sábado, 17 de agosto de 2024

PARADOXO DA PRODUÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA BARATA E DA CONTA CARA

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que não pretende assumir o título de “pai” da conta de luz mais cara do mundo. “Eu disse para o presidente Lula que, se ficar insustentável, eu volto para casa”, afirmou, supostamente incomodado com o volume de subsídios embutidos nas tarifas de energia.

Como diz o ditado popular, filho feio não tem pai. É verdade que os subsídios não chegaram ao patamar em que estão exclusivamente por obra de Silveira, que assumiu o ministério em janeiro do ano passado. Mas, se o ministro não é o único culpado, tampouco é inocente pelo paradoxo que fez do Brasil o país da energia barata e da conta de luz cara.

Enquanto o preço da energia nos leilões de energia nova aumentou 61% nos últimos 11 anos, a tarifa média teve alta de nada menos que 153%, segundo a Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace). De maneira didática, a reportagem publicada pelo Estadão explicou que a razão desse descolamento são os subsídios embutidos na conta de luz.

Esses benefícios dobraram de tamanho nos últimos cinco anos e atingiram a marca de R$ 40,3 bilhões em 2023. Em 2018, essas políticas representavam 5,51% da conta de luz paga pelos consumidores, uma fatia que cresceu ano a ano e hoje é de 13,54%. O pior é que nada no horizonte indica que ela tenha chegado a um teto.

Os subsídios não fazem distinção de fonte, porte ou renda. Há espaço para ajudar todos, de antigas termoelétricas a carvão a eólicas, de solares de grande porte a painéis fotovoltaicos espalhados por telhados de residências de bairros nobres de todo o País, de consumidores de baixa renda a agricultores que fazem uso de irrigação em suas propriedades.

É uma verdadeira festa promovida em parceria pelo Executivo e pelo Legislativo, mas patrocinada integralmente pelo consumidor. Até 2014, o Tesouro Nacional ainda arcava com parte dos subsídios, mas essa prática foi abandonada depois que o País passou a registrar déficits primários.

O fim dos aportes do Tesouro não foi capaz de frear o ímpeto benevolente do Congresso, que não perde a chance de anexar jabutis a medidas provisórias e projetos de lei e ampliar ainda mais o bolo dos subsídios. Parlamentares buscam assegurar incentivos até para viabilizar fontes do futuro e para as quais o País tem vocação, como as eólicas offshore, cujo texto, já aprovado pela Câmara e agora no Senado, foi considerado um “monstrengo” por Silveira.

A dinâmica do setor elétrico favorece esse comportamento oportunista. Quando o reajuste tarifário é anunciado, a culpa nunca é do governo ou do Legislativo, mas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – que não cria os subsídios, mas é responsável por calcular seus custos, repassá-los às tarifas e anunciar a má notícia.

Apesar do discurso contrário aos subsídios, Silveira, até agora, trabalhou para expandi-los ainda mais. De maneira populista, ele pretende propor uma nova forma de rateio da conta, na qual os grandes consumidores paguem proporcionalmente mais que os pequenos. Se isso vai acabar de vez com a competitividade da indústria eletrointensiva, não é problema dele.

Silveira também ampliou, pela segunda vez, por meio de medida provisória, o prazo para renovação de subsídios de usinas eólicas e solares que jamais saíram do papel. Outra iniciativa do ministro foi antecipar receitas que a Eletrobras teria de pagar ao longo de anos para abater parte da conta de subsídios. Ainda que gere um alívio imediato nas contas de luz, essa medida terá um efeito rebote no futuro – quando Silveira, possivelmente, não estará mais no ministério para ter de arcar com as consequências de suas ações.

Era de esperar que o ministro enviasse ao Congresso uma proposta para dar fim a incentivos que deixaram de ser necessários e se converteram em verdadeiros privilégios a enriquecer alguns grupos à custa do consumidor. É algo que geraria desgastes, mas só assim a conta de subsídios poderia cair ou, ao menos, parar de crescer. Assumir essa liderança é papel do Ministério de Minas e Energia, mas isso exigiria de Silveira uma responsabilidade da qual ele aparentemente não quer nem ouvir falar.

 

SAIBA O QUE SÃO AS EMENDAS PIX DO CONGRESSO

 

História de Juliano Galisi – Jornal Estadão

Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta sexta-feira, 16, o bloqueio de emendas impositivas do Congresso. O mecanismo é utilizado por deputados federais e senadores para destinar verbas aos seus redutos eleitorais. Contudo, por decisão de Flávio Dino na quarta-feira, 14, o repasse está suspenso até que a Câmara e o Senado criem novas regras para garantir mais meios de fiscalização e de transparência dos recursosO entendimento de Dino já conta com maioria na Suprema Corte.

O bloqueio determinado pelo STF só não atinge as emendas parlamentares de comissão, que não são impositivas – ou seja, não precisam, obrigatoriamente, ser pagas pelo governo federal. Por outro lado, estão retidas as emendas de bancada estadual, as individuais e as “emendas Pix”.

A “emenda Pix”, denominada oficialmente de “transferência especial”, é um dispositivo que permite alocar recursos do Orçamento da União com maior agilidade a Estados e municípios. Esse tipo de emenda, contudo, carece de meios de transparência e de fiscalização.

Monumento 'Justiça' localizado em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) na praça do Três Poderes em Brasília Foto: Wilton Junior/Estadão

Monumento ‘Justiça’ localizado em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) na praça do Três Poderes em Brasília Foto: Wilton Junior/Estadão

É possível saber qual congressista fez o repasse, mas não a localidade para qual a verba foi destinada. Além disso, no destino, o dinheiro pode ser usado livremente pelo governador ou prefeito, sem vinculação com programas federais, o que compromete o planejamento do recurso e prejudica a fiscalização. Desde 2020, o mecanismo somou R$ 20,7 bilhões e bateu recorde em 2024, ano de eleições municipais.

Como revelou o Estadão em 2022, foi por meio de “emendas Pix” que cidades sem estrutura de energia elétrica, saneamento básico, asfalto e saúde primária puderam receber milhões do Orçamento da União para a contratação de shows de cantores. As apresentações estavam programadas para a véspera da campanha eleitoral.

Cidades pequenas que contrataram shows sertanejos com cachês elevados enfrentam carências em várias áreas, do saneamento ao acesso à saúde Foto: Estadão

Cidades pequenas que contrataram shows sertanejos com cachês elevados enfrentam carências em várias áreas, do saneamento ao acesso à saúde Foto: Estadão

No início de agosto, o STF acatou as considerações da Procuradoria-Geral da República (PGR), em ofício assinado por Paulo Gonet. Flávio Dino determinou a transparência e a rastreabilidade das “emendas Pix” como condições para o pagamento dos recursos. Até que esses critérios sejam atendidos, o pagamento desse tipo de repasse foi suspenso.

Além de diretrizes para a fiscalização dos repasses, Dino determinou uma auditoria nas cidades que mais receberam recursos por meio de emendas do Orçamento da União. Como mostra um levantamento exclusivo do Estadãoentre as cidades que mais receberam emendas, há municípios em que mais de 70% dos repasses foi feito por meio de “emenda Pix”.

É o caso de São Luiz, cidade do interior de Roraima. Localizada a quatro horas de carro de Boa Vista, capital estadual, o município tem apenas 7,3 mil habitantes e recebeu, de 2020 a 2023, R$ 108 milhões em emendas parlamentares de todos os tipos. Deste montante, 76% corresponde a “emendas Pix”. No Portal da Transparência da prefeitura, contudo, não há qualquer informação sobre quaisquer obras, despesas ou convênios firmados neste ano.

USO DO CELULAR NO SERVIÇO ATRAPALHA O ANDAMENTO DO MESMO

 

História de Danielle Abril – Jornal Estadão

Se você é como a maioria das pessoas, seu telefone se tornou um apêndice do seu corpo. Você olha para ele, compulsivamente, sempre que recebe uma nova mensagem ou notificação – e, às vezes, como uma resposta não intencional ao tédio ou ao tempo ocioso. Mas seu pequeno tique pode não apenas criar problemas em sua vida pessoal, mas também no trabalho.

Cada vez mais pessoas estão passando mais tempo envolvidas com os aplicativos de seus smartphones, fazendo coisas como navegar pelas redes sociais, enviar mensagens de texto ou verificar e-mails. Embora a crescente dependência e o uso de nossos telefones tenham se normalizado em alguns ambientes sociais, isso pode ser prejudicial à sua carreira se você não tomar cuidado. Você pode perder informações importantes, perder produtividade ou deixar uma má impressão. Isso pode resultar na perda de oportunidades de liderança, promoções e até mesmo empregos.

Saiba como fazer com que o seu celular não te atrapalhe no trabalho Foto: terovesalainen/adobe.stock

Saiba como fazer com que o seu celular não te atrapalhe no trabalho Foto: terovesalainen/adobe.stock

“É muito difícil reverter a percepção de alguém sobre você, mesmo que esteja errada”, disse Andrew McCaskill, especialista em carreira do LinkedIn. “Os relacionamentos são importantes. Eles o salvarão em sua carreira quando os resultados não acontecerem.”

Cerca de 58% dos adultos dos EUA disseram que usam demais seus smartphones, um salto em relação aos 39% que se sentiam assim em 2015, de acordo com uma pesquisa da Gallup. O problema se estende até mesmo às entrevistas de emprego, durante as quais os candidatos podem cometer o erro de olhar para seus telefones enquanto conversam com os gerentes de contratação, disse o LinkedIn.

Se seus amigos e familiares, que te conhecem e te amam, ficam irritados com seus hábitos ao telefone, pense nas impressões que você pode deixar nas pessoas que não são tão familiares.

É claro que isso não se aplica a todos nós. Somos totalmente capazes de gerenciar nosso uso do telefone, certo? Mas e se – apenas e se – formos de fato o problema?

Veja aqui o que você pode fazer para avaliar e controlar seu relacionamento com o telefone no trabalho:

Controle o seu uso

Comece a registrar o quanto você usa o telefone, quando e para que fins. Você pode manter um registro mental do tempo ou documentá-lo em algum lugar. As pessoas que querem mudar um padrão de comportamento adotam uma abordagem semelhante, primeiro avaliando o quanto realmente bebem antes de lidar com o problema, por exemplo, disse Jeff Hancock, professor e psicólogo de Stanford que estuda redes sociais.

Se você tiver imagens suas trabalhando, como as de uma câmera de segurança doméstica, as analise para ter uma noção melhor da frequência com que pega o telefone, disse Julia Briskin, cientista de dados de pesquisa da Universidade de Illinois Urbana, em Champaign. Ou você pode simplesmente procurar pessoas de confiança em seu círculo e perguntar se elas acham que seu uso do telefone é problemático ou causa distração, disse ela.

Faça um detox

Reserve uma semana ou um mês para reduzir substancialmente seu uso, sempre que possível (não ignore seus chefes se eles te enviarem mensagens). Você pode até desafiar seus amigos a reduzir o uso e fazer disso uma atividade social, disse Hancock. Isso pode ajudá-lo a redefinir e entender tanto o seu relacionamento atual com o telefone quanto aquele que você gostaria de ter. Se você se sentir ansioso, frustrado ou com medo de ficar de fora, talvez esteja mais apegado do que imagina. E talvez você tenha que descobrir o que fazer com seu corpo durante aquelas longas viagens de elevador com estranhos.

“Muitas pessoas que pagamos para reduzir seu uso se sentiram realmente felizes por terem feito isso”, disse Matthew Gentzkow, professor de Stanford que estudou a dependência digital. “De forma consistente, um grupo substancial de pessoas se recalibra para fazer com que seu uso tenda a diminuir” depois disso.

Mude suas configurações

Uma vantagem de nos sentirmos viciados em tecnologia, como nossos telefones, é que eles vêm equipados com recursos para reduzir o uso excessivo, disse Gentzkow.

Altere suas configurações de notificação para que você seja alertado apenas pelos principais aplicativos ou reduza a frequência com que recebe notificações agrupando-as e selecionando horários específicos, como o almoço e antes e depois do trabalho. Defina limites para o tempo de uso de aplicativos específicos por meio do Tempo de uso em iPhones e do Bem-estar digital em alguns telefones Android. Aplicativos de terceiros, como o Forest, que gamifica o tempo de foco, e o Moment podem ajudar a reduzir o uso de mídias sociais. Faça nosso teste de mídia social para descobrir se precisa de uma redefinição.

Aproveite os recursos do Não perturbe do seu telefone ou defina temporizadores, dentro ou fora do telefone, para alertá-lo sobre quando você pode usar ou deve parar de usar o telefone.

Perceba o ambiente

Nem todos os locais de trabalho são iguais. Portanto, tente ter uma noção das normas e expectativas culturais antes de sacar o celular.

A cultura corporativa geralmente é definida pelo modelo de comportamento dos outros, especialmente daqueles que são vistos como líderes na empresa, disse Hancock. Isso também significa potencialmente chamar a atenção e estar preparado para ser chamado a atenção por maus hábitos. Mas aborde todas as situações com elegância, disse Hancock.

“O resultado será que todos nós seremos muito mais conscientes e intencionais”, diz Hancock.

Diga as pessoas o que você está fazendo

A maioria das pessoas precisa usar o telefone de alguma forma no trabalho. Mas há momentos e maneiras de fazer isso sem incomodar os outros.

Não use o telefone em nenhum ambiente em que se espera envolvimento e contato visual, disse McCaskill, do LinkedIn. Isso significa manter o telefone desligado durante reuniões de grupo, reuniões individuais, entrevistas, apresentações e até mesmo em conversas casuais com colegas. Revise antecipadamente todos os e-mails ou anotações que você possa querer discutir na reunião com alguém. “Você não quer que seus colegas de trabalho tenham dúvidas sobre seu respeito por eles ou pelo trabalho deles”, disse ele.

Se precisar pegar o telefone para pesquisar algo relacionado à discussão ou lidar com algo urgente, diga isso para que os outros saibam o que está acontecendo. Um simples “deixe-me ver isso” pode mudar a impressão das pessoas sobre o que está acontecendo, disse Briskin.

“Como eles não sabem, os outros podem achar que você está olhando o Instagram”, disse ela. “Se você não contar a eles, caberá a eles decidir ou impor o que acham que você está fazendo.”

Seja ‘old school’

Não tenha medo de manter o telefone fora da vista e da mente – se ainda puder fazer seu trabalho dessa forma. Se o telefone estiver ao alcance da mão, ele poderá provocar uma resposta compulsiva para pegá-lo, mesmo que você não tenha a intenção consciente de fazer isso.

Use seu laptop para comunicações de trabalho para não se sentir tentado pelos aplicativos móveis e pelas notificações. Se estiver indo para uma entrevista, faça anotações manuscritas em vez de digitais para evitar más impressões não intencionais.

Quando estiver em dúvida, “o ‘old school’ é uma aposta segura”, disse McCaskill. “Às vezes, aquele contato visual e um sorriso no rosto podem ir longe.”

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

VANTAGENS E DESVANTAGENS PARA A INSTALAÇÃO DE ENERGIA SOLAR NAS RESIDÊNCIAS

História de Leticia Pinesso – Decor Style

Foto: Unsplash

Foto: Unsplash© Fornecido por Decor Style

A energia solar tem se tornado uma opção cada vez mais popular para quem busca uma fonte de energia sustentável e econômica.

No entanto, como qualquer investimento, é importante considerar suas vantagens e desvantagens antes de decidir pela instalação. Vamos analisar os principais pontos:

Vantagens da Energia Solar

Sustentabilidade Ambiental:

A energia solar é uma fonte limpa e renovável, ajudando a reduzir a emissão de gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis.

Redução de Custos a Longo Prazo:

Após o investimento inicial, os custos de operação e manutenção dos painéis solares são relativamente baixos. Em muitos casos, os consumidores podem economizar significativamente na conta de energia elétrica.

Autonomia Energética:

Com um sistema solar, você pode gerar sua própria eletricidade, reduzindo a dependência da rede elétrica e protegendo-se contra aumentos futuros nas tarifas de energia.

Valorização do Imóvel:

Propriedades equipadas com sistemas de energia solar tendem a ser mais valorizadas no mercado imobiliário, pois oferecem uma vantagem significativa para potenciais compradores.

Baixa Manutenção:

Os sistemas de energia solar exigem pouca manutenção, geralmente apenas limpeza periódica e verificações ocasionais para garantir que tudo está funcionando corretamente.

Desvantagens da Energia Solar

Alto Custo Inicial:

O investimento inicial para a compra e instalação dos painéis solares pode ser elevado. No entanto, esse custo pode ser amortizado ao longo dos anos com a economia na conta de energia.

Dependência do Clima:

A eficiência dos painéis solares pode ser afetada por condições climáticas adversas, como dias nublados ou chuvosos. Em regiões com pouca incidência de luz solar, a geração de energia pode ser menos eficiente.

Espaço e Localização:

Para gerar uma quantidade significativa de energia, é necessário ter espaço suficiente para a instalação dos painéis solares. Além disso, a posição e inclinação do telhado podem influenciar a eficiência do sistema.

Armazenamento de Energia:

Sistemas de armazenamento de energia (baterias) podem ser caros e necessitam de substituições periódicas. Sem baterias, o excesso de energia gerado durante o dia pode ser perdido, a menos que seja vendido de volta para a rede elétrica.

Impacto Visual:

Algumas pessoas podem considerar os painéis solares esteticamente desagradáveis, embora isso seja uma questão de preferência pessoal.

Devo instalar energia solar?

A decisão de instalar um sistema de energia solar depende de vários fatores:

  • Custo-Benefício: Avalie o custo inicial em relação às economias potenciais na conta de energia ao longo dos anos. Verifique se há incentivos fiscais ou subsídios disponíveis em sua região que possam reduzir o custo de instalação.
  • Condições Climáticas: Considere a quantidade de luz solar que sua região recebe anualmente. Em áreas com alta incidência solar, a energia solar é mais vantajosa.
  • Espaço Disponível: Verifique se você tem espaço suficiente para a instalação dos painéis solares. Telhados grandes e bem posicionados são ideais.
  • Expectativas a Longo Prazo: Pense em quanto tempo você pretende permanecer na mesma residência. A energia solar é um investimento a longo prazo, então quanto mais tempo você planejar ficar, mais benefícios você poderá aproveitar.
  • Impacto Ambiental: Se a sustentabilidade e a redução de sua pegada de carbono são prioridades para você, a energia solar é uma excelente opção.

Instalar energia solar pode ser uma decisão inteligente e benéfica para muitos proprietários de imóveis. No entanto, é essencial considerar cuidadosamente suas necessidades e circunstâncias específicas para determinar se essa é a melhor escolha para você.

 

O QUE OS DESIGNERS OBSERVAM NAS SALAS DE ESTAR

 

casa  Design  – Leticia Pinesso – Decor Style

7 coisas que os designers notam imediatamente quando entram em uma sala
Foto: Unsplash

Todos nós gostamos de pensar que temos bom gosto, mas nem todos nós somos literalmente treinados para ter um olho para design. Para um designer de interiores, é seu trabalho notar o que um olho destreinado pode não notar. Acontece que há algumas coisas.

Quando um  designer de interiores aborda um novo cômodo pela primeira vez, ou examina um projeto recém-concluído, ele é atraído por certas coisas que fazem ou desfazem o espaço.

“Para mim, um cômodo é uma experiência completa”, diz Monika Nessbach, fundadora e designer-chefe de interiores da Designbar. “Entrar em um cômodo para mim é como embarcar em uma aventura visual. Em meio aos detalhes, vários elementos clamam por atenção imediata.”

Perguntamos a alguns dos principais designers de interiores do Sul o que eles notam primeiro quando entram em um cômodo, e as respostas podem surpreender você. Provavelmente, seus olhos não serão imediatamente atraídos para uma peça de mobiliário brilhante ou um acessório particularmente estiloso. Em vez disso, eles estarão captando sinais positivos que falam sobre o potencial do espaço ou sinais negativos que ficam aquém desse potencial.

Pessoas que moram na casa e se acostumaram com a configuração de um cômodo podem não notar esses aspectos, mas os olhos atentos de um designer não podem deixar de ter visão de túnel em relação a essas coisas que tornam um cômodo especial ou se destacam como um polegar machucado.

Aqui está o que procurar em sua própria casa para vê-la através de uma lente nova e aprovada por especialistas.

Equilíbrio — ou falta dele

“A primeira coisa que me chama a atenção quando entro em uma sala é o equilíbrio, ou a falta dele”, diz Brad Ramsey, diretor e fundador da Brad Ramsey Interiors. “As escolhas de estilo e decoração são intimamente pessoais e posso apreciar todas as diferentes expressões, mas quando uma sala parece desequilibrada, o que significa que algo está errado com a escala, cor ou planta baixa, tenho mais dificuldade em apreciá-la.”

Bethany Adams, designer principal da Bethany Adams Interiors, concorda que uma escala inadequada que desequilibra um ambiente é algo muito desagradável e pode diminuir o espaço.

“A primeira coisa que noto quando entro em uma sala é a quantidade e a escala dos móveis”, ela diz. “Se um espaço está superlotado, é desconfortável estar nele. Móveis grandes, móveis superlotados ou — pior de tudo — uma combinação de ambos faz com que o espaço pareça menor.”

Iluminação

A iluminação também é um ponto focal significativo para esses designers. Uma iluminação ruim, eles dizem, pode prejudicar severamente um cômodo, enquanto uma boa iluminação pode elevá-lo e até mesmo compensar outros atributos negativos nesta lista.

“Não há nada mais deprimente para mim do que entrar em um quarto escuro”, diz Adams. “Os quartos parecem tristes sem uma grande janela brilhante ou alguma iluminação excelente.”

Para iluminação aprovada pelo designer, considere uma ampla gama de opções. Primeiro, Sara Malek Barney, fundadora e designer principal da BANDD/DESIGN, leva a iluminação natural em consideração. Aqui, Shelby Van Daley, designer principal e fundadora da Daley Home, diz que “quanto mais luz natural, melhor. Ela permite uma sensação de luminosidade e arejamento e melhora o clima do ambiente.”

Se não houver raios de sol suficientes entrando, Malek Barney aconselha ser criativo com soluções elétricas. Ao projetar a iluminação de um cômodo, Katharine Rhudy, designer principal da Reed & Acanthus, recomenda adotar uma abordagem ambiente. Isso significa instalar iluminação em vários níveis, incluindo luzes de teto, luminárias de mesa e de chão e arandelas de parede para aumentar qualquer luz natural. “Prefiro luz branca suave e sempre uso dimmers para controlar o brilho”, acrescenta ela.

Paredes

Para designers, paredes são uma tela em branco — mesmo que não sejam tão em branco. Pintadas, decoradas ou adornadas, designers veem paredes como uma oportunidade de fazer uma declaração que dará o tom para o ambiente. Sejam elas totalmente embelezadas ou deixadas em branco, os olhos dos designers certamente serão atraídos para as paredes.

“Paredes nuas são imediatamente perceptíveis e fazem com que o ambiente pareça estéril e pouco convidativo”, diz Rhudy, que recomenda arte de parede, papel de parede ou tinta intrigante para corrigir o problema.

Além do que está nas paredes, Malek Barney diz que ela leva em conta a construção delas. Por exemplo, ela observa que paredes de calcário sólido podem limitar as possibilidades de tratamentos de parede e que o drywall inclui textura que alguns proprietários abraçam e outros vão querer remover.

“Eu definitivamente observo as paredes e o que está nelas — seja a cor da tinta ou o papel de parede — mas também observo a textura delas e do que são feitas, porque isso determinará o que é possível”, diz Malek Barney.

Altura do teto

Tetos baixos, diz Malek Barney, imediatamente dispararão alarmes em sua cabeça porque são mais difíceis de trabalhar e podem fazer um cômodo parecer menor do que é. Infelizmente, poucos de nós somos abençoados com tetos ilustremente altos, e isso não está passando despercebido por esses designers. Para minimizar o quão impressionante um teto baixo pode ser, Malek Barney recomenda tratá-lo como “uma quinta parede”.

“Se você estiver pintando, por exemplo, pinte as paredes e o teto da mesma cor”, ela diz. “Isso realmente ajuda a minimizar o impacto de um teto mais baixo”

Enquanto isso, Nessbach sugere usar ilusões de ótica para expandir o espaço. Ela recomenda decorar com um espelho grande para enganar os olhos e fazê-los pensar que o cômodo é maior do que realmente é.

Personalidade

Se um cômodo é bem amado e vivido, ao contrário da lousa em branco de uma nova construção, os olhos de águia dos designers avaliam automaticamente o cômodo como um testamento do caráter daqueles que vivem ali e como eles funcionam dentro do espaço. Isso pode então ajudá-los a saber como abordar o redesenho do cômodo.

“Minha pergunta imediata é se o cômodo exala personalidade. Eu dou uma olhada em que tipo de livros estão nas estantes, por exemplo”, diz Nessbach. Enquanto isso, para Malek Barney, a questão da personalidade é mais um sentimento.

“A grande coisa que notei é a maneira como eles gostam de viver e como se sente”, diz ela. “Parece caseiro? Parece vivido? Parece bagunçado? Parece empoeirado? Eu percebo muitas dessas coisas porque isso me mostrará como eles vão responder ao espaço quando ele estiver concluído e como eles vão viver nele daqui para frente.”

Cheiro

Além das vistas (e no caso de Malek Barney, a sensação), Adams e Rhudy observam que outras observações sensoriais podem causar primeiras impressões significativas. A maior que os designers não conseguem deixar de notar é o cheiro de um cômodo. As probabilidades são de que outros hóspedes que não estão acostumados com sua casa também notarão isso — para melhor ou para pior.

“Tenho um nariz de cão de caça e consigo detectar cheiros desagradáveis ​​ou agradáveis ​​imediatamente”, diz Rhudy. “Uma casa tem cheiro de velha e suja? De mofo e bolor? Há uma fragrância forte de velas que sempre me faz perguntar o que elas estão tentando esconder? A solução é fácil: abra as janelas sempre que possível para deixar o ar viciado sair, especialmente nos quartos.”

Bagunça

Não gostamos de dizer isso a você, mas sua desordem não está passando despercebida. Na verdade, para vários designers, a desordem é uma espécie de sinal de morcego que os designers não conseguem deixar de tomar.

“Desordem, desordem, desordem — Isso me deixa louco, e é a primeira coisa que noto. Há muitos livros, fotos pessoais, balcões lotados de eletrodomésticos ou brinquedos no chão”, questiona Rhudy, enquanto Nessbach também observa cabos de tecnologia intrusivos para a lista. “Limpar uma casa da desordem é um passo importante para criar um espaço tranquilo e realmente tem um impacto psicológico e físico em nosso bem-estar. Além disso, limpar um espaço da desordem é grátis!”

Fonte: Southernliving

AS TAXAÇÕES DO GOVERNO LULA SÓ ESTÃO PREJUDICANDO OS MAIS POBRES

 

André Charone é contador, professor universitário, Mestre em Negócios Internacionais pela Must University (Flórida-EUA), possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV (São Paulo – Brasil) e certificação internacional pela Universidade de Harvard (Massachusetts-EUA) e Disney Institute (Flórida-EUA).

Nos últimos anos, o governo brasileiro tem intensificado seus esforços para aumentar a arrecadação por meio da tributação dos mais ricos. O presidente Lula, em defesa de seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as recentes reformas tributárias visam taxar principalmente os que possuem maiores rendas, respondendo a críticas que rotulam Haddad como um “taxador”.

Entretanto, a realidade que emerge quando analisamos o impacto dessas medidas é mais complexa. A carga tributária, embora supostamente direcionada aos mais abastados, acaba repercutindo de forma mais severa sobre as classes mais baixas. Isso ocorre porque muitos dos tributos implementados, mesmo que indiretos, são repassados aos preços dos produtos e serviços consumidos por toda a população, mas pesam proporcionalmente mais no orçamento dos mais pobres.

O contador e tributarista André Charone explica que, apesar da intenção de onerar as grandes fortunas, os efeitos colaterais dessas políticas são sentidos com maior intensidade pelos trabalhadores e pequenas empresas. “A alta carga tributária sobre consumo e serviços essenciais acaba diminuindo o poder de compra das famílias mais vulneráveis, que já dedicam uma parcela significativa de sua renda para suprir necessidades básicas”, afirma Charone.

O caso da “taxa das blusinhas”, popularmente conhecido após a regulamentação de tributos sobre o comércio eletrônico, exemplifica bem essa dinâmica. Apesar de visar a equiparação fiscal entre empresas locais e internacionais, o resultado prático foi um aumento nos preços para o consumidor final, afetando principalmente aqueles que têm menos condições de absorver esse acréscimo.

Além disso, Charone aponta para o fato de que as classes mais altas frequentemente têm mais recursos e estratégias à disposição para mitigar o impacto da tributação, seja por meio de planejamento tributário ou pelo acesso a investimentos que oferecem melhores retornos. Já as classes mais baixas, sem essas mesmas ferramentas, acabam arcando com um fardo proporcionalmente maior.

É o caso dos custos com energia elétrica e combustíveis que, em geral, também subiram expressivamente, impulsionados por tributos estaduais e federais. Para uma família de baixa renda, o peso das contas de luz e gasolina pode representar até 25% do orçamento mensal, comprometendo recursos que poderiam ser destinados a educação ou saúde. Esse cenário evidencia como a política de aumento de impostos, embora, em teoria, direcionada aos mais ricos, acaba penalizando os que já vivem com recursos escassos, ampliando as desigualdades sociais.

“Se o governo mirou a taxação nos mais ricos, a mira acabou desviando e acertou em cheio o bolso dos mais pobres”, ressalta André Charone. Ele explica que, apesar das intenções de equidade fiscal, as medidas adotadas resultaram em aumentos de preços nos bens e serviços essenciais, impactando desproporcionalmente as classes menos favorecidas, que já enfrentam grandes desafios financeiros. Essa realidade revela a necessidade de um cuidado maior na elaboração de políticas tributárias para evitar que as desigualdades sociais se aprofundem ainda mais.

POR MAIS EXPERIENTE QUE VOCÊ SEJA INICIAR A GESTÃO DE UM TIME NOVO É SEMPRE UM DESAFIO INTERESSANTE

 

Piero Franceschi – Partner na StartSe

Descubra os 6 passos cruciais para iniciar a liderança de um novo time com eficácia. Aprenda a equilibrar confiança e produtividade, adaptar estilos de liderança e construir uma jornada coletiva de sucesso.

Pessoas em reunião (Foto: Canva)

Você pode até ser muito experiente, mas iniciar a gestão de um time novo é sempre um desafio interessante.

Acho que não nos damos conta, mas exercer a liderança de um time é sempre um equilíbrio dinâmico. 

Exige cuidado, atenção, escuta ativa até que se estabeleça um nível ótimo entre confiança e produtividade. Mais do que posição, é uma ação constante de equilibrar variáveis humanas móveis.

Pensando nisso e nas experiências que tive, coloquei aqui, nesse framework, a minha ideia de quais seriam os 6 passos iniciais do processo de onboarding na liderança de um time novo (veja na imagem abaixo).

Muitas vezes, cheios de certezas, partimos logo para o ataque e perdemos uma oportunidade importante de chegar de uma maneira mais sedimentada, construindo as fundações de uma jornada que terá seus altos e baixos, mas que precisa ser trilhada de maneira coletiva.

De todos os 6 pontos, o que considero mais desafiador de maneira geral é o quinto. Nele, o líder, ao invés de chegar com o famoso “esse é o meu estilo de liderança”, tem que aprender a modular o estilo de acordo com o grau de maturidade e o desafio da tarefa de cada membro da equipe. Isso dá trabalho.

Ao longo dessa semana, vou explorar mais alguns detalhes sobre os desafios de liderança, especialmente sobre a construção de confiança e sobre as 3 posições de um líder. Acompanhe aí!

E aos líderes que hoje estão assumindo um novo time, espero que ajude!

Leitura recomendada

Piero Franceschi, sócio da StartSe
e co-autor do bestseller “Organizações Infinitas”, tem 20 anos de experiência em Marketing, Estratégia e Inovação em posições de liderança de grandes empresas como Bauducco, Danone, Diageo e Pearson. Quer contratar a palestra do executivo para a sua empresa?

A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para o seu comércio.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por mais de 245.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por mais de 5.800.000 de pessoas, valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas três anos. Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a sua empresa.

Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da região capaz de alavancar as suas vendas.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

CÂMARA, SENADO E PARTIDOS ENTRAM COM RECURSO PARA SUSPENDER DECISÃO DE DINO SOBRE EMENDAS

 

História de Giordanna Neves, Iander Porcella, Gabriel Hirabahasi e Victor Ohana – Jornal Estadão

BRASÍLIA – A Câmara dos Deputados, o Senado Federal e nove partidos (PT, PL, União Brasil, PP, PSD, PSB, Republicanos, PSDB, PDT, MDB e Solidariedade) entraram nesta quinta-feira, 15, com um recurso pedindo para suspender a liminar apresentada ontem pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que interrompe a execução de todas as emendas impositivas. O PSB, uma das legendas que pede a derrubada da decisão, era o partido de Flávio Dino antes de deixar a política partidária para ingressar na Corte.

“As decisões monocráticas, proferidas fora de qualquer contexto de urgência que justificasse uma análise isolada, e não colegiada, transcenderam em muito o debate em torno de alegada falta de transparência das denominadas “emendas PiX”, e alcançaram de forma exorbitante também as chamadas “Emendas de Comissão – RP8?, que já tinham sido questionadas em ação anterior, de Relatoria do Ministro Alexandre de Moraes, que estaria, portanto, prevento para tanto (ADPF 1094), e as Emendas Individuais Impositivas, que já tinham sido escrutinizadas pela ministra Rosa Weber, sem nenhum apontamento de qualquer tipo de falta de transparência e rastreabilidade”, diz a nota assinada pelas Casas Legislativas e por oito partidos.

O PT se dividiu sobre a adesão ao recurso do Congresso. A sigla decidiu aderir ao documento, mas depois que já havia sido protocolado. Pessoas familiarizadas com o assunto afirmam que a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, não quis assinar a peça por “posições diferentes dentro do partido”. Quem representa o partido no documento são o líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), e o líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG). A decisão ocorreu após o recurso ter sido divulgado com a assinatura de várias siglas. Depois, MDB e Solidariedade também aderiram.

Segundo nota distribuída pela Presidência da Câmara, “em uma única decisão monocrática”, o STF desconstituiu quatro emendas constitucionais em vigor há quase 10 anos, aprovadas em três legislaturas.

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, o Congresso estuda ainda uma medida para melhor disciplinar o uso das emendas, privilegiando especialmente as de pagamento obrigatório e que asseguram o cumprimento dos pisos mínimos constitucionais da Saúde e Educação. A proposta das lideranças é de construir uma saída que contemple Parlamento e governo e que atenda às exigências do Judiciário.

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino suspendeu emendas impositivas Foto: Wilton Junior/Estadão

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino suspendeu emendas impositivas Foto: Wilton Junior/Estadão

Como antecipou ontem o Estadão/Broadcast, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou que conversaria com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar da decisão de Dino. Em reunião na noite desta quarta-feira, 14, Lira e líderes partidários falaram em recorrer à Corte para tentar derrubar a determinação do magistrado, mas buscavam o apoio de Pacheco.

Dino suspendeu todas as emendas impositivas

Dino suspendeu nesta quarta todas as emendas impositivas de parlamentares ao Orçamento da União até que o Legislativo crie regras para a execução desses recursos que observem requisitos de transparência, rastreabilidade e eficiência.

Deputados e senadores chegaram a prever para esta quarta a votação de mudanças nas chamadas emendas Pix para dar mais transparência nos repasses. A análise ocorreria na Comissão Mista de Orçamento (CMO), mas o item foi retirado de pauta para a inclusão da medida provisória do Judiciário que acabou sendo rejeitada.

O Congresso foi pego de surpresa, e agora os parlamentares querem se debruçar sobre a nova decisão de Dino para avaliar os desdobramentos. Até então, o ministro havia suspendido apenas a operação das emendas Pix, que são uma parte das emendas individuais. A nova decisão, contudo, afeta todas as individuais e também as emendas de bancada estadual. Dino já havia pedido mais transparência nas emendas de comissão, que não são impositivas.

A ideia é delimitar o objeto das emendas Pix, ou seja, explicitar para qual fim o dinheiro está sendo usado (para qual obra ou política pública específica). Hoje, não fica claro como as prefeituras estão usando as verbas, embora o nome do deputado que enviou a emenda possa ser identificado.

Emendas parlamentares são recursos no Orçamento da União que podem ser direcionados pelos deputados e senadores a seus redutos eleitorais. Hoje, existem três modalidades: as emendas individuais, a que cada deputado e senador tem direito, as de bancada estadual e as de comissão. As duas primeiras são impositivas, ou seja, o pagamento é obrigatório, embora o governo controle o ritmo da liberação.

As emendas Pix (batizadas com esse nome em referência ao sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central) são uma forma de manejar as emendas individuais e permitem a destinação direta de recursos federais a Estados e municípios sem controle e fiscalização.

Apesar de estarem empenhados em resolver os problemas de transparência das emendas Pix para atender aos questionamentos do Judiciário, os líderes da Câmara estão mais preocupados com o impacto nas emendas de comissão, que também foram incluídas na ação relatada por Dino no STF.

As emendas de comissão têm sido usadas como moeda de troca política no Congresso desde o fim do orçamento secreto, esquema revelado pelo Estadão que consistia no repasse de emendas de relator sem transparência e de forma que dificultava a fiscalização.

A ofensiva sobre esses recursos, portanto, impacta diretamente no poder da cúpula do Legislativo, às vésperas das eleições para as presidências da Câmara e do Senado.

O pano de fundo do imbróglio é uma disputa de poder entre o Executivo e Legislativo, arbitrada pelo Judiciário. O orçamento secreto foi declarado inconstitucional pelo STF após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas parte dos recursos continuou nas mãos do Congresso, após um acordo feito com o Planalto.

Agora, os parlamentares veem nova ofensiva do governo federal, em aliança com o Judiciário, para retomar mais poder sobre o Orçamento. Principalmente porque Dino foi indicado por Lula para a Corte.

Veja a íntegra da nota da Presidência da Câmara dos Deputados, assinada também por Senado e partidos:

“A Câmara dos Deputados, o Senado Federal e partidos políticos de diferentes campos entraram, hoje, junto a Presidência do Supremo Tribunal Federal, com pedido de suspensão de liminar das decisões monocráticas proferidas nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 7688, 7695 e 7697, e na ADPF 854, todas de autoria do ministro Flávio Dino.

A peça jurídica questiona a legalidade e a constitucionalidade dos atos monocráticos do ministro Flávio Dino, que interrompem a execução orçamentária de emendas parlamentares à lei orçamentária anual.

As decisões monocráticas, proferidas fora de qualquer contexto de urgência que justificasse uma análise isolada, e não colegiada, transcenderam em muito o debate em torno de alegada falta de transparência das denominadas “emendas PIX”, e alcançaram de forma exorbitante também as chamadas “Emendas de Comissão – RP8?, que já tinham sido questionadas em ação anterior, de Relatoria do Ministro Alexandre de Moraes, que estaria, portanto, prevento para tanto (ADPF 1094), e as Emendas Individuais Impositivas, que já tinham sido escrutinizadas pela Ministra Rosa Weber, sem nenhum apontamento de qualquer tipo de falta de transparência e rastreabilidade.

Numa única decisão monocrática, o Supremo Tribunal Federal desconstituiu 4 Emendas Constitucionais, em vigor há quase 10 anos, e aprovadas por 3 legislaturas distintas (Presidências de Henrique Eduardo Alves, Rodrigo Maia e Arthur Lira, na Câmara dos Deputados, e de Renan Calheiros, Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco, no Senado Federal).

No entendimento das Advocacias da Câmara dos Deputados e do Senado e dos Partidos Políticos, as decisões causam danos irreparáveis à economia pública, à saúde, à segurança e à própria ordem jurídica, além de violar patentemente a separação de poderes.

Elencando um arrazoado de argumentos jurídicos, legais e constitucionais, todos os requerentes postulam a suspensão imediata das decisões liminares proferidas nessas Ações Diretas de Inconstitucionalidade.

Argumentam ainda que o presidente do Supremo Tribunal Federal tem autoridade e legitimidade Constitucional para, em decisão fundamentada, suspender a execução de liminar em ações movidas contra o Poder Público, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

Defendem ainda que as decisões monocráticas do ministro Flávio Dino representam uma tentativa de controle de atos concretos da Administração Pública e do Poder Legislativo e que causam danos imediatos, diretos e concretos ao interesse público, pois paralisam políticas e obras públicas de suma importância para a população e as gestões estaduais e municipais.

A defesa de ambas as Mesas e das agremiações partidárias também argumenta que no caso da ADI 7688, a decisão liminar foi proferida ignorando a patente e flagrante ilegitimidade da ABRAJI para propor medidas de controle abstrato que fogem aos seus objetivos institucionais, já que não possui um interesse direto entre o objeto da norma impugnada e os objetivos institucionais das associações e entidades de classe legitimadas.

Assinam o documento as Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado e os seguintes partidos políticos: PL, União Brasil, PP, PSD, PSB, Republicanos, PSDB e PDT.”

GOVERNO INVERTE A LÓGICA E ACUSA REFINARIAS PRIVADAS DE FAZER CONCORRÊNCIA

História de Denise Luna – Jornal Estadão

RIO – O presidente da Refina Brasil, Evaristo Pinheiro, divulgou carta na noite de quarta-feira, 14, em resposta ao pedido feito pelo Ministério de Minas e Energia ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de averiguação de supostas práticas anticoncorrenciais das refinarias privadas em suas políticas de preços.

Representante de empresas privadas responsáveis por uma fatia de 20% do refino no País — sendo 14% apenas da Refinaria de Mataripe, na Bahia —, a Refina Brasil afirma que o pedido do MME “inverte a lógica dos fatos, dado que é a Petrobras o agente dominante no mercado de óleo e gás do Brasil, detendo 93% do mercado de petróleo e 60% do mercado de refino”, afirma.

A associação tenta há meses reduzir o preço de venda do petróleo bruto da Petrobras para as refinarias privadas, justificando que, com os preços de venda 10% maiores do que para as próprias refinarias da estatal, a competitividade fica comprometida. Além disso, reivindica ajustes no preço de referência divulgado pela ANP.

“O ministério ignora os pedidos de correção das distorções regulatórias e concorrenciais extensamente noticiadas e notificadas ao MME, Cade e ANP, como a defasagem do preço de referência do petróleo, a impossibilidade de aquisição de petróleo a preços competitivos, prática de preços predatórios pelo agente dominante do segmento upstream (em reservatórios rochosos), dentre outros”, diz Pinheiro.

Refinaria de Mataripe, ex-Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, é uma das que fazem parte da fatia de 20% do mercado concorrente com a Petrobras Foto: Divulgação/Acelen

Refinaria de Mataripe, ex-Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, é uma das que fazem parte da fatia de 20% do mercado concorrente com a Petrobras Foto: Divulgação/Acelen© Fornecido por Estadão

Ele ressalta ainda, que o próprio documento enviado pelo MME evidenciou a prática de preços muito inferiores aos patamares de mercado por parte da Petrobras, “sem que o MME tenha apontado qualquer preocupação de ordem concorrencial em relação a esse fato”, destaca.

“A Refina Brasil desde já informa que acompanhará com atenção os desdobramentos dos ofícios, publicará oportunamente seus comentários técnicos aos documentos e adotará todas as medidas cabíveis à defesa de um mercado de refino competitivo, livre e que permita alcançar a autossuficiência em derivados no País”, conclui a carta.

 

PETROBRAS VAI INVESTIR EM EMPRESA QUE SÓ DÁ PREJUÍZO

 

História de CATARINA SCORTECCI E NICOLA PAMPLONA – Folha de S. Paulo

CURITIBA, PR E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Em evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros, a Petrobras celebrou nesta quinta-feira (15) a reabertura da fábrica de fertilizantes Ansa (Araucária Nitrogenados SA), no Paraná, que acumula prejuízo de R$ 3,5 bilhões desde 2013, quando foi comprada pela estatal.

Na cerimônia, Lula criticou a paralisação de obras que tiveram indícios de corrupção investigados pela Operação Lava Jato, como a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e o antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), ambos também em processo de retomada de obras.

O presidente voltou a defender o papel da estatal como indutora de investimentos e geração de empregos no país. “A Petrobras não é uma indústria de petróleo. A Petrobras é uma indústria de desenvolvimento”, afirmou.

A Ansa teve as operações interrompidas em 2020 sob o argumento de que só dava prejuízo. De fato, desde que foi comprada pela Petrobras, a fábrica só não teve resultado negativo em três anos —dois deles após a suspensão das atividades.

A retomada das obras foi aprovada pela diretoria da Petrobras no início de junho, com votos contrários de três diretores e protestos de minoritários, e vai custar R$ 870 milhões. A empresa defende que estudos internos comprovam a viabilidade financeira do projeto.

“Não é só essa empresa que foi fechada, não. Nós estávamos com 15% para terminar uma empresa [também uma fábrica de fertilizantes] em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Simplesmente, eles pararam”, afirmou Lula, em seu discurso.

“A Refinaria Abreu e Lima, eles pararam. Durante tanto tempo, o complexo petroquímico que a gente ia fazer em Itaboraí, lá no Rio de Janeiro, eles pararam. Pararam tudo. Pararam a tentativa de fazer a refinaria no Ceará. Pararam a tentativa de fazer a refinaria no Maranhão.”

As duas últimas refinarias citadas pelo presidente haviam sido projetadas ainda em seus primeiros mandatos para garantir a autossuficiência brasileira em combustíveis, mas também foram alvo de denúncias de corrupção.

“Se você quer prender um ladrão, prenda. Se você quer prender um empresário, você prende o empresário. O que você não pode é destruir a empresa. O que você não pode é destruir o emprego”, continuou Lula, repetindo argumento que vem usando desde que voltou ao governo.

A Ansa tem capacidade para produzir 720 mil toneladas de ureia por ano, o correspondente a 8% da demanda nacional. Produz ainda 475 mil toneladas de ureia por ano e 450 mil metros cúbicos de Arla 32, usado em motores a diesel.

Em discurso, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a cerimônia dessa quinta “representa o início do cumprimento da missão que o presidente Lula me endereçou”. “A Petrobras está absolutamente comprometida com investimentos no Brasil, com a aceleração do desenvolvimento desse país.”

A Petrobras prevê o início das operações em maio de 2025, antecipando meta anteriormente prevista para o segundo semestre. A empresa estima a geração de mais de dois mil empregos durante a preparação da fábrica para voltar a operar.

Após o retorno, diz a estatal, serão mantidos cerca de 700 empregos diretos. Deste total, 215 trabalhavam na Ansa antes do fechamento, foram demitidos e depois reintegrados à Petrobras, com base em acordo homologado no TST (Tribunal Superior do Trabalho).

Magda afirmou que o planejamento estratégico da Petrobras prevê R$ 6 bilhões para a retomada ao setor de fertilizantes, abandonado pela estatal no governo Jair Bolsonaro (PL), sob o argumento de que a empresa precisava focar na produção do pré-sal.

A Petrobras investirá também R$ 3,2 bilhões na Repar, refinaria vizinha à Ansa, com a construção de novas unidades para produzir diesel S-10 e melhoria de eficiência energética. A refinaria responde por cerca de 15% da produção nacional de combustíveis.

Esteve no plano de vendas de ativos da estatal durante os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, mas não atraiu propostas firmes de compra.

EUTANÁSIA DO ESCRITOR BRASILEIRO ANTONIO CICERO NA SUÍÇA

  Brasil e Mundo ...