sábado, 17 de agosto de 2024

AS TAXAÇÕES DO GOVERNO LULA SÓ ESTÃO PREJUDICANDO OS MAIS POBRES

 

André Charone é contador, professor universitário, Mestre em Negócios Internacionais pela Must University (Flórida-EUA), possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV (São Paulo – Brasil) e certificação internacional pela Universidade de Harvard (Massachusetts-EUA) e Disney Institute (Flórida-EUA).

Nos últimos anos, o governo brasileiro tem intensificado seus esforços para aumentar a arrecadação por meio da tributação dos mais ricos. O presidente Lula, em defesa de seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as recentes reformas tributárias visam taxar principalmente os que possuem maiores rendas, respondendo a críticas que rotulam Haddad como um “taxador”.

Entretanto, a realidade que emerge quando analisamos o impacto dessas medidas é mais complexa. A carga tributária, embora supostamente direcionada aos mais abastados, acaba repercutindo de forma mais severa sobre as classes mais baixas. Isso ocorre porque muitos dos tributos implementados, mesmo que indiretos, são repassados aos preços dos produtos e serviços consumidos por toda a população, mas pesam proporcionalmente mais no orçamento dos mais pobres.

O contador e tributarista André Charone explica que, apesar da intenção de onerar as grandes fortunas, os efeitos colaterais dessas políticas são sentidos com maior intensidade pelos trabalhadores e pequenas empresas. “A alta carga tributária sobre consumo e serviços essenciais acaba diminuindo o poder de compra das famílias mais vulneráveis, que já dedicam uma parcela significativa de sua renda para suprir necessidades básicas”, afirma Charone.

O caso da “taxa das blusinhas”, popularmente conhecido após a regulamentação de tributos sobre o comércio eletrônico, exemplifica bem essa dinâmica. Apesar de visar a equiparação fiscal entre empresas locais e internacionais, o resultado prático foi um aumento nos preços para o consumidor final, afetando principalmente aqueles que têm menos condições de absorver esse acréscimo.

Além disso, Charone aponta para o fato de que as classes mais altas frequentemente têm mais recursos e estratégias à disposição para mitigar o impacto da tributação, seja por meio de planejamento tributário ou pelo acesso a investimentos que oferecem melhores retornos. Já as classes mais baixas, sem essas mesmas ferramentas, acabam arcando com um fardo proporcionalmente maior.

É o caso dos custos com energia elétrica e combustíveis que, em geral, também subiram expressivamente, impulsionados por tributos estaduais e federais. Para uma família de baixa renda, o peso das contas de luz e gasolina pode representar até 25% do orçamento mensal, comprometendo recursos que poderiam ser destinados a educação ou saúde. Esse cenário evidencia como a política de aumento de impostos, embora, em teoria, direcionada aos mais ricos, acaba penalizando os que já vivem com recursos escassos, ampliando as desigualdades sociais.

“Se o governo mirou a taxação nos mais ricos, a mira acabou desviando e acertou em cheio o bolso dos mais pobres”, ressalta André Charone. Ele explica que, apesar das intenções de equidade fiscal, as medidas adotadas resultaram em aumentos de preços nos bens e serviços essenciais, impactando desproporcionalmente as classes menos favorecidas, que já enfrentam grandes desafios financeiros. Essa realidade revela a necessidade de um cuidado maior na elaboração de políticas tributárias para evitar que as desigualdades sociais se aprofundem ainda mais.

POR MAIS EXPERIENTE QUE VOCÊ SEJA INICIAR A GESTÃO DE UM TIME NOVO É SEMPRE UM DESAFIO INTERESSANTE

 

Piero Franceschi – Partner na StartSe

Descubra os 6 passos cruciais para iniciar a liderança de um novo time com eficácia. Aprenda a equilibrar confiança e produtividade, adaptar estilos de liderança e construir uma jornada coletiva de sucesso.

Pessoas em reunião (Foto: Canva)

Você pode até ser muito experiente, mas iniciar a gestão de um time novo é sempre um desafio interessante.

Acho que não nos damos conta, mas exercer a liderança de um time é sempre um equilíbrio dinâmico. 

Exige cuidado, atenção, escuta ativa até que se estabeleça um nível ótimo entre confiança e produtividade. Mais do que posição, é uma ação constante de equilibrar variáveis humanas móveis.

Pensando nisso e nas experiências que tive, coloquei aqui, nesse framework, a minha ideia de quais seriam os 6 passos iniciais do processo de onboarding na liderança de um time novo (veja na imagem abaixo).

Muitas vezes, cheios de certezas, partimos logo para o ataque e perdemos uma oportunidade importante de chegar de uma maneira mais sedimentada, construindo as fundações de uma jornada que terá seus altos e baixos, mas que precisa ser trilhada de maneira coletiva.

De todos os 6 pontos, o que considero mais desafiador de maneira geral é o quinto. Nele, o líder, ao invés de chegar com o famoso “esse é o meu estilo de liderança”, tem que aprender a modular o estilo de acordo com o grau de maturidade e o desafio da tarefa de cada membro da equipe. Isso dá trabalho.

Ao longo dessa semana, vou explorar mais alguns detalhes sobre os desafios de liderança, especialmente sobre a construção de confiança e sobre as 3 posições de um líder. Acompanhe aí!

E aos líderes que hoje estão assumindo um novo time, espero que ajude!

Leitura recomendada

Piero Franceschi, sócio da StartSe
e co-autor do bestseller “Organizações Infinitas”, tem 20 anos de experiência em Marketing, Estratégia e Inovação em posições de liderança de grandes empresas como Bauducco, Danone, Diageo e Pearson. Quer contratar a palestra do executivo para a sua empresa?

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sexta-feira, 16 de agosto de 2024

CÂMARA, SENADO E PARTIDOS ENTRAM COM RECURSO PARA SUSPENDER DECISÃO DE DINO SOBRE EMENDAS

 

História de Giordanna Neves, Iander Porcella, Gabriel Hirabahasi e Victor Ohana – Jornal Estadão

BRASÍLIA – A Câmara dos Deputados, o Senado Federal e nove partidos (PT, PL, União Brasil, PP, PSD, PSB, Republicanos, PSDB, PDT, MDB e Solidariedade) entraram nesta quinta-feira, 15, com um recurso pedindo para suspender a liminar apresentada ontem pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que interrompe a execução de todas as emendas impositivas. O PSB, uma das legendas que pede a derrubada da decisão, era o partido de Flávio Dino antes de deixar a política partidária para ingressar na Corte.

“As decisões monocráticas, proferidas fora de qualquer contexto de urgência que justificasse uma análise isolada, e não colegiada, transcenderam em muito o debate em torno de alegada falta de transparência das denominadas “emendas PiX”, e alcançaram de forma exorbitante também as chamadas “Emendas de Comissão – RP8?, que já tinham sido questionadas em ação anterior, de Relatoria do Ministro Alexandre de Moraes, que estaria, portanto, prevento para tanto (ADPF 1094), e as Emendas Individuais Impositivas, que já tinham sido escrutinizadas pela ministra Rosa Weber, sem nenhum apontamento de qualquer tipo de falta de transparência e rastreabilidade”, diz a nota assinada pelas Casas Legislativas e por oito partidos.

O PT se dividiu sobre a adesão ao recurso do Congresso. A sigla decidiu aderir ao documento, mas depois que já havia sido protocolado. Pessoas familiarizadas com o assunto afirmam que a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, não quis assinar a peça por “posições diferentes dentro do partido”. Quem representa o partido no documento são o líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), e o líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG). A decisão ocorreu após o recurso ter sido divulgado com a assinatura de várias siglas. Depois, MDB e Solidariedade também aderiram.

Segundo nota distribuída pela Presidência da Câmara, “em uma única decisão monocrática”, o STF desconstituiu quatro emendas constitucionais em vigor há quase 10 anos, aprovadas em três legislaturas.

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, o Congresso estuda ainda uma medida para melhor disciplinar o uso das emendas, privilegiando especialmente as de pagamento obrigatório e que asseguram o cumprimento dos pisos mínimos constitucionais da Saúde e Educação. A proposta das lideranças é de construir uma saída que contemple Parlamento e governo e que atenda às exigências do Judiciário.

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino suspendeu emendas impositivas Foto: Wilton Junior/Estadão

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino suspendeu emendas impositivas Foto: Wilton Junior/Estadão

Como antecipou ontem o Estadão/Broadcast, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou que conversaria com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar da decisão de Dino. Em reunião na noite desta quarta-feira, 14, Lira e líderes partidários falaram em recorrer à Corte para tentar derrubar a determinação do magistrado, mas buscavam o apoio de Pacheco.

Dino suspendeu todas as emendas impositivas

Dino suspendeu nesta quarta todas as emendas impositivas de parlamentares ao Orçamento da União até que o Legislativo crie regras para a execução desses recursos que observem requisitos de transparência, rastreabilidade e eficiência.

Deputados e senadores chegaram a prever para esta quarta a votação de mudanças nas chamadas emendas Pix para dar mais transparência nos repasses. A análise ocorreria na Comissão Mista de Orçamento (CMO), mas o item foi retirado de pauta para a inclusão da medida provisória do Judiciário que acabou sendo rejeitada.

O Congresso foi pego de surpresa, e agora os parlamentares querem se debruçar sobre a nova decisão de Dino para avaliar os desdobramentos. Até então, o ministro havia suspendido apenas a operação das emendas Pix, que são uma parte das emendas individuais. A nova decisão, contudo, afeta todas as individuais e também as emendas de bancada estadual. Dino já havia pedido mais transparência nas emendas de comissão, que não são impositivas.

A ideia é delimitar o objeto das emendas Pix, ou seja, explicitar para qual fim o dinheiro está sendo usado (para qual obra ou política pública específica). Hoje, não fica claro como as prefeituras estão usando as verbas, embora o nome do deputado que enviou a emenda possa ser identificado.

Emendas parlamentares são recursos no Orçamento da União que podem ser direcionados pelos deputados e senadores a seus redutos eleitorais. Hoje, existem três modalidades: as emendas individuais, a que cada deputado e senador tem direito, as de bancada estadual e as de comissão. As duas primeiras são impositivas, ou seja, o pagamento é obrigatório, embora o governo controle o ritmo da liberação.

As emendas Pix (batizadas com esse nome em referência ao sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central) são uma forma de manejar as emendas individuais e permitem a destinação direta de recursos federais a Estados e municípios sem controle e fiscalização.

Apesar de estarem empenhados em resolver os problemas de transparência das emendas Pix para atender aos questionamentos do Judiciário, os líderes da Câmara estão mais preocupados com o impacto nas emendas de comissão, que também foram incluídas na ação relatada por Dino no STF.

As emendas de comissão têm sido usadas como moeda de troca política no Congresso desde o fim do orçamento secreto, esquema revelado pelo Estadão que consistia no repasse de emendas de relator sem transparência e de forma que dificultava a fiscalização.

A ofensiva sobre esses recursos, portanto, impacta diretamente no poder da cúpula do Legislativo, às vésperas das eleições para as presidências da Câmara e do Senado.

O pano de fundo do imbróglio é uma disputa de poder entre o Executivo e Legislativo, arbitrada pelo Judiciário. O orçamento secreto foi declarado inconstitucional pelo STF após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas parte dos recursos continuou nas mãos do Congresso, após um acordo feito com o Planalto.

Agora, os parlamentares veem nova ofensiva do governo federal, em aliança com o Judiciário, para retomar mais poder sobre o Orçamento. Principalmente porque Dino foi indicado por Lula para a Corte.

Veja a íntegra da nota da Presidência da Câmara dos Deputados, assinada também por Senado e partidos:

“A Câmara dos Deputados, o Senado Federal e partidos políticos de diferentes campos entraram, hoje, junto a Presidência do Supremo Tribunal Federal, com pedido de suspensão de liminar das decisões monocráticas proferidas nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 7688, 7695 e 7697, e na ADPF 854, todas de autoria do ministro Flávio Dino.

A peça jurídica questiona a legalidade e a constitucionalidade dos atos monocráticos do ministro Flávio Dino, que interrompem a execução orçamentária de emendas parlamentares à lei orçamentária anual.

As decisões monocráticas, proferidas fora de qualquer contexto de urgência que justificasse uma análise isolada, e não colegiada, transcenderam em muito o debate em torno de alegada falta de transparência das denominadas “emendas PIX”, e alcançaram de forma exorbitante também as chamadas “Emendas de Comissão – RP8?, que já tinham sido questionadas em ação anterior, de Relatoria do Ministro Alexandre de Moraes, que estaria, portanto, prevento para tanto (ADPF 1094), e as Emendas Individuais Impositivas, que já tinham sido escrutinizadas pela Ministra Rosa Weber, sem nenhum apontamento de qualquer tipo de falta de transparência e rastreabilidade.

Numa única decisão monocrática, o Supremo Tribunal Federal desconstituiu 4 Emendas Constitucionais, em vigor há quase 10 anos, e aprovadas por 3 legislaturas distintas (Presidências de Henrique Eduardo Alves, Rodrigo Maia e Arthur Lira, na Câmara dos Deputados, e de Renan Calheiros, Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco, no Senado Federal).

No entendimento das Advocacias da Câmara dos Deputados e do Senado e dos Partidos Políticos, as decisões causam danos irreparáveis à economia pública, à saúde, à segurança e à própria ordem jurídica, além de violar patentemente a separação de poderes.

Elencando um arrazoado de argumentos jurídicos, legais e constitucionais, todos os requerentes postulam a suspensão imediata das decisões liminares proferidas nessas Ações Diretas de Inconstitucionalidade.

Argumentam ainda que o presidente do Supremo Tribunal Federal tem autoridade e legitimidade Constitucional para, em decisão fundamentada, suspender a execução de liminar em ações movidas contra o Poder Público, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

Defendem ainda que as decisões monocráticas do ministro Flávio Dino representam uma tentativa de controle de atos concretos da Administração Pública e do Poder Legislativo e que causam danos imediatos, diretos e concretos ao interesse público, pois paralisam políticas e obras públicas de suma importância para a população e as gestões estaduais e municipais.

A defesa de ambas as Mesas e das agremiações partidárias também argumenta que no caso da ADI 7688, a decisão liminar foi proferida ignorando a patente e flagrante ilegitimidade da ABRAJI para propor medidas de controle abstrato que fogem aos seus objetivos institucionais, já que não possui um interesse direto entre o objeto da norma impugnada e os objetivos institucionais das associações e entidades de classe legitimadas.

Assinam o documento as Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado e os seguintes partidos políticos: PL, União Brasil, PP, PSD, PSB, Republicanos, PSDB e PDT.”

GOVERNO INVERTE A LÓGICA E ACUSA REFINARIAS PRIVADAS DE FAZER CONCORRÊNCIA

História de Denise Luna – Jornal Estadão

RIO – O presidente da Refina Brasil, Evaristo Pinheiro, divulgou carta na noite de quarta-feira, 14, em resposta ao pedido feito pelo Ministério de Minas e Energia ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de averiguação de supostas práticas anticoncorrenciais das refinarias privadas em suas políticas de preços.

Representante de empresas privadas responsáveis por uma fatia de 20% do refino no País — sendo 14% apenas da Refinaria de Mataripe, na Bahia —, a Refina Brasil afirma que o pedido do MME “inverte a lógica dos fatos, dado que é a Petrobras o agente dominante no mercado de óleo e gás do Brasil, detendo 93% do mercado de petróleo e 60% do mercado de refino”, afirma.

A associação tenta há meses reduzir o preço de venda do petróleo bruto da Petrobras para as refinarias privadas, justificando que, com os preços de venda 10% maiores do que para as próprias refinarias da estatal, a competitividade fica comprometida. Além disso, reivindica ajustes no preço de referência divulgado pela ANP.

“O ministério ignora os pedidos de correção das distorções regulatórias e concorrenciais extensamente noticiadas e notificadas ao MME, Cade e ANP, como a defasagem do preço de referência do petróleo, a impossibilidade de aquisição de petróleo a preços competitivos, prática de preços predatórios pelo agente dominante do segmento upstream (em reservatórios rochosos), dentre outros”, diz Pinheiro.

Refinaria de Mataripe, ex-Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, é uma das que fazem parte da fatia de 20% do mercado concorrente com a Petrobras Foto: Divulgação/Acelen

Refinaria de Mataripe, ex-Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, é uma das que fazem parte da fatia de 20% do mercado concorrente com a Petrobras Foto: Divulgação/Acelen© Fornecido por Estadão

Ele ressalta ainda, que o próprio documento enviado pelo MME evidenciou a prática de preços muito inferiores aos patamares de mercado por parte da Petrobras, “sem que o MME tenha apontado qualquer preocupação de ordem concorrencial em relação a esse fato”, destaca.

“A Refina Brasil desde já informa que acompanhará com atenção os desdobramentos dos ofícios, publicará oportunamente seus comentários técnicos aos documentos e adotará todas as medidas cabíveis à defesa de um mercado de refino competitivo, livre e que permita alcançar a autossuficiência em derivados no País”, conclui a carta.

 

PETROBRAS VAI INVESTIR EM EMPRESA QUE SÓ DÁ PREJUÍZO

 

História de CATARINA SCORTECCI E NICOLA PAMPLONA – Folha de S. Paulo

CURITIBA, PR E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Em evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros, a Petrobras celebrou nesta quinta-feira (15) a reabertura da fábrica de fertilizantes Ansa (Araucária Nitrogenados SA), no Paraná, que acumula prejuízo de R$ 3,5 bilhões desde 2013, quando foi comprada pela estatal.

Na cerimônia, Lula criticou a paralisação de obras que tiveram indícios de corrupção investigados pela Operação Lava Jato, como a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e o antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), ambos também em processo de retomada de obras.

O presidente voltou a defender o papel da estatal como indutora de investimentos e geração de empregos no país. “A Petrobras não é uma indústria de petróleo. A Petrobras é uma indústria de desenvolvimento”, afirmou.

A Ansa teve as operações interrompidas em 2020 sob o argumento de que só dava prejuízo. De fato, desde que foi comprada pela Petrobras, a fábrica só não teve resultado negativo em três anos —dois deles após a suspensão das atividades.

A retomada das obras foi aprovada pela diretoria da Petrobras no início de junho, com votos contrários de três diretores e protestos de minoritários, e vai custar R$ 870 milhões. A empresa defende que estudos internos comprovam a viabilidade financeira do projeto.

“Não é só essa empresa que foi fechada, não. Nós estávamos com 15% para terminar uma empresa [também uma fábrica de fertilizantes] em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Simplesmente, eles pararam”, afirmou Lula, em seu discurso.

“A Refinaria Abreu e Lima, eles pararam. Durante tanto tempo, o complexo petroquímico que a gente ia fazer em Itaboraí, lá no Rio de Janeiro, eles pararam. Pararam tudo. Pararam a tentativa de fazer a refinaria no Ceará. Pararam a tentativa de fazer a refinaria no Maranhão.”

As duas últimas refinarias citadas pelo presidente haviam sido projetadas ainda em seus primeiros mandatos para garantir a autossuficiência brasileira em combustíveis, mas também foram alvo de denúncias de corrupção.

“Se você quer prender um ladrão, prenda. Se você quer prender um empresário, você prende o empresário. O que você não pode é destruir a empresa. O que você não pode é destruir o emprego”, continuou Lula, repetindo argumento que vem usando desde que voltou ao governo.

A Ansa tem capacidade para produzir 720 mil toneladas de ureia por ano, o correspondente a 8% da demanda nacional. Produz ainda 475 mil toneladas de ureia por ano e 450 mil metros cúbicos de Arla 32, usado em motores a diesel.

Em discurso, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a cerimônia dessa quinta “representa o início do cumprimento da missão que o presidente Lula me endereçou”. “A Petrobras está absolutamente comprometida com investimentos no Brasil, com a aceleração do desenvolvimento desse país.”

A Petrobras prevê o início das operações em maio de 2025, antecipando meta anteriormente prevista para o segundo semestre. A empresa estima a geração de mais de dois mil empregos durante a preparação da fábrica para voltar a operar.

Após o retorno, diz a estatal, serão mantidos cerca de 700 empregos diretos. Deste total, 215 trabalhavam na Ansa antes do fechamento, foram demitidos e depois reintegrados à Petrobras, com base em acordo homologado no TST (Tribunal Superior do Trabalho).

Magda afirmou que o planejamento estratégico da Petrobras prevê R$ 6 bilhões para a retomada ao setor de fertilizantes, abandonado pela estatal no governo Jair Bolsonaro (PL), sob o argumento de que a empresa precisava focar na produção do pré-sal.

A Petrobras investirá também R$ 3,2 bilhões na Repar, refinaria vizinha à Ansa, com a construção de novas unidades para produzir diesel S-10 e melhoria de eficiência energética. A refinaria responde por cerca de 15% da produção nacional de combustíveis.

Esteve no plano de vendas de ativos da estatal durante os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, mas não atraiu propostas firmes de compra.

HADDAD CHAMADO DE TAXADOR

 

História de Sofia Aguiar e Caio Spechoto – Jornal Estadão

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu os memes que circularam nas redes sociais no último mês que deram ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o apelido de “Taxad”. A alcunha começou a ser compartilhada por adversários do governo federal, após a aprovação da “taxa das blusinhas” e a regulamentação da reforma tributária.

“Quando chamam o Haddad de taxador, é porque estamos trabalhando a política para fazer taxação dos mais ricos”, disse, em entrevista à Rádio T, do Paraná, nesta quinta-feira, 15.

Em dezembro do ano passado, Lula sancionou a lei que trata da tributação da renda obtida por meio dos fundos de investimentos exclusivos e aplicações em offshores. O texto foi fruto da aprovação de projeto de conversão de medida provisória (MP) no Congresso. A votação final da proposta ocorreu no Senado no fim de novembro, após passar pela Câmara e sofrer alterações de mérito em relação à MP original, enviada pelo governo federal.

Lula defendeu Haddad de memes e disse que 'quem reclama de imposto, é rico' Foto: Wilton Junior/Estadão

Lula defendeu Haddad de memes e disse que ‘quem reclama de imposto, é rico’ Foto: Wilton Junior/Estadão

Segundo Lula, porém, “quem reclama de imposto, é rico”. “Eles não gostam de pagar imposto”, comentou. “As pessoas encontram sempre um jeito de não pagar Imposto de Renda. Só quem não encontra é quem trabalha e vive de salário”, afirmou.

Para rebater as críticas em relação a seu ministro, Lula citou o texto da reforma tributária, como a inclusão das carnes na cesta básica com imposto zero. “Eu quero que as pessoas possam ir ao supermercado e sair com carrinho cheio das coisas mais saudáveis que eles puderem comprar, e isso significa que você tem que aumentar o salário das pessoas”, comentou.

Presidência do BC

Lula afirmou ainda que precisa indicar o novo presidente do Banco Central, em substituição a Roberto Campos Neto, “agora” para que a substituição do cargo ocorra no final do ano. Integrantes da ala política do governo estruturam um acordo para que a indicação do novo presidente da instituição monetária seja feita em agosto, no mais tardar setembro, para anteceder as eleições municipais de outubro.

“Estou trocando o presidente do Banco Central. Tenho que indicar o presidente do Banco Central agora, porque será substituído no final do ano”, comentou.

O plano traçado para antecipar o nome do Banco Central para agosto, além do objetivo de esvaziar o poder de Campos Neto, alvo recorrente de críticas de Lula, diminuindo a tensão entre a instituição e o governo federal, tem também um cálculo econômico. A divulgação do nome antes do fim do mandato de Campos Neto pode evitar surpresas e impactos negativos à economia brasileira.

Lula comentou o cenário econômico brasileiro e disse que, apesar de a taxa de juros, a Selic, estar num patamar elevado, “a economia toda não é tocada por essa taxa”. Em sua avaliação, os médios empresários são os que pagam mais caro pelo nível do índice.

“Primeiro precisamos trazer a taxa de juros do Brasil para um patamar razoável, que o mundo inteiro compreenda. Segundo, é preciso que a gente crie condições de facilitar que o dinheiro circule na mão de todo mundo”, disse.

O presidente comentou que a economia brasileira também está pressionada atualmente devido à taxa de juros dos Estados Unidos e pelo valor do dólar. “Achamos que se os americanos começarem a baixar a taxa de juros deles agora em setembro, isso também vai fazer com que isso crie mais facilidade para baixar (a Selic no Brasil)”, avaliou.

FRANQUIA ROYALTIES E TAXAS

 

História de Felipe Siqueira – Jornal Estadão

Por que os franqueados têm de pagar royalties? Qual é a função básica dessa taxa comum no setor de franquias?

O que está incluso na compra de uma franquia?

Quando um empresário compra uma franquia, leva consigo os direitos de transferência de know how, que consiste, em resumo, no treinamento e suporte, e no direito de uso da marca.

Tudo é definido por meio do contrato e, ao menos dez dias antes de quaisquer assinaturas – de contrato ou pré-contrato -, a marca franqueadora deverá, obrigatoriamente, ceder ao eventual franqueado a Circular de Oferta de Franquia (COF), de acordo com a lei nº 13.966/2019, que rege o setor de franchising.

Essa COF tem informações essenciais relacionadas à operação do negócio, como histórico resumido do negócio franqueado, qualificação completa do franqueador e das empresas a que esteja ligado, balanços e demonstrações financeiras da empresa franqueadora, relativos aos dois últimos exercícios, entre outros itens.

Quais são os deveres dos franqueados?

O documento estabelece os direitos e os deveres dos franqueados, que são obrigados a seguir protocolos e manuais da empresa e, eventualmente, terem fornecedores pré-estabelecidos por parte da marca. Além disso, há os custos mensais.

Como são calculados os royalties?

Principalmente em empresas maiores, os custos são calculados como um porcentual sobre o faturamento. Mas podem ser valores fixos também.

Em alguns casos, por exemplo, o porcentual pago de royalties pode ser de 5% sobre o faturamento.

Função primária dos royalties é ser a remuneração das marcas. Foto: Wisut - stock.adobe.com

Função primária dos royalties é ser a remuneração das marcas. Foto: Wisut – stock.adobe.com

Em operações padrão, o normal é que parte relevante do faturamento de uma franqueadora venha dos royalties, já que a receita bruta da franquia fica com a própria unidade.

Para entender as diferenças entre faturamento e lucro, clique aqui.

Portanto, a função primária dos royalties é ser a remuneração das marcas. Por mais que outras taxas também coexistam neste universo, como de equipamentos ou até mesmo de sistema, isso custeia – ou pelo menos deveria – uma estrutura em que o franqueado está recebendo as benfeitorias de volta.

Por que algumas franquias não cobram royalties?

Isso, como sempre, vai variar dependendo da marca. Porém, uma tática de mercado para vender mais franquias, especialmente em casos que estão começando a andar neste mercado de franchising, é isentar a cobrança de royalties por um determinado período – de seis a doze meses, por exemplo.

Em casos mais extremos, algumas marcas não cobram royalties – nunca. O vice-presidente de consultoria da 300 Ecossistema de Alto Impacto, Lucien Newton, explica que, por mais que a taxa de franquia, que, normalmente, está inclusa no investimento inicial, já seja uma garantia de faturamento à franqueadora, ela remunera o passado. O presente e o futuro, que inclui melhorias na operação, por exemplo, estão nos royalties.

“Este é o modelo de negócio. O empreendedor paga pela transferência de know how, de uso da marca, para permitir melhorias ao longo do tempo e estrutura, para que tudo aconteça normalmente. É dessa remuneração que o franqueador vai tirar (em boa parte) o lucro operacional”, fala.

O ponto de equilíbrio, inclusive, que já abordamos nesta reportagem, é estimado para acontecer, de acordo com Newton, após 50 franqueados, em média.

O consultor de negócios do Sebrae-SP Adelmo Solera ressalta que, quando a marca fornece produtos ao franqueado e existe um contrato de exclusividade durante o período de vigência do contrato, a maior parte do lucro operacional poderá vir desta fatia.

Portanto, nestes casos, é possível não cobrar royalties sem afetar a estrutura da empresa. Novamente, especialmente em marcas que querem se colocar mais rapidamente no mercado.

A importância da qualidade do produto em franquias sem royalties.

A atenção aqui, porém, terá que ser redobrada em relação à qualidade do produto entregue. “O franqueado deve levar em consideração se o produto é de qualidade e se o franqueador tem capacidade de produção e de entrega”, diz.

Portanto, resume Solera, não existe uma relação tão binária a ponto de se dizer que se não cobra royalties é ruim ou se cobra royalties é bom. Tudo vai demandar um bom estudo de mercado e de marca, por parte do eventual franqueado, para ver se a operação faz sentido para ele.

Quais os riscos de investir em uma franquia sem royalties?

Existirá, sim, um ponto de atenção se o franqueado perceber que a transferência de know how ou o suporte poderão ser afetados negativamente pela falta de royalties.

Newton, da 300 Consultoria, ainda vai além: se for serviço, ou seja, se não houver um produto ao qual a marca pode se “agarrar”, a franquia pode passar a ser um sinal amarelo.

“Talvez, nestes casos, o custo da transferência de know how esteja mal calculado. Se não tem produto, pode ser franquia não recomendável”, fala.

“Uma dica que eu dou para quem estiver negociando com uma franqueadora que isenta royalties é tentar entender como é a transferência, a estrutura, conversar com outros franqueados, para avaliar melhor a situação da marca”, finaliza.

QUANTAS VEZES NOS APAIXONAMOS POR UMA TECNOLOGIA OU UMA SOLUÇÃO QUE NÃO RESOLVE PROBLEMA NENHUM

História de André Felicíssimo – Forbes Brasil

Pense só: quantas vezes já vimos aquela história incrível de um negócio pequeno que se transforma em gigante? Como aquele quiosque de café da esquina que se transforma em um império. Começa só com um cafezinho saboroso e, de repente, expande a oferta. Conquista todo o mundo com o excelente atendimento, passa a ter cadeiras confortáveis, bolos que acabaram de sair do forno, Wi-Fi para reuniões remotas. Aí abre várias franquias e vira ponto de encontro, seja para bater papo, fazer negócios ou só relaxar. Esse é um exemplo claro de como é possível desenvolver uma categoria inteira e criar valor além do produto.

“Eu não compro seus produtos. Compro o que eles fazem por mim.” Essa frase estava no primeiro capítulo do manual de treinamento de vendas que recebi no meu primeiro dia de trabalho. Lembro como se fosse hoje minha surpresa e curiosidade. O que isso quer dizer? Como assim não compro seus produtos? Quando eu era representante de vendas, muitas vezes caía na armadilha de tentar vender apenas os benefícios específicos dos produtos da minha empresa. Várias vezes, reforcei como fortaleza o market share das minhas marcas e falava sobre nossos planos de continuar crescendo. E o cliente? Bocejando! Para o cliente, faz pouca diferença se uma marca está roubando market share do concorrente. Os clientes querem mais do que isso. Eles não querem apenas melhorar as vendas de uma marca individual, mas impulsionar a categoria toda. Mudar o jogo de verdade. E essa mudança de perspectiva foi crucial.

“Compro o que eles fazem por mim”! O que um produto pode então fazer pelo cliente? O principal é fazer o cliente vender mais, mas não daquele produto apenas e sim de toda a categoria. E tudo começa pelo consumidor: entender suas dores, o que ele precisa, e daí criar as soluções certas. Foi assim que começamos a explorar novas ideias, estabelecendo e seguindo uma tríade de crescimento de categoria: mais usos, mais usuários e mais valor agregado. Por exemplo: vocês sabiam que 80% dos jovens começam a depilar alguma parte do corpo antes de fazerem a barba? Esse é um novo uso para a categoria de lâminas de barbear (que, aliás, tem de mudar de nome) e devemos desenvolver produtos que cumpram bem essa expectativa. Outro caso é que muitos pais e mães estão esticando o tempo de desfralde de bebês, para um processo menos abrupto e mais respeitoso. Porém os bebês maiores não cabiam nas fraldas disponíveis no mercado e, por isso, desenvolvemos as fraldas tamanho XXXG. Além de atender a essas novas necessidades, trouxemos mais valor aos produtos e fizemos a categoria crescer. Esses são exemplos de mais usos, mas podemos também expandir o número de usuários de uma categoria como amaciantes concentrados ou expandir o valor de uma categoria quando migramos consumidores para escovas elétricas. Para qualquer categoria é possível pensar numa estratégia de mais usos, mais usuários e mais valor.

O varejo está acompanhando essa evolução. Já notou as prateleiras do supermercado? Eu me lembro que, quando comecei, a categoria de fraldas estava no mesmo corredor que papel higiênico e absorvente. Os corredores eram separados por fornecedores – se a maioria da indústria produz absorventes e fraldas juntos, vamos colocá-los próximos. Agora, as gôndolas são organizadas com base nos insights dos consumidores e nas estratégias de desenvolvimento de categorias. Fraldas estão agrupadas com outros produtos para bebês, como papinhas ou leites especiais. Isso facilita a vida do shopper e aumenta a chance de comprar mais.

“Minha gôndola não é elástica”. Quantas vezes não ouvi isso de clientes quando levava um lançamento? Minha resposta? “Verdade, não é elástica, mas também não é estática.” Há alguns anos, você dificilmente encontraria comida congelada ou cápsulas de café em supermercados. Hoje, há seções inteiras dedicadas a congelados e as cápsulas ocupam quase um terço do corredor de café. E onde foram parar os CDs ou DVDs? Será que deram espaço para smartphones? A gôndola é viva, é uma ferramenta para ditar as tendências do mercado. Ela mostra aos shoppers o que tem de novo, para onde o mercado está se movendo. A arte está em separar o joio do trigo. Separar o lançamento que veio trocar seis por meia dúzia daquele que veio contribuir para desenvolver o mercado, fazer o bolo crescer.

Como saber se uma inovação vai realmente desenvolver uma categoria? Para alavancar uma categoria, não vale inovação pela inovação. Quantas vezes nos apaixonamos por uma tecnologia, uma solução que não resolve nenhum problema? Não podemos nos apaixonar por aquilo que conseguimos fazer, mas pelo que temos de fazer. É uma armadilha grande pensar que, só porque é inovador, vai trazer disrupção ao mercado. O pulo do gato vem em começar pela estratégia de desenvolvimento de categorias inspirada por entendimento profundo do consumidor, e aí colocar o time para encontrar soluções para essas estratégias.

A grande lição disso tudo é: não brigue para conquistar uma fatia maior do bolo. Faça ele crescer e será considerado um grande parceiro de negócio, além de alavancar seu próprio crescimento. Dessa forma, você não só desenvolve a categoria, mas também gera valor real para as pessoas, impulsionando o crescimento do negócio de forma sustentável. Nesse jogo, todos saem ganhando.

*André Felicíssimo, presidente da P&G Brasil

 

INTEGRAÇÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS AO SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO

História de Equipe eCycle

É possível integrar a crescente energia renovável à atual matriz elétrica brasileira, mostra estudo do IEMA

Por IEMA | O novo documento “Integração de energias renováveis ao sistema elétrico brasileiro”, do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) em parceria com a Coalizão Energia Limpa, lançado no dia 15 de agosto, reconhece os desafios que o Brasil enfrenta para incluir o crescente volume de projetos de fontes renováveis – solar, eólica e biomassa – no sistema de energia elétrica nacional e orienta ações fundamentais para atingir esse objetivo. De modo geral, elas incluem aprimoramentos socioambientais, regulatórios, operacionais, de planejamento e de formação.

O documento é resultado de encontros promovidos pelo IEMA e pelo Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), em 2023, com especialistas do setor elétrico para discutir a transição energética e a integração de fontes renováveis variáveis no sistema elétrico. A nova nota técnica reúne os principais aspectos discutidos e apresenta reflexões para aprimorar o sistema elétrico brasileiro. “Estamos em um momento de grandes mudanças na matriz elétrica brasileira e, para que sejamos capazes de acomodar o volume de fontes renováveis oferecidas pelo mercado e projetadas no texto da COP 28, são necessários ajustes para aprimorar o funcionamento do sistema”, conta Ricardo Baitelo, gerente de projetos do IEMA e autor do estudo.

Veja os principais pontos do texto:

  • Deve-se redefinir o papel estratégico das hidrelétricas. Além de sua já significativa contribuição para a oferta de energia elétrica, a operação das usinas pode ser otimizada para oferecer armazenamento de energia, potência em momentos críticos – ajudando a equilibrar a variabilidade das fontes eólica e solar – e a lidar com possíveis incidentes na transmissão de energia elétrica;
  • Em relação à transmissão de energia elétrica, é necessário um planejamento com horizonte superior aos atuais cinco anos, para alinhar o crescimento das fontes renováveis à expansão das redes, como é o caso do Nordeste que tem mais de 70 GW em usinas solares com construção não iniciada;
  • Além do aumento da capacidade de transmissão, os sistemas de armazenamento de energia são fundamentais para impulsionar a expansão de fontes renováveis intermitentes como solar e eólica. A instalação de bancos de baterias junto a sistemas renováveis concilia os períodos de produção da energia ao consumo equilibrando o fornecimento e diminuindo o desperdício;
  • Os parques híbridos, que combinam diferentes fontes como solar e eólica ou solar e hidrelétrica, também melhoram a estabilidade da geração de energia renovável. A complementaridade das curvas de geração dessas fontes eleva o fator de capacidade – proporção entre a produção em um período de tempo e a capacidade total máxima neste mesmo período – e a disponibilidade de energia;
  • A geração distribuída, por sistemas fotovoltaicos em residências ou indústrias,  é a modalidade que mais cresce. A curva de carga desses sistemas se concentra durante o dia, exigindo reposição por outras fontes quando o sol se põe. Assim, novas tecnologias e métodos de armazenamento de energia podem desempenhar essa função e devem ser incluídos nas opções do operador nacional e dos operadores das redes de distribuição;
  • Outra modalidade energética despachável que contribuirá para essa resiliência são as térmicas e a biomassa. Além da oferta de bagaço de cana para cogeração, há um enorme potencial ainda pouco explorado de biogás e biomassa proveniente de resíduos florestais e agrícolas.

“Projeções nacionais e internacionais indicam que sistemas elétricos com alta participação de fontes renováveis dependerão de sistemas de armazenamento, como bancos de baterias ou hidrelétricas com reservatórios”, destaca Baitelo. “A grande questão é se existe um limite para a participação das fontes renováveis na matriz energética. Fatos recentes, como o desperdício das fontes eólica e solar e o vertimento turbinável indicam que o setor elétrico deve se adaptar ao crescimento e ao perfil de geração das renováveis, visando potencializá-las em vez de limitá-las. A tendência é que tenhamos cada vez mais pressão no sistema para atender a picos de demanda decorrentes de ondas de calor”, completa.

Para tanto, é necessário um arcabouço legal que remunere adequadamente os serviços prestados pelos armazenadores de energia e demais fontes energéticas ao sistema. Por fim, deve-se aprimorar modelos meteorológicos de previsão de geração renovável e atualizar softwares de operação para atender à crescente diversidade da matriz elétrica. Essa arrumação é essencial para posicionar o Brasil em condições de realizar sua transição energética doméstica e contribuir para a transição global. A participação de fontes renováveis está alinhada ao documento final da Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP 28), em Dubai, que indica triplicar as energias renováveis e dobrar a eficiência energética até o fim desta década. Falta colocar em prática.

 

HOLOCRACIA É UM SISTEMA DE GESTÃO HORIZONTAL EM QUE NÃO EXISTE CHEFIA DE UMA ESTRUTURA VERTICAL

 

Simone Coelho – Jornalista StartSe

Este sistema de gestão propõe ainda a mudança de áreas para círculos. Entenda!

Foto de Alex Kotliarskyi na Unsplash

Na era da busca pelo equilíbrio entre a qualidade de vida e a jornada de trabalho surge a vontade de ser seu próprio chefe.

  • Gerir os próprios horários e metas está mais do que no imaginário popular, mas nos propósitos dos trabalhadores, em especial, das gerações mais novas.

Pode parecer desejo feito para a lâmpada mágica, mas há empresas que já operam desta forma com bastante estrutura em setores selecionados ou aplicados de forma geral. É a chamada holocracia.

Quando surgiu a holocracia?

Surgiu em 2007, quando o empresário Brian Robertson uniu conceitos ágeis e feedbacks sobre gestões tradicionais para propor um novo caminho.

Ele acreditava que ao construir a autonomia dos profissionais conseguiria resultados mais ágeis e melhores para a startup da qual era dono. E conseguiu.

O que é e como funciona a holocracia?

Por isso, a holocracia se apresenta como um sistema de gestão horizontal em que não existe chefia, na verdade, não existe nenhum cargo próximo a uma estrutura vertical.

Pratica-se de fato a ausência da hierarquia, tão pregada, pelo menos, ideologicamente pela geração Z. E o melhor, para colaboradores e empresários, sem perder a produtividade.

“Equilibrar as entregas entre as pessoas do time e garantir um acompanhamento de cada indivíduo ou grupo de cada projeto. Um risco é algumas pessoas acharem que estão entregando mais do que as outras e isso gera frustração e desmotivação”, afirma Caio Infante, especialista de Employer Branding e vice-presidente para a América Latina da Radancy.

Quais são as características da holocracia?

Se não há chefe, não há também liderados. Para a área prosperar ou para a companhia como um todo alcançar seus objetivos, é necessário aumentar a autonomia, o comprometimento e a organização de metas pessoais, afinal, não haverá ninguém que puxe e fila para cobrar a execução de tarefas diariamente.

  • É importante dizer que em nada se assemelha a bagunça ou desordem, caso essa leitura possa parecer uma possibilidade.

Redobrar a confiança

É preciso redobrar a confiança e a atenção às entregas já que todos os profissionais são próprios chefes e co-responsáveis pelo futuro da empresa. Cada um também terá o poder e a missão vigiar os combinados, as regras, além de garantir a sua própria evolução

Reduzir a burocracia

Neste sentido, a redução de burocracia e processos surge quase que intuitivamente. Muita coisa é resolvida durante as reuniões de planejamento e produção, em discussões ou na própria construção.

Fortalecimento do senso de colaboração

“O fortalecimento das relações pessoais, o senso de colaboração e o atingimento de metas em comum. Todo mundo trabalhando para alcançar o mesmo objetivo. E o tal ‘senso de dono’ tende a ser mais forte, pois as pessoas sentem que contribuem mais em uma organização sem hierarquia”, diz Infante.

Meta observada de perto

Aliás, meta é um assunto que deve ser observado de perto. Na holocracia elas não mais se estabelecem nas áreas ou em líderes, agora, cada um tem uma meta particular.

Por isso, o acompanhamento tem que ser ainda mais cuidadoso e atento e, se necessário, fazer as alterações debatidas em grupo, sem intimidações ou disputas de ego.

Diversidade da empresa

Outro ponto de atenção é a diversidade da empresa. As pessoas são diferentes, pensam e agem também de forma distinta.

Comunicação clara

Cada um tem uma bagagem e também uma expectativa. Por isso, para que todo mundo se entenda, não tem outro jeito, uma comunicação clara e bastante transparente ajuda muito, mas isso não quer dizer que será fácil.

“As pessoas gostam de ser envolvidas, ouvidas, participar e contribuir. [Na holocracia] As decisões compartilhadas levam em consideração mais pontos de vista. A diversidade aumenta em todos os sentidos”, aponta Infante.

Qual é o impacto da holocracia?

Este sistema de gestão propõe ainda a mudança de áreas para círculos. A visão de unidades de negócio se transformam em núcleos integrados de conhecimento com foto para criar experiências melhores para os clientes a partir de produtos e serviços mais inteligentes.

Como aplicar a holocracia na empresa?

Mas o que é importante dizer é que trata-se de um processo. Não é tão simples quanto virar uma chave porque mexe com a mudança do mindset que permeia a força de trabalho há tanto tempo.

“É necessária muita maturidade cultural e profissional para se implementar qualquer coisa nova nas organizações. Temos uma cultura de comando, controle e poder instituída que torna essa missão ainda mais difícil”, afirma Infante.

A geração Z traz essa mentalidade com muita vontade. Hoje, já ocupam boa parte dos cargos das empresas tradicionais e logo estarão em maior presença. Por isso, é um pensamento que está em alta e que já vem sendo absorvido, ou tentando, por algumas empresas dos mais diferentes cenários.

Zappos possui sua empresa toda nesta mentalidade, e soma bons resultados há anos. E nos últimos 3, a eduK, ainda engatinha para coletar os primeiros bons resultados de forma bastante autoral.

Por que importa?

Não importa qual modelo você escolha, o importante é que ele se encaixe às suas necessidades. Para isso, é preciso, antes de implementar, analisar os dados.

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