segunda-feira, 12 de agosto de 2024

ESTADOS UNIDOS TERMIMANM EM PRIMEIRO LUGAR NA OLIMPÍADA DE PARIS

 

História de AFP

Jogadoras da seleção feminina de basquete dos Estados Unidos conquistaram a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris

Jogadoras da seleção feminina de basquete dos Estados Unidos conquistaram a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris© Damien MEYER

Graças ao título no basquete feminino, torneio que fechou neste domingo (11) os 15 dias de competições em Paris, os Estados Unidos terminaram os Jogos Olímpicos na liderança do quadro de medalhas, empatado em 40 ouros com a China.

Tabela de medalhas dos Jogos Olímpicos de 2024, por delegação.

Tabela de medalhas dos Jogos Olímpicos de 2024, por delegação.© Arnaud PICHON

O ‘Team USA’, no entanto, conseguiu mais pratas que a delegação chinesa (44 contra 27) e mais medalhas no total: 126 a 91. O Japão foi o terceiro, com 45 medalhas (20-12-13).

Estados Unidos e China mantiveram uma disputa pela liderança até o apagar das luzes em Paris. Os chineses começaram o 16º e último dia de competições na frente, com um ouro a mais que os americanos (39-38).

Além do basquete feminino, os Estados Unidos esperavam conseguir mais dois títulos neste domingo, mas a Itália surpreendeu no vôlei feminino e derrotou a seleção americana, campeã olímpica em Tóquio.

EUA termina em 1º no quadro de medalhas dos Jogos de Paris; Brasil em 20º

EUA termina em 1º no quadro de medalhas dos Jogos de Paris; Brasil em 20º© Damien MEYER, Loic VENANCE, JUNG Yeon-je, Anne-Christine POUJOULAT, Oli SCARFF, Punit PARANJPE, Luis ROBAYO, David GRAY, Jack GUEZ, Bruno VIGGIANO

A China, por sua vez, somou um último ouro, com Li Wenwen no levantamento de peso feminino, mas a vitória da americana Jennifer Valente no ciclismo deixou a decisão para a final do basquete feminino.

Na Arena Bercy, apesar da resistência francesa, a seleção dos Estados Unidos venceu por 67-66 para conquistar seu oitavo ouro consecutivo e garantir a vitória americana no quadro de medalhas.

O Brasil terminou na 20ª posição, com 20 medalhas no total: três de ouro, sete de prata e dez de bronze.

Para definir a classificação no quadro de medalhas, primeiro é levado em conta o número de ouros e, posteriormente, para desempate, as pratas e os bronzes.

— Quadro de medalhas final dos Jogos Olímpicos de Paris-2024:

Países Ouro Prata Bronze  Total

1 – Estados Unidos 40 44 42  126

2 – China 40 27 24  91

3 – Japão 20 12 13  45

4 – Austrália 18 19 16  53

5 – França 16 26 22  64

6 – Holanda 15 7 12  34

7 – Grã-Bretanha 14 22 29  65

8 – Coreia do Sul 13 9 10  32

9 – Itália 12 13 15  40

10 – Alemanha 12 13 8  33

11 – Nova Zelândia 10 7 3  20

12 – Canadá 9 7 11  27

13 – Uzbequistão 8 2 3  13

14 – Hungria 6 7 6  19

15 – Espanha 5 4 9  18

16 – Suécia 4 4 3  11

17 – Quênia 4 2 5  11

18 – Noruega 4 1 3  8

19 – Irlanda 4 0 3  7

20 – Brasil 3 7 10  20

21 – Irã 3 6 3  12

22 – Ucrânia 3 5 4  12

23 – Romênia 3 4 2  9

24 – Geórgia 3 3 1  7

25 – Bélgica 3 1 6  10

26 – Bulgária 3 1 3  7

27 – Sérvia 3 1 1  5

28 – República Tcheca 3 0 2  5

29 – Dinamarca 2 2 5  9

30 – Azerbaijão 2 2 3  7

     Croácia 2 2 3  7

32 – Cuba 2 1 6  9

33 – Bahrein 2 1 1  4

34 – Eslovênia 2 1 0  3

35 – Taiwan 2 0 5  7

36 – Áustria 2 0 3  5

37 – Filipinas 2 0 2  4

     Hong Kong 2 0 2  4

39 – Argélia 2 0 1  3

     Indonésia 2 0 1  3

41 – Israel 1 5 1  7

42 – Polônia 1 4 5  10

43 – Cazaquistão 1 3 3  7

44 – Jamaica 1 3 2  6

     África do Sul 1 3 2  6

     Tailândia 1 3 2  6

47 – Etiópia 1 3 0  4

48 – Suíça 1 2 5  8

49 – Equador 1 2 2  5

50 – Portugal 1 2 1  4

51 – Grécia 1 1 6  8

52 – Argentina 1 1 1  3

     Egito 1 1 1  3

     Tunísia 1 1 1  3

55 – Botsuana 1 1 0  2

     Chile 1 1 0  2

     Santa Lúcia 1 1 0  2

     Uganda 1 1 0  2

59 – República Dominicana 1 0 2  3

60 – Guatemala 1 0 1  2

     Marrocos 1 0 1  2

62 – Dominica 1 0 0  1

     Paquistão 1 0 0  1

64 – Turquia 0 3 5  8

65 – México 0 3 2  5

66 – Armênia 0 3 1  4

     Colômbia 0 3 1  4

68 – Coreia do Norte 0 2 4  6

     Quirguistão 0 2 4  6

70 – Lituânia 0 2 2  4

71 – Índia 0 1 5  6

72 – Moldávia 0 1 3  4

73 – Kosovo 0 1 1  2

74 – Chipre 0 1 0  1

     Fiji 0 1 0  1

     Jordânia 0 1 0  1

     Mongólia 0 1 0  1

     Panamá 0 1 0  1

79 – Tajiquistão 0 0 3  3

80 – Albânia 0 0 2  2

     Granada 0 0 2  2

     Malásia 0 0 2  2

     Porto Rico 0 0 2  2

84 – Cabo Verde 0 0 1  1

     Catar 0 0 1  1

     Costa do Marfim 0 0 1  1

     Equipe Olímpica de Refugiados 0 0 1  1

     Eslováquia 0 0 1  1

     Peru 0 0 1  1

     Singapura 0 0 1  1

     Zâmbia 0 0 1  1

mcd/ma/cb/aam

PROMOTORES E PROCURADORES DE S. PAULO TÊM UM CONCEITO MUITO PECULIAR DE TRABALHO QUANDO HÁ EXCESSO DE TRABALHO DEVE=SE TRBALHAR MENOS

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Os promotores e procuradores de Justiça de São Paulo parecem ter um conceito muito peculiar de trabalho, segundo o qual, quando há excesso de trabalho, deve-se trabalhar menos, não mais, para colocar o serviço em dia. Somente essa subversão da lógica explicaria a reivindicação feita pelos integrantes do Ministério Público (MP) paulista para que se amplie de três para dez dias as folgas que podem gozar por mês em razão de um suposto acúmulo de acervo processual.

Um trabalhador comum, se desafiado a executar uma carga maior de serviço, terá de trabalhar mais para executar essa tarefa, e, como contrapartida, receberá hora extra, conforme previsto na legislação trabalhista, ou contabilizará banco de horas. Mas, como os promotores e procuradores, ao que tudo indica, não são trabalhadores comuns, quando acumulam serviço sobre os quais são os únicos responsáveis, querem trabalhar menos. Ou trabalham pouco ou trabalham mal – talvez, os dois.

Não parece justificável tanta exaustão, a ponto de se buscar mais tempo para o ócio. Não há relato de que promotores e procuradores sejam submetidos a duras condições de trabalho. Ademais, diferentemente do resto dos mortais brasileiros, desfrutam de 60 dias de férias ao ano e, como parte da elite do funcionalismo, são muito bem pagos para dar conta de seus afazeres em troca de prestação de serviço com agilidade e qualidade aos cidadãos. Hoje, em São Paulo, o salário inicial no MP é de R$ 30,6 mil e, quando se alcança o topo, chega a R$ 37,6 mil. Trata-se de uma contrapartida nada desprezível.

Contudo, como se sabe, esse ganho pode ser maior. São muitas as estratégias que podem levar ao incremento da renda mensal, que, não raro, fazem com que boa parte dos integrantes das carreiras jurídicas ganhe acima do teto constitucional, hoje de R$ 44 mil. São subterfúgios, popularmente conhecidos como penduricalhos, que garantem pela via administrativa, e, sobretudo, com dribles ao Legislativo, remunerações generosas. E, ao fim e ao cabo, o pleito dos promotores e procuradores de São Paulo é só mais um deles.

Isso ocorre porque, no fundo, o pedido feito pela Associação Paulista do Ministério Público ao procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, busca engordar ainda mais o contracheque dos promotores e procuradores, haja vista que essas folgas podem ser convertidas em dinheiro, e fora do teto. Reclamam os integrantes do MP o fato de o Judiciário paulista já conceder dez dias de folga – ou seja, mais dinheiro – aos magistrados que supostamente trabalham demais. Sem mencionar estimativas de impacto financeiro, querem, ainda, o pagamento de retroativos desde maio de 2022, quando a chamada licença compensatória foi instituída pelo Conselho Nacional do Ministério Público.

Ora, os promotores e procuradores paulistas mal conseguem esconder que o verdadeiro interesse que está por trás da falácia do trabalho excessivo e das folgas é meramente financeiro. Esse tipo de estratagema, sim, é motivo de muito cansaço, mas dos cidadãos, que já estão fartos de arcar com tantos privilégios.

MORRE DELFIM NETTO UM DOS ECONOMISTAS MAIS CONHECIDOS DO PAÍS

 

História de Por Isabel Versiani – REUTERS

Delfim Netto durante entrevista à Reuters em São Paulo em julho de 2013 15/07/2013 REUTERS/Paulo Whitaker

Delfim Netto durante entrevista à Reuters em São Paulo em julho de 2013 15/07/2013 REUTERS/Paulo Whitaker© Thomson Reuters

BRASÍLIA (Reuters) – Um dos economistas mais conhecidos do país, famoso pela capacidade de se reinventar e manter protagonismo no debate público e influência junto a diferentes governos, o que fez por mais de cinco décadas, Delfim Netto morreu nesta segunda-feira, aos 96 anos, “em decorrências de complicações no seu quadro de saúde”, após uma semana de internação hospitalar, disse sua assessoria de imprensa.

Homem forte da economia durante o regime militar, quando foi ministro de três presidentes e deu aval ao Ato Institucional nº 5, marco do endurecimento da ditadura, Delfim também foi conselheiro informal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seus dois primeiros governos.

Ex-embaixador do país em Paris, deputado federal por cinco mandatos, consultor e articulista, Delfim manteve durante a vida longa relação com a USP, onde se graduou em Economia, em 1951, na terceira turma da então Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas e veio a se tornar professor catedrático (titular), diretor de pesquisa e membro do conselho universitário.

Em 2012, o economista doou sua biblioteca de mais de 250 mil livros à universidade.

Delfim nasceu em 1928 na cidade de São Paulo e foi criado no então bairro operário do Cambuci. Sua mãe era costureira e seu pai, que morreu quando Delfim era adolescente, foi funcionário da companhia municipal de transportes.

No final dos anos 1950, já atuando como acadêmico, o economista foi convidado a integrar a equipe de planejamento do governo do Estado de São Paulo. Em 1966, após o golpe militar, assumiu o comando da Secretaria da Fazenda do Estado, dando início a sua vida política.

Com menos de 40 anos foi nomeado ministro da Fazenda do presidente Artur da Costa e Silva e mantido no cargo no governo seguinte, comandado pelo general Emílio Garrastazu Médici. Sua política econômica, de 1967 a 1974, foi focada principalmente no estímulo ao crescimento por meio dos gastos públicos e no esforço de combate à inflação. Em meio a um ambiente externo favorável, o período acabou ficando conhecido como “milagre econômico”, com o país crescendo a taxas médias superiores a 9%.

Ao deixar o governo, Delfim foi nomeado embaixador em Paris. O economista voltaria a Brasília no mandato do general João Figueiredo, último presidente da ditadura, que enfrentou um cenário internacional bem mais adverso.

Primeiro como ministro da Agricultura, depois à frente de uma Secretaria de Planejamento com poderes ampliados, Delfim foi um dos protagonistas da equipe econômica em um período marcado por crises, queda do PIB e disparada da inflação, na primeira metade da “década perdida” dos anos 1980.

Após a redemocratização, Delfim se lançou na política parlamentar e abriu uma consultoria. Foi eleito deputado federal por cinco vezes consecutivas — primeiro pelo PDS, partido herdeiro da Arena, que dava sustentação ao regime militar, depois pelos sucessores PPR e PPB. Posteriormente foi filiado ao PP e ao PMDB.

Delfim afirmava não se arrepender de ter participado do governo militar e de ter assinado o AI-5, que em dezembro de 1968 suspendeu direitos políticos e garantias como o habeas corpus, reforçou a censura e, em última instância, abriu caminho para a institucionalização da tortura e de outras violações de direitos humanos.

Em entrevista ao programa Roda Viva, em 2019, o economista afirmou que assinaria o ato novamente. “Não tem arrependimento possível sobre alguma coisa que você não tem nenhum controle”, afirmou.

O economista também disse considerar tolice as discussões, no então governo Jair Bolsonaro, que negavam o golpe de 1964. “É claro que houve um golpe. Houve sim, porque se quebrou as disposições constitucionais, é por definição.”

Delfim voltou a se associar ao governo, dessa vez indiretamente, nos dois primeiros governo de Lula, com quem mantinha diálogo constante. Em 2022, anunciou que votaria no petista, que disputou a Presidência com Bolsonaro.

Delfim foi alvo de busca e apreensão da operação Lava Jato, suspeito de ter recebido propina durante projeto de construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Ele negou as acusações, dizendo que recebeu pagamento de uma construtora por uma consultoria e que teria declarado o dinheiro.

Mesmo tendo sido colunista dos principais veículos de imprensa durante anos tratando essencialmente de política econômica, Delfim, que era pouco afeito a tecnologia e escrevia seus textos em máquina de escrever, ganhou destaque nas redes sociais com um vídeo em que defendia o sedentarismo.

“Das piores coisas para a sobrevivência é ginástica”, disse o economista, em um vídeo mais antigo que gerou muitas visualizações e polêmica nos anos recentes. Com aparente ironia, ele argumentava que o coração tem uma vida útil limitada, que seria encurtada com pela exercício físico.

GOVERNO BRASILEIRO ANUNCIA PROGRAMA PARA VOLTA PARA O PAÍS DE PESQUISASORES QUE ESTEJAM NO EXTERIOR

História de Bruno Lupion – DW Brasil

Governo lança programa de bolsas em busca de doutores e mestres que estão no exterior. Para SBPC, porém, verbas seriam melhores aplicadas em incentivos aos que já estão no Brasil.

Conhecimento Brasil selecionará até mil projetos de pesquisadores que estejam no exterior e desejam voltar para fazer pesquisa no Brasil

Conhecimento Brasil selecionará até mil projetos de pesquisadores que estejam no exterior e desejam voltar para fazer pesquisa no Brasil© Andrew Brookes/Westend61/imago images

O governo brasileiro quer atrair de volta para o país pesquisadores que estejam no exterior. A oferta? Uma bolsa mensal maior do que a oferecida a pesquisadores já no Brasil, verbas para pesquisa e viagens a trabalho e um pacote de benefícios.

O programa, inédito no Brasil, foi anunciado no final de julho, após debates da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, com pesquisadores e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) sobre como aproveitar melhor a experiência desses brasileiros no exterior.

O anúncio de mais recursos para a pesquisa é bem-vindo para a comunidade científica, mas alguns avaliaram que, antes de investir na atração dos que estão no exterior, o governo deveria priorizar políticas para reter e fixar os doutores que já estão no país.

Chamado Programa de Repatriação de Talentos – Conhecimento Brasil, ele selecionará até mil projetos de pesquisadores que estejam no exterior e desejam voltar para fazer pesquisa no Brasil, e custará cerca de R$ 825 milhões em cinco anos.

O que está sendo oferecido

O CNPq pagará bolsa mensal de R$ 10 mil a mestres e de R$ 13 mil a doutores para fazer pesquisa em empresas ou, no caso dos doutores, também em universidades em institutos brasileiros. As bolsas são isentas de imposto de renda.

Os selecionados receberão auxílios para viajar e se instalar no país, contratar plano de saúde e contribuir para o INSS, por quatro anos – prorrogáveis por mais um.

Cada projeto receberá até R$ 400 mil para a compra e manutenção de equipamentos – que devem deixar um legado para os institutos de pesquisa – e até R$ 120 mil para participação em eventos ou visitas a centros de excelência no exterior.

Para efeito de comparação, a bolsa de doutorado do CNPq é hoje de R$ 3.100 e a de pós-doutorado, de R$ 5.200 – depois de um reajuste de 40% e 27%, respectivamente, no início do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que hoje paga o maior valor das fundações estaduais, a bolsa de doutorado é de até R$ 6.810 e a de pós-doutorado, de até R$ 12 mil, após reajuste de 45% e de 28%, respectivamente, em junho.

Quantos pesquisadores o Brasil forma e quantos estão fora

Cerca de 20 mil novos doutores são formados no Brasil todos os anos. Em relação à população, o país fica atrás de 21 nações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), segundo levantamento do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE) com dados de 2021.

Naquele ano, o Brasil concedeu 10,2 títulos de doutor por 100 mil habitantes – à frente do Chile e da Colômbia e em patamar semelhante ao de Turquia e do México. Lideram o ranking o Reino Unido (37,4 a cada 100 mil habitantes), a Dinamarca (35) e a Alemanha (33,9).

Não existem estimativas confiáveis de quantos pesquisadores brasileiros estejam no exterior. O CNPq considera que há cerca de 20 mil, considerando os que foram para o exterior com bolsa. A pesquisadora Ana Maria Carneiro, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e especialista na diáspora científica brasileira, diz à DW que esse universo é muito variado – compreende tanto pesquisadores que deixaram o país há muito tempo e estão bem instalados no exterior como aqueles no início da experiência internacional e ainda tentando se estabelecer.

Quem o programa vai atrair?

Uma pesquisa realizada por Carneiro em 2023 com 1.200 pesquisadores brasileiros no exterior, residentes em 42 países, mostrou que vontade de voltar existe, desde que haja boas oportunidades de emprego na terra natal.

Esse foi o desejo expressado por 44% dos doutorandos, 51% dos pós-doutorandos e 40% dos professores e pesquisadores com contratos temporários no exterior. No entanto, mais de 70% dos entrevistados indicaram não ter previsão de retorno.

Ela avalia que o programa de repatriação poderá ser interessante para os pesquisadores mais jovens e com vínculos precários no exterior, como contatos temporários. “O programa oferece auxílios que não existem em outras bolsas, recursos para custeio e viagens, é um ‘enxoval’ que permite aos que estavam no exterior terem um bom início no Brasil e se inserirem em redes de pesquisa”, diz.

CNPq pagará bolsa mensal de R$ 10 mil a mestres e de R$ 13 mil a doutores para fazer pesquisa

CNPq pagará bolsa mensal de R$ 10 mil a mestres e de R$ 13 mil a doutores para fazer pesquisa© Patrick Orsagos/AP/picture alliance

Já entre os que estão há mais tempo fora, com contratos estáveis e famílias estabelecidas, a proposta não deve ser suficiente para motivar um retorno ao Brasil, afirma.

Ricardo Galvão, presidente do CNPq, diz à DW que a bolsa de R$ 13 mil para doutores, acrescida dos recursos para infraestrutura de pesquisa, plano de saúde e INSS, deve ser suficiente para convencer parcela dos que hoje estão no exterior.

O valor da bolsa, afirma, equivale aproximadamente ao salário de professor associado das universidades federais em tempo integral, ou à remuneração média de um pós-doutor na Europa. Durante conversas com pesquisadores no exterior, ele diz que “ficou clara a intenção de muitos colaborarem com o Brasil, seja retornando ao país ou estabelecendo redes de colaboração com pesquisadores aqui residentes”.

Os recursos para o programa virão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Em 2021, uma lei aprovada pelo Congresso Nacional proibiu que os valores desse fundo sejam contingenciados pelo governo para o cumprimento de metas fiscais.

Do Ciência sem Fronteiras ao Conhecimento Brasil

A pesquisadora Clarissa Rocha, 42 anos e hoje nos Estados Unidos, é uma das interessadas no programa de repatriação. Bióloga molecular geneticista, ela deixou o país há dez anos e apresentará um projeto para voltar ao Brasil.

Sua história relaciona-se ao ciclo de políticas públicas do país. Nascida em Fortaleza, ela fez mestrado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), doutorado na França e voltou à UFMG para o pós-doutorado, sempre pesquisando a microbiota intestinal e sua relação com doenças inflamatórias.

Em 2014, com uma bolsa do programa Ciência sem Fronteira, foi para a Universidade da Califórnia (UC Davis). Após um ano e meio, recebeu oferta de emprego para dar continuidade à sua pesquisa lá e decidiu ficar. “Tinha dois caminhos, voltar ao Brasil e ficar desempregada ou aceitar a oferta. Não podia me dar ao luxo de voltar e ficar sem emprego, então aceitei”, diz.

Após sete anos na UC Davis, foi contratada por uma empresa de biotecnologia que desenvolve diagnósticos e terapias para doenças ginecológicas relacionadas à microbiota, onde trabalha hoje. Apesar da carreira estabelecida, ela acalenta há alguns anos a ideia de voltar para o Brasil, mas não o fez ainda por falta de oportunidade.

“Há muitos pesquisadores como eu que querem voltar, mas não podemos simplesmente largar nossas vidas profissionais sem ter pelo menos um programa de início, que vá nos ajudar a nos inserir de volta no mercado de trabalho”, afirma. “Vejo o programa como o recomeço da minha carreira científica no Brasil.” Ela apresentará um projeto para seguir fazendo sua pesquisa na UFMG, focada em novos diagnósticos e terapias para doenças inflamatórias.

Qual a motivação para voltar? Ela diz que deseja contribuir com a ciência brasileira e compartilhar suas experiências de pesquisa e profissional que obteve nos Estados Unidos com os profissionais brasileiros. E também menciona um aspecto pessoal: “estou há muito tempo longe da minha família, chega uma hora que você começa a balancear o que vale mais a pena.”

Rocha considera o valor da bolsa e os benefícios razoáveis. Ela elogia o recolhimento ao INSS – “no Brasil, muitos não veem o bolsista como um profissional, mas somos cientistas profissionais” – e considera o prazo de quatro anos adequado para dar “certa estabilidade” no retorno. “Arrisquei para vir para cá há dez anos e deu certo, agora estou arriscando de novo ao voltar.”

Mas ela frisa as incertezas sobre o que ocorrerá após o final da bolsa, caso seu projeto seja aprovado. “Acho o programa maravilhoso. Mas será que o mercado brasileiro vai depois conseguir absorver todos os cientistas que estão pretendendo voltar, ou não? Tem que ter um plano para absorver depois que a bolsa acabar, senão quem não conseguir vai voltar para o exterior de novo. Essa é uma das minhas maiores preocupações.”

Quais são as críticas ao programa

Alguns membros da comunidade científica consideraram que os recursos públicos destinados para atrair os pesquisadores de fora seriam melhores utilizados de outra forma. Francilene Garcia, vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), afirma à DW que a entidade considera prioritário criar condições para os doutores que se formam seguirem fazendo pesquisa no país, como melhores instalações de pesquisa e bolsas mais elevadas.

“A SBPC defende uma política pública que mantenha o número de doutores formados atualmente e construa iniciativas para que eles sejam retidos e fixados”, diz Garcia. Ela cita que uma parcela dos recursos destinados ao programa de repatriação seria suficiente para cobrir a defasagem das bolsas de pós-doutorado oferecidas no país.

Programa concederá também até R$ 400 mil para a compra de equipamentos e manutenção da pesquisa

Programa concederá também até R$ 400 mil para a compra de equipamentos e manutenção da pesquisa© picture-alliance/dpa/S. Hoppe

“Não há nenhum sentimento de que atrair brasileiros do exterior seja ruim, a pesquisa feita em conjunto com o exterior em geral tem mais impacto. Mas há uma prioridade anterior, que é a fixação dos doutores que já estão aqui”, diz. Ela também aponta que o prazo de quatro anos para os projetos de pesquisa não seria um incentivo longevo.

Alguns pesquisadores também manifestaram incômodo com o fato de as bolsas oferecidas aos que chegarem do exterior serem superiores às de quem ficou no Brasil.

“As universidades federais estavam até há pouco em greve por aumento de salário, e o governo não deu o aumento pedido por restrição fiscal – mas está agora empenhando um valor razoável para tentar atrair as pessoas de fora. Percebi uma certa indisposição entre os que ficaram no país, passaram por maus bocados no governo Bolsonaro, e agora veem aqueles que estão fora receberem ofertas e condições de trabalho melhores que as deles”, diz Fábio Sá e Silva, vice-presidente da Brazilian Studies Association (Brasa), sediada nos Estados Unidos.

A Rede Apoena, que reúne pesquisadores brasileiros na Alemanha, afirmou em nota à DW que seus membros ainda têm dúvidas que precisam ser esclarecidas sobre o programa, “especialmente em relação a um plano de longo prazo para pesquisadores no Brasil”, e que faltou uma comunicação mais próxima do governo com a comunidade acadêmica. A rede realizará um webinar com o CNPq na próxima semana sobre o tema.

Parcerias com os brasileiros no exterior

A iniciativa recém-lançada tem outros dois eixos de atuação. Um pretende incentivar pesquisadores brasileiros estabelecidos no exterior a colaborarem de forma mais sistemática com institutos de pesquisa e empresas no Brasil, sem terem que se mudar de volta para o país.

Esse programa concederá até R$ 400 mil para a compra de equipamentos e manutenção da pesquisa e R$ 120 mil para viagens de trabalho por projeto, por dois anos. Há verba para contemplar 380 projetos nesse sentido, com orçamento total de R$ 230 milhões.

Para Garcia, da SBPC, o governo acertou nessa. “Temos vários pesquisadores de diversas áreas trabalhando em temas que são fronteira na ciência, como na área de biotecnologia, fundamental para a exploração da biodiversidade brasileira. Mesmo que eles decidam se fixar no exterior, contribuir com instituições de pesquisa no Brasil é um processo agregador”, afirma.

Uma terceira iniciativa, cujo edital ainda não foi lançado, destinará até R$ 500 milhões a projetos com valor mínimo de R$ 1 milhão a empresas brasileiras que contratem pesquisadores brasileiros que estejam no exterior para atuarem em projetos de inovação.

Autor: Bruno Lupion

 

COMUNICAÇÃO É UMA DAS HABILIDADES MAIS IMPORTANTES PARA TER SUCESSO NA CARREIRA É UMA DAS COMPETÊNCIAS QUE A IA NÃO PODE SUBSTITUIR

 

Tracy Brower é colaboradora da Forbes USA. Ela é socióloga, conselheira, especialista em assuntos relacionados ao universo profissional e autora de “The Secrets to Happiness at Work” (Os Segredos da Felicidade no Trabalho, em tradução livre).

© Fornecido por Forbes Brasil

A comunicação é uma das habilidades mais importantes para ter sucesso na carreira – especialmente agora com o boom da inteligência artificial. É uma das competências que a IA não poderá substituir.

Mas também é um grande desafio, já que as pessoas têm períodos de atenção cada vez mais curtos. Ou seja, você precisa ser brilhante, mas também breve.

Por outro lado, não saber se comunicar de forma efetiva pode atrapalhar seu progresso, especialmente em posições de liderança, além de enfraquecer relacionamentos e diminuir seu desempenho e credibilidade.

Alguns profissionais têm facilidade com a comunicação, mas você pode tomar medidas práticas para se comunicar melhor.

Comunicação para evoluir na carreira

Melhorar suas habilidades vale o esforço e trará muitos benefícios. Um deles é evitar a estagnação na carreira. Para 20% das pessoas em geral e para 50% dos que têm entre 18 e 35 anos, a má comunicação impediu que avançassem profissionalmente. E 45% acreditam que a eficácia da sua comunicação diminui quando ficam nervosos. Esses dados são de uma pesquisa da Elevate, ferramenta de treinamento cerebral desenvolvida para aprimorar habilidades analíticas e de comunicação.

Além disso, para 51% das pessoas, uma comunicação ruim resulta no aumento do estresse e, para 41%, leva à diminuição da produtividade. Para 35% das pessoas, também reduziu a satisfação no trabalho, de acordo com um estudo da Grammarly, verificador de gramática online, e a Harris Poll, empresa americana de pesquisa e análise de mercado.

Do lado positivo, para 72% das pessoas, um bom vocabulário afetou positivamente a confiança, segundo a Elevate. Na pesquisa da Grammarly, também relataram aumento da satisfação no trabalho (58%), maior confiança e produtividade (55% cada) e diminuição do estresse (48%) decorrentes de uma melhor comunicação.

Essa habilidade também pode ajudar no momento da contratação. Na verdade, 28% dos empregos incluem uma forte capacidade de comunicação como um fator crítico para os candidatos serem considerados, de acordo com dados da plataforma de empregos Adzuna.

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Como fazer as pessoas confiarem em você

Profissionais usam IA no trabalho, mas não querem que seus chefes saibam

Enfrentando a sobrecarga Mas ao mesmo tempo em que as pessoas reconhecem o poder de uma ótima comunicação, provavelmente estão sobrecarregadas. 78% afirmam que a frequência da comunicação aumentou nos últimos 12 meses e 73% afirmam que a variedade de canais de comunicação também aumentou no mesmo período. E 88% do tempo dos profissionais do conhecimento é gasto com a comunicação por meio de múltiplos canais. Tudo isso de acordo com a pesquisa da Grammarly.

As horas se somam: as pessoas passam mais de 10 horas por semana em reuniões e mais de 21 horas realizando tarefas de redação, como desenvolver a comunicação com outras pessoas, responder à comunicação escrita e criar e revisar materiais.

Você pode lidar com a sobrecarga e aprimorar as habilidades de comunicação de várias maneiras.

8 estratégias para melhorar sua comunicação 1. Esteja presente

Uma das primeiras maneiras de melhorar suas habilidades de comunicação é estar presente. Quando você se concentra no colega com quem está interagindo – seja pessoal ou virtualmente, por meio de comunicação verbal ou escrita – isso te ajudará a ouvir ou ler atentamente e a ter empatia com a posição do outro.

A concentração vai te ajudar a compreender melhor e responder de forma mais eficaz também. Por exemplo, quando você pega todos os detalhes do email e os responde, você economiza tempo. Isso também construirá relacionamentos e credibilidade, pois você enviará uma mensagem de que se preocupa com a interação e dedicou tempo para interagir de forma eficaz.

2. Considere o seu público

As pessoas com quem você está se comunicando vão interagir de forma mais eficaz com você quando se sentirem vistas, ouvidas e valorizadas. Ao ler ou ouvir, mostre que está prestando atenção, valide o que está ouvindo, leve em consideração a perspectiva deles e aprecie o ponto de vista deles (mesmo que não concorde com ele).

Ao compartilhar informações, tentar convencer alguém ou fazer um pedido, considere o que essa pessoa precisa saber e como poderá ouvir melhor a informação. Seja claro e honesto, ao mesmo tempo que melhora sua mensagem.

Por exemplo, se você estiver conversando com alguém que valoriza evidências, compartilhe dados ou fatos para demonstrar seu ponto de vista. Se você sabe que alguém tem um objetivo a cumprir, explique como responder ao seu pedido o ajudará a alcançar isso.

3. Busque aprendizado e feedback

Outra maneira de ser um ótimo comunicador é ser intencional no desenvolvimento das suas habilidades. Aprenda novas palavras regularmente, leia com frequência e participe de eventos e apresentações. Construir seu vocabulário, ler livros e artigos e ver como os outros se expressam pode te dar mais confiança, mas também proporcionar aprendizado com exemplos positivos e negativos.

Busque feedback. Pergunte a um colega como você pode melhorar sua apresentação ou peça ideias ao seu chefe sobre como você poderia ter apresentado melhor seu caso ou melhorado seu relatório.

4. Reserve um tempo para revisar e refletir

Dedique tempo. Revise seus trabalhos escritos. Escreva um email e depois volte e edite para melhorar o conteúdo e a clareza, pensando no seu leitor. Para a comunicação verbal, considere o que você vai dizer e depois reserve mais algum tempo para refletir sobre os pontos que serão apresentados.

Use quantas palavras forem necessárias, mas o mínimo possível. Seja completo, mas não detalhado. Seja conciso, mas não muito a ponto de ser considerado sucinto. Use palavras que sejam significativas, mas também acessíveis – nunca pretensiosas. Ser intencional sobre como você se comunica pode te ajudar a garantir o tom certo.

5. Escolha a melhor abordagem

Às vezes é melhor encontrar alguém no escritório ou no final de uma reunião virtual para uma conversa rápida, em vez de marcar uma sessão formal.

Em situações em que você quer compartilhar algum documento ou precisa consultar informações, o email pode ser a melhor saída. Para algo informal, você provavelmente escolherá um bate-papo. Também tenha cuidado com mensagens de celular. Para algumas pessoas, isso é aceitável e, para outras, é intrusivo.

Escolher o canal certo não é apenas uma formalidade ou uma questão de eficiência, mas também pode afetar a facilidade com que você transmite seu ponto de vista e a precisão com que a pessoa com quem você está interagindo entende a mensagem.

Por exemplo, ao marcar uma reunião formal, seu colega de trabalho pode concluir que algo está te preocupando e abordar o assunto de forma defensiva, ao passo que, se você encontrá-lo casualmente, poderá atingir seu objetivo com mais facilidade. Da mesma forma, se quiser comunicar maior importância sobre um tema, marque algo mais formal e prepare uma apresentação.

6. Seja autêntico

Ao mesmo tempo que você precisa ser intencional ao enviar e receber informações, você também deve ser você mesmo. Ao demonstrar autenticidade, você parecerá mais agradável e confiável.

Além disso, demonstre que você é humilde e está aberto ao aprendizado, ao aprimoramento e a novas ideias de outras pessoas. Essas abordagens construirão não apenas relacionamentos, mas também credibilidade.

7. Construa uma rede de relacionamentos

Outra forma de melhorar sua comunicação é construir relacionamentos e ampliar sua rede de contatos. Quando você conhece melhor as pessoas, entende de onde elas vêm e como se comunicar com elas de maneira mais eficaz – e vice-versa.

Além disso, quando você tem um relacionamento mais forte, a confiança que você gera tende a lhe dar uma vantagem, porque as pessoas vão entender o que você quer dizer, mesmo que não tenha se comunicado bem o suficiente.

Ótimos relacionamentos também tornam o trabalho mais agradável. Você se sentirá energizado trabalhando com pessoas de quem se sente próximo e com quem está aprendendo e se inspirando.

8. Aproveite a tecnologia

Você também pode considerar usar IA para ajudar na sua comunicação escrita. Embora seja necessário lidar com questões como segurança, privacidade, qualidade e direitos autorais, muitos trabalhadores do conhecimento também estão começando a aproveitar a inteligência artificial, de acordo com a pesquisa Grammarly.

Na verdade, as pessoas hoje economizam quase oito horas de trabalho por semana usando IA generativa, seja para melhorar a compreensão, idealização, criação de conteúdo, pesquisa e edição ou revisão.

Os profissionais também estão usando IA para tarefas relacionadas à escrita, como emails, relatórios ou apresentações, para classificar ou gerenciar documentos escritos e traduzir conteúdo, de acordo com outra pesquisa, da Tech.co.

Se você estiver aproveitando a IA, ótimo, mas tenha cuidado. De acordo com o Insight, 80% das empresas possuem políticas para orientar esse uso. E esteja ciente de que a IA é imperfeita porque foi projetada por humanos. Pode ser um ponto de partida útil, mas depois você mesmo precisará avaliar, editar e finalizar – sempre com integridade e responsabilidade pelo seu trabalho.

*Tracy Brower é colaboradora da Forbes USA. Ela é socióloga, conselheira, especialista em assuntos relacionados ao universo profissional e autora de “The Secrets to Happiness at Work” (Os Segredos da Felicidade no Trabalho, em tradução livre).

Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso

Junior Borneli, co-fundador do StartSe

Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)

Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor

Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe. Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).

É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas, conhecendo culturas diferentes.

Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator entre fracasso e sucesso.

Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo. “Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.

De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi possível para o melhor resultado”, avisa.

Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o empreendedor.

Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso é a superação”, destaca Junior Borneli.

Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes, receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”, afirma.

É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria fica pelo caminho”, diz.

É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.

O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.

Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará valer a pena!,” destaca o empreendedor.

DERROTA TAMBÉM ENSINA

Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá, tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos Estados Unidos”, afirma Junior.

No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.

Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e suportáveis”, salienta.

Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão. Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e siga firme em frente”, afirma.

É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm coragem e disposição para fazer”, completa.

                   O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?                   

Moysés Peruhype Carlech

Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”, sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial da Startup Valeon.

Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?

Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu WhatsApp?

Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.

A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade, durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.

É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e eficiente.  Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e aumentar o engajamento dos seus clientes.

Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. – Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o próximo nível de transformação.

O que funcionava antes não necessariamente funcionará no futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo aquilo que é ineficiente.

Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde queremos estar.

Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que você já sabe.

Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na internet.

Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar você para o próximo nível.

Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.

Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

sábado, 10 de agosto de 2024

AVIÃO DE PASSAGEIROS CAI EM S. PAULO

História de Gonçalo Junior – Jornal Estadão

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) classificou como “muito triste” o cenário que encontrou em Vinhedo, no interior de São Paulo, em decorrência da queda de um avião ocorrida nesta sexta-feira, 9. Tarcísio estava no Espírito Santo para reuniões do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) e retornou a São Paulo. O governador afirmou ainda que ficou imaginando o que os passageiros vivenciaram nos minutos antes da queda.

“Você fica imaginando o que aquelas pessoas passaram naqueles momentos que antecederam a queda. Eles perceberam o que estava acontecendo. Aqueles objetos que estão espalhados pelo terreno… Você imagina que ali estavam os sonhos. É um cenário muito triste”, afirmou o governador em entrevista coletiva na noite desta sexta-feira, 9.

O governador Tarcísio de Freitas no local do acidente aéreo em Vinhedo/SP Foto: Sergio Barzaghi/Governo do Estado de SP

O governador Tarcísio de Freitas no local do acidente aéreo em Vinhedo/SP Foto: Sergio Barzaghi/Governo do Estado de SP

Além de Tarcísio, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD) acompanhou os trabalhos de resgate em Vinhedo. “Tínhamos muitas pessoas do Paraná, amigos de amigos de conheço. Pessoas de Cascavel e Toledo. Muitos médicos que iam para o Congresso”, afirmou.

Gabinete de crise

Tarcísio anunciou uma operação para garantir o suporte para as famílias das vítimas do acidente ocorrido com aeronave da Voepass Linhas Aéreas. O gabinete de crise, criado próximo ao local do desastre, tem representantes das forças de segurança e salvamento do governo de SP e integrantes do Ministério de Portos e Aeroportos, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Governo do Estado do Paraná.

“Estamos fazendo todo o trabalho de perícia e remoção dos corpos de Vinhedo para o IML Central de São Paulo, onde há mais estrutura para os exames necessários”, afirmou o governador. “O Estado vai disponibilizar acomodações para as pessoas e temos o trabalho de assistentes sociais e psicólogos”, afirmou Tarcísio.

O avião, que saiu de Cascavel (PR) com destino ao Aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, caiu no início da tarde desta sexta-feira com 61 pessoas a bordo. Imagens gravadas por moradores mostram fogo após a queda.

Inicialmente a companhia aérea Voepass havia informado que 58 passageiros estavam no avião, mas retificou a informação no fim da tarde desta sexta-feira.

O acidente com o voo de matrícula PTB 2283 aconteceu em uma área residencial, próximo à rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-324). Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave não atingiu nenhuma residência.

 

MINISTÉRIOS DEVEM ENVIAR À CORTE DOCUMENTOS QUE COMPROVAM O PAGAMENTO DE CHAMADO ORÇAMENTO SECRETO

 

História de André Richter – Repórter da Agência Brasil – Newsrondonia

Dino pede documentos que autorizaram pagamento de emendas

Dino pede documentos que autorizaram pagamento de emendas

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira (8), em Brasília, que os ministérios devem enviar à Corte documentos sobre o pagamento de emendas parlamentares do tipo RP8, uma das modalidades que fazem parte do chamado “orçamento secreto”.

A medida foi tomada pelo ministro para comprovar as indicações e pedidos de priorização de repasses das emendas de deputados e senadores.

Na semana passada, o gabinete do ministro realizou reunião com representantes do Senado e da Câmara dos Deputados para dar cumprimento à decisão que determinou medidas de transparência nos repasses de emendas.

Durante a reunião, os representantes alegaram que terão “dificuldade de encontrar documentos” para cumprir a decisão. Dessa forma, o ministro determinou que o Poder Executivo, que realiza os repasses, deve enviar os pedidos feitos pelos parlamentares para justificar o pagamento das emendas de comissão.

Emendas de comissão

“Assim, visando ao cumprimento dos prazos definidos na reunião técnica realizada no dia 06/08/2024, determino que o Poder Executivo, por meio de consulta da AGU aos ministros de Estado, encaminhe ao relator todos os ofícios relativos a indicações ou priorização pelos autores de RP 8 (emendas de comissão), no corrente exercício”, decidiu o ministro.

Pela decisão de Flávio Dino, o Tribunal de Contas da União (TCU) também deverá enviar ao Supremo, no prazo de dez dias, cópia de todos os processos em tramitação sobre irregularidades nas emendas de relator.

Em dezembro de 2022, o STF entendeu que as emendas chamadas de RP9 são inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de relator para cumprir a determinação da Corte. No entanto, o partido PSOL, que entrou com a ação, entendeu que a decisão continua em descumprimento por meio das emendas RP8.

Emendas pix

Mais cedo, em outra decisão sobre emendas parlamentares, o ministro manteve a suspensão das chamadas “emendas Pix” ao Orçamento da União.

A decisão foi motivada por uma ação protocolada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Na decisão, o ministro entendeu que a execução das emendas pode continuar nos casos de obras em andamento e calamidade pública. A liberação dos recursos está condicionada ao atendimento de requisitos de transparência e rastreabilidade dos recursos.

POPULISMO OLÍMPICO DO GOVERNO

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

À medida que os brasileiros foram conquistando medalhas em Paris, a oposição passou a inundar as redes sociais com publicações ironizando os impostos pagos pelos atletas. Atentos aos memes, e não à promoção do esporte, parlamentares deram caráter de urgência a um projeto que isenta as premiações dos campeões olímpicos na França. O governo Lula, então, provando que quando a ideia é ruim há harmonia entre os Poderes, apressou-se a assinar uma medida provisória (MP) isentando os campeões nos Jogos franceses de recolherem Imposto de Renda sobre suas premiações em dinheiro.

Convenientemente, a MP vale a partir de 24 de julho, data de início dos Jogos, permitindo que se pegue carona na popularidade dos atletas laureados em Paris. Além disso, o governo abriu precedente para o surgimento de emendas como a que estende a isenção a todos os campeões olímpicos da história, o que só atesta que não há limites para o populismo fiscal no País.

A MP, cujo uso se justifica apenas em situações de relevância e urgência, se presta somente a atender a uma demanda manifestada nas redes sociais, que em nada beneficia o fomento dos esportes. Não há nenhuma surpresa nisso: Lula, cujo único esporte que interessa é o futebol que joga com os amigos no Alvorada, demonstrou seu verdadeiro compromisso nessa área ao demitir a ex-atleta Ana Moser do Ministério do Esporte para acomodar um aliado do Centrão, André Fufuca.

Isentar a premiação da extraordinária Rebeca Andrade, que superou inúmeras adversidades antes de se tornar uma das maiores campeãs olímpicas do Brasil, não fará com que surjam novos talentos como ela. Esses novos talentos só vão surgir se houver investimento suficiente para que meninas como Rebeca não tenham que, como ela em seu início, caminhar horas a fio para conseguirem treinar, porque não têm dinheiro sequer para a condução.

Vale lembrar ainda que, para que cada Rebeca ou Bia Souza surja, é preciso que milhares de crianças tenham acesso a ginásios e tatames, com oportunidades e condições dignas de desenvolverem-se e afastarem-se da pobreza. Não é com isenção de impostos sobre premiações que se chegará a esse objetivo.

A isenção por si também é reveladora de um vício brasileiro, o de premiar quem já tem benefícios. Atletas que não conseguem chegar às Olimpíadas, muito provavelmente porque não tiveram condições para tal, seguirão sem o necessário estímulo que poderia transformar suas vidas.

Valer-se de façanhas esportivas para tirar proveito político não é novidade na história do Brasil. Paulo Maluf, quando prefeito de São Paulo, comprou automóveis Fusca com dinheiro público para presentear os tricampeões de futebol da Copa de 70, num episódio tão célebre quanto infame.

A MP que isenta os medalhistas de Imposto de Renda é apenas a mais recente evidência de que, quando se trata do desenvolvimento do esporte, o Brasil é, há muitos ciclos, campeão do oportunismo.

COMO CONSEGUIR MAIS CLIENTES PARA O SEU NEGÓCIO

 

História de João Scheller – Jornal Estadão

Conseguir novos clientes pode ser desafiador, especialmente quando não se tem muitas informações sobre o público atendido e sobre quais ações podem ser tomadas para fazer com que o produto ou serviço seja conhecido por mais pessoas.

Produzir conteúdo para as redes sociais e investir em anúncios pode ser uma boa solução, mas, antes, é preciso entender melhor o cliente, além de ter um bom planejamento para que as estratégias de divulgação funcionem de fato.

Segundo a gerente de inovação e soluções do Sebrae Rio, Raquel Abrantes, é fundamental que micro e pequenas empresas foquem em organizar suas finanças e no bom atendimento ao cliente antes de qualquer movimento.

Bom planejamento é essencial para que as estratégias de divulgação funcionem e o negócio consiga atrair mais clientes Foto: Werther Santana/Estadão - 10/6/2020

Bom planejamento é essencial para que as estratégias de divulgação funcionem e o negócio consiga atrair mais clientes Foto: Werther Santana/Estadão – 10/6/2020© Fornecido por Estadão

Depois disso, também é importante focar em entender os nichos de mercado atendidos pela empresa e aproveitar oportunidades para explorar suas especificidades e crescer a base de clientes.

Os quatro pontos abaixo podem ajudar quem está em busca de trazer mais clientes para o seu negócio:

1) Organizar as finanças e se planejar é o primeiro passo

A organização é o primeiro passo para o empreendedor que deseja expandir o número de clientes do seu negócio. Isso porque somente com as finanças organizadas é possível traçar estratégias de anúncio que façam sentido financeiramente para a companhia.

“Se tenho um bom planejamento, vou saber onde estou investindo mais e menos dinheiro, e também o que está sobrando”, afirma Abrantes. “Se sobra alguma coisa, eu consigo fazer uma boa campanha de marketing, por exemplo”, complementa.

Isso porque, para além de estar presente nas redes sociais, as empresas também podem apostar no impulsionamento de seu conteúdo para atingir públicos específicos. Esse processo ocorre mediante o pagamento de taxas de impulsionamento de conteúdo, que variam de acordo com cada rede social.

Além disso, Abrantes destaca que o investimento também pode ser feito em outros tipos de mídia, como em sites da internet, na televisão ou mídia impressa. Tudo depende do tipo de público que se deseja atingir

2) Bom atendimento é cada vez mais demandado

Para conseguir captar mais clientes, Abrantes menciona a importância do bom atendimento e da proximidade da marca com quem consome seus produtos ou serviços. “O atendimento é crucial. Após a venda, tem que fazer o pós-atendimento, perguntar se deu tudo certo, se o presente foi bom, se a roupa coube, se a festa foi um sucesso”, diz a consultora.

Segundo ela, os clientes valorizam cada vez mais o atendimento personalizado, movimento que aumentou consideravelmente depois da pandemia. Ao se sentirem bem atendidos, as chances de recomendarem a empresa para outras pessoas é maior, e a procura pela marca pode aumentar a partir da recomendação “boca a boca”.

3) Entender seu nicho de mercado ajuda a personalizar estratégias

Entender o nicho de mercado em que atua é fundamental, segundo Abrantes, para direcionar os esforços de anúncio e lançamentos, o que pode aumentar o número de clientes interessados nos produtos ou serviços oferecidos.

“Se estou falando de roupas plus size, por exemplo, não adianta colocar no Instagram ou no TikTok conteúdos para todos os tipos de público”, afirma a consultora do Sebrae. “Quando tenho meu nicho de mercado muito bem direcionado, tenho um acerto muito maior”.

Essa compreensão do público pode ser feita tanto através do contato direto com os clientes, como também com estudos de mercado e tendências do setor em que a empresa atua. Segundo Abrantes, o próprio Sebrae oferece em seu site conteúdos de tendências de análise de mercado e comportamento de público que podem ajudar neste processo.

Trabalhando de forma nichada, além de se comunicar melhor com seus atuais clientes, aumenta-se a possibilidade de que estratégias de marketing ou ações promocionais sejam mais efetivas.

4) Explorar oportunidades pode ajudar a crescer

Apostar em novas possibilidades de crescimento para o negócio é outra alternativa para quem deseja aumentar o número de clientes. Para isso, fazer contato com outras companhias e explorar feiras e eventos voltados para a área de atuação da empresa é fundamental.

“Você pode verificar expositores (de uma feira de negócios) que não estão só vendendo seus produtos, como querendo ampliar seus negócios também”, diz Abrantes, mencionando a possibilidade de parcerias entre empresas, por meio de networking e rodadas de negócios.

Atuando com parcerias, é possível que o empreendedor aumente o número de clientes que possui com ações conjuntas de venda e divulgação. Além disso, é possível expandir o alcance de seus próprios produtos e serviços, crescendo o número de potenciais compradores.

CAIXA-PRETA DO AVIÃO É IMPORTANTE PARA VERIFICAR A QUEDA DO AVIÃO

O que é caixa-preta e qual a importância dela para a investigação da queda do avião da Voepass

Byvaleon

Ago 10, 2024

História de Gabriel de Sousa – Jornal Estadão

BRASÍLIA – Durante as primeiras horas da perícia do local do acidente do avião da Voepass em Vinhedoque matou 58 passageiros e quatro tripulantes nesta sexta-feira, 9, a caixa-preta da aeronave foi encontrada entre os destroços. A peça, feita em material resistente a desastres como este no interior paulista, será crucial para desvendar os motivos pelo qual o ATR 72-500 que despencou quatro mil metros em um minuto.

Avião da Voepass com 62 pessoas caiu em zona residencial de Vinhedo (SP); ninguém sobreviveu Foto: Reproducao/TV Globo

Avião da Voepass com 62 pessoas caiu em zona residencial de Vinhedo (SP); ninguém sobreviveu Foto: Reproducao/TV Globo

Quando um acidente aéreo acontece, a busca pela caixa-preta é prioridade após o resgate de possíveis sobreviventes. A peça é um sistema de registro de dados e voz do avião, que grava as últimas conversas da tripulação, além de informações da aeronave como velocidade, aceleração, condições climáticas, altitude e ajustes de potência.

Ela é dividida em duas partes. Uma é o gravador de voz do cockpit (CVR), que captura as últimas horas de conversas entre a tripulação e sons internos da aeronave. A outra é o gravador de dados de voo (FDR), que captura informações técnicas sobre o trajeto adotado pelo avião até a queda.

No caso do ATR que caiu em Vinhedo, tanto o CVR quanto o FDR foram encontrados e já foram encaminhados para Brasília. Na capital federal, as gravações e os dados serão inspecionados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

A partir das informações preservadas pela caixa-preta, serão esclarecidas as causas para a queda do ATR. Deixando 58 passageiros e quatro tripulantes mortos em um condomínio residencial de Vinhedo, o acidente desta sexta-feira, 9, é o maior da aviação comercial brasileira desde 2007, quando um Airbus A320 da TAM (atual Latam) se chocou com um prédio da própria empresa em Congonhas, matando 199 pessoas. O desastre de 17 anos atrás foi elucidado devido à preservação do sistema de dados.

As primeiras hipóteses que surgiram após o acidente versam sobre uma possível formação de gelo nas asas do avião, que podem ter feito a aeronave perder sustentação e despencar de forma rápida. Para atestar a causa do desastre, é primordial que os especialistas analisem a última conversa entre os pilotos e os dados de desempenho do ATR, como as condições climáticas e a razão de descida brusca.

Caixa-preta é feita para suportar altas temperaturas e fortes impactos

A caixa-preta é feita com uma liga de aço e titânio, tornando-a ultra resistente. A peça pode suportar forças superiores à 3,4 mil G, ou seja, 3,4 mil vezes a força gravitacional da terra e variações de temperatura entre -60ºC e 1.100 Cº.

Caixa-preta do Airbus A320 da TAM envolvido no maior acidente da aviação comercial brasileira, em 2007 Foto: Patrícia Campos Mello/AE

Caixa-preta do Airbus A320 da TAM envolvido no maior acidente da aviação comercial brasileira, em 2007 Foto: Patrícia Campos Mello/AE

No caso do ATR, mesmo com o impacto em “parafuso chato”, que tirou das 62 vítimas qualquer chance de sobrevivência, a peça foi encontrada preservada pela perícia, segundo informações do secretário de Segurança Pública de São PauloGuilherme Derrite.

Chamada de caixa-preta, a peça, na verdade, é laranja. A escolha da cor tem uma razão: é preciso que ela seja destacada entre os destroços e possa ser localizada em ambientes de difícil visualização.

O mecanismo costuma ser armazenada na parte traseira dos aviões. Estatisticamente, a cauda da aeronave é a parte que sofre menos danos em desastres aéreos.

Também visando a preservação das conversas do piloto e o trajeto feito pelo avião, a peça tem a sua própria fonte de energia elétrica. A caixa-preta emite um sinal de localização que pode ser rastreado até mesmo no fundo do oceano.

 

BOLSONARO FAZ APOIO ANTECIPADO EM NOME DO PL PARA O CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO SENADO DAVI ALCOLUMBRE

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