Graças ao título no basquete feminino, torneio que fechou neste
domingo (11) os 15 dias de competições em Paris, os Estados Unidos
terminaram os Jogos Olímpicos na liderança do quadro de medalhas,
empatado em 40 ouros com a China.
O ‘Team USA’, no entanto, conseguiu mais pratas que a delegação
chinesa (44 contra 27) e mais medalhas no total: 126 a 91. O Japão foi o
terceiro, com 45 medalhas (20-12-13).
Estados Unidos e China mantiveram uma disputa pela liderança até o
apagar das luzes em Paris. Os chineses começaram o 16º e último dia de
competições na frente, com um ouro a mais que os americanos (39-38).
Além do basquete feminino, os Estados Unidos esperavam conseguir mais
dois títulos neste domingo, mas a Itália surpreendeu no vôlei feminino e
derrotou a seleção americana, campeã olímpica em Tóquio.
A China, por sua vez, somou um último ouro, com Li Wenwen no
levantamento de peso feminino, mas a vitória da americana Jennifer
Valente no ciclismo deixou a decisão para a final do basquete feminino.
Na Arena Bercy, apesar da resistência francesa, a seleção dos Estados
Unidos venceu por 67-66 para conquistar seu oitavo ouro consecutivo e
garantir a vitória americana no quadro de medalhas.
O Brasil terminou na 20ª posição, com 20 medalhas no total: três de ouro, sete de prata e dez de bronze.
Para definir a classificação no quadro de medalhas, primeiro é levado
em conta o número de ouros e, posteriormente, para desempate, as pratas
e os bronzes.
— Quadro de medalhas final dos Jogos Olímpicos de Paris-2024:
Os promotores e procuradores de Justiça de São Paulo parecem ter um
conceito muito peculiar de trabalho, segundo o qual, quando há excesso
de trabalho, deve-se trabalhar menos, não mais, para colocar o serviço
em dia. Somente essa subversão da lógica explicaria a reivindicação
feita pelos integrantes do Ministério Público (MP) paulista para que se
amplie de três para dez dias as folgas que podem gozar por mês em razão
de um suposto acúmulo de acervo processual.
Um trabalhador comum, se desafiado a executar uma carga maior de
serviço, terá de trabalhar mais para executar essa tarefa, e, como
contrapartida, receberá hora extra, conforme previsto na legislação
trabalhista, ou contabilizará banco de horas. Mas, como os promotores e
procuradores, ao que tudo indica, não são trabalhadores comuns, quando
acumulam serviço sobre os quais são os únicos responsáveis, querem
trabalhar menos. Ou trabalham pouco ou trabalham mal – talvez, os dois.
Não parece justificável tanta exaustão, a ponto de se buscar mais
tempo para o ócio. Não há relato de que promotores e procuradores sejam
submetidos a duras condições de trabalho. Ademais, diferentemente do
resto dos mortais brasileiros, desfrutam de 60 dias de férias ao ano e,
como parte da elite do funcionalismo, são muito bem pagos para dar conta
de seus afazeres em troca de prestação de serviço com agilidade e
qualidade aos cidadãos. Hoje, em São Paulo, o salário inicial no MP é de
R$ 30,6 mil e, quando se alcança o topo, chega a R$ 37,6 mil. Trata-se
de uma contrapartida nada desprezível.
Contudo, como se sabe, esse ganho pode ser maior. São muitas as
estratégias que podem levar ao incremento da renda mensal, que, não
raro, fazem com que boa parte dos integrantes das carreiras jurídicas
ganhe acima do teto constitucional, hoje de R$ 44 mil. São subterfúgios,
popularmente conhecidos como penduricalhos, que garantem pela via
administrativa, e, sobretudo, com dribles ao Legislativo, remunerações
generosas. E, ao fim e ao cabo, o pleito dos promotores e procuradores
de São Paulo é só mais um deles.
Isso ocorre porque, no fundo, o pedido feito pela Associação Paulista
do Ministério Público ao procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de
Oliveira e Costa, busca engordar ainda mais o contracheque dos
promotores e procuradores, haja vista que essas folgas podem ser
convertidas em dinheiro, e fora do teto. Reclamam os integrantes do MP o
fato de o Judiciário paulista já conceder dez dias de folga – ou seja,
mais dinheiro – aos magistrados que supostamente trabalham demais. Sem
mencionar estimativas de impacto financeiro, querem, ainda, o pagamento
de retroativos desde maio de 2022, quando a chamada licença
compensatória foi instituída pelo Conselho Nacional do Ministério
Público.
Ora, os promotores e procuradores paulistas mal conseguem esconder
que o verdadeiro interesse que está por trás da falácia do trabalho
excessivo e das folgas é meramente financeiro. Esse tipo de estratagema,
sim, é motivo de muito cansaço, mas dos cidadãos, que já estão fartos
de arcar com tantos privilégios.
BRASÍLIA (Reuters) – Um dos economistas mais conhecidos do país,
famoso pela capacidade de se reinventar e manter protagonismo no debate
público e influência junto a diferentes governos, o que fez por mais de
cinco décadas, Delfim Netto morreu nesta segunda-feira, aos 96 anos, “em
decorrências de complicações no seu quadro de saúde”, após uma semana
de internação hospitalar, disse sua assessoria de imprensa.
Homem forte da economia durante o regime militar, quando foi ministro
de três presidentes e deu aval ao Ato Institucional nº 5, marco do
endurecimento da ditadura, Delfim também foi conselheiro informal do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seus dois primeiros governos.
Ex-embaixador do país em Paris, deputado federal por cinco mandatos,
consultor e articulista, Delfim manteve durante a vida longa relação com
a USP, onde se graduou em Economia, em 1951, na terceira turma da então
Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas e veio a se tornar
professor catedrático (titular), diretor de pesquisa e membro do
conselho universitário.
Em 2012, o economista doou sua biblioteca de mais de 250 mil livros à universidade.
Delfim nasceu em 1928 na cidade de São Paulo e foi criado no então
bairro operário do Cambuci. Sua mãe era costureira e seu pai, que morreu
quando Delfim era adolescente, foi funcionário da companhia municipal
de transportes.
No final dos anos 1950, já atuando como acadêmico, o economista foi
convidado a integrar a equipe de planejamento do governo do Estado de
São Paulo. Em 1966, após o golpe militar, assumiu o comando da
Secretaria da Fazenda do Estado, dando início a sua vida política.
Com menos de 40 anos foi nomeado ministro da Fazenda do presidente
Artur da Costa e Silva e mantido no cargo no governo seguinte, comandado
pelo general Emílio Garrastazu Médici. Sua política econômica, de 1967 a
1974, foi focada principalmente no estímulo ao crescimento por meio dos
gastos públicos e no esforço de combate à inflação. Em meio a um
ambiente externo favorável, o período acabou ficando conhecido como
“milagre econômico”, com o país crescendo a taxas médias superiores a
9%.
Ao deixar o governo, Delfim foi nomeado embaixador em Paris. O
economista voltaria a Brasília no mandato do general João Figueiredo,
último presidente da ditadura, que enfrentou um cenário internacional
bem mais adverso.
Primeiro como ministro da Agricultura, depois à frente de uma
Secretaria de Planejamento com poderes ampliados, Delfim foi um dos
protagonistas da equipe econômica em um período marcado por crises,
queda do PIB e disparada da inflação, na primeira metade da “década
perdida” dos anos 1980.
Após a redemocratização, Delfim se lançou na política parlamentar e
abriu uma consultoria. Foi eleito deputado federal por cinco vezes
consecutivas — primeiro pelo PDS, partido herdeiro da Arena, que dava
sustentação ao regime militar, depois pelos sucessores PPR e PPB.
Posteriormente foi filiado ao PP e ao PMDB.
Delfim afirmava não se arrepender de ter participado do governo
militar e de ter assinado o AI-5, que em dezembro de 1968 suspendeu
direitos políticos e garantias como o habeas corpus, reforçou a censura
e, em última instância, abriu caminho para a institucionalização da
tortura e de outras violações de direitos humanos.
Em entrevista ao programa Roda Viva, em 2019, o economista afirmou
que assinaria o ato novamente. “Não tem arrependimento possível sobre
alguma coisa que você não tem nenhum controle”, afirmou.
O economista também disse considerar tolice as discussões, no então
governo Jair Bolsonaro, que negavam o golpe de 1964. “É claro que houve
um golpe. Houve sim, porque se quebrou as disposições constitucionais, é
por definição.”
Delfim voltou a se associar ao governo, dessa vez indiretamente, nos
dois primeiros governo de Lula, com quem mantinha diálogo constante. Em
2022, anunciou que votaria no petista, que disputou a Presidência com
Bolsonaro.
Delfim foi alvo de busca e apreensão da operação Lava Jato, suspeito
de ter recebido propina durante projeto de construção da hidrelétrica de
Belo Monte, no Pará. Ele negou as acusações, dizendo que recebeu
pagamento de uma construtora por uma consultoria e que teria declarado o
dinheiro.
Mesmo tendo sido colunista dos principais veículos de imprensa
durante anos tratando essencialmente de política econômica, Delfim, que
era pouco afeito a tecnologia e escrevia seus textos em máquina de
escrever, ganhou destaque nas redes sociais com um vídeo em que defendia
o sedentarismo.
“Das piores coisas para a sobrevivência é ginástica”, disse o
economista, em um vídeo mais antigo que gerou muitas visualizações e
polêmica nos anos recentes. Com aparente ironia, ele argumentava que o
coração tem uma vida útil limitada, que seria encurtada com pela
exercício físico.
Governo lança programa de bolsas em busca de doutores e
mestres que estão no exterior. Para SBPC, porém, verbas seriam melhores
aplicadas em incentivos aos que já estão no Brasil.
O governo brasileiro quer atrair de volta para o país pesquisadores que estejam no exterior.
A oferta? Uma bolsa mensal maior do que a oferecida a pesquisadores já
no Brasil, verbas para pesquisa e viagens a trabalho e um pacote de
benefícios.
O programa, inédito no Brasil, foi anunciado no final de julho, após
debates da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos,
com pesquisadores e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) sobre como aproveitar melhor a experiência desses
brasileiros no exterior.
O anúncio de mais recursos para a pesquisa é bem-vindo para a
comunidade científica, mas alguns avaliaram que, antes de investir na
atração dos que estão no exterior, o governo deveria priorizar políticas
para reter e fixar os doutores que já estão no país.
Chamado Programa de Repatriação de Talentos – Conhecimento Brasil,
ele selecionará até mil projetos de pesquisadores que estejam no
exterior e desejam voltar para fazer pesquisa no Brasil, e custará cerca
de R$ 825 milhões em cinco anos.
O que está sendo oferecido
O CNPq pagará bolsa mensal de R$ 10 mil a mestres e de R$ 13 mil a
doutores para fazer pesquisa em empresas ou, no caso dos doutores,
também em universidades em institutos brasileiros. As bolsas são isentas
de imposto de renda.
Os selecionados receberão auxílios para viajar e se instalar no país,
contratar plano de saúde e contribuir para o INSS, por quatro anos –
prorrogáveis por mais um.
Cada projeto receberá até R$ 400 mil para a compra e manutenção de
equipamentos – que devem deixar um legado para os institutos de pesquisa
– e até R$ 120 mil para participação em eventos ou visitas a centros de
excelência no exterior.
Para efeito de comparação, a bolsa de doutorado do CNPq é hoje de R$
3.100 e a de pós-doutorado, de R$ 5.200 – depois de um reajuste de 40% e
27%, respectivamente, no início do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que
hoje paga o maior valor das fundações estaduais, a bolsa de doutorado é
de até R$ 6.810 e a de pós-doutorado, de até R$ 12 mil, após reajuste
de 45% e de 28%, respectivamente, em junho.
Quantos pesquisadores o Brasil forma e quantos estão fora
Cerca de 20 mil novos doutores são formados no Brasil todos os anos.
Em relação à população, o país fica atrás de 21 nações da Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo
levantamento do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE) com
dados de 2021.
Naquele ano, o Brasil concedeu 10,2 títulos de doutor por 100 mil
habitantes – à frente do Chile e da Colômbia e em patamar semelhante ao
de Turquia e do México. Lideram o ranking o Reino Unido (37,4 a cada 100
mil habitantes), a Dinamarca (35) e a Alemanha (33,9).
Não existem estimativas confiáveis de quantos pesquisadores
brasileiros estejam no exterior. O CNPq considera que há cerca de 20
mil, considerando os que foram para o exterior com bolsa. A pesquisadora
Ana Maria Carneiro, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e especialista na diáspora
científica brasileira, diz à DW que esse universo é muito variado –
compreende tanto pesquisadores que deixaram o país há muito tempo e
estão bem instalados no exterior como aqueles no início da experiência
internacional e ainda tentando se estabelecer.
Quem o programa vai atrair?
Uma pesquisa realizada por Carneiro em 2023 com 1.200 pesquisadores
brasileiros no exterior, residentes em 42 países, mostrou que vontade de
voltar existe, desde que haja boas oportunidades de emprego na terra
natal.
Esse foi o desejo expressado por 44% dos doutorandos, 51% dos
pós-doutorandos e 40% dos professores e pesquisadores com contratos
temporários no exterior. No entanto, mais de 70% dos entrevistados
indicaram não ter previsão de retorno.
Ela avalia que o programa de repatriação poderá ser interessante para
os pesquisadores mais jovens e com vínculos precários no exterior, como
contatos temporários. “O programa oferece auxílios que não existem em
outras bolsas, recursos para custeio e viagens, é um ‘enxoval’ que
permite aos que estavam no exterior terem um bom início no Brasil e se
inserirem em redes de pesquisa”, diz.
Já entre os que estão há mais tempo fora, com contratos estáveis e
famílias estabelecidas, a proposta não deve ser suficiente para motivar
um retorno ao Brasil, afirma.
Ricardo Galvão, presidente do CNPq, diz à DW que a bolsa de R$ 13 mil
para doutores, acrescida dos recursos para infraestrutura de pesquisa,
plano de saúde e INSS, deve ser suficiente para convencer parcela dos
que hoje estão no exterior.
O valor da bolsa, afirma, equivale aproximadamente ao salário de
professor associado das universidades federais em tempo integral, ou à
remuneração média de um pós-doutor na Europa. Durante conversas com
pesquisadores no exterior, ele diz que “ficou clara a intenção de muitos
colaborarem com o Brasil, seja retornando ao país ou estabelecendo
redes de colaboração com pesquisadores aqui residentes”.
Os recursos para o programa virão do Fundo Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Em 2021, uma lei
aprovada pelo Congresso Nacional proibiu que os valores desse fundo
sejam contingenciados pelo governo para o cumprimento de metas fiscais.
Do Ciência sem Fronteiras ao Conhecimento Brasil
A pesquisadora Clarissa Rocha, 42 anos e hoje nos Estados Unidos, é
uma das interessadas no programa de repatriação. Bióloga molecular
geneticista, ela deixou o país há dez anos e apresentará um projeto para
voltar ao Brasil.
Sua história relaciona-se ao ciclo de políticas públicas do país.
Nascida em Fortaleza, ela fez mestrado na Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG), doutorado na França e voltou à UFMG para o pós-doutorado,
sempre pesquisando a microbiota intestinal e sua relação com doenças
inflamatórias.
Em 2014, com uma bolsa do programa Ciência sem Fronteira, foi para a
Universidade da Califórnia (UC Davis). Após um ano e meio, recebeu
oferta de emprego para dar continuidade à sua pesquisa lá e decidiu
ficar. “Tinha dois caminhos, voltar ao Brasil e ficar desempregada ou
aceitar a oferta. Não podia me dar ao luxo de voltar e ficar sem
emprego, então aceitei”, diz.
Após sete anos na UC Davis, foi contratada por uma empresa de
biotecnologia que desenvolve diagnósticos e terapias para doenças
ginecológicas relacionadas à microbiota, onde trabalha hoje. Apesar da
carreira estabelecida, ela acalenta há alguns anos a ideia de voltar
para o Brasil, mas não o fez ainda por falta de oportunidade.
“Há muitos pesquisadores como eu que querem voltar, mas não podemos
simplesmente largar nossas vidas profissionais sem ter pelo menos um
programa de início, que vá nos ajudar a nos inserir de volta no mercado
de trabalho”, afirma. “Vejo o programa como o recomeço da minha carreira
científica no Brasil.” Ela apresentará um projeto para seguir fazendo
sua pesquisa na UFMG, focada em novos diagnósticos e terapias para
doenças inflamatórias.
Qual a motivação para voltar? Ela diz que deseja contribuir com a
ciência brasileira e compartilhar suas experiências de pesquisa e
profissional que obteve nos Estados Unidos com os profissionais
brasileiros. E também menciona um aspecto pessoal: “estou há muito tempo
longe da minha família, chega uma hora que você começa a balancear o
que vale mais a pena.”
Rocha considera o valor da bolsa e os benefícios razoáveis. Ela
elogia o recolhimento ao INSS – “no Brasil, muitos não veem o bolsista
como um profissional, mas somos cientistas profissionais” – e considera o
prazo de quatro anos adequado para dar “certa estabilidade” no retorno.
“Arrisquei para vir para cá há dez anos e deu certo, agora estou
arriscando de novo ao voltar.”
Mas ela frisa as incertezas sobre o que ocorrerá após o final da
bolsa, caso seu projeto seja aprovado. “Acho o programa maravilhoso. Mas
será que o mercado brasileiro vai depois conseguir absorver todos os
cientistas que estão pretendendo voltar, ou não? Tem que ter um plano
para absorver depois que a bolsa acabar, senão quem não conseguir vai
voltar para o exterior de novo. Essa é uma das minhas maiores
preocupações.”
Quais são as críticas ao programa
Alguns membros da comunidade científica consideraram que os recursos
públicos destinados para atrair os pesquisadores de fora seriam melhores
utilizados de outra forma. Francilene Garcia, vice-presidente da
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), afirma à DW que
a entidade considera prioritário criar condições para os doutores que
se formam seguirem fazendo pesquisa no país, como melhores instalações
de pesquisa e bolsas mais elevadas.
“A SBPC defende uma política pública que mantenha o número de
doutores formados atualmente e construa iniciativas para que eles sejam
retidos e fixados”, diz Garcia. Ela cita que uma parcela dos recursos
destinados ao programa de repatriação seria suficiente para cobrir a
defasagem das bolsas de pós-doutorado oferecidas no país.
“Não há nenhum sentimento de que atrair brasileiros do exterior seja
ruim, a pesquisa feita em conjunto com o exterior em geral tem mais
impacto. Mas há uma prioridade anterior, que é a fixação dos doutores
que já estão aqui”, diz. Ela também aponta que o prazo de quatro anos
para os projetos de pesquisa não seria um incentivo longevo.
Alguns pesquisadores também manifestaram incômodo com o fato de as
bolsas oferecidas aos que chegarem do exterior serem superiores às de
quem ficou no Brasil.
“As universidades federais estavam até há pouco em greve por aumento
de salário, e o governo não deu o aumento pedido por restrição fiscal –
mas está agora empenhando um valor razoável para tentar atrair as
pessoas de fora. Percebi uma certa indisposição entre os que ficaram no
país, passaram por maus bocados no governo Bolsonaro, e agora veem
aqueles que estão fora receberem ofertas e condições de trabalho
melhores que as deles”, diz Fábio Sá e Silva, vice-presidente da
Brazilian Studies Association (Brasa), sediada nos Estados Unidos.
A Rede Apoena, que reúne pesquisadores brasileiros na Alemanha,
afirmou em nota à DW que seus membros ainda têm dúvidas que precisam ser
esclarecidas sobre o programa, “especialmente em relação a um plano de
longo prazo para pesquisadores no Brasil”, e que faltou uma comunicação
mais próxima do governo com a comunidade acadêmica. A rede realizará um
webinar com o CNPq na próxima semana sobre o tema.
Parcerias com os brasileiros no exterior
A iniciativa recém-lançada tem outros dois eixos de atuação. Um
pretende incentivar pesquisadores brasileiros estabelecidos no exterior a
colaborarem de forma mais sistemática com institutos de pesquisa e
empresas no Brasil, sem terem que se mudar de volta para o país.
Esse programa concederá até R$ 400 mil para a compra de equipamentos e
manutenção da pesquisa e R$ 120 mil para viagens de trabalho por
projeto, por dois anos. Há verba para contemplar 380 projetos nesse
sentido, com orçamento total de R$ 230 milhões.
Para Garcia, da SBPC, o governo acertou nessa. “Temos vários
pesquisadores de diversas áreas trabalhando em temas que são fronteira
na ciência, como na área de biotecnologia, fundamental para a exploração
da biodiversidade brasileira. Mesmo que eles decidam se fixar no
exterior, contribuir com instituições de pesquisa no Brasil é um
processo agregador”, afirma.
Uma terceira iniciativa, cujo edital ainda não foi lançado, destinará
até R$ 500 milhões a projetos com valor mínimo de R$ 1 milhão a
empresas brasileiras que contratem pesquisadores brasileiros que estejam
no exterior para atuarem em projetos de inovação.
Tracy Brower é colaboradora da Forbes USA. Ela é socióloga,
conselheira, especialista em assuntos relacionados ao universo
profissional e autora de “The Secrets to Happiness at Work” (Os Segredos
da Felicidade no Trabalho, em tradução livre).
A comunicação é uma das habilidades mais importantes para ter sucesso
na carreira – especialmente agora com o boom da inteligência
artificial. É uma das competências que a IA não poderá substituir.
Mas também é um grande desafio, já que as pessoas têm períodos de
atenção cada vez mais curtos. Ou seja, você precisa ser brilhante, mas
também breve.
Por outro lado, não saber se comunicar de forma efetiva pode
atrapalhar seu progresso, especialmente em posições de liderança, além
de enfraquecer relacionamentos e diminuir seu desempenho e
credibilidade.
Alguns profissionais têm facilidade com a comunicação, mas você pode tomar medidas práticas para se comunicar melhor.
Comunicação para evoluir na carreira
Melhorar suas habilidades vale o esforço e trará muitos benefícios.
Um deles é evitar a estagnação na carreira. Para 20% das pessoas em
geral e para 50% dos que têm entre 18 e 35 anos, a má comunicação
impediu que avançassem profissionalmente. E 45% acreditam que a eficácia
da sua comunicação diminui quando ficam nervosos. Esses dados são de
uma pesquisa da Elevate, ferramenta de treinamento cerebral desenvolvida
para aprimorar habilidades analíticas e de comunicação.
Além disso, para 51% das pessoas, uma comunicação ruim resulta no
aumento do estresse e, para 41%, leva à diminuição da produtividade.
Para 35% das pessoas, também reduziu a satisfação no trabalho, de acordo
com um estudo da Grammarly, verificador de gramática online, e a Harris
Poll, empresa americana de pesquisa e análise de mercado.
Do lado positivo, para 72% das pessoas, um bom vocabulário afetou
positivamente a confiança, segundo a Elevate. Na pesquisa da Grammarly,
também relataram aumento da satisfação no trabalho (58%), maior
confiança e produtividade (55% cada) e diminuição do estresse (48%)
decorrentes de uma melhor comunicação.
Essa habilidade também pode ajudar no momento da contratação. Na
verdade, 28% dos empregos incluem uma forte capacidade de comunicação
como um fator crítico para os candidatos serem considerados, de acordo
com dados da plataforma de empregos Adzuna.
:
Como fazer as pessoas confiarem em você
Profissionais usam IA no trabalho, mas não querem que seus chefes saibam
Enfrentando a sobrecarga Mas ao mesmo tempo em que as pessoas
reconhecem o poder de uma ótima comunicação, provavelmente estão
sobrecarregadas. 78% afirmam que a frequência da comunicação aumentou
nos últimos 12 meses e 73% afirmam que a variedade de canais de
comunicação também aumentou no mesmo período. E 88% do tempo dos
profissionais do conhecimento é gasto com a comunicação por meio de
múltiplos canais. Tudo isso de acordo com a pesquisa da Grammarly.
As horas se somam: as pessoas passam mais de 10 horas por semana em
reuniões e mais de 21 horas realizando tarefas de redação, como
desenvolver a comunicação com outras pessoas, responder à comunicação
escrita e criar e revisar materiais.
Você pode lidar com a sobrecarga e aprimorar as habilidades de comunicação de várias maneiras.
8 estratégias para melhorar sua comunicação 1. Esteja presente
Uma das primeiras maneiras de melhorar suas habilidades de
comunicação é estar presente. Quando você se concentra no colega com
quem está interagindo – seja pessoal ou virtualmente, por meio de
comunicação verbal ou escrita – isso te ajudará a ouvir ou ler
atentamente e a ter empatia com a posição do outro.
A concentração vai te ajudar a compreender melhor e responder de
forma mais eficaz também. Por exemplo, quando você pega todos os
detalhes do email e os responde, você economiza tempo. Isso também
construirá relacionamentos e credibilidade, pois você enviará uma
mensagem de que se preocupa com a interação e dedicou tempo para
interagir de forma eficaz.
2. Considere o seu público
As pessoas com quem você está se comunicando vão interagir de forma
mais eficaz com você quando se sentirem vistas, ouvidas e valorizadas.
Ao ler ou ouvir, mostre que está prestando atenção, valide o que está
ouvindo, leve em consideração a perspectiva deles e aprecie o ponto de
vista deles (mesmo que não concorde com ele).
Ao compartilhar informações, tentar convencer alguém ou fazer um
pedido, considere o que essa pessoa precisa saber e como poderá ouvir
melhor a informação. Seja claro e honesto, ao mesmo tempo que melhora
sua mensagem.
Por exemplo, se você estiver conversando com alguém que valoriza
evidências, compartilhe dados ou fatos para demonstrar seu ponto de
vista. Se você sabe que alguém tem um objetivo a cumprir, explique como
responder ao seu pedido o ajudará a alcançar isso.
3. Busque aprendizado e feedback
Outra maneira de ser um ótimo comunicador é ser intencional no
desenvolvimento das suas habilidades. Aprenda novas palavras
regularmente, leia com frequência e participe de eventos e
apresentações. Construir seu vocabulário, ler livros e artigos e ver
como os outros se expressam pode te dar mais confiança, mas também
proporcionar aprendizado com exemplos positivos e negativos.
Busque feedback. Pergunte a um colega como você pode melhorar sua
apresentação ou peça ideias ao seu chefe sobre como você poderia ter
apresentado melhor seu caso ou melhorado seu relatório.
4. Reserve um tempo para revisar e refletir
Dedique tempo. Revise seus trabalhos escritos. Escreva um email e
depois volte e edite para melhorar o conteúdo e a clareza, pensando no
seu leitor. Para a comunicação verbal, considere o que você vai dizer e
depois reserve mais algum tempo para refletir sobre os pontos que serão
apresentados.
Use quantas palavras forem necessárias, mas o mínimo possível. Seja
completo, mas não detalhado. Seja conciso, mas não muito a ponto de ser
considerado sucinto. Use palavras que sejam significativas, mas também
acessíveis – nunca pretensiosas. Ser intencional sobre como você se
comunica pode te ajudar a garantir o tom certo.
5. Escolha a melhor abordagem
Às vezes é melhor encontrar alguém no escritório ou no final de uma
reunião virtual para uma conversa rápida, em vez de marcar uma sessão
formal.
Em situações em que você quer compartilhar algum documento ou precisa
consultar informações, o email pode ser a melhor saída. Para algo
informal, você provavelmente escolherá um bate-papo. Também tenha
cuidado com mensagens de celular. Para algumas pessoas, isso é aceitável
e, para outras, é intrusivo.
Escolher o canal certo não é apenas uma formalidade ou uma questão de
eficiência, mas também pode afetar a facilidade com que você transmite
seu ponto de vista e a precisão com que a pessoa com quem você está
interagindo entende a mensagem.
Por exemplo, ao marcar uma reunião formal, seu colega de trabalho
pode concluir que algo está te preocupando e abordar o assunto de forma
defensiva, ao passo que, se você encontrá-lo casualmente, poderá atingir
seu objetivo com mais facilidade. Da mesma forma, se quiser comunicar
maior importância sobre um tema, marque algo mais formal e prepare uma
apresentação.
6. Seja autêntico
Ao mesmo tempo que você precisa ser intencional ao enviar e receber
informações, você também deve ser você mesmo. Ao demonstrar
autenticidade, você parecerá mais agradável e confiável.
Além disso, demonstre que você é humilde e está aberto ao
aprendizado, ao aprimoramento e a novas ideias de outras pessoas. Essas
abordagens construirão não apenas relacionamentos, mas também
credibilidade.
7. Construa uma rede de relacionamentos
Outra forma de melhorar sua comunicação é construir relacionamentos e
ampliar sua rede de contatos. Quando você conhece melhor as pessoas,
entende de onde elas vêm e como se comunicar com elas de maneira mais
eficaz – e vice-versa.
Além disso, quando você tem um relacionamento mais forte, a confiança
que você gera tende a lhe dar uma vantagem, porque as pessoas vão
entender o que você quer dizer, mesmo que não tenha se comunicado bem o
suficiente.
Ótimos relacionamentos também tornam o trabalho mais agradável. Você
se sentirá energizado trabalhando com pessoas de quem se sente próximo e
com quem está aprendendo e se inspirando.
8. Aproveite a tecnologia
Você também pode considerar usar IA para ajudar na sua comunicação
escrita. Embora seja necessário lidar com questões como segurança,
privacidade, qualidade e direitos autorais, muitos trabalhadores do
conhecimento também estão começando a aproveitar a inteligência
artificial, de acordo com a pesquisa Grammarly.
Na verdade, as pessoas hoje economizam quase oito horas de trabalho
por semana usando IA generativa, seja para melhorar a compreensão,
idealização, criação de conteúdo, pesquisa e edição ou revisão.
Os profissionais também estão usando IA para tarefas relacionadas à
escrita, como emails, relatórios ou apresentações, para classificar ou
gerenciar documentos escritos e traduzir conteúdo, de acordo com outra
pesquisa, da Tech.co.
Se você estiver aproveitando a IA, ótimo, mas tenha cuidado. De
acordo com o Insight, 80% das empresas possuem políticas para orientar
esse uso. E esteja ciente de que a IA é imperfeita porque foi projetada
por humanos. Pode ser um ponto de partida útil, mas depois você mesmo
precisará avaliar, editar e finalizar – sempre com integridade e
responsabilidade pelo seu trabalho.
*Tracy Brower é colaboradora da Forbes USA. Ela é socióloga,
conselheira, especialista em assuntos relacionados ao universo
profissional e autora de “The Secrets to Happiness at Work” (Os Segredos
da Felicidade no Trabalho, em tradução livre).
Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso
Junior Borneli, co-fundador do StartSe
Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)
Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor
Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe.
Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar
lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).
É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E
como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma
espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira
outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas,
conhecendo culturas diferentes.
Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do
Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não
duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a
diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator
entre fracasso e sucesso.
Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo.
“Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e
manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é
fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das
pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.
De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o
foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo
ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi
possível para o melhor resultado”, avisa.
Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as
coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma
situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde
você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das
coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o
empreendedor.
Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica
importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes
adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso
é a superação”, destaca Junior Borneli.
Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no
primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito
comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes,
receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”,
afirma.
É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será
fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior
parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado
expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria
fica pelo caminho”, diz.
É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá
que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a
sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a
trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky
Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto
aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.
O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham
glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com
super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa
espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à
tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.
Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são
persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará
valer a pena!,” destaca o empreendedor.
DERROTA TAMBÉM ENSINA
Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá,
tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos
ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova
tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos
Estados Unidos”, afirma Junior.
No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e
aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já
falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou
capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.
Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para
não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e
entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e
suportáveis”, salienta.
Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos
traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo
dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são
fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao
orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão.
Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e
siga firme em frente”, afirma.
É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você
não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se
você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm
coragem e disposição para fazer”, completa.
O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?
Moysés Peruhype Carlech
Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”,
sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de
resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial
da Startup Valeon.
Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer
pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as
minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais
uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?
Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a
sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você
comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online
com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu
WhatsApp?
Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para
ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja
e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.
A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao
mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para
sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em
Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para
enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de
isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos
hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar
pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade,
durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar
por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que
tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa
barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio
também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.
É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda
do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim
um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu
processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e
eficiente. Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e
aumentar o engajamento dos seus clientes.
Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu
certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. –
Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um
grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe
você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o
próximo nível de transformação.
O que funcionava antes não necessariamente funcionará no
futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas
como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos
consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas
tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo
aquilo que é ineficiente.
Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de
pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos
justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer
e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde
queremos estar.
Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a
absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que
você já sabe.
Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo
por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na
internet.
Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a
sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar
você para o próximo nível.
Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.
Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.
“Você fica imaginando o que aquelas pessoas passaram naqueles
momentos que antecederam a queda. Eles perceberam o que estava
acontecendo. Aqueles objetos que estão espalhados pelo terreno… Você
imagina que ali estavam os sonhos. É um cenário muito triste”, afirmou o
governador em entrevista coletiva na noite desta sexta-feira, 9.
O governador Tarcísio de Freitas no local do acidente aéreo em Vinhedo/SP Foto: Sergio Barzaghi/Governo do Estado de SP
Além de Tarcísio, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD)
acompanhou os trabalhos de resgate em Vinhedo. “Tínhamos muitas pessoas
do Paraná, amigos de amigos de conheço. Pessoas de Cascavel e Toledo.
Muitos médicos que iam para o Congresso”, afirmou.
Gabinete de crise
Tarcísio anunciou uma operação para garantir o suporte para as
famílias das vítimas do acidente ocorrido com aeronave da Voepass Linhas
Aéreas. O gabinete de crise, criado próximo ao local do desastre, tem
representantes das forças de segurança e salvamento do governo de SP e
integrantes do Ministério de Portos e Aeroportos, a Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac) e o Governo do Estado do Paraná.
“Estamos fazendo todo o trabalho de perícia e remoção dos corpos de
Vinhedo para o IML Central de São Paulo, onde há mais estrutura para os
exames necessários”, afirmou o governador. “O Estado vai disponibilizar
acomodações para as pessoas e temos o trabalho de assistentes sociais e
psicólogos”, afirmou Tarcísio.
O avião, que saiu de Cascavel (PR) com destino ao Aeroporto de Guarulhos,
na região metropolitana de São Paulo, caiu no início da tarde desta
sexta-feira com 61 pessoas a bordo. Imagens gravadas por moradores
mostram fogo após a queda.
Inicialmente a companhia aérea Voepass havia informado que 58
passageiros estavam no avião, mas retificou a informação no fim da tarde
desta sexta-feira.
O acidente com o voo de matrícula PTB 2283 aconteceu em uma área
residencial, próximo à rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-324).
Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave não atingiu nenhuma residência.
História de André Richter – Repórter da Agência Brasil – Newsrondonia
Dino pede documentos que autorizaram pagamento de emendas
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu
nesta quinta-feira (8), em Brasília, que os ministérios devem enviar à
Corte documentos sobre o pagamento de emendas parlamentares do tipo RP8,
uma das modalidades que fazem parte do chamado “orçamento secreto”.
A medida foi tomada pelo ministro para comprovar as indicações e
pedidos de priorização de repasses das emendas de deputados e senadores.
Na semana passada, o gabinete do ministro realizou reunião com
representantes do Senado e da Câmara dos Deputados para dar cumprimento à
decisão que determinou medidas de transparência nos repasses de
emendas.
Durante a reunião, os representantes alegaram que terão “dificuldade
de encontrar documentos” para cumprir a decisão. Dessa forma, o ministro
determinou que o Poder Executivo, que realiza os repasses, deve enviar
os pedidos feitos pelos parlamentares para justificar o pagamento das
emendas de comissão.
Emendas de comissão
“Assim, visando ao cumprimento dos prazos definidos na reunião
técnica realizada no dia 06/08/2024, determino que o Poder Executivo,
por meio de consulta da AGU aos ministros de Estado, encaminhe ao
relator todos os ofícios relativos a indicações ou priorização pelos
autores de RP 8 (emendas de comissão), no corrente exercício”, decidiu o
ministro.
Pela decisão de Flávio Dino, o Tribunal de Contas da União (TCU)
também deverá enviar ao Supremo, no prazo de dez dias, cópia de todos os
processos em tramitação sobre irregularidades nas emendas de relator.
Em dezembro de 2022, o STF entendeu que as emendas chamadas de RP9
são inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou
resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de
relator para cumprir a determinação da Corte. No entanto, o partido
PSOL, que entrou com a ação, entendeu que a decisão continua em
descumprimento por meio das emendas RP8.
Emendas pix
Mais cedo, em outra decisão sobre emendas parlamentares, o ministro
manteve a suspensão das chamadas “emendas Pix” ao Orçamento da União.
A decisão foi motivada por uma ação protocolada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Na decisão, o ministro entendeu que a execução das emendas pode
continuar nos casos de obras em andamento e calamidade pública. A
liberação dos recursos está condicionada ao atendimento de requisitos de
transparência e rastreabilidade dos recursos.
À medida que os brasileiros foram conquistando medalhas em Paris, a
oposição passou a inundar as redes sociais com publicações ironizando os
impostos pagos pelos atletas. Atentos aos memes, e não à promoção do
esporte, parlamentares deram caráter de urgência a um projeto que isenta
as premiações dos campeões olímpicos na França. O governo Lula, então,
provando que quando a ideia é ruim há harmonia entre os Poderes,
apressou-se a assinar uma medida provisória (MP) isentando os campeões
nos Jogos franceses de recolherem Imposto de Renda sobre suas premiações
em dinheiro.
Convenientemente, a MP vale a partir de 24 de julho, data de início
dos Jogos, permitindo que se pegue carona na popularidade dos atletas
laureados em Paris. Além disso, o governo abriu precedente para o
surgimento de emendas como a que estende a isenção a todos os campeões
olímpicos da história, o que só atesta que não há limites para o
populismo fiscal no País.
A MP, cujo uso se justifica apenas em situações de relevância e
urgência, se presta somente a atender a uma demanda manifestada nas
redes sociais, que em nada beneficia o fomento dos esportes. Não há
nenhuma surpresa nisso: Lula, cujo único esporte que interessa é o
futebol que joga com os amigos no Alvorada, demonstrou seu verdadeiro
compromisso nessa área ao demitir a ex-atleta Ana Moser do Ministério do
Esporte para acomodar um aliado do Centrão, André Fufuca.
Isentar a premiação da extraordinária Rebeca Andrade, que superou
inúmeras adversidades antes de se tornar uma das maiores campeãs
olímpicas do Brasil, não fará com que surjam novos talentos como ela.
Esses novos talentos só vão surgir se houver investimento suficiente
para que meninas como Rebeca não tenham que, como ela em seu início,
caminhar horas a fio para conseguirem treinar, porque não têm dinheiro
sequer para a condução.
Vale lembrar ainda que, para que cada Rebeca ou Bia Souza surja, é
preciso que milhares de crianças tenham acesso a ginásios e tatames, com
oportunidades e condições dignas de desenvolverem-se e afastarem-se da
pobreza. Não é com isenção de impostos sobre premiações que se chegará a
esse objetivo.
A isenção por si também é reveladora de um vício brasileiro, o de
premiar quem já tem benefícios. Atletas que não conseguem chegar às
Olimpíadas, muito provavelmente porque não tiveram condições para tal,
seguirão sem o necessário estímulo que poderia transformar suas vidas.
Valer-se de façanhas esportivas para tirar proveito político não é
novidade na história do Brasil. Paulo Maluf, quando prefeito de São
Paulo, comprou automóveis Fusca com dinheiro público para presentear os
tricampeões de futebol da Copa de 70, num episódio tão célebre quanto
infame.
A MP que isenta os medalhistas de Imposto de Renda é apenas a mais
recente evidência de que, quando se trata do desenvolvimento do esporte,
o Brasil é, há muitos ciclos, campeão do oportunismo.
Conseguir novos clientes pode ser desafiador, especialmente quando
não se tem muitas informações sobre o público atendido e sobre quais
ações podem ser tomadas para fazer com que o produto ou serviço seja
conhecido por mais pessoas.
Produzir conteúdo para as redes sociais e investir em anúncios pode
ser uma boa solução, mas, antes, é preciso entender melhor o cliente,
além de ter um bom planejamento para que as estratégias de divulgação
funcionem de fato.
Segundo a gerente de inovação e soluções do Sebrae Rio, Raquel
Abrantes, é fundamental que micro e pequenas empresas foquem em
organizar suas finanças e no bom atendimento ao cliente antes de
qualquer movimento.
Depois disso, também é importante focar em entender os nichos de
mercado atendidos pela empresa e aproveitar oportunidades para explorar
suas especificidades e crescer a base de clientes.
Os quatro pontos abaixo podem ajudar quem está em busca de trazer mais clientes para o seu negócio:
1) Organizar as finanças e se planejar é o primeiro passo
A organização é o primeiro passo para o empreendedor que deseja
expandir o número de clientes do seu negócio. Isso porque somente com as
finanças organizadas é possível traçar estratégias de anúncio que façam
sentido financeiramente para a companhia.
“Se tenho um bom planejamento, vou saber onde estou investindo mais e
menos dinheiro, e também o que está sobrando”, afirma Abrantes. “Se
sobra alguma coisa, eu consigo fazer uma boa campanha de marketing, por
exemplo”, complementa.
Isso porque, para além de estar presente nas redes sociais, as
empresas também podem apostar no impulsionamento de seu conteúdo para
atingir públicos específicos. Esse processo ocorre mediante o pagamento
de taxas de impulsionamento de conteúdo, que variam de acordo com cada
rede social.
Além disso, Abrantes destaca que o investimento também pode ser feito
em outros tipos de mídia, como em sites da internet, na televisão ou
mídia impressa. Tudo depende do tipo de público que se deseja atingir
2) Bom atendimento é cada vez mais demandado
Para conseguir captar mais clientes, Abrantes menciona a importância
do bom atendimento e da proximidade da marca com quem consome seus
produtos ou serviços. “O atendimento é crucial. Após a venda, tem que
fazer o pós-atendimento, perguntar se deu tudo certo, se o presente foi
bom, se a roupa coube, se a festa foi um sucesso”, diz a consultora.
Segundo ela, os clientes valorizam cada vez mais o atendimento
personalizado, movimento que aumentou consideravelmente depois da
pandemia. Ao se sentirem bem atendidos, as chances de recomendarem a
empresa para outras pessoas é maior, e a procura pela marca pode
aumentar a partir da recomendação “boca a boca”.
3) Entender seu nicho de mercado ajuda a personalizar estratégias
Entender o nicho de mercado em que atua é fundamental, segundo
Abrantes, para direcionar os esforços de anúncio e lançamentos, o que
pode aumentar o número de clientes interessados nos produtos ou serviços
oferecidos.
“Se estou falando de roupas plus size, por exemplo, não adianta
colocar no Instagram ou no TikTok conteúdos para todos os tipos de
público”, afirma a consultora do Sebrae. “Quando tenho meu nicho de
mercado muito bem direcionado, tenho um acerto muito maior”.
Essa compreensão do público pode ser feita tanto através do contato
direto com os clientes, como também com estudos de mercado e tendências
do setor em que a empresa atua. Segundo Abrantes, o próprio Sebrae
oferece em seu site conteúdos de tendências de análise de mercado e
comportamento de público que podem ajudar neste processo.
Trabalhando de forma nichada, além de se comunicar melhor com seus
atuais clientes, aumenta-se a possibilidade de que estratégias de
marketing ou ações promocionais sejam mais efetivas.
4) Explorar oportunidades pode ajudar a crescer
Apostar em novas possibilidades de crescimento para o negócio é outra
alternativa para quem deseja aumentar o número de clientes. Para isso,
fazer contato com outras companhias e explorar feiras e eventos voltados
para a área de atuação da empresa é fundamental.
“Você pode verificar expositores (de uma feira de negócios) que não
estão só vendendo seus produtos, como querendo ampliar seus negócios
também”, diz Abrantes, mencionando a possibilidade de parcerias entre
empresas, por meio de networking e rodadas de negócios.
Atuando com parcerias, é possível que o empreendedor aumente o número
de clientes que possui com ações conjuntas de venda e divulgação. Além
disso, é possível expandir o alcance de seus próprios produtos e
serviços, crescendo o número de potenciais compradores.
Avião da Voepass com 62 pessoas caiu em zona residencial de Vinhedo (SP); ninguém sobreviveu Foto: Reproducao/TV Globo
Quando um acidente aéreo acontece, a busca pela caixa-preta é
prioridade após o resgate de possíveis sobreviventes. A peça é um
sistema de registro de dados e voz do avião, que grava as últimas
conversas da tripulação, além de informações da aeronave como
velocidade, aceleração, condições climáticas, altitude e ajustes de
potência.
Ela é dividida em duas partes. Uma é o gravador de voz do cockpit
(CVR), que captura as últimas horas de conversas entre a tripulação e
sons internos da aeronave. A outra é o gravador de dados de voo (FDR),
que captura informações técnicas sobre o trajeto adotado pelo avião até a
queda.
No caso do ATR que caiu em Vinhedo, tanto o CVR quanto o FDR foram encontrados e já foram encaminhados para Brasília.
Na capital federal, as gravações e os dados serão inspecionados pelo
Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
Caixa-preta é feita para suportar altas temperaturas e fortes impactos
A caixa-preta é feita com uma liga de aço e titânio, tornando-a ultra
resistente. A peça pode suportar forças superiores à 3,4 mil G, ou
seja, 3,4 mil vezes a força gravitacional da terra e variações de
temperatura entre -60ºC e 1.100 Cº.
Caixa-preta do Airbus A320 da TAM envolvido no maior acidente da
aviação comercial brasileira, em 2007 Foto: Patrícia Campos Mello/AE
No caso do ATR, mesmo com o impacto em “parafuso chato”, que tirou
das 62 vítimas qualquer chance de sobrevivência, a peça foi encontrada
preservada pela perícia, segundo informações do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.
Chamada de caixa-preta, a peça, na verdade, é laranja. A escolha da
cor tem uma razão: é preciso que ela seja destacada entre os destroços e
possa ser localizada em ambientes de difícil visualização.
O mecanismo costuma ser armazenada na parte traseira dos aviões.
Estatisticamente, a cauda da aeronave é a parte que sofre menos danos em
desastres aéreos.
Também visando a preservação das conversas do piloto e o trajeto
feito pelo avião, a peça tem a sua própria fonte de energia elétrica. A
caixa-preta emite um sinal de localização que pode ser rastreado até
mesmo no fundo do oceano.