sexta-feira, 6 de setembro de 2024

POLÍTICOS USAM O CANTO DA SEREIA NAS ELEIÇÕES PARA ENGANAR OS ELEITORES

Mauro Saraiva Falcão – Eduarda Falcão – Escritora brasileira

A velha política ainda continua organizada. Diria mais do que nunca. Mesmo em um cenário onde há uma crescente demanda por renovação e transparência, o modelo tradicional de fazer política persiste e se reinventa. É um jogo de aparências, onde as estratégias antigas são adaptadas e modernizadas, mantendo o mesmo objetivo de sempre: conquistar o poder a qualquer custo, mesmo que para isso seja necessário utilizar o “Canto da Sereia” da demagogia.

Planos de governo registrados na justiça eleitoral são um exemplo claro desse teatro político. Embora sejam apresentados como compromissos sérios, a verdade é que essas peças não têm imposição legal de execução. O registro serve, sobretudo, para cumprir a obrigatoriedade legal e alimentar discursos durante a campanha. Essas promessas, elaboradas para agradar a diferentes setores da sociedade, raramente são transformadas em políticas públicas efetivas. Tornam-se ferramentas de manipulação, criadas para encantar o eleitorado com falsas esperanças.

O discurso genérico, que fala tudo e não diz nada, é outra arma poderosa da velha política. Frases de efeito, cuidadosamente planejadas, ecoam nos palanques e redes sociais. Elas são criadas para capturar a atenção e despertar emoções, mas não oferecem clareza ou compromisso real. No fim, o que parecia ser um caminho para o desenvolvimento social e econômico se revela apenas mais uma estratégia de sedução do eleitorado.

No atual cenário, a modernização dessas práticas ganha novo fôlego com o uso de plataformas digitais. Com o alcance ampliado pelas redes sociais, os discursos enganosos ganham uma nova roupagem. Ferramentas de marketing político permitem segmentar o público, direcionando mensagens específicas que reforçam os desejos e as expectativas de cada grupo social.

Chegou o momento de refletirmos e compreendermos as regras desse jogo espúrio. Mais do que nunca, é essencial que os cidadãos estejam conscientes das armadilhas do discurso político vazio e façam escolhas racionais, baseadas em propostas concretas e viáveis. Precisamos analisar, com rigor e criticidade, o que é realmente melhor para a sociedade e não nos deixarmos seduzir pelas falsas promessas. O futuro exige discernimento e coragem para romper com a velha política e suas práticas enganosas.

 

APÓS A ABSOLVIÇÃO POLÍTICA DE LULA É NECESSÁRIO UMA PACIFICAÇÃO NACIONAL CONCEDENDO ANISTIA AOS BADERNEIROS DE 8/1

Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho (Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da Fec omercio -SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).

Tenho esperança de que possamos começar a pacificação nacional através do Supremo Tribunal Federal, fazendo uma revisão das condenações dos envolvidos nas badernas do dia 8 de janeiro.

Digo isso por conta da decisão política que absolveu o presidente Lula, em razão da mudança de foro de competência. Afinal, ao recomeçar todo o processo em outra instância, a prescrição atingiu todos os processos vinculados àquela condenação.

Ora, foro incompetente é matéria processual. No início do curso de Direito, nas disciplinas de processo civil e processo penal, aprendemos que a primeira coisa a se verificar, ao ingressarmos com uma ação, é se o juiz é competente ou não para julgar aquele caso.

O que vale dizer que um aluno de segundo ano de faculdade de Direito, de qualquer uma das mais de 1.700 que existem no Brasil, que não soubesse avaliar se um juiz tem competência para examinar o caso, seria reprovado imediatamente. Mas o que ocorreu? Teoricamente, tivemos um juiz, três desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, cinco ministros do Superior Tribunal de Justiça e onze ministros do Supremo Tribunal Federal que entenderam que o juiz Sergio Moro tinha competência de foro para julgar aquele processo. Só algum tempo depois, estranhamente, se descobriu que havia uma incompetência territorial para aquele julgamento.

Será que profissionais tão habilitados para serem Ministros, poderiam cometer um erro tão elementar? Não! Todos eles são grandes juristas; eu os conheço e tenho livros escritos com a maior parte deles.

Seria desídia não ter examinado um processo dessa relevância com o devido cuidado? Também não! Todos eles têm legiões de assessores.

 Estou, pois, convencido de que foi uma decisão política para resgatar a figura do presidente Lula, numa tentativa de pacificação nacional e na esperança de que esquerda e direita pudessem ter um caminho comum.

Assim, o presidente Lula foi resgatado por uma decisão eminentemente política, porque eu não posso, até em homenagem à cultura e à inteligência de todos eles, acreditar que cometeriam um erro tão elementar, e nenhum deles tenha se apercebido tempestivamente da incompetência do juiz Sergio Moro para o referido processo.

Por tudo isso, gostaria de sugerir agora outra tentativa de pacificação nacional, ou seja, a revisão de todos os processos referentes a 8 de janeiro.

Em recente entrevista, o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim disse claramente que os fatos ocorridos em 8 de janeiro não configuram um golpe de Estado. –        Quando é que gente desarmada pode dar um golpe de Estado? -, indagou Jobim. Nenhuma delas, sem passagem pela polícia, poderia atentar contra o Estado Democrático. Por que condená-las a 17 anos de prisão?

O que fizeram contra os baderneiros do PT e do MST, que destruíram as dependências do Congresso Nacional na época do presidente Michel Temer? Este imediatamente considerou que não valeria a pena tomar nenhuma atitude mais drástica.

Em uma palestra que proferiu na Academia Paulista de Letras Jurídicas, ele disse ter se inspirado no ex-presidente Juscelino Kubitschek, que anistiou os revoltosos de Aragarças e Jacareacanga e os perdoou.  

Tenho a impressão de que seria um gesto de monumental grandeza do Supremo, da mesma forma que fez a revisão por causa daquele que seria um erro fulcral imperdoável, fundamental, elementar, que não poderia ser praticado por qualquer aluno de qualquer faculdade de Direito, de não saber se um juiz seria ou não competente.

Essa mesma decisão, que foi, portanto, de natureza política, poderia iniciar uma pacificação, se o Supremo revisasse os processos dos baderneiros de 8 de janeiro, já que, como disse o ministro Nelson Jobim, que foi presidente do Supremo, deputado federal e Constituinte, jamais poderiam ter dado um golpe de Estado, porque não tinham armas.

Talvez pudéssemos começar por aí um grande processo de pacificação para tentar reduzir essa radicalização que não faz bem à nação e passássemos a discutir ideias, e não atacar pessoas.

 

AS EMPRESAS DA AMÉRICA lATINA COLOCAM OS SEUS CASOS DE USO DE IA GENERATIVA EM PRODUÇÃO

Como as empresas latino-americanas usam a IA; veja exemplos

Alessandra Santos – redatora da StartSe

Um estudo do Google Cloud em parceria com o National Research Group revela que 2 em cada 3 organizações da América Latina já colocaram os seus casos de uso de IA generativa em produção. Confira!

Foto: Pexels

Com o avanço da IA generativa, diversas empresas estão se mobilizando para integrar a tecnologia em suas operações. 

  • Um estudo do Google Cloud em parceria com o National Research Group revela que 2 em cada 3 organizações da América Latina já colocaram os seus casos de uso de IA generativa em produção. 
     
  • O relatório é baseado numa pesquisa com 2.508 líderes seniores de empresas globais.
     
  • A pesquisa aponta também que 74% das lideranças de empresas latino-americanas ouvidas perceberam a produtividade crescer em suas organizações a partir do uso da IA generativa. 
     
  • Outros 67% verificaram melhorias na experiência do usuário, 67% no crescimento do negócio e 57% na eficiência dos custos. 
     
  • Em termos de investimentos, o estudo revelou que a maioria (79%) das organizações latino-americanas já está investindo mais de 10% de seus custos operacionais totais em IA generativa.

“A IA generativa não é apenas uma inovação tecnológica, mas sim um diferencial estratégico. As primeiras organizações que adotaram a IA generativa já estão colhendo frutos, que vão desde o aumento de receita e melhores serviços ao cliente até maior produtividade e automação”, destaca Ricardo Fernandes, Head Google Cloud Brasil, durante coletiva de imprensa.

Mas como as empresas estão usando IA?

Ainda segundo o estudo, a utilização da IA varia desde atendimento ao cliente até o desenvolvimento de novos produtos. Veja abaixo:

  • Atendimento ao Cliente (74%)
  • Vendas e Marketing (65%)
  • Produtividade Individual (61%)
  • Comércio Digital e Experiências Aprimoradas (59%)
  • Novos Produtos e Serviços (63%)

Segundo Fernanda Jolo, Head de Customer Engineer, Data Analytics & AI do Google Cloud para América Latina, as lideranças estão bastante otimistas em relação a tudo o que envolve a IA generativa, seja em conseguir catalisar uma maior produtividade, para geração de receitas, entre outros. 

Ou seja, independente de como as empresas utilizem a IA, todas parecem buscar o mesmo objetivo: otimização de tempo e geração de receita.

O cenário no Brasil

“Aqui no Brasil, a percepção do mercado é que estamos ainda no início da jornada, com um otimismo talvez mais moderado em relação à IA generativa tanto nas fases de implementação, como nos resultados”, afirma Fernanda Jolo.

Apesar disso, grandes empresas brasileiras já estão utilizando a IA generativa em diferentes situações. Veja exemplos:

A Magalu, gigante varejista, colocou o atendimento ao cliente no centro de sua estratégia de IA, incluindo o uso da Vertex AI para impulsionar um agente de conversação interativo para a Lu, popular persona da marca.

A Dasa, maior empresa de diagnóstico médico do Brasil, está ajudando médicos a detectarem dados relevantes em resultados de exames mais rapidamente.

O Grupo Boticário, uma das maiores empresas de varejo de beleza e cosméticos do Brasil, usa modelos de segurança em tempo real para prevenir fraudes e detectar e responder a problemas.

Por que importa?

É essencial que lideranças, executivos e C-Levels estejam informados quanto ao avanço da IA generativa, bem como aprender suas possibilidades de aplicação. 

Por se tratar de um tema de tecnologia, as pessoas podem ter a impressão de que IA é um assunto restrito ao chefe de inovação (CIO) ou à equipe de tech de uma empresa.

Mas, segundo Ricardo Fernandes, inteligência artificial é “papo de CEO”. Isso porque, se o CEO não souber quais são os benefícios da IA, não vai saber cobrar sua equipe sobre o tema. E, assim, o desenvolvimento da IA generativa da organização vai permanecer estagnado. 

ESCALANDO NEGÓCIOS DA VALEON

1 – Qual é o seu mercado? Qual é o tamanho dele?

O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com CNPJ ou não e coloca-las na internet.

2 – Qual problema a sua empresa está tentando resolver? O mercado já expressou a necessidade dessa solução?

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao utilizar a plataforma da ValeOn.

3 – Quais métodos você usará para o crescimento? O seu mercado está propício para esse tipo de crescimento?

Estratégias para o crescimento da nossa empresa

  1. Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
  2. Equilíbrio financeiro e rentabilidade. Capital de giro, controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade são termos que devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o objetivo de crescer.
  3. Desenvolvimento de um planejamento estratégico. Planejar-se estrategicamente é como definir com antecedência um roteiro de viagem ao destino final.
  4. Investimento em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
  5. Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.

O mercado é um ambiente altamente volátil e competitivo. Para conquistar o sucesso, os gestores precisam estar conectados às demandas de consumo e preparados para respondê-las com eficiência.

Para isso, é essencial que os líderes procurem conhecer (e entender) as preferências do cliente e as tendências em vigor. Em um cenário em que tudo muda o tempo todo, ignorar as movimentações externas é um equívoco geralmente fatal.

Planeje-se, portanto, para reservar um tempo dedicado ao estudo do consumidor e (por que não?) da concorrência. Ao observar as melhores práticas e conhecer quais têm sido os retornos, assim podemos identificar oportunidades para melhorar nossa operação e, assim, desenvolver a bossa empresa.

4 – Quem são seus principais concorrentes e há quanto tempo eles estão no mercado? Quão grandes eles são comparados à sua empresa? Descreva suas marcas.

Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área, sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.

Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.

5 – Sua empresa está bem estabelecida? Quais práticas e procedimentos são considerados parte da identidade do setor?

A nossa empresa Startup Valeon é bem estabelecida e concentramos em objetivos financeiros e comerciais de curto prazo, desconsideramos a concorrência recém chegada no mercado até que deixem de ser calouros, e ignoramos as pequenas tendências de mercado até que representem mudanças catastróficas.

“Empresas bem estabelecidas igual à Startp Valeon devemos começar a pensar como disruptores”, diz Paul Earle, professor leitor adjunto de inovação e empreendedorismo na Kellogg School. “Não é uma escolha. Toda a nossa existência está em risco”.

6 – Se você quiser superar seus concorrentes, será necessário escalar o seu negócio?

A escalabilidade é um conceito administrativo usado para identificar as oportunidades de que um negócio aumente o faturamento, sem que precise alavancar seus custos operacionais em igual medida. Ou seja: a arte de fazer mais, com menos!

Então, podemos resumir que um empreendimento escalável é aquele que consegue aumentar sua produtividade, alcance e receita sem aumentar os gastos. Na maioria dos casos, a escalabilidade é atingida por conta de boas redes de relacionamento e decisões gerenciais bem acertadas.

Além disso, vale lembrar que um negócio escalável também passa por uma fase de otimização, que é o conceito focado em enxugar o funcionamento de uma empresa, examinando gastos, cortando desperdícios e eliminando a ociosidade.

Sendo assim, a otimização acaba sendo uma etapa inevitável até a conquista da escalabilidade. Afinal de contas, é disso que se trata esse conceito: atingir o máximo de eficiência, aumentando clientes, vendas, projetos e afins, sem expandir os gastos da operação de maneira expressiva.

Pretendemos escalar o nosso negócio que é o site marketplace da Startup Valeon da seguinte forma:

  • objetivo final em alguma métrica clara, como crescimento percentual em vendas, projetos, clientes e afins;
  • etapas e práticas que serão tomadas ao longo do ano para alcançar a meta;
  • decisões acertadas na contratação de novos colaboradores;
  • gerenciamento de recursos focado em otimização.

 

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

BLOQUEIO DO X NO BRASIL FOI AVALIADO POR ENTIDADES EUROPEIAS

 

História de Bruno Lupion – DW Brasil

Não é só Moraes: Musk também tem desafiado autoridades europeias. A DW ouviu como cinco organizações interpretam a decisão do STF que derrubou a rede social.

Rede social X, do bilionário Elon Musk, está suspensa desde o final de agosto no Brasil

Rede social X, do bilionário Elon Musk, está suspensa desde o final de agosto no Brasil© Andre M. Chang/ZUMA Press Wire/picture alliance

A União Europeia (UE) observa de perto a escalada do conflito entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o X (antigo Twitter), que culminou na semana passada no bloqueio em todo o país da plataforma controlada por Elon Musk.

A medida drástica foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes e referendada pela Primeira Turma da corte, após a rede social se recusar a cumprir ordens judiciais e indicar um representante legal no país.

Musk também tem um histórico de conflitos com a UE, que aprovou em outubro de 2022 um regulamento para lidar com desinformação e conteúdos ilegais em redes sociais – o Digital Services Act (DSA), que prevê o bloqueio das plataformas como último recurso.

O DSA é uma das inspirações do projeto de lei enviado pelo governo brasileiro ao Congresso para regular as redes sociais, retirado de pauta após falta de consenso entre os deputados.

À frente da aprovação do DSA estava o francês Thierry Breton, comissário da UE para o Mercado Interno e Serviços. Em maio de 2022, ele reuniu-se com Musk para debater a normativa europeia e divulgou um vídeo no qual o dono do então Twitter afirmava estar “alinhado” à forma como o bloco europeu pretendia regular as plataformas digitais.

O clima cordial não durou muito. Em dezembro de 2023, o X estreou como a primeira rede social investigada pela UE em um procedimento formal no âmbito da DSA, e Breton tornou-se um dos alvos dos posts de Musk – assim como Alexandre de Moraes. Em agosto, Breton enviou uma carta a Musk cobrando que o X cumprisse a norma europeia, e o empresário respondeu com um meme ofendendo o comissário da UE.

Em nota à DW, um porta-voz da Comissão Europeia afirmou que não comentaria o bloqueio do X no Brasil, mas pontuou que o DSA “torna as plataformas online responsáveis pela disseminação de conteúdo ilegal e desinformação em seus serviços” e mencionou o procedimento investigativo aberto contra o X, que segue em andamento.

É o fim do X no Brasil?

A DW ouviu cinco organizações da sociedade civil sediadas ou com representação na Europa sobre como elas avaliam a ordem judicial que bloqueou o X no Brasil.

“Decisões precisam ter equilíbrio e proporcionalidade”

Julian Jaursch, diretor sobre regulação de plataformas do think tank interface (ex-Stiftung Neue Verantwortung), sediado em Berlim, vê o bloqueio do X no Brasil como um exemplo de conflitos em todo o mundo sobre a moderação de conteúdo em plataformas digitais e os embates entre o poder do Estado e o das empresas privadas.

“Em um país democrático e com Estado de direito, empresas privadas não podem ser autorizadas a não seguirem a regras. Ao mesmo tempo, há o risco de excessos do poder público e de que decisões justificadas como regulação de plataformas ou combate a crimes sejam, na prática, tomadas por motivos políticos ou disputas de poder”, afirma Jaursch, pontuando que ele não se refere especificamente ao bloqueio do X no Brasil.

“É muito importante ter equilíbrio e proporcionalidade. Por isso é preciso ter transparência, Estado de Direito, saber o que está nas ordens judiciais e por que algumas regras existem. É preciso haver controles em cada um dos Três Poderes e por parte da sociedade civil e da imprensa, sobre o poder público e sobre as empresas, para que seja possível apontar excessos”, diz. “Se tudo isso estiver funcionando, a regulação de plataformas funciona relativamente bem; se não, há esses riscos.”

No caso brasileiro, ele avalia ser natural que o Judiciário esteja na linha de frente da definição do que é legal ou ilegal nas redes sociais, mas diz que algumas ordens judiciais para o bloqueio de contas “não foram muito transparentes”.

Jaursch também considera que a personalidade mercurial tanto de Musk como de Moraes contribui para a evolução do conflito: “Ambos são muito proeminentes, poderosos e francos.”

Ele critica a multa a quem usar VPN para acessar o X no Brasil, que considera “excessiva e desproporcional”.

Especialista no DSA da União Europeia, ele diz que o regulamento estabelece diversas etapas intermediárias antes da suspensão de uma plataforma como último recurso, que podem incluir a oitiva de funcionários, a análise de documentos sigilosos e a aplicação de multas pesadas. O texto prevê regras para ampliar a transparência, aderência a normas e a responsabilização das plataformas, em vez de definir quais conteúdos são legais ou ilegais.

“Justiça brasileira está dizendo que ninguém está acima da lei”

A diretora de um think tank baseado na Europa especializado em extremismo e desinformação online, que preferiu falar sob anonimato, também avalia que a queda de braço entre o X e o Supremo brasileiro representa choques globais sobre a regulação de plataformas digitais, como a recente prisão do fundador do Telegram, Pavel Durov, na França.

Ela pondera que pessoas com interesses econômicos ou políticos costumam caracterizar esses conflitos como uma luta pela liberdade de expressão, quando, em muitos casos, trata-se da aderência às normas de um determinado país ou do simples cumprimento dos termos de serviço das plataformas.

“Uma das mensagens enviadas pelo Judiciário brasileiro é que ninguém está acima da lei, e que ser proprietário de uma rede social ou ter uma grande fortuna não o isenta de seguir as leis locais”, afirma, citando que a exigência para o X ter um representante legal no país seria “bastante razoável”. “Não me parece que o X tinha intenção de entrar em conformidade no futuro próximo, segundo os comunicados da própria empresa.”

Sobre o caso brasileiro, ela avalia que a liderança do Judiciário no controle das plataformas digitais, definindo precedentes sem regras claras sobre o tema, “é sempre arriscado e não é o melhor caminho”, mas compreensível na ausência de normas específicas. “O ideal é ter leis nas quais as regras para esse controle estejam claras e com punições pelo descumprimento. Mas entendo que muitos países tiveram que encontrar alternativas para garantir um ambiente digital seguro enquanto tentam aprovar leis.”

Indagada sobre a multa para brasileiros que usarem VPN para usar o X, ela diz a melhor estratégia é “ir atrás da empresa que descumpre a lei, em vez das pessoas que usam aquele serviço”.

A especialista destaca que tem havido um esforço global para entender como regular da melhor forma as plataformas digitais, após elas demonstrarem que não farão isso por conta própria. “Por 20 anos, essas plataformas tiveram a oportunidade de se autorregular, e falharam repetidas vezes. Elas mostraram que não cumprirão suas próprias políticas internas nem serão transparentes sobre suas práticas, a menos que sejam forçadas a fazer isso.”

“Bloqueio do X afeta seriamente o direito à liberdade de expressão”

Jan Penfrat, consultor sênior de políticas públicas da rede European Digital Rights (EDRi), sediada em Bruxelas, considera que o Supremo brasileiro foi longe demais na decisão de bloquear o X em todo o país.

A medida, diz, tem “sérias consequências negativas para os direitos à liberdade de expressão, de acesso à informação e de reunião (digital) no Brasil”, afetando pessoas que usam a plataforma para acessar conteúdos perfeitamente legais.

Por isso, ele destaca que a DSA da União Europeia permite o bloqueio de plataformas “somente como último recurso, sob circunstâncias estritas do artigo 51(3) e depois que todas as outras tentativas de responsabilizar o provedor falharam”.

Esse artigo estabelece que o bloqueio deve ser determinado pelo Judiciário de um país-membro da UE e durar quatro semanas, e pode ser prorrogável se for devidamente justificado.

Penfrat também criticou a decisão de punir usuários brasileiros que usem VPN para acessar o X. “Ameaçar pessoas que fizerem uso de ferramentas legais para acessar conteúdos legais é desproporcional é não pode ser justificado sob as normas de direitos humanos”, afirma.

“Caso do Brasil pode desencadear efeitos semelhantes em outros países”

“O cenário do discurso online vem se transformando há anos e cada vez fica mais claro de que com maior alcance vem maior responsabilidade, inclusive para as redes sociais”, afirma Cathleen Berger, co-diretora do projeto Upgrade Democracy na fundação alemã Bertelsmann Stiftung.

Ela diz que à medida que a influência de plataformas como o X cresce no debate público, os Estados precisam atentar ao seu impacto, inclusive sobre as instituições e processos democráticos. “Os fatos recentes no Brasil destacam esse equilíbrio delicado e as tensões na definição e aplicação de regras sobre o discurso online.”

Berger considera difícil no momento avaliar se o bloqueio do X no Brasil foi uma decisão acertada, mas ressalta que a rede social de Musk “está sob fogo cruzado em múltiplas jurisdições devido à sua incapacidade de cumprir regras sobre a responsabilização de plataformas”.

Ela diz que o caso brasileiro é “particularmente interessante” sob uma perspectiva global, já que as plataformas são frequentemente acusadas de seletividade em quais países cumprirão as normas locais, com prioridade para os da América do Norte e da Europa. “Aumentar a responsabilização [das plataformas] em outros mercados é necessário, e este caso pode muito bem desencadear outros semelhantes.”

Apontando para o futuro, Berger considera fundamental que o Brasil defina de forma clara que tipo de discurso em plataformas digitais serão considerados ameaças à democracia ou ilegais, e estabeleça “processos de arbitragem e supervisão para que essa regras não sejam abusadas e para que as sanções não resultem em danos não intencionais”.

“Questionamento de ordens judiciais por Musk pode abrir precedente perigoso”

Para Bruna Santos, gerente de campanhas global da Digital Action e baseada em Berlim, o bloqueio do X foi uma decisão extrema “não recomendada em condições normais de temperatura e pressão”, mas necessária diante da “intransigência” de Musk.

“Ele tem desafiado a autoridade de instituições democraticamente estabelecidas em todo o mundo, em especial aquelas que tentam implementar políticas de combate à desinformação e ao discurso de ódio”, afirma, citando conflitos recentes de Musk com Breton; com o premiê britânico, Keir Starmer, após episódios de atos violentos da extrema-direita no Reino Unido; e com o premiê australiano, Anthony Albanese, após a relutância do X em remover vídeos de um ataque a faca em uma igreja de Sydney.

Além do potencial de questionamento de ordens judiciais pelo X abrir um “precedente perigoso” em todo o mundo, Santos diz que as plataformas digitais têm investido cada vez menos em equipes de segurança online nos países do Sul Global. “Isso mostra que elas se preocupam mais com países nos quais o custo de desobedecer as normativas legais é mais alto.”

Ela afirma que o ponto mais problemático da decisão de Moraes foi sobre a multa a quem usar o X por VPN, que se mostra “desproporcional” e de difícil fiscalização. E pondera que o Brasil se beneficiaria de uma estrutura normativa mais robusta sobre o tema para que esse vácuo não obrigasse o Judiciário a tomar a dianteira na regulação das plataformas.

“Organizações brasileiras têm tentado aprovar o projeto de lei das fake news, que seria uma espécie de complementação à responsabilidade civil colocada no marco civil da internet, mas isso depende de uma análise de vários setores da sociedade”, diz.

Colaborou Finlay Duncan, de Bruxelas.

Autor: Bruno Lupion

PESQUISA INDICA A DESCONFIANÇA DA POPULAÇÃO NO TRABALHO DO STF

 

História de William Waack – CNN Brasil

O Judiciário e sua Corte Suprema, o Supremo Tribunal Federal (STF), não existem para agradar as pessoas, mas para garantir o cumprimento das leis, ainda que isso possa causar descontentamento. Mesmo assim, é preocupante o grau de desconfiança da população em relação ao trabalho dos ministros do STF. Essa desconfiança foi detectada em uma pesquisa de opinião realizada para o WW. Quase metade da população brasileira avalia como péssimo o desempenho desses ministros no que diz respeito à defesa da democracia e à manutenção da imparcialidade entre rivais políticos, registrando uma das piores marcas nessa pesquisa do Instituto Atlas/Intel. No caso da recente suspensão da plataforma X, uma pequena maioria da população discorda dessa medida, e uma maioria um pouco mais ampla considera que a suspensão contribui para enfraquecer nossa democracia. O que preocupa não é a maior ou menor popularidade de uma instituição como a Corte Suprema. Reiteramos que o STF não deve ser avaliado por esse critério para cumprir suas funções constitucionais. Contudo, a observância das leis e normas, essencial para o convívio social, também depende da autoridade que as pessoas conferem a instâncias como o STF. As pessoas precisam não apenas obedecer às ordens judiciais, mas também acreditar que o Judiciário atua para o bem de todos. O STF não precisa ir às ruas para convencer as pessoas do que faz, mas o distanciamento detectado por essa pesquisa é um importante sinal de alerta. Sem confiança na autoridade, o próximo passo é a perda de legitimidade, o que seria prejudicial não só para o STF, mas para toda a sociedade.

SENADO APROVA PROJETO DO COMBUSTÍVEL DO FUTURO

 

História de Emilly Behnke – CNN Brasil

Senado aprova projeto do Combustível do Futuro, que muda regras para mistura de etanol e gasolina

Senado aprova projeto do Combustível do Futuro, que muda regras para mistura de etanol e gasolina

O plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (4), o projeto de lei que estabelece o incentivo ao diesel verde, ao combustível sustentável de aviação, além do aumento da mistura de etanol à gasolina. A votação foi simbólica. O texto agora retorna à Câmara. A proposta, enviada pelo governo, é conhecida como “combustíveis do futuro”. O texto foi aprovado pela Comissão de Infraestrutura do Senado na manhã de terça-feira (3). Mudanças Na comissão, o relator foi o vice-presidente do Senado, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que incluiu mudanças no texto. O projeto estabelece novo percentual de mistura de etanol na gasolina de 27%. Emenda incluída pelo relator permite que o Poder Executivo reduza para até 22% ou aumente para até 35% “desde que constatada a sua viabilidade técnica”. Hoje, a mistura pode chegar a 27,5%, com um mínimo de 18% de etanol. Em relação ao biodiesel, o percentual de mistura ao diesel de origem fóssil será de 15% a partir de março de 2025 e chegará a 20% em março de 2030. https://www.youtube.com/watch?v=R0ys760-LZU Viabilidade das metas Segundo o texto, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deverá avaliar a viabilidade das metas de aumento da mistura, podendo reduzir ou aumentar esse percentual entre os limites de 13% e 25%. Para a adoção de percentual obrigatório superior a 15%, será preciso constatar a viabilidade técnica “assegurada a participação de interessados no processo”. O projeto de lei também cria o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação, o ProBioQAV, para incentivo à descarbonização do setor aéreo. Pelo texto, os operadores aéreos serão obrigados a reduzir as emissões de gases do efeito estufa nos voos domésticos por meio do uso de combustível sustentável de aviação a partir de 2017, começando com 1% de redução até chegar de forma gradual a 10% em janeiro de 2037. Outra medida inserida é o incentivo ao uso de matérias-primas produzidas pela agricultura familiar na produção dos biocombustíveis.

OPERAÇÃO CONTRA JOGOS ILEGAIS PRENDE INFLUENCIADORA

 

Operação contra jogos ilegais mira grupo ligado a bets e prende influenciadora Deolane Bezerra

Byvaleon

Set 5, 2024

História de Renata Okumura , Assíria Florêncio e Giovanna Castro – Jornal Estadão

Uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco nesta quarta-feira, 4, mira uma organização criminosa suspeita de envolvimento em jogos ilegais e lavagem de dinheiro. As autoridades dizem que entre os alvos estão grupos ligados a bets (sites de apostas esportivas), mas afirmam que o alvo da investigação são atividades não permitidas pela lei (apostas esportivas são regulares). A polícia também prendeu nesta quarta a influenciadora digital Deolane Bezerra, de 36 anos.

Os sites VaideBet e Esportes de Sorte afirmam cumprir a legislação e dizem estar à disposição das autoridades. Já Deolane afirma ser vítima de “grande injustiça” e sua defesa acrescenta tratar as questões legais com “seriedade e transparência”.

Na foto, a influenciadora Deolane Bezerra. Foto: Reprodução/Instagram/@dra.deolanebezerra

Na foto, a influenciadora Deolane Bezerra. Foto: Reprodução/Instagram/@dra.deolanebezerra

A Polícia Civil de Pernambuco afirma que parte dos investigados está relacionada com apostas esportivas, entre elas bets, mas não detalhou se as supostas irregularidades estão ligadas diretamente às empresas. A corporação, porém, não informou a ligação entre as diferentes ações policiais nem a lista de investigados.

“A ilegalidade da organização está ‘linkada’ com os jogos não autorizados legalmente. As várias células da organização criminosa também operavam no ramo de bets, mas o básico, de origem, a gente ressalta que diz respeito aos jogos não autorizados pela legislação brasileira. As bets eram utilizadas, além de outras empresas, na lavagem do dinheiro oriundo desse ramo ilegal de jogos”, prosseguiu.

Segundo o Ministério da Justiça, a organização usava várias empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio e seguros para lavar dinheiro por meio de depósitos e transações bancárias.

“O dinheiro era lavado por meio de depósitos fracionados em espécie, transações bancárias entre os investigados com o imediato saque do montante, compra de veículos de luxo, aeronaves, embarcações, joias, relógio de luxo, além da aquisição de centenas de imóveis”, diz a pasta.

A investigação identificou movimentação financeira atípica de pessoas físicas e jurídicas, incompatíveis com a declaração de bens, conforme o ministério.

Além de 19 mandados de prisão, a Operação Integration cumpre 24 mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens (carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações) e valores. Também foram bloqueados ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões.

Foram adotadas ainda medidas de entrega de passaporte, suspensão do porte de arma de fogo e cancelamento do registro de arma de fogo. Até o fim da manhã, havia um foragido.

Conforme a polícia, foram dezenas de imóveis, embarcações, aeronaves, veículos e objetos de valores. “Só em um alvo, a gente encontrou 11 relógios da marca Rolex”, disse Rocha.

Os mandados estão sendo cumpridos no Recife (PE), Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel e Curitiba (PR) e Goiânia (GO). Todos eles foram expedidos pelo Juízo da 12ª Vara Criminal da Comarca da capital pernambucana.

A investigação começou com uma apreensão de R$ 180 mil e já está na 3ª fase. É voltada para um esquema de lavagem de dinheiro adquirido por meio de jogos de azar e dividida em três fases: aquisição, ocultação e integração do dinheiro ao patrimônio dos envolvidos – esta última ocorre agora e é a que motivou a prisão de Deolane.

Além de 19 mandados de prisão, estão sendo cumpridas outras medidas cautelares: 24 mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens (carros de luxo, imóveis, aeronações e embarcações) e valores. Foto: Divulgação/Polícia Civil de Pernambuco

Além de 19 mandados de prisão, estão sendo cumpridas outras medidas cautelares: 24 mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens (carros de luxo, imóveis, aeronações e embarcações) e valores. Foto: Divulgação/Polícia Civil de Pernambuco

“É uma operação criminosa voltada para jogos ilegais. Nesses últimos anos, temos ampliado os dados e informações sobre isso e agora estamos nessa fase da operação de apreensão, com quantidade grande de objetos”, afirmou Rocha.

“A investigação tem origem na atuação da organização no campo de jogos ilegais. Esses jogos geram grande volume de dinheiro na atividade primária e, por isso, há necessidade de lavagem de capitais para regularizar esses recursos”, continuou o delegado-geral.

Operação realizada pela Polícia Civil de Pernambuco. Foto: Divulgação/Polícia Civil de Pernambuco

Operação realizada pela Polícia Civil de Pernambuco. Foto: Divulgação/Polícia Civil de Pernambuco

A 42ª Operação de Repressão Qualificada do ano denominada Integration é vinculada à Diretoria Integrada Metropolitana (DIM). Ao menos 170 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, participam da ação.

Também teve apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), do Comando de Operações e Recursos Especiais da Polícia Civil de Pernambuco, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado e do Grupamento Tático Aéreo.

Ainda conforme o governo pernambucano, as polícias civis dos Estados de São PauloParanáParaíba e Goiás também colaboraram.

Esportes da Sorte fala em ‘interpretação equivocada’

Em nota, a empresa Esportes da Sorte, ligada a apostas esportivas online, disse que ainda não teve acesso à decisão judicial que autorizou busca e apreensão em sua sede, em Recife. O site disse ainda que suas atividades cumprem as leis e afirmou estar à disposição das autoridades.

A Esportes da Sorte “ressalta que, desde março de 2023, tem prestado todos os esclarecimentos necessários nos autos do inquérito policial em curso, através de diversas petições e documentos apresentados” pela defesa.

A empresa de apostas online afirmou ainda que suas atividades de aposta de cotas fixas cumprem “rigorosamente” as Lei n.º 13.756/2018 e14.790/2023, “com excelência jurídico-regulatória, acompanhamento de auditoria independente e sistema de compliance”.

Segundo o site, houve “interpretação precipitada e equivocada dos fatos apurados, sem qualquer análise ou consideração dos argumentos já apresentados”. Tanto é assim, prossegue “que a autoridade policial não apreendeu qualquer objeto, documento ou equipamento na sede da empresa”.

VaideBet diz cumprir lei e fala em ‘surpresa’

A VaideBet, por sua vez, informa que acompanha a operação da Polícia Civil e que se colocará plenamente à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos que forem solicitados quanto à atuação da empresa e de seus sócios.

“A marca, no entanto, ressalta que recebeu com surpresa o cumprimento do mandado de busca e apreensão realizado nesta quarta-feira, uma vez que desde o ano passado se prontificou em contribuir com as investigações, tendo previamente indicado os endereços e contatos pertinentes”, informou, em nota.

“As atividades da empresa até aqui são pautadas pelo estrito cumprimento da legislação vigente e já estão adequadas à regulação do setor para 2025. Ainda no mês de agosto, o Grupo BPX, empresa detentora da marca VaideBet, deu entrada no requerimento da licença junto ao governo federal para obtenção da outorga para atuação regularizada no Brasil a partir do início do próximo ano”, acrescentou.

‘Minha família está sendo perseguida’, diz irmã de Deolane

O escritório Adelia Soares Advogados, que representa Deolane e a mãe, diz ter plena confiança na Justiça e permanece à disposição para colabora com as autoridades competentes, de modo a esclarecer todos os fatos”, disse ainda a publicação feita pelo .

A advogada e influenciadora Dayanne Bezerra, irmã de Deolane, utilizou as redes sociais para comentar a prisão da irmã. Também disse que foi cumprido um mandado de prisão preventiva contra a mãe delas.

“Até o momento, o que nós e advogados sabemos sobre isso é que um processo relacionado à empresa Esportes da Sorte. Ainda não sabemos o real motivo disso, mas sabemos que é uma empresa que atua em todo o Brasil com diversos influenciadores, com diversas emissoras de televisão e até onde sei é uma empresa idônea”, afirmou Dayanne, em vídeo publicado nos Stories de seu perfil no Instagram.Advogada e influenciadora Dayanne Bezerra, irmã de Deolane, utilizou as redes sociais para esclarecer os motivos envonvendo a prisão da irmã. Foto: Reprodução/Instagram/dradayannebezerra

Advogada e influenciadora Dayanne Bezerra, irmã de Deolane, utilizou as redes sociais para esclarecer os motivos envonvendo a prisão da irmã. Foto: Reprodução/Instagram/dradayannebezerra

“Temos uma vida pública e um compromisso com vocês, seguidores. E antes que na mídia se espalhem mentiras e inverdades, que mais uma vez minha família está sofrendo, eu mesma venho aqui explicar o acontecido”, afirmou ela.

Segundo Dayanne, a polícia paulista também foi até a casa de Deolane, em São Paulo, e apreendeu objetos de valor, dentre eles, relógios e dinheiro. “Mais uma vez, a minha família está sendo perseguida. Vamos provar a nossa inocência”, falou ainda no vídeo.

ESTUDANTE DE 14 ANOS MATA 4 PESSOAS NOS EUA

 

História de AFP

Familiares chegam para pegar seus filhos após um ataque a tiros na escola de ensino médio Apalachee High School, em Winder, Geórgia

Familiares chegam para pegar seus filhos após um ataque a tiros na escola de ensino médio Apalachee High School, em Winder, Geórgia© CHRISTIAN MONTERROSA

Um atirador de 14 anos matou pelo menos quatro pessoas, incluindo dois estudantes, e feriu outras nove ao abrir fogo em uma escola de ensino médio no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (4), informaram as autoridades.

O atirador, que também era aluno da escola, foi preso. Ele será acusado de homicídio e julgado como adulto, informou o Departamento de Investigação da Geórgia (GBI). Entre os mortos, estão também dois professores.

Suspeito é preso após morte de quatro pessoas em ataque a tiros em escola da Geórgia, nos EUA

Suspeito é preso após morte de quatro pessoas em ataque a tiros em escola da Geórgia, nos EUA© John Falchetto

Após mais um episódio da crise de violência armada nos Estados Unidos — com quase 400 ataques a tiros somente neste ano, segundo uma contagem — pessoas se reuniram em um campo esportivo fora da Apalachee High School, algumas formando um círculo com os braços entrelaçados.

“O oficial de segurança da escola o confrontou”, disse o xerife do condado, Jud Smith, referindo-se aos policiais empregados para trabalhar em escolas nos EUA.

“O atirador rapidamente percebeu que, se ele não se rendesse, isso terminaria em um tiroteio envolvendo um policial. Ele se rendeu, deitou-se no chão, e o policial o prendeu.”

Nesta quarta-feira, o FBI revelou que foi alertado sobre o suspeito há mais de um ano por ameaças de cometer um ataque a tiros na escola.

Na época, o xerife do condado interrogou o pai do garoto, que negou as ameaças, e avisou às autoridades da escola para que ele fosse monitorado.

Smith afirmou que a polícia ainda não sabia se o atirador tinha alvos específicos, e as autoridades ainda não identificaram a arma usada.

Alguns na escola inicialmente pensaram que se tratava apenas de outro exercício de simulação de ataque a tiros, disse uma estudante à AFP, referindo-se aos exercícios controversos comuns nas escolas americanas.

“Todo mundo pensou que era um exercício falso até que minha professora disse que não recebeu um e-mail”, disse Alexsandra Romeo.

“Ela nos colocou em um canto, e todos estavam se abraçando. Alguns dos meus amigos estavam chorando, até que dois policiais entraram com suas armas e disseram que isso não era um exercício e que ainda não estávamos seguros.”

Outra estudante, Stephanie Folgar, de 17 anos, descreveu ter ouvido “estrondos altos” e alunos em pânico se escondendo nos banheiros e no armário.

“É assustador saber que [a vítima] poderia ter sido você”, disse ela.

Um aluno afirmou à mídia local que viu sangue no chão e um corpo enquanto era conduzido para fora do prédio pelas autoridades.

O ataque ocorreu perto da cidade de Winder, cerca de 70 quilômetros a nordeste de Atlanta, a capital do estado da Geórgia.

Mais cedo, autoridades da escola haviam informado aos pais que estavam implementando um “bloqueio rígido após relatos de tiros”.

Após a liberação da área, os pais foram convidados a ir à escola para se reencontrarem com seus filhos, com longas filas de veículos visíveis do lado de fora.

– “Epidemia” de violência armada –

Ataque a tiros em escolas tornaram-se um evento tristemente comum nos Estados Unidos, onde cerca de um terço dos adultos possui uma arma de fogo e as regulamentações para a compra de rifles de estilo militar são frouxas.

Pesquisas mostram que a maioria dos eleitores é a favor de controles mais rigorosos sobre o uso e a compra de armas de fogo, mas o poderoso lobby de armas se opõe a mais restrições, e os legisladores repetidamente falharam em agir.

O presidente americano, Joe Biden, disse que estava de luto pelas vítimas.

“Estudantes em todo o país estão aprendendo a se esconder, em vez de aprender a ler e escrever. Não podemos continuar a aceitar isso como normal”, afirmou.

Falando em um evento de campanha em New Hampshire após o ataque, a vice-presidente Kamala Harris disse que era hora de acabar com a “epidemia de violência armada”.

O candidato presidencial republicano, Donald Trump, disse que o autor do tiroteio era um “monstro doente e perturbado”.

Este ano, houve pelo menos 384 ataque a tiros em massa — definidos como ataques com pelo menos quatro vítimas, mortas ou feridas — nos Estados Unidos, de acordo com o Gun Violence Archive.

Pelo menos 11.557 pessoas foram mortas por violência armada neste ano nos Estados Unidos, segundo o GVA.

REFEIÇÕES DE LUXO SERVIDAS NO GABINETE DO COMANDANTE DO EXÉRCITO

 

História de admin3 – IstoÉ

O Exército Brasileiro abriu licitação de R$ 684 mil para fornecimento de refeições no gabinete do general Tomás Ribeiro Paiva, comandante do Exército. O buffet será servido em reuniões e recepções oferecidas pelo general. O edital prevê três menus para intervalos para café, os chamados coffee breaks, três menus coquetéis, dois tipos de almoço e jantar e duas variações de café da manhã. Os cardápios contam com pratos de luxo.

Segundo a licitação, publicada na terça-feira, 3, o gabinete recebe “diversas reuniões e intercâmbios realizados com militares de Nações Amigas” para discutir interesses da Força. Pelo menos seis encontros são previstos anualmente, mas o número pode crescer. Podendo ser acrescida de tantas vezes quantas forem necessárias. “Tradicionalmente, esses eventos têm servido em seu intervalos, coffee break, e ao final ocorre um coquetel, visando estreitar os laços de amizade e bem receber os participantes da reunião”, justifica o gabinete na licitação

Durante os intervalos para café, serão oferecidos sucos naturais, chocolate quente, sanduíches de queijo, presunto, lombo canadense com alface, além de pães de queijo, petit four, bolos e uma variedade de pães. Para os coquetéis, é obrigatória a inclusão de pelo menos três variedades de salgadinhos fritos e assados, bem como três opções de pratos principais, dos quais dois devem ser ricos em proteínas e um vegetariano. Também deve haver uma seleção de frios, incluindo três tipos de queijos nacionais ou importados, três variedades de presunto nacional ou importado, três tipos de pães, duas variedades de geleias, frutas secas, frutas frescas e uma seleção de bebidas.

As recomendações para o menu incluem escondidinho de carne seca, fricassê de frango, bobó de camarão, rondelli de queijo e presunto, berinjela à italiana; mousses de gorgonzola e frango, salaminho, lombo defumado, peito de peru, presunto parma, presunto de peru, blanquete de frango, queijos provolone, gorgonzola, parmesão, brie, além de carpaccio de carne com molho de mostarda e alcaparras, acompanhados de pães de metro.

Para o almoço e jantar, o menu inclui pratos como medalhão de filé, bouef bourguignon, pernil de cordeiro, salmão no molho de maracujá, frango com frutas secas, atum selado, robalo ao limão, bobó de camarão e bacalhau a Gomes de Sá. Já nos cafés da manhã serão oferecidos salgados como croissants, pães de queijo, quiches, wraps e mais. Inclui mini sanduíches, palha italiana, pão de mel, sucos, muffins, e frios como presunto de peru e muçarela.

USIMINAS FOI HOMENAGEADA DURANTE 8ª ABM WEEK

Após homenagem, Vice-presidente de Assuntos Estratégicos da empresa ressaltou necessidade de revitalização da indústria brasileira para promover aumento do consumo de aço

São Paulo, 3 de setembro de 2024 – A abertura da 8ª edição da ABM Week, principal evento técnico-científico da América Latina voltado para os setores de metalurgia, materiais e mineração, que acontece em São Paulo, foi marcada pela homenagem a Usiminas com a Medalha de Ouro ABM. A homenagem celebra a excelência técnica e a inovação no setor de metais, reconhecendo empresas que se destacam por suas contribuições ao desenvolvimento da indústria.

O CEO da empresa, Marcelo Chara, recebeu o prêmio e relembrou, com emoção, sua admiração pela Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), organizadora da ABM Week, e ressaltou a importância de incentivar os estudantes a persistirem na carreira. “Quando era estudante de metalurgia, a ABM era uma referência internacional e na América Latina. Imagine o que é para mim, um jovem apaixonado por siderurgia, sonhar naquele momento e ter o privilégio na vida de ter algo a ver com a ABM. Por isso, digo para os  jovens: tenham sonhos”, relatou em seu discurso. Para ele, a presença de estudantes no evento é fundamental. “Temos que construir o futuro, e o futuro tem a ver com promover o desenvolvimento da ciência e da tecnologia aplicada à indústria, por isso quero motivar e inspirar os jovens para que acreditem em sua carreira”, pontuou.

Chara também ressaltou a importância da ABM para o mercado. “Sou associado, com orgulho, da ABM há mais de 10 anos, como pessoa física, e hoje represento a Usiminas. A instituição é uma referência e uma inspiração ao desenvolvimento do conhecimento científico e da promoção de inovação. É uma janela onde é possível expor o produto da criatividade e do trabalho em equipe dos setores industriais e acadêmicos, que contribuem para o crescimento do país,” disse.

Sergio Leite de Andrade, Vice-presidente de Assuntos Estratégicos da Usiminas, também reconheceu a importância da homenagem e destacou a colaboração dos profissionais da empresa. “Essa premiação representa o reconhecimento do trabalho, do esforço, da dedicação e da competência de uma equipe fabulosa. Uma equipe que atravessa gerações, formada por pessoas que sonham, que realizam e trabalham muito. A Usiminas atua há 62 anos no Brasil e no exterior e são os profissionais que fazem todo o sucesso da empresa”, afirmou. 

Para Andrade, a contribuição da ABM para o desenvolvimento do setor é fundamental. “É uma instituição com foco em conhecimento técnico-científico e toda a base da nossa indústria do aço advém do conhecimento que permite transformar minério, carvão em aço. A ABM dá uma contribuição técnica muito importante ao desenvolvimento do setor, com todas as suas ações, seminários, cursos, livros etc.”, disse.

Ele ainda pontuou como maior desafio atual do setor a necessidade de revitalizar a indústria brasileira para que o consumo de aço possa crescer. “O Brasil é o único país de grande porte que produz aço que tem o mesmo consumo de aço per capita há 50 anos. O país precisa crescer e se desenvolver, porque assim a indústria do aço também crescerá. Aço e crescimento econômico andam juntos, então, nós precisamos de desenvolvimento em todas as áreas”, finalizou.

O homenageado com a Medalha Hubertus Colpaert foi o professor Marc Meyers, por suas importantes contribuições ao setor. Durante a Cerimônia de Abertura da ABM também foram entregues 7prêmios oferecidos pelos patrocinadores a homenageados por trabalhos de impacto em diversas áreas, apresentados na edição anterior do evento, reforçando o compromisso da ABM Week em promover o avanço tecnológico e a sustentabilidade no setor.

Sobre a  8ª  ABM Week

A ABM Week é o principal evento técnico-científico da América Latina voltado para os setores de metalurgia, materiais e mineração. Realizada anualmente pela Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), o evento reúne profissionais, pesquisadores e empresas para discutir as últimas inovações e os desafios enfrentados pela indústria.

A ABM Week 8ª edição tem a ArcelorMittal como anfitriã e conta com o patrocínio das seguintes empresas: DME Engenharia, Gerdau, Vale, CBMM, Gecal, Primetals, Shinagawa, SMS group / Paul Wurth / Vetta, Ternium, Usiminas, White Martins, HWI – a member of Calderys, Carboox, Ibar, Vesuvius, Villares Metals, Aperam, Danieli, Kofre, PSI, Reframax, RHI Magnesita, Beda / Lechler, BRC, Bruker, Clariant, Cordstrap, D&M, DHM Group, DITH Refractories, GMI, Harsco, IMS, Kuttner, Lhoist, Magna, Nalco Water, Phoenix, Polytec, RIP, Russula, Sinomach, Tecnosulfur, Yellow Solutions, ABB, AçoKorte, Alkegen, Atomat, Bautek, Cisdi, Coalician Carbon, Dassault Systemes, Data Engenharia, Densit, Direxa Engineering, Eirich, ElectraClean, Enacom, ESW, Evonik, Fluke, Fosbel, GE Vernova, Hastec, Heraeus Electro-Nite, Ingersoll Rand, Intelbras, Irle Rolls, Köppern, Lumar Metals, Maud Group, Nouryon, Rimac, Serthi Hidráulica, Sinosteel, Smarttech, Solenis, Spectraflow, Spraying Systems, SunCoke Energy, Timken, TSR Mill Rolls, Vamtec Group, Veolia, Vika Controls, Vixteam, Weir e ZwickRoell.

Data: 3, 4 e 5 de setembro de 2024

Local: Pro Magno Centro de Eventos – Av. Profa. Ida Kolb, nº 513, Jardim das Laranjeiras, São Paulo – SP

Mais informações: https://www.abmbrasil.com.br/por/evento/abm-week-8-edicao

 

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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