terça-feira, 20 de agosto de 2024

ALEXANDRE DE MORAES ABUSOU DO PODER DE PRESIDENTE DO TSE PARA PERSEGUIR POLÍTICOS ALIADOS DE BOLSONARO?

 

História de Mariana Schreiber – Da BBC News Brasil em Brasília

Moraes foi presidente do TSE durante as eleições de 2022

Moraes foi presidente do TSE durante as eleições de 2022© Antonio Augusto/Secom/TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está no centro dos questionamentos a decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra políticos e aliados bolsonaristas, alvo de inquéritos que tramitam em seu gabinete.

O TSE, que tem como função principal realizar eleições a cada dois anos e garantir que elas ocorram de forma íntegra, produziu, a pedido de Moraes, relatórios sobre suspeitos de propagar desinformação sobre o processo eleitoral e de ter realizado ataques a autoridades. Isso foi alvo de críticas alegando que não teriam sido obervadas as etapas processuais normalmente esperadas neste caso.

Depois, os relatórios foram usados por Moraes em decisões tomadas no STF, como bloqueio de contas em redes sociais, suspensão de passaporte e congelamento de contas bancárias.

Moraes esteve à frente do TSE em um contexto de fortes ataques ao processo eleitoral, que culminaram no 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) insatisfeitos com a eleição do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF.

O ministro justificou sua atuação argumentando que era presidente do TSE e, portanto, tinha poder de polícia para solicitar os relatórios.

Conforme revelou o jornal Folha de S.Paulo, esses documentos foram produzidos pela Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), órgão ligado à presidência da Corte eleitoral.

Segundo mensagens privadas trocadas entre assessores de Moraes no STF e no TSE, o ministro teria orientado o teor dos relatórios, já mirando determinados alvos e visando determinadas punições.

A BBC News Brasil procurou o TSE por meio da sua assessoria, mas a Corte não respondeu sobre críticas à atuação do ministro.

A atual presidente da Corte, a ministra do STF Cármen Lúcia, disse na quinta-feira (15/8) que Moraes foi “um grande ex-presidente [do TSE], que cumpriu um enorme papel, como é de conhecimento geral do país, nas eleições de 2022”.

Moraes, por sua vez, refuta que tenha cometido qualquer ilegalidade e disse, em uma nota, que “todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República”.

Ele também argumentou que, “no exercício do poder de polícia, tem competência para a realização de relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação, discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e atentado à Democracia e às Instituições”.

O episódio levantou questionamentos sobre os limites da atuação do TSE. Especialistas em direito eleitoral ouvidos pela BBC News Brasil explicam quais, afinal, são os poderes desse tribunal – e divergem sobre se houve abusos no uso da Corte eleitoral por Alexandre de Moraes.

Entenda a seguir, em três pontos, o que faz a Justiça Eleitoral, o que é seu poder de polícia e qual a atuação da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação – órgão criado em 2022 e chamado de “obscuro” por críticos do ministro.

1. O que faz a Justiça Eleitoral?

A Justiça Eleitoral tem natureza diferente de outros braços do Poder Judiciário, como as Justiças Estaduais, Federal ou do Trabalho, conforme ressaltam a advogada Carolina Lobo, integrante da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), e o advogado Horácio Neiva, professor do Instituto de Ensino Superior (iCEV).

Para além de julgar processos eleitorais, sua principal função é executar eleições a cada dois anos e garantir que o processo eleitoral ocorra de forma íntegra, sem favorecimentos a um ou outro concorrente.

Para cumprir essa missão, o TSE tem atuação legislativa, ao aprovar resoluções com regras para o processo eleitoral. Essas resoluções regulamentam leis aprovadas pelo Congresso ou criam novas diretrizes quando não há legislação ainda, como foi feito este ano com a adoção de restrições ao uso de inteligência artificial na campanha eleitoral.

Além disso, a Justiça Eleitoral tem atuação administrativa, ao executar e fiscalizar as eleições. Isso, explica Neiva, permite a criação de órgãos, como a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, e dá aos juízes um papel mais pró-ativo na tomada de algumas decisões.

“Usualmente, associamos a atuação da Justiça àquela ideia de ter um processo judicial, em que o juiz só atua quando é demandado por alguém”, nota Neiva.

“Mas a Justiça Eleitoral tem funções tipicamente administrativas. Talvez tenha mais funções administrativas do que propriamente jurisdicionais, porque cabe a esses juízes, inclusive ao presidente do TSE, organizar as eleições e fiscalizar o processo eleitoral.”

É nesse contexto, acrescenta o professor do iCEV, que é dado poder de polícia aos juízes eleitorais para coibir de maneira célere ilegalidades no processo eleitoral. Mas esse poder também tem limites, ressalta Neiva.

Cármen Lúcia estará à frente da Justiça Eleitoral nas eleições municipais desse ano, enquanto as eleições de 2026 ocorrerão na presidência do ministro André Mendonça.

O TSE tem composição rotativa e é sempre formado por sete integrantes, sendo três ministros do TSE, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois advogados nomeados pelo presidente da República, a partir de uma lista formada pelo Supremo.

A presidência do TSE é sempre exercida por um ministro do STF.

2. O que é o poder de polícia? Houve abuso por Moraes?

Moraes votando em 2022; a atual presidente do TSE, a ministra Cármen Lúcia, defendeu o colega por sua atuação na eleição geral

Moraes votando em 2022; a atual presidente do TSE, a ministra Cármen Lúcia, defendeu o colega por sua atuação na eleição geral© Antonio Augusto/Secom/TSE

O poder de polícia, explicam os especialistas, é quando órgãos do Estado têm poder para fiscalizar e garantir o cumprimento de normas no seu âmbito de atuação. Isso é mais comum no Poder Executivo.

“Então, órgãos sanitários têm poder de polícia em relação a medicamentos e à limpeza de ambientes públicos. A guarda municipal, em muitos municípios, têm poder de polícia relativo ao trânsito”, exemplifica João Pedro Pádua, professor de direito processual penal da Universidade Federal Fluminense (UFF).

No caso do Poder Judiciário, a Justiça Eleitoral é a única com poder de polícia, ressalta a advogada Carolina Lobo, integrante da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep).

Para alguns analistas, esse poder está previsto de forma ampla no artigo 35 do Código Eleitoral, que prevê que compete aos juízes “fazer as diligências que julgar necessárias à ordem e presteza do serviço eleitoral”. “O juiz pode agir de ofício para cessar práticas ilegais”, afirma Lobo.

“Se estiver acontecendo, no dia da eleição [quando não é permitido fazer campanha], uma passeata de um candidato, uma aglomeração enorme de pessoas, o juiz eleitoral pode determinar, por exemplo, a apreensão dessas pessoas.”

Já outros entendem que o poder de polícia está restrito à atuação contra a propaganda eleitoral irregular, porque isso está previsto expressamente no artigo 41 da legislação eleitoral. Mas própria Lei Eleitoral, porém, estabelece limitações a esse poder, nota Horácio Neiva.

“O poder de polícia se restringe às providências necessárias para inibir práticas ilegais, vedada a censura prévia sobre o teor dos programas a serem exibidos na televisão, no rádio ou na internet”, diz trecho do artigo 41.

Além disso, a súmula 18 do TSE também estabelece que esse poder de polícia não permite aplicação de multa por propaganda eleitoral em decisão de ofício.

Para alguns especialistas, como Horácio Neiva, a atuação de Moares teria extrapolado esse poder de polícia.

Neiva ressalta que a jurisprudência do TSE alargou o conceito de propaganda ilegal para abarcar também a disseminação de desinformação no contexto eleitoral.

Na sua visão, porém, Moraes não poderia usar esse poder de polícia para bloquear contas nas redes sociais ou aplicar multas de ofício, nem tomar decisões em inquéritos criminais, ou seja, fora do âmbito da Justiça Eleitoral.

“Algumas decisões não estavam sendo tomadas no âmbito de questões afetas à propaganda eleitoral. Elas estavam sendo tomadas no âmbito de inquéritos criminais, que estão em tramitação no Supremo Tribunal Federal”, ressalta.

“E, não só para determinar retirada de conteúdo das redes, como o poder de polícia autoriza. Eram decisões que extrapolam os limites desse poder de polícia, que é uma aplicação de multa e também bloqueio de perfis.”

Moraes comentou as reportagens do jornal Folha de S.Paulo na quarta-feira (14/8), durante sessão do STF.

“Como presidente [do TSE], tenho poder de polícia e posso, pela lei, determinar a feitura dos relatórios”, argumentou o ministro.

Ele disse ainda que não acionou a Polícia Federal (PF), porque a instituição não estaria colaborando com as investigações.

A fala parece uma referência ao período do governo Bolsonaro (2019-2022), já que o presidente tem poder de nomear a direção da PF. O órgão do TSE, porém, continuou sendo acionado em 2023, já durante o governo Lula, segundo a reportagem da Folha de S. Paulo.

“Obviamente, o caminho mais eficiente da investigação naquele momento era solicitação ao TSE, uma vez que a Polícia Federal, lamentavelmente, num determinado momento, pouco colaborava com as investigações”, disse.

Para Neiva, o TSE não tem poder de substituir a PF: “O TSE não é um órgão de investigação. A omissão da PF não pode ser suprida por um órgão do Tribunal. Tanto é que, em casos de crimes eleitorais, o inquérito é conduzido pela PF, e não pela própria Justiça Eleitoral”.

3. O que é a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação?

O TSE adotou, nos últimos anos, novas normas e estruturas para lidar com a disseminação de informações falsas e ataques ao sistema eleitoral brasileiro, principalmente no ambiente digital.

O objetivo era tanto combater possíveis conteúdos ilegais das campanhas, como coibir ataques falsos ao sistema eleitoral, como alegações infundadas de que as urnas eletrônicas não seriam seguras.

Uma portaria do TSE criou em 2019 o Programa de Enfrentamento à Desinformação, tornado depois uma política permanente, em 2021, em outra portaria.

Já em 2022, quando o TSE era presidido pelo ministro Edson Fachin, a AEED foi criada por meio da resolução TSE nº 23.683, que reorganizou vários órgãos internos da Corte.

Não há, porém, um documento oficial que preveja as atribuições da AEED, órgão diretamente ligado à presidência da Corte eleitoral.

De acordo com a assessoria do TSE, “a unidade é responsável por coordenar as ações promovidas para conter o impacto negativo das notícias falsas sobre as urnas eletrônicas, o processo eleitoral e os integrantes da Justiça Eleitoral”.

Segundo a BBC News Brasil apurou, a AEED tinha uma função mais analítica na gestão do Fachin. Foi na gestão Moraes que ganhou um caráter investigativo.

As mensagens reveladas pelo jornal mostram que servidores do gabinete de Moraes no STF passaram a acionar diretamente Eduardo Tagliaferro, então chefe da AEED, com pedidos de informações.

Nos últimos anos, TSE adotou novas medidas para combater ataques ao sistema eleitoral, como alegações infundadas de que as urnas eletrônicas não seriam seguras

Nos últimos anos, TSE adotou novas medidas para combater ataques ao sistema eleitoral, como alegações infundadas de que as urnas eletrônicas não seriam seguras© Antonio Augusto/Secom/TSE

As conversas teriam ocorrido entre agosto de 2022 e maio de 2023 — ou seja, durante e depois da campanha eleitoral que levou à vitória de Lula e à derrota de Bolsonaro.

Airton Vieira, juiz instrutor dos inquéritos no STF, solicitava, informalmente, por meio de mensagens, relatórios sobre investigados nos inquéritos das chamadas fake news e das milícias digitais.

Algumas mensagens reveladas mostram, por exemplo, que Moraes e assessores pediram a produção de um relatório sobre o economista Rodrigo Constantino, apoiador de Bolsonaro, a partir de publicações dele nas redes sociais.

Em novembro de 2022, Airton Vieira encaminhou para Tagliaferro uma captura de tela de conversa com Moraes na qual o ministro pediria: “Peça para o Eduardo analisar as mensagens desse [Constantino] para vermos se dá para bloquear e prever multa”. Vieira pediu para Tagliaferro “caprichar” no relatório.

Segundo a Folha de S.Paulo, em nenhum dos casos havia a formalização de que os relatórios do TSE teriam sido produzidos a pedido de Moraes ou do STF.

No caso de Constantino, uma decisão do início de janeiro de 2023 ordenou a quebra de sigilo bancário do investigado, bem como o cancelamento de seus passaportes, bloqueio de suas redes sociais e intimações para que fosse ouvido pela Polícia Federal.

Essa decisão mencionava “ofício encaminhado pela Assessoria Especial de Desinformação Núcleo de Inteligência do Tribunal Superior Eleitoral”, sem esclarecer que o pedido partira do gabinete do ministro no STF.

Outras mensagens entre assessores do ministro reveladas pelo jornal mostram que a AEED teria sido acionada, também, para checar ameaças a Moraes e seus familiares e, ainda, para verificar a ficha criminal de um prestador de serviço que faria uma obra em sua casa.

A BBC News Brasil questionou a assessoria de imprensa do TSE sobre as críticas ao funcionamento da AEED, mas não obteve uma resposta.

A reportagem apurou que o comando da Corte entende que não houve qualquer desvio no uso do órgão, porque é sua função também contribuir para a segurança dos integrantes do TSE.

Para a advogada Carolina Lobo, não houve uso irregular da AEED, porque o órgão foi usado apenas para produzir relatórios sobre conteúdo ilegal que estava público, como mensagens inverídicas sobre o processo eleitoral.

“E o poder de polícia dá ao juiz eleitoral o dever de fazer cessar práticas ilegais, então ele [Moraes] se restringe a essas providências, de inibição de práticas Ilegais”, argumenta.

Já críticos do ministro, como o ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal Deltan Dallagnol, dizem que o órgão seria “obscuro”.

Em abril, quando a rede social X disponibilizou ao Congresso dos Estados Unidos notificações para derrubar conteúdos por ordem de Moraes, Dallagnol criticou o fato do Ministério Público não ser acionado previamente às decisões de Moraes fundamentadas nos relatórios.

“Os arquivos do Congresso dos EUA mostram que o órgão alertava Moraes, que mandava censurar, e só depois pedia opinião do MP [Ministério Público]”, escreveu em sua conta no X.

Para Horácio Neiva, não há qualquer problema em a AEED produzir relatórios. Ele considera questionável, porém, que o órgão produza documentos visando conclusões solicitadas previamente por Moraes.

“Por exemplo, o juiz eleitoral, no município em que ele está atuando, pode todos os dias passear pela cidade para ver se tem algum ato ilícito. Isso está dentro do poder de polícia dele. Então, esse órgão fazer monitoramento de redes sociais também não tem nada necessariamente ilícito”, compara.

“A grande questão não é se o órgão estava fazendo um monitoramento de forma imparcial, verificando atos ilícitos, e sim se ele estava sendo direcionado para produzir relatórios com vistas a dar uma aparência de legitimidade a decisões de ofício do ministro Alexandre de Moraes no Supremo.”

AUMENTAR OS IMPOSTOS DE IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS NÃO É UMA BOA SOLUÇÃO DEVIDO O ENCARECIMENTO DOS PRODUTOS FABRICADOS NO BRASIL

 

História de Eduardo Leão, João Carlos da Silva, José Jorge Junior, Luciano Dias, Luiz Cornacchioni, Maurício Borges, Paulo Engler, Paulo H. Rangel Teixeira e Roberto Petrini – Jornal Estadão

Foi proposto recentemente ao governo um aumento nas tarifas de importação de várias matérias-primas de base química, visando a incentivar e proteger a produção nacional. Consideramos que essa não é uma boa solução e, por isso, recomendamos o diálogo com todos os envolvidos e defendemos que essa proposta seja avaliada com muito cuidado.

O Brasil carece de produção qualificada e suficiente de muitos insumos químicos essenciais, o que leva à necessidade de importação de matérias-primas para a fabricação, no País, de inúmeros produtos, muitos dos quais incluídos na cesta básica ou utilizados na construção civil e em outras atividades essenciais.

As importações são necessárias para termos acesso a insumos de alta qualidade e tecnologia avançada, muitas vezes não disponíveis localmente, cumprindo também papel vital na sofisticação da produção nacional e na ampliação da nossa inserção internacional.

Com a elevação das tarifas, os custos dessas matérias-primas aumentam, o que pode gerar um efeito cascata em diversos setores, resultando em preços mais altos e menor atratividade para investidores. A qualidade dos produtos pode ser prejudicada, afetando a satisfação dos consumidores e a sua confiança nos produtos nacionais.

Importação é um caminho importante para a indústria química nacional ter acesso a insumos de qualidade Foto: Daniel Teixeira / AE

Importação é um caminho importante para a indústria química nacional ter acesso a insumos de qualidade Foto: Daniel Teixeira / AE

Neste momento, precisamos de instrumentos de política industrial que não impactem de forma negativa as importações, e sim que estimulem a inovação e o desenvolvimento da indústria doméstica. Entre eles, incentivos fiscais para pesquisa e desenvolvimento, parcerias público-privadas com foco em investimentos em infraestrutura, capacitação tecnológica e programas de apoio à exportação.

Propostas de elevação tarifária devem ser revisadas com critérios técnicos, concorrenciais e econômicos adequados. Preferencialmente, devem ser rejeitadas em favor de políticas que promovam a inovação e a competitividade da indústria, combatendo efetivamente os danos ao mercado e à livre concorrência. É preciso lembrar que, com a justificativa de proteger o setor químico nacional, se pode prejudicar inúmeras indústrias, que fabricam produtos tão variados como argamassas, brinquedos, colchões, cremes hidratantes, defensivos agrícolas, detergentes, embalagens de aço, geladeiras, inseticidas, máquinas de lavar, não tecidos, perfumes, produtos plásticos, revestimentos cerâmicos, tintas, ventiladores, entre muitos outros.

ALMOÇO PARA REUNIR OS TRÊS PODERES É PARA DEFINIR QUEM MANDA

 

História de William Waack – CNN Brasil

Waack: Poderes marcam almoço no meio de crise sem solução

Waack: Poderes marcam almoço no meio de crise sem solução

Representantes dos Três Poderes marcaram um almoço em Brasília para discutir a relação entre eles. É assim que muitas questões são resolvidas na capital federal, onde não faltam bons restaurantes. É possível que o grupo de convivas, formado pelos presidentes do Judiciário, do Congresso, da Câmara, e pelo chefe da Casa Civil, que representa o Executivo, chegue a um acordo sobre o cardápio. Mas isso é o máximo que se pode esperar. O que realmente está em jogo é de grande abrangência: definir quem manda. A questão que motivou o almoço, as emendas impositivas dos parlamentares, suspensas pelo Judiciário contra a vontade do Legislativo, é apenas fachada. Judiciário e Legislativo aumentaram suas prerrogativas e poderes de fato, enquanto o Executivo perdeu espaço — e poder. Isso não é novidade, mas se tornou mais grave e virou uma condição estrutural. Na prática, o Brasil passou para um sistema de semipresidencialismo com dois primeiros-ministros, os chefes das casas legislativas, ao lado dos poderes supremos do Supremo Tribunal Federal. O confronto entre Poderes, que já era uma característica do nosso sistema de governo, se tornou hoje um confronto de poderes em torno de seus próprios poderes. É até possível que um bom almoço traga algum arranjo circunstancial. Algo como as emendas se tornarem mais transparentes, um acordo melhor com o Executivo sobre sua destinação, e o Supremo prometendo se intrometer menos. A questão central, porém, continuará a mesma. Quando se disputa quem manda, não estamos diante apenas de uma crise, mas de um desarranjo institucional. É difícil esperar que qualquer questão de fundo — política, social ou econômica — possa ser resolvida em um cenário desses, muito menos em um almoço.

FIM DAS OPERAÇÕES DO X (EX-TWITER) NO BRASIL MAS OS SERVIÇOS CONTINUAM

 

História de Nilton Kleina – TecMundo

A rede social X anunciou o fim das operações no Brasil no último sábado (17), após um novo capítulo da briga da plataforma com o Supremo Tribunal Federal (STF) e, mais especificamente, o ministro Alexandre de Moraes. O serviço, porém, segue liberado para acesso no país.

Até o momento, não há maiores desdobramentos nesse caso, mas a campanha iniciada há alguns meses contra Moraes pelo bilionário Elon Musk, dono do serviço, pode ter atingido um momento decisivo. O empresário acusa o STF de censura porque o órgão pediu informações sobre donos de perfis envolvidos em investigações judiciais, além do bloqueio de certas contas que fazem parte das acusações.

Estadão consultou especialistas da área digital para entender o que esse encerramento pode significar para o futuro da rede social em território nacional.O que pode acontecer com o X no Brasil

Segundo as fontes consultadas pela reportagem, o X pode continuar operando normalmente em território brasileiro. Por falta de uma regulamentação de redes sociais no país, a empresa é capaz de oferecer os serviços aos usuários apenas com advogados representando a marca por aqui ou um representante que atua somente nos bastidores e quando acionado.

Essa é a abordagem do mensageiro Telegram, que há anos se envolve em disputas judiciais por falta de colaboração com as autoridades e até já foi bloqueado no país por alguns dias em um desses casos.

O perfil de Musk no X, antigo Twitter.

O perfil de Musk no X, antigo Twitter.

O X só deve sair do ar no Brasil no caso de uma ordem judicial que exija a remoção da plataforma, algo que ainda não aconteceu. As punições impostas pelo STF até o momento incluem multa e até a detenção dos representantes da companhia. Com a falta de representantes oficiais no Brasil, porém, as chances de que o X cumpra com decisões judiciais por vontade própria caem ainda mais e as sanções podem escalar para um bloqueio.

Além disso, as operações do X no Brasil já eram muito restritas. Musk fez uma demissão de grandes proporções no então Twitter em novembro de 2022, logo na mudança da gestão, e outro corte no Brasil em janeiro do ano seguinte. A companhia não informou a quantidade de pessoas que ainda estavam empregadas pela marca no país. 

Musk, entretanto, não deve encerrar as atividades do X no Brasil por vontade própria — ele possivelmente espera que o STF ceda às ameaças e reduza o cerco contra a companhia. Aliado de políticos conservadores de diversas partes do mundo, o bilionário já se envolveu em polêmicas por política em regiões como na União Europeia como um todo, nos Estados Unidos e até na Venezuela.

REFORMA ADMINISTRATIVA DE FACHADO DO GOVERNO

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

O governo Lula da Silva editou uma portaria com diretrizes gerais e critérios para a elaboração de propostas de criação, racionalização e de reestruturação de planos, cargos e carreiras no serviço público federal para colocar em marcha o que seria, digamos assim, uma reforma administrativa silenciosa. Infelizmente, mais parece promessa do que determinação.

A portaria foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira, 14, e traz entre seus objetivos a proposta de alongar o tempo para chegar ao topo de uma carreira e reduzir o salário inicial dos servidores. Nela destacam-se, ainda, dispositivos para melhorar a eficiência do serviço público, com a avaliação de desempenho individual e coletivo, desenvolvimento de atividades complexas e engajamento e comprometimento com o trabalho.

São todas, obviamente, medidas muito bem-vindas, necessárias e, se levadas a cabo, promissoras. O cidadão que sustenta o Estado brasileiro merece receber como contrapartida a prestação de serviços públicos de qualidade.

Mas, a depender do texto assinado pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, sobram razões para duvidar de que essas diretrizes e esses critérios serão seriamente considerados pelos órgãos vinculados ao Executivo federal. Isso porque as regras se limitam a novos pedidos de reestruturação, mantendo inalterado o esquizofrênico modelo atual, que soma hoje 43 planos de cargos e carreiras, 120 carreiras e mais de 2 mil cargos distintos.

E tamanho ceticismo decorre, sobretudo, das palavras criteriosamente selecionadas para a construção da portaria. Há tantas ponderações que a ministra Esther Dweck só faltou pedir desculpas por baixá-la.

Um exemplo disso é o fato de que o servidor cumprirá o “período mínimo de, preferencialmente, vinte anos para o alcance do padrão final da carreira”. Ora, em bom português, significa dizer que tendem a ser mínimas as chances de os novos pedidos de reestruturação seguirem essa previsão, haja vista que não há a obrigação de cumpri-la. Seria ingênuo crer que parte dos servidores federais muito bem organizados em entidades sindicais com forte poder de lobby concordará em postergar a chegada ao topo da carreira.

Ainda de acordo com a portaria, o passar dos anos não pode ser o “critério único” para evoluir na carreira e ganhar aumento. O chamado “cumprimento de interstício temporal” pode ser combinado com outros cinco critérios previstos na portaria. Mas, ora vejam, não há o estabelecimento de uma combinação de parâmetros para a progressão na carreira, o que pode levar ao mínimo esforço possível para a ascensão, com o critério do tempo e mais um outro apenas.

Tudo isso só reforça a histórica resistência lulopetista à modernização do Estado. O governo Lula da Silva, ao que tudo indica, tenta mesmo é ganhar tempo diante da pressão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de ressuscitar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32) da reforma administrativa discutida na gestão Jair Bolsonaro. Nos moldes em que o texto foi formatado, seria melhor esquecê-lo de vez. Ademais, a maior parte das atualizações imperativas para o setor público dispensa uma PEC.

São urgentes, porém, muitos ajustes legislativos, tais como as normas gerais para concursos públicos, aprovadas corretamente pelo Senado, a limitação dos supersalários e a discussão séria sobre projetos de lei com poder para reconfigurar as carreiras, a começar não por reestruturá-las apenas como pretende a portaria, mas por diminuir essa quantidade exorbitante de mais de uma centena delas.

Com tantos desafios ainda a serem superados, a portaria de Esther Dweck só reforça a falta de engajamento do governo Lula da Silva na discussão da melhoria efetiva dos serviços públicos prestados à população e a defesa de interesses corporativos. Empolgam mesmo a ministra o anúncio de realização de concursos e a contratação de servidores, que, segundo ela, serão mais 21 mil até 2026. Pelas prioridades do governo e pelo teor da portaria, trata-se de uma reforma administrativa de fachada.

COMO TIRAR TÁRTARO NOS DENTES DE FORMA CASEIRA

 

História de Equipe eCycle

Tártaro nos dentes: como tirar de forma caseira

Tártaro nos dentes: como tirar de forma caseira© Fornecido por eCycle

Como tirar o tártaro do dente é uma pergunta frequente feita por quem percebeu os seus dentes mais amarelados ao longo do tempo. Se você é uma dessas pessoas, confira oito dicas práticas de como remover a placa bacteriana para evitar a formação de tártaro nos dentes.

Mas, lembre-se: dependendo do caso, quando o tártaro já está formado, é melhor procurar ajuda odontológica, pois o tártaro pode causar danos irreversíveis na gengiva e na arcada dentária.

O que o tártaro no dente pode causar?

Na odontologia, o tártaro é chamado de cálculo dental, sendo resultado da mineralização da placa bacteriana ou biofilme. Após cerca de 21 dias, caso o biofilme bacteriano não seja removido, há a fixação de uma comunidade de bactérias. Dessa forma, surge o tártaro, na parte interna e externa da linha da gengiva, na superfície dos dentes. Além de ser desagradável esteticamente, o tártaro pode levar à danificação dos dentes e da gengiva se não for removido.

A maneira mais fácil de evitar a formação de tártaro é escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia e manter uma boa higiene bucal. Você deve usar uma escova macia que deve ser substituída a cada três meses. Você também pode considerar o uso de uma escova de dentes elétrica, que pode ser mais eficiente do que a escova de dentes tradicional. Confira como evitar ou se livrar do tártaro:

Como tirar o tártaro nos dentes de um jeito caseiro?

Passe o fio dental antes da escovação:

  1. Segure 18 centímetros de fio dental, envolvendo uma extremidade em torno de cada um dos seus dedos do meio;
  2. Segure o fio dental entre os dedos polegares e indicadores e, em seguida, empurre-o suavemente entre dois dentes;
  3. Mova o fio fazendo um formato de “C” na lateral de um dente;
  4. Esfregue o fio suavemente para cima e para baixo, continuando a pressioná-lo contra o dente;
  5. Repita esse processo em todos os dentes, incluindo os do fundo.

Depois de passar o fio dental, você deve passar dois minutos escovando os dentes:

  1. Coloque uma quantidade de creme dental do tamanho de uma ervilha na sua escova. Para as crianças, a quantidade de pasta de dente deve ser do tamanho de um grão de arroz;
  2. Segure a escova de dentes em um ângulo de 45 graus com a gengiva;
  3. Mova a escova para frente e para trás em movimentos curtos e suaves com a mesma largura de cada um dos seus dentes;
  4. Escove todas as superfícies externas, superfícies internas e superfícies de mastigação, e não esqueça da língua;
  5. Para o interior dos dentes da frente, incline a escova verticalmente e faça pequenos movimentos para cima e para baixo.

Com esses passos, sua saúde dentária certamente estará em bom estado. Mas, infelizmente, a placa bacteriana se acumula rapidamente após ser removida. Alguns especialistas recomendam outras receitas caseiras para tirar o tártaro dos dentes, incluindo tratamento com óleo de coco, entre outras dicas, confira:

1. Óleo de coco

Para evitar o tártaro dos dentes, bocheche uma colher de sopa de óleo de coco durante 20 a 30 minutos. O óleo de coco é benéfico para saúde bucal porque contém ácidos graxos como o ácido láurico, uma substância com efeitos anti-inflamatórios e antimicrobianos.

Um outro estudo publicado pela plataforma PubMed concluiu que o óleo de coco é um ótimo adjuvante na diminuição da formação de placa e gengivite induzida por placa – o que o torna um aliado na higienização bucal diária.

2. Cascas de limão ou laranja

Esfregue a parte interna (o lado branco) das cascas de limão ou laranja nos dentes por pelo menos dois minutos. As substâncias contidas nas cascas ajudam a tirar o tártaro. Mas use no máximo duas vezes por semana, enxague e escove bem os dentes após, para tirar qualquer resquício de ácido.

3. Como tirar tártaro dos dentes com vinagre de maçã

O vinagre de maçã é um clareador natural, que ajuda a remover manchas de café e cigarros, além de promover bem-estar às gengivas. Você pode escovar os dentes com ele ou misturar um pouco de vinagre em água para fazer bochecho. Mas é preciso tomar cuidado: o vinagre é um produto ácido, que pode causar danos ao esmalte dos dentes. Se for usar vinagre para tirar o tártaro dos dentes, lave bem a boca e escove os dentes com pasta depois.

4. Casca de banana

A casca da banana contém ácidos naturais que ajudam a clarear os dentes, além de conter diversos nutrientes. A técnica é a mesma usada com cascas de laranja: esfregue a parte interna da casca de banana nos dentes por alguns minutos. Depois é feita a limpeza dos dentes mais uma vez.

5. Como tirar tártaro dos dentes com morango e sal

Escove os dentes com uma mistura de três morangos grandes bem amassados com uma colher (de café) de sal. Seque os dentes com um lenço e aplique a mistura usando a escova de dente. Deixe agir por cinco minutos e enxágue. Escove em seguida.

Por ser rico em vitamina C, o morango ajuda a evitar o tártaro, que também afeta a cor dos dentes. Além disso, o fruto contém ácido málico, uma enzima que clareia os dentes.

8. Cúrcuma

A cúrcuma, ou açafrão brasileiro, é uma raiz com propriedades antibióticas e que também ajuda a evitar o tártaro dos dentes. Apesar de ser amarela, basta escovar os dentes com um pouco de cúrcuma em pó e na hora já é possível percebê-los ficando mais brancos. Você também pode fazer uma mistura da cúrcuma com um pouco de óleo de coco, para obter uma textura mais agradável.

9. Como tirar tártaro dos dentes com bicarbonato de sódio

O bicarbonato de sódio pode prevenir o acúmulo de tártaro nos dentes, além de contribuir para o seu tratamento. É uma substância levemente abrasiva e pode ser usada na escovação para a remoção de manchas e clareamento dos dentes.

Contudo, é importante tomar cuidado para não danificar o esmalte dos dentes, certificando-se de que não está fazendo muita força. Para tirar o tártaro dos dentes com auxílio do bicarbonato de sódio, escove os dentes com uma mistura de bicarbonato de sódio e água ou deixe essa pasta agir por 15 minutos nos dentes.

O que acontece se não fizer a limpeza de tártaro?

O acúmulo de placa pode ter sérias consequências para a saúde. As bactérias do tártaro criam ácido alimentando-se dos açúcares dos alimentos ingeridos, o que pode danificar os dentes, causar mau hálito e cáries. As bactérias também produzem toxinas que podem danificar a gengiva, levando à doença periodontal (doença da gengiva).

Ao contrário da placa bacteriana, a remoção do tártaro não ocorre por meio da escovação ou uso do fio dental. Para se livrar dele, deve ser feita uma visita ao seu ou sua dentista, que usará instrumentos especiais para removê-lo em uma técnica chamada “escamação e polimento”.

Como evitar a formação de tártaro nos dentes

A melhor maneira de evitar a formação de placa bacteriana é manter bons hábitos dentários. Escove os dentes por dois minutos pelo menos duas vezes por dia (idealmente uma vez pela manhã e uma vez antes de ir para a cama) e use fio dental pelo menos uma vez por dia.

Consultas odontológicas regulares também são essenciais para prevenir a formação de tártaro. Seu dentista vai raspar e limpar os dentes para que fiquem livres da placa e do tártaro. Eles também podem realizar um tratamento com flúor, que pode prevenir e retardar o crescimento de bactérias da placa bacteriana e o acúmulo de tártaro nos dentes. Isso ajuda a prevenir a cárie dentária.

Um estudo sugere que a goma de mascar adoçada com sorbitol ou xilitol entre as refeições pode impedir o acúmulo de placa bacteriana. Mas certifique-se de não adquirir chiclete com açúcar, o que estimula o crescimento de bactérias nos dentes. Além disso, manter uma dieta saudável com baixo teor de açúcares adicionados também ajuda a prevenir o tártaro e outros problemas de saúde. Certifique-se de comer vegetais frescos e grãos integrais.

CATARRO NA GARGANTA QUE NÃO SABE COMO CONSUMIR COM ELE PROCURE UM MÉDICO

História de Mayra Cardozo – Alto Astral

Catarro: especialista dá dicas para eliminar problema

Catarro: especialista dá dicas para eliminar problema© 1

Está com aquele catarro irritante na garganta e não sabe como sumir com ele? Pois saiba que a primeira atitude não deve ser tomar um remédio, e sim consultar um especialista para descobrir a causa do problema e entender quais as atitudes corretas para o seu caso.

De acordo com o Dr. Paulo Mendes Jr., otorrinolaringologista do hospital IPO, as principais doenças que dão esse catarro na garganta são a faringite e a laringite, além de enfermidades que dão catarro no nariz que pode descer para a garganta, como resfriado e sinusite. Ademais, quando a pessoa tem refluxo gástrico, pode dar essa impressão, pois surge uma secreção na garganta.

Muitas pessoas pensam que, quando esse catarro muda da aparência clarinha e aquosa para uma amarelada ou esverdeada, é hora de tomar um antibiótico, pois significaria que é algo bacteriano. Todavia, o médico desmistifica isso, explicando que quadros virais também podem ter essa mudança de cor nos seus primeiros 3 a 5 dias, que são os piores.

Somente pode-se suspeitar de bactérias se a coloração durar mais do que isso e ficar o dia todo, não apenas pela manhã. E, mesmo assim, você não deve se automedicar, sempre consultar um especialista.

Vale lembrar que um catarro acinzentado pode ter a ver com a infecção por Streptococcus pneumoniae, a bactéria que é a principal causadora de pneumonia, como explicado por Dorival Duarte, infectologista e vice-diretor clínico do Hospital Adventista de São Paulo. Já o catarro com sangue é sinal de condições mais graves e precisa ser examinado com maior urgência.

Mas, afinal, o que fazer então para sumir com o catarro na garganta? Veja:

Dicas para sumir com o catarro na garganta

Como já explicado, é essencial a ajuda de um profissional. O otorrinolaringologista é quem vai poder realizar exames, como a nasofibroscopia, para descobrir a causa do problema. Somente aí poderá receitar algum tratamento, já que tomar o remédio errado para a causa pode até piorar a situação.

Porém, algo que pode ser feito sem muito medo é a lavagem nasal com soro fisiológico. “Pode ser através do jato contínuo de soro ou daquelas garrafinhas, que têm um alto volume de soro e conseguem limpar mais, principalmente na região da maçã do rosto”, explica o Dr. Paulo Mendes Jr.

Essa lavagem hidrata a mucosa nasal e diminui a secreção, e é bom realizá-la todos os dias, mesmo que não esteja sentindo sintomas. Quando o catarro surgir, é recomendável até fazer mais de uma vez por dia.

Vale lembrar que é importante saber fazer bem a lavagem, seguindo todas as recomendações do médico. No caso da garrafinha, por exemplo, ela deve ser de alto volume de soro, mas baixa pressão. Ou seja, não se deve fazer rápido, com muita força.

Outra dica é apostar na inalação com o soro fisiológico e beber bastante água, pois essas ações fluidificam a secreção. Evite também pigarrear, por mais que isso possa parecer ajudar no momento.

“Se for repetitivo, o pigarro pode traumatizar a região das cordas vocais e provocar uma úlcera de contato. Nessa situação, vai ficar muito incomodativo, o paciente vai fazer mais pigarro e vai ficar um ciclo vicioso”, diz o especialista.

Por fim, Dorival Duarte diz que outros hábitos podem piorar o catarro na garganta. “Condições como o hábito de fumar, exposição a ambientes com presença de ácaros, e ao pólen das flores, contribuem para a piora da secreção nas vias aéreas superiores”, cita.

 

O FRACASSO NA CONSTRUÇÃO DE UMA MARCA PESSOAL NÃO É APENAS INEVITÁVEL E COMO ESSENCIAL

 

Giuliana Tranquilini – Professora e Colunista da StartSe

A jornada de construção de uma Marca Pessoal eficaz envolve a compreensão de que o fracasso não apenas é inevitável, como essencial.

Foto: Pexels

Tabu, derrota, mancha na imagem profissional. São alguns termos com que o mundo corporativo costumava associar histórias sem “final feliz”. Ainda que todos saibam que ele exista e não haja quem não o enfrente uma hora ou outra, o fracasso é sempre aquele convidado que chega na festa e causa mal estar. É o elefante na sala, se preferirem.

Quando a gente observa uma criança pequena aprender a andar, é fácil entender que a habilidade real não está em evitar fracassos ou tombos, mas em como se responde a eles. 

Uma abordagem construtiva aos fracassos pode revelar resiliência e a capacidade de adaptação, qualidades altamente valorizadas em qualquer profissional. Já pensou se os tombos iniciais fizessem a criança optar por permanecer engatinhando?

  • A jornada de construção de uma Marca Pessoal eficaz envolve a compreensão de que o fracasso não apenas é inevitável, como essencial. 

Aqui no Vale do Silício, eu diria até que “errar” sempre esteve em alta. Seja em uma explosão no lançamento da SpaceX, seja no Metaverso de Mark Zuckerberg ou ainda nos “n” produtos da Alphabet (Google) que não dão certo e são descontinuados ou mudam de nome sem aviso prévio.

Por que eu digo isso? Quando a SpaceX lançou a Starship, a nave mais poderosa do mundo que pretende no futuro levar seres humanos até Marte, seu propulsor explodiu três minutos após o lançamento. A empresa do bilionário Elon Musk admitiu que a explosão não era programada, mas argumentou também que o teste tornará a nave mais confiável.

Ou seja, erros precisam acontecer agora para que os cientistas descubram o que não pode dar errado quando a nave for finalmente tripulada. Os lançamentos são sempre celebrados, cada vez que algo dá errado, novas adaptações são feitas. Há quem critique os valores que Musk investe em cada “fracasso“, mas ninguém pode dizer que ele não se esmera na busca pela excelência no processo. 

Talvez pelo fato de que na Era da Informação, as empresas mais valiosas do mundo são “Big Techs”, o Vale do Silício tornou-se um local que convida ao erro, um local de experimentação, que dá margem para recalcular a rota. 

  • Só não vale errar por anos e esconder isso de seu público, como Elizabeth Holmes, ex-Theranos, que hoje cumpre pena de prisão por fraude.

A expectativa é de que a antiga “nova Steve Jobs“, como foi apelidada na época, seja libertada em dezembro de 2032. Há quem aposte que ela irá fazer como Nelson Mandela, ou seja, irá transformar os anos de cadeia em parte de sua história e marca pessoal.

Não só nas gigantes da Califórnia como na sua própria jornada como empreendedor, é preciso ver que cada erro carrega consigo uma lição

No contexto de todo e qualquer tipo de personal branding, independente da metodologia a que se recorra, entender e refletir sobre as falhas e gaps pessoais é parte inescapável de uma boa construção de Marca Pessoal. Desconfie de quem tentar vender só positividade. Magic Kingdom é um parque!

Acertar é possível?

“O que significa errar para você?”, essa foi uma pergunta que me fizeram recentemente em um podcast. Respondi sem medo que, obviamente, ninguém gosta de errar, mas é parte do processo de crescimento e aprendizagem. Para mim, como empreendedora, é a chance de poder fazer melhor da próxima vez. Identifico o problema e ajusto a rota.

Isso evita a repetição dos erros e traz insights valiosos para um processo de melhoria progressiva e contínua. A capacidade de aprender com os erros é um indicativo de um profissional que não teme desafios e está sempre buscando evoluir.

Admitir falhas publicamente soa contraintuitivo para alguém de prestígio. Contudo, mostrar-se vulnerável de maneira estratégica e autêntica pode aumentar significativamente a confiança que os outros têm em você. Já pensou nisso?

Se os maiores gênios da humanidade escorregam, não errar seria, em si, um erro, certo? Ser transparente sobre as próprias falhas demonstra integridade e humanidade, características que atraem e retêm conexões profissionais e pessoais profundas.

Particularmente em culturas como a brasileira, existe forte resistência à ideia de falhar. O desafio é ainda mais acentuado em ambientes que não incentivam a tomada de riscos.

No entanto, criar um espaço em que o risco é permitido e o fracasso como meio de acertar é crucial para o desenvolvimento de uma Marca Pessoal resiliente e adaptável.

Recentemente, Matt Abrahams, autor e professor de Comunicação Estratégica da Stanford Graduate School of Business, convidou para o seu podcast “Think Fast, Talk Smart: Communications Techniques” a também autora e professora da Harvard Business School, Amy Edmondson, para trocar ideias a respeito da arte de fracassar.

Ela lançou recentemente o livro “Right Kind of Wrong: The Science of Failing Well”, algo como “O Tipo Certo de Erro: A Ciência de Falhar Bem”, ainda sem tradução no Brasil. 

Ela oferece tanto em sua fala como na obra, ótimos insights sobre como categorizar e aprender com diferentes tipos de fracassos. O objetivo? Em uma organização, fomentar a inovação e a eficácia da equipe. E, claro, ao fazer isso, a sua essência, a sua Marca Pessoal como líder, ganha força.

Não há só uma forma de fracassar

A autora lista os fracassos em três categorias distintas, cada uma delas com lições e implicações próprias para o aprendizado, seja a pessoa liderança ou colaborador de uma empresa.

A primeira, chamada de fracasso básico, inclui erros resultantes de desatenção ou esforço insuficiente. Embora muitas vezes vistos como desnecessários, atuam como lembretes vitais para manter a vigilância e dedicação. Revisar é preciso.

Já o fracasso complexo emerge em sistemas intrincados onde múltiplos componentes podem interagir. Esses fracassos são frequentemente inevitáveis, ocorrendo durante tentativas de inovação ou em resposta a mudanças nas condições existentes.

Eles são particularmente valiosos por exporem vulnerabilidades no sistema que precisam ser corrigidas, incentivando melhorias em processos e mecanismos de segurança.

O fracasso inteligente é o mais importante. São experimentos deliberados, de resultados incertos. Este tipo é fundamental para inovações transformadoras e aprendizado significativo. Motivam a exploração e o teste de ideias: impulsionam o avanço e a descoberta em ambientes altamente competitivos e dinâmicos.

A autora também destaca a importância de transitar da ruminação para a reflexão. Lembra do que eu respondi ao podcast que mencionei acima? Ao invés de meramente remoer os fracassos, é necessário analisá-los de forma construtiva. Ou não há crescimento pessoal.

Além disso, só a capacidade de se comunicar de forma aberta e eficaz irá criar um ambiente onde o fracasso se torna oportunidade para crescimento. Um espaço seguro onde uma equipe possa expressar ideias não convencionais, desafiar normas e compartilhar suas falhas sem medo de julgamento é indispensável para fomentar a inovação.

Dentro dessa atitude produtiva com o erro, é preciso ter segurança psicológica para experimentar e falhar, e ainda criar ferramentas onde lições sejam tiradas dos fracassos. Estes passos ajudam a criar uma equipe resiliente e adaptável, além de garantir que cada erro contribua para o sucesso coletivo.

Gerenciar o erro

Uma maneira eficaz de lidar com erros, sejam eles do tamanho que forem, é a busca constante por feedback. Isso não só ajuda a identificar áreas de melhoria, mas também demonstra um compromisso com o crescimento pessoal e profissional. Aliás, você dá abertura para receber críticas? 

Lembre-se: não leve o lado pessoal, julgue a ação. No método Fly para fortalecer a marca pessoal, que desenvolvi junto com a Susana Arbex, a realizamos o Feedback 360º anônimo para avaliar sua reputação, pedimos para pessoas que convivem ou conviveram com o nosso cliente para falar qual imagem que eles percebem daquele cliente. Isso é fundamental para a gente entender como somos percebidos pelo outro.

Documentar suas falhas e as lições aprendidas pode transformar experiências negativas em exemplos de determinação e capacidade de superação. E, claro, compartilhar esses “casos de estudo” não apenas enriquece seu perfil profissional, mas também serve como inspiração para outros que podem estar enfrentando desafios semelhantes. Ser um exemplo é uma forma natural de estabelecer uma marca realmente única.

A chave para uma marca pessoal forte não é ser infalível, mas a habilidade de transformar falhas em pilares de crescimento. Ao enfrentar seus fracassos de frente e aprender com eles, você não só demonstra o tamanho da sua garra, mas também constrói uma marca pessoal que verdadeiramente ressoa com autenticidade e confiança.

Leitura recomendada

Experimente vivenciar a inovação e a tecnologia onde elas nascem. Em 5 dias de Imersão no Vale do Silício, você vai se conectar com renomados acadêmicos, empresas e investidores locais.

Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso

Junior Borneli, co-fundador do StartSe

Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)

Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor

Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe. Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).

É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas, conhecendo culturas diferentes.

Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator entre fracasso e sucesso.

Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo. “Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.

De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi possível para o melhor resultado”, avisa.

Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o empreendedor.

Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso é a superação”, destaca Junior Borneli.

Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes, receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”, afirma.

É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria fica pelo caminho”, diz.

É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.

O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.

Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará valer a pena!,” destaca o empreendedor.

DERROTA TAMBÉM ENSINA

Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá, tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos Estados Unidos”, afirma Junior.

No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.

Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e suportáveis”, salienta.

Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão. Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e siga firme em frente”, afirma.

É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm coragem e disposição para fazer”, completa.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                   

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

X NÃO FORNECE INFORMAÇÕES À PF SEM ORDEM JUDICIAL

 

História de Leandro Magalhães – CNN Brasil

Sem ordem judicial, PF pediu ao X informações sobre deputado federal

Sem ordem judicial, PF pediu ao X informações sobre deputado federal

Em um ofício de 16 de março de 2023, a que a CNN teve acesso com exclusividade, a Polícia Federal pediu ao X dados pessoais de dois perfis do deputado federal André Fernandes (PL-CE). O delegado Raphael Soares Astini deu um prazo de dois dias para que a rede social respondesse. O texto do requerimento cita o artigo 2º, do parágrafo 1º da lei 12.830/2013 (que trata sobre investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia) e o artigo 10º, do parágrafo terceiro da Lei do Marco Civil da Internet para fundamentar o pedido sem ordem judicial. O trecho da lei de 2023, citado pela PF, diz que “ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais”. O documento enviado ao X pedia “nome, CPF, e-mail, endereços, terminais telefônicos utilizados e/ou cadastros, dados bancários e do cartão de crédito cadastrados e logs de criação, contendo IP, data, hora, fuso horário GMT/UTC e porta lógica da conta do usuário”, no caso, o deputado André Fernandes (PL-CE). O escritório Bastian Advogados, contratado pelo X Brasil, respondeu à Polícia Federal e ao delegado Raphael Soares Astini, por meio de um ofício em 5 de abril de 2023. https://www.youtube.com/watch?v=r4CuhJcKxPE Após mencionar os artigos 10, 15, e 22 do Marco Civil da Internet, o ofício afirma que “as operadoras do X estão impossibilitadas de fornecer os registros de acesso, até que seja proferida uma ordem judicial fundamentada e com indicação de período e descrição da utilidade, de forma a atender à exigência criada pelo legislador para o regular trâmite do procedimento de quebra de sigilo”. O ofício reproduz os artigos citados do Marco Civil da Internet. O artigo 10, parágrafo 1º, diz que o provedor só será obrigado a disponibilizar os registros mediante ordem judicial. O artigo 15 diz que o provedor deverá manter os registros de acesso pelo prazo de 6 meses. O parágrafo 3º do mesmo artigo afirma que a disponibilização ao requerente dos registros deverá ser precedida de autorização judicial. Já o artigo 22 diz que a parte interessada poderá requerer ao juiz que ordene ao responsável pela guarda o fornecimento do registro. Esse mesmo artigo cita que “o requerimento deverá conter, sob pena de inadmissibilidade, fundados indícios de ocorrência do ilícito e justificativa motivada da utilidade dos registros solicitados”. Logo após citar os artigos do Marco Civil da Internet, o representante do X no Brasil afirma que não pode fornecer os registros. “Operadoras do X estão impossibilitadas de fornecer os registros de acesso, até que seja proferida uma ordem judicial fundamentada e com indicação de período e descrição da utilidade, de forma a atender à exigência pelo legislador para o regular trâmite do procedimento de quebra de sigilo. (…) Não se trata de preciosismo formalista, mas unicamente de observação atinente à obrigação legal imposta à empresa no tratamento de dados de usuários”, diz o Twitter Brasil. Nas páginas cinco e seis, o documento cita o artigo 11, parágrafo 1º do decreto 8.771/2016, que regulamenta o Marco Civil da Internet para afirmar que a plataforma não armazena dados cadastrais. O artigo é reproduzido no ofício: “§ 1º O provedor que não coletar dados cadastrais deverá informar tal fato à autoridade solicitante, ficando desobrigado de fornecer tais dados”. Em seguida, a plataforma afirma que “não há, portanto, dados a fornecer”. O ofício do representante do Twitter no Brasil volta a citar a legislação brasileira em seguida e fala que dados disponíveis poderão ser apresentados mediante decisão judicial fundamentada, em obediência aos dispositivos do Marco Civil da Internet. “(…) destaca-se que inexiste previsão legal no ordenamento jurídico brasileiro determinando que os provedores de aplicação de internet preservem e forneçam conteúdo. (…) Nesse contexto, o TWITTER BRASIL informa que as Operadoras do Twitter procederam à preservação dos dados atualmente disponíveis em seus servidores relativos aos usuários em questão, e que poderão ser apresentados mediante decisão judicial fundamentada, em obediência aos dispositivos do Marco Civil da Internet supracitados.” Após o Twitter negar fornecer as informações, a Polícia Federal descartou o pedido à plataforma. O que diz cada lei As investigações de perfis nas redes sociais no inquérito das milícias digitais abriram uma discussão no meio jurídico sobre a obrigatoriedade — ou não — de ordem judicial para acessar dados privados dos usuários. A CNN ouviu juristas especialistas em Direito Digital que apontam divergência entre as leis 12.830, de 2013, e o Marco Civil da Internet, de 2014. A primeira não trata sobre a necessidade de ordem judicial para um delegado acessar dados cadastrais e endereço de IP para identificar o dono de um perfil nas redes. Já o Marco Civil exige pedido da Justiça para investigadores acessarem esses dados. A lei 12.830/2013 — que trata sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia — diz que “cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos”. “Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado. § 1º Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. § 2º Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos”. O trecho da lei 12.965/2014 (Marco Civil da Internet), que trata da proteção aos registros, aos dados pessoais e às comunicações privadas, cita que o provedor será obrigado a disponibilizar registros mediante ordem judicial. “Art. 10. A guarda e a disponibilização dos registros de conexão e de acesso a aplicações de internet de que trata esta Lei, bem como de dados pessoais e do conteúdo de comunicações privadas, devem atender à preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das partes direta ou indiretamente envolvidas. § 1º O provedor responsável pela guarda somente será obrigado a disponibilizar os registros mencionados no caput, de forma autônoma ou associados a dados pessoais ou a outras informações que possam contribuir para a identificação do usuário ou do terminal, mediante ordem judicial, na forma do disposto na Seção IV deste Capítulo, respeitado o disposto no art. 7º. § 2º O conteúdo das comunicações privadas somente poderá ser disponibilizado mediante ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer, respeitado o disposto nos incisos II e III do art. 7º.” https://www.youtube.com/watch?v=wQd8q70k56c Juristas ouvidos pela CNN Para o advogado especialista em crimes cibernéticos, professor de Direito Digital da FGV e presidente da Comissão Nacional de Cibercrimes da ABRACRIM, Luiz Augusto Filizzola D’ Urso, existe uma interpretação dúbia na lei. “A meu ver, prevalece a necessidade de ordem judicial para apresentação desses dados, uma vez que o Marco Civil da Internet é claro, principalmente no artigo 10, parágrafo primeiro, que a decisão para que se quebre IP tem que ser judicial e que o delegado que deseje ter esses elementos no seu inquérito policial, que faça a representação e encaminhe para o fórum.” Para o advogado em Direito Constitucional e especialista em Direito Digital André Marsiglia, uma plataforma não deve ceder dados pessoais de um perfil sem uma autorização judicial, porque pode ser responsabilizada na Justiça pelo próprio usuário. “A polícia não pode fazer uma solicitação sem autorização judicial. Os artigos 18 e 19 do Marco Civil da Internet permitem a liberação de informações, mas teria que haver uma decisão justificada, explicando a pertinência do pedido. E a justificativa não pode ser sigilosa. A necessidade de uma decisão judicial é uma forma de proteção para a plataforma. Se a plataforma cede os dados pessoais de um usuário, ela pode ser responsabilizada frente ao usuário”, afirma Marsiglia. Outros documentos a que a CNN teve acesso também mostram que, após o Twitter negar o compartilhamento de dados do parlamentar André Fernandes, a Polícia Federal descartou o envio de dados do Twitter, já que a titularidade das duas contas na plataforma foi confirmada pelo próprio deputado em depoimento em 9 de maio de 2023 à Polícia Federal. “Manifesto-me pela desistência da diligência representada no Ofício (…), haja vista que perdeu seu objeto, posto que, através dela, buscava-se a confirmação de titularidade das contas do TWITTER vinculadas ao investigado, o que foi obtido com a própria confirmação dele no seu depoimento constante nos autos do Inquérito intitulado.” Deputado federal citado O deputado André Fernandes (PL-CE) é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal por condutas que se referem a postagens, em redes sociais, de um suposto incentivo aos atos do dia 8 de janeiro, recomendação da Procuradoria-Geral da República em janeiro de 2023. No entanto, em julho de 2023, o subprocurador-Geral da República Carlos Frederico Santos recomendou o arquivamento do inquérito policial por considerar que “replicar um conteúdo em rede social conhecido por milhares torna impossível reconhecer o nível de influência da postura do investigado”. A CNN procurou o deputado André Fernandes, o X e a Polícia Federal e aguarda um retorno.

O QUE É RADIAÇÃO E COMO ELA É USADA

 

História de Jorge Marin – CNN Brasil

O que é a radiação? Conheça a história da descoberta e saiba como é usada

O que é a radiação? Conheça a história da descoberta e saiba como é usada© Fornecido por CNN Brasil

Uma das ferramentas mais importantes da medicina moderna, a radiação oferece hoje poderosos recursos tanto no diagnóstico como no tratamento de doenças. Poucos sabem, no entanto, que a descoberta da técnica repesentou prejuízos para vidas humanas inicialmente, e contou com uma boa dose de serendipidade, ou acaso, para acontecer. O uso controlado da radiação na medicina envolve a aplicação dos princípios da radioatividade, um processo que ocorre naturalmente no núcleo instável de alguns átomos. E tudo isso começou quando o físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen divulgou, em 1895, a existência dos raios-X que, é importante lembrar, não têm nada a ver com radioatividade. O que Röntgen realmente investigava era o efeito da passagem da corrente elétrica através de tubos de vácuo, quando notou um estranho brilho fluorescente em uma tela coberta com platinocianeto de bário, embora o tubo estivesse envolto em uma cartolina preta. Ele percebeu que se tratava de uma radiação capaz de penetrar objetos opacos, chamando-a de “X” (desconhecida). Sem saber que os raios-X eram produzidos apenas por um estímulo externo, o físico francês Henri Becquerel começou a pesquisar aquela luminescência (emissão de luz após absorver energia) em alguns materiais na natureza. Para testar sua hipótese, colocou sais de urânio em uma placa fotográfica envolta em papel preto, e os expôs à luz do Sol por várias horas. A placa escureceu. A descoberta da radioatividade Ainda comemorando a suposta comprovação de sua tese de que o urânio absorvia a energia do Sol e depois “a emitia como raios-X”, o físico tentou repetir a experiência dias depois. Mas, como o tempo estava nublado em Paris, guardou as amostras de urânio sobre chapas fotográficas em um local escuro. Quando retornou mais tarde, Becquerel observou que, mesmo sem terem sido expostas à luz solar, as chapas estavam sensibilizadas. Intrigado, o físico repetiu o experimento diversas vezes, variando as condições e os materiais, e percebeu que algum tipo de radiação atravessava o papel preto e velava a emulsão fotográfica. Segundo o pesquisador Fabio Luiz Navarro Marques, gestor do Centro de Medicina Nuclear da Faculdade de Medicina da USP, o “cosmo” conspiraria mais uma vez “para que os cientistas Marie Curie e Pierre Curie se casassem e trabalhassem juntos na Universidade Sorbonne, em Paris. A partir de um equipamento desenvolvido por Pierre, Marie pôde identificar o pitchblende [uranita], um mineral que continha urânio e outros metais mais radioativos que o próprio urânio purificado”. Desse processo, explica o químico à CNN, Marie Curie descobriu duas substâncias muito mais ativas do que o urânio. Batizando-as de polônio e rádio, a também matemática cunhou pela primeira vez o termo “radioatividade”. Pelas descobertas, Marie Curie não apenas se tornou a primeira mulher a ganhar o prêmio Nobel, o de Física em 1903 (junto com seu marido Pierre, e Becquerel), mas foi também a primeira pessoa do mundo a conquistar o prêmio duas vezes, recebendo também o de Química em 2011. Marie Curie e os perigos da radiação Quando morreu, em 1934, de aplasia medular, uma condição rara que impede a produção de células sanguíneas pela medula óssea, Marie Curie não conhecia completamente os efeitos malignos da radiação ionizante. Acostumada a carregar tubos de ensaio com isótopos radioativos no bolso, suas preciosas anotações, e até o seu livro de receitas, estão até hoje guardados em caixas de chumbo blindadas para evitar que a radiação escape. Um dos casos mais notáveis sobre os riscos da radiação ionizante ocorreu na década de 1920, nos EUA: foram as chamadas “radium girls”, jovens que pintavam mostradores de relógios com radio (para brilhar no escuro). Mesmo com suspeitas dos riscos existentes em materiais radioativos, a gerência da empresa não tomou nenhum tipo de precaução. Usando a técnica do “lip-pointing”, as garotas molhavam os pincéis com os lábios para obter uma ponta mais fina, o que as levou a ingerir rádio. Essa exposição gerou sérios probLemas de saúde para essas trabalhadoras, pois o envenamento radioativo levou à necrose óssea, anemia severa e câncer. A repercussão pública do escândalo fez com que regulamentações de segurança mais rigorosas fossem inseridas nos locais de trabalho e estimulou a criação de instrumentos legais para responsabilizar as empresas pela saúde e segurança de seus trabalhadores. Paradoxalmente, o Projeto Manhattan, que desenvolveu as bombas atômicas que mataram entre 150 mil a 245 mil pessoas (além de expor 600 mil “hibakusha”, ou pessoas afetadas pela explosão, à radiação de longo prazo), foi a primeira grande iniciativa para o desenvolvimento de medidas de proteção contra a radiação, beneficiando cientistas, engenheiros e as 10 mil “garotas do calutron” que, sem saber, separavam o urânio-235 do U-238. Os benefícios da radiação para o mundo moderno Passados 129 anos daquele “eureka” inicial de Röntgen, podemos afirmar com segurança que o uso da radiação teve um impacto profundo e transformador da vida na Terra. Hoje, os radioisótopos são utilizados em uma grande variedade de processos, afirma Marques, sendo que o principal é a produção de energia elétrica nas usinas nucleares. No entanto, destaca o químico da FMUSP, a outra importante área de aplicação “é na medicina nuclear, onde radioisótopos são ligados a moléculas, formando os radiofármacos, para diagnóstico de doenças neurodegenerativas, do miocárdio e oncológicas. Neste último caso, podem ser utilizados para tratamento dos tumores”. Além disso, o especialista afirma que as fontes radioativas são também utilizadas em outros setores, como mineralogia, agricultura, além do uso da chamada radiação ionizante de alimentos, para destruir microrganismos patogênicos e aumentar a vida útil de frutas e vegetais. No controle de pragas, à Técnica do Inseto Estéril (TIE) irradia insetos machos, tornando-os inférteis. Sobre o risco de os diagnósticos por radiação ficarem ultrapassados, com o uso de novas tecnologias, como nanopartículas e IA, Marques é categórico: “de forma alguma, pois todos esses temas são transversais à radiação”. Ele cita o caso das nanopartículas que, modificadas com radioisótopos, aumentam seu potencial diagnóstico ou terapêutico. Quanto a IA, ele a vê como uma ferramenta auxiliar. Finalmente, falando sobre a serendipidade, Marques salienta “que o acaso acontece em qualquer área da ciência, e só cérebros com capacidade interpretá-lo e ter a tenacidade de buscar uma resposta, farão com que esse acaso se transforme em processos que beneficiem a humanidade”, conclui.