necessária para o desenvolvimento do município, contribuindo, assim, com todo o País”, observou o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), presidente do Instituto Teotônio Vilela, sem querer entrar na polêmica entre tucanos.

A conquista da capital paulista pela esquerda é fundamental para o jogo do PT em 2026. Apesar de não haver ligação automática entre as eleições municipais e a presidencial, se Boulos ganhar a Prefeitura Lula terá a “joia da coroa” para impulsionar seu plano de reeleição, daqui a dois anos, em um Estado governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), visto como “escudeiro” de Bolsonaro.

No primeiro turno, o presidente evitou participar da maioria das campanhas porque não queria que o governo ficasse associado a eventuais derrotas. Preferiu esperar a próxima etapa para observar melhor o cenário.

Agora, diante da vantagem de candidatos apoiados por Bolsonaro em várias capitais, incluindo as do Nordeste – antigo cinturão vermelho –, Lula disse a interlocutores que atuará como cabo eleitoral onde concorrentes do PT e de partidos aliados tiverem chance de vitória. Mas a prioridade será São Paulo.


PRÊMIO NOBEL DE MEDICINA 2024 VAI PARA OS ESTADOS UNIDOS

 

História de dw.com – DW Brasil

Os americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun venceram o Prêmio Nobel de Medicina 2024 pela descoberta de microRNA, uma nova classe de moléculas de RNA, que desempenham papel crucial no contexto da regulação genética.

Provided by Deutsche Welle

Provided by Deutsche Welle© JONATHAN NACKSTRAND/AFP/Getty Images

Os americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun venceram o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2024 pela descoberta de microRNA, uma nova classe de moléculas de RNA que desempenham papel crucial no contexto da regulação genética.

A descoberta, feita em 1993, é considerada um princípio fundamental para explicar como a atividade genética de organismos multicelulares é regulada – inclusive de seres humanos. Em outras palavras, essas micromoléculas de RNA ajudam células dos músculos, do intestino e diferentes tipos de células nervosas a desempenhar suas funções específicas.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (07/10) pelo secretário-geral da Assembleia do Nobel, Thomas Perlmann, no Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia.

Os demais vencedores serão divulgados ao longo desta semana: na terça, o Prêmio Nobel de Física; na quarta, o de Química, e na quinta, o de Literatura. O Prêmio Nobel da Paz de 2024 será anunciado na sexta-feira (11/10) e o prêmio de Economia, na próxima segunda.

Por que a descoberta é importante

O Comitê do Nobel explicou que a regulação genética faz com que cada célula selecione apenas as informações que são relevantes para o seu tipo específico funcionar. É por esse motivo que células de músculos e nervos são diferentes – apesar de terem exatamente os mesmos cromossomos, ou “pacote de genes”, e exatamente o mesmo “manual de instruções”.

A regulação genética garante que apenas os genes corretos em cada tipo de célula sejam ativados. Além disso, “a atividade genética precisa ser continuamente ajustada para adaptar as funções celulares às mudanças nas condições dos nossos corpos e do nosso ambiente”, diz texto do Comitê do Nobel, divulgado após o anúncio. “Se a regulação dos genes ‘dá errado’, isso pode levar a sérias doenças, como câncer, diabetes ou doenças autoimunes. Por isso, entender a regulação de atividade genética é um objetivo importante [da ciência] há décadas”, continua o texto.

Últimos três vencedores do Prêmio Nobel de Medicina

Em 2023, Katalin Karikó e Drew Weissman receberam o prêmio por terem desenvolvido a tecnologia de RNA mensageiro que abriu caminho para as vacinas contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech e da Moderna.

No ano anterior, a sueca Svante Pääbo venceu pelo sequenciamento do genoma dos neandertais e a criação da paleogenômica.

Já em 2021, os norte-americanos David Julius e Ardem Patapoutian ganharam o Prêmio Nobel por descobertas sobre receptores de calor e tato na pele.

OS PRINCIPAIS VITORIOSOS DO PRIMEIRO TURNO DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

História de Leandro Prazeres, Leandro Machado e Luiz Fernando Toledo – Da BBC News em Brasília, São Paulo e Londres – BBC News Brasil

Os grandes vencedores do primeiro turno das eleições municipais

Os grandes vencedores do primeiro turno das eleições municipais© BBC News Brasil

O primeiro turno das eleições municipais chegou ao fim neste domingo (6) consolidando os principais vitoriosos nesta disputa.

Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil apontam que entre os grandes vencedores destas eleições estão: Gilberto Kassab e o PSD, partido que obteve o maior número de prefeituras e desbancou o MDB; e o Centrão e a direita e centro-direita, que juntos, vão comandar a maior parte das prefeituras do Brasil.

Por outro lado, os números e os especialistas apontam que, diante de um cenário complexo, outros atores importantes tiveram bons resultados, mas “com ressalvas”, com alguns só selando sua sorte definitiva no segundo turno. Entre eles está o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Entre os grandes derrotados destas eleições estão, de acordo com os analistas: o PSDB, partido que já ocupou a presidência do país por duas vezes e que tinha uma virtual hegemonia sobre a política de São Paulo – e não elegeu nenhum vereador na capital paulista; e o PDT e o clã da família de Ciro Gomes no Ceará.

Mas até entre os derrotados também há ressalvas: Pablo Marçal (PRTB) não passou ao segundo turno da capital paulista, mas ficou a uma distância mínima dos finalistas e se consagrou como um dos fenômenos da eleição.

Confira abaixo a análise detalhada:

Centrão e direita avançam no Brasil

O resultado do primeiro turno das eleições municipais materializou um cenário que era esboçado pelas principais pesquisas de intenção de voto há algumas semanas: um crescimento significativo no número de prefeituras que serão comandadas por legendas do chamado Centrão ou de direita ou centro-direita a partir de 2025.

O Centrão é o nome dado a um grupo de partidos, normalmente de centro-direita ou de direita, que orbita em torno da Presidência da República em troca de participação no governo.

Em 2020, as cinco maiores legendas do Centrão e da direita tinham 3.223 prefeituras em todo o país. Foi o equivalente a 55% de todas as cidades do país. Neste ano, esse número chegou a 3.613, um crescimento de 12% em relação a quatro anos atrás e e que representa 64% de todos os municípios do país.

A centro-esquerda só aparece com o PSB, o sétimo partido desta lista, que ficou à frente de PSDB e do PT.

O Centrão e a direita e centro-direita tiveram vitórias importantes em capitais, como Aracaju e Campo Grande. Em Salvador, por exemplo, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) se reelegeu em primeiro turno, com 78% dos votos.

Em Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) também foi reeleito, com 56%.

Um dos principais pontos abordados pelos especialistas ouvidos pela BBC News Brasil é o de que a ampliação no número de prefeituras conquistadas pela direita no país é resultado de uma série de fatores e não pode ser, necessariamente, atribuído a uma suposta vitória do bolsonarismo, ainda que Jair Bolsonaro se mantenha como o principal nome deste campo político no Brasil.

O doutor em Ciência Política e diretor do Ipespe Analítica, Vinícius Alves, disse à BBC News Brasil que, historicamente, as legendas de direita levam mais vantagem que as da esquerda em eleições municipais.

Um dos motivos, segundo ele, é o maior número de partidos de direita no Brasil em comparação com as rivais à esquerda.

“Há um ambiente com maior oferta de candidatos de legendas à direita. Isso tem influência no resultado”, disse o especialista.

Um levantamento feito pela reportagem mostra que dos 29 partidos registrados atualmente junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), somente nove são de esquerda ou de centro-esquerda: PT, PDT, PSB, PCdoB, PCB, PSTU, UP, PSOL e PCO. Os demais ou são de direita, centro-direita ou não se manifestam sobre isso em seus estatutos.

Para o cientista de dados e CEO da empresa de análise dados AP Exata Sérgio Denicoli, as eleições deste ano trouxeram uma “consolidação” da direita no Brasil.

“Eu diria que houve uma consolidação de um espaço político que é o espaço da direita. Antes, havia um certo receio em candidatos se assumirem como de direita. Hoje, não há mais essa preocupação […] E como o Brasil é um país muito conservador, os membros das antigas elites políticas do país usaram suas antenas para captar esse sentimento”, disse à BBC News Brasil.

Gilberto Kassab e o PSD: partido chega ao topo

Gilberto Kassab, quando era ministro do governo de Michel Temer, em 2018. Seu partido, o PSD, obteve o maior número de prefeituras em todo o Brasil

Gilberto Kassab, quando era ministro do governo de Michel Temer, em 2018. Seu partido, o PSD, obteve o maior número de prefeituras em todo o Brasil© Bruno Peres/MCTIC

O PSD, liderado pelo ex-ministro Gilberto Kassab (PSD), é o partido que vai comandar mais prefeituras em todo o país. A sigla criada por Kassab venceu em 888 cidades do Brasil.

É a primeira vez que um partido fica a frente do MDB em número de prefeituras desde a redemocratização do Brasil, em 1985. Neste pleito, o MDB elegeu 861 mandatários.

Em 2020, o PSD elegeu 657 prefeitos, mas, nos últimos anos, o partido ganhou mais de 300 prefeitos com trocas de filiação.

Uma das vitórias mais importantes do PSD ocorreu no Rio de Janeiro, com a reeleição do prefeito Eduardo Paes, que se filiou ao partido de Kassab em 2021. Paes teve 60% dos votos válidos.

Ex-prefeito de São Paulo, Kassab hoje ocupa o cargo de secretário de Governo e Relações Institucionais do governo de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), de oposição ao governo Lula.

Mas o PSD de Kassab também está no governo de presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comandando três ministérios: o de Minas e Energia, o da Agricultura e o da Pesca.

O bom desempenho do PSD nas eleições municipais deixa o partido bem-posicionado para tentar mais espaço no governo Lula, um uma provável reforma ministerial, avalia Rafael Cortez, sócio da Tendências Consultoria. Ele também avalia que a legenda também se cacifa para as articulações políticas das eleições de 2026 (leia mais aqui).

Bolsonaro: relevante, mas com liderança em xeque

Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil apontam que Bolsonaro demonstrou força política no primeiro turno destas eleições municipais, embora o resultado geral das eleições aponte que sua liderança inconteste sobre a direita pode estar em xeque.

O PL, partido ao qual Bolsonaro está filiado, conseguiu aumentar em 52% o número de prefeituras conquistadas no primeiro turno, saindo de 344 em 2020 para 523 em 2024.

Apesar do crescimento, o número está bem abaixo das 1,5 mil prefeituras estabelecidas como meta pelo presidente nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto.

Além disso, candidatos a prefeito com o apoio de Bolsonaro ou com imagem ligada ao ex-presidente, como Bruno Engler (PL), em Belo Horizonte, Cristina Graeml (PMB) em Curitiba, e André Fernandes (PL) em Fortaleza e Ricardo Nunes (MDB), em São Paulo, irão disputar o segundo turno com chances reais de vitória.

Para o cientista de dados e CEO da AP Exata, Sérgio Denícoli, Bolsonaro cometeu erros ao longo da campanha eleitoral deste ano, mas conseguiu se manter relevante no cenário político atual.

“A derrota do Marçal consolida Bolsonaro como uma liderança da direita. O Bolsonaro colocou o freio de arrumação e mandou recados para seus correligionários e conseguiu se manter como uma liderança da direita”, disse à BBC News Brasil.

Carolina de Paula, doutora em Ciência Política pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenadora do projeto Monitor do Debate Público, disse avaliar que houve uma separação entre a direita e o bolsonarismo nas eleições deste ano.

“Bolsonaro teve um papel importante na consolidação da direita no Brasil, mas, ao mesmo tempo, o seu apoio se mostrou tóxico em alguns casos. Inclusive, houve candidatos de direita que não se declararam bolsonaristas com todas as forças por receio de perder o eleitor de centro”, destacou Carolina de Paula.

Carolina cita como exemplo uma pesquisa do Datafolha em São Paulo revelou que 63% dos eleitores não votariam em um candidato apoiado por Bolsonaro, ilustrando essa resistência.

Apesar desse distanciamento, segundo ela, o bolsonarismo ainda seria uma força significativa na direita.

Tarcísio de Freitas: aposta deu resultado

Tarcísio de Freitas ao lado de Ricardo Nunes. O governador de São Paulo apoiou a candidatura de Nunes à Prefeitura de São Paulo desde o início

Tarcísio de Freitas ao lado de Ricardo Nunes. O governador de São Paulo apoiou a candidatura de Nunes à Prefeitura de São Paulo desde o início© Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), viu sua principal aposta eleitoral render frutos no primeiro turno. Seu candidato na capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), chegou ao segundo turno como o candidato mais bem votado nessa primeira etapa, ainda que por uma diferença diminuta.

Tarcísio foi o principal fiador da candidatura de Nunes, e o acompanhou durante a votação neste domingo. Nunes agradeceu ao “amigo” Tarcísio.

Foi o governador, que tem pretensão de disputar a Presidência em 2026, quem costurou o apoio de Jair Bolsonaro ao atual prefeito, mesmo que o ex-presidente não tenha se empenhado na campanha como a coligação esperava.

Bolsonaro não apareceu em eventos nem chegou a gravar para o horário eleitoral de Nunes, ao contrário de Tarcísio, sempre presente no horário eleitoral e em eventos da campanha.

Embora parte do bolsonarismo tenha aderido à candidatura de Pablo Marçal (PRTB), Tarcísio se manteve fiel a Nunes. “Eu preciso de um cara que não lacra, trabalha”, disse ele na semana da eleição, em evento com Nunes.

Para o cientista de dados e CEO da empresa de análise de dados AP Exata Sérgio Denicoli diz acreditar que Tarcísio saiu fortalecido destas eleições.

“O Tarcísio bancou o Nunes e sai bem fortalecido e se consolida como uma liderança hábil neste campo. Ele se coloca como um nome forte da direita e com o aval de Bolsonaro. Penso que o futuro da direita no Brasil passa por ele”, disse.

Lula e o PT: “Perdeu ganhando”

Lula pediu votos para Guilherme Boulos, mas especialistas afirmam que transferência de votos do petista foi aquém do esperado

Lula pediu votos para Guilherme Boulos, mas especialistas afirmam que transferência de votos do petista foi aquém do esperado© Ricardo Stuckert/Presidência da República

O primeiro turno das eleições municipais deste ano chegou ao final e trouxe um resultado ambíguo para o PT, partido do presidente Lula.

Por um lado, o partido aumentou em 37% o número de prefeituras vencidas neste ano em comparação com as 182 de 2020. Neste ano, foram 251 prefeituras vencidas.

O partido ainda vai disputar o segundo turno em quatro capitais: Porto Alegre, Fortaleza, Natal e Cuiabá.

Em São Paulo, apesar de não ter um candidato, o partido é visto como o principal avalista da candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que vai disputar o segundo turno.

Por outro lado, especialistas apontam que o cenário inspira preocupação no partido.

Os principais motivos de preocupação, segundo eles, seriam: a ampliação e consolidação da direita e do Centrão no comando da maioria das cidades brasileiras; a pequena presença do partido em cidades com mais de 200 mil eleitores; e o não surgimento de uma nova geração de líderes em meio ao que classificam como o esgotamento do ciclo político de Lula.

Para além disso, o PT ainda viu o PL, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, aumentar o seu número de prefeituras.

Para o professor de Ciência Política Marco Antônio Teixeira, o PT saiu como um dos derrotados destas eleições.

“O PT teve um resultado que pode ser visto de dois ângulos. É melhor que 2020, mas é aquém do que se esperava pelo fato de o governo ter retomado o governo federal. Esperava-se uma transferência de votos maior de Lula para Boulos e vemos que o incremento foi baixo. O PT está no segundo turno em quatro capitais, mas com poucas chances de ganhar, exceto em Fortaleza”, disse.

O pesquisador do Centro de Estudos de Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Eduardo Grin, disse à BBC News Brasil que a situação é paradoxal.

“O PT perdeu ganhando. Ele ganhou mais prefeituras do que tinha, mas perdeu porque ficou menos relevante politicamente do que se imaginava, especialmente nos grandes centros urbanos”, disse à BBC News Brasil.

Pablo Marçal: derrotado, mas ainda competitivo

Pablo Marçal posa para fotos durante votação no primeiro turno. Ex-coach ficou prestes a ir para o segundo turno em São Paulo mesmo não tendo tempo de TV e rádio

Pablo Marçal posa para fotos durante votação no primeiro turno. Ex-coach ficou prestes a ir para o segundo turno em São Paulo mesmo não tendo tempo de TV e rádio© Reuters

Apesar de ter ficado de fora do segundo turno das eleições à Prefeitura de São Paulo e de ter acumulado polêmicas nos últimos meses, o ex-coach Pablo Marçal foi apontado pelo doutor em Ciência Política Vinícius Alves como um dos destaques da disputa neste ano.

Marçal concorreu à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, um partido considerado “nanico” que não contou com tempo de rádio e TV no horário eleitoral gratuito.

Apesar disso, sua enorme popularidade no universo digital permitiu que ele disputasse as eleições de forma competitiva até o final do primeiro turno.

Com 100% das urnas apuradas, Nunes teve 29,48% dos votos, Boulos, 29,07% e Marçal ficou com 28,14%.

“Considero que o Marçal, do ponto de vista eleitoral, sai como alguém competitivo, com potencial para provocar alguma fissura na direita. Ele conseguiu ficar bem próximo dos dois que avançaram ao segundo turno, equilibrando até os últimos minutos de apuração uma disputa que de início parecia que seria apenas em torno de Nunes e Boulos”, afirmou.

O especialista ponderou, no entanto, que as polêmicas nas quais Marçal se envolveu, entre elas a divulgação de um laudo falso indicando que Boulos teria sido internado por uso de drogas em 2021, pode trazer problemas para o seu futuro político.

PDT e grupo político da família de Ciro Gomes tiveram derrotas eleitorais neste ano

PDT e grupo político da família de Ciro Gomes tiveram derrotas eleitorais neste ano© Reuters

Família Gomes: hegemonia ameaçada

O PDT e o grupo político formado pela família do ex-governador do Ceará Ciro Gomes foram dois dos principais derrotados das eleições de acordo com os resultados divulgados até agora pelo TSE. O partido pelo qual Ciro Gomes disputou as eleições presidenciais em 2022 conquistou 151 prefeituras neste ano, um número 52% menor que as 315 obtidas no primeiro turno das eleições de 2020.

Em Fortaleza, o PDT do prefeito José Sarto ficou de fora do segundo turno, que será disputado por André Fernandes (PL) e por Evandro Leitão (PT). O prefeito não conseguiu avançar em sua tentativa de buscar a reeleição.

Além disso, o clã Gomes, que vive um racha entre os irmãos Ciro e o senador Cid Gomes (PSB), viu um opositor da família vencer no seu principal reduto político, a cidade de Sobral.

Lá, Oscar Rodrigues (União Brasil) venceu Izolda Cela (PSB).

Derrocada tucana

O PSDB foi um dos grandes derrotados desta eleição, não elegendo nenhum prefeito de capitais. Pior: não irá disputar o segundo turno em nenhuma delas.

Nessa eleição, os tucanos elegeram 273 prefeitos. Quatro anos atrás, eles eram 523.

Mas foi em São Paulo, berço do partido, onde a derrota do PSDB foi mais marcante.

Os tucanos já governaram a cidade de São Paulo em três ocasiões, com José Serra (2005-2006), João Doria (2017-2018) e Bruno Covas (2018-2021).

Dessa vez, o candidato do partido, José Luiz Datena, teve 1,84% dos votos — a pior votação do partido em uma eleição municipal de São Paulo na história.

Na Câmara a situação foi pior ainda. Os tucanos não elegeram nenhum vereador neste ano — em 2020 foram oito, a maior bancada da Casa junto com o PT. Essa é a primeira vez em que o partido não elege nenhum parlamentar na cidade desde sua fundação.

O fracasso eleitoral do PSDB na capital é mais um capítulo da derrocada do partido no Estado onde foi criado. Em 2022, depois de 24 anos, a sigla deixou de ocupar a cadeira de governador. Tarcísio Freitas (Republicanos), aliado de Bolsonaro, venceu a disputa.

 

DIA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

Karla Neto – Colunista correspondente

Nesta segunda-feira (07), é celebrado o Dia de Nossa Senhora do Rosário, é um título atribuído a Nossa Senhora devido a sua aparição à São Domingos de Gusmão em 1214 na Igreja do Mosteiro de Prouille, no qual a Mãe de Jesus entrega o rosário ao frei dominicano.

Quando São Domingos de Gusmão, durante sua permanência em Toulouse, viu a Virgem Maria, que lhe entregou o Rosário, como resposta a uma de suas orações, para saber como combater a heresia albigense.

 A vitória alcançada levou-o a ver na oração do Rosário o instrumento para encontrar refúgio e conforto, força e confiança para enfrentar e superar as dificuldades da vida, encontrando no terço o “escudo” para vencer as heresias. A “entrega” do rosário pela Virgem Maria e a sua simplicidade contribuíram para a difusão desta prática de piedade entre o povo, reconhecida pelo Papa Francisco como “mística do povo”. À luz desta experiência, portanto, podemos entender o que aconteceu em 1571.

Essa visão divina marcou o início da devoção ao Rosário e impulsionou São Domingos a propagá-la. Dessa forma, essa oração tornou-se um meio eficaz para combater as heresias e restaurar a ordem na Igreja e na sociedade, graças à intervenção divina. Além disso, a vitória alcançada com a ajuda do Rosário fortaleceu a convicção de São Domingos de que essa oração era um refúgio, uma fonte de conforto, força e confiança diante das dificuldades da vida.

Ele via no Rosário um escudo para vencer as heresias, tornando-se um fervoroso defensor dessa devoção.

Portanto, a propagação do Rosário entre os fiéis, liderada por São Domingos e os dominicanos, desempenhou um papel fundamental na eliminação da heresia albigense e dos males que ela causava à Igreja e à sociedade.

A devoção ao Rosário tornou-se ainda mais conhecida. Naquela época, os muçulmanos estavam pressionando as fronteiras da Europa, representando uma ameaça à Cristandade. Por isso, uma Santa Liga foi formada para resistir ao seu avanço.

O Papa São Pio V, que era um dominicano e devoto de Nossa Senhora, desempenhou um papel crucial nesse contexto. Ele abençoou a bandeira de guerra da Santa Liga e exortou todos os cristãos, inclusive os soldados, a estarem em estado de graça e se unirem em oração através do Rosário para implorar a proteção e a intervenção divina.

A devoção a Nossa Senhora do Rosário desempenha um papel significativo em nossas vidas, unindo-nos aos mistérios centrais da nossa fé e à intercessão da Virgem Maria. Em suas aparições ao longo da história, Nossa Senhora sempre enfatiza a importância de rezarmos o Rosário todos os dias. Ela insiste que o terço seja uma parte essencial de nossa vida de oração. Ela deseja estar ao nosso lado assim como esteve nas batalhas contra as heresias.

O Rosário é uma oração extremamente eficaz, pois se baseia nos mistérios de nossa salvação. (…) “a oração cristã dedica-se, de preferência, a meditar nos «mistérios de Cristo», como na «lectio divina» ou no rosário.”  A Ave Maria, em particular, recorda-nos a entrada da salvação no mundo. Além disso, essa simples oração, recitada com sinceridade e devoção, nos torna mais humildes, pela humildade de Nossa Mãe. O Rosário é uma poderosa arma espiritual que nos ajuda a crescer na fé, no amor e na devoção a Cristo, guiados pela mão amorosa de Nossa Senhora.

 

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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