O empresário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), fez uma ameaça
direta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira
(2/9), em resposta ao bloqueio da rede social no Brasil, ordenado pelo
Supremo Tribunal Federal (STF). Musk afirmou que pode apreender ativos
do governo brasileiro em retaliação, sugerindo que Lula terá que se
acostumar a voar em aviões comerciais.
Repercussão no Brasil
A declaração foi feita em um tuíte onde Musk comentava sobre a
apreensão de um avião do presidente venezuelano Nicolás Maduro pelos
Estados Unidos. No tuíte, ele disse: “A não ser que o governo brasileiro
devolva propriedades ilegais apreendidas do X e do SpaceX, nós vamos
buscar reciprocidade na apreensão de ativos do governo também. Espero
que Lula goste de voos comerciais.”
A ameaça de Musk foi interpretada como uma tentativa de alegar em uma
corte norte-americana que seus ativos foram confiscados pelo STF, e, em
resposta, buscar confiscar algo do governo brasileiro.
O Palácio do Planalto, o Itamaraty e ministros do STF já foram
informados sobre a publicação. A interpretação geral entre as
autoridades brasileiras é que Musk está tentando confundir uma decisão
judicial da Suprema Corte com uma ação do governo, que, legalmente, não
tem envolvimento direto na decisão.
Além disso, Musk tem impulsionado publicações no X/Twitter sobre atos
planejados para o feriado de 7 de Setembro, pedindo a prisão do
ministro Alexandre de Moraes por seus “crimes”.
Ao menos 35 indicações de nomes ligados ao PT e a autoridades do
governo federal para cargos estratégicos na Petrobras foram efetivadas
nos primeiros cem dias da gestão de Magda Chambriard. A executiva
assumiu o comando da companhia depois que o ex-senador Jean Paul Prates
(PT-RN) foi demitido por Lula da Silva em meio a uma disputa de poder
político no primeiro escalão do governo. A mudança na presidência foi a
deixa para mais uma rodada de loteamento de cargos, prática corrente que
explica, em boa medida, a obsessão do PT pela intervenção estatal na
economia.
Levantamento feito pelo Estadão mostra que a
distribuição de cargos não ocorreu de forma aleatória. Pelo contrário,
além das previsíveis mudanças na alta cúpula, é com precisão cirúrgica
que estão sendo trocados integrantes de cargos-chave nos comitês que
assessoram a diretoria executiva e o Conselho de Administração e nas
gerências executivas, responsáveis pela gestão operacional. Com isso, ao
mesmo tempo que tira proveito da oferta de cargos a apadrinhados
políticos, a gestão lulopetista monta uma rede para facilitar o
encaminhamento de questões que lhe são caras dentro da empresa.
São substituições que atingem, por exemplo, o Comitê de Pessoas, que
avalia se a política de indicações obedece aos requisitos de governança
da empresa. É a instância que, ultimamente, tem atrapalhado os planos do
governo Lula, ao emitir pareceres rejeitando nomeações pelos mais
diversos conflitos. As recomendações têm sido ignoradas pelo governo,
que tem manobrado para burlar as regras internas, mas não sem desgastar
um pouco mais a imagem da empresa.
Petrobras registra prejuízo de R$ 2,6 bilhões
O aparelhamento chega a setores como o de auditoria, que avalia os
riscos de cada projeto da Petrobras para verificar se o retorno esperado
justifica o investimento – uma precaução imprescindível a qualquer
empresa que pretenda manter equilibrado seu grau de solvência, com um
nível de endividamento que não comprometa o patrimônio. Mas, num governo
em que o equilíbrio fiscal é frequentemente questionado pelo próprio
presidente, com sua recorrente cantilena de que gasto é “investimento”,
não há como esperar prudência na Petrobras.
A indicação de pessoas de confiança de ministros para cargos em áreas
como engenharia e exploração de petróleo, dispensando qualquer
conhecimento prévio sobre a empresa ou mesmo sobre o setor, é a
comprovação absoluta do descaso. Como detalhou a reportagem, a lista é
grande: vai de assessores de ministérios a sindicalistas e delegados,
passando até pela irmã de um doador de campanha eleitoral. É um método
em muitos aspectos semelhante ao que foi adotado nas gestões petistas e
que deu origem ao “petrolão”, com denúncias de propinas, subornos,
malversação de recursos e superfaturamentos de obras.
O PT, como sabemos, finge que o petrolão nunca existiu, e afeta
indignação quando se toca no assunto. É o mesmo espírito que norteia
explicações como a da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que nega
ter participado das escolhas, mas classifica os indicados como donos de
“currículos invejáveis”, o que ofende a inteligência alheia. Sob Lula da
Silva, a FUP ganhou status e poder na Petrobras, atuando quase como uma
diretoria à parte. Do mesmo modo, requer uma dose considerável de
ingenuidade crer na versão do Ministério de Minas e Energia (MME), que
informa não ter feito qualquer indicação – embora 3 dos 11 conselheiros
administrativos deem expediente no MME.
A reportagem mostra que os ministros de Minas e Energia, Alexandre
Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa, tiveram participação ativa na
mudança na presidência da Petrobras, que não estava atendendo a contento
a todos os anseios do governo, a despeito do esforço de Jean Paul
Prates de colocar em prática decisões do governo, como a mudança na
política de preços dos combustíveis para “abrasileirá-los”.
Na visão do governo Lula da Silva, a principal função das estatais
parece ser a de cabide para pendurar não só os apadrinhados, como também
para dar a essas pessoas a tarefa de atender aos desejos do governo,
sejam quais forem. Não surpreende que bancos de investimentos, como
Citi, UBS e HSBC, tenham distribuído a seus clientes relatórios
alertando sobre a visível deterioração nas regras de governança da
Petrobras.
Todos nós já passamos por isso: aquela vontade de ficar em casa e
evitar até experiências que sabemos que vamos curtir – mesmo quando o
que mais precisamos é melhorar um pouco o humor. Pulamos a festa de
aniversário. Cancelamos o almoço. Simplesmente não vale a pena. E aí o
mais provável é que a gente se sinta ainda pior do que antes.
Então, como você encontra motivação para sair de casa, especialmente quando está enfrentando depressão, estresse, cansaço e solidão? Uma estratégia comprovada é fortalecer o que os psicólogos chamam de sensibilidade à recompensa.
Nosso impulso para buscar a felicidade é um músculo que podemos
desenvolver, assim como nossa capacidade de saborear experiências. Quase
qualquer pessoa pode aprender a aumentar sua sensibilidade à recompensa
treinando para identificar e saborear suas emoções positivas. Isso vale
até mesmo para pessoas com depressão e ansiedade que têm dificuldade de
sentir prazer, um problema chamado anedonia.
Passos simples podem ajudar a aumentar o impulso para buscar emoções positivas Foto: Hoi Chan/The New York Times
É claro que todo mundo às vezes tem dificuldade para buscar alegria.
Recentemente, levei meus filhos pequenos para a praia no fim de semana.
Horas antes da nossa viagem, soube que um amigo tinha morrido.
Entorpecida pela notícia, não estava com vontade de me divertir, embora
quisesse fazer com que aquele fim de semana fosse especial para minha
família.
A Musculação É A Melhor Opção Para Quem Quer Emagrecer?
Faz parte do meu trabalho de terapeuta ensinar as pessoas a gerenciar
suas emoções. E, como digo aos meus pacientes, é possível honrar fontes
legítimas de dor e, ainda assim, reconhecer que momentos de brilho
melhoram nosso bem-estar.
As estratégias abaixo, que são fundamentadas em pesquisas e que uso
na minha clínica, me ajudaram a aproveitar ao máximo nossa viagem.
Sensibilidade à recompensa e saúde mental
Quando o assunto é tratamento de saúde mental, médicos e terapeutas
tendem a se concentrar em aliviar os sintomas negativos de seus
pacientes: eles querem “tirar as coisas ruins”, explicou Alicia Meuret,
professora de psicologia na Southern Methodist University.
No entanto, a maioria de nós não precisa apenas reduzir a dor: precisamos também aumentar a alegria.
Na verdade, fortalecer as emoções positivas às vezes é mais
importante do que conter os sintomas depressivos. E pesquisas demonstram
que tratamentos baseados nessa ideia podem ser eficazes.
Um estudo de 2023 coliderado por Meuret descobriu que, quando adultos com depressão ou ansiedade participaram
de 15 semanas de psicoterapia focada em aumentar as emoções positivas,
eles relataram melhoras mais consideráveis do que um grupo cuja terapia
se concentrara em reduzir as emoções negativas.
Intervenções mais breves também apresentaram benefícios. Um estudo de
2024 com 85 alunos, liderado por Lucas LaFreniere, professor assistente
de psicologia no Skidmore College, enviou a indivíduos com ansiedade
lembretes periódicos no smartphone para eles planejarem atividades
prazerosas, saborearem momentos positivos e ansiarem por eventos
positivos futuros. Após uma semana, eles melhoraram significativamente
os sentimentos de otimismo.
Um exercício para aumentar sua sensibilidade à recompensa
Para aumentar sua sensibilidade à recompensa, você pode tentar um
exercício baseado nos planos de tratamento desses estudos. Faça disso
uma prática diária pelo tempo que for útil, mas tente se comprometer por
uma semana, pelo menos.
Comece planejando uma atividade por dia que deixará você feliz ou lhe
dará um sentimento de realização. Isso fará com que você tenha menos
probabilidade de adiar experiências positivas. Seja realista: pode ser
algo tão simples quanto se presentear com uma comidinha favorita, ler
algumas páginas de um romance ou fazer uma chamada de vídeo com um
amigo.
Depois de curtir esse momento diário, feche os olhos e conte em voz
alta, no tempo presente, onde e quando você experimentou a maior
alegria. Concentre-se nos detalhes e nas sensações físicas, como a brisa
refrescando seu rosto no pôr-do-sol. Tudo isso pode parecer piegas, mas
não ignore os detalhes, disse Meuret. A ideia não é só lembrar como
você se sentiu, mas amplificar e reviver esse momento.
Os psicólogos chamam de “saborear” esse processo de identificar e mergulhar em emoções positivas.
“Cultivar o brilho das emoções positivas”, como disse LaFreniere,
fortalece sua memória delas e aumenta sua motivação para buscá-las no
futuro. Saborear também ajuda a neutralizar a tendência muito humana de
focar e lembrar de aspectos negativos de determinado acontecimento: o
amigo que chegou 15 minutos atrasado, a coisa que você se arrependeu de
ter dito.
Mais maneiras de reforçar sentimentos positivos
Aqui estão alguns ajustes mais sutis, mas poderosos, que você pode fazer para nutrir uma mentalidade positiva.
Expanda seu vocabulário da alegria: muitos de nós
temos dificuldade de caracterizar nossas emoções positivas com adjetivos
muito além de “bom”, “legal” ou “ótimo”. Mas pesquisas sugerem que
encontrar mais palavras para descrever esses sentimentos pode validá-los
e intensificá-los, disse Meuret. Ao refletir sobre como algo fez você
se sentir, tente falar com mais precisão, usando palavras como “sereno”,
“exultante”, “eufórico”, “encantado”, “inspirado”.
Compartilhe seus melhores momentos: pense nos
detalhes que você geralmente conta quando alguém lhe pergunta sobre seu
dia ou sobre uma viagem recente. Às vezes, é tentador usar a resposta
para desabafar. Mas falar sobre o que deixou você mais feliz pode fazer
você se sentir melhor e espalhar essa felicidade para a outra pessoa –
além de fortalecer seu vínculo com ela, disse Charlie Taylor, professor
associado de psiquiatria na Universidade da Califórnia, em San Diego,
que pesquisa a sensibilidade à recompensa social.
Veja o copo meio cheio: com a prática, você vai
conseguir enxergar os pontos positivos que se escondem em coisas que
costumamos encarar como negativas, disse Taylor. Por exemplo, se você
convida colegas de trabalho para algum evento e somente uma pessoa
aparece, é fácil ver isso como um fracasso. Mas o lado positivo, disse
ele, é que você tem a chance de conhecer melhor essa pessoa.
Anteveja vitórias futuras: se você sente pavor só
de olhar para o calendário, disse Meuret, escolha um evento que esteja
se aproximando e pense no melhor resultado possível. Se você estiver sem
energia e quiser desistir de encontrar um amigo para um treino na
academia, imagine uma aula especialmente energizante. Imagine que vocês
vão se divertir e depois sentir orgulho da prática. Usar imagens pode
encorajar a motivação e preparar você para experiências mais
edificantes, explicou Meuret.
Dê a si mesmo permissão para se sentir feliz
Tenha em mente que às vezes é normal se sentir desconfortável com
sentimentos prazerosos, principalmente se você sofre de depressão e
ansiedade.
“Algumas pessoas às vezes se sentem vulneráveis quando se permitem se
sentir bem”, disse LaFreniere. As preocupações podem preparar você para
reagir às ameaças – mas, se estamos sempre nos preparando para um
desastre, disse ele, perdemos a felicidade que está diante de nós agora.
Na minha recente viagem de fim de semana com meus filhos, foi difícil
me divertir. Mas, mesmo assim, compartilhar marshmallow diante do mar
resplandecente me encheu de prazer. Fiz questão de parar e saborear os
melhores momentos, como quando alguns floristas nos deram punhados de
hortênsias e rosas de um arco de casamento que estavam desmontando na
praia. Senti ondas de tristeza quebrando pela viagem, pensando no amigo
que tinha perdido, mas me deixar levar pelo amor e pela leveza me ajudou
a reencontrar meu equilíbrio.
“A verdade”, disse LaFreniere, “é que às vezes precisamos nos comportar como pessoas felizes se realmente queremos ser felizes”.
A regra prevê que o indicado seja
sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O nome
deve ser aprovado por maioria simples na comissão e em Plenário. Segundo
o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, Galípolo está
preparado para essas etapas.
Por Redação – de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou o líder do
governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), nesta segunda-feira, em
reunião no Palácio do Planalto, a acompanhar o economista Gabriel
Galípolo nas reuniões com senadores nos próximos dias, que antecedem a
sabatina. Galípolo foi indicado por Lula para presidir o Banco Central
(BC) a partir de janeiro de 2025, mas ainda precisa passar pela
aprovação dos senadores.
O governo espera que a sabatina ocorra na próxima semana, no dia 10,
conforme previamente acertado com o presidente da Casa, senador Rodrigo
Pacheco (PSD-MG).
Etapas
A regra prevê que o indicado seja sabatinado pela Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O nome deve ser aprovado por
maioria simples na comissão e em Plenário. Segundo o ministro de
Relações Institucionais, Alexandre Padilha, Galípolo está preparado para
essas etapas.
— Gabriel Galípolo está mais do que preparado para fazer com que o
Banco Central cumpra os quatro objetivos que estão na lei de autonomia
do Banco Central: fomento ao pleno emprego, efetividade do sistema
financeiro, a suavização de qualquer tipo de oscilação econômica, do
respeito à política monetária — disse Padilha a jornalistas, nesta
manhã.
O economista já passou por esse rito em 2023, quando assumiu a diretoria de Política Monetária do BC.
Além de acompanhar Galípolo nas reuniões, Wagner deve ser o relator
da indicação. Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, o senador
Vanderlan Cardoso (PSD-GO) tem uma reunião marcada nesta terça-feira,
com Pacheco, sobre os detalhes finais.
Enviado ao Congresso na noite de
sexta-feira, o projeto foi detalhado nesta manhã, por técnicos da equipe
econômica. Como algumas medidas dependem de votações no Congresso e das
negociações para prorrogar a desoneração da folha de pagamento, o
governo pretende enviar medidas adicionais.
Por Redação – de Brasília
O Projeto de Lei do Orçamento de 2025 buscará R$ 166,2 bilhões em
receitas extras para cumprir a meta de zerar o déficit primário no
próximo ano. A maior parte dos recursos virá de programas especiais de
renegociação de dívidas de empresas (R$ 30 bilhões) e da retomada do
voto de desempate do governo no Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais (Carf), órgão da Receita que julga administrativamente débitos
de grandes contribuintes (R$ 28,5 bilhões).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera um crescimento maior do PIB
Enviado ao Congresso na noite de sexta-feira, o projeto foi detalhado
nesta manhã, por técnicos da equipe econômica. Como algumas medidas
dependem de votações no Congresso e das negociações para prorrogar a
desoneração da folha de pagamento, o governo pretende enviar medidas
adicionais caso haja frustração de receitas.
Do lado das despesas, o governo pretende reduzir as despesas
obrigatórias em torno de R$ 26 bilhões. O plano de revisão foi anunciado
na semana passada pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento.
Receitas
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario
Durigan, o Orçamento de 2025 está em linha com o dos últimos anos, com o
governo buscando corrigir distorções tributárias que favorecem os mais
ricos e impactam a arrecadação.
— O Orçamento não é um ponto fora da curva. Se a gente começou o ano
passado com uma estratégia consistente, a gente vem repetindo essa
estratégia, a importância do equilíbrio fiscal para a cidadania
brasileira. A gente começou a fazer isso ano passado, cobrando de quem
não paga. O Orçamento de 2025 não pode fugir dessa linha — afirmou
Durigan, a jornalistas.
O secretário ressalta que outro fator que contribuirá para a alta das
receitas no próximo ano são as medidas aprovadas em 2023, que estão
surtindo efeito no médio prazo.
— A gente tem visto o crescimento da receita real (acima da inflação)
9% acima de todas as despesas federais. Quando o país cresce 2,9%, este
ano 2,5%, um pouco mais, vemos a receita cresce 9% Se olhar a variação
nominal, o crescimento é quase 15%. O resultado de um esforço feito no
ano passado pelas instituições brasileiras, tanto do governo federal,
como pelo Congresso e pelo Judiciário — acrescentou.
Incentivos
Em relação à desoneração da folha de pagamento, a proposta de
Orçamento prevê o reforço de R$ 26 bilhões no próximo ano, considerando
que o Congresso não conseguirá aprovar a tempo o projeto de lei que
compensa o incentivo para 17 setores da economia e para pequenos
municípios.
Caso o acordo fechado com o Supremo Tribunal Federal (STF) prospere e
o projeto seja aprovado até 11 de setembro, o Orçamento reduziu a
arrecadação para R$ 18 bilhões, porque nesse caso a folha será reonerada
gradualmente até 2027.
O ministro Gilmar Medes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco
dias de prazo para que o procurador-geral da República, Paulo Gonet,
apresente parecer sobre o modelo de escolas cívico-militares do governo
estadual de São Paulo. No processo, o PT questiona uma lei aprovada pela
Assembleia Legislativa do estado, que prevê a contratação e a
remuneração de policiais militares e bombeiros aposentados para funções
administrativas e de vigilância nas unidades de ensino. Esses
profissionais também ficam encarregados do desenvolvimento de
“atividades extracurriculares de natureza cívico-militar”. Tanto PT
quanto PSOL, que também ajuizou uma ação de igual teor, alegam que, “à
luz do ordenamento jurídico constitucional”, não há possibilidade de
fusão de modelos de educação civil e militar. A Advocacia-Geral da União
(AGU) já se manifestou no STF. O órgão defende que não há previsão
legal para inclusão da Polícia Militar como parte da política de
educação básica. O governo de São Paulo justifica, na defesa
apresentada, que o programa não pretende substituir o modelo tradicional
de escola pública e apenas “institui um modelo de gestão escolar que
inclui conteúdos extracurriculares voltados à formação cívica dos
alunos”. https://www.youtube.com/watch?v=VJVXkTnMkVQ Escolas
cívico-militares O programa permite que o governo paulista estabeleça o
modelo cívico-militar de ensino tanto em unidades vinculadas às redes
públicas do estado como dos municípios. O programa está previsto para
ser gerenciado pela Secretaria da Educação em parceria com a Secretaria
da Segurança Pública. As secretarias de Educação – do estado e dos
municípios – serão responsáveis por apontar as instituições aptas para o
programa, considerando: aprovação da comunidade escolar das unidades;
índices de vulnerabilidade social dos estudantes; fluxo escolar (evasão e
repetência, por exemplo); rendimento dos alunos, entre outros pontos.
Nas escolas do modelo, ao menos um policial militar, selecionado via
processo seletivo, atuará na administração escolar e na disciplina das
unidades. O programa foi aprovado pelos deputados paulistas em 21 de
maio. No texto do projeto, o governo disse que o programa visa, entre
outros pontos, enfrentar o abandono escolar e contribuir pela melhoria
das infraestruturas das escolas. “[O programa é] para criar um ambiente
onde a gente possa desenvolver, sim, o civismo, possa, sim, cantar o
hino nacional, e possa, sim, fazer com que a disciplina ajude a ser um
vetor da melhoria da qualidade do ensino”, afirmou o governador na
semana seguinte, ao sancionar o projeto
Autor: Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria
O levantamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela
um dado alarmante: o Brasil possui uma das maiores taxas de jovens que
não estudam nem trabalham – os chamados “nem-nem” – em comparação a
outros países. Em 2023, 20,6% dos brasileiros se encontravam nessa
condição, enquanto na Argentina essa parcela era de 15%, e na Bolívia e
Chile, 9,5% e 15,3%, respectivamente. Esses números levantam questões
profundas sobre o estado da economia brasileira, as oportunidades de
emprego e a educação no país.
Entender por que o Brasil lidera esse ranking indesejado requer uma
análise das condições econômicas e sociais que perpetuam essa situação. A
desaceleração econômica que o Brasil experimentou na última década,
agravada pela pandemia de Covid-19, contribuiu para o aumento do
desemprego e para a falta de oportunidades educacionais de qualidade.
Além disso, a informalidade do mercado de trabalho e a precariedade
das políticas públicas voltadas para a juventude tornam a transição da
escola para o trabalho ainda mais desafiadora.
A questão de gênero
O estudo da OIT destaca outro aspecto crucial: a disparidade de
gênero. A cada três pessoas “nem-nem”, duas são mulheres. Essa diferença
é, em grande parte, consequência de uma recuperação desigual no mercado
de trabalho pós pandemia, onde os homens foram mais rapidamente
reabsorvidos. As mulheres, especialmente as mais jovens e de baixa
renda, enfrentam barreiras adicionais, como a responsabilidade
desproporcional pelos cuidados domésticos e a falta de políticas
eficazes de apoio à maternidade e à inserção no mercado de trabalho.
Impactos econômicos e sociais
A presença significativa de jovens “nem-nem” não é apenas uma questão
individual, mas um problema estrutural que afeta toda a sociedade.
Jovens fora do mercado de trabalho ou da educação representam uma perda
de capital humano, diminuindo a capacidade produtiva do país e agravando
as desigualdades sociais. Além disso, essa situação pode gerar um ciclo
vicioso de exclusão e marginalização, dificultando ainda mais a
inclusão dessas pessoas no futuro.
Quando comparado a países como Argentina, Bolívia e Chile, o Brasil
se destaca negativamente. Embora todos esses países enfrentem desafios
socioeconômicos, a menor taxa de “nem-nem” na Bolívia e no Chile sugere
que políticas mais eficazes de inclusão e desenvolvimento juvenil foram
implementadas. A Argentina, embora também apresente problemas
semelhantes, ainda consegue manter um número significativamente menor de
jovens nessa situação.
Soluções potenciais
Abordar a questão dos “nem-nem” no Brasil requer uma abordagem
multidimensional. Em primeiro lugar, é necessário fortalecer as
políticas públicas que incentivem a educação e a qualificação
profissional, especialmente para as mulheres. Programas de apoio ao
primeiro emprego, parcerias público-privadas para a criação de estágios e
aprendizagens e incentivos à formalização do trabalho são fundamentais.
Além disso, é imprescindível que o Brasil desenvolva políticas de
proteção social que permitam às mulheres participar plenamente do
mercado de trabalho, incluindo creches acessíveis e licença parental
mais equitativa. Investir em educação de qualidade e em oportunidades de
qualificação para os jovens, especialmente os mais vulneráveis, é
essencial para evitar que continuem à margem da sociedade.
A situação dos jovens “nem-nem” no Brasil é um sintoma de problemas
mais profundos no tecido socioeconômico do país. A solução não será
simples, mas deve começar com um reconhecimento das falhas sistêmicas e
uma vontade política de implementar mudanças significativas. Sem isso,
corremos o risco de perpetuar um ciclo de pobreza, exclusão e falta de
oportunidades, condenando uma parte significativa de nossa população
jovem a um futuro incerto e limitado.
Neste contexto, é crucial refletirmos sobre o local que queremos
construir para as próximas gerações e quais ações estamos dispostos a
tomar para garantir que cada jovem brasileiro tenha a oportunidade de
estudar, trabalhar e contribuir para o desenvolvimento do país.
Virgilio Marques dos Santos é um dos fundadores da FM2S, gestor de
carreiras, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp
e Master Black Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos
de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de
Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de
pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de
bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação
Tecnológica.
Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso
Junior Borneli, co-fundador do StartSe
Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)
Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor
Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe.
Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar
lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).
É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E
como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma
espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira
outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas,
conhecendo culturas diferentes.
Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do
Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não
duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a
diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator
entre fracasso e sucesso.
Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo.
“Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e
manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é
fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das
pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.
De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o
foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo
ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi
possível para o melhor resultado”, avisa.
Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as
coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma
situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde
você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das
coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o
empreendedor.
Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica
importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes
adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso
é a superação”, destaca Junior Borneli.
Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no
primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito
comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes,
receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”,
afirma.
É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será
fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior
parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado
expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria
fica pelo caminho”, diz.
É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá
que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a
sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a
trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky
Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto
aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.
O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham
glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com
super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa
espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à
tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.
Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são
persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará
valer a pena!,” destaca o empreendedor.
DERROTA TAMBÉM ENSINA
Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá,
tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos
ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova
tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos
Estados Unidos”, afirma Junior.
No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e
aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já
falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou
capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.
Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para
não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e
entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e
suportáveis”, salienta.
Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos
traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo
dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são
fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao
orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão.
Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e
siga firme em frente”, afirma.
É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você
não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se
você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm
coragem e disposição para fazer”, completa.
O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?
Moysés Peruhype Carlech
Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”,
sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de
resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial
da Startup Valeon.
Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer
pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as
minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais
uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?
Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a
sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você
comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online
com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu
WhatsApp?
Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para
ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja
e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.
A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao
mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para
sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em
Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para
enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de
isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos
hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar
pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade,
durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar
por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que
tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa
barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio
também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.
É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda
do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim
um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu
processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e
eficiente. Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e
aumentar o engajamento dos seus clientes.
Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu
certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. –
Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um
grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe
você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o
próximo nível de transformação.
O que funcionava antes não necessariamente funcionará no
futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas
como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos
consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas
tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo
aquilo que é ineficiente.
Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de
pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos
justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer
e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde
queremos estar.
Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a
absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que
você já sabe.
Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo
por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na
internet.
Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a
sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar
você para o próximo nível.
Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.
Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.
Procurada por e-mail, a Starlink não se posicionou até a publicação deste texto. A empresa disse ao Fantástico, programa da TV Globo onde foi exibida a entrevista de Baigorri, que não se manifestaria.
O objetivo do bloqueio financeiro foi garantir a existência de
recursos financeiros para pagamento de multas aplicadas ao X por
descumprimento de decisões judiciais que determinavam a exclusão de
conteúdo e o bloqueio de perfis na rede social. O argumento é que as
empresas fazem parte do mesmo grupo econômico.
“Entrei em contato com os advogados da Starlink perante a Anatel e o
que nos foi informado ao longo da tarde é que a Starlink não ia bloquear
o acesso ao X enquanto não fossem liberados os recursos bloqueados pela
Justiça associados à Starlink”, disse Baigorri em entrevista exibida no
programa Fantástico, da TV Globo neste domingo.
O presidente da Anatel afirmou que a informação foi encaminhada para
Moraes e que caberá ao ministro tomar “as medidas que entender
cabíveis”.A pedido do Estadão, o diretor de tecnologia
da empresa de telecomunicações Sage Networks, Thiago Ayub, fez testes e
confirmou a disponibilidade do site a clientes da Starlink.
“Sim, o X ainda está acessível a clientes da Starlink neste momento e
recebi evidências de clientes do serviço em solo brasileiro que
continuam navegando com sucesso pelo serviço”, afirmou, no fim da noite
de sábado.
Empresários que revendem a Starlink na região Norte também relataram ao Estadão disponibilidade do X aos clientes conectados pela tecnologia de Musk.
Em grupos de usuários da Starlink no Facebook, clientes da tecnologia
têm dito que o acesso à rede social continua sendo possível quando
conectados pela internet via satélite.
Um cliente mostrou tentativas de acesso ao site x.com por
meio da internet móvel e da banda larga da Starlink, no celular. No
primeiro teste, a página ficava indisponível. No segundo, o acesso
ocorreu sem restrições.
A ordem inicialmente não cumprida era para bloqueio de usuários
envolvidos no que foi apontado como uma campanha de intimidação e
ameaças a membros da Polícia Federal que investigam atos antidemocráticos e milícias digitais. Entre os nove alvos estavam o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e páginas ligadas ao blogueiro foragido Allan dos Santos.
O empresário Elon Musk e o ministro do STF Alexandre de Moraes Foto:
Trevor Cokley/U.S. Air Force – Rodrigues-Pozzebom/ Agencia Brasi
Nessa campanha, o grupo disseminou mensagens com dados pessoais e
familiares de um delegado, sugeriu que a realização do G-20 estaria em
risco por negligência da PF, afirmou haver “milhares de crianças
vítimas” de um policial e questionou se um delegado deveria estar “vivo
ou morto”.
“Constatou-se que diversas pessoas passaram a aderir à campanha de
intimidação dos policiais federais, iniciada por Allan dos Santos, por
meio do envio de e-mails anônimos, de exposição de dados pessoais, de
publicações de fotografias dos policiais e/ou de seus familiares em
redes sociais”, diz a investigação.
O relatório que pedia os bloqueios salientou que as intimidações
haviam chegado ao meio físico. Isso porque “um macaco de pelúcia azul
foi pendurado no limpador do vidro traseiro do carro pessoal do delegado
Fábio Shor”. Segundo a investigação, seria um “claro recado de que seus
autores conhecem o veículo e o local de residência do servidor, como
mais uma forma de intimidar sua atuação nas apurações de organização
criminosa no STF”.
A ordem para bloqueio dos perfis é do dia 7 de agosto. O X só foi
intimado no dia 12 e não a cumpriu. No dia 16, Moraes destacou que a
empresa estava “agindo de má-fé” e determinou o cumprimento imediato
“sob pena de multa diária de R$ 20 mil e decretação de prisão por
desobediência à determinação judicial”.
No dia 17, Elon Musk anunciou o fim das atividades do X no Brasil.
Para Alexandre de Moraes, o encerramento tinha objetivo “ilícito e
fraudulento” para “permanecer descumprindo ordens do Poder Judiciário
brasileiro”.
A publicação foi acompanhada pela transcrição de um post do senador
Marcos do Val sobre a investigação, mas ignorou o contexto da
investigação realizada no âmbito da Suprema Corte.
“Moraes justificou algumas de suas ordens ilegais. Em resumo, ele
explica que qualquer pessoa que busque expô-lo ou expor seus cúmplices –
de qualquer maneira, deve ser silenciada em nome da ‘democracia’”,
publicou a rede de Elon Musk.
O presidente Lula da Silva anunciou numa entrevista a uma rádio
paraibana que já tomou a decisão de incluir o botijão de gás na cesta
básica até 2026, ano de eleição presidencial. Ou seja, quer colocar o
GLP numa lista formada exclusivamente por alimentos essenciais. Para
ele, trata-se de uma medida para coroar as mudanças no Auxílio Gás, que
será ampliado para virar o programa “Gás Para Todos” e quadruplicar os
beneficiários até 2026, obviamente driblando o Orçamento.
Não ficou claro como Lula conseguirá realizar a tal promessa, mas
isso não costuma ser um problema para um presidente que confunde sua
caneta com uma varinha de condão, capaz de resolver qualquer impasse com
uma simples assinatura voluntarista. Foi assim que, sem sequer
consultar o setor de petróleo, Lula baixou um decreto há poucos dias
dando poderes à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) para determinar a redução da proporção de
reinjeção e queima de gás nos poços produtores de petróleo, na presunção
de que a medida barateará o gás.
“O gás é barato, a Petrobras não tem o direito de queimar gás”,
afirmou Lula, na mesma entrevista em que falou do botijão. Desde que
tomou posse, o presidente vive a dizer que considera um desperdício a
queima e a reinjeção de gás, indiferente aos argumentos de que não há
infraestrutura de transporte suficiente para a oferta de todo esse gás
para o consumo e que a reinjeção é uma técnica mundialmente utilizada
para aumentar o aproveitamento da produção de petróleo.
A mais recente canetada mágica de Lula criou a primeira saia-justa
para Magda Chambriard, sua atual preposta na presidência da Petrobras.
Magda informou que não há como viabilizar a mudança pretendida pelo
chefe nos poços em produção ou que já têm plataformas encomendadas (14
estão a caminho), situação que ela considerou “lastimável”. Segundo a
executiva, a impossibilidade técnica é responsabilidade do “governo
passado” – isto é, de Jair Bolsonaro. Magda deve saber perfeitamente que
as especificidades técnicas dos equipamentos operacionais da empresa
não são definidas por governos, mas, ao apontar o dedo para Bolsonaro,
mostra que já pegou o jeitão da coisa.
Além disso, como bem lembrou a economista Elena Landau recentemente em sua coluna no Estadão,
o governo trata a Petrobras como monopolista, ignorando multinacionais
do petróleo que atuam há anos no País e que confiaram na segurança dos
contratos de concessão assinados com a ANP. Ademais, como o decreto
presidencial afeta toda a exploração de petróleo, que no Brasil ocorre
com o gás natural associado, a emergente indústria nacional privada
também é atingida.
A construção de uma rede de gasodutos que permita o escoamento do gás
que é encontrado associado ao petróleo produzido no mar, especialmente
na região do pré-sal, como pretende Lula da Silva, é um investimento
pesado. Somente o gasoduto Rota 3, em planejamento desde 2014 como a
terceira linha de dutos para transportar o produto da Bacia de Santos ao
continente, é estimado em mais de US$ 2 bilhões e reduzirá a
necessidade de reinjeção de gás em apenas 10%.
O governo lulopetista decidiu que a devolução de gás aos poços terá
de ser drasticamente reduzida para elevar a oferta de gás no mercado
consumidor, mas não disse quem financiará a infraestrutura necessária
para isso. Como disse Landau, “tem cheiro do Brasduto no ar”. Também
decidiu que vai quadruplicar o gasto com o Auxílio Gás dos atuais R$ 3,4
bilhões para R$ 13,6 bilhões até 2026, sem esclarecer de que forma as
receitas e despesas do programa serão contabilizadas no Orçamento.
A criatividade contábil do lulopetismo é proverbial. Não será
surpresa se as empresas de petróleo repassarem diretamente à Caixa, e
não ao Fundo Social do Pré-Sal, as contribuições que vão bancar o
programa. Esses tributos pagos pela produção de petróleo são verbas que
deveriam entrar no Orçamento, mas, no caso, podem pegar um atalho,
contornando o arcabouço fiscal, para cair direto na conta populista de
Lula da Silva.