Existem algumas características da Terra que podem ser observadas em
diversas regiões do planeta; por exemplo, fractais aparecem em
diferentes lugares, como no crescimento de folhas, em sistemas de rios,
entre outros ambientes. Outro exemplo clássico são os objetos hexagonais
encontrados em toda a natureza, como nas colmeias de abelhas ou na
estrutura de cristais de gelo. Mas há uma característica matemática que
ainda deixa muitas pessoas confusas: a sequência de Fibonacci.
Na sequência de Fibonacci, cada número é a soma dos dois números
anteriores. Assim, se fizermos uma sequência de 12 números a partir do
início, o resultado seria: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144 e
assim por diante. Mesmo que pareça um cálculo aleatório, os cientistas
explicam que a sequência pode ser descrita por uma equação matemática
real, especificamente Xn+2 = Xn+1 + Xn.
Os entusiastas de teorias da conspiração acreditam que a sequência de
Fibonacci é quase mágica, e a consideram um tipo de código secreto
presente em toda a natureza. Essa visão até faz algum sentido, já que
muitas estruturas naturais seguem realmente os padrões de Fibonacci, mas
não há nada de misterioso ou sobrenatural nisso.
Há centenas de anos, estudiosos e filósofos na Índia identificaram a
sequência ao estudar ritmos para poesia; inclusive, o próprio Fibonacci
começou a explorar o tema muitos anos depois. Ao longo da história, a
humanidade percebeu que a sequência pode ser observada no número de
pétalas das flores, em galhos de árvores, em conchas de caracóis, em
galáxias espirais e em muitos outros lugares.
“Fibonacci introduziu a sequência no contexto do problema de quantos
pares de coelhos haveria em uma área fechada se a cada mês um par
produzisse um novo par e os pares de coelhos pudessem produzir outro par
a partir do segundo mês. Os números da sequência ocorrem em toda a
natureza, como nas espirais de cabeças de girassol e conchas de
caracóis”, é descrito na enciclopédia Britannica.
O que é a sequência de Fibonacci?
A sequência foi introduzida pelo matemático italiano Leonardo
Fibonacci, também conhecido como Leonardo de Pisa, enquanto ele buscava
respostas sobre a reprodução de coelhos. Em 1202, ele publicou suas
descobertas no livro Liber Abaci. Embora a sequência tenha ficado
associada ao seu nome, matemáticos indianos já a conheciam muito antes.
Na investigação de Fibonacci, ele buscava entender quantos filhotes
de coelho nasceriam se um macho e uma fêmea fossem colocados em um
campo, em circunstâncias ideais, durante um ano. Segundo o matemático
Dr. Ron Knott, ex-professor de matemática e ciência da computação da
Universidade de Surrey, no Reino Unido, o resultado dessa experiência
seria 144 coelhos, sendo 72 vivos e 72 em gestação.
A sequência de Fibonacci também foi amplamente comentada em filmes, livros e …
A sequência de Fibonacci também foi amplamente comentada em filmes, livros e …
De onde exatamente vem esse resultado? Primeiro, é importante
esclarecer que se trata de um experimento mental, sem coelhos reais
envolvidos — até porque isso não seria biologicamente possível. A cada
mês, os coelhos que atingem a maturidade reprodutiva geram novos pares, e
esse crescimento segue o padrão da sequência de Fibonacci.
No primeiro mês, o casal inicial está em gestação; no final do
segundo mês, nasce um novo par de coelhos; no final do terceiro mês,
nasce outro par, totalizando três pares. A partir do quarto mês, os
números começam a crescer rapidamente, pois o primeiro casal dá à luz
outro par e o casal nascido há dois meses tem seus primeiros filhotes.
Ao final de um ano, o total chega a 144 coelhos.
Pode parecer confuso, mas essa sequência de nascimentos de coelhos
segue a regra de Fibonacci. O número de coelhos em um mês é a soma dos
que já estão prontos para reproduzir no mês anterior e dos que nasceram
dois meses antes.
Para que serve?
A sequência de Fibonacci é utilizada por matemáticos e outros
cientistas para descrever padrões numéricos e suas propriedades. Alguns
desses padrões surgem naturalmente no universo; por exemplo, conchas
crescem em proporções constantes que se relacionam com a sequência. Além
disso, os cientistas aplicam essa regra para estudar galáxias espirais,
cuja rotação segue uma lógica semelhante.
A sequência de Fibonacci talvez nunca seja completamente
compreendida. Contudo, os cientistas sabem que, para a natureza, esse
padrão é uma maneira eficiente de organizar o crescimento e distribuir
recursos de forma otimizada. Isso significa que o padrão não foi criado
aleatoriamente, mas surge naturalmente em diversos processos evolutivos,
o que explica sua presença frequente em flores, plantas e outros
fenômenos naturais.
Rodrigo Portes – Palestrante e Mentor de Vendas B2B – StartSe
Rodrigo Portes, executivo e autor do livro “Como a indústria 4.0 tem
revolucionado o século XXI”, faz um apanhado dos 10 livros essenciais
sobre Indústria 4.0 e Transformação Digital.
Foto por: Unsplash
por Rodrigo Portes, executivo e autor do livro “Como a indústria 4.0 tem revolucionado o século XXI”
Quando alguém me pergunta: “Qual foi o maior erro que você cometeu durante a sua carreira”? “Eu já respondo de bate-pronto “Ficar muitos anos sem estudar e sem me atualizar…”
Acredito que esse tenha sido o meu maior erro, mas também é o que eu
mais me esforço para corrigir, todos os dias. Depois que entrei no
mercado de trabalho, passei mais de uma década sem estudar, sem me
atualizar, sempre ocupado demais com a pesada rotina das empresas em que
atuei.
Foi só em 2017, quando tirei um período sabático, que me dei conta do
quanto eu estava desatualizado. De lá para cá, fiz diversos cursos
(marketing digital, indústria 4.0, vendas digitais) e estou sempre em
busca de conteúdos que contribuam com minha evolução profissional.
Me tornei um leitor voraz. Adoro ler, principalmente livros que me
ensinem algo. Nada contra romances e aventuras, mas o que eu gosto mesmo
é de terminar um livro cheio de novos insights para o meu trabalho e para a vida como um todo.
Tornei-me adepto do lifelong learning, que prega o aprendizado constante ao longo da vida.
Além dos livros, estou o tempo todo ligado em lives, webinars e podcasts como os do Resumo Cast e GoEPIK.
Se você é uma pessoa que não quer parar no tempo e continuar em constante atualização, separei essa lista com os 10 melhores livros sobre Indústria 4.0 e Transformação Digital que
me ajudaram e marcaram muito a minha vida. Com certeza eles também vão
te ajudar a adquirir novos conhecimentos e informações sobre um dos
temas mais importantes e relevantes dentro do setor industrial na
atualidade.
1- A Quarta Revolução Industrial
Escrito por Klaus Schwab, engenheiro e economista fundador do Fórum
Econômico Mundial, este livro é destrincha a revolução industrial pela
qual estamos passando atualmente. De forma resumida, ela é definida pelo
conjunto de novas tecnologias que surgem em velocidade crescente e,
quase sempre, utilizando as revoluções anteriores como base para a
transformação.
Termos como nanotecnologia, drones, inteligência artificial e outros
tantos que estampam as notícias de tecnologia diariamente são parte
desse processo. No livro, Klaus tenta explicar por que nós temos todos
esses avanços sob controle e como podemos utilizá-los para criar um
futuro no qual a tecnologia existe com o propósito de melhorar a vida
das pessoas.
Escrito por um dos maiores economistas atualmente vivos, é um livro
essencial para entender que as mudanças vistas atualmente neste mercado
são bem maiores do que muitos de nós davam conta.
Os autores deste livro são Erik Brynjolfsson, diretor do centro do
MITpara negócios digitais, e Andrew McAfee, também pesquisador do órgão e
ex-professor de Harvard.
A dupla afirmava já em 2014, ano de lançamento do livro, que
estávamos em “um ponto de inflexão: uma virada na curva onde muitas
tecnologias que só eram encontradas na ficção científica estavam virando
uma realidade cotidiana”.
Alguns exemplos: os carros sem motorista do Google, os softwares que
conversam como humanos (como o Siri) e ferramentas que funcionam através
de big data e inteligência coletiva (como o Waze) – e isso sem falar no
boom da robótica.
Todas estas inovações chamavam a atenção exatamente por ocorrerem em
áreas – como a da comunicação complexa – que pareciam definitivamente
reservadas ao trabalho humano.
Para os autores, o progresso tecnológico começaria lento e gradual
até explodir, e é exatamente esse o momento que estamos vivendo: “os
computadores estão fazendo para nosso poder mental o que o motor a vapor
fez para nosso poder físico”. O resultado: a maior transformação na
história desde a Revolução Industrial.
3 – IoT: Como usar a “Internet Das Coisas” para alavancar seus negócios
IoT (Internet of things) ainda é um tema sobre o qual a maioria dos executivos não se sente confortável para discutir e tomar decisões.
Contudo, a IoT não é mais uma nova tendência ou modismo. É uma
realidade que se impõe e, mais dia ou menos dia, vai chegar ao seu
negócio ou setor. Principalmente com a chegada do 5G que vem para
“turbinar”, de fato, a indústria 4.0 e a transformação digital.
Este livro de Bruce Sinclair fornece uma visão detalhada da IoT e de
que forma ela está transformando a maneira como consumidores e empresas
adquirem e usam os produtos. O autor analisa como a IoT vai impactar
praticamente todas as cadeias de valor e o que você pode (e deve) fazer a
respeito.
Além de conhecimento, esse livro te dará a segurança necessária para
aprofundar a discussão sobre IoT na sua organização e como usá-la para
alavancar seus negócios.
4 – Indústria 4.0: Princípios básicos, aplicabilidade e implantação na área Industrial
De uma maneira objetiva este livro escrito por Paulo Samuel de
Almeida, contempla os conceitos fundamentais e os pilares da Indústria
4.0 para que estudantes e profissionais das áreas de manufatura,
engenharia e qualidade tenham uma fonte de consulta para auxiliar na
implantação e no gerenciamento de uma organização baseada nos conceitos
da Indústria 4.0.
É livro que tem um viés bem mais técnico sobre o tema e que apresenta
desde os conceitos básicos, tecnologias habilitadoras, recursos
necessários para implementação e roadmap para a indústria 4.0
5 – Indústria 4.0: Fundamentos, perspectivas e aplicações
Este livro escrito por Sergio Luiz Stevan Jr, Murilo Oliveira Leme e
Max Mauro Dias Santos, traz uma visão geral sobre a Indústria 4.0,
buscando contextualizar a teoria à realidade brasileira, por meio de
exemplos concretos de aplicação. Para isso, faz uma revisão
bibliográfica, que também considera o desenvolvimento da eletrônica e
das telecomunicações. Aborda as tecnologias correlacionadas à Indústria
4.0, como computação em nuvem, Internet das Coisas Industrial (IIoT),
big data, inteligência artificial, entre outros.
Detalha, ainda, o modelo de arquitetura da iniciativa alemã Industrie
4.0, com foco na normalização e compreensão técnica dessa proposta. Ao
final da obra, são explicadas as diferentes instâncias 4.0 no escopo
industrial.
O Livro “Indústria 4.0: Conceitos e Fundamentos” é uma obra escrita
por diversos autores, a sua maioria professores universitários, e tem
como objetivo proporcionar uma melhor compreensão sobre a Indústria 4.0,
estudando-a sob variados ângulos, abordando seus conceitos e
fundamentos e abrindo espaço para que seja cada vez mais discutida e
estudada.
O texto é apropriado para empresas, estudantes e profissionais da
indústria e de outras áreas interessados no tema, e vem para auxiliar no
aprofundamento sobre esta nova realidade da manufatura industrial.
Este livro escrito por Eduardo Magrani visa esclarecer aspectos
básicos sobre a IoT (Internet das Coisas), uma das tecnologias
habilitadoras da Indústria 4.0, porém sem a pretensão de esgotar todas
as discussões sobre o assunto. Para atender a esse objetivo, o primeiro
capítulo trata dos conceitos de tecnologia e inovação, buscando o
correto enquadramento das funcionalidades da IoT nesse contetxo. Em
seguida, o autor mergulha fundo sobre a origem do termo IoT,
explicitando as características próprias da web 3.0 em contraposição às
fases anteriores da web. No terceiro capítulo, é feita uma análise sobre
a IoT no Brasil (à época do lançamento do livro) no tocante ao seu
potencial econômico e social, ao passo que no capítulo final, trata-se,
segundo o autor, dos aspectos negativos da IoT, tecendo reflexões
críticas ao fenômeno.
8 – Transformação Digital: Repensando o seu negócio para a era digital
David L. Rogers é o responsável por este que é um dos livros
essenciais para CEOs, empresários ou até mesmo entusiastas da área que
estão tentando entender como as novas tecnologias afetam os seus
negócios e o que eles podem fazer para não serem passados para trás
durante esse período de mudanças.
Usando sua experiência ao ter trabalhado em empresas como IBM, Visa e
Toyota e ajudado no processo de transformação digital dessas
companhias, Rogers traz um apanhado do que é preciso fazer e em quais
pontos os negócios do século passado devem focar para se adaptarem ao
novo mundo conectado e cheio de concorrentes em potencial.
9 – Aperte o F5: A transformação da Microsoft e a busca de um futuro melhor para todos
A Microsoft teve Bill Gates como CEO até 2000, depois a função foi
assumida por Steve Ballmer que, por sua vez, passou o bastão a Satya
Nadella em 2014. Até então, o executivo, de origem indiana, não era
muito conhecido. Mas ele tem uma longa trajetória na Microsoft e conta
tudo neste livro “Aperte o F5”, leitura recomendada para quem deseja
empreender ou se interessa pelo mundo dos negócios.
Depois de passar pela Sun Microsystems (a companhia foi comprada pela
Oracle e não existe mais), Satya Nadella começou a trabalhar na
Microsoft em 1992. Ao longo da sua trajetória, ocupou diversos cargos de
decisão.
Um dos papéis mais importantes de Nadella foi o de ajudar a Microsoft
a montar as suas divisões de serviços nas nuvens, como a
plataforma Azure. Hoje, elas respondem por boa parte da receita da
companhia. Em meio a tudo isso, fala ainda da empolgante transformação
tecnológica que estamos prestes a vivenciar: inteligência artificial,
realidade mista e computação quântica não são mais conceitos restritos à
ficção científica e prometem alterar completamente as relações entre
pessoas e máquinas.
Como CEO, Nadella ajudou Microsoft a perder a imagem negativa que
carregava há alguns anos e a se transformar em uma companhia
completamente adaptada aos atuais cenários de internet e mobilidade.
Como ele fez isso? Essa é umas histórias que Satya conta em seu livro.
10 – Inevitável: As 12 forças tecnológicas que mudarão nosso mundo
Este livro de Kevin Kelly aborda as tendências tecnológicas que irão
ou já estão alterando as formas de trabalho e nossa forma de nos
relacionar uns com o outros e com as máquinas e a tecnologia que nos
rodeia – desde a realidade virtual em casa até a inteligência artificial
presente em tudo o que fabricarmos. Algumas das tecnologias abordadas,
considerando todo o seu potencial, ainda estão um pouco distantes da
realidade da maior parte das pessoas, mas muitas delas já transformam o
nosso dia a dia, como é o caso do compartilhamento cada vez maior de
ideias, conhecimento e bens de consumo.
Cada capítulo descreve uma das tecnologias, mas a sequência de
apresentação e o encadeamento de ideias e exemplos torna muito evidente a
proposta de que tudo está essencialmente relacionado.
Kelly, no início de cada capítulo, contextualiza o tema e dá diversos
exemplos de sua existência ou tendência para sociedade, muitas vezes
colocando sua opinião pessoal sobre o tema, o que torna a narrativa
muito mais interessante.
Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso
Junior Borneli, co-fundador do StartSe
Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)
Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor
Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe.
Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar
lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).
É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E
como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma
espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira
outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas,
conhecendo culturas diferentes.
Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do
Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não
duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a
diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator
entre fracasso e sucesso.
Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo.
“Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e
manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é
fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das
pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.
De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o
foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo
ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi
possível para o melhor resultado”, avisa.
Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as
coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma
situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde
você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das
coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o
empreendedor.
Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica
importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes
adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso
é a superação”, destaca Junior Borneli.
Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no
primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito
comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes,
receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”,
afirma.
É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será
fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior
parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado
expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria
fica pelo caminho”, diz.
É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá
que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a
sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a
trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky
Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto
aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.
O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham
glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com
super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa
espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à
tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.
Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são
persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará
valer a pena!,” destaca o empreendedor.
DERROTA TAMBÉM ENSINA
Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá,
tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos
ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova
tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos
Estados Unidos”, afirma Junior.
No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e
aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já
falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou
capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.
Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para
não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e
entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e
suportáveis”, salienta.
Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos
traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo
dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são
fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao
orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão.
Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e
siga firme em frente”, afirma.
É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você
não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se
você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm
coragem e disposição para fazer”, completa.
O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?
Moysés Peruhype Carlech
Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”,
sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de
resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial
da Startup Valeon.
Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer
pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as
minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais
uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?
Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a
sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você
comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online
com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu
WhatsApp?
Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para
ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja
e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.
A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao
mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para
sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em
Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para
enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de
isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos
hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar
pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade,
durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar
por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que
tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa
barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio
também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.
É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda
do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim
um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu
processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e
eficiente. Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e
aumentar o engajamento dos seus clientes.
Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu
certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. –
Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um
grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe
você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o
próximo nível de transformação.
O que funcionava antes não necessariamente funcionará no
futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas
como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos
consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas
tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo
aquilo que é ineficiente.
Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de
pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos
justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer
e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde
queremos estar.
Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a
absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que
você já sabe.
Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo
por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na
internet.
Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a
sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar
você para o próximo nível.
Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.
Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.
Tesouro: Dívida Pública Federal encerra agosto em R$ 7,035 trilhões
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) encerrou o mês de agosto em
R$ 7,035 trilhões, representando retração de R$ 104,17 bilhões em
relação a julho, ou seja, queda de 1,46% em termos nominais. Esse
resultado foi impulsionado, principalmente, pela redução de 1,55% da
Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que passou de R$
6,822 trilhões, em julho; para R$ 6,716 trilhões, em agosto. Essa
movimentação ocorreu devido ao resgate líquido de R$ 163,17 bilhões,
neutralizado, em parte, pela apropriação positiva de juros, em R$ 57,46
bilhões, detalha o Tesouro. O estoque da Dívida Pública Federal externa
(DPFe) subiu 0,48% (termos nominais) no período, encerrando agosto em R$
319,17 bilhões (US$ 56,43 bilhões).
As informações constam do Relatório Mensal da Dívida (RMD) referente a
agosto de 2024, produzido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Os
dados do material foram detalhados nesta quarta-feira (2/10) em
coletiva de imprensa virtual. Participaram da entrevista o
coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Borges; o
coordenador-geral de Controle de Pagamento da Dívida Pública, Leonardo
Canuto; o coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida
Pública, Luiz Fernando Alves; e o gerente de Planejamento Estratégico do
Tesouro Direto, Jorge Quadrado.
Conjuntura
Em análise de conjuntura, indicando os principais fatores que
impactaram na gestão da dívida no período, o relatório destaca que em
agosto, as expectativas de intensificação de cortes de juros nos Estados
Unidos causaram fechamento adicional das treasuries (títulos de dívida emitidos pelo governo dos Estados Unidos). Por outro lado, o desmonte de operações de carry trade (Japão) trouxe volatilidade, impactando países da América Latina.
Diante de tal panorama, o Tesouro destaca que a curva de juros
doméstica apresentou volatilidade, com as taxas refletindo as
expectativas dos investidores em relação à política monetária,
especialmente nos prazos mais curtos. As taxas de emissão da DPMFi
apresentaram volatilidade, refletindo as perspectivas de redução dos
juros nos Estados Unidos e de restrição monetária no Brasil. O CDS
Brasil [Credit Default Swap, indicador que reflete o risco-país] ficou em 150 pontos-base em agosto, repetindo patamar de julho.
“Agosto foi marcado por bastante volatilidade no mercado externo. A
fala do presidente do FED, Jerome Powell, no simpósio Jackson Hole,
indicando que chegou a hora de ajustar a política monetária nos Estados
Unidos, abriu caminho para o primeiro corte da taxa de juros
norte-americana, agora em setembro. Começaram as apostas, na época, de
corte de 25 e 50 pontos-base”, explicou Helano Borges, ao comentar o
panorama internacional de agosto.
“Isso contribuiu para a redução dos prêmios de risco, mas os países
da América Latina tiveram um aproveitamento limitado desse momento,
muito esperado ao longo do ano, em função do desmonte de operações de carry trade que
decorreram do fato de o banco central japonês ter elevado a taxa de
juros de 0,1% para 0,25%. Isso contribuiu para que houvesse uma saída de
recursos de importantes economias latino-americanas”, detalhou o
coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro
Nacional.fonte: tesouro nacional.
História de Bianca Gomes e Zeca Ferreira – Jornal Estadão
Embora o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) tenham avançado para o segundo turno com
uma diferença mínima, de menos de 30 mil votos, a próxima etapa da
eleição tende a ser mais desafiadora para o líder sem-teto do que para o
emedebista.
Além das projeções do Datafolha e da Quaest já terem indicado
vantagem para Nunes num segundo turno contra Boulos, o prefeito entra
nesta nova fase com um trunfo importante: uma rejeição relativamente
baixa. De acordo com pesquisa Datafolha divulgada no último sábado,
apenas 25% dos paulistanos diziam que não votariam nele de jeito
nenhum, enquanto 38% rejeitam Boulos. A rejeição é um termômetro
relevante para medir o potencial de crescimento de cada candidato.
Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) vão disputar o segundo
turno na cidade de São Paulo Foto: Taba Benedicto/ Estadão e Felipe
Rau/Estadão
O prefeito também conta com o apoio das máquinas municipal e estadual. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos),
que foi o principal cabo eleitoral de Nunes no primeiro turno, deve
manter-se engajado na campanha do emedebista na etapa final da corrida.
O cenário que se desenha em São Paulo lembra muito o da eleição de 2008, quando o então prefeito Gilberto Kassab (à época no DEM) disputou o segundo turno com o respaldo do governador tucano José Serra. Naquele ano, Kassab enfrentou Marta Suplicy (PT), apoiada pelo então presidente Lula, que na época estava surfando em popularidade.
Estratégia arriscada
A estratégia da campanha de Nunes de destacar as realizações de sua
gestão e apresentá-lo como um candidato de centro foi arriscada, mas
trouxe uma vantagem para o segundo turno: a possibilidade de disputar os
votos tanto dos eleitores de Pablo Marçal (PRTB) quanto os de Tabata Amaral (PSB),
que declarou apoio a Boulos no segundo turno. A expectativa da campanha
de Nunes é que a base bolsonarista de Marçal migre naturalmente para
ele.
Por outro lado, o prefeito terá de lidar com a ofensiva de Boulos para associá-lo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),
figura que tem alta rejeição entre os paulistanos. Interlocutores de
Boulos afirmam que reeditar o embate de 2022 – entre Lula e Bolsonaro –
será uma peça central na estratégia de comunicação do PSOL no segundo
turno. Isso porque o petista venceu o ex-presidente na capital paulista
na última eleição geral.
Manter o apoio nas regiões periféricas também será um desafio para Nunes, já que o presidente Lula (PT)
deve se envolver mais diretamente na campanha do psolista no segundo
turno para ampliar a adesão de sua candidatura no segmento de baixa
renda. Além disso, o ministro Fernando Haddad (PT) e a deputado Luiza
Erundina (PSOL) também são esperados na campanha. Ao longo do primeiro
turno, Boulos tinha utilizado o legado das gestão progressistas na
cidade, como a criação dos CEUs e a ampliação de ciclofaixas, para
mostrar que uma guinada à esquerda pode ser positiva para o eleitor.
Nunes enfrentou mais polêmicas persistentes no primeiro turno do que
Boulos, o que pode ser um ponto de dificuldade adicional. O prefeito
precisou lidar com questionamentos envolvendo o boletim de ocorrência
registrado por sua esposa, Regina Nunes, por suposta ameaça e violência
doméstica, além do inquérito da “máfia das creches” e
da acusação de suposto envolvimento do Primeiro Comando da Capital
(PCC) com empresas de ônibus que operam na capital. Ele sempre rechaçou
qualquer vinculação aos temas, que devem voltar a ser explorados por
Boulos no segundo turno.
A vida de Boulos também não será simples. Apesar de ter procurado se
posicionar como um candidato mais moderado, pesquisas qualitativas
indicam que ele ainda carrega o estigma de radical, rótulo que Nunes
deve explorar continuamente, como já fez em seu primeiro pronunciamento
após o resultado do primeiro turno.
Além de afastar o estigma de invasor, Boulos precisará convencer os
eleitores de sua capacidade de gestão, já que nunca esteve à frente de
um Executivo Municipal antes. Sua experiência na política tradicional se
resume aos quase dois anos de mandato como deputado federal. A escolha
da ex-prefeita Marta Suplicy (PT) como a sua vice foi uma tentativa de
neutralizar essa fragilidade.
Você já levou um calote em sua vida? Cobrar alguém que está nos
devendo dinheiro é algo necessário, afinal não dá para sair por aí
perdoando todas as dívidas que existem, né? Em alguns casos, o devedor
até gostaria de pagar os débitos, mas está passando por um problema
financeiro. Em outros, ele simplesmente não quer pagar, pois não
concorda com o valor, por exemplo.
Quando falamos em dívidas, é natural que pensemos em pessoas comuns devendo valores
relacionados às contas cotidianas, como a água ou a eletricidade. Mas
grandes empresas e até mesmo governos têm suas dívidas para pagar — e
elas às vezes atrasam. Esse é o caso dos precatórios.
O precatório não é uma dívida comum que os governos contraem.
Trata-se de um débito definido após uma decisão judicial. Isso quer
dizer que a Justiça, em todas as instâncias possíveis, determinou que
uma prefeitura, o governo de um estado ou o federal precisa pagar aquele
débito.
Mas isso não deve ser um problema, né? Afinal, os governos têm dinheiro.
Então, não é bem assim.
Como surge um precatório?
(Fonte: Getty Images)
A palavra precatório tem origem latina e significa “requisitar”, ou
seja, alguém requisitou aquele pagamento ao governo — e quem costuma
fazer essas requisições? Praticamente todo mundo. Vamos a alguns
exemplos.
Dona Maria teve sua casa desapropriada porque o terreno foi usado na
construção de uma rodovia federal. Ela não concordou com o valor pago de
indenização e processou o governo.
Anos depois, seu João teve o carro danificado nessa rodovia e processou o governo em busca de uma indenização.
Nos dois casos, o governo não aceitou as solicitações e recorreu na
Justiça para não pagar nenhum dos dois cidadãos, mas a Justiça deu ganho
de causa em todas as instâncias à dona Maria e seu João. Ou seja: o
governo não pode mais enrolar e precisa pagar os valores, certo? Nem
sempre.
Por que o pagamento dos precatórios é um desafio?
(Fonte: Getty Images)
As dívidas judiciais
do Governo são compostas por milhares de pessoas e empresas. Aliás,
existe um setor da advocacia especializado em processar governos.
Em 2022, o valor da dívida do Governo Federal chegou a R$ 89,1
bilhões. Naquele ano, o governo propôs uma alteração na regra de
pagamento, permitindo quitá-las até o ano de 2027, quando devem somar R$
300 bilhões. Ainda em 2022, foram pagos R$ 57,7 bilhões em precatórios.
Entre 2021 e 2022, o volume dessa dívida cresceu mais de 40%.
Como a maioria das dívidas, os precatórios são compostos pelo valor
do pagamento, mais a correção monetária e os juros. Isso ajuda a
explicar os valores gigantescos.
Para pagá-los, o governo precisa tirar verba de algum outro lugar e
isso pode impactar políticas públicas, pois determinados programas podem
precisar reduzir sua atuação para que o orçamento arque com os débitos.
Outra possibilidade é que seja necessário aumentar a carga tributária.
Nos dois casos, toda a sociedade acaba pagando o pato.
Lula foi cobrado por dirigentes do PT a ajudar candidatos do partido e
aliados que foram para o segundo turno. Os petistas perderam a eleição
em Teresina, única capital que esperavam vencer com folga.
O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, é a aposta de Lula para
conquistar a ‘joia da coroa’, de olho na disputa de 2026. Foto: Taba
Benedicto/Estadão
Além de conseguir emplacar Boulos, do PSOL, na segunda rodada da
eleição, o PT passou para a próxima etapa da disputa em apenas quatro
capitais: Porto Alegre, Fortaleza, Natal e Cuiabá. Em todas elas vai
enfrentar candidatos apoiados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A campanha de Boulos tentará construir uma frente ampla pela
democracia, contra o avanço do bolsonarismo, sob o argumento de que
Nunes e o influenciador Pablo Marçal (PRTB), candidato derrotado, fazem
parte do mesmo projeto do ex-presidente, apesar do racha nas fileiras da
direita.
“Do lado de lá tem alguém que possui relação com o crime organizado”,
afirmou Boulos na noite deste domingo, 6, após o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) confirmar o seu passaporte para o segundo turno, dando o
tom de como será a nova etapa da eleição. “Do lado de lá tem um vice
indicado por Bolsonaro que acredita que quem mora nos Jardins e na
periferia deve ser tratado de forma diferente”, completou ele, numa
referência ao coronel Mello Araújo (PL), que comandou a Rota e é vice na
chapa de Nunes.
A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) disse que apoiará Boulos a partir de agora. Tabata
obteve 9,93% dos votos válidos (o equivalente a 601.118) e ficou em
quarto lugar. Nos últimos debates, ela criticou Boulos, insinuando que
ele havia passado por uma metamorfose na campanha. Em conversas
reservadas, a deputada afirmou, depois, que votaria no “menos pior” no
segundo turno.
A deputada Tabata Amaral (PSB) apoiará Boulos na segunda rodada da eleição. Foto: Daniel Teixeira/Estadão
O apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) será procurado por
Boulos, em busca de apoio. Datena ficou em sexto lugar, com apenas 1,84%
dos votos (112.344). O PSDB, que administrou a capital paulista três
vezes, também não conseguiu nenhuma cadeira na Câmara Municipal. Em
2020, além de eleger Bruno Covas, o partido fez oito vereadores. Mas
houve uma debandada após o anúncio da candidatura de Datena.
Na prática, o PSDB sucumbiu em São Paulo. Mesmo na ruína, porém, o
partido continua dividido. A cúpula nacional da legenda anunciou aval a
Nunes, mas nem todos concordam com essa posição na seção paulistana.
“Entre os candidatos que disputam essa etapa final, não tenho dúvida
de que Nunes é quem melhor pode administrar a principal capital
brasileira, gerando um ambiente de tranquilidade política e social
necessária para o desenvolvimento do município, contribuindo, assim, com
todo o País”, observou o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), presidente do
Instituto Teotônio Vilela, sem querer entrar na polêmica entre tucanos.
A conquista da capital paulista pela esquerda é fundamental para o
jogo do PT em 2026. Apesar de não haver ligação automática entre as
eleições municipais e a presidencial, se Boulos ganhar a Prefeitura Lula
terá a “joia da coroa” para impulsionar seu plano de reeleição, daqui a
dois anos, em um Estado governado por Tarcísio de Freitas
(Republicanos), visto como “escudeiro” de Bolsonaro.
Agora, diante da vantagem de candidatos apoiados por Bolsonaro em
várias capitais, incluindo as do Nordeste – antigo cinturão vermelho –,
Lula disse a interlocutores que atuará como cabo eleitoral onde
concorrentes do PT e de partidos aliados tiverem chance de vitória. Mas a
prioridade será São Paulo.
Os americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun venceram o Prêmio
Nobel de Medicina 2024 pela descoberta de microRNA, uma nova classe de
moléculas de RNA, que desempenham papel crucial no contexto da regulação
genética.
Os americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun venceram o Prêmio Nobel de
Medicina e Fisiologia de 2024 pela descoberta de microRNA, uma nova
classe de moléculas de RNA que desempenham papel crucial no contexto da
regulação genética.
A descoberta, feita em 1993, é considerada um princípio fundamental
para explicar como a atividade genética de organismos multicelulares é
regulada – inclusive de seres humanos. Em outras palavras, essas
micromoléculas de RNA ajudam células dos músculos, do intestino e
diferentes tipos de células nervosas a desempenhar suas funções
específicas.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (07/10) pelo secretário-geral
da Assembleia do Nobel, Thomas Perlmann, no Instituto Karolinska, em
Estocolmo, na Suécia.
Os demais vencedores serão divulgados ao longo desta semana: na
terça, o Prêmio Nobel de Física; na quarta, o de Química, e na quinta, o
de Literatura. O Prêmio Nobel da Paz de 2024 será anunciado na
sexta-feira (11/10) e o prêmio de Economia, na próxima segunda.
Por que a descoberta é importante
O Comitê do Nobel explicou que a regulação genética faz com que cada
célula selecione apenas as informações que são relevantes para o seu
tipo específico funcionar. É por esse motivo que células de músculos e
nervos são diferentes – apesar de terem exatamente os mesmos
cromossomos, ou “pacote de genes”, e exatamente o mesmo “manual de
instruções”.
A regulação genética garante que apenas os genes corretos em cada
tipo de célula sejam ativados. Além disso, “a atividade genética precisa
ser continuamente ajustada para adaptar as funções celulares às
mudanças nas condições dos nossos corpos e do nosso ambiente”, diz texto
do Comitê do Nobel, divulgado após o anúncio. “Se a regulação dos genes
‘dá errado’, isso pode levar a sérias doenças, como câncer, diabetes ou
doenças autoimunes. Por isso, entender a regulação de atividade
genética é um objetivo importante [da ciência] há décadas”, continua o
texto.
Últimos três vencedores do Prêmio Nobel de Medicina
Em 2023, Katalin Karikó e Drew Weissman receberam
o prêmio por terem desenvolvido a tecnologia de RNA mensageiro que
abriu caminho para as vacinas contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech e da
Moderna.
No ano anterior, a sueca Svante Pääbo venceu pelo sequenciamento do genoma dos neandertais e a criação da paleogenômica.
Já em 2021, os norte-americanos David Julius e Ardem Patapoutian ganharam o Prêmio Nobel por descobertas sobre receptores de calor e tato na pele.
O primeiro turno das eleições municipais chegou ao fim neste domingo (6) consolidando os principais vitoriosos nesta disputa.
Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil apontam que entre os grandes vencedores destas eleições estão: Gilberto Kassab e o PSD,
partido que obteve o maior número de prefeituras e desbancou o MDB; e o
Centrão e a direita e centro-direita, que juntos, vão comandar a maior
parte das prefeituras do Brasil.
Por outro lado, os números e os especialistas apontam que, diante de
um cenário complexo, outros atores importantes tiveram bons resultados,
mas “com ressalvas”, com alguns só selando sua sorte definitiva no
segundo turno. Entre eles está o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Entre os grandes derrotados destas eleições estão, de acordo com os
analistas: o PSDB, partido que já ocupou a presidência do país por duas
vezes e que tinha uma virtual hegemonia sobre a política de São Paulo – e
não elegeu nenhum vereador na capital paulista; e o PDT e o clã da
família de Ciro Gomes no Ceará.
Mas até entre os derrotados também há ressalvas: Pablo Marçal (PRTB)
não passou ao segundo turno da capital paulista, mas ficou a uma
distância mínima dos finalistas e se consagrou como um dos fenômenos da eleição.
Confira abaixo a análise detalhada:
Centrão e direita avançam no Brasil
O resultado do primeiro turno das eleições municipais materializou um
cenário que era esboçado pelas principais pesquisas de intenção de voto
há algumas semanas: um crescimento significativo no número de
prefeituras que serão comandadas por legendas do chamado Centrão ou de
direita ou centro-direita a partir de 2025.
O Centrão é o nome dado a um grupo de partidos, normalmente de
centro-direita ou de direita, que orbita em torno da Presidência da
República em troca de participação no governo.
Em 2020, as cinco maiores legendas do Centrão e da direita tinham
3.223 prefeituras em todo o país. Foi o equivalente a 55% de todas as
cidades do país. Neste ano, esse número chegou a 3.613, um crescimento
de 12% em relação a quatro anos atrás e e que representa 64% de todos os
municípios do país.
A centro-esquerda só aparece com o PSB, o sétimo partido desta lista, que ficou à frente de PSDB e do PT.
O Centrão e a direita e centro-direita tiveram vitórias importantes
em capitais, como Aracaju e Campo Grande. Em Salvador, por exemplo, o
prefeito Bruno Reis (União Brasil) se reelegeu em primeiro turno, com
78% dos votos.
Em Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos) também foi reeleito, com 56%.
Um dos principais pontos abordados pelos especialistas ouvidos pela
BBC News Brasil é o de que a ampliação no número de prefeituras
conquistadas pela direita no país é resultado de uma série de fatores e
não pode ser, necessariamente, atribuído a uma suposta vitória do
bolsonarismo, ainda que Jair Bolsonaro se mantenha como o principal nome
deste campo político no Brasil.
O doutor em Ciência Política e diretor do Ipespe Analítica, Vinícius
Alves, disse à BBC News Brasil que, historicamente, as legendas de
direita levam mais vantagem que as da esquerda em eleições municipais.
Um dos motivos, segundo ele, é o maior número de partidos de direita no Brasil em comparação com as rivais à esquerda.
“Há um ambiente com maior oferta de candidatos de legendas à direita. Isso tem influência no resultado”, disse o especialista.
Um levantamento feito pela reportagem mostra que dos 29 partidos registrados atualmente junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
somente nove são de esquerda ou de centro-esquerda: PT, PDT, PSB,
PCdoB, PCB, PSTU, UP, PSOL e PCO. Os demais ou são de direita,
centro-direita ou não se manifestam sobre isso em seus estatutos.
Para o cientista de dados e CEO da empresa de análise dados AP Exata
Sérgio Denicoli, as eleições deste ano trouxeram uma “consolidação” da
direita no Brasil.
“Eu diria que houve uma consolidação de um espaço político que é o
espaço da direita. Antes, havia um certo receio em candidatos se
assumirem como de direita. Hoje, não há mais essa preocupação […] E como
o Brasil é um país muito conservador, os membros das antigas elites
políticas do país usaram suas antenas para captar esse sentimento”,
disse à BBC News Brasil.
O PSD, liderado pelo ex-ministro Gilberto Kassab (PSD), é o partido
que vai comandar mais prefeituras em todo o país. A sigla criada por
Kassab venceu em 888 cidades do Brasil.
É a primeira vez que um partido fica a frente do MDB em número de
prefeituras desde a redemocratização do Brasil, em 1985. Neste pleito, o
MDB elegeu 861 mandatários.
Em 2020, o PSD elegeu 657 prefeitos, mas, nos últimos anos, o partido ganhou mais de 300 prefeitos com trocas de filiação.
Uma das vitórias mais importantes do PSD ocorreu no Rio de Janeiro,
com a reeleição do prefeito Eduardo Paes, que se filiou ao partido de
Kassab em 2021. Paes teve 60% dos votos válidos.
Ex-prefeito de São Paulo, Kassab hoje ocupa o cargo de secretário de
Governo e Relações Institucionais do governo de São Paulo, comandado por
Tarcísio de Freitas (Republicanos), de oposição ao governo Lula.
Mas o PSD de Kassab também está no governo de presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), comandando três ministérios: o de Minas e Energia, o
da Agricultura e o da Pesca.
O bom desempenho do PSD nas eleições municipais deixa o partido
bem-posicionado para tentar mais espaço no governo Lula, um uma provável
reforma ministerial, avalia Rafael Cortez, sócio da Tendências
Consultoria. Ele também avalia que a legenda também se cacifa para as
articulações políticas das eleições de 2026 (leia mais aqui).
Bolsonaro: relevante, mas com liderança em xeque
Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil apontam que Bolsonaro
demonstrou força política no primeiro turno destas eleições municipais,
embora o resultado geral das eleições aponte que sua liderança
inconteste sobre a direita pode estar em xeque.
O PL, partido ao qual Bolsonaro está filiado, conseguiu aumentar em
52% o número de prefeituras conquistadas no primeiro turno, saindo de
344 em 2020 para 523 em 2024.
Apesar do crescimento, o número está bem abaixo das 1,5 mil
prefeituras estabelecidas como meta pelo presidente nacional da legenda,
Valdemar da Costa Neto.
Além disso, candidatos a prefeito com o apoio de Bolsonaro ou com
imagem ligada ao ex-presidente, como Bruno Engler (PL), em Belo
Horizonte, Cristina Graeml (PMB) em Curitiba,
e André Fernandes (PL) em Fortaleza e Ricardo Nunes (MDB), em São
Paulo, irão disputar o segundo turno com chances reais de vitória.
Para o cientista de dados e CEO da AP Exata, Sérgio Denícoli,
Bolsonaro cometeu erros ao longo da campanha eleitoral deste ano, mas
conseguiu se manter relevante no cenário político atual.
“A derrota do Marçal consolida Bolsonaro como uma liderança da
direita. O Bolsonaro colocou o freio de arrumação e mandou recados para
seus correligionários e conseguiu se manter como uma liderança da
direita”, disse à BBC News Brasil.
Carolina de Paula, doutora em Ciência Política pela Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenadora do projeto Monitor do
Debate Público, disse avaliar que houve uma separação entre a direita e o
bolsonarismo nas eleições deste ano.
“Bolsonaro teve um papel importante na consolidação da direita no
Brasil, mas, ao mesmo tempo, o seu apoio se mostrou tóxico em alguns
casos. Inclusive, houve candidatos de direita que não se declararam
bolsonaristas com todas as forças por receio de perder o eleitor de
centro”, destacou Carolina de Paula.
Carolina cita como exemplo uma pesquisa do Datafolha em São Paulo
revelou que 63% dos eleitores não votariam em um candidato apoiado por
Bolsonaro, ilustrando essa resistência.
Apesar desse distanciamento, segundo ela, o bolsonarismo ainda seria uma força significativa na direita.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), viu
sua principal aposta eleitoral render frutos no primeiro turno. Seu
candidato na capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), chegou ao segundo
turno como o candidato mais bem votado nessa primeira etapa, ainda que por uma diferença diminuta.
Tarcísio foi o principal fiador da candidatura de Nunes, e o
acompanhou durante a votação neste domingo. Nunes agradeceu ao “amigo”
Tarcísio.
Foi o governador, que tem pretensão de disputar a Presidência em
2026, quem costurou o apoio de Jair Bolsonaro ao atual prefeito, mesmo
que o ex-presidente não tenha se empenhado na campanha como a coligação
esperava.
Bolsonaro não apareceu em eventos nem chegou a gravar para o horário
eleitoral de Nunes, ao contrário de Tarcísio, sempre presente no horário
eleitoral e em eventos da campanha.
Embora parte do bolsonarismo tenha aderido à candidatura de Pablo
Marçal (PRTB), Tarcísio se manteve fiel a Nunes. “Eu preciso de um cara
que não lacra, trabalha”, disse ele na semana da eleição, em evento com
Nunes.
Para o cientista de dados e CEO da empresa de análise de dados AP
Exata Sérgio Denicoli diz acreditar que Tarcísio saiu fortalecido destas
eleições.
“O Tarcísio bancou o Nunes e sai bem fortalecido e se consolida como
uma liderança hábil neste campo. Ele se coloca como um nome forte da
direita e com o aval de Bolsonaro. Penso que o futuro da direita no
Brasil passa por ele”, disse.
O primeiro turno das eleições municipais deste ano chegou ao final e
trouxe um resultado ambíguo para o PT, partido do presidente Lula.
Por um lado, o partido aumentou em 37% o número de prefeituras
vencidas neste ano em comparação com as 182 de 2020. Neste ano, foram
251 prefeituras vencidas.
O partido ainda vai disputar o segundo turno em quatro capitais: Porto Alegre, Fortaleza, Natal e Cuiabá.
Em São Paulo, apesar de não ter um candidato, o partido é visto como o
principal avalista da candidatura do deputado federal Guilherme Boulos
(PSOL), que vai disputar o segundo turno.
Por outro lado, especialistas apontam que o cenário inspira preocupação no partido.
Os principais motivos de preocupação, segundo eles, seriam: a
ampliação e consolidação da direita e do Centrão no comando da maioria
das cidades brasileiras; a pequena presença do partido em cidades com
mais de 200 mil eleitores; e o não surgimento de uma nova geração de
líderes em meio ao que classificam como o esgotamento do ciclo político
de Lula.
Para além disso, o PT ainda viu o PL, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, aumentar o seu número de prefeituras.
Para o professor de Ciência Política Marco Antônio Teixeira, o PT saiu como um dos derrotados destas eleições.
“O PT teve um resultado que pode ser visto de dois ângulos. É melhor
que 2020, mas é aquém do que se esperava pelo fato de o governo ter
retomado o governo federal. Esperava-se uma transferência de votos maior
de Lula para Boulos e vemos que o incremento foi baixo. O PT está no
segundo turno em quatro capitais, mas com poucas chances de ganhar,
exceto em Fortaleza”, disse.
O pesquisador do Centro de Estudos de Administração Pública e Governo
da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Eduardo Grin, disse à BBC News Brasil
que a situação é paradoxal.
“O PT perdeu ganhando. Ele ganhou mais prefeituras do que tinha, mas
perdeu porque ficou menos relevante politicamente do que se imaginava,
especialmente nos grandes centros urbanos”, disse à BBC News Brasil.
Apesar de ter ficado de fora do segundo turno das eleições à
Prefeitura de São Paulo e de ter acumulado polêmicas nos últimos meses, o
ex-coach Pablo Marçal foi apontado pelo doutor em Ciência Política
Vinícius Alves como um dos destaques da disputa neste ano.
Marçal concorreu à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, um partido
considerado “nanico” que não contou com tempo de rádio e TV no horário
eleitoral gratuito.
Apesar disso, sua enorme popularidade no universo digital permitiu
que ele disputasse as eleições de forma competitiva até o final do
primeiro turno.
Com 100% das urnas apuradas, Nunes teve 29,48% dos votos, Boulos, 29,07% e Marçal ficou com 28,14%.
“Considero que o Marçal, do ponto de vista eleitoral, sai como alguém
competitivo, com potencial para provocar alguma fissura na direita. Ele
conseguiu ficar bem próximo dos dois que avançaram ao segundo turno,
equilibrando até os últimos minutos de apuração uma disputa que de
início parecia que seria apenas em torno de Nunes e Boulos”, afirmou.
O especialista ponderou, no entanto, que as polêmicas nas quais
Marçal se envolveu, entre elas a divulgação de um laudo falso indicando
que Boulos teria sido internado por uso de drogas em 2021, pode trazer
problemas para o seu futuro político.
O PDT e o grupo político formado pela família do ex-governador do
Ceará Ciro Gomes foram dois dos principais derrotados das eleições de
acordo com os resultados divulgados até agora pelo TSE. O partido pelo
qual Ciro Gomes disputou as eleições presidenciais em 2022 conquistou
151 prefeituras neste ano, um número 52% menor que as 315 obtidas no
primeiro turno das eleições de 2020.
Em Fortaleza, o PDT do prefeito José Sarto ficou de fora do segundo
turno, que será disputado por André Fernandes (PL) e por Evandro Leitão
(PT). O prefeito não conseguiu avançar em sua tentativa de buscar a
reeleição.
Além disso, o clã Gomes, que vive um racha entre os irmãos Ciro e o
senador Cid Gomes (PSB), viu um opositor da família vencer no seu
principal reduto político, a cidade de Sobral.
Lá, Oscar Rodrigues (União Brasil) venceu Izolda Cela (PSB).
Derrocada tucana
O PSDB foi um dos grandes derrotados desta eleição, não elegendo
nenhum prefeito de capitais. Pior: não irá disputar o segundo turno em
nenhuma delas.
Nessa eleição, os tucanos elegeram 273 prefeitos. Quatro anos atrás, eles eram 523.
Mas foi em São Paulo, berço do partido, onde a derrota do PSDB foi mais marcante.
Os tucanos já governaram a cidade de São Paulo em três ocasiões, com
José Serra (2005-2006), João Doria (2017-2018) e Bruno Covas
(2018-2021).
Dessa vez, o candidato do partido, José Luiz Datena, teve 1,84% dos
votos — a pior votação do partido em uma eleição municipal de São Paulo
na história.
Na Câmara a situação foi pior ainda. Os tucanos não elegeram nenhum
vereador neste ano — em 2020 foram oito, a maior bancada da Casa junto
com o PT. Essa é a primeira vez em que o partido não elege nenhum
parlamentar na cidade desde sua fundação.
O fracasso eleitoral do PSDB na capital é mais um capítulo da
derrocada do partido no Estado onde foi criado. Em 2022, depois de 24
anos, a sigla deixou de ocupar a cadeira de governador. Tarcísio Freitas
(Republicanos), aliado de Bolsonaro, venceu a disputa.
Nesta segunda-feira (07), é celebrado o Dia de Nossa Senhora do
Rosário, é um título atribuído a Nossa Senhora devido a sua aparição à
São Domingos de Gusmão em 1214 na Igreja do Mosteiro de Prouille, no
qual a Mãe de Jesus entrega o rosário ao frei dominicano.
Quando São Domingos de Gusmão, durante sua permanência em Toulouse,
viu a Virgem Maria, que lhe entregou o Rosário, como resposta a uma de
suas orações, para saber como combater a heresia albigense.
A vitória alcançada levou-o a ver na oração do Rosário o instrumento
para encontrar refúgio e conforto, força e confiança para enfrentar e
superar as dificuldades da vida, encontrando no terço o “escudo” para
vencer as heresias. A “entrega” do rosário pela Virgem Maria e a sua
simplicidade contribuíram para a difusão desta prática de piedade entre o
povo, reconhecida pelo Papa Francisco como “mística do povo”. À luz
desta experiência, portanto, podemos entender o que aconteceu em 1571.
Essa visão divina marcou o início da devoção ao Rosário e impulsionou
São Domingos a propagá-la. Dessa forma, essa oração tornou-se um meio
eficaz para combater as heresias e restaurar a ordem na Igreja e na
sociedade, graças à intervenção divina. Além disso, a vitória alcançada
com a ajuda do Rosário fortaleceu a convicção de São Domingos de que
essa oração era um refúgio, uma fonte de conforto, força e confiança
diante das dificuldades da vida.
Ele via no Rosário um escudo para vencer as heresias, tornando-se um fervoroso defensor dessa devoção.
Portanto, a propagação do Rosário entre os fiéis, liderada por São
Domingos e os dominicanos, desempenhou um papel fundamental na
eliminação da heresia albigense e dos males que ela causava à Igreja e à
sociedade.
A devoção ao Rosário tornou-se ainda mais conhecida. Naquela época,
os muçulmanos estavam pressionando as fronteiras da Europa,
representando uma ameaça à Cristandade. Por isso, uma Santa Liga foi
formada para resistir ao seu avanço.
O Papa São Pio V, que era um dominicano e devoto de Nossa Senhora,
desempenhou um papel crucial nesse contexto. Ele abençoou a bandeira de
guerra da Santa Liga e exortou todos os cristãos, inclusive os soldados,
a estarem em estado de graça e se unirem em oração através do Rosário
para implorar a proteção e a intervenção divina.
A devoção a Nossa Senhora do Rosário desempenha um papel
significativo em nossas vidas, unindo-nos aos mistérios centrais da
nossa fé e à intercessão da Virgem Maria. Em suas aparições ao longo da
história, Nossa Senhora sempre enfatiza a importância de rezarmos o
Rosário todos os dias. Ela insiste que o terço seja uma parte essencial
de nossa vida de oração. Ela deseja estar ao nosso lado assim como
esteve nas batalhas contra as heresias.
O Rosário é uma oração extremamente eficaz, pois se baseia nos
mistérios de nossa salvação. (…) “a oração cristã dedica-se, de
preferência, a meditar nos «mistérios de Cristo», como na «lectio
divina» ou no rosário.” A Ave Maria, em particular, recorda-nos a
entrada da salvação no mundo. Além disso, essa simples oração, recitada
com sinceridade e devoção, nos torna mais humildes, pela humildade de
Nossa Mãe. O Rosário é uma poderosa arma espiritual que nos ajuda a
crescer na fé, no amor e na devoção a Cristo, guiados pela mão amorosa
de Nossa Senhora.