Apesar de ser uma novidade para muitas pessoas, o carro elétrico é um
produto que já está no mercado há um período considerável e
experimentou inúmeras mudanças e evoluções. A principal delas envolve a
bateria, que melhorou em questões de alcance e também no que é mais
importante para os consumidores, o preço.
Foi isso que mostrou o novo estudo do Vehicle Technologies Office do
Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE). O relatório mostra que
o custo das baterias de veículos elétricos caiu em impressionantes 90%
entre 2008 e 2023.
Com isso, é mais fácil para as montadoras reduzirem a diferença de
preço entre carros a combustão e veículos elétricos. Isso porque o
conjunto de baterias é a parte principal desse tipo de automóvel e a que
tem o custo mais elevado, já que tamanho, peso e características do
conjunto afetam seu valor. Mas, graças a melhorias nas tecnologias e
químicas de baterias, novos processos de fabricação e um aumento
considerável no volume de produção, os custos vêm caindo sensivelmente.
De acordo com o departamento de energia americano, o custo de uma
bateria de íons de lítio caiu de até US$ 1.415/kWh (R$ 7.770/kWh) em
2008 para US$ 139/kWh (R$ 763,67/kWh) em 2023. As estimativas de valores
levaram em conta as baterias de carros elétricos leves com uma produção
de pelo menos 100.000 unidades por ano.
Com a redução dos preços das baterias, os valores dos carros elétricos também caem. (Foto: Carscoops | Reprodução)
Sendo assim, a bateria de 81 kWh do Tesla Model Y custaria US$
114.615 (R$ 629.690) em 2008, em comparação com US$ 11.259 (R$ 61.860)
em 2023.
A expectativa é que os custos das baterias continuem caindo nos
próximos anos, tornando os carros elétricos acessíveis uma realidade.
Um estudo da empresa de análise de mercado Gartner sugere que esses
veículos serão mais baratos de produzir um automóvel a combustão até
2027.
No mês de julho deste ano, um total de 100 mil novos sistemas de energia solar fotovoltaica
foram instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos no Brasil.
Agora, a quantidade desses sistemas de geração de energia solar chega a
2,8 milhões no País, segundo dados inéditos da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Desde o início deste ano até agora, foram instalados 500 mil sistemas
de geração distribuída, que demandaram cerca de R$ 20 bilhões em
investimentos. Foto: Tiago Queiroz/Estadão
De acordo com a entidade, foram investidos R$ 3,9 bilhões para
criação desses sistemas em apenas um mês. Essa modalidade de geração de
energia, chamada de distribuída (GD), já soma 31 gigawatts (GW) de
potência, com acréscimo de 1 GW apenas no mês passado. Além de
residências, esses sistemas estão instalados também em comércios,
indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
A quantidade de sistemas instalados em julho é recorde para o ano,
segundo os dados detalhados da Absolar. Veja a seguir a evolução dos
sistemas de energia solar instalados no primeiro semestre.
Desde o início deste ano até agora, foram instalados 500 mil sistemas
de geração distribuída, que demandaram cerca de R$ 20 bilhões em
investimentos. Pelo mapeamento da Absolar, a energia solar fotovoltaica
já está presente em 5.550 dos 5.570 municípios brasileiros.
Os executivos avaliam que ainda há muito espaço para crescimento, já
que, no Brasil, existem 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia
elétrica. “Apenas em 2023, os painéis solares registraram queda de
cerca de 50% no preço médio final, ampliando a atratividade e o acesso
por consumidores brasileiros de diferentes perfis”, afirma Ronaldo
Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar.
Facilidade de crédito
A queda de preço das placas solares, aliada a uma promessa de
economia de até 90% na conta de luz são, geralmente, as explicações para
a evolução no segmento de geração própria. Um novo ingrediente vem se
somando e pode estar ligado ao avanço das classes média e baixa para
aquisição desses sistemas.
Um dos indícios vem dos dados de acesso à crédito tabulados pela plataforma Meu Financiamento Solar.
Eles indicam que, apenas de abril a julho deste ano, as classes C, D e E
representaram 60% das liberações de crédito para obtenção dos sistemas
solares; a classe B representou 34%, e a A, 7%.
Para Carolina Reis, diretora do Meu Financiamento Solar, a maior
participação das classes menos abastadas nos financiamentos pode ser
explicada pela facilidade de obtenção de crédito pelos consumidores,
impulsionada pela queda das taxas. “Além das constantes quedas da taxa
Selic desde a metade do ano passado, que deixa o custo do crédito mais
atrativo aos brasileiros, o próprio equipamento de energia solar teve
queda no seu preço final, o que ampliou ainda mais as novas instalações
no Brasil”, avalia.
Qual é a importância da confiança distribuída no negócio, segundo Rachel Botsman
Conheça a trajetória da escritora e empreendedora Rachel Botsman
Rachel Botsman (Foto: Reprodução LinkedIn)
O Ghost Interview é um formato proprietário do Morse que recria
narrativas em forma de entrevista para apresentar personalidades do
mundo dos negócios, tecnologia e inovação.
Rachel Botsman viveu em quatro continentes, proferiu três
palestras TED, escreveu dois livros aclamados pela crítica e criou o
primeiro curso da Universidade de Oxford sobre confiança no mundo
digital na Saïd Business School.
Seus livros foram traduzidos para 14 idiomas. O que é meu é seu,
previu a ascensão da ‘economia compartilhada’ e foi aclamado pela
revista TIME como uma das “10 ideias que mudarão o mundo”. Em quem você
pode confiar?, explora as profundas formas como a confiança está
mudando; foi elogiado por grandes nomes e eleito um dos melhores livros
do ano pela WIRED.
Você pode explicar a ideia de confiança distribuída?
Meu primeiro livro, What’s Mine Is Yours, analisou como a tecnologia
pode nos fazer adotar comportamentos que anteriormente poderiam ter sido
considerados arriscados, como abrir nossas casas e carros para
estranhos. Também ouvi esta narrativa de que a confiança estava a
diminuir nas instituições – na política, nos meios de comunicação social
e nos bancos. Isto levou à ideia de que talvez a confiança não esteja a
diminuir ou a diminuir, mas sim a mudar de forma. A tecnologia pega a
confiança que fluiu para cima e era muito hierárquica e a distribui às
pessoas de novas maneiras, por meio de redes, plataformas e mídias
sociais.
Como isso se relaciona com as organizações?
É um erro pensar na confiança como uma marca que funciona como uma
pirâmide, gerida pelas equipas de marketing e comunicação, e muito nas
mãos da liderança. Isso não é mais verdade. Se você observar o
relacionamento entre o funcionário e o empregador, e entre o cliente, o
consumidor e a empresa, a confiança realmente está nas mãos das pessoas.
A confiança pode ser construída?
Existe um mito em torno da confiança, especialmente nos serviços
profissionais, de que ela pode ser construída. A confiança é algo dado a
você. Você não pode dizer que vai construir mais confiança comigo:
tenho que lhe dar minha confiança, você tem que conquistá-la. Não existe
marca, campanha ou produto que possa manifestar confiança; você tem que
ser confiável. Portanto, está na cultura e nos comportamentos.
Como uma organização pode ser mais confiável?
Existem dois conjuntos de características: capacidade e caráter. Os
traços de capacidade incluem competência (como você faz algo) e
capacidade de resposta (seu respeito pelo tempo). Mas o verdadeiro pó de
ouro da confiança reside no caráter, que se baseia essencialmente na
empatia – um sentimento de que a organização se preocupa e entende de
onde você vem e respeita seus pontos de vista e perspectivas, mesmo que
sejam completamente diferentes dos seus.
E há a integridade, que é a característica mais difícil de ser
dimensionada por todas as organizações. Muitas vezes as pessoas pensam
que a integridade pode ser falsificada, com coisas como programas de
RSC, sustentabilidade ou caridade, mas integridade tem a ver com seus
motivos, com perguntar se suas intenções estão alinhadas com o melhor
interesse do consumidor ou usuário.
A geração Y tem uma atitude diferente em relação à confiança?
Acho que a geração millennials é mais cética em alguns aspectos. A
geração dos meus pais era bastante respeitosa com especialistas e
líderes, e até mesmo com marcas. Com a geração Millennials, a
mentalidade é totalmente diferente: há um ceticismo sincero.
Quanto as pessoas confiam nos chatbots?
Os bots de atendimento ao cliente ainda têm um longo caminho a
percorrer. Freqüentemente, as pessoas vão ao atendimento ao cliente com
um problema – e os bots não conseguem ter empatia por alguém que está
frustrado ou chateado. Lido muito com fintechs e fico louco quando elas
não têm um departamento de atendimento ao cliente. O dinheiro é seu e
você realmente não quer falar com Susie Chatbot; você quer um ser humano
porque precisa acreditar imediatamente que essa pessoa entende seu
problema.
Existe algo que as organizações possam fazer para recuperar a confiança depois de perdê-la?
A maioria das crises de confiança se resume à integridade. As
empresas afirmam que é um problema de capacidade: “Vamos consertar o
sistema, colocar mais bots nele ou qualquer que seja a solução
tecnológica.” Mas, na verdade, é um problema cultural: são as pessoas
que dizem que não acreditam que os interesses da empresa sejam alinhados
com os deles. Esse é um lugar realmente difícil para uma empresa
voltar.
A Samsung é um bom exemplo. A empresa passou por uma crise de
confiança devido a problemas com seu smartphone Galaxy Note 7. A Samsung
admitiu que era sobre o telefone, mas também disse o que havia de
errado com seus sistemas e os corrigiu.
Você falou sobre a transparência não ser a resposta…
As pessoas falam da transparência como uma cura mágica, mas não é.
Acho que a transparência é uma ferramenta. A remuneração baseada no
género é um bom exemplo. Se conseguirmos obter informações precisas e
acessíveis sobre a remuneração por género, poderemos criar algumas
mudanças em torno disso. Mas a transparência total não é a forma de
criar mais confiança.
Em primeiro lugar, não creio que nenhuma empresa possa prometer a
verdadeira transparência, por isso tudo o que se obtém é a divulgação
superficial. Não estou dizendo que mais transparência no setor bancário
seja ruim: ser claro em relação às taxas de juros, aos termos e
condições e aos cronogramas de pagamento é absolutamente fundamental.
Mas esta ideia de que mais transparência aumenta a confiança não é assim
que funciona. Se eu realmente confiasse no banco, acreditaria no que
diziam sobre as taxas de juros; Eu não precisaria saber.
Quem deveria assumir a responsabilidade pela criação de uma estrutura de confiança?
Depende do contexto. O centro de vendas deve assumir a
responsabilidade por certas coisas. Se estamos falando de diversidade na
contratação, isso é uma questão de RH. Se falamos de boa governação,
essa é uma questão jurídica. Portanto, é contextual. Quando as
pessoas falam sobre confiança, muitas vezes falam sobre
responsabilidade: quem deve ser responsável quando as coisas dão errado?
E grande parte da raiva, do medo e da falta de confiança em torno dos
grandes sistemas – especialmente das instituições financeiras – deve-se à
falta de responsabilidade e responsabilização quando as coisas correm
mal.
Qual é uma boa prática que você faz diariamente que ajuda nos negócios e na rotina?
Todas as manhãs, quando meus pés tocam o chão, me pergunto: “Por que
estou fazendo isso? Pelo que sou grato? O que eu quero alcançar hoje?”
Essa é a minha atenção plena de um minuto. E você volta ao final do dia e
pensa: “Eu fiz isso? Eu consegui isso? Quão desequilibrado eu estava?”
Para mim, tem sido uma forma de autorreflexão. Se você continuar
perdendo isso, provavelmente há algo físico ou baseado no tempo que você
precisa resolver. Talvez você não tenha apoio suficiente ou esteja
comendo errado; seja o que for, há algo estruturalmente que você
provavelmente pode mudar.
Aprenda as principais técnicas para comunicar as suas ideias de modo
impactante, conquistando os resultados desejados no negócio.
COMO DEVEM SER OS PARCEIROS NOS NEGÓCIOS
“Parceiros chegam de várias formas. Se juntam por diferentes motivos”.
Eu sei, é clichê, rss. E se a frase fosse minha eu acrescentaria: “O que eles tem em comum é o fato de acreditarem no que nós acreditamos”.
Parceria é a arte de administrar conflitos de interesses e
conexões de interesses, visando resultados benéficos para ambas as
empresas”.
É por isso que eu costumo comparar parceria com casamento. Quem é
casado sabe que administrar conflitos é fundamental para ambos terem
resultados nessa aliança.
Assim como no casamento, o parceiro não precisa ser igual a nós, mas
tem que ter o nosso ‘jeitão’! Nas parcerias eu defendo que o parceiro
precisa ter o DNA de inovação, a inquietude pra sair da zona de conforto
e uma preocupação muito grande com o cliente, não apenas no discurso,
mas na prática. É claro que no processo de análise do possível parceiro,
nós avaliamos o potencial financeiro e de escala da aliança, a
estrutura e o tamanho da empresa. Mas, tem um fator humano que não pode
ser desconsiderado, já que empresas são, na sua essência, pessoas.
É por isso, que normalmente, os parceiros são empresas formadas por
pessoas do bem, pessoas com propósito, que tem tanto o caráter quanto a
lealdade de continuar de mãos dadas, mesmo nos momentos mais difíceis. É
como um casamento mesmo!
É importante também que os parceiros tenham know how e competênciascomplementares,
que potencializem nossas fragilidades e deem mais peso aos nossos
pontos fortes. E como eu acredito que o primeiro approach de
uma boa parceria acontece no plano humano (onde existe emoção), e não no
corporativo, eu gosto muito da histórica da parceria entre Steve Jobs e Steve Wozniak.
Os dois Steves tornaram-se amigos durante um emprego de verão em 1970.
Woz estava ocupado construindo um computador e Jobs viu o potencial para
vendê-lo. Em uma entrevista de 2006 ao Seattle Times, Woz, explicou:
“Eu só estava fazendo algo em que era muito bom, e a única coisa
que eu era bom acabou por ser a coisa que ia mudar o mundo… Steve (Jobs)
pensava muito além. Quando eu projetava coisas boas, às vezes ele
dizia: ‘Nós podemos vender isso’. E nós vendíamos mesmo. Ele estava
pensando em como criar uma empresa, mas talvez ele estivesse mesmo
pensando: ‘Como eu posso mudar o mundo?’”.
Por que essa parceria deu certo? Habilidades e competências complementares.
As habilidades técnicas de Woz juntamente com a visão de Jobs fizeram dos dois a parceria perfeita nos negócios.
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A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com pedido de
arquivamento do inquérito que apura o recebimento, venda e recompra de
presentes recebidos de autoridades sauditas. A solicitação foi
protocolada em ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF),
direcionada ao procurador-Geral da República, Paulo Gonet. A informação
foi adiantada pelo analista de política da CNN Caio Junqueira. A
alegação é baseada em decisão recente do Tribunal de Contas da União
(TCU), que decidiu não ser necessário a devolução de objetos recebidos
por presidente da República em razão do cargo por ausência de lei que
discipline a questão. O TCU analisou um caso concreto envolvendo um
relógio recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em mandato
passado. “A ausência de norma legal específica, aplicável aos
Presidentes da República, embora não impeça a atuação deste Tribunal no
âmbito de suas competências constitucionais e legais, afasta a
possibilidade de expedição de determinação ampla e generalizada, por
esta Corte, para incorporação ao patrimônio público de presentes
eventualmente recebidos pelos Presidentes da República, especialmente
diante de ausência de caracterização precisa do conceito de ‘bem de
natureza personalíssima’, assim como de um valor objetivo que possa
enquadrar o produto como de ‘elevado valor de mercado’”, concluiu a
Corte. “A todo e qualquer presidente” O argumento dos advogados de
Bolsonaro é de que, embora o acórdão do TCU tenha como referencial o
caso envolvendo Lula, a decisão “aplica-se a todo e qualquer presidente
da República e a fatos ocorridos antes ou depois da prolação do
Acórdão”. “Dada a similitude fática e contextura jurídica, de modo que
imperiosamente reconhecer-se-á a licitude administrativa dos atos
praticados e, por conseguinte, ter-se-á absolutamente esvaziada a justa
causa para o prosseguimento da presente investigação”, completou a
defesa. Indiciamento No começo de julho, a Polícia Federal (PF) indiciou
o ex-presidente no âmbito da investigação relacionada à venda de joias
sauditas presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente,
negociadas nos Estados Unidos. Bolsonaro foi indiciado por associação
criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. Além do
ex-presidente, a PF indiciou outras 11 pessoas. O ministro Alexandre de
Moraes, do STF, que conduz o processo, enviou o relatório da polícia à
Procuradoria-Geral da República (PGR) para manifestação.
Este é o significado literal da palavra “woke”, passado do verbo wake, que significa “acordar, despertar”.
Recentemente, no entanto, o termo ganhou significados bem mais
amplos. Na gíria norte-americana, ser ou estar “woke” pode indicar com
quais posturas políticas você mais se identifica.
O uso do termo “woke” surgiu na comunidade afro-americana.
Originalmente, ele queria dizer “estar alerta para a injustiça racial”.
“Muitas pessoas acreditam que quem o cunhou foi (o romancista)
William Melvin Kelley (1937-2017)”, afirma Elijah Watson, editor de
notícias e cultura do website de música norte-americana Okayplayer e
autor de uma série de artigos sobre a origem do termo “woke”.
Em 1962, Kelley publicou um artigo no jornal The New York Times com o título If You’re Woke, You Dig it (“Se você estiver acordado, entenderá”, em tradução livre), segundo Watson.
O termo ressurgiu na última década com o movimento Black Lives Matter, criado
para denunciar a brutalidade policial contra as pessoas
afrodescendentes. Mas, desta vez, seu uso se espalhou para além da
comunidade negra e passou a ser empregado com significado mais amplo.
Até que, em 2017, o dicionário inglês Oxford acrescentou este novo
significado de woke, definido como: “estar consciente sobre temas
sociais e políticos, especialmente o racismo“.
Parece algo positivo, certo? Mas isso depende da pessoa a quem se faz essa pergunta.
Assim como algumas pessoas se autodefinem com muito orgulho como
alguém woke, ou atento contra a discriminação e a injustiça, outros
utilizam o termo como insulto.
O próprio dicionário Oxford faz esta distinção. Após a definição, ele
acrescenta: “esta palavra é frequentemente empregada com desaprovação
por pessoas que pensam que outros se incomodam muito facilmente com
estes assuntos, ou falam demais sobre eles, sem promover nenhuma
mudança”.
Segundo o dicionário americano Merriam-Webster, o termo é usado com
desaprovação para referir-se a alguém politicamente liberal (em temas
como justiça racial e social), especialmente de forma considerada
insensata ou extremista.
Ou seja, para algumas pessoas, ser “woke” é ter consciência social e
racial, questionando paradigmas e normas opressores historicamente
impostos pela sociedade. Já para outros, o termo descreve hipócritas que
acreditam que são moralmente superiores e querem impor suas ideias
progressistas sobre os demais.
Os críticos da cultura “woke” questionam principalmente os métodos
coercitivos adotados por pessoas que eles acusam ser “policiais da
linguagem” — sobretudo em expressões e ideias consideradas misóginas,
homofóbicas ou racistas.
Um método que vem gerando muito mal estar é o “cancelamento“:
o boicote social e profissional, normalmente realizado por meio das
redes sociais, contra indivíduos que cometeram ou disseram algo que,
para eles, é intolerável.
Para as pessoas “woke”, trata-se de uma forma de protesto não
violento que permite empoderar grupos historicamente marginalizados da sociedade e corrigir comportamentos, especialmente nos setores mais privilegiados que, até agora, eram parte do status quo e persistiam sem punição, nem mudança.
Mas os críticos afirmam que o cancelamento é a correção política levada ao extremo e que ele atenta contra a liberdade de expressão e “os valores tradicionais norte-americanos”.
Batalha política
O que começou como um choque cultural foi se transformando em um enfrentamento político.
O termo “woke” tornou-se sinônimo de políticas liberais ou de
esquerda, que defendem temas como igualdade racial e social, feminismo, o
movimento LGBTQIA+, o uso de pronomes de gênero neutro, o multiculturalismo, a vacinação, o ativismo ecológico e o direito ao aborto.
São políticas associadas, nos Estados Unidos, ao Partido Democrata do
presidente Joe Biden e à ala mais liberal, que inclui políticos
americanos como os congressistas Bernie Sanders e Alexandria
Ocasio-Cortez.
Por outro lado, a ala mais extrema do Partido Republicano, liderada
pelo ex-presidente americano Donald Trump, acredita que essas políticas
representam não só uma ameaça aos “valores da família”, mas também à
própria democracia, que se pretenderia “substituir por uma tirania
woke”.
Em 2020, um dos eixos centrais da campanha para a reeleição de Trump foi combater os chamados woke lefties (“esquerdistas despertos”) que, segundo ele, praticam o “fascismo da extrema esquerda”.
O então presidente afirmou que a “cultura do cancelamento” estava
“expulsando as pessoas dos seus trabalhos, envergonhando os dissidentes e
exigindo a total submissão de qualquer pessoa que não esteja de
acordo”.
“É a própria definição de totalitarismo”, acusou o líder republicano.
Já para os democratas, o autoritário é Trump, algo que, segundo eles,
ficou demonstrado quando ele se recusou a deixar o poder após sua
derrota eleitoral e seus simpatizantes invadiram o Capitólio.
Longe de equilibrar o debate, os dois primeiros anos do governo Biden
aprofundaram a polarização entre os dois setores. Segundo o centro de
pesquisas norte-americano Pew Research Center, “hoje, os democratas e os
republicanos estão ideologicamente mais afastados do que em qualquer
outro momento nos últimos 50 anos”.
E uma pesquisa realizada em setembro pela rede de TV CBS demonstrou
que quase a metade dos membros de ambos os partidos considera o outro
não como um opositor político, mas como um “inimigo”.
Eleições
Antes da eleição presidencial dos EUA de 2024, a discussão sobre o termo já tinha sido debate no campo eleitoral.
As diferenças ideológicas ganharam forças às vésperas das eleições legislativas americanas de 2022, conhecidas como eleições de meio de mandato (midterm, em inglês).
Durante a campanha eleitoral, muitos partidários de Trump voltaram a
alertar sobre os supostos perigos do chamado “wokeísmo” democrata.
“Você pode perder o seu trabalho. Pode ser rejeitado na arena pública
americana nas redes sociais. Pode ser perseguido na rua. Podem atirar
coisas em você. Você pode ser agredido fisicamente (como ocorreu ao
escritor) Salman Rushdie. Pode ser apunhalado na garganta se eles não
concordarem com você”, afirmou recentemente na rede de TV Fox News a
comentarista política conservadora Tammy Bruce.
Muitos democratas criticam esse tipo de afirmação, destacando que se trata de retórica alarmista em busca de votos.
“A cada eleição, (os republicanos) inventam um novo bicho-papão, em
vez de tentar resolver problemas e melhorar a vida das pessoas”,
criticou o democrata Charlie Crist, à rede CBS News.
Ron DeSantis, governador da Flórida, é um dos republicanos que mais
ressaltam os supostos perigos da cultura “woke” dos seus rivais. Nos
seus discursos, ele costuma repetir que “woke é a nova religião da
esquerda”.
Neste contexto, alguns democratas — especialmente os mais moderados —
alertaram que o chamado “wokeísmo” está prejudicando seu partido,
fornecendo armas para que os republicanos os ataquem.
“O woke é um problema e todos (do Partido Democrata) sabem disso”,
afirmou o consultor político democrata James Carville, que liderou a
vitoriosa campanha presidencial de Bill Clinton nos anos 1990, ao site
Vox.
Para Carville, o problema são algumas das propostas mais extremistas que
MANAUS, AM (FOLHAPRESS) – O MPF (Ministério Público Federal)
recomendou que o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil),
suspenda todas as operações para geração e venda de créditos de carbono
em áreas de floresta onde vivem comunidades tradicionais.
A suspensão deve prosseguir enquanto não ficar demonstrada a eficácia
desses créditos para mitigar mudanças climáticas, enquanto não ficar
provado que as operações não violam direitos das comunidades
tradicionais e enquanto não houver consulta prévia e livre dessas
populações sobre os projetos em curso, afirmou a Procuradoria da
República no Amazonas.
O descumprimento da recomendação, expedida na última quinta-feira
(8), pode levar a medidas judiciais e extrajudiciais contra os
responsáveis, conforme o MPF.
O governo do Amazonas terceirizou a cinco empresas a geração de
créditos de carbono em 12,4 milhões de hectares de floresta. Essas
áreas, que estão em reservas e parques cuja preservação é de
responsabilidade do próprio estado, equivalem a metade do estado de São
Paulo.
A escolha dos empreendimentos privados foi feita antes de qualquer
consulta a comunidades tradicionais nesses territórios –iniciativas de
consulta foram atribuídas às empresas, o que deve ocorrer após aprovação
dos projetos, segundo o edital do governo amazonense. O documento não
deixa claro se haverá repartição de benefícios entre as comunidades
impactadas.
Segundo o governo do Amazonas, existem 483 comunidades, com 8.050
famílias, nas áreas concedidas a empresas especializadas em geração de
créditos de carbono e na venda desses créditos no mercado voluntário,
formado principalmente por companhias interessadas em compensar suas
emissões de gases de efeito estufa.
As empresas selecionadas poderão ficar com 15% dos valores, a título de “custos indiretos administrativos”.
Em nota, a Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente) do Amazonas
afirmou que segue a legislação e que as comunidades serão consultadas,
“de modo a garantir as salvaguardas socioambientais e a repartição justa
de benefícios para as populações tradicionais”.
Segundo a Sema, nenhum projeto será elaborado sem o consentimento e
aprovação prévia das comunidades. Os empreendimentos só irão adiante se
as propostas seguirem “estritamente o que foi decidido pelos
comunitários e parâmetros previstos em edital”, disse a secretaria.
A recomendação do MPF foi direcionada ao governador do estado, ao
secretário de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, aos demais secretários da
gestão Wilson Lima e a prefeitos, empresas, ONGs e certificadoras que
atuam no mercado de crédito de carbono relacionado a áreas ocupadas por
populações tradicionais, com ou sem regularização fundiária definitiva.
Os casos citados pelos procuradores da República vão além do edital lançado e da seleção feita pelo governo do Amazonas.
Os créditos de carbono são gerados a partir de atividades que evitam
desmatamento e degradação da floresta. Isso passa pela atuação de
comunidades tradicionais, como ribeirinhos e extrativistas, que vivem do
que a floresta em pé fornece.
Empresas que atuam no ramo vêm pressionando comunidades a aceitarem
acordos para geração de créditos de carbono, com cláusulas consideradas
abusivas.
O instrumento que permite o mecanismo de créditos de carbono é o
REDD+, desenvolvido no âmbito da Convenção da ONU sobre Mudança do
Clima. Um crédito equivale a uma tonelada de CO2 que deixa de ser
emitida para a atmosfera em razão do desmatamento que foi evitado.
Nas justificativas para a recomendação, os procuradores citam a
Operação Greenwashing, deflagrada pela PF (Polícia Federal) em 5 de
junho. A investigação apontou a comercialização de R$ 180 milhões em
créditos de carbono gerados em áreas supostamente griladas no sul do
Amazonas.
Ao todo, o grupo criminoso movimentou R$ 1,6 bilhão, num suposto
esquema que envolveu “lavagem” de madeira, grilagem de áreas da União e
constituição de créditos de carbono, afirmou a PF.
A polícia disse ainda que houve pagamento de propina a servidores de
dois órgãos do governo do Amazonas, repasses a policiais militares de
alta patente do estado, influência na PM (Polícia Militar) de Rondônia e
corrupção de servidor do Incra (Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária).
No caso da terceirização feita pelo governo do Amazonas para a
geração de créditos de carbono, o MPF afirmou que a ausência de consulta
livre e prévia viola o que prevê a convenção número 169 da OIT
(Organização Internacional do Trabalho), por já haver definição das
características dos empreendimentos e até mesmo das empresas que vão
atuar nos projetos.
“A iniciativa do governo do Amazonas abre mais um caminho para o
controle de empresas estrangeiras em terras públicas, ainda que de forma
indireta”, afirmou a Procuradoria.
Quase dez anos após a publicação da Lei dos Caminhoneiros, o Supremo
Tribunal Federal (STF) ainda debate pontos da regra, que podem criar um
passivo trabalhista bilionário para as empresas do setor, calculado em
R$255,6 bilhões.
Dessa forma, de acordo com a reportagem da Folha de São Paulo, o
julgamento da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 5.322
contestando parte da lei 13.103, de 2 de março de 2015, ocorreu em junho
do ano passado, mas dois recursos pedindo esclarecimentos da decisão
voltaram à corte neste mês.
Em 2 de agosto, o plenário virtual do Supremo começou a discutir os
embargos de declaração apresentados por representantes das empresas de
transporte e dos trabalhadores, mas o debate foi interrompido na
quinta-feira (8), após pedido de vista do ministro Dias Toffoli.
Com isso, o pedido de vista é uma solicitação de mais prazo para
analisar o tema. Por regra, o ministro tem prazo de até 90 dias para
devolver o processo e, então, novo julgamento será marcado.
O motivo é que a Lei dos Caminhoneiros aprovada por Câmara e Senado
no governo Dilma Rousseff (PT) trouxe dispositivos considerados
inconstitucionais pelos ministros do STF. Entre eles estão as regras do
descanso semanal remunerado e do intervalo interjornada, entre um dia e
outro de trabalho.
Assim, o Supremo julgou também o tempo de espera pela carga como
sendo de trabalho e não de descanso, e entendeu que não é constitucional
o motorista descansar com o caminhão em movimento, que se dá com
revezamento entre dois motoristas — enquanto um dirige o outro dorme.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Uma decisão do TCU (Tribunal de Contas da
União) levou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a abrir um
crédito extraordinário de R$ 1,35 bilhão para o Poder Judiciário fora
dos limites do arcabouço fiscal e da meta de resultado primário fixada
para este ano.
A corte de contas determinou ao Executivo restituir diferenças
retroativas de limites concedidos a menor no teto de gastos entre 2017 e
2019. O dinheiro foi liberado no início de julho, e a maior parte (R$
1,1 bilhão) foi direcionada a despesas com pessoal.
A decisão contrariou o governo e gerou críticas no Legislativo. Em
nota técnica, consultores da Câmara dos Deputados avaliam que o tribunal
agiu “sem base legal” e que a decisão provoca a fragilização das regras
fiscais.
Integrantes do TCU, por sua vez, avaliam que a determinação para
“restituir limites pretéritos” não representa uma ordem direta de
pagamento, apenas uma autorização, e atribuem a liberação da verba à
interpretação da decisão feita pelo Executivo.
Procurado, o Ministério do Planejamento e Orçamento disse que “a
abertura do crédito extraordinário cumpre as determinações do TCU”. A
corte de contas disse que as manifestações do tribunal constam nos
acórdãos do processo e “não há informações adicionais disponíveis”.
A origem do impasse está no teto de gastos, regra fiscal criada pelo governo Michel Temer (MDB) e que entrou em vigor em 2017.
Em 2019, Ministério Público e Judiciário acionaram o TCU dizendo que
teriam ficado com um espaço fiscal menor do que tinham direito.
O argumento era o de que o Executivo deixou de considerar em suas
respectivas bases de cálculo o pagamento de auxílio-moradia a
procuradores e magistrados em 2016, feito na ocasião por meio de crédito
extraordinário instrumento fora do alcance do teto de gastos, segundo a
emenda constitucional que criou a regra.
Em duas decisões proferidas em 2019 e 2020, o TCU considerou que o
auxílio-moradia era uma despesa de natureza corriqueira e determinou sua
inclusão na base de cálculo. A relatoria era do ministro Bruno Dantas,
hoje presidente da corte de contas.
O resultado prático foi a ampliação dos limites do MP e do Judiciário
para 2020 em R$ 476 milhões, em valores da época. Mas o desfecho não
encerrou o impasse. Os órgãos passaram a cobrar a restituição dos
limites não concedidos entre 2017 e 2019.
O pedido foi atendido ainda em 2020, mas em forma de autorização, e a
equipe econômica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não fez o
pagamento. A resistência se manteve sob o governo Lula.
Em junho deste ano, o plenário do TCU voltou a analisar o caso a
pedido do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto
Barroso. Como Dantas tornou-se presidente da corte de contas, a
relatoria ficou com o ministro Vital do Rêgo.
No julgamento, os ministros ignoraram a posição da própria área
técnica do tribunal, contrária à recomposição retroativa, e deram um
prazo de 30 dias para o Ministério do Planejamento e Orçamento cumprir
as determinações, “de maneira a restituir, nos termos da presente
deliberação, os limites de gastos pretéritos definidos para o Poder
Judiciário”.
O plenário também autorizou o governo a abrir um crédito
extraordinário para efetuar o pagamento e descontar os valores da meta
fiscal de 2024. Um mês depois, Lula editou a MP (medida provisória) para
liberar a verba.
O Executivo ficou contrariado com a determinação do TCU. Mesmo fora
das regras fiscais, o pagamento eleva a dívida pública brasileira.
O tema foi alvo de grande pressão nos bastidores. Ministros do TCU
reticentes com o tema não queriam se indispor com o STF e a PGR
(Procuradoria-Geral da República).
Além disso, segundo duas fontes que acompanharam as discussões, a
diretoria-geral do STF encaminhou ao TCU um ofício pedindo a apuração da
responsabilidade de servidores do Executivo pelo descumprimento das
decisões anteriores. A solicitação foi interpretada pelo governo como
uma forma de pressão.
A reportagem pediu ao TCU acesso às peças do processo, mas o tribunal
informou que a ação ainda está em curso e, por isso, os documentos
precisam ser solicitados com base na Lei de Acesso à Informação (que
assegura um prazo de até 30 dias para a resposta do órgão). A reportagem
também pediu os documentos ao STF, que não respondeu.
Técnicos do governo e da Câmara avaliam que a decisão cria
precedentes perigosos, tanto para órgãos reivindicarem limites
retroativos quanto para a flexibilização dos critérios de abertura de
crédito extraordinário instrumento reservado a despesas urgentes e
imprevisíveis, conforme a Constituição Federal.
Em seu voto, o próprio relator no TCU reconheceu que, a rigor, a
situação “não se enquadra entre aquelas autorizadas a ensejar a abertura
de crédito extraordinário”.
Procurado pela reportagem, o Planejamento evitou responder a esse
ponto específico e disse considerar que a medida “cumpre as
determinações do TCU”.
Em nota técnica elaborada a pedido do deputado Cláudio Cajado
(PP-BA), que foi relator do arcabouço fiscal na Casa, técnicos da
Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara afirmam que
a apropriação de “espaços orçamentários pretéritos” é incompatível com o
princípio da anualidade orçamentária e com a lógica de controle das
despesas.
Os consultores argumentam ainda que a decisão subverte a lógica das
regras fiscais vigentes no Brasil desde 2017. Tanto o teto de gastos
quanto o arcabouço fiscal estabeleceram um limite máximo para as
despesas, mas isso não significa um piso. No ano passado, por exemplo, o
Judiciário executou 93,7% do limite autorizado.
Além da transformação de teto em piso, a nota elenca outros três
efeitos deletérios da posição do TCU: a criação de precedentes para
enquadrar como excepcionais despesas que não são urgentes nem
imprevisíveis, o risco de um efeito dominó com reivindicações de outros
órgãos por ampliação de limites e a fragilização de regras fiscais
diante da exceção não prevista em lei.
A consultoria da Câmara também alerta para a finalidade dos recursos.
Mais de 80% da verba vai custear despesas com pessoal. Uma parte
ajudará a financiar o reajuste de 6% que entrou em vigor em fevereiro
deste ano.
O Planejamento informou que “as programações atendidas pelo crédito
em questão foram indicadas livremente pelos respectivos órgãos
envolvidos, considerando suas necessidades orçamentárias”.
No Congresso, já há emendas à MP propondo antecipar para outubro
deste ano a concessão de outra parcela de 6,13% de reajuste aprovada
para fevereiro de 2025. Outra emenda sugere direcionar recursos para o
programa de saúde suplementar.
Inovação como motor de transformação: um guia para líderes que desejam construir empresas mais competitivas e resilientes.
Foto: Pexels
A inovação não é uma solução mágica para todos os problemas, embora seja a chave para o crescimento das empresas. É muito importante que isso esteja claro.
Inovar é algo que vai além de ter ideias brilhantes e ou de realizar grandes investimentos. A verdadeira transformação requer uma cultura organizacional que sustente e promova a inovação de maneira contínua.
Tudo começa com enfrentar as resistências internas que surgem naturalmente. As pessoas tendem a resistir às mudanças, preferindo manter processos e ideias familiares.
Para criar um ambiente propício à inovação, é necessário incentivar um modelo que questione o status quo e sugira novasabordagens.
A questão é que desafiar a lógica atual leva as pessoas e as organizações para outra armadilha: o medo de errar, uma barreira comum, mas que pode ser um dos maiores obstáculos ao crescimento.
Nesse contexto, líderes devem ajudar suas equipes com uma visão valiosa para a inovação: encarar as falhas como oportunidades de aprendizado.
E aqui uma questão importante: temos que aprender também com os erros
de outras empresas, não apenas os nossos. É mais rápido e mais barato.
A busca constante por conhecimento é outro ponto fundamental. A inovação tem como base o vasto repertório que construímos por meio de experiências práticas, aprendizados teóricos e interações com diversos atores do ecossistema empresarial.
Minha trajetória foi construída, principalmente, no agronegócio, um setor que, diferentemente das empresas de tecnologia, não nasceu digital, mas que está se digitalizando tão rapidamente quanto qualquer outro segmento.
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Por fim, é indispensável que os esforços de inovação estejam alinhados com a estratégia geral da empresa. Iniciativas inovadoras que não se conectam aos objetivos de negócios correm o risco de perder a relevância.
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O consumidor brasileiro pode pagar o equivalente a uma conta de luz a
mais por ano para bancar novos subsídios ao setor elétrico, resultado
dos “jabutis” inseridos por deputados federais no projeto que cria o
marco regulatório para usinas eólicas em alto-mar (offshore), que irá a
votação no Senado nas próximas semanas. O cálculo, feito pela Abrace
Energia, mostra que a tarifa média paga por cada consumidor hoje é de R$
168,15, e os jabutis representarão, em média, um extra de R$ 221,96 por
ano em cada conta de luz.
Jabuti é o termo que define os “contrabandos” anexados por
parlamentares a projetos em discussão – grande parte das vezes sem a
menor relação com o texto original – para passar matérias de seu
interesse. Foi popularizado por Ulysses Guimarães quando presidia a
Câmara e costumava repetir, ao identificar esse tipo de emenda, que
“jabuti não sobe em árvore, se está lá foi água de enchente ou mão de
gente”.
O principal objetivo do projeto é garantir a ampliação da oferta de
energia limpa com as eólicas offshore, mas, como não bastasse a carona
indesejada, os jabutis vão inclusive na direção oposta, incentivando o
uso de usinas a carvão e gás, além do financiamento da construção de
gasodutos para levar o combustível a termoelétricas que ainda nem
existem. Tudo isso à custa dos usuários de energia elétrica de todo o
País que arcarão com a despesa em suas tarifas mensais.
Como mostrou reportagem do Estadão, o projeto, que
iniciou seu trâmite no Senado, ao chegar à Câmara foi usado para
acomodar várias outras propostas, aprovadas em plenário praticamente sem
debate. Em dezembro do ano passado, estudo apresentado durante encontro
de entidades setoriais detalhou cálculos que estimam em R$ 25 bilhões
por ano, até 2050, os impactos dessas emendas, o que equivale ao total
de R$ 658 bilhões.
Encargos e impostos que bancam subsídios concedidos pelo governo já
absorvem quase metade do valor atual das contas de luz. Parte
considerável dessa distorção é resultado direto da marra populista da
então presidente Dilma Rousseff, que em 2012 decidiu baixar a tarifa por
medida provisória, estratégia que, por óbvio, fracassou, deixando um
enorme passivo na Conta de Desenvolvimento Econômico (CDE). Para piorar,
o Tesouro, que bancava os subsídios aportando recursos na CDE, deixou
de fazê-lo, e toda a conta ficou com os consumidores.
O crédito tomado pelas distribuidoras para suportar o baque nas
receitas durante a pandemia de covid está embutido na conta de luz; os
prejuízos da seca histórica de 2021 e 2022 que afetou os reservatórios
também. E, de forma espantosa, Lula da Silva resolveu repetir a
inconsequência de Dilma com outra medida provisória que autorizou o
governo a tomar empréstimo para pagar os créditos assumidos em nome dos
consumidores.
Trata-se de operação, já em curso, de securitização de R$ 20 bilhões
que a União teria a receber em três décadas da Eletrobras como parte do
processo de privatização. Ou seja, uma antecipação, com emissão de
títulos e pagamento de juros. Diz o governo que a previsão é de baixar
entre 2,5% e 10% as contas de luz. Ainda que o cálculo esteja correto,
será mais uma ilusão de curto prazo que, como a experiência já
comprovou, não tardará a causar mais um passivo de grande monta.
Já o projeto das eólicas offshore, se receber a aprovação do Senado
com todos os jabutis que carrega, não apenas representará custo
adicional aos consumidores, como vai pressionar a inflação e ampliar o
entrave à competitividade industrial. Espera-se do Senado o debate
técnico que não houve na Câmara para eliminar essas distorções e
malandragens.
Afinal, a transição energética dita a pauta mundial, e não há como
explicar o prolongamento por mais dez anos, até 2050, das poluentes
usinas a carvão. Além disso, está cada vez mais claro que a conta de luz
serve para pagar muito mais do que o consumo de energia elétrica,
funcionando como uma espécie de imposto para financiar a construção de
gasodutos em direção a usinas térmicas ainda inexistentes