domingo, 25 de agosto de 2024

JUSTIÇA DE SÃO PAULO SUSPENDE REDES DE PABLO MARÇAL CANDIDATO A PREFEITO DE SÃO PAULO

BBC News Brasil

Justiça determinou a suspensão dos perfis de Pablo Marçal no Instagram, X, TikTok e YouTube e de seu site pessoal até o fim das eleições — mas cabe recurso

Justiça determinou a suspensão dos perfis de Pablo Marçal no Instagram, X, TikTok e YouTube e de seu site pessoal até o fim das eleições — mas cabe recurso© Reprodução/Instagram

A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou na sexta-feira (23/8) a derrubada dos perfis em redes sociais de Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo.

A liminar atende a pedido do PSB, partido de Tabata Amaral, também candidata à prefeitura. Cabe recurso à decisão.

Na ação, o PSB acusa Marçal de abuso de poder econômico pelo suposto pagamento de apoiadores para editar e difundir cortes de vídeos do candidato nas redes sociais, em um esquema envolvendo mais de 5 mil perfis.

De acordo com a ação, o candidato do PRTB realiza concursos entre seus apoiadores, com premiações.

Na decisão liminar, o juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, avalia que “há por certo razoável indicação que o requerido Pablo tem fomentado há algum tempo, por meio da rede social, uma arquitetura aprofundada e consistente na capilaridade e alcance de sua imagem”.

Ainda segundo o juiz, Marçal “fideliza e desafia seguidores, que o seguem numa desenfreada busca de ‘likes’ em troca de vantagens econômicas”.

“‘Monetizar cortes’ equivale a disseminar continuamente uma imagem sem respeito ao equilíbrio que se preza na disputa eleitoral”, diz ainda o juiz, na decisão.

Como resultado, a Justiça determinou a suspensão dos perfis de Marçal no Instagram, X (antigo Twitter), TikTok e YouTube e de seu site pessoal até o fim das eleições.

A decisão determina ainda a proibição de que o candidato renumere “cortadores” de seus conteúdos até o final das eleições. Também impõe a suspensão do canal de Marçal na plataforma Discord.

O juiz indeferiu, no entanto, os pedidos do PSB para bloquear a monetização para cortes feitos até a data da decisão; para quebra do sigilo bancário e fiscal das empresas de Marçal; para que Marçal seja notificado para informar dados de quem faz os cortes; e para oficiar plataformas para que informem quem são os “cortadores”.

Após a decisão, Marçal postou diversos vídeos nas redes sociais.

“Toda perseguição acelera o processo”, disse o candidato em um dos vídeos publicado no Instagram e reproduzido também no X.

“Por favor, cumpra a decisão (…), derruba as minhas redes sociais, vocês vão ver eu aparecer até dentro da sua geladeira”, provocou, indicando ainda perfis alternativos para serem seguidos, caso os oficiais fiquem inoperantes devido à decisão liminar.

Marçal está tecnicamente empatado com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e com o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) na disputa eleitoral paulistana, segundo pesquisa Datafolha publicada na quinta-feira (22/8).

Liminar que suspendeu contas de Marçal nas redes sociais atende a pedido do PSB, partido da deputada Tabata Amaral, também candidata à Prefeitura de São Paulo

Liminar que suspendeu contas de Marçal nas redes sociais atende a pedido do PSB, partido da deputada Tabata Amaral, também candidata à Prefeitura de São Paulo© Rovena Rosa/Agência Brasil

Pagar pessoas para divulgar cortes de vídeos de candidatos é ilegal?

Para Horacio Neiva, advogado especialista em direito eleitoral e doutor em direito pela Universidade de São Paulo (USP), se confirmados os fatos apontados pelo PSB na ação inicial, Pablo Marçal pode ter incorrido em três possíveis ilícitos.

O primeiro deles seria o abuso de poder econômico, a depender do volume de recursos empregados.

“Nesse caso, é preciso considerar não só os valores gastos pelo candidato, mas também o montante gasto pelos usuários com seu consentimento”, explica Neiva.

Segundo ele, esses valores devem ser considerados porque o próprio candidato estaria incentivando os usuários, mediante a competição de cortes.

O segundo ilícito, na avaliação do especialista, seria o de gastos irregulares de campanha (o famoso “caixa dois”) pela não declaração dos valores gastos com as premiações aos seguidores.

“Ainda que o candidato declare os valores gastos com as premiações dos cortes — o que também seria um gasto ilícito, já que não há autorização legal para pagamento de ‘prêmios’ durante a campanha — há o fato de que os competidores também estão fazendo gastos em benefício da campanha, e eles deveriam ser contabilizados”, acrescenta Neiva.

Por fim, há também a possibilidade de abuso decorrente do uso de um meio de propaganda proibido.

“A lei eleitoral permite impulsionamento de conteúdo, desde que utilizando ferramentas específicas disponibilizadas pelas plataformas”, explica Neiva.

Nessas ferramentas autorizadas durante o período eleitoral, os dados são públicos, de modo que a Justiça Eleitoral pode saber quem impulsionou.

Além disso, pessoas naturais (isto é, não jurídicas) não podem contratar impulsionamento em benefício de candidato, diz o especialista.

Segundo ele, comprovando-se que era uma ação coordenada e com gastos desproporcionais, pode ser configurado abuso, mesmo que isso tenha acontecido apenas no período pré-eleitoral, já que atos de pré-campanha também podem afetar o equilíbrio da disputa.

Derrubar as redes de Marçal é correto?

Especialistas em direito eleitoral divergem quanto à decisão do juiz Antonio Maria Patiño Zorz de suspender as redes sociais de Marçal devido aos possíveis ilícitos decorrentes do pagamento de seguidores pela divulgação de cortes de seus vídeos.

Alberto Rollo, especialista em direito eleitoral, avalia que a decisão liminar foi correta.

“O problema é você conseguir separar na mesma rede social o que é a propaganda eleitoral ilegal e o que é a rede social dele, posto que ele tem liberdade de manter sua rede social”, diz Rollo.

“Eu avalio que, neste momento, pelo abuso que já foi demonstrado — não é uma coisa isolada que aconteceu um dia, é algo que já vem acontecendo desde o começo da pré-campanha e da campanha eleitoral — que a Justiça Eleitoral agiu corretamente ao eliminar a ilegalidade como um todo, pela raiz”, opina o advogado.

Já Neiva considera que a decisão pode ter sido exagerada e poderá ser revertida nos próximos dias, quando Marçal recorrer da decisão liminar.

“O grande problema da suspensão das páginas dele é que o esquema de competição de cortes não estava acontecendo na página do Pablo Marçal, era um sistema que estava acontecendo no Discord”, observa.

“As pessoas iam lá e reproduziam esses cortes nas páginas pessoais delas ou em páginas criadas para essa finalidade e quem obtinha o alcance maior recebia compensação financeira.”

“Então a página oficial do Marçal não era exatamente onde o ilícito estava ocorrendo. O juiz entendeu que ali era a fonte dos cortes posteriormente utilizados no esquema, mas aí me parece que extrapola um pouco o próprio sentido do ilícito”, avalia o advogado.

Próximos passos

Segundo ambos os advogados, o que deve acontecer agora é que Marçal deve recorrer da decisão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Caso o juiz aceite os argumentos do candidato, ele pode obter um efeito suspensivo da decisão liminar ainda no fim de semana ou no início da semana, já que a Justiça Eleitoral tende a tomar decisões de forma rápida, devido ao período curto de campanha.

Caso não consiga uma decisão favorável no TRE, Marçal pode ainda recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Neiva observa que, se a ação do PSB for considerada procedente, Marçal pode vir a ter seu registro cassado ou seu diploma cassado, caso ele venha a ser eleito. Mas essa decisão não deve ocorrer ainda durante a campanha eleitoral.

Já Alberto Rollo lembra que o próprio registro de Marçal corre perigo, devido a ações que questionam o cumprimento por parte do candidato do prazo mínimo de filiação exigido pelo estatuto do PRTB para candidatos a cargos eletivos.

“A lei eleitoral diz que o prazo para filiação é de seis meses antes da eleição, ressalvado se o partido não tiver um prazo maior. E o partido que ele entrou tem prazo de nove meses, não de seis, e ele não cumpriu esse prazo de nove meses”, diz Rollo.

“Então o registro dele pode ser indeferido e daí não importa se ele xinga o Boulos [de cocainômano] ou paga por cortes nas redes sociais, porque o registro dele pode não ser deferido.”

Segundo Rollo, a Justiça Eleitoral tem até 20 de setembro para julgar os registros de candidaturas na primeira instância e no TRE, para que haja tempo para recurso, se for o caso.

 

NO DIA DA INDEPENDÊNCIA DA UCRANIA ZELENSKY DESAFIA A RÚSSIA

 

História de admin3 – IstoÉ

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu neste sábado (24) que a Rússia sofrerá “retaliações” por ter invadido o seu país e promulgou uma lei que proíbe a Igreja Ortodoxa ligada a Moscou, em atos que marcaram o 33.º aniversário da independência da ex-república soviética.

Zelensky participou das celebrações do aniversário da independência na praça Santa Sofia, em Kiev, ao lado do presidente polonês, Andrzej Duda, e da primeira-ministra lituana, Ingrida Simonyte, dois importantes aliados da Ucrânia contra a Rússia.

O presidente revelou que as forças ucranianas testaram com sucesso uma nova arma, o míssil drone “Palianytsia”, “muito mais rápido e poderoso” do que os atualmente disponíveis.

– Troca de prisioneiros de guerra –

Rússia e Ucrânia anunciaram neste sábado a troca de 230 prisioneiros de guerra, 115 de cada lado, entre eles, soldados capturados pelas forças ucranianas na região de Kursk.

Segundo o comissário ucraniano para os direitos humanos, Dmytro Lubinets, 82 dos 115 prisioneiros recuperados por Kiev participaram da defesa da fábrica Azovstal durante o cerco russo a Mariupol em 2022, um marco na guerra que começou com a invasão russa em fevereiro daquele ano.

Os Emirados Árabes Unidos, que atuaram como mediadores da troca, apelaram a uma “desescalada” como “única forma de resolver o conflito”.

– Igreja ortodoxa russa proibida –

Zelensky também promulgou uma lei que proíbe as atividades da Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscou, que durante muito tempo foi a principal do país.

Esta denominação cristã cortou os laços com Moscou em 2022, mas as autoridades ucranianas continuaram a considerá-la sob influência russa e multiplicaram as ações legais que levaram à prisão de dezenas de padres.

“Os ortodoxos ucranianos hoje dão um passo para se libertarem dos demônios de Moscou”, declarou Zelensky.

O patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cyril, acusou as autoridades ucranianas de “perseguir” os fiéis e pediu aos líderes de outras confissões cristãs e organizações internacionais que “levantem suas vozes em defesa dos fiéis perseguidos”.

– Avanço russo no Donbass –

A ofensiva ucraniana na região russa de Kursk levou as hostilidades ao território do agressor, mas o epicentro dos combates continua sendo a bacia do Donbass, leste da Ucrânia, onde as tropas russas são mais equipadas e numerosas.

As forças de Moscou se aproximam de Pokrovsk, um importante centro logístico com cerca de 53.000 habitantes, cujas autoridades apelaram à evacuação urgente.

Um bombardeio russo matou 5 pessoas e feriu outras 5 neste sábado em Kostiantinivka, outra grande cidade da região, informou o Ministério Público ucraniano.

A Ucrânia também indicou que bombardeou um depósito de munições na região de Voronezh, no oeste da Rússia. Autoridades locais russas relataram ataques de drones e a evacuação de uma cidade.

A Ucrânia afirma que sua incursão busca criar uma “zona de segurança”, forçar Moscou a redistribuir forças de outras frentes, além de usar essas regiões como moeda de troca em possíveis negociações de paz.

A ofensiva em Kursk, contudo, não parece até agora ter aliviado a pressão russa no leste da Ucrânia.

NO MUNDO CORPORATIVO A AUTENTICIDADE SURGE COMO ALGO IMPORTANTE PARA AS LIDERANÇAS

 

Giuliana Tranquilini – Professora e colunista da StartSe

Ser autêntico tem impacto positivo na gestão de pessoas, mas também é um comportamento potente na criação de influência, um ingrediente que faz diferença nos negócios. Neste artigo, Giuliana Tranquilini, colunista da StartSe, aborda esse tema e mostra qual é o caminho seguro para chegar à verdadeira autenticidade.

Giuliana Tranquilini

Quem é mais autêntico: Taylor Swift ou Oprah Winfrey? Tom Hanks ou Tom Cruise?

Esses foram alguns nomes inseridos no último relatório da Breakthrough Research sobre marcas autênticas. O estudo usa como método a percepção das pessoas quanto aos valores de cada personalidade e as suas ações. Oprah Winfrey e Tom Hanks foram os vencedores dessa análise.

A autenticidade tem sido tema bastante falado nos últimos tempos, “autêntico” foi até mesmo escolhida como palavra do ano pelo Merriam-Webster para 2023, que explicou o termo como algo que estamos pensando, escrevendo, aspirando e julgando mais do que nunca.

Acredito que estamos mesmo, especialmente neste momento que falamos tanto sobre os impactos da IA, o que é real e o que não é. Eu sempre defendo que quanto mais tecnologias, mais humanos devemos ser, e isso inclui sermos autênticos.

No mundo corporativo, a autenticidade também surge cada vez mais como algo importante para as lideranças. Sylvia Ann Hewlett, divulgou recentemente, em seu artigo “As novas regras da presença executiva” publicado na Harvard Business Review, que a autenticidade foi apontada como característica valorizada.

Ela conta que foi a primeira vez em 10 anos que seus entrevistados citaram essa qualidade. Esse é um exemplo de como a autenticidade tem migrado com força para o campo empresarial como definição de um estilo de liderança desejado.

Por que ser um líder autêntico é tão importante?

Há motivos para que a autenticidade do líder esteja sendo colocada como algo muito bom de se ter. Diferentes pesquisas recentes analisam o assunto e concluem que uma liderança autêntica tem influência positiva nos liderados.

Aumento do engajamento, melhora na capacidade de inovação, redução dos estresses e outros benefícios são apontados. Todas as vantagens não estão somente ligadas às mudanças geradas no comportamento das pessoas do time, a autenticidade também é vista como benéfica para as próprias lideranças, com efeitos positivos na saúde mental.

Concordo que a autenticidade pode ter esse poder na saúde psicológica, já que ser autêntico nos insere num lugar de maior liberdade. Saímos daqueles padrões preconcebidos para entrar no nosso conjunto de valores que nos é mais natural.

Afinal, o que é autenticidade?

Nos diferentes estudos que li, encontrei diversas definições sobre o que é ser uma liderança autêntica, e elas falam de variados tipos de comportamentos e posicionamentos dentro do ambiente organizacional. Veja esta:

“Liderança autêntica é o padrão de comportamento de um líder que é confiável, objetivo, com pensamento positivo, esperançoso, bem ciente da missão da organização que lidera, capaz e pronto para superar problemas organizacionais, um líder que parece confiante, otimista, tenaz, resiliente, transparente, moral, eticamente altamente dedicado e orientado para o futuro.” (O papel da liderança autêntica na formação de culturas organizacionais inovadoras, ResearchGate)

Mas será que realmente há uma receita para ser autêntico? Acredito que não, já que a autenticidade está associada a um conjunto de valores que podem variar bastante de pessoa para pessoa. 

Os valores, o que pensamos sobre determinado assunto, o que consideramos como ideal de vida, entre outros aspectos que formam a nossa identidade nos dão os insights para caminhar com mais segurança nesta jornada de ser uma liderança autêntica.

Este é o norte para ser um líder autêntico

Daniel Goleman, autor do best-seller “inteligência emocional”, fala que o norte para ser uma liderança autêntica é realizar um trabalho interno para encontrar o nosso verdadeiro “eu”. 

Ele defende que o processo de autoconhecimento nos permite ganhar autoconsciência, que nos possibilita sair da caverna e identificar os pontos fracos e fortes por meio de reflexão sobre eles.

Goleman também traz à tona a técnica que aplico no Método FLY®, o feedback. Ele diz que colher feedback honesto, aquele feito com pessoas que realmente são próximas, mais íntimas, é uma maneira eficiente de nos enxergarmos melhor. 

Para mim, esse processo também é uma estratégia eficiente para podermos descobrir os potenciais que muitas vezes podem ficar escondidos, seja pelo fato de não os percebemos, seja pelo fato de não valorizarmos certas atitudes e posicionamentos.

Bill George, autor do best-seller “True North: Descubra a sua Liderança Autêntica”, que muitas vezes faz dupla com Goleman sobre o tema, deu uma entrevista à McKinsey, em meados do ano passado, falando da nova edição do livro, direcionado a líderes emergentes.

Para George, as pessoas precisam saber quem são antes de fazerem diferença em suas profissões. Esse norte é composto por crenças e valores mais profundos. Bill é enfático ao dizer o que é ser um líder autêntico: é ser quem você é.

Autenticidade é a chave influenciar pessoas, mas não pule etapas

Uma voz autêntica gera influência. Pense em um líder que considera inspirador, certamente ele tem atributos únicos na sua forma de pensar e agir. A raiz, como falamos até aqui, é o autoconhecimento, compreender a sua identidade.

Essa é a base da jornada do meu método, e não é raro executivos quererem pular essa etapa e irem direto à fase de comunicar melhor para serem mais influentes nas redes sociais e no networking.

Só que a etapa de comunicação somente será bem-sucedida se antes desenharmos a sua identidade, o caminho que leva a entender o que e como comunicar. 

É preciso um mergulho mais profundo em si, antes de seguir para os próximos estágios do desenvolvimento da sua Marca Pessoal, fundamentada na consistência, na autoridade e na autenticidade.

“Quando você dedica um tempo para buscar respostas e definir o que o torna uma pessoa única, não apenas será capaz de construir uma Marca Pessoal forte, mas também aumentará seu nível de autoconsciência. E isso é fundamental para uma vida plena”, diz Daniel Goleman.

Trabalhar a sua marca também significa encontrar o seu propósito, e tudo isso faz a sua vida mais completa.

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sábado, 24 de agosto de 2024

X DE ELON MUSK ENCERROU SUAS OPERAÇÕES NO BRASIL A PARTIR DE 17 DE AGOSTO

 

História de matheus – IstoÉ Dinheiro

As redes sociais desempenham um papel fundamental na vida dos brasileiros, funcionando como plataformas de expressão, informação e conexão. Entre elas, o X (antigo Twitter), que durante muitos anos foi a queridinha dos brasileiros ao oferecer espaço para debates públicos e notícias em tempo real, mas foi transformado em um celeiro de preconceito, discursos de ódio e negacionismo, principalmente após a compra da plataforma pelo bilionário Elon Musk. Com esse cenário, muitos usuários foram processadas, posts tiveram de ser apagados e contas excluídas dos por decisão judicial.

Algumas dessas decisões, no entanto, não estavam sendo cumpridas pelo X. O que levou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes fechar o cerco ao antigo Twitrer, que acusa o juiz de ameaçar prender a representante legal da empresa no Brasil, Raquel de Oliveira Villa Nova Conceição, caso a plataforma não cumprisse as ordens de bloqueio de contas antidemocráticas. Na manhã do dia 17 de agosto, cerca de 40 funcionários do X no Brasil foram surpreendidos com uma reunião on-line de emergência. Foram informados de suas demissões, marcando o encerramento definitivo das atividades do escritório brasileiro.

O ministro do Supremo Alexandre de Moraes (Crédito:REUTERS/Adriano Machado)

O ministro do Supremo Alexandre de Moraes (Crédito:REUTERS/Adriano Machado)

No meio do duelo estão funcionários e usuários do X

O perfil oficial do X publicou um comunicado sobre a decisão. “Moraes optou por ameaçar nossa equipe no Brasil em vez de respeitar a lei ou o devido processo legal. Como resultado, para proteger a segurança de nossa equipe, decidimos encerrar nossas operações no Brasil, com efeito imediato. O serviço X continua disponível para a população brasileira”, afirmou a mensagem da rede social, que diminuiu a transparência na divulgação de seus dados. O último balanço público é do segundo trimestre de 2022, quando a receita foi de US$ 1,18 bilhão, com prejuízo de US$ 270 milhões. O que mostra um ceticismo do mercado publicitário em anúncios por lá.a

Mas ao sair do Brasil, quais as consequências a partir de agora? Pedro Henrique Ramos, especialista em governança digital, professor do Ibmec e sócio do Baptista Luz Advogados, destacou que o impacto imediato dessa decisão, além das demissões, é o aumento da desinformação e do discurso de ódio na plataforma. “Sem colaboradores locais, fluentes em português e capazes de entender nuances contextuais, a moderação de conteúdo se torna menos eficaz”, avaliou.

Ramos destacou ainda que os negócios da Starlink, a empresa de internet via satélite do bilionário, que chegou ao Brasil em fevereiro de 2022, não deve ser afetada. Segundo dados divulgados pela Anatel no início de julho, a Starlink se tornou a maior operadora de internet por satélite no País, mantendo suas operações ativas. “O que se rompeu nessa disputa entre Musk e Moraes foi o elo mais fraco — os funcionários e usuários do X”, disse.

Elon Musk durante conferência de tecnologia em Paris 16/06/2023 (Crédito:REUTERS/Gonzalo Fuentes)

Elon Musk durante conferência de tecnologia em Paris 16/06/2023 (Crédito:REUTERS/Gonzalo Fuentes)

Para Igor Lucena, economista e doutor em relações internacionais pela Universidade de Lisboa, a decisão de Musk prejudica o setor de tecnologia no Brasil. “Quando empresas saem de um país, seja ela de capital aberto ou fechado, isso sinaliza falta de liberdade para investimentos. Investimentos em tecnologia são, muitas vezes, de longo prazo e incertos. É preocupante que o Brasil seja comparado a países onde o X é proibido, como Cuba e China. O X ainda não foi proibido no Brasil, mas já deixou o País”, analisou Lucena.

Disputa

Felipe Fogaça, especialista em tecnologia e fundador da rede social YourClub, vê essa situação como uma queda de braço entre a visão de Elon Musk e o judiciário. “Algumas pessoas apoiam as ações de Musk por ele criticar um juiz que, supostamente, age contra suas preferências políticas”, observou. Fogaça acrescentou que esse impasse não é exclusivo do Brasil, pois Musk tem se envolvido em discussões semelhantes nos EUA e na Europa. Para ele, até o momento, nada muda, já que o X continua sendo usado pelos brasileiros. “Não acredito que saiam do Brasil. Caso isso ocorresse, haveria uma migração em massa para o Threads [do grupo Meta], o que não interessa a Musk”, analisou.

O post X encerra operações Brasil após tensão com o STF. Quais as consequências? apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

O QUE RESTOU DE GETÚLIO VARGAS DEPOIS DE 70 ANOS

 

Brasil

Deutsche Wellei – Giro

Como presidente, ele modernizou o Estado brasileiro e institucionalizou direitos trabalhistas; como ditador e autocrata, atropelou direitos humanos e lançou as bases de um paternalismo político que perdura até hoje.Por volta das 7h30 da manhã de 24 de agosto de 1954, há 70 anos, o então presidente Getúlio Vargas tirou a própria vida. Ele estava em seus aposentos no Palácio do Catete, então sede do governo federal, no Rio, e vivia aos 72 anos uma intensa crise em sua segunda passagem pelo governo – ao qual regressara em 1951, eleito pelo voto direto, após o período o ditatorial conhecido como Estado Novo (1930-1945).

Da organização das relações de trabalho à criação da máquina institucional pública, Vargas deixou um legado que, em partes, até hoje norteia as esferas administrativas do Brasil. Além disso, sua imagem carismática de “pai dos pobres” e seu muito criticado estilo populista de governar ainda inspiram um segmento da política afeito à exploração eleitoral das mazelas sociais.

Da herança deixada por Vargas, o historiador e professor na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) Marco Antonio Villa destaca a modernização das relações de trabalho, com a criação da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), e a presença do Estado na economia.

Autor de obras como Um País Chamado Brasil, o pesquisador argumenta que, nos anos 1930, o varguismo significou a “modernização do Estado brasileiro”. “Você pode dizer que ali o Estado brasileiro moderno nasceu, com a estruturação de uma máquina de Estado, com a construção de um projeto nacional e novas bases totalmente diferentes da primeira República.”

Além da CLT, Vargas criou organismos como os então Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, e o Ministério da Educação e Saúde. Também é de sua gestão a fundação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Em sua segunda passagem pelo Catete, o presidente criaria o Conselho Nacional de Pesquisas, mais tarde rebatizado como Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e as estatais petrolífera Petrobras e do setor elétrico Eletrobras.

“Não podemos esquecer que o legado de Vargas é gigantesco. Ele foi o grande responsável por introduzir o Brasil no processo que envolve a grande indústria internacional, sobretudo com a siderurgia e o petróleo”, comenta o sociólogo Paulo Niccoli Ramirez, professor da Fundação Escola de Sociologia de São Paulo (FESPSP) e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

“Considero o mais importante da experiência de Vargas na condução do Estado brasileiro o esforço por uma relativa autonomia na inserção do Brasil no conjunto da economia mundial, tanto na década de 1930 quanto na de 1950”, contextualiza o historiador Paulo Henrique Martinez, professor na Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Para ele, essa autonomia foi marcada pela “constituição de um parque industrial dinâmico e da administração pública minimamente organizada e coordenada”.

A historiadora Isabel Bilhão, professora na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), destaca a legislação trabalhista como um dos principais legados de Vargas, pelo conjunto de leis que “reuniu e consolidou em âmbito nacional as proteções e as garantias aos trabalhadores e trabalhadoras que vinham sendo estabelecidas desde os anos 1920, em decorrência de mobilizações e lutas operárias”.

Bilhão cita o direito a férias e aposentadoria, bem como “o estabelecimento do salário mínimo nacional em equidade para homens e mulheres”. “Em meu entendimento, essa legislação é fundamental não apenas por reconhecer direitos e garantias, mas também por se tornar um instrumento para que os trabalhadores pudessem, por meio de seus sindicatos, acessar a recém-criada Justiça do Trabalho.”

Ascensão ao poder

Nascido na zona rural de São Borja, no Rio Grande do Sul, Getúlio Dorneles Vargas serviu ao Exército na juventude e, depois, formou-se em direito na Faculdade Livre de Direito de Porto Alegre, hoje Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A partir de 1909, teve uma longa carreira política: foi deputado estadual e federal, governador do Rio Grande do Sul, ministro da Fazenda e senador.

Ascendeu à Presidência em 1930 por um golpe de Estado, após perder a disputa eleitoral para o paulista Júlio Prestes (1882-1946) e liderar o grupo que acusou fraude no sistema. Chamou o seu governo de provisório até 1934, quando seguiu no cargo após vencer uma eleição convocada por ele próprio. Em 1937 deu um autogolpe, inaugurando o período ditatorial conhecido como Estado Novo.

Ameaçado de deposição, renunciou em 1945. Retornou ao poder pelo voto após vencer o pleito de 1950.

Manchas históricas

Mas os especialistas também lembram que há um legado negativo de Vargas, principalmente pelo fato de que sua primeira passagem pelo poder foi um regime ditatorial. “O mais marcante, em meu entendimento, é a associação entre ditaduras e conquistas de direitos sociais”, analisa Bilhão. “Como se os direitos sociais fossem uma concessão de governos ditatoriais, e não fruto dos esforços de várias gerações de trabalhadores.”

Na visão da historiadora, começou com Vargas a “lamentável” ideia, “reforçada com o regime civil-militar a partir de 1964”, de que “nos tempos da ditadura é que as coisas funcionavam”.

O sociólogo Ramirez acrescenta que a ditadura varguista também usou de instrumentos de censura e controle de propaganda.

“Em termos de direitos humanos, foi um desastre”, adiciona Villa. “É uma questão pouco estudada, mas a violência estatal começou, na prática, com o Estado Novo a partir de novembro de 1935.”

Martinez concorda: “Entendo que a grande herança maldita da passagem de Vargas pela política brasileira foi a consagração, em escala nacional, da violência política, pública e privada”.

“Violência moderada contra opositores e adversários políticos, e extrema contra as reivindicações populares, dos mais pobres, e sociais, de alcance transformador”, enumera o historiador. “No campo, pela apropriação e concentração da terra nas mãos de poucas famílias, em todos os estados; no movimento operário urbano, pela repressão implacável aos líderes sindicais e instituições culturais, como jornais, associações, clubes e escolas.”

Já o pesquisador e youtuber Paulo Rezzutti avalia que uma marca negativa de Vargas foi a imagem paternalista. “Isso marcou muito sua trajetória e ainda hoje se apresenta na sociedade brasileira, por meio de alguns políticos”, argumenta.

No fazer político-partidário, ele vê semelhanças entre o modus operandi atual do “carismático que tenta agradar a vários setores privados e também joga com o povo” e o jeito de Vargas conduzir o país. “Afaga um, depois afaga o outro. A gente encontra ainda esse tipo populista. É uma herança dele na sociedade atual”, diz Rezzutti.

Figura ambivalente

“O legado e a imagem de Vargas permanecem em disputa, tanto pelos partidos políticos, mas também pelas discordâncias em torno de sua memória”, comenta Bilhão. “Para alguns, ele seria principalmente o ditador que, com sua postura autoritária e personalista, foi conivente com diversas formas de violação de direitos e de perseguição e morte de opositores, colaborando também para a naturalização de uma cultura de corrupção da máquina pública.”

Mas ela pondera que, “para outros, o que predomina é a imagem de ‘pai dos pobres’, do político que estabeleceu direitos e garantias para os trabalhadores”.

Ela conclui que o principal projeto varguista que “permanece mais amplamente consolidado até a atualidade é o da construção de um capitalismo de viés nacionalista”. “Essa noção defende que não há a possibilidade de desenvolvimento econômico sem a constituição de um mercado consumidor interno e, para que ele exista, seria necessária a diminuição da brutal concentração de renda que historicamente assola o país.”

“Nessa perspectiva, a cidadania estaria associada tanto ao direito da população de consumir bens e produtos quanto de acessar serviços públicos que lhe proporcionem melhor qualidade de vida e mais chances de acesso e permanência no mercado de trabalho”, explica Bilhão.

Ramirez lembra ainda que as relações de proximidade entre Brasil e Estados Unidos, que persistem historicamente, são uma herança do período varguista que, depois de uma hesitação inicial, acabou se aliando aos americanos na Segunda Guerra.

O professor da Unesp Martinez comenta que muitas das conquistas varguistas se esfacelaram nas últimas décadas, do período da ditadura militar ao neoliberalismo implementado na redemocratização, com a sociedade cada vez mais exposta à “promíscua relação entre interesses econômicos e investimentos públicos”.

“Durante a ditadura militar as demandas sociais foram tratadas pelo governo do general de plantão com mão-de-ferro, prisão, tortura e morte”, denuncia ele. “Houve continuidade e aprimoramento nas técnicas de controle social, conduzidas pelo Estado nacional, em benefício de interesses de grupos econômicos nacionais e estrangeiros – inclusive como forma de alargamento e manutenção da base social de sustentação política e ideológica da ditadura pela classe média urbana, o empresariado e grandes proprietários de terras.”

“A relativa autonomia do Estado nacional na distribuição, ainda que pífia e pontual, da renda e da cultura no Brasil de Vargas, desapareceu sob os militares de 1964 e depois, se submeteu aos interesses do grande capital americano”, critica Martinez.

RESPOSTA DA ANEEL ÀS AMEAÇAS DO MINISTRO ALEXANDRE SILVEIRA

 

História de Renan Monteiro – Jornal Estadão

BRASÍLIA – Em resposta ao ministro de Minas e EnergiaAlexandre Silveira, a Associação dos Servidores da Agência Nacional de Energia Elétrica (ASEA) divulgou nesta sexta-feira, 23, uma carta pública avaliando que órgãos reguladores são instituições de Estado, e não de governo. A entidade aponta que há “um ponto equidistante” na atuação das agências em relação aos interesses “dos usuários, dos prestadores dos serviços regulados e do próprio Poder Executivo”.

Na terça-feira, 20, conforme antecipou o Estadão/BroadcastSilveira encaminhou ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cobrando a análise de processos do setor elétrico de interesse do governo. No documento, o ministro cita a possibilidade de “intervir” para apurar os motivos para o retardamento nos prazos.

A nota da Associação ainda não é a resposta da Aneel ao governo, esperada pelo governo até segunda-feira.

“A factibilidade dos prazos não pode ser verificada tão somente pelo período mínimo necessário para instrução dessas políticas pela agência e outras instituições afetadas por esses atos, mas também devido ao reduzido quadro de servidores em exercício na Aneel frente a todas as atividades ordinárias, extraordinárias e desafios enfrentados pela autarquia”, cita a carta da Associação.

Na carta, associação reclama de falta de recomposição na agência e 'lembra' Silveira de que a Aneel 'deveria contar com os recursos arrecadados previstos na Lei' Foto: Wilton Junior/Estadão

Na carta, associação reclama de falta de recomposição na agência e ‘lembra’ Silveira de que a Aneel ‘deveria contar com os recursos arrecadados previstos na Lei’ Foto: Wilton Junior/Estadão© Fornecido por Estadão

A associação disse que situação “deficitária de pessoal” também é verificada na composição da Diretoria Colegiada, com a falta de indicação do substituto do diretor Hélvio Guerra, que teve mandato encerrado em maio de 2024.

“Além do desfalque do quadro de servidores e de uma vaga em aberto na Diretoria há 4 meses, não menos graves são os sucessivos contingenciamentos no orçamento da Aneel, que, é bom lembrar, deveria contar com os recursos arrecadados previstos na Lei”, aponta a carta dos servidores.

A AMAZÔNIA REGISTROU 59 MIL FOCOS DE INCÊNDIOS DE JANEIRO A AGOSTO DESTE ANO, O MAIOR NÚMERO DESDE 2008

 

História de Wanglézio Braga – Newsrondonia

O deputado de Rondônia, Coronel Chrisóstomo (PL) não maneirou nas críticas contra a atual ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, após a mesma proferir discurso numa coletiva de imprensa nesta quarta-feira (21). O parlamentar disse que Marina “age como se o brasileiro fosse idiota”.

“Marina Silva surge do nada, isenta sua gestão incompetente e culpa clima por queimadas na Amazônia. Mas não era culpa do Bolsonaro? Marina age como se o brasileiro fosse idiota. Amazônia pegando fogo, Porto Velho pagando o preço com a fumaça e não vemos nenhuma coordenação de crise. Gestão irresponsável desta senhora”, disparou.

Em sua fala, a Ministra disse que o governo federal vai trabalhar com três bases focadas nos 21 municípios que representam 50% das queimadas na Amazônia. A iniciativa tenta diminuir os focos de queimadas que ultimamente as cidades deste lado da região norte sentem diariamente as ações das cortinas de fumaças.

Marina informou que as ações serão concentradas em Porto Velho (RO), no sul do Amazonas e em Novo Progresso (PA).

“Temos um agravamento das mudanças do clima. Nós tivemos um período do El Niño, mudanças na temperatura das diferentes regiões, aquecimento dos oceanos, uma série de questões que agravam os problemas”, disse a ministra.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a Amazônia registrou 59 mil focos de incêndio de janeiro a agosto deste ano, o maior número desde 2008.

LULA QUER UM PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL QUE ABAIXA E DUSPENDE OS JUROS SOB O SEU COMANDO

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

A transição no Banco Central (BC) já começou, independentemente do presidente Lula da Silva e da campanha injuriosa promovida pelo PT acerca da atuação da autoridade monetária. Ainda que não tenha sido oficialmente batido o martelo sobre o próximo presidente da instituição, os sinais emitidos pelo BC indicam o início do rito de passagem de bastão de Roberto Campos Neto para Gabriel Galípolo – um dos diretores indicados por Lula e o mais provável sucessor de Campos Neto – com um nível de civilidade que deveria ser o padrão republicano, mas que surpreende diante de um cenário político drasticamente contaminado pela polarização.

Campos Neto, que chegou a ser classificado por Lula em 2022, quando ainda candidato, como um “economista competente”, passou a ser bombardeado pelo presidente por perseguir o controle inflacionário, ora com manutenção dos juros, ora com quedas mais suaves do que as almejadas pelo governo. Desde o início do terceiro mandato do petista não houve aumento na taxa, o que não foi suficiente para arrefecer a artilharia lulopetista.

Conforme se aproxima o fim do mandato do atual presidente do BC, em dezembro, o discurso de Lula tem mudado. Chegou a dizer que o próximo presidente do banco terá de ter coragem de reduzir a taxa e ter “a mesma coragem” de aumentar, se necessário. A fala ocorreu dias depois de Galípolo declarar que a alta da taxa de juros é uma possibilidade à mesa nos debates no banco. Lula deixou a estranha sensação de que a autoridade monetária pode aumentar os juros desde que com o seu consentimento.

Campos Neto, Galípolo e os demais sete membros da diretoria colegiada do BC têm deixado evidente que a autonomia da instituição, desde 2021 garantida em lei complementar, não é decorativa. É essa atribuição que assegura decisões técnicas e profissionais nas questões monetárias para manter a estabilidade de preços, o objetivo maior do BC. Os mandatos dos diretores, instituídos de forma alternada por quatro anos, são uma ferramenta para salvaguardar essa autonomia.

Numa estratégia calculada, Galípolo foi o primeiro a falar publicamente depois da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do fim de julho, que manteve a taxa básica de juros em 10,5% ao ano (para irritação do Planalto). Com tranquilidade, disse que uma eventual alta dos juros não está descartada, embora a ata do Copom não tenha emitido qualquer orientação futura. Ao contrário, uma política mais restritiva está também na mesa, a depender do cenário interno e externo. E aí, ressalte-se, o compromisso fiscal do governo tem papel primordial.

CELULAR DE EDUARDO TAGLIAFERRO QUE INQUIETA O MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES

 

História de admin3 – IstoÉ

Policiais civis ouvidos pela reportagem do Estadão rechaçaram nesta sexta, 23, a versão do cunhado do perito Eduardo Tagliaferro de que um delegado da Seccional de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, teria ordenado a entrega do celular do ex-chefe do setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que fosse enviado ao “gabinete do ministro Alexandre de Moraes”.

Os investigadores afirmam – reservadamente porque não estão autorizados a se manifestar sobre o caso – que o vazamento de mensagens do celular de Tagliaferro, que inquieta Moraes, não ocorreu na Polícia de São Paulo. Eles classificam como “grande mentira” a versão de Celso Luiz de Oliveira, o cunhado de Tagliaferro, à Polícia Federal, em depoimento nesta quinta, 22.

“O pessoal do gabinete do ministro (Alexandre de Moraes) está pedindo o celular. A gente vai mandar para o ministro. Pode entregar que depois eu restituo. O ministro está muito preocupado com esse telefone. Ele pediu para mandar para Brasília”, teria dito o delegado, segundo o relato de Celso Luiz à PF.

Um policial observou que é “impensável” imaginar que, como alegou o cunhado do perito, algum funcionário do gabinete do ministro fosse ligar para a Seccional de Franco da Rocha ordenando o envio a Brasília do celular de Tagliaferro. Se isso fosse fato, argumentam, Moraes agiria de forma oficial, via ofício de seu gabinete à Polícia de São Paulo.

Esse policial destaca que o telefone apreendido de Tagliaferro não era institucional, mas pessoal.

Outros afirmam que o próprio Celso levou o aparelho à Seccional de Franco da Rocha e assinou um termo de entrega “espontânea”. O cunhado, por sua vez, alega que policiais civis foram até a casa do perito e exigiram o aparelho.

Os policiais ouvidos pelo Estadão anotam que o celular lacrado foi devolvido a Tagliaferro e que o sigilo de conteúdo não foi violado. A versão do perito é que o celular foi entregue “fora de qualquer invólucro”, ou seja, sem o lacre que atesta que o telefone ficou indevassável.

O imbróglio se deu em maio do ano passado, quando Tagliaferro foi preso em flagrante na Delegacia de Caieiras, sob jurisdição da Seccional de Franco da Rocha, acusado de ameaçar a mulher e disparar tiro de arma de fogo dentro de casa.

Segundo investigadores ouvidos pelo Estadão, o cunhado do perito alegou, ao entregar o celular, que “tinha receio” de que se tratasse de um equipamento institucional do Supremo Tribunal Federal ou do Tribunal Superior Eleitoral.

Inicialmente, ele foi à Delegacia de Caieiras, onde Tagliaferro foi autuado em flagrante. Como havia vários jornalistas na delegacia, Celso Luiz foi embora e, depois, fez a entrega do aparelho na Seccional de Franco da Rocha.

Tagliaferro é bem relacionado com muitos policiais da região e, rotineiramente, promove churrascos com eles nas cidades do entorno de Franco da Rocha, como Mairiporã. Alguns policiais relataram ao Estadão que era comum o perito “bater no peito” e dizer que é amigo de Moraes, a quem nem se refere como ministro para demonstrar intimidade. Um policial ironizou que só faltava o perito dizer que “jogava bola com o ministro na represa de Mairiporã”.

Quando foi preso por violência doméstica, em 8 de maio do ano passado, ele passou o celular para o cunhado. No dia seguinte à sua prisão, Tagliaferro foi exonerado do cargo no TSE, deixando de assessorar Moraes.

Quando saiu da cadeia, após audiência de custódia, Tagliaferro decidiu reaver seu celular alegando que o aparelho continha dados bancários e que com ele pagava contas inclusive da mulher. Essa mesma justificativa foi dada por ele em depoimento para explicar por que deixou o aparelho com o cunhado ao ser preso.

Segundo os policiais, o celular foi devolvido com lacre, em envelope plástico da perícia e numerado, após seis dias sob custódia da Seccional.

Os policiais narram que ao chegar à Seccional para pegar de volta seu celular, Tagliaferro disse que o aparelho era de uso pessoal. Ele teria dito que o institucional já estava no Supremo. O próprio Tagliaferro, acompanhado de um advogado, teria deslacrado o envelope em que o aparelho estava acondicionado. O perito assinou um auto de entrega. Eles ressaltam que ninguém da delegacia possuía a senha do aparelho, “logo não havia como violar o conteúdo”. O perito, por sua vez, afirma que o celular estava desbloqueado.

Os investigadores são taxativos e dizem que o perito recebeu o aparelho “nas condições em que deixou na Seccional”. E assinou um termo de responsabilidade pela confidencialidade do conteúdo.

À PF, Tagliaferro contou que logo descartou o celular que estaria danificado. Ele alega que consultou um amigo, que lhe informou que o aparelho estava com problema na placa lógica e que não valia a pena consertar. Os policiais civis lembram que, como um especialista em acessar computadores e telefones, ele nem precisaria ter levado o aparelho para um técnico examinar. Como perito em informática não haveria necessidade de delegar a vistoria a terceiros.

Os policiais reafirmam que “não houve nenhum telefonema do gabinete do ministro Alexandre de Moraes” para a Seccional de Franco da Rocha.

Eles expõem um outro detalhe, relativo ao episódio da suposta ameaça à mulher. No último dia 5 de agosto passado, o Ministério Público pediu a condenação dele em alegações finais. No dia 6, ele foi citado.

DOENÇAS AUTOIMUNE SÃO PROBLEMAS QUE OCORREM QUANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO ATACA O CORPO

 

História de Trisha Pasricha – Jornal Estadão

Parece que todo mundo com quem converso tem diagnóstico de alguma nova doença autoimune. O que está acontecendo?

Sua observação está correta. As doenças autoimunes vêm aumentando no mundo todo, e a genética por si só não consegue explicar esse fenômeno.

As doenças autoimunes são problemas que ocorrem quando o sistema imunológico ataca o corpo.

Existem mais de 100 doenças consideradas autoimunes, desde as mais conhecidas, como artrite reumatoide, lúpus e esclerose múltipla, até as menos conhecidas, como esclerodermia e hepatite autoimune.

Nos Estados Unidos, 1 em cada 5 habitantes tem alguma doença autoimune. Essas doenças afetam mais as mulheres do que os homens e, muitas vezes, passam de geração em geração, embora a genética seja apenas um dos fatores de risco. As doenças autoimunes estão aumentando de uma forma que não é explicada apenas pelos nossos genes: por exemplo, entre 1950 e 2000 as taxas de incidência da doença de Crohn, da esclerose múltipla e do diabetes tipo 1 aumentaram em mais de 300%.

E, se nos aprofundarmos no que está mudando, a história fica ainda mais complexa. Não só as doenças autoimunes estão aumentando, como também estão ocorrendo com mais frequência entre os mais jovens. As doenças autoimunes de início precoce apresentam desafios específicos: a doença crônica que começa na infância pode alterar seriamente a vida do indivíduo e de sua família. E a doença de início precoce pode aumentar o risco de outras doenças autoimunes.

Doenças autoimunes estão mais frequentes entre a população. Além disso, têm acometido indivíduos mais jovens. Foto: Dmytro/Adobe Stock

Doenças autoimunes estão mais frequentes entre a população. Além disso, têm acometido indivíduos mais jovens. Foto: Dmytro/Adobe Stock

Além disso, as doenças autoimunes estão aumentando onde antes eram menos comuns. Um exemplo bem estudado é a doença inflamatória intestinal, que durante a maior parte do século 20 era muito mais comum na América do Norte e na Europa, mas nas últimas décadas tem aumentado na América do Sul, na Ásia e na África.

E estamos observando um padrão intrigante em muitas doenças autoimunes: quando as pessoas se mudam para outros países, o risco de doença de seus filhos se assemelha ao da população local – e não ao do país de nascimento dos pais. Por exemplo, a incidência de diabetes tipo I no Paquistão é de cerca de 1 caso por 100 mil pessoas, enquanto no Reino Unido é mais de 10 vezes maior. Mas a taxa de desenvolvimento de diabetes tipo I entre os filhos de paquistaneses que se mudaram para o Reino Unido é semelhante à da população geral do Reino Unido.

Por que as doenças autoimunes estão aumentando?

Uma teoria mais antiga sobre a origem das doenças autoimunes e alérgicas é a chamada “teoria da higiene”, que diz que o excesso de limpeza – ou, mais especificamente, o declínio das doenças infecciosas e o aumento do uso de antibióticos – enfraqueceu nosso sistema imunológico.

Nosso ambiente, que interage intimamente com nosso genoma, provavelmente tem um papel importante nessa história. No entanto, ficou claro que a teoria da higiene não capta muito bem o que está acontecendo: nosso risco de desenvolver essas doenças parece estar mais ligado à nossa exposição aos micróbios do dia a dia, em oposição aos verdadeiros patógenos infecciosos. Isso inclui os micróbios que encontramos pelo canal de parto quando bebês e os que vivem em nosso intestino (muito influenciados pela dieta), além das interações com outras crianças, como em creches, e com animais em casa ou em fazendas.

Embora alguns aspectos de nosso ambiente moderno sejam “mais limpos” hoje do que no passado, as mudanças prejudiciais à saúde que aumentam nosso risco de doenças autoimunes estão por toda parte: nossa comida está cada vez mais ultraprocessada, estamos sempre estressados e dormindo mal, e a poluição do ar saiu do controle em grande parte do mundo. Já se demonstrou que todos esses fatores têm um papel no desenvolvimento de doenças autoimunes (portanto, minimizar sua “higiene” pessoal, como evitar lavar as mãos, provavelmente não é uma maneira útil de reduzir o risco).

E há outra peça nesse quebra-cabeça. Mais jovens estão sendo diagnosticados com câncer. Esses dois fenômenos – câncer e doença autoimune – são o yin e o yang da imunologia. Nosso sistema imunológico está sempre procurando e eliminando os cânceres de nosso organismo. Muitos fatores de risco ambientais que talvez ajudem esses cânceres a não serem detectados hoje são diferentes daqueles das gerações passadas – e estão nos atingindo em idades mais jovens.

Por exemplo, nosso estilo de vida cada vez mais sedentário, o consumo de bebidas açucaradas e a epidemia de obesidade, que foi particularmente impactante para as crianças durante a pandemia. Por sua vez, à medida que nosso sistema imunológico fica cada vez mais preparado por mais e mais perigos, ele pode se voltar erroneamente contra si mesmo.

Assim como o risco de câncer aumenta com a idade, o mesmo acontece com os anticorpos direcionados contra nós mesmos: adultos com mais de 50 anos tendem a ter uma prevalência maior desses anticorpos do que pessoas entre 20 e 40 anos.

Ainda mais preocupante é o fato de esses anticorpos terem se tornado mais comuns nas últimas décadas: entre 1988 e 1991, cerca de 15% das pessoas com mais de 50 anos tinham um desses anticorpos, conhecido como anticorpo antinuclear. Quando um grupo comparável foi examinado entre 2011 e 2012, esse número havia aumentado para mais de 20%.

Estamos só começando a aprender como esses anticorpos podem afetar vários aspectos da nossa saúde. Pacientes com doenças autoimunes conhecidas muitas vezes apresentam sintomas intestinais graves que ainda não compreendemos totalmente. Um subconjunto desses pacientes também apresenta hipermobilidade articular e problemas de pressão arterial e frequência cardíaca (como a síndrome da taquicardia postural ortostática), que, segundo a hipótese dos cientistas, podem ter uma base imunológica comum.

Conforme demonstrado por esses fatores – pois temos muito menos controle sobre alguns deles –, as doenças autoimunes não são necessariamente evitáveis. Mas sempre vale a pena tomar medidas que possam reduzir o risco, como comer alimentos integrais e reduzir o estresse, especialmente se houver um forte histórico de doenças autoimunes na sua família.

Gravidez causa doença autoimune?

Um grande estudo com mais de 1 milhão de mulheres dinamarquesas descobriu que a gravidez estava associada a um risco 15% maior de doenças autoimunes após um parto vaginal e a um risco 30% maior após um parto cesárea, mas há muitas perguntas sem resposta.

Sabemos que as mulheres, independentemente da gravidez, apresentam taxas mais altas de doenças autoimunes do que os homens. No início deste ano, um importante estudo da Cell identificou uma molécula expressa somente em mulheres que inativa o segundo cromossomo X, considerado o possível culpado.

Uma hipótese específica da gravidez envolve o microquimerismo fetal. O termo se refere ao fenômeno no qual, à medida que o bebê cresce dentro do útero da mãe, pequenas quantidades de células fetais são liberadas na corrente sanguínea da mãe e podem continuar no corpo materno por anos. Alguns estudos, mas não todos, sugerem uma ligação entre o microquimerismo fetal e as doenças autoimunes. Os cientistas ainda estão trabalhando para elucidar melhor essas possíveis relações.

O que quero que meus pacientes saibam

Muitos de meus pacientes perguntaram sobre a ligação entre o coronavírus e as doenças autoimunes.

A infecção por SARS-CoV-2 pode causar uma grande pane no sistema imunológico: nós que tratamos pacientes em 2020 nunca vamos nos esquecer das tempestades de citocinas, uma onda de inflamação rápida e potencialmente mortal causada pelo sistema imunológico, que afetou muitos dos que morreram. Mas, para muitos sobreviventes da covid-19, as mudanças no sistema imunológico possivelmente desencadeadas pelo vírus parecem se estender por muito tempo depois do fim da infecção aguda.

Não está totalmente claro quanto do conjunto mais amplo de sintomas que se enquadram na covid longa tem origem autoimune. Sabemos que, em um estudo realizado em 2023 com mais de 1 milhão de pacientes de covid-19 em Hong Kong, houve um risco significativamente maior de diagnósticos posteriores de doenças autoimunes, como artrite reumatoide e psoríase, em comparação com pessoas que não foram infectadas. Entre os pacientes de covid-19, o estudo também descobriu que completar duas doses de vacina contra o coronavírus atenuou esse risco. Vários outros vírus, como o vírus Epstein-Barr e o vírus do herpes simples, também aumentam o risco de doenças autoimunes.

Aconselho meus pacientes a tomarem precauções contra o coronavírus, como usar máscara e tomar vacina, porque os pesquisadores ainda estão investigando as consequências de longo prazo da covid, inclusive o risco de doença autoimune.

*Trisha Pasricha é instrutora de medicina na Harvard Medical School / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

EUTANÁSIA DO ESCRITOR BRASILEIRO ANTONIO CICERO NA SUÍÇA

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