sexta-feira, 30 de agosto de 2024

IA REFLETE NA GRADE CURRICULAR DO ENSINO SUPERIOR DE FORMA TÍMIDA

 

História de Vanessa Fajardo – Jornal Estadão

Nem os currículos de cursos tradicionais do ensino superior, como Medicina ou Direito, estão passando ilesos pela inteligência artificial (IA). À medida que a tecnologia avança e muda a forma como a sociedade se relaciona e trabalha, isso se reflete na grade curricular, mesmo que ainda de forma tímida.

Nos Estados Unidos, uma pesquisa com 2.693 reitores de universidades públicas e privadas apontou que 14% das instituições já fizeram alguma revisão do currículo levando em consideração o impacto da IA, enquanto 73% declararam estar planejando promover uma atualização.

A IA também ganha espaço em outro curso muito tradicional, o de Medicina Foto: ipopba/Adobe Stock

A IA também ganha espaço em outro curso muito tradicional, o de Medicina Foto: ipopba/Adobe Stock

Os dados também mostram que somente 20% das instituições publicaram uma política que institucionaliza o uso da inteligência artificial. A pesquisa foi realizada em janeiro e fevereiro pela Inside Higher Ed, uma organização de notícias do ensino superior, em parceria com a Hanover Research, uma empresa de pesquisa.

Marina Feferbaum, coordenadora do Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação da FGV Direito SP, diz que a tecnologia deve ser transversal no currículo. “Não é porque o aluno não vai se aprofundar neste tema que não vai lidar, por exemplo, com crime cibernético em Direito Penal. O direto digital é interdisciplinar. Todo começo de semestre a gente coloca os professores para discutir as agendas e abordar a forma sobre como vão trazer o tema.”

Marina Feferbaum, coordenadora do Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação da FGV Direito SP, diz que a tecnologia deve ser transversal no currículo Foto: FGV

Marina Feferbaum, coordenadora do Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação da FGV Direito SP, diz que a tecnologia deve ser transversal no currículo Foto: FGV

Além disso, a FGV oferece disciplinas eletivas específicas por meio do Labtech, laboratório de tecnologia para o ensino jurídico. Uma delas é a de automação de documentos jurídicos, ministrada em parceria com uma startup. Os alunos aprendem uma linguagem de programação em python que os ajuda a lidar com a papelada, tão marcante na rotina da profissão, de forma digital.

Outro exercício do Labtech foi a criação de um chat box para responder questões jurídicas. “Foi um grande desafio aprender essas lógicas, mas, no fim, o exercício mais difícil foi lidar com as soft skills (habilidades comportamentais)”, diz Marina. Na FGV, os estudantes a partir do 3.º ano de Direito podem participar de projetos multidisciplinares.

Treinando médicos

A IA também ganha espaço em outro curso muito tradicional, o de Medicina. Nas 15 instituições do Ecossistema Ânima que oferecem o curso de Medicina, os estudantes têm acesso a uma ferramenta que simula um paciente, dentro de um consultório virtual, permitindo a interação. O objetivo é reduzir erros por meio de um treinamento prático. O estudante pode conversar com o paciente por voz, fazendo perguntas e ouvindo as respostas.

Na sequência, há a análise do desempenho nesse atendimento. “Já que ele pode conversar livremente com o paciente, nós precisamos desenvolver ferramentas avaliativas que sejam capazes de registrar e interpretar as ações na simulação. É aí que entra a IA. Muito dessa análise é subjetivo e só é possível entregar valor se essa subjetividade for compreendida e o feedback for repassado com clareza para o aluno”, diz Vinicius Gusmão, diretor de TI da Inspirali, responsável pelos cursos de Medicina da Ânima.

A Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein utiliza manequins que são espécies de robôs semelhantes aos humanos, de forma que o aluno consiga praticar procedimentos reais de maneira segura. “Ele aprende urgência e emergência, mas também soft skills, como comunicação, trabalho em equipe e tomada de decisão”, diz Elda Pires, coordenadora acadêmica da graduação em Medicina.

O Einstein formou um núcleo com docentes de diferentes áreas de graduação para discutir a IA e desenvolveu um manual de orientações para professores e alunos, abordando o uso da tecnologia e os aspectos éticos envolvidos. Os detalhes são sigilosos. “A utilização de IA para os alunos estudarem ou resumirem conteúdos pode ser benéfica, desde que haja uma avaliação do material gerado. É essencial que os estudantes sejam capazes de discernir quais informações são úteis na tomada de decisão”, afirma Elda.

Letramento digital

No contexto educacional, um entrave importante para o bom aproveitamento de todo o potencial das ferramentas de IA é a falta de formação docente para o uso das tecnologias. Para Marina Feferbaum, da FGV, é fundamental que haja um apoio para que os professores não tenham de lidar com o fenômeno de forma isolada e sem informação.

“Temos feito muitos treinamentos. Não tem como deixar nas costas dos professores a decisão de como usar o ChatGPT. Quais são as políticas de uso? O que é aceitável? Estamos pesquisando como as universidades estão fazendo essas políticas”, diz Marina.

Na Universidade Federal do ABC (UFABC) é justamente a ausência do letramento digital entre o corpo docente o impeditivo para o uso da inteligência artificial de forma mais disseminada na graduação, segundo Michelle Sato Frigo, coordenadora titular do bacharelado em Ciência e Tecnologia. O projeto pedagógico revisado no ano passado prevê o uso da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), porém, como não há uma regulação específica para IA, o uso acaba a critério de cada professor.

“Na Matemática, tenho o exemplo de uma professora que explica o cálculo e depois discute a resolução dele a partir do que o ChatGPT proporciona. Sabemos que a IA vai funcionar a partir da entrada de dados, e se você não fizer isso bem haverá distorções. Porque há mais de uma forma de chegar à resolução de determinado problema”, diz Michelle. “Por outro lado, tenho colegas que estão demonizando uso de IA e exigem que os alunos entreguem exercícios por escrito.”

Para a docente, a mescla geracional de quadro docente da universidade acaba gerando uma resistência para o uso da tecnologia, a contragosto dos alunos que muitas vezes já têm acesso nos estágio que realizam no mercado de trabalho. “O uso da IA é uma realidade e nós estamos atrasados. Na Finlândia, por exemplo, o aluno monta a grade com 100% de laboratórios virtuais em salas de aprendizagem com seus avatares. Algumas empresas utilizam esse formato. Temos de preparar nossos alunos para isso.”

Entre as principais utilizações da inteligência artificial dentro das universidades apontadas pela pesquisa da Inside Higher Ed está o uso de aplicativos de assistentes de bate-papo virtuais e chatbots (45%). Outras 31% das instituições relataram a utilização para análises preditivas do desempenho do aluno.

Na sequência, apareceram:

  • pesquisa de análise de dados (28%);
  • cibersegurança (26%);
  • processos de admissão (25%);
  • sistema de gestão de aprendizagem (24%);
  • processos administrativos (19%);
  • arrecadação de fundos (14%);
  • orientação e apoio estudantil (13%).

Graduação em IA busca oferecer assistentes digitais cognitivos

“Quem não quer ter um assistente digital cognitivo?” A pergunta é de Wagner Sanchez, pró-reitor da FIAP, instituição que oferece a graduação em inteligência artificial. No Brasil todo, há 53 cursos superiores em IA. A criação e aperfeiçoamento de assistentes “cada vez mais inteligentes” é uma das missões dos egressos. “Essa é uma linha bastante promissora para o mercado porque vai atender médicos, advogados, arquitetos… Por que o médico não pode entregar os exames do paciente para uma segunda opinião ou, ainda, um advogado pedir auxílio para escrever uma petição?”

O pró-reitor conta que na FIAP o tecnólogo em IA reúne cerca de 60% de egressos do ensino médio, mais jovens, e outros 40% de desenvolvedores já formados “em busca de upgrade”. “Eu brinco com os alunos: você não vai ser substituído pela IA, mas sim por alguém que a conheça. Não trabalhe como um robô, senão você pode ser substituído por um deles.”

A cientista de dados Camilly Alves, de 21 anos, por exemplo, abandonou o curso de enfermagem e saiu do Recife para estudar IA em São Paulo. “No curso, a gente aprende a colocar a inteligência dentro do computador, a gente ensina a máquina a pensar.”

ENSINO A DISTÂNCIA EAD SERÁ MODIFICADO PELO MEC

 

História de Renata Okumura – Jornal Estadão

Diante da expansão da educação a distância no Brasil, surgem debates sobre os benefícios, assim como questionamentos sobre a qualidade e os limites. Até 31 de dezembro, o Ministério da Educação prevê a conclusão dos trabalhos que devem estabelecer os novos referenciais e o marco regulatório para a oferta de cursos de graduação EAD.

De acordo com dados do Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2012 essa modalidade representava 12% das matrículas no ensino superior. Em 2022, último Censo fechado, passou para 46%. O avanço, segundo o MEC, é explicado pelo crescimento na rede privada. Em 2022, 56% das matrículas particulares não eram presenciais.

Até 31 de dezembro, o Ministério da Educação prevê a conclusão dos trabalhos que devem estabelecer os novos referenciais e o marco regulatório para a oferta de cursos de graduação EAD Foto: Dida Sampaio/Estadão - 17/11/2021

Até 31 de dezembro, o Ministério da Educação prevê a conclusão dos trabalhos que devem estabelecer os novos referenciais e o marco regulatório para a oferta de cursos de graduação EAD Foto: Dida Sampaio/Estadão – 17/11/2021© Fornecido por Estadão

A legislação que regulamenta a oferta EAD já havia passado por alterações em 2017, com maior flexibilidade e autorização para a criação de um quantitativo de polos por ano, sem a necessidade de avaliação in loco pelo Inep. Em junho deste ano, porém, o MEC decidiu suspender a criação de programas, bem como o aumento de vagas e a criação de polos até 10 de março de 2025.

“A publicação da portaria visa a propiciar um ambiente estável até o fim de 2024 para que ocorra um debate profundo e ampliado sobre a modalidade”, justificou o ministério. O processo envolve reuniões que já ocorrem entre governo federal, gestores, especialistas, conselhos federais e representantes das instituições de educação superior.

Primeiras impressões

Sob a coordenação da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do MEC, o Conselho Consultivo para o Aperfeiçoamento dos Processos de Regulação e Supervisão da Educação Superior (CC-Pares) se reuniu no início deste mês para abordar o tema da revisão dos referenciais de qualidade.

Durante o encontro foram apresentados os eixos utilizados como roteiro para os trabalhos de revisão dos referenciais de: processos pedagógicos e acadêmicos; plataformas e ambientes virtuais de aprendizagem: uso e apropriação de tecnologias; polos; e profissionais da educação.

Para Lúcia Teixeira, presidente do Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior de todo o Brasil, a revisão é necessária, mas não se pode classificar negativamente a modalidade. “Estigmatizar o ensino a distância, já marcado por preconceitos, não pode ser o caminho. A discussão precisa ser pautada em qualidade e inclusão no ensino, considerando também que há escassez de políticas públicas.”

Independentemente da modalidade, Lúcia defende que é preciso discutir a democratização do acesso à educação superior com qualidade. “O ensino tem de atender os requisitos do conteúdo curricular e diretrizes de excelência”, avalia a presidente do Semesp, salientando a necessidade de definir quais são os cursos que podem ser oferecidos totalmente de forma online. “A carga horária presencial deveria ser de acordo com o curso. Tem cursos em que há uma necessidade maior ou menor.”

Diante dos avanços tecnológicos e da flexibilidade que a EAD permite, a tendência é que a modalidade, que já representa 60% das matrículas em ensino superior, cresça ainda mais nos próximos anos. Segundo Lúcia, existe preferência pela educação a distância entre alunos acima de 30 anos. Além disso, os com menor poder aquisitivo também são atraídos por causa das mensalidades mais baixas.

Situação polêmica

Em outubro, a intenção do MEC de autorizar que as graduações em Enfermagem, Direito, Psicologia e Odontologia pudessem ser cursadas a distância mobilizou conselhos federais. Na época, uma consulta pública foi aberta a partir da articulação do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Conselho Federal de Odontologia (CFO) e do Conselho Federal de Psicologia (CFP) em defesa do ensino presencial.

Um mês depois, em novembro, após a consulta pública, o MEC publicou uma portaria que suspendeu, por 90 dias, os processos de autorização de novos cursos a distância de 17 áreas, entre elas Direito, Medicina e todas as Licenciaturas. O prazo da decisão, posteriormente, foi prorrogado até maio de 2024 e, na sequência, ocorreu a suspensão atual.

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) reforça não ser contra as ações digitais, tecnológicas, diante do ganho que a saúde teve com a tecnologia. Entretanto, é contrário à formação na graduação e ensino técnico a distância. “Temos a convicção de que as aulas práticas em laboratórios para o treinamento diário do estudante e o contato humano e presencial são imprescindíveis para o aprendizado e para a boa formação do profissional que estará cuidando de pacientes com problemas reais, não virtuais”, afirma.

Para Patrícia Vanzolini, presidente da seção paulista da OAB, a formação dos profissionais da área de Direito requer o desenvolvimento de habilidades práticas, como argumentação oral, negociação, mediação, análise de casos concretos e interação social. “Alinhados ao Conselho Federal, vemos com preocupação cursos em formato 100% EAD, e julgamos indispensável assegurar a qualidade do ensino jurídico e dos profissionais que serão colocados no mercado.”

Ela acredita, porém, que algumas formações ou disciplinas podem ser oferecidas no formato virtual. “Como especializações, pós-graduação, recursos preparatórios, por exemplo. No entanto, é de suma importância que o MEC ouça e considere as avaliações dos especialistas em cada área de formação, para que se possa chegar a um consenso adequado, sem prejuízo às formações”, avalia Patrícia.

Por sua vez, a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) afirma que considerou inadequadas as suspensões propostas a diversos processos de autorização, credenciamento e recredenciamento de educação a distância e de cursos, incluindo a criação de programas, vagas e polos. “Esses atos contribuem para a exclusão social de estudantes que escolheriam EAD como modalidade de estudo.”

Licenciaturas tiveram aulas online limitadas a 50% do programa

Ainda envolvendo EAD, em outra decisão tomada em maio deste ano, o Ministério da Educação também classificou como válido o parecer do Conselho Nacional da Educação (CNE) que define que os cursos de Licenciatura a distância, que formam professores, devem ser oferecidos com 50% das aulas de forma presencial. As instituições de ensino têm dois anos para se adaptarem.

Para o Todos Pela Educação, a decisão representa um avanço. “Essa é uma medida importante, haja vista que há um conjunto de competências e habilidades que os futuros professores precisam desenvolver em que a presencialidade é condição fundamental”, avalia a entidade.

Já a Abed disse, na época, que o projeto inviabilizaria a oferta de cursos de Licenciatura a distância no Brasil, provocando, consequentemente, um apagão no número de professores formados nos próximos anos. “A Abed continuará a colaborar com o poder público, defendendo uma educação a distância de qualidade e se posicionando contra qualquer tipo de preconceito em relação à modalidade”, afirmou.

HARVARD OFERECE MAIS DE 100 CURSOS COM LEGENDA EM PORTUGUÊS

 

História de Caroline Vale – Catraca Livre

Veja como realizar um curso da Universidade de Harvard

Veja como realizar um curso da Universidade de Harvard© Depositphotos/postmodernstudio

Créditos: Depositphotos/postmodernstudio

Harvard, uma das universidades mais renomadas do mundo, oferece uma grande oportunidade para estudantes internacionais, incluindo brasileiros.

A instituição tem inscrições abertas para mais de 160 cursos online gratuitos, ministrados em inglês, mas com legendas em português disponíveis em algumas opções.

Os cursos, organizados em diversas áreas do conhecimento, permitem que estudantes de diferentes perfis aprimorem suas habilidades.

Quem pode se inscrever nos cursos de Harvard?

Os cursos online oferecidos por Harvard são acessíveis a estudantes de qualquer parte do mundo, sem restrições geográficas.

A universidade busca ampliar o acesso à educação de alta qualidade, oferecendo essas oportunidades de forma gratuita.

Embora a maioria dos cursos não exija pré-requisitos específicos, alguns podem pedir conhecimentos básicos, como no caso de “Métodos Quantitativos para Biologia”, que requer um entendimento prévio de álgebra.

Como funciona a plataforma HarvardX?

Disponíveis na plataforma HarvardX, os cursos estão estruturados no formato self-paced, ou seja, o estudante define seu próprio ritmo de aprendizado.

Para aqueles que desejam obter um certificado de conclusão, há uma taxa a ser paga, embora o certificado seja opcional.

Quais são as áreas de estudo disponíveis?

Harvard oferece cursos em 11 áreas distintas, incluindo Artes e Design, Negócios e Gestão, Ciência da Computação, Ciência de Dados, Ciências Sociais, Humanidades, Matemática e Análise de Dados, entre outras.

Essa diversidade permite que os estudantes escolham cursos que atendam às suas necessidades e interesses, ampliando seu conhecimento em áreas específicas.

Afinal, como realizar a inscrição nos cursos?

Para se inscrever, o estudante deve acessar a plataforma HarvardX, selecionar o curso de interesse e preencher os formulários com as informações necessárias. Veja os cursos disponíveis (Harvard University | edX)

É essencial que os candidatos leiam atentamente as descrições dos cursos antes de se inscreverem, para garantir que o curso escolhido atenda às suas expectativas e necessidades.

Essa é uma excelente oportunidade para aqueles que desejam melhorar suas habilidades, aprender algo novo ou enriquecer o currículo, tudo no conforto de casa.

DIA DO BEM FAZER NESTE SÁBADO (31) EM SANTANA DO PARAÍSO-MG



Neste sábado (31), Instituto InterCement realiza a 16ª edição do Dia do Bem Fazer em Santana do Paraíso

Ação mobiliza parceiros e voluntários e inclui obras de melhorias na escola municipal Idalino Amâncio dos Santos e na UBS Cidade Nova, beneficiando 5 mil pessoas   

Santana do Paraíso, 29 de agosto de 2024 – Agosto, mês em que se comemora o Dia Nacional do Voluntariado, foi escolhido para centralizar uma das mais relevantes atividades promovidas pelo Instituto InterCement, responsável pelas estratégias de investimento social privado da InterCement Brasil, uma das principais produtoras de cimento do País: o Dia do Bem Fazer.  Em sua 16ª edição, neste ano o evento englobará 25 ações em 13 municípios, beneficiando mais de 25 mil pessoas.

O Dia do Bem Fazer de Santana do Paraíso, que acontece no próximo sábado (31), das 8 às 12 horas, prevê a execução de obras de melhorias nas condições de acessibilidade, pintura do piso e do alambrado, além da revitalização dos equipamentos de treino da quadra poliesportiva da escola municipal Idalino Amâncio dos Santos. E, também, a construção de uma nova sala na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Cidade Nova (R. Jamil Selim de Sales, 61), para acomodar a equipe administrativa da unidade, e a instalação de uma cobertura para permitir a realização de campanhas de vacinação. As intervenções beneficiarão cerca de 5 mil pessoas. 

Realizado desde 2009, o Dia do Bem Fazer é o maior evento de voluntariado do Instituto e, além de integrar a agenda de investimento social da InterCement Brasil, também é um convite à prática cidadã e à celebração do trabalho voluntário coletivo. Representantes da população, juntamente com os colaboradores da companhia e de empresas parceiras, desenvolvem planos de ação orientados à superação de desafios sociais. Em 2023, o evento engajou 3.578 voluntários na execução de ações em 17 municípios, que beneficiaram aproximadamente 30 mil pessoas com investimentos de cerca de R$ 1.250.000,00. 

A atuação do Instituto InterCement integra a jornada ESG da companhia, que tem o voluntariado como um dos pilares estratégicos de desenvolvimento das suas ações. Na visão da InterCement Brasil, o trabalho voluntário é uma oportunidade para que colaboradores diretos e indiretos, assim como amigos e familiares, contribuam para o desenvolvimento comunitário dos municípios em que estão inseridos, valorizando, reconhecendo, apoiando e fortalecendo iniciativas sociais. 

Para 2024, a expectativa é que os investimentos nos projetos totalizem cerca de R$ 1,2 milhão.  Para os interessados em conhecer melhor as iniciativas, fazer doações e/ou participar de trabalho voluntário, basta acessar https://www.diadobemfazer.com.br

Sobre o Instituto InterCement

O Instituto InterCement, criado em julho de 2015, é responsável pelas estratégias de investimento social privado da InterCement Brasil, desenvolvendo, em conjunto com os municípios, iniciativas que visam a apoiar as potencialidades locais, contribuindo para o desenvolvimento comunitário. Todas as iniciativas sociais buscam o equilíbrio econômico, social e ambiental, além de promover o fortalecimento dos vínculos comunitários. A articulação em cada cidade se dá através dos Comitês de Desenvolvimento Comunitário (CDCs), que contam com representações do Poder Público, da sociedade civil e de empresas. A principal aspiração do Instituto é “fazer diferente e fazer a diferença”.

Sobre a InterCement Brasil

A InterCement Brasil é uma das líderes na produção de cimento no país e referência na utilização de combustíveis alternativos em seu processo de fabricação, contribuindo para a redução da emissão de gases de efeito estufa e para a sustentabilidade ambiental.

A empresa iniciou suas operações em 1974, em Apiaí (SP). Hoje conta com 15 unidades produtivas distribuídas por nove estados: Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo. A companhia atende clientes de diversos segmentos, do pequeno varejo até grandes obras e indústrias, por meio das marcas de cimento Cauê, Goiás e Zebu. Operar de forma segura e responsável, respeitando os seus valores e princípios, é uma de suas premissas. Por meio de iniciativas de mobilização social, voluntariado, projetos estruturantes e negócios de impacto, a companhia realiza o seu investimento social privado com foco no desenvolvimento das comunidades nas regiões onde atua.

 

IMPACTO DAS TECNOLOGIAS ESPECIALMENTE IA NAS CARREIRAS E NO MERCADO DE TRABALHO

 

Michelle Schneider – Redatora da StartSe

Profissões como especialistas em IA, engenheiros de aprendizado de máquina e cientistas de dados estão no topo da lista, destacando a crescente importância das habilidades tecnológicas. Entenda!

Foto de LinkedIn Sales Solutions na Unsplash

Desde que pedi demissão do TikTok, pouco mais de 6 meses atrás, mergulhei profundamente no estudo do impacto da tecnologia e, mais especificamente, da Inteligência Artificial, nas carreiras e no mercado de trabalho.

  • Esse período tem sido de intensa aprendizagem e desenvolvimento de habilidades que considero fundamentais para o emergente cenário profissional.

Além de cursos realizados no Brasil e no exterior (Israel e Vale do Silício), também estou terminando de escrever um livro sobre o tema e compartilhando essas descobertas em palestras não só no Brasil, mas em países como Cazaquistão e Angola.

Recentemente, aceitei um convite da StartSe para compartilhar parte desses aprendizados em uma coluna sobre o Futuro Presente do Trabalho.

Esse convite representa uma oportunidade para explorar um tema que se tornou central na minha carreira, principalmente após minha palestra no Tedx em 2018 sobre “O Profissional do Futuro”, que se tornou um dos Tedx mais assistidos do Brasil.

Curiosamente, após minhas palestras, frequentemente me deparo com duas perguntas:

  • “Quais serão os empregos do futuro?”
  • “Haverá empregos no futuro?”

São perguntas desafiadoras, especialmente porque prever o longo prazo é repleto de incertezas. Há 20 anos, quem poderia imaginar a existência de youtubers ou desenvolvedores de aplicativos?

No entanto, olhando para o curto prazo, alguns estudos fornecem pistas valiosas. O estudo “Future of Jobs” do Fórum Econômico Mundial tem sido um guia essencial, apontando para uma interseção complexa entre avanços tecnológicos, necessidades sociais e desafios ambientais.

Profissões como especialistas em IA, engenheiros de aprendizado de máquina e cientistas de dados estão no topo da lista, destacando a crescente importância das habilidades tecnológicas.

Além da ênfase tecnológica, o estudo também destaca a crescente importância de empregos focados na sustentabilidade e no meio ambiente, impulsionados pelas mudanças climáticas e necessidades ecológicas.

Profissões como gestor de sustentabilidade, engenheiro ambiental e especialista em energia renovável estão em alta demanda no mundo.

Por fim, o crescimento de empregos na saúde, impulsionados pela telemedicina e biotecnologia, além de áreas como educação, agricultura e comércio digital.

Os cargos em alta, segundo o LinkedIn

Recentemente, o LinkedIn divulgou a lista dos 25 cargos em alta no Brasil em 2024 e apesar dos dados do estudo do WEF serem globais, achei super interessante ver a intersecção entre ambas as listas.

Veja a lista:

Analista de privacidade

Avalia de forma contínua os riscos relacionados a dados sensíveis, ajudando empresas a desenvolver procedimentos para tratar essas informações de maneira adequada.

Analista de cibersegurança

Responsável por evitar ameaças cibernéticas a dispositivos e a redes, monitorando incidentes e avaliando vulnerabilidades.

Executivo(a) de vendas

Coloca em prática a estratégia de vendas, sendo responsável por processos desde a identificação de potenciais clientes a fechar negócios e administrar sua carteira de contas.

Representante de desenvolvimento de negócios (BDR)

Faz prospecção ativa e cultiva relacionamentos com potenciais clientes para gerar contatos qualificados e novas oportunidades de negócios.

Gerente de contas estratégicas

Responsável pela gestão das contas de clientes que geram maior parcela do faturamento da empresa ou que representam oportunidades estratégicas, oferece atendimento personalizado.

Diretor(a) de receita

Supervisiona todos os processos geradores de receita em uma empresa, escolhendo setores para foco e participando na definição das estratégias de planejamento e operações.

Engenheiro(a) de segurança de processo

Analisa riscos em processos industriais relacionados a compostos químicos e materiais, lidera projetos de engenharia e da indústria para propor melhorias e evitar acidentes.

Assessor(a) de investimento

Auxiliam sua carteira de clientes a tomar decisões de investimento, mostrando opções de produtos do mercado financeiro dentro de cada perfil.

Analista de dados

Profissional responsável por coletar dados e limpar bases de dados, faz análises e fornece material que auxiliam outras áreas do negócio a tomar decisões assertivas

Gerente de tráfego

Planeja a distribuição de conteúdos e anúncios em mídias digitais, mensurando resultados das campanhas para a empresa e administra a verba de anúncios pagos.

Líder de gerentes de produto

Supervisiona todas as etapas da jornada de um produto, da conceptualização até o lançamento, gerenciando a equipe multidisciplinar envolvida no projeto.

Analista de construção civil

Profissional acompanha as obras, auxilia na execução e administração do projeto por meio de fiscalização e elaboração de relatórios.

Especialista de campo

Atua no suporte técnico para clientes ou em locais de operação da empresa, monitora procedimentos e funcionamento de equipamentos.

Diretor(a) comercial

Responsável pelo planejamento comercial da empresa relacionados a estratégias das equipes de vendas, produto, marketing e atendimento ao cliente

Gerente middle market

Faz a prospecção de negócios e clientes no segmento de empresas de médio porte e oferta produtos que atendam a necessidade do cliente.

Psicólogo(a) infantil

Analisa o comportamento de crianças e identifica impedimentos para o seu desenvolvimento saudável, ajuda com questões emocionais e a lidar com sofrimentos e aflições.

Piloto de drone

Operação da aeronave não tripulada para a produção de fotografias e vídeos aéreos e para o mapeamento de áreas.

Estrategista de mídias sociais

Cria e implementa estratégias de comunicação de marcas para diversas plataformas de mídias sociais.

Técnico(a) em geologia

Aplica conhecimento técnico sobre geologia, física e recursos naturais para auxiliar construções e operações de infraestrutura.

Técnico(a) de segurança do trabalho

Garante que normas e procedimentos de segurança e saúde dos trabalhadores estejam sendo seguidos e acompanhem a legislação.

Engenheiro(a) de segurança

Avalia e identifica os riscos de segurança em sistemas corporativos, especializando-se no desenvolvimento de soluções e sistemas para combater ameaças.

Analista de suporte de TI

É responsável pelo suporte técnico, configurando computadores e outros dispositivos, ensinando usuários a operar os softwares utilizados pela empresa e resolvendo problemas técnicos.

Engenheiro(a) de confiabilidade

Analisa riscos de falhas em usinas e plantas industriais, acompanha manutenções preventivas e faz planos de ação para melhorias em processos.

Analista de sustentabilidade

Profissional responsável por mensurar o impacto da empresa no meio ambiente e propor ações para reduzi-lo.

Analista de implementação

Auxilia clientes na implementação de soluções de software, dados e de sistema quando há a troca, aquisição ou atualização da tecnologia.

Como já era de se esperar, vimos uma forte presença de cargos ligados à tecnologia, como Analista de Privacidade, Analista de Cibersegurança, e Analista de Dados que reforçam a crescente importância de habilidades ligadas à segurança digital e gerenciamento de dados.

Este foco é uma resposta direta ao aumento das preocupações com a proteção de informações e privacidade online, assim como à valorização de dados como um ativo empresarial crucial.

A segunda maior demanda foi uma surpresa pra mim. Cargos como Executivo (a) de Vendas, Gerente de Contas Estratégicas e Diretor (a) de Receita destacaram a necessidade de habilidades em vendas e gerenciamento de relacionamento com o cliente – algo que não foi apontado no estudo do WEF mas parece ser uma alta demanda local.

Além disso, a integração dessas funções com o marketing digital é reforçada pela emergência de papéis como Gerente de Tráfego, Líder de Gerentes de Produto e Estrategista de Mídias Sociais.

  • Essas posições ressaltam a importância crucial de uma presença online forte e estratégica, demonstrando como as habilidades em vendas e marketing digital estão cada vez mais entrelaçadas e essenciais para o sucesso nos negócios contemporâneos.

Vimos ainda uma representação significativa de profissões relacionadas à engenharia e segurança, como Engenheiro(a) de Segurança de Processo, Técnico(a) em Geologia e Engenheiro(a) de Confiabilidade.

Estes cargos indicam um investimento contínuo em setores industriais e de infraestrutura, além de uma preocupação crescente com normas de segurança e procedimentos operacionais.

Cargos como Psicólogo(a) Infantil e Analista de Sustentabilidade destacam uma consciência social e ambiental em ascensão. O primeiro ressalta a importância da saúde mental e do bem-estar na sociedade, enquanto o último reflete um movimento global em direção a práticas de negócios sustentáveis e responsáveis – ambas também presentes no estudo do WEF.

Por fim, funções emergentes como Piloto de Drone e Analista de Implementação simbolizam a rápida evolução tecnológica e a necessidade de adaptar-se a novas ferramentas e métodos de trabalho.

POR QUE IMPORTA?

O que mais me chamou atenção ao analisar essa lista do LinkedIn, foi ver que, diferente da lista dos empregos do futuro do estudo do WEF, vemos a que grande maioria dos empregos em alta no Brasil nos últimos 5 anos ainda são empregos da onda de transformação digital, mas quase não vimos ainda os empregos da próxima onda, a onda da Inteligência Artificial.

Para terminar com um pouco de humor, podemos dizer que estamos na era ‘Netflix da transformação digital’, maratonando as séries clássicas de tecnologia, mas o trailer da nova temporada da Inteligência Artificial já está no ar.

Se você não quer ser aquele que só assiste aos sucessos depois que todo mundo já comentou, é hora de pegar a pipoca da aprendizagem e se preparar para essa nova série de oportunidades, para não apenas assistir ao próximo grande hit do mercado de trabalho, mas para atuar nele.

Eu e o ChatGPT sobre Divulgação Empresarial na Internet

Eu: Moysés Peruhype Carlech

Os empresários hoje fazem as suas compras de mercadorias para os atacadistas através da internet, usa-se muito pouco vendedores hoje em dia, poucas empresas anunciam os seus produtos pela internet e a maioria não. Por qual motivo isso acontece. Aqui no Vale do Aço temos o Marketplace Valeon criado para alavancar as vendas dessas empresas que não divulgam os seus produtos e através do site da valeon marketplace isso é possível por um preço bem razoável e barato. Por que não o fazem? Favor descrever esse assunto.

ChatGPT

Existem várias razões pelas quais algumas empresas podem hesitar em utilizar plataformas online, como o Valeon Marketplace, para divulgar e vender seus produtos. Algumas das razões mais comuns incluem:

Falta de Conhecimento Tecnológico:

Muitos empresários podem não estar familiarizados com a tecnologia necessária para operar uma loja online. Isso pode incluir a criação e manutenção de um site, a gestão de inventário online, e a compreensão de como lidar com transações eletrônicas.

Resistência à Mudança:

Algumas empresas têm uma cultura organizacional tradicional e são resistentes à adoção de novas tecnologias. A mudança para um modelo de negócios online pode ser vista como disruptiva e, portanto, não é implementada.

Custos Iniciais e Investimento:

Embora você mencione que o Valeon Marketplace oferece preços razoáveis, algumas empresas podem perceber a criação e manutenção de uma presença online como um investimento inicial significativo. Elas podem não estar dispostas a alocar recursos financeiros para essa transição.

Segurança e Privacidade:

Algumas empresas podem ter preocupações sobre a segurança de transações online e a privacidade dos dados do cliente. O receio de falhas de segurança pode dissuadi-las de adotar uma presença online.

Foco em Clientela Local:

Empresas que têm uma clientela local consolidada podem não ver a necessidade imediata de expandir para o mercado online. Elas podem acreditar que o modelo de negócios tradicional atende bem às demandas locais.

Falta de Conhecimento sobre Oportunidades Online:

Algumas empresas podem não estar cientes das oportunidades que a presença online pode proporcionar. A falta de educação sobre os benefícios do comércio eletrônico pode ser um obstáculo.

Concorrência com Grandes Plataformas:

Algumas empresas podem hesitar em competir com grandes plataformas de e-commerce, temendo que seus produtos se percam na concorrência com outras ofertas mais populares.

Logística e Distribuição:

A gestão da logística e da distribuição de produtos comprados online pode ser complexa para algumas empresas, especialmente aquelas que não estão preparadas para lidar com o aumento potencial na demanda.

Incentivar e educar as empresas sobre os benefícios de estar online, além de oferecer soluções acessíveis como o Valeon Marketplace, pode ajudar a superar algumas dessas barreiras e incentivar uma maior participação no comércio eletrônico.

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Fale mais sobre educar os empresários a divulgarem mais os seus produtos através do site marketplace da valeon do Vale do Aço.

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Claro, vou abordar alguns pontos que podem ser relevantes ao educar empresários sobre a divulgação de produtos através do site marketplace da Valeon no Vale do Aço:

Consciência sobre o Potencial do Marketplace:

Destaque a importância do marketplace como um canal de vendas eficaz e acessível.

Explique como a Valeon, por ser uma plataforma consolidada na região, oferece visibilidade adicional aos produtos.

Treinamento sobre Uso da Plataforma:

Desenvolva programas de treinamento para ensinar os empresários a criar e gerenciar suas lojas virtuais na Valeon.

Inclua tutoriais práticos sobre a listagem de produtos, precificação, gestão de pedidos e interação com clientes.

Otimização de Páginas de Produtos:

Eduque sobre a importância de descrições detalhadas e imagens de alta qualidade para atrair consumidores.

Enfatize a necessidade de utilizar palavras-chave relevantes para aumentar a visibilidade nos resultados de pesquisa do site.

Estratégias de Marketing Digital:

Ensine estratégias de marketing digital específicas para o marketplace, como o uso de anúncios patrocinados na plataforma.

Explique como as redes sociais e outras ferramentas online podem ser integradas para promover produtos.

Gestão de Comentários e Avaliações:

Incentive a importância de gerenciar feedbacks dos clientes.

Demonstre como boas avaliações podem aumentar a confiança dos compradores e impulsionar as vendas.

Políticas de Atendimento ao Cliente:

Eduque sobre a importância de um excelente atendimento ao cliente.

Destaque como responder prontamente a perguntas e resolver problemas pode impactar positivamente a reputação da empresa.

Monitoramento de Métricas de Desempenho:

Ensine os empresários a utilizar as métricas fornecidas pela Valeon para avaliar o desempenho de suas lojas.

Mostre como ajustar estratégias com base em dados, como taxas de conversão e padrões de compra.

Promoção de Colaboração:

Incentive a colaboração entre empresários para promover produtos complementares.

Destaque a possibilidade de criar ofertas conjuntas ou parcerias estratégicas no marketplace.

Atualização Constante:

Ressalte a necessidade de manter as informações do negócio e dos produtos atualizadas.

Mantenha os empresários informados sobre novas funcionalidades ou ferramentas disponíveis na plataforma.

Apoio Técnico e Consultoria:

Ofereça suporte técnico contínuo para ajudar os empresários a superar desafios.

Considere a possibilidade de fornecer consultoria personalizada para otimizar a presença online de cada negócio.

Ao combinar esses elementos, os empresários estarão mais bem preparados para aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pelo marketplace da Valeon no Vale do Aço.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

MORAES INTIMA ELEON MUSK VIA X ILEGALMENTE

 

História de Gabriel de Sousa – Jornal Estadão

BRASÍLIA – Juristas ouvidos pelo Estadão consideram que a intimação emitida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ao X (antigo Twitter) e ao bilionário Elon Musk, por meio da própria plataforma, é atípica e ilegal. Em postagem direcionada ao dono da plataforma, Moraes ordenou que ele informe, em até 24 horas, quem será o novo representante da plataforma no Brasil. Caso isso não seja feito, há o risco da rede social ser suspensa no País.

O bilionário Elon Musk e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes Foto: Trevor Cokley/Força Aérea dos EUA e Pedro Kirilos/Estadão

O bilionário Elon Musk e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes Foto: Trevor Cokley/Força Aérea dos EUA e Pedro Kirilos/Estadão

De acordo com Andre Marsiglia, advogado constitucionalista e especialista em liberdade de expressão, a intimação feita por Moraes é inválida. Segundo ele, o código processual obriga que Musk, um cidadão estrangeiro, receba a intimação por meio de uma carta rogatória, e não por meios eletrônicos.

“Essa intimação tem que ser feita, ainda que no estrangeiro, por meio de carta rogatória e os instrumentos processuais necessários para que eles recebam lá pessoalmente este pedido”, afirmou Marsiglia.

Segundo o especialista, caso Moraes suspenda as atividades do X devido à falta de resposta de Musk, a medida será ilegal. “A suspensão seria ilegal porque essa intimação, feita pelo Twitter, é nula. É como se o Twitter e o representante ilegal não tivessem recebido a intimação. Então seria ilegal qualquer medida decorrente de uma intimação nula”, disse.

O especialista diz ainda que o STF deveria permanecer tentando intimar Musk por meios formais. Apesar disso, Marsiglia acredita que a suspensão da rede social é possível de ser feito, tendo em vista o confronto entre Moraes e o bilionário. Caso o magistrado decida interromper a atuação da plataforma, um ofício será encaminhado para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Moraes mandou a secretaria do STF intimar o empresário por “meios eletrônicos”. Elon Musk encerrou o escritório no Brasil e não têm mais advogados constituídos no País. A conta institucional do STF no X enviou a intimação por meio da própria rede social, em resposta ao perfil oficial da plataforma. A conta pessoal de Musk também foi marcada na publicação.

Musk é investigado no inquérito nº4.957, que apura supostos crime de obstrução à Justiça, organização criminosa e incitação ao crime. Segundo o STF, em nota, a advogada constituída nos autos também foi intimada, em 18 de agosto.

Ao Estadão, especialistas em direito constitucional e processual afirmaram que intimações, como a feita por Moraes, é atípica. Eles também questionam a validade da notificação do STF e legalidade de uma possível suspensão das atividades da rede social.

STJ já apontou ser inválida citação por redes sociais

Superior Tribunal de Justiça (STJ) já se debruçou por algumas vezes sobre o tema, que é considerado controverso. Apesar de uma resolução de 2020 da Corte respaldar a utilização de aplicativos como WhatsApp em tribunais brasileiros, em agosto de 2023, a Terceira Turma da Corte negou provimento a um recurso de uma empresa credora que pretendia que a citação do devedor fosse feita por meio de mensagem eletrônica em suas redes sociais, em virtude da dificuldade de uma citação pessoal.

Os ministros entenderam que a citação por aplicativos de mensagens e por redes sociais não têm nenhuma base legal. Assim, seu uso poderia caracterizar “vício de forma”, o que, em tese, resulta em declaração de nulidade dos atos comunicados dessa forma.

O prédio do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília Foto: Roberto Jayme/Estadão

O prédio do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília Foto: Roberto Jayme/Estadão© Fornecido por Estadão

Relatora do recurso, a ministra Nancy Andrighi reforçou, na ocasião, que o Código de Processo Civil já possui a hipótese de citação por edital quando o réu não é encontrado para ser citado pessoalmente.

“O STJ entende não ser possível, mas a última palavra cabe ao Supremo, que pode causar uma mudança de orientação jurisprudencial do STJ e dos demais Tribunais do país, causando uma gigante insegurança jurídica”, explica Thiago Pádua, especialista em direito constitucional.

Intimação por Twitter não assegura que investigado recebeu a ordem

Para Ludgero Liberato, especialista em direito processual, a intimação por rede social não dá garantias do recebimento por parte do destinatário da ordem.

“É preciso que haja certeza inequívoca de que a pessoa recebeu, e de que a pessoa que está do lado de lá é pessoa no qual você está tratando. A intimação do Twitter não assegura, de forma cabal, que o Elon Musk vai ter ciência disso”, afirmou.

Liberato analisa ainda que, caso Musk permaneça em silêncio e não haja uma comprovação de que ele está ciente da determinação do STF, a ação não poderá ser validada.

“Se ele se permanecer em silêncio ou se você tiver dúvidas, essa intimação não tem como ser tido como válida. Existe formalidades que devem ser feitas para enviar intimações para pessoas que moram fora do País”, completou o especialista.

ELON MUSK IRONIZA E COMPARA MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES A VILÕES

 

História de Redação – Jornal Estadão

O bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), publicou em seu perfil na rede social uma foto produzida por inteligência artificial comparando o ministro Alexandre de Moraes a vilões dos filmes Harry Potter e Star Wars. Na postagem, o empresário escreveu “Grok, gere uma imagem como se Voldemort e Lorde Sith tivesse um filho e ele se tornasse juiz no Brasil”. Grok é a inteligência artificial que atua dentro do próprio X, criada por Musk para rivalizar com o ChatGPT.

O ministro havia, mais cedo, dado prazo de 24 horas para que Musk nomeasse um novo representante legal para o X no Brasil, sob a pena da rede social ter suas operações suspensas no País. A conta institucional do Supremo Tribunal Federal no X enviou a intimação por meio da própria rede social, em resposta ao perfil oficial da plataforma. O perfil pessoal do empresário também foi marcado na publicação.

Elon Musk compara ministro Alexandre de Moraes a vilões do cinema Foto: Reprodução/X/@elonmusk

Elon Musk compara ministro Alexandre de Moraes a vilões do cinema Foto: Reprodução/X/@elonmusk

Juristas ouvidos pelo Estadão consideram que a intimação emitida pelo por meio da própria plataforma, é atípica e ilegal.

De acordo com Andre Marsiglia, advogado constitucionalista e especialista em liberdade de expressão, a intimação feita por Moraes é inválida. Segundo ele, o código processual obriga que Musk, um cidadão estrangeiro, receba a intimação por meio de uma carta rogatória, e não por meios eletrônicos.

Desde o dia 17 de agosto, a plataforma está com seu escritório no Brasil fechado e não possui advogados constituídos. O empresário alegou ameaças e censura por parte do ministro Alexandre de Moraes, que relata inquéritos sobre a atuação do dono da plataforma em campanhas de desinformação contra as instituições brasileiras.

A rede social vem se recusando a derrubar perfis bloqueados por Moraes em investigações sobre a disseminação de notícias falsas e de ataques às instituições.

O próprio Elon Musk passou a ser investigado pela Polícia Federal depois de prometer reativar perfis suspensos por determinação do STF. O empresário chamou Alexandre de Moraes de “vergonhoso” e pediu que ele renunciasse ou sofresse processo de impeachment. Essa foi a primeira de uma série de provocações e ataques ao ministro. O bilionário foi então incluído como investigado no inquérito das milícias digitais.

NICOLÁS MADURO RECEBE APOIO DO MST E O SEU BONÉ

 

História de Juliano Galisi – Jornal Estadão

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, usou um boné do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nesta terça-feira, 27. Ele foi presenteado com o item durante uma agenda pública em Caracas, capital do país vizinho.

Nicolás Maduro usa boné do MST Foto: Reprodução via X

Nicolás Maduro usa boné do MST Foto: Reprodução via X

Em discurso, Maduro arriscou frases em português e afirmou que espera uma “brigada” de mil membros do MST produzindo no território venezuelano. As imagens foram publicadas pelo perfil oficial de Nicolás Maduro no YouTube.

“Este boné acabou de me ser dado pela delegação brasileira. Muito bonito. Acolhemos com amor o Movimento dos Sem Terra (MST) do Brasil. Bem-vindos”, afirmou Maduro. “Bem-vindo, povo brasileiro, com revolução bolivariana. Eu falo português perfeito.”

Durante o discurso, saudou João Pedro Stédile, líder do MST, a quem chamou de “amigo”.

Maduro se mantém no poder após um pleito presidencial contestado por observadores internacionais, mas ratificado pela Suprema Corte do país, que é aparelhada pelo chavismo.

O resultado da eleição, contudo, foi reconhecido de imediato pelo MST, que parabenizou o ditador pela recondução na madrugada em que os votos foram apurados.

Segundo nota do movimento nas redes sociais, a vitória de Maduro foi contra uma “campanha fascista promovida pela extrema direita venezuelana e internacional”.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ) tiveram a independência questionada por missão da Organização das Nações Unidas (ONU). O posicionamento da Suprema Corte do país também foi rejeitado por Estados Unidos, União Europeia e dez países da América Latina.

Em nota divulgada no último sábado, 24, Brasil e Colômbia cobraram transparência e insistiram para que a Venezuela publique as atas eleitorais

CRISE CLIMÁTICA EXIGE NOVA POLÍTICA AMBIENTAL DO GOVERNO BRASILEIRO

 

História de Thomas Milz – DW Brasil

Crise climática exige nova política ambiental do governo brasileiro, que demora para agir e ainda precisa enfrentar o legado de impunidade para crimes ambientais deixado por Bolsonaro.

Estado de São Paulo enfrentou grandes incêndios nos últimos dias

Estado de São Paulo enfrentou grandes incêndios nos últimos dias© JOEL SILVA/REUTERS

O fogo arde por todos os lados no Brasil: na Amazônia, no Pantanal, em São Paulo. São nuvens gigantescas de fumaça cobrindo o céu em Brasília, em São Paulo e no interior do país.

A crise climática assola com força o país, com secas que vão superar as de 2023. E com incêndios que quebram recordes: 107 mil focos foram registrados de janeiro até 25 de agosto – um aumento de 75% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Há relatos de incêndios criminosos promovidos por fazendeiros e também pelo crime organizado. No interior de São Paulo parece ter havido até mesmo um “dia do fogo”, semelhante ao que ocorreu em agosto de 2019 no Pará.

E isso que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o cargo, em janeiro de 2023, com a promessa de reverter a pouca importância dada pelo seu antecessor, Jair Bolsonaro, à proteção climática.

Porém, embora a crise climática, com as secas recordes, já estivesse anunciada desde 2023, o governo reagiu tarde demais em 2024. As pouquíssimas chuvas, especialmente na Amazônia em abril e maio deste ano, deveriam ter disparado o alarme. Mas isso não aconteceu.

O governo – melhor dito: a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva e o presidente Lula – culpam agora criminosos incendiários pelo fogo. Segundo a ministra, não pode ser coincidência que uma onda de incêndios tenha sido registrada em vários locais no intervalo de poucos dias: um novo “dia do fogo”, como em 2019, quando proprietários de terras conspiraram para enviar um sinal político por meio de incêndios coordenados.

Lula, que sempre responsabilizou pessoalmente Bolsonaro pela destruição ambiental causada por desmatamentos e incêndios, culpa agora também a mudança climática e diz que ela é uma das causas dos incêndios. Ele tem razão, é claro. Lula pede que a mudança climática seja combatida com “inteligência” e “investimento”, ou seja, que o rico Norte Global financie a proteção florestal no pobre Sul Global. Porém, os sinais de que isso não está acontecendo são claros.

Aposta em combustíveis fósseis

E Lula, apesar de sua retórica ambiental, continua apostando nos combustíveis fósseis. Ele quer aumentar a produção de petróleo, inclusive no estuário amazônico. Tendo prometido proteger a Amazônia e seus moradores, especialmente os povos indígenas, Lula está agora acumulando recorde após recorde de incêndios.

É verdade que, entre 2005 e 2012, e com a grande ajuda de Marina Silva, ele havia conseguido reduzir significativamente o desmatamento na Amazônia. Só que as velhas receitas de então não funcionam mais. Em primeiro lugar, porque as autoridades ambientais, sobretudo o Ibama, carecem de pessoal. Lula ainda não conseguiu reverter o desmonte que Bolsonaro impôs à autoridade ambiental brasileira.

Além disso, as multas ambientais não têm mais grandes efeitos. Os quatro anos de governo Bolsonaro deixaram como legado um clima de desrespeito às autoridades. Os proprietários de terras, os garimpeiros ilegais e os comerciantes de madeira sentem-se livres para violar a lei. Eles sabem que a impunidade é certa.

No interior de São Paulo, muitos incêndios podem mesmo ter sido iniciados pelo crime organizado, ou mais precisamente pela “máfia dos combustíveis”. O Brasil está passando por uma mexicanização da vida cotidiana, uma perda de autoridade pelo Estado, pela qual Bolsonaro, com sua retórica contra as instituições, também é culpado.

A isso soma-se o rápido agravamento da crise climática mundial, que às vezes se mostra em enchentes gigantescas, como no sul do Brasil este ano, em outras num clima extremamente quente, como neste inverno, ou nos ventos fortes como os que estão agora alimentando os incêndios. No primeiro mandato de Lula, quando ele realizou aquela surpreendente reviravolta na política ambiental, não havia nada parecido com isso.

Especialistas acreditam que o caminho do Brasil passa pela compensação de CO2, ou seja, pelos créditos de carbono. Isso poderia arrecadar até R$ 26 bilhões, que poderiam ser canalizados para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. O Ministério do Meio Ambiente em Brasília já está trabalhando num projeto de lei. Uma coisa é certa: com mais de 25 milhões de pessoas vivendo na Região Amazônica e querendo progredir economicamente, algo precisa ser feito, e com urgência.

O governador do Amazonas, Wilson Lima, pediu ao governo Lula que não aposte numa mentalidade de punição: essa não é a maneira de combater as queimadas e o desmatamento. A região precisa de um modelo econômico que inclua a regularização fundiária e o financiamento para o pequeno agricultor. “Somos totalmente contra as ações ilegais, mas é preciso apresentar alternativas de sobrevivência para os povos da Amazônia”, disse o governador. “Senão todos os anos estaremos, literalmente, só apagando fogo.”

Thomas Milz saiu da casa de seus pais protestantes há quase 20 anos e se mudou para o país mais católico do mundo. Tem mestrado em Ciências Políticas e História da América Latina e, há 15 anos, trabalha como jornalista e fotógrafo para veículos como a agência de notícias KNA e o jornal Neue Zürcher Zeitung. É pai de uma menina nascida em 2012 em Salvador. Depois de uma década em São Paulo, mora no Rio de Janeiro há quatro anos.

GABRIEL GALÍPOLO ESCOLHIDO POR LULA PARA PRESIDIR O BANCO CENTRAL

 

História de Por Marcela Ayres – REUTERS

Diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabríel Galípolo, fala em comissão no Senado Federal 04/07/2023 Lula Marques/ Agência Brasil/Distribuição via REUTERS

Diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabríel Galípolo, fala em comissão no Senado Federal 04/07/2023 Lula Marques/ Agência Brasil/Distribuição via REUTERS© Thomson Reuters

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passará a ter em 2025 um nome com quem tem relação direta no comando do Banco Central dois anos após assumir seu terceiro mandato reclamando de ter que conviver com uma pessoa escolhido para o cargo por seu antecessor, Jair Bolsonaro.

Se a nomeação de Gabriel Galípolo era amplamente esperada, o futuro da política monetária sob seu comando ainda é, para muitos, uma incógnita.

Atual diretor de Política Monetária do BC e ex-número 2 do Ministério da Fazenda, o economista de 42 anos é visto como heterodoxo por seus pares, formado pela PUC São Paulo, com mestrado em economia política pela mesma instituição.

Sua chegada à autoridade monetária em julho do ano passado levantou desconfianças por muitos no mercado que, reservadamente, apontavam sua falta de bagagem técnica para a função.

De lá para cá, contudo, economistas passaram a engrossar o coro dos que, senão se dobraram à sua atuação, abertamente já o consideravam a melhor opção para comandar o BC por seu perfil notadamente conciliador e trânsito reconhecido com um presidente que fez da batalha verborrágica contra o BC uma de suas bandeiras públicas.Em comentários que azedaram os mercados, Lula defendeu uma meta de inflação mais alta por meses no ano passado, mas acabou sendo convencido a apoiar sua manutenção em 3% num horizonte contínuo, solução cuja construção teve a participação de Galípolo.

Insatisfeito com o nível dos juros básicos, atualmente em 10,50%, Lula também fez reiterados ataques ao atual presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, demonstrando desconforto por, diante de lei de autonomia do banco central de 2021, só ver seu escolhido para chefiar a instituição tomar posse após transcorrida metade de seu mandato, uma situação inédita na política brasileira.

Mas, às vésperas da indicação de Galípolo, a quem já tinha se referido como “menino de ouro,” Lula chegou a dizer, sobre o eventual indicado que “na hora que tiver que reduzir a taxa de juros, ele vai ter que ter coragem de dizer que vai reduzir, na hora que precisar aumentar, ele vai ter que ter a mesma coragem e dizer que vai aumentar”.

A inflexão chamou atenção e coincidiu com um protagonismo assumido por Galípolo em falas públicas, quando ressaltou que um aumento dos juros estava à mesa para a próxima decisão de política monetária em setembro diante de um cenário desconfortável para a inflação.

A postura deu alívio a preços de ativos de risco, que vinham sendo afetados pela percepção que, uma vez que Lula tivesse a maioria dos seus indicados no comitê de política monetária, a partir do ano que vem, o BC seria mais leniente com a inflação.

“A iniciativa do Galípolo de ser mais hawkish (visão mais dura para a política monetária) demonstrou uma coragem e ou capacidade de convencimento do presidente da República bastante surpreendente, o que foi bom,” disse um agente do mercado, falando em anonimato devido à sensibilidade do tema.

“Meu medo nessa história toda é não estar assim combinado”, acrescentou.

Uma segunda fonte ponderou que Galípolo está “evoluindo rápido” dentro do BC e parece ter se alinhado à postura essencialmente técnica da instituição, ainda que “muita coisa ainda esteja para acontecer”.

DIFERENTES MARES

Considerado habilidoso no relacionamento interpessoal e bom ouvinte, Galípolo atuou anteriormente como assessor econômico do governo do Estado de São Paulo sob o comando do então governador José Serra (PSDB), familiarizou-se com os mercados financeiros como CEO do Banco Fator e fundou uma consultoria especializada em parcerias público-privadas.

Afeito a elogiar publicamente seus interlocutores, ele arregimentou boa vontade no Congresso — que precisa aprovar sua indicação para chefiar o BC — ainda no Ministério da Fazenda, quando ajudou o ministro Fernando Haddad, de quem foi secretário-executivo, a obter importantes vitórias na agenda fiscal, como a aprovação do novo arcabouço para as contas públicas.

“É bom nome, já foi sabatinado aqui, tudo tranquilo, pessoal gostou dele,” disse o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, colegiado que precisa referendar a indicação antes de ela ir ao plenário da Casa.

Galípolo participou, já como diretor de Política Monetária da autarquia, de várias reuniões fora da agenda no gabinete do ministério da Fazenda em São Paulo, pegando carona em voos da Força Aérea Brasileira com o ministro.

“Ele é uma pessoa que conversa, e conversar significa falar e ouvir,” disse um interlocutor de Galípolo, apontando que há má vontade ideológica em lançar suspeitas sobre o que seria seu comando no BC pelo fato de “o mercado ver fantasmas em tudo que é diferente do que prefere”.

CÂMBIO

Uma das áreas em relação às quais os holofotes estarão lançados com mais força no ano que vem, quando o BC terá sete de nove diretores escolhidos por Lula, deverá ser a política cambial, cuja volatilidade é foco de críticas contumazes de economistas ligados ao PT de Lula.

Fora da vida pública, Galípolo construiu uma relação direta com o presidente a partir de 2021, sob as bençãos de Luiz Gonzaga Belluzzo, conselheiro de Lula e professor de Economia na Unicamp, instituição conhecida pela influência do pensamento heterodoxo.

Em um dos três livros que escreveram juntos, “Manda quem pode, obedece quem tem prejuízo”, ambos criticaram a facilidade com que empresas transnacionais fazem arbitragem com juros e câmbio, com subsidiárias contraindo dívidas a juros baixos nos países das matrizes, e ganhando com a aplicação alavancada desses recursos a juros brasileiros, “travestindo o investimento em renda fixa com a fantasia do investimento direto”.

“O Banco Central do Brasil assegura que em Pindorama os controles são eficientes. Eu acredito, canta a torcida do Galo Mineiro,” acrescentou o livro, em referência irônica ao cântico da torcida brasileira de futebol para situações difíceis.

Contudo, na posição de diretor de política monetária, responsável pela importante mesa de câmbio, Galípolo não implementou nenhuma mudança de política cambial no BC, que não interveio no mercado em meio à intensa volatilidade recente do real, afirmando que não foram identificadas disfuncionalidades e que via intervenções sendo tomadas por decisões colegiadas.

O BC tampouco mudou, até aqui, os prazos dos tradicionais leilões de swap cambial, mesmo com o governo tendo formalizado em abril que a autoridade monetária teria aval formal para oferta de swaps em prazos mais longos.

No ano, o dólar já subiu mais de 14% sobre o real.

Belluzzo ponderou à Reuters que países com moedas mais fracas que o dólar têm sofrido no mundo inteiro, mas que é preciso encontrar “fórmulas e meios de amortecer essa instabilidade,” e que “dá para você se defender com swaps”.

Sobre a gestão de Galípolo à frente do BC, afirmou que ele certamente vai dar um outro tom ao comportamento da autarquia enquanto instituição pública.

“Última coisa que você pode esperar dele é um gesto egótico, individualista,” disse

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