terça-feira, 13 de agosto de 2024

PARA INOVAR É PRECISO ENCARAR AS FALHAS COMO OPORTUNIDADES DE APRENDIZADO

 

Mauricio Schneider – CEO da StartSe Agro

Inovação como motor de transformação: um guia para líderes que desejam construir empresas mais competitivas e resilientes.

Foto: Pexels

A inovação não é uma solução mágica para todos os problemas, embora seja a chave para o crescimento das empresas. É muito importante que isso esteja claro.

Inovar é algo que vai além de ter ideias brilhantes e ou de realizar grandes investimentos. A verdadeira transformação requer uma cultura organizacional que sustente e promova a inovação de maneira contínua.

Tudo começa com enfrentar as resistências internas que surgem naturalmente. As pessoas tendem a resistir às mudanças, preferindo manter processos e ideias familiares. 

  • Para criar um ambiente propício à inovação, é necessário incentivar um modelo que questione o status quo e sugira novas abordagens.

A questão é que desafiar a lógica atual leva as pessoas e as organizações para outra armadilha: o medo de errar, uma barreira comum, mas que pode ser um dos maiores obstáculos ao crescimento. 

Nesse contexto, líderes devem ajudar suas equipes com uma visão valiosa para a inovação: encarar as falhas como oportunidades de aprendizado. E aqui uma questão importante: temos que aprender também com os erros de outras empresas, não apenas os nossos. É mais rápido e mais barato.

A busca constante por conhecimento é outro ponto fundamental. A inovação tem como base o vasto repertório que construímos por meio de experiências práticas, aprendizados teóricos e interações com diversos atores do ecossistema empresarial.

Minha trajetória foi construída, principalmente, no agronegócio, um setor que, diferentemente das empresas de tecnologia, não nasceu digital, mas que está se digitalizando tão rapidamente quanto qualquer outro segmento. 

  • A cultura desses negócios exige uma capacidade incrível de ambidestria, para manter as operações atuais competitivas e, ao mesmo tempo, inovar com foco no futuro.

Fato é que tecnologias, inteligência artificial (IA) e automação estão transformando todas as atividades econômicas, da produção agrícola à indústria de ponta. E, portanto, são recursos que podem (e devem) ser explorados por todas as empresas, independentemente do segmento de atuação ou do tamanho do negócio. Sem uma cultura ambidestra voltada à inovação fica difícil explorar essas novas fronteiras!

  • Além disso, a diversidade é um motor essencial para quem quer inovar continuamente. 

Diferentes perspectivas e experiências de vida trazem novas formas de abordar problemas e encontrar soluções fora do comum. Equipes multifuncionais e a colaboração entre elas são fundamentais para gerar insights e soluções inovadoras.

Há também a percepção equivocada de que a inovação requer altos investimentos financeiros. Na realidade, o mais importante é a capacidade de captar e gerenciar recursos de maneira eficiente para transformar ideias em projetos concretos. Esses recursos vão além do financiamento, incluindo tempo, equipe e outros suportes necessários.

Por fim, é indispensável que os esforços de inovação estejam alinhados com a estratégia geral da empresa. Iniciativas inovadoras que não se conectam aos objetivos de negócios correm o risco de perder a relevância.

Construir uma cultura de inovação exige uma mudança de mentalidade, o que, sem dúvida, é desafiador, mas esse é o caminho para o crescimento sustentável. Por isso, antes de adotar qualquer iniciativa de inovação, volte-se para a cultura da empresa e avalie esses pontos. 

Esse cuidado pode tornar seus investimentos mais efetivos e potencializar os resultados a serem alcançados.

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segunda-feira, 12 de agosto de 2024

NOVOS SUBSÍDIOS DO SETOR ELÉTRICO VÃO FAZER O CONTRIBUINTE PAGAR O EQUIVALENTE A UMA CONTA DE LUZ A MAIS POR ANO

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

O consumidor brasileiro pode pagar o equivalente a uma conta de luz a mais por ano para bancar novos subsídios ao setor elétrico, resultado dos “jabutis” inseridos por deputados federais no projeto que cria o marco regulatório para usinas eólicas em alto-mar (offshore), que irá a votação no Senado nas próximas semanas. O cálculo, feito pela Abrace Energia, mostra que a tarifa média paga por cada consumidor hoje é de R$ 168,15, e os jabutis representarão, em média, um extra de R$ 221,96 por ano em cada conta de luz.

Jabuti é o termo que define os “contrabandos” anexados por parlamentares a projetos em discussão – grande parte das vezes sem a menor relação com o texto original – para passar matérias de seu interesse. Foi popularizado por Ulysses Guimarães quando presidia a Câmara e costumava repetir, ao identificar esse tipo de emenda, que “jabuti não sobe em árvore, se está lá foi água de enchente ou mão de gente”.

O principal objetivo do projeto é garantir a ampliação da oferta de energia limpa com as eólicas offshore, mas, como não bastasse a carona indesejada, os jabutis vão inclusive na direção oposta, incentivando o uso de usinas a carvão e gás, além do financiamento da construção de gasodutos para levar o combustível a termoelétricas que ainda nem existem. Tudo isso à custa dos usuários de energia elétrica de todo o País que arcarão com a despesa em suas tarifas mensais.

Como mostrou reportagem do Estadão, o projeto, que iniciou seu trâmite no Senado, ao chegar à Câmara foi usado para acomodar várias outras propostas, aprovadas em plenário praticamente sem debate. Em dezembro do ano passado, estudo apresentado durante encontro de entidades setoriais detalhou cálculos que estimam em R$ 25 bilhões por ano, até 2050, os impactos dessas emendas, o que equivale ao total de R$ 658 bilhões.

Encargos e impostos que bancam subsídios concedidos pelo governo já absorvem quase metade do valor atual das contas de luz. Parte considerável dessa distorção é resultado direto da marra populista da então presidente Dilma Rousseff, que em 2012 decidiu baixar a tarifa por medida provisória, estratégia que, por óbvio, fracassou, deixando um enorme passivo na Conta de Desenvolvimento Econômico (CDE). Para piorar, o Tesouro, que bancava os subsídios aportando recursos na CDE, deixou de fazê-lo, e toda a conta ficou com os consumidores.

O crédito tomado pelas distribuidoras para suportar o baque nas receitas durante a pandemia de covid está embutido na conta de luz; os prejuízos da seca histórica de 2021 e 2022 que afetou os reservatórios também. E, de forma espantosa, Lula da Silva resolveu repetir a inconsequência de Dilma com outra medida provisória que autorizou o governo a tomar empréstimo para pagar os créditos assumidos em nome dos consumidores.

Trata-se de operação, já em curso, de securitização de R$ 20 bilhões que a União teria a receber em três décadas da Eletrobras como parte do processo de privatização. Ou seja, uma antecipação, com emissão de títulos e pagamento de juros. Diz o governo que a previsão é de baixar entre 2,5% e 10% as contas de luz. Ainda que o cálculo esteja correto, será mais uma ilusão de curto prazo que, como a experiência já comprovou, não tardará a causar mais um passivo de grande monta.

Já o projeto das eólicas offshore, se receber a aprovação do Senado com todos os jabutis que carrega, não apenas representará custo adicional aos consumidores, como vai pressionar a inflação e ampliar o entrave à competitividade industrial. Espera-se do Senado o debate técnico que não houve na Câmara para eliminar essas distorções e malandragens.

Afinal, a transição energética dita a pauta mundial, e não há como explicar o prolongamento por mais dez anos, até 2050, das poluentes usinas a carvão. Além disso, está cada vez mais claro que a conta de luz serve para pagar muito mais do que o consumo de energia elétrica, funcionando como uma espécie de imposto para financiar a construção de gasodutos em direção a usinas térmicas ainda inexistentes

STF DEFINE A PAUTA DE JULGAMENTOS DE MANEIRA DISCRICIONÁRIA E INDIVIDUALISTA

História de Hugo Henud – Jornal Estadão

Supremo Tribunal Federal (STF) define a pauta de julgamentos de maneira discricionária, informal e individualista, permitindo que os ministros decidam, na maioria das vezes, quais casos serão julgados e quando. A conclusão é do grupo de pesquisa Constituição, Política e Instituições (COPI) da USP, que revelou que a falta de regras objetivas, juntamente com fatores externos, influencia o trâmite processual na Corte. Como resultado, alguns processos são levados à sessão de julgamento em poucos dias, enquanto outros aguardam décadas.

Para juristas e cientistas políticos ouvidos pelo Estadão, embora o próprio Supremo tenha promovido reformas nos últimos anos, a falta de critérios rígidos e transparentes na análise dos processos que chegam à instituição ainda persiste, tornando a seleção das demandas a serem julgadas imprevisível e seletiva; o que, por sua vez, afeta a legitimidade e a reputação da Corte, bem como a percepção de acesso à justiça pela população.

O monumento A Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Wilton Junior/Estadão

O monumento A Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Wilton Junior/Estadão© Fornecido por Estadão

O estudo analisou o tempo total de 1.529 processos desde sua entrada oficial no sistema do Supremo até a sessão de julgamento no plenário físico, considerando todos os casos que foram pautados entre 2013 e 2019, incluindo aqueles iniciados antes desse período. Dentre eles, a ação mais rápida tramitou em apenas 2 dias, enquanto a mais demorada levou 41 anos. Também foram realizadas entrevistas com atores-chave, incluindo 5 ministros do STF, 17 assessores de diferentes gabinetes e advogados com trânsito na Corte.

“O processo de decisão do STF possui várias particularidades que não se explicam apenas pelos tipos de processos, em que alguns são naturalmente mais rápidos do que outros. É a ausência de regras e prazos objetivos no próprio Supremo, somada a um conjunto de fatores informais, como as preferências individuais dos ministros, a preocupação com a reputação, advogados de renome, partes envolvidas e cobertura na mídia, que desempenham um papel muito relevante para que um processo seja selecionado para julgamento em detrimento de outro. Então, sim, atualmente o Supremo julga, na maioria dos casos, o que e quando quiser”, diz Luiz Fernando Esteves, pesquisador da USP e professor do Insper, responsável pela pesquisa.

Passo a passo da pauta

Conforme explica o pesquisador, quando um processo chega ao STF, ele é distribuído a um relator, que decide quando o caso está pronto para ser julgado. Após a liberação, cabe ao presidente do STF determinar o momento em que a demanda será incluída na pauta de julgamentos do plenário presencial, entre aquelas liberadas pelos relatores. Ambos podem tomar essas decisões sem um prazo estabelecido em lei. Durante o julgamento, qualquer ministro pode ainda interromper o processo com um pedido de vista, o que lhe concede mais tempo para analisar a matéria, adiando assim a resolução. Na prática, portanto, o encaminhamento de um processo para a sessão de julgamento não garante que ele será julgado. Se for adiado, a ação dependerá novamente do presidente para ser pautada no plenário.

O grande volume de processos que chega ao STF, decorrente do desenho constitucional brasileiro, não é, por si só, um fator que explica ou justifica o elevado grau de liberdade e a ausência de critérios mais objetivos e transparentes na gestão da pauta de julgamentos, conforme explica Ana Laura Pereira Barbosa, pesquisadora do Supremo em Pauta, da FGV-SP. A jurista cita o exemplo da Suprema Corte Americana, que, apesar de também receber uma grande quantidade de processos, seleciona anualmente quais casos serão decididos naquele ano judicial.

“São modelos muito diferentes, mas é só um exemplo de que existem formas de enfrentar o problema. Todos os tribunais vão lidar com uma sobrecarga de processos”, diz.

Na avaliação do jurista e pesquisador Diego Werneck Arguelhes, embora os processos cheguem ao Supremo de forma igual, eles percorrem caminhos e tempos diferentes dentro da instituição. O jurista explica que a distribuição desigual de poder dentro da Corte, especialmente nas figuras do relator e do presidente, contribui para uma condução individualista, seletiva e imprevisível, desmantelando dois mitos: o de que o Tribunal não escolhe o que vai julgar e o de que, uma vez provocado, o Supremo é obrigado a se manifestar.

Como exemplo, Werneck cita o caso da ação que pede a descriminalização do aborto nas primeiras 12 semanas de gestação. O processo foi distribuído para Rosa Weber em 2017, mas apenas no ano passado, em seu último ano na Corte, quando também assumiu a presidência do Tribunal, a ministra liberou o caso e votou pela descriminalização. O jurista pontua que o hiato temporal pode ser explicado por um cálculo político, considerando que a formação de um Congresso conservador após a eleição do então presidente Jair Bolsonaro (PL) poderia causar retaliações ao Tribunal. Não por acaso, tanto o presidente quanto o relator fizeram parte da corrente vencedora na grande maioria dos casos analisados.

Para o professor de Direito Constitucional da USP, Conrado Hübner, o processo decisório da Corte é agravado não apenas pela figura do relator e do presidente, mas também pelo uso dos poderes individuais dos ministros, o que, em alguns casos, gera insegurança jurídica. “A pauta do Supremo é conduzida por absoluta discricionariedade, se não arbitrariedade. A máxima é que quando um não quer, onze não julgam. Isso gera a imprevisibilidade sobre se ou quando vai se decidir um caso. Na prática, o Supremo decide o que e quando quiser”, diz.

O jurista cita, como exemplo, a atuação do ministro Luiz Fux no processo que discutia o pagamento do auxílio-moradia para magistrados. Em 2014, Fux, que era o relator do caso, deferiu monocraticamente uma liminar, concedendo o benefício a integrantes do Judiciário, Ministério Público, defensorias públicas e tribunais de contas. No entanto, o ministro não submeteu a questão ao plenário e revogou a liminar apenas em 2018, quatro anos depois. “Um único ministro conseguiu deliberar sozinho sobre a pauta do Supremo e custou milhões para o Estado brasileiro”, diz.

De acordo com Werneck, o ritmo dos processos no Tribunal é amplamente influenciado pela ausência de prazos claros e objetivos, especialmente no caso dos relatores e presidentes, e pela falta de cumprimento das regras definidas pelo próprio Regimento Interno do STF, como os prazos para pedidos de vista, que há até pouco tempo não eram respeitados. O jurista destaca a necessidade de que o próprio Supremo crie regras de autorregulação em seu regimento, com mecanismos e procedimentos capazes de evitar que os ministros deixem de respeitar prazos pré-estabelecidos.

“Essa é uma particularidade do Supremo brasileiro: não há prazo para julgar. E não há quem faça valer que os ministros cumpram os prazos vigentes. Assim, o Supremo pode deixar de enfrentar um tema se o assim desejar. Eles [os prazos] não são vistos no Supremo como algo que poderia gerar qualquer tipo de consequência para o ministro por ter descumprido, como uma infração, a exemplo do que ocorre em instâncias inferiores. Talvez aqui, como em outros temas, o Tribunal se autorregular para ter menos liberdade pudesse ser positivo. Como, por exemplo, prazos que possam definir quando o relator irá liberar o caso”, diz.

Na mesma linha, Hübner ressalta que a atuação dos integrantes da Corte, seja por meio do relator, do presidente ou dos ministros individualmente, destoa da concepção de um tribunal colegiado, que, em tese, deveria funcionar de maneira coletiva e técnico-jurídica. “Os seus integrantes agem de forma absolutamente individual, descoordenada, sem critérios e totalmente discricionária”, aponta.

Fatores externos influenciam andamento processual

As entrevistas realizadas em reserva pela pesquisa, com ministros, assessores de diferentes gabinetes e advogados, revelaram uma série de fatores externos que impactam o andamento e a prioridade dos processos. Entre eles estão a cobertura da mídia; a preocupação dos ministros com sua reputação pública e interna; o diálogo entre magistrados da Corte, muitas vezes por meio de canais e agendas informais de comunicação; e a presença de advogados de renome que têm acesso aos ministros, frequentemente por meio de despachos.

O instituto do despacho, por exemplo, apesar de ser previsto em lei como um direito dos advogados, não possui regulamentação sobre como deve operar, conforme explica Juliana Cesario Alvim, doutora e mestre em Direito Público pela UERJ e pela Yale Law School. Na prática, segundo a jurista, os despachos ocorrem de maneira informal e privada, a critério de cada ministro, geralmente sem a participação da outra parte do processo — algo que não acontece em tribunais de outros países. Em sua avaliação, a falta de transparência faz com que essas audiências privadas possam distorcer a equidade no processo.

Já Hübner destaca os jantares promovidos por escritórios de advocacia e instituições privadas, onde advogados e ministros se reúnem. Em sua avaliação, esses eventos acabam se tornando uma forma informal de construção de pautas.

“Esses advogados constroem artificialmente muitas oportunidades de encontro para a construção de relações quase pessoais com os ministros. Esses jantares e fóruns não acontecem apenas em Portugal [em referência ao Fórum de Lisboa promovido pelo ministro Gilmar Mendes]. Portugal é só a ponta do iceberg; eles ocorrem em Brasília e em outras partes do Brasil o tempo todo. Obviamente, quando um advogado conhece pessoalmente o ministro, frequenta ou é frequentado por ele e tem um caso de seu cliente, é claro que, na pilha de casos que o ministro tem para distribuir no seu gabinete, esse caso vai para o número um da fila. É óbvio que esse caso fura a fila quando se tem um advogado influente”.

Falta de procedimentos e reformas

De acordo com o professor da USP Virgílio Afonso da Silva, que coordena o COPI na mesma instituição, a influência externa na construção de pauta poderia ser mitigada com regras mais rígidas, objetivas e transparentes.

“Quando as coisas são discricionárias, a falta de critério é o terreno mais fértil para que relações de poder e processos informais de influência cresçam. É impossível viver em um mundo em que as pessoas não tenham contato, mas as regras de uma instituição devem ter como objetivo minimizar ao máximo esse tipo de poder informal”, diz.

Não é à toa que, nos últimos anos, o STF tem promovido mudanças no regimento interno com o objetivo de aprimorar a organização das pautas. Entre as principais mudanças está a alteração no prazo para pedidos de vista, que passou de 30 para 90 dias úteis. Nesse período, o ministro deve devolver o processo para a continuação do julgamento. Caso não ocorra a devolução dentro desse prazo, o processo é automaticamente reincluído na pauta. Além disso, foi estabelecido que as liminares, um tipo de decisão provisória, decididas monocraticamente devem ser submetidas ao plenário para referendo.

Também foram ampliadas as competências do Plenário Virtual (PV), o que limitou o poder do presidente. Diferentemente do plenário físico, nessa modalidade em que os ministros remetem seus votos de forma online por meio de uma plataforma, o relator pode escolher quais processos serão julgados e em qual momento, independentemente da vontade e do crivo do presidente. No entanto, tanto o presidente quanto os demais ministros têm a prerrogativa de pedir destaque, um mecanismo que transfere o processo para o plenário físico. Uma vez lá, como já visto, o caso precisará novamente do poder do presidente para ser chamado para julgamento.

Recentemente, o atual presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, pediu destaque para o caso referente à descriminalização do aborto, o mesmo que Rosa Weber havia pautado e votado. Agora, o processo retornou para a sessão de julgamento do plenário e dependerá de Barroso decidir se pautará o caso ou não.

Na avaliação dos juristas ouvidos pelo Estadão, embora as mudanças representem uma autocrítica por parte da Corte, elas não trouxeram resultados significativos, já que todo a dinâmica continua caracterizado pelo individualismo e discricionariedade, seja dos ministros, que permanecem podendo “bloquear” uma pauta por meio do pedido de vista ou destaque, seja pela atuação individual do relator ou do presidente.

Legitimidade

Para o jurista Rubens Glezer, um dos coordenadores do Supremo em Pauta e professor da FGV-SP, a liberdade presente na pauta não é um problema por si só. Em sua avaliação, é o uso indevido dos poderes pelos ministros que cria a percepção de que o Tribunal escolhe quais processos serão julgados e quando, afetando tanto a legitimidade quanto a reputação da Corte.

“Se a construção da pauta passa a ser constantemente percebida como um lugar de má-fé, de catimba constitucional, de distorção do interesse público, isso afeta a autoridade do Supremo e sua reputação. A ideia de que os ministros não têm que ser levados a sério e que suas ordens não têm que ser respeitadas deslegitima a instituição. Isso viabiliza um futuro próximo em que as decisões do Tribunal possam ser descumpridas com mais facilidade”, diz.

Virgílio completa, alertando que, além de impactar a imagem do Tribunal, esses problemas institucionais se tornam ainda mais graves em um cenário de polarização política, onde a ausência de regras mais transparentes e objetivas passa a servir como munição contra a própria instituição.

“As pessoas, obviamente, se perguntam por que essa decisão é hoje, e não aquela que entrou 10 anos antes. Como não tem critério, não se consegue responder. Ninguém sabe quem vai decidir o quê e quando. Então, a sensação, e não é só uma sensação, é de que o STF decide os casos que ele quer na hora que ele quiser. E isso é um problema”.

 

PRIORIDADES DO SENADO: REONERAÇÃO DA FOLHA E DÍVIDA DOS ESTADOS

 

História de Guilherme Caetano – Jornal Estadão

BRASÍLIA – O Senado Federal retoma os trabalhos nesta semana tendo como prioridade votar projetos como a reoneração da folha e a dívida dos Estados, e decidir se coloca um freio no trâmite da regulamentação da reforma tributária, que passou na Câmara em regime de urgência.

Na reunião de líderes na semana passada, os senadores aprovaram um calendário para as próximas semanas, com duas semanas de sessões presenciais (12 a 16 de agosto e 2 a 6 de setembro) e duas semanas de sessões semipresenciais (19 a 23 de agosto e 26 a 30 de agosto). A partir de então, os parlamentares devem se concentrar nas eleições municipais, que serão realizadas em outubro.

Plenário do Senado Federal, que retoma seus trabalhos na segunda semana de agosto Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Plenário do Senado Federal, que retoma seus trabalhos na segunda semana de agosto Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Reoneração da folha de pagamento

A reoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia deve atrair os holofotes no começo da semana que vem. O governo quer acabar com a isenção de impostos que foi criada no governo Dilma Rousseff (PT) e que tem sido prorrogada desde então, mas parlamentares articulam uma alternativa intermediária. Um projeto do senador Efraim Filho (União-PB) propõe uma reoneração gradual, começando com 5% em 2025, 10% em 2026 até 20% em 2027. Os bolsonaristas são contra tirar a isenção tributária concedida às empresas.

O tempo joga a favor do governo. Isso porque o Supremo Tribunal Federal (STF) deu o prazo de 11 de setembro para que seja encontrada uma solução consensual. Caso não haja acordo, os efeitos da liminar que suspendeu a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos até 2027 voltarão a valer.

Líder da oposição, Marcos Rogério (PL-RO) diz que o governo Lula quer “empurrar para o Congresso” o ônus de aumentar os impostos depois de ver o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ganhar o apelido de “Taxad” pelos desafetos, em referência a uma suposta alta da tributação no País. “A oposição tem uma posição muito clara de não aceitar qualquer tipo de aumento de carga tributária. O tema da desoneração da folha não pode ser argumento do governo para emparedar o Congresso Nacional. Não vamos aceitar isso”, diz Rogério.

O senador Marcos Rogério (PL-RO), líder da oposição, diz que o governo Lula quer 'empurrar para o Congresso' o ônus de aumentar os impostos Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador Marcos Rogério (PL-RO), líder da oposição, diz que o governo Lula quer ‘empurrar para o Congresso’ o ônus de aumentar os impostos Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Reforma tributária

A proposição que mais tem potencial para causar desgaste entre Senado e Câmara, no entanto, é a decisão de retirar ou não a urgência para a apreciação da regulamentação da reforma tributária. Rogério diz haver um “apelo geral” para a retirada da urgência, o que desagrada o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que gostaria de ver uma tramitação célere como a ocorrida em sua Casa.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico no mês passado, Lira afirmou que “não seria justo” o governo retirar uma urgência no Senado depois de tê-la colocado na Câmara, e cobra que a Casa comandada por Rodrigo Pacheco (PSD-MG) acelere os trabalhos. “Na Câmara, levou em torno de 50 dias o debate todo. O Senado não consegue fazer em 45 dias? Consegue”, afirmou o deputado na ocasião.

Os senadores, entretanto, avaliam que o tema é complexo e precisa ser analisado com mais tempo. “O plano de trabalho nosso prevê a entrega do relatório em 22 de outubro, porque depois das eleições você precisa dar um tempo para os parlamentares conhecerem e debater um pouco. Mas a proposta é votar provavelmente no início de novembro”, afirma Izalci Lucas (PL-DF), que coordena o grupo de trabalho de análise do tema.

Dívidas dos Estados

O projeto de lei complementar que trata das dívidas dos Estados, de autoria do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, também está na pauta da semana. Cotado para disputar o governo de Minas Gerais em 2026, Pacheco apresentou um projeto sob medida para o seu Estado, retomando a premissa que defende desde 2023 sem atender aos demais entes. Privilegiando uma exceção (a negociação com ativos), a primeira reação ao texto foi de insatisfação, segundo apurou o Estadão/Broadcast.

Senadores tentam afinar um consenso em torno do projeto de lei complementar que trata das dívidas dos Estados, de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco Foto: Rovena Rosa/Agencia Brasil

Senadores tentam afinar um consenso em torno do projeto de lei complementar que trata das dívidas dos Estados, de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco Foto: Rovena Rosa/Agencia Brasil© Fornecido por Estadão

Os senadores tentam afinar um consenso em torno do texto, no entanto. Nesta semana, governadores do Nordeste propuseram a Pacheco alterações no projeto, entre elas o aumento do fundo de equalização a ser criado e mudanças nos critérios de distribuição desse dinheiro. A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), diz que Pacheco “foi sensível” às sugestões e vai discuti-las com os senadores até a semana que vem.

Apoio ao RS e Estatuto da Segurança Privada

Além disso, a retomada dos trabalhos no Senado deve ter a votação de uma medida provisória de apoio ao Rio Grande do Sul e o Estatuto da Segurança Privada, que trata de temas como a atuação das empresas de segurança e regras para formação de profissionais. Num momento em que o governo Lula prepara uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para fortalecer a atuação federal no combate à criminalidade, a aprovação da proposta é uma tentativa dos senadores de dar maior protagonismo ao Congresso no debate da segurança pública.

Uso da inteligência artificial

O projeto que regulamenta o uso da inteligência artificial no Brasil, também de autoria do próprio Pacheco, ainda não tem previsão de avançar. O texto, que está em análise na Comissão Temporária sobre Inteligência Artificial (CTIA), tem sofrido seguidos adiamentos, com forte oposição da indústria e das gigantes do Vale do Silício. Já a PEC que trata da dívida dos municípios deve passar pela reapresentação de um novo texto na próxima terça-feira, a partir do qual os senadores vão decidir se há consenso, mas tampouco se definiu uma votação para a matéria.

PEC da Anistia

A reunião de líderes definiu também que, além da regulamentação da reforma tributária, outras proposições devem ficar para depois das eleições municipais: é o caso da PEC da Anistia, que livra de punição partidos políticos que cometeram infrações eleitorais como o descumprimento de cotas para mulheres e pessoas pretas; e do projeto de lei que trata da exploração de jogos e apostas no País, como cassino, bingo e jogo do bicho.

ESTADOS UNIDOS TERMIMANM EM PRIMEIRO LUGAR NA OLIMPÍADA DE PARIS

 

História de AFP

Jogadoras da seleção feminina de basquete dos Estados Unidos conquistaram a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris

Jogadoras da seleção feminina de basquete dos Estados Unidos conquistaram a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris© Damien MEYER

Graças ao título no basquete feminino, torneio que fechou neste domingo (11) os 15 dias de competições em Paris, os Estados Unidos terminaram os Jogos Olímpicos na liderança do quadro de medalhas, empatado em 40 ouros com a China.

Tabela de medalhas dos Jogos Olímpicos de 2024, por delegação.

Tabela de medalhas dos Jogos Olímpicos de 2024, por delegação.© Arnaud PICHON

O ‘Team USA’, no entanto, conseguiu mais pratas que a delegação chinesa (44 contra 27) e mais medalhas no total: 126 a 91. O Japão foi o terceiro, com 45 medalhas (20-12-13).

Estados Unidos e China mantiveram uma disputa pela liderança até o apagar das luzes em Paris. Os chineses começaram o 16º e último dia de competições na frente, com um ouro a mais que os americanos (39-38).

Além do basquete feminino, os Estados Unidos esperavam conseguir mais dois títulos neste domingo, mas a Itália surpreendeu no vôlei feminino e derrotou a seleção americana, campeã olímpica em Tóquio.

EUA termina em 1º no quadro de medalhas dos Jogos de Paris; Brasil em 20º

EUA termina em 1º no quadro de medalhas dos Jogos de Paris; Brasil em 20º© Damien MEYER, Loic VENANCE, JUNG Yeon-je, Anne-Christine POUJOULAT, Oli SCARFF, Punit PARANJPE, Luis ROBAYO, David GRAY, Jack GUEZ, Bruno VIGGIANO

A China, por sua vez, somou um último ouro, com Li Wenwen no levantamento de peso feminino, mas a vitória da americana Jennifer Valente no ciclismo deixou a decisão para a final do basquete feminino.

Na Arena Bercy, apesar da resistência francesa, a seleção dos Estados Unidos venceu por 67-66 para conquistar seu oitavo ouro consecutivo e garantir a vitória americana no quadro de medalhas.

O Brasil terminou na 20ª posição, com 20 medalhas no total: três de ouro, sete de prata e dez de bronze.

Para definir a classificação no quadro de medalhas, primeiro é levado em conta o número de ouros e, posteriormente, para desempate, as pratas e os bronzes.

— Quadro de medalhas final dos Jogos Olímpicos de Paris-2024:

Países Ouro Prata Bronze  Total

1 – Estados Unidos 40 44 42  126

2 – China 40 27 24  91

3 – Japão 20 12 13  45

4 – Austrália 18 19 16  53

5 – França 16 26 22  64

6 – Holanda 15 7 12  34

7 – Grã-Bretanha 14 22 29  65

8 – Coreia do Sul 13 9 10  32

9 – Itália 12 13 15  40

10 – Alemanha 12 13 8  33

11 – Nova Zelândia 10 7 3  20

12 – Canadá 9 7 11  27

13 – Uzbequistão 8 2 3  13

14 – Hungria 6 7 6  19

15 – Espanha 5 4 9  18

16 – Suécia 4 4 3  11

17 – Quênia 4 2 5  11

18 – Noruega 4 1 3  8

19 – Irlanda 4 0 3  7

20 – Brasil 3 7 10  20

21 – Irã 3 6 3  12

22 – Ucrânia 3 5 4  12

23 – Romênia 3 4 2  9

24 – Geórgia 3 3 1  7

25 – Bélgica 3 1 6  10

26 – Bulgária 3 1 3  7

27 – Sérvia 3 1 1  5

28 – República Tcheca 3 0 2  5

29 – Dinamarca 2 2 5  9

30 – Azerbaijão 2 2 3  7

     Croácia 2 2 3  7

32 – Cuba 2 1 6  9

33 – Bahrein 2 1 1  4

34 – Eslovênia 2 1 0  3

35 – Taiwan 2 0 5  7

36 – Áustria 2 0 3  5

37 – Filipinas 2 0 2  4

     Hong Kong 2 0 2  4

39 – Argélia 2 0 1  3

     Indonésia 2 0 1  3

41 – Israel 1 5 1  7

42 – Polônia 1 4 5  10

43 – Cazaquistão 1 3 3  7

44 – Jamaica 1 3 2  6

     África do Sul 1 3 2  6

     Tailândia 1 3 2  6

47 – Etiópia 1 3 0  4

48 – Suíça 1 2 5  8

49 – Equador 1 2 2  5

50 – Portugal 1 2 1  4

51 – Grécia 1 1 6  8

52 – Argentina 1 1 1  3

     Egito 1 1 1  3

     Tunísia 1 1 1  3

55 – Botsuana 1 1 0  2

     Chile 1 1 0  2

     Santa Lúcia 1 1 0  2

     Uganda 1 1 0  2

59 – República Dominicana 1 0 2  3

60 – Guatemala 1 0 1  2

     Marrocos 1 0 1  2

62 – Dominica 1 0 0  1

     Paquistão 1 0 0  1

64 – Turquia 0 3 5  8

65 – México 0 3 2  5

66 – Armênia 0 3 1  4

     Colômbia 0 3 1  4

68 – Coreia do Norte 0 2 4  6

     Quirguistão 0 2 4  6

70 – Lituânia 0 2 2  4

71 – Índia 0 1 5  6

72 – Moldávia 0 1 3  4

73 – Kosovo 0 1 1  2

74 – Chipre 0 1 0  1

     Fiji 0 1 0  1

     Jordânia 0 1 0  1

     Mongólia 0 1 0  1

     Panamá 0 1 0  1

79 – Tajiquistão 0 0 3  3

80 – Albânia 0 0 2  2

     Granada 0 0 2  2

     Malásia 0 0 2  2

     Porto Rico 0 0 2  2

84 – Cabo Verde 0 0 1  1

     Catar 0 0 1  1

     Costa do Marfim 0 0 1  1

     Equipe Olímpica de Refugiados 0 0 1  1

     Eslováquia 0 0 1  1

     Peru 0 0 1  1

     Singapura 0 0 1  1

     Zâmbia 0 0 1  1

mcd/ma/cb/aam

PROMOTORES E PROCURADORES DE S. PAULO TÊM UM CONCEITO MUITO PECULIAR DE TRABALHO QUANDO HÁ EXCESSO DE TRABALHO DEVE=SE TRBALHAR MENOS

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Os promotores e procuradores de Justiça de São Paulo parecem ter um conceito muito peculiar de trabalho, segundo o qual, quando há excesso de trabalho, deve-se trabalhar menos, não mais, para colocar o serviço em dia. Somente essa subversão da lógica explicaria a reivindicação feita pelos integrantes do Ministério Público (MP) paulista para que se amplie de três para dez dias as folgas que podem gozar por mês em razão de um suposto acúmulo de acervo processual.

Um trabalhador comum, se desafiado a executar uma carga maior de serviço, terá de trabalhar mais para executar essa tarefa, e, como contrapartida, receberá hora extra, conforme previsto na legislação trabalhista, ou contabilizará banco de horas. Mas, como os promotores e procuradores, ao que tudo indica, não são trabalhadores comuns, quando acumulam serviço sobre os quais são os únicos responsáveis, querem trabalhar menos. Ou trabalham pouco ou trabalham mal – talvez, os dois.

Não parece justificável tanta exaustão, a ponto de se buscar mais tempo para o ócio. Não há relato de que promotores e procuradores sejam submetidos a duras condições de trabalho. Ademais, diferentemente do resto dos mortais brasileiros, desfrutam de 60 dias de férias ao ano e, como parte da elite do funcionalismo, são muito bem pagos para dar conta de seus afazeres em troca de prestação de serviço com agilidade e qualidade aos cidadãos. Hoje, em São Paulo, o salário inicial no MP é de R$ 30,6 mil e, quando se alcança o topo, chega a R$ 37,6 mil. Trata-se de uma contrapartida nada desprezível.

Contudo, como se sabe, esse ganho pode ser maior. São muitas as estratégias que podem levar ao incremento da renda mensal, que, não raro, fazem com que boa parte dos integrantes das carreiras jurídicas ganhe acima do teto constitucional, hoje de R$ 44 mil. São subterfúgios, popularmente conhecidos como penduricalhos, que garantem pela via administrativa, e, sobretudo, com dribles ao Legislativo, remunerações generosas. E, ao fim e ao cabo, o pleito dos promotores e procuradores de São Paulo é só mais um deles.

Isso ocorre porque, no fundo, o pedido feito pela Associação Paulista do Ministério Público ao procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, busca engordar ainda mais o contracheque dos promotores e procuradores, haja vista que essas folgas podem ser convertidas em dinheiro, e fora do teto. Reclamam os integrantes do MP o fato de o Judiciário paulista já conceder dez dias de folga – ou seja, mais dinheiro – aos magistrados que supostamente trabalham demais. Sem mencionar estimativas de impacto financeiro, querem, ainda, o pagamento de retroativos desde maio de 2022, quando a chamada licença compensatória foi instituída pelo Conselho Nacional do Ministério Público.

Ora, os promotores e procuradores paulistas mal conseguem esconder que o verdadeiro interesse que está por trás da falácia do trabalho excessivo e das folgas é meramente financeiro. Esse tipo de estratagema, sim, é motivo de muito cansaço, mas dos cidadãos, que já estão fartos de arcar com tantos privilégios.

MORRE DELFIM NETTO UM DOS ECONOMISTAS MAIS CONHECIDOS DO PAÍS

 

História de Por Isabel Versiani – REUTERS

Delfim Netto durante entrevista à Reuters em São Paulo em julho de 2013 15/07/2013 REUTERS/Paulo Whitaker

Delfim Netto durante entrevista à Reuters em São Paulo em julho de 2013 15/07/2013 REUTERS/Paulo Whitaker© Thomson Reuters

BRASÍLIA (Reuters) – Um dos economistas mais conhecidos do país, famoso pela capacidade de se reinventar e manter protagonismo no debate público e influência junto a diferentes governos, o que fez por mais de cinco décadas, Delfim Netto morreu nesta segunda-feira, aos 96 anos, “em decorrências de complicações no seu quadro de saúde”, após uma semana de internação hospitalar, disse sua assessoria de imprensa.

Homem forte da economia durante o regime militar, quando foi ministro de três presidentes e deu aval ao Ato Institucional nº 5, marco do endurecimento da ditadura, Delfim também foi conselheiro informal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seus dois primeiros governos.

Ex-embaixador do país em Paris, deputado federal por cinco mandatos, consultor e articulista, Delfim manteve durante a vida longa relação com a USP, onde se graduou em Economia, em 1951, na terceira turma da então Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas e veio a se tornar professor catedrático (titular), diretor de pesquisa e membro do conselho universitário.

Em 2012, o economista doou sua biblioteca de mais de 250 mil livros à universidade.

Delfim nasceu em 1928 na cidade de São Paulo e foi criado no então bairro operário do Cambuci. Sua mãe era costureira e seu pai, que morreu quando Delfim era adolescente, foi funcionário da companhia municipal de transportes.

No final dos anos 1950, já atuando como acadêmico, o economista foi convidado a integrar a equipe de planejamento do governo do Estado de São Paulo. Em 1966, após o golpe militar, assumiu o comando da Secretaria da Fazenda do Estado, dando início a sua vida política.

Com menos de 40 anos foi nomeado ministro da Fazenda do presidente Artur da Costa e Silva e mantido no cargo no governo seguinte, comandado pelo general Emílio Garrastazu Médici. Sua política econômica, de 1967 a 1974, foi focada principalmente no estímulo ao crescimento por meio dos gastos públicos e no esforço de combate à inflação. Em meio a um ambiente externo favorável, o período acabou ficando conhecido como “milagre econômico”, com o país crescendo a taxas médias superiores a 9%.

Ao deixar o governo, Delfim foi nomeado embaixador em Paris. O economista voltaria a Brasília no mandato do general João Figueiredo, último presidente da ditadura, que enfrentou um cenário internacional bem mais adverso.

Primeiro como ministro da Agricultura, depois à frente de uma Secretaria de Planejamento com poderes ampliados, Delfim foi um dos protagonistas da equipe econômica em um período marcado por crises, queda do PIB e disparada da inflação, na primeira metade da “década perdida” dos anos 1980.

Após a redemocratização, Delfim se lançou na política parlamentar e abriu uma consultoria. Foi eleito deputado federal por cinco vezes consecutivas — primeiro pelo PDS, partido herdeiro da Arena, que dava sustentação ao regime militar, depois pelos sucessores PPR e PPB. Posteriormente foi filiado ao PP e ao PMDB.

Delfim afirmava não se arrepender de ter participado do governo militar e de ter assinado o AI-5, que em dezembro de 1968 suspendeu direitos políticos e garantias como o habeas corpus, reforçou a censura e, em última instância, abriu caminho para a institucionalização da tortura e de outras violações de direitos humanos.

Em entrevista ao programa Roda Viva, em 2019, o economista afirmou que assinaria o ato novamente. “Não tem arrependimento possível sobre alguma coisa que você não tem nenhum controle”, afirmou.

O economista também disse considerar tolice as discussões, no então governo Jair Bolsonaro, que negavam o golpe de 1964. “É claro que houve um golpe. Houve sim, porque se quebrou as disposições constitucionais, é por definição.”

Delfim voltou a se associar ao governo, dessa vez indiretamente, nos dois primeiros governo de Lula, com quem mantinha diálogo constante. Em 2022, anunciou que votaria no petista, que disputou a Presidência com Bolsonaro.

Delfim foi alvo de busca e apreensão da operação Lava Jato, suspeito de ter recebido propina durante projeto de construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Ele negou as acusações, dizendo que recebeu pagamento de uma construtora por uma consultoria e que teria declarado o dinheiro.

Mesmo tendo sido colunista dos principais veículos de imprensa durante anos tratando essencialmente de política econômica, Delfim, que era pouco afeito a tecnologia e escrevia seus textos em máquina de escrever, ganhou destaque nas redes sociais com um vídeo em que defendia o sedentarismo.

“Das piores coisas para a sobrevivência é ginástica”, disse o economista, em um vídeo mais antigo que gerou muitas visualizações e polêmica nos anos recentes. Com aparente ironia, ele argumentava que o coração tem uma vida útil limitada, que seria encurtada com pela exercício físico.

GOVERNO BRASILEIRO ANUNCIA PROGRAMA PARA VOLTA PARA O PAÍS DE PESQUISASORES QUE ESTEJAM NO EXTERIOR

História de Bruno Lupion – DW Brasil

Governo lança programa de bolsas em busca de doutores e mestres que estão no exterior. Para SBPC, porém, verbas seriam melhores aplicadas em incentivos aos que já estão no Brasil.

Conhecimento Brasil selecionará até mil projetos de pesquisadores que estejam no exterior e desejam voltar para fazer pesquisa no Brasil

Conhecimento Brasil selecionará até mil projetos de pesquisadores que estejam no exterior e desejam voltar para fazer pesquisa no Brasil© Andrew Brookes/Westend61/imago images

O governo brasileiro quer atrair de volta para o país pesquisadores que estejam no exterior. A oferta? Uma bolsa mensal maior do que a oferecida a pesquisadores já no Brasil, verbas para pesquisa e viagens a trabalho e um pacote de benefícios.

O programa, inédito no Brasil, foi anunciado no final de julho, após debates da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, com pesquisadores e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) sobre como aproveitar melhor a experiência desses brasileiros no exterior.

O anúncio de mais recursos para a pesquisa é bem-vindo para a comunidade científica, mas alguns avaliaram que, antes de investir na atração dos que estão no exterior, o governo deveria priorizar políticas para reter e fixar os doutores que já estão no país.

Chamado Programa de Repatriação de Talentos – Conhecimento Brasil, ele selecionará até mil projetos de pesquisadores que estejam no exterior e desejam voltar para fazer pesquisa no Brasil, e custará cerca de R$ 825 milhões em cinco anos.

O que está sendo oferecido

O CNPq pagará bolsa mensal de R$ 10 mil a mestres e de R$ 13 mil a doutores para fazer pesquisa em empresas ou, no caso dos doutores, também em universidades em institutos brasileiros. As bolsas são isentas de imposto de renda.

Os selecionados receberão auxílios para viajar e se instalar no país, contratar plano de saúde e contribuir para o INSS, por quatro anos – prorrogáveis por mais um.

Cada projeto receberá até R$ 400 mil para a compra e manutenção de equipamentos – que devem deixar um legado para os institutos de pesquisa – e até R$ 120 mil para participação em eventos ou visitas a centros de excelência no exterior.

Para efeito de comparação, a bolsa de doutorado do CNPq é hoje de R$ 3.100 e a de pós-doutorado, de R$ 5.200 – depois de um reajuste de 40% e 27%, respectivamente, no início do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que hoje paga o maior valor das fundações estaduais, a bolsa de doutorado é de até R$ 6.810 e a de pós-doutorado, de até R$ 12 mil, após reajuste de 45% e de 28%, respectivamente, em junho.

Quantos pesquisadores o Brasil forma e quantos estão fora

Cerca de 20 mil novos doutores são formados no Brasil todos os anos. Em relação à população, o país fica atrás de 21 nações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo levantamento do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE) com dados de 2021.

Naquele ano, o Brasil concedeu 10,2 títulos de doutor por 100 mil habitantes – à frente do Chile e da Colômbia e em patamar semelhante ao de Turquia e do México. Lideram o ranking o Reino Unido (37,4 a cada 100 mil habitantes), a Dinamarca (35) e a Alemanha (33,9).

Não existem estimativas confiáveis de quantos pesquisadores brasileiros estejam no exterior. O CNPq considera que há cerca de 20 mil, considerando os que foram para o exterior com bolsa. A pesquisadora Ana Maria Carneiro, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e especialista na diáspora científica brasileira, diz à DW que esse universo é muito variado – compreende tanto pesquisadores que deixaram o país há muito tempo e estão bem instalados no exterior como aqueles no início da experiência internacional e ainda tentando se estabelecer.

Quem o programa vai atrair?

Uma pesquisa realizada por Carneiro em 2023 com 1.200 pesquisadores brasileiros no exterior, residentes em 42 países, mostrou que vontade de voltar existe, desde que haja boas oportunidades de emprego na terra natal.

Esse foi o desejo expressado por 44% dos doutorandos, 51% dos pós-doutorandos e 40% dos professores e pesquisadores com contratos temporários no exterior. No entanto, mais de 70% dos entrevistados indicaram não ter previsão de retorno.

Ela avalia que o programa de repatriação poderá ser interessante para os pesquisadores mais jovens e com vínculos precários no exterior, como contatos temporários. “O programa oferece auxílios que não existem em outras bolsas, recursos para custeio e viagens, é um ‘enxoval’ que permite aos que estavam no exterior terem um bom início no Brasil e se inserirem em redes de pesquisa”, diz.

CNPq pagará bolsa mensal de R$ 10 mil a mestres e de R$ 13 mil a doutores para fazer pesquisa

CNPq pagará bolsa mensal de R$ 10 mil a mestres e de R$ 13 mil a doutores para fazer pesquisa© Patrick Orsagos/AP/picture alliance

Já entre os que estão há mais tempo fora, com contratos estáveis e famílias estabelecidas, a proposta não deve ser suficiente para motivar um retorno ao Brasil, afirma.

Ricardo Galvão, presidente do CNPq, diz à DW que a bolsa de R$ 13 mil para doutores, acrescida dos recursos para infraestrutura de pesquisa, plano de saúde e INSS, deve ser suficiente para convencer parcela dos que hoje estão no exterior.

O valor da bolsa, afirma, equivale aproximadamente ao salário de professor associado das universidades federais em tempo integral, ou à remuneração média de um pós-doutor na Europa. Durante conversas com pesquisadores no exterior, ele diz que “ficou clara a intenção de muitos colaborarem com o Brasil, seja retornando ao país ou estabelecendo redes de colaboração com pesquisadores aqui residentes”.

Os recursos para o programa virão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Em 2021, uma lei aprovada pelo Congresso Nacional proibiu que os valores desse fundo sejam contingenciados pelo governo para o cumprimento de metas fiscais.

Do Ciência sem Fronteiras ao Conhecimento Brasil

A pesquisadora Clarissa Rocha, 42 anos e hoje nos Estados Unidos, é uma das interessadas no programa de repatriação. Bióloga molecular geneticista, ela deixou o país há dez anos e apresentará um projeto para voltar ao Brasil.

Sua história relaciona-se ao ciclo de políticas públicas do país. Nascida em Fortaleza, ela fez mestrado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), doutorado na França e voltou à UFMG para o pós-doutorado, sempre pesquisando a microbiota intestinal e sua relação com doenças inflamatórias.

Em 2014, com uma bolsa do programa Ciência sem Fronteira, foi para a Universidade da Califórnia (UC Davis). Após um ano e meio, recebeu oferta de emprego para dar continuidade à sua pesquisa lá e decidiu ficar. “Tinha dois caminhos, voltar ao Brasil e ficar desempregada ou aceitar a oferta. Não podia me dar ao luxo de voltar e ficar sem emprego, então aceitei”, diz.

Após sete anos na UC Davis, foi contratada por uma empresa de biotecnologia que desenvolve diagnósticos e terapias para doenças ginecológicas relacionadas à microbiota, onde trabalha hoje. Apesar da carreira estabelecida, ela acalenta há alguns anos a ideia de voltar para o Brasil, mas não o fez ainda por falta de oportunidade.

“Há muitos pesquisadores como eu que querem voltar, mas não podemos simplesmente largar nossas vidas profissionais sem ter pelo menos um programa de início, que vá nos ajudar a nos inserir de volta no mercado de trabalho”, afirma. “Vejo o programa como o recomeço da minha carreira científica no Brasil.” Ela apresentará um projeto para seguir fazendo sua pesquisa na UFMG, focada em novos diagnósticos e terapias para doenças inflamatórias.

Qual a motivação para voltar? Ela diz que deseja contribuir com a ciência brasileira e compartilhar suas experiências de pesquisa e profissional que obteve nos Estados Unidos com os profissionais brasileiros. E também menciona um aspecto pessoal: “estou há muito tempo longe da minha família, chega uma hora que você começa a balancear o que vale mais a pena.”

Rocha considera o valor da bolsa e os benefícios razoáveis. Ela elogia o recolhimento ao INSS – “no Brasil, muitos não veem o bolsista como um profissional, mas somos cientistas profissionais” – e considera o prazo de quatro anos adequado para dar “certa estabilidade” no retorno. “Arrisquei para vir para cá há dez anos e deu certo, agora estou arriscando de novo ao voltar.”

Mas ela frisa as incertezas sobre o que ocorrerá após o final da bolsa, caso seu projeto seja aprovado. “Acho o programa maravilhoso. Mas será que o mercado brasileiro vai depois conseguir absorver todos os cientistas que estão pretendendo voltar, ou não? Tem que ter um plano para absorver depois que a bolsa acabar, senão quem não conseguir vai voltar para o exterior de novo. Essa é uma das minhas maiores preocupações.”

Quais são as críticas ao programa

Alguns membros da comunidade científica consideraram que os recursos públicos destinados para atrair os pesquisadores de fora seriam melhores utilizados de outra forma. Francilene Garcia, vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), afirma à DW que a entidade considera prioritário criar condições para os doutores que se formam seguirem fazendo pesquisa no país, como melhores instalações de pesquisa e bolsas mais elevadas.

“A SBPC defende uma política pública que mantenha o número de doutores formados atualmente e construa iniciativas para que eles sejam retidos e fixados”, diz Garcia. Ela cita que uma parcela dos recursos destinados ao programa de repatriação seria suficiente para cobrir a defasagem das bolsas de pós-doutorado oferecidas no país.

Programa concederá também até R$ 400 mil para a compra de equipamentos e manutenção da pesquisa

Programa concederá também até R$ 400 mil para a compra de equipamentos e manutenção da pesquisa© picture-alliance/dpa/S. Hoppe

“Não há nenhum sentimento de que atrair brasileiros do exterior seja ruim, a pesquisa feita em conjunto com o exterior em geral tem mais impacto. Mas há uma prioridade anterior, que é a fixação dos doutores que já estão aqui”, diz. Ela também aponta que o prazo de quatro anos para os projetos de pesquisa não seria um incentivo longevo.

Alguns pesquisadores também manifestaram incômodo com o fato de as bolsas oferecidas aos que chegarem do exterior serem superiores às de quem ficou no Brasil.

“As universidades federais estavam até há pouco em greve por aumento de salário, e o governo não deu o aumento pedido por restrição fiscal – mas está agora empenhando um valor razoável para tentar atrair as pessoas de fora. Percebi uma certa indisposição entre os que ficaram no país, passaram por maus bocados no governo Bolsonaro, e agora veem aqueles que estão fora receberem ofertas e condições de trabalho melhores que as deles”, diz Fábio Sá e Silva, vice-presidente da Brazilian Studies Association (Brasa), sediada nos Estados Unidos.

A Rede Apoena, que reúne pesquisadores brasileiros na Alemanha, afirmou em nota à DW que seus membros ainda têm dúvidas que precisam ser esclarecidas sobre o programa, “especialmente em relação a um plano de longo prazo para pesquisadores no Brasil”, e que faltou uma comunicação mais próxima do governo com a comunidade acadêmica. A rede realizará um webinar com o CNPq na próxima semana sobre o tema.

Parcerias com os brasileiros no exterior

A iniciativa recém-lançada tem outros dois eixos de atuação. Um pretende incentivar pesquisadores brasileiros estabelecidos no exterior a colaborarem de forma mais sistemática com institutos de pesquisa e empresas no Brasil, sem terem que se mudar de volta para o país.

Esse programa concederá até R$ 400 mil para a compra de equipamentos e manutenção da pesquisa e R$ 120 mil para viagens de trabalho por projeto, por dois anos. Há verba para contemplar 380 projetos nesse sentido, com orçamento total de R$ 230 milhões.

Para Garcia, da SBPC, o governo acertou nessa. “Temos vários pesquisadores de diversas áreas trabalhando em temas que são fronteira na ciência, como na área de biotecnologia, fundamental para a exploração da biodiversidade brasileira. Mesmo que eles decidam se fixar no exterior, contribuir com instituições de pesquisa no Brasil é um processo agregador”, afirma.

Uma terceira iniciativa, cujo edital ainda não foi lançado, destinará até R$ 500 milhões a projetos com valor mínimo de R$ 1 milhão a empresas brasileiras que contratem pesquisadores brasileiros que estejam no exterior para atuarem em projetos de inovação.

Autor: Bruno Lupion

 

COMUNICAÇÃO É UMA DAS HABILIDADES MAIS IMPORTANTES PARA TER SUCESSO NA CARREIRA É UMA DAS COMPETÊNCIAS QUE A IA NÃO PODE SUBSTITUIR

 

Tracy Brower é colaboradora da Forbes USA. Ela é socióloga, conselheira, especialista em assuntos relacionados ao universo profissional e autora de “The Secrets to Happiness at Work” (Os Segredos da Felicidade no Trabalho, em tradução livre).

© Fornecido por Forbes Brasil

A comunicação é uma das habilidades mais importantes para ter sucesso na carreira – especialmente agora com o boom da inteligência artificial. É uma das competências que a IA não poderá substituir.

Mas também é um grande desafio, já que as pessoas têm períodos de atenção cada vez mais curtos. Ou seja, você precisa ser brilhante, mas também breve.

Por outro lado, não saber se comunicar de forma efetiva pode atrapalhar seu progresso, especialmente em posições de liderança, além de enfraquecer relacionamentos e diminuir seu desempenho e credibilidade.

Alguns profissionais têm facilidade com a comunicação, mas você pode tomar medidas práticas para se comunicar melhor.

Comunicação para evoluir na carreira

Melhorar suas habilidades vale o esforço e trará muitos benefícios. Um deles é evitar a estagnação na carreira. Para 20% das pessoas em geral e para 50% dos que têm entre 18 e 35 anos, a má comunicação impediu que avançassem profissionalmente. E 45% acreditam que a eficácia da sua comunicação diminui quando ficam nervosos. Esses dados são de uma pesquisa da Elevate, ferramenta de treinamento cerebral desenvolvida para aprimorar habilidades analíticas e de comunicação.

Além disso, para 51% das pessoas, uma comunicação ruim resulta no aumento do estresse e, para 41%, leva à diminuição da produtividade. Para 35% das pessoas, também reduziu a satisfação no trabalho, de acordo com um estudo da Grammarly, verificador de gramática online, e a Harris Poll, empresa americana de pesquisa e análise de mercado.

Do lado positivo, para 72% das pessoas, um bom vocabulário afetou positivamente a confiança, segundo a Elevate. Na pesquisa da Grammarly, também relataram aumento da satisfação no trabalho (58%), maior confiança e produtividade (55% cada) e diminuição do estresse (48%) decorrentes de uma melhor comunicação.

Essa habilidade também pode ajudar no momento da contratação. Na verdade, 28% dos empregos incluem uma forte capacidade de comunicação como um fator crítico para os candidatos serem considerados, de acordo com dados da plataforma de empregos Adzuna.

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Como fazer as pessoas confiarem em você

Profissionais usam IA no trabalho, mas não querem que seus chefes saibam

Enfrentando a sobrecarga Mas ao mesmo tempo em que as pessoas reconhecem o poder de uma ótima comunicação, provavelmente estão sobrecarregadas. 78% afirmam que a frequência da comunicação aumentou nos últimos 12 meses e 73% afirmam que a variedade de canais de comunicação também aumentou no mesmo período. E 88% do tempo dos profissionais do conhecimento é gasto com a comunicação por meio de múltiplos canais. Tudo isso de acordo com a pesquisa da Grammarly.

As horas se somam: as pessoas passam mais de 10 horas por semana em reuniões e mais de 21 horas realizando tarefas de redação, como desenvolver a comunicação com outras pessoas, responder à comunicação escrita e criar e revisar materiais.

Você pode lidar com a sobrecarga e aprimorar as habilidades de comunicação de várias maneiras.

8 estratégias para melhorar sua comunicação 1. Esteja presente

Uma das primeiras maneiras de melhorar suas habilidades de comunicação é estar presente. Quando você se concentra no colega com quem está interagindo – seja pessoal ou virtualmente, por meio de comunicação verbal ou escrita – isso te ajudará a ouvir ou ler atentamente e a ter empatia com a posição do outro.

A concentração vai te ajudar a compreender melhor e responder de forma mais eficaz também. Por exemplo, quando você pega todos os detalhes do email e os responde, você economiza tempo. Isso também construirá relacionamentos e credibilidade, pois você enviará uma mensagem de que se preocupa com a interação e dedicou tempo para interagir de forma eficaz.

2. Considere o seu público

As pessoas com quem você está se comunicando vão interagir de forma mais eficaz com você quando se sentirem vistas, ouvidas e valorizadas. Ao ler ou ouvir, mostre que está prestando atenção, valide o que está ouvindo, leve em consideração a perspectiva deles e aprecie o ponto de vista deles (mesmo que não concorde com ele).

Ao compartilhar informações, tentar convencer alguém ou fazer um pedido, considere o que essa pessoa precisa saber e como poderá ouvir melhor a informação. Seja claro e honesto, ao mesmo tempo que melhora sua mensagem.

Por exemplo, se você estiver conversando com alguém que valoriza evidências, compartilhe dados ou fatos para demonstrar seu ponto de vista. Se você sabe que alguém tem um objetivo a cumprir, explique como responder ao seu pedido o ajudará a alcançar isso.

3. Busque aprendizado e feedback

Outra maneira de ser um ótimo comunicador é ser intencional no desenvolvimento das suas habilidades. Aprenda novas palavras regularmente, leia com frequência e participe de eventos e apresentações. Construir seu vocabulário, ler livros e artigos e ver como os outros se expressam pode te dar mais confiança, mas também proporcionar aprendizado com exemplos positivos e negativos.

Busque feedback. Pergunte a um colega como você pode melhorar sua apresentação ou peça ideias ao seu chefe sobre como você poderia ter apresentado melhor seu caso ou melhorado seu relatório.

4. Reserve um tempo para revisar e refletir

Dedique tempo. Revise seus trabalhos escritos. Escreva um email e depois volte e edite para melhorar o conteúdo e a clareza, pensando no seu leitor. Para a comunicação verbal, considere o que você vai dizer e depois reserve mais algum tempo para refletir sobre os pontos que serão apresentados.

Use quantas palavras forem necessárias, mas o mínimo possível. Seja completo, mas não detalhado. Seja conciso, mas não muito a ponto de ser considerado sucinto. Use palavras que sejam significativas, mas também acessíveis – nunca pretensiosas. Ser intencional sobre como você se comunica pode te ajudar a garantir o tom certo.

5. Escolha a melhor abordagem

Às vezes é melhor encontrar alguém no escritório ou no final de uma reunião virtual para uma conversa rápida, em vez de marcar uma sessão formal.

Em situações em que você quer compartilhar algum documento ou precisa consultar informações, o email pode ser a melhor saída. Para algo informal, você provavelmente escolherá um bate-papo. Também tenha cuidado com mensagens de celular. Para algumas pessoas, isso é aceitável e, para outras, é intrusivo.

Escolher o canal certo não é apenas uma formalidade ou uma questão de eficiência, mas também pode afetar a facilidade com que você transmite seu ponto de vista e a precisão com que a pessoa com quem você está interagindo entende a mensagem.

Por exemplo, ao marcar uma reunião formal, seu colega de trabalho pode concluir que algo está te preocupando e abordar o assunto de forma defensiva, ao passo que, se você encontrá-lo casualmente, poderá atingir seu objetivo com mais facilidade. Da mesma forma, se quiser comunicar maior importância sobre um tema, marque algo mais formal e prepare uma apresentação.

6. Seja autêntico

Ao mesmo tempo que você precisa ser intencional ao enviar e receber informações, você também deve ser você mesmo. Ao demonstrar autenticidade, você parecerá mais agradável e confiável.

Além disso, demonstre que você é humilde e está aberto ao aprendizado, ao aprimoramento e a novas ideias de outras pessoas. Essas abordagens construirão não apenas relacionamentos, mas também credibilidade.

7. Construa uma rede de relacionamentos

Outra forma de melhorar sua comunicação é construir relacionamentos e ampliar sua rede de contatos. Quando você conhece melhor as pessoas, entende de onde elas vêm e como se comunicar com elas de maneira mais eficaz – e vice-versa.

Além disso, quando você tem um relacionamento mais forte, a confiança que você gera tende a lhe dar uma vantagem, porque as pessoas vão entender o que você quer dizer, mesmo que não tenha se comunicado bem o suficiente.

Ótimos relacionamentos também tornam o trabalho mais agradável. Você se sentirá energizado trabalhando com pessoas de quem se sente próximo e com quem está aprendendo e se inspirando.

8. Aproveite a tecnologia

Você também pode considerar usar IA para ajudar na sua comunicação escrita. Embora seja necessário lidar com questões como segurança, privacidade, qualidade e direitos autorais, muitos trabalhadores do conhecimento também estão começando a aproveitar a inteligência artificial, de acordo com a pesquisa Grammarly.

Na verdade, as pessoas hoje economizam quase oito horas de trabalho por semana usando IA generativa, seja para melhorar a compreensão, idealização, criação de conteúdo, pesquisa e edição ou revisão.

Os profissionais também estão usando IA para tarefas relacionadas à escrita, como emails, relatórios ou apresentações, para classificar ou gerenciar documentos escritos e traduzir conteúdo, de acordo com outra pesquisa, da Tech.co.

Se você estiver aproveitando a IA, ótimo, mas tenha cuidado. De acordo com o Insight, 80% das empresas possuem políticas para orientar esse uso. E esteja ciente de que a IA é imperfeita porque foi projetada por humanos. Pode ser um ponto de partida útil, mas depois você mesmo precisará avaliar, editar e finalizar – sempre com integridade e responsabilidade pelo seu trabalho.

*Tracy Brower é colaboradora da Forbes USA. Ela é socióloga, conselheira, especialista em assuntos relacionados ao universo profissional e autora de “The Secrets to Happiness at Work” (Os Segredos da Felicidade no Trabalho, em tradução livre).

Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso

Junior Borneli, co-fundador do StartSe

Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)

Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor

Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe. Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).

É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas, conhecendo culturas diferentes.

Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator entre fracasso e sucesso.

Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo. “Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.

De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi possível para o melhor resultado”, avisa.

Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o empreendedor.

Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso é a superação”, destaca Junior Borneli.

Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes, receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”, afirma.

É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria fica pelo caminho”, diz.

É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.

O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.

Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará valer a pena!,” destaca o empreendedor.

DERROTA TAMBÉM ENSINA

Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá, tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos Estados Unidos”, afirma Junior.

No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.

Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e suportáveis”, salienta.

Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão. Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e siga firme em frente”, afirma.

É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm coragem e disposição para fazer”, completa.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                   

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL NA CASA DOS TRILHÕES

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