sábado, 10 de agosto de 2024

AVIÃO DE PASSAGEIROS CAI EM S. PAULO

História de Gonçalo Junior – Jornal Estadão

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) classificou como “muito triste” o cenário que encontrou em Vinhedo, no interior de São Paulo, em decorrência da queda de um avião ocorrida nesta sexta-feira, 9. Tarcísio estava no Espírito Santo para reuniões do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) e retornou a São Paulo. O governador afirmou ainda que ficou imaginando o que os passageiros vivenciaram nos minutos antes da queda.

“Você fica imaginando o que aquelas pessoas passaram naqueles momentos que antecederam a queda. Eles perceberam o que estava acontecendo. Aqueles objetos que estão espalhados pelo terreno… Você imagina que ali estavam os sonhos. É um cenário muito triste”, afirmou o governador em entrevista coletiva na noite desta sexta-feira, 9.

O governador Tarcísio de Freitas no local do acidente aéreo em Vinhedo/SP Foto: Sergio Barzaghi/Governo do Estado de SP

O governador Tarcísio de Freitas no local do acidente aéreo em Vinhedo/SP Foto: Sergio Barzaghi/Governo do Estado de SP

Além de Tarcísio, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD) acompanhou os trabalhos de resgate em Vinhedo. “Tínhamos muitas pessoas do Paraná, amigos de amigos de conheço. Pessoas de Cascavel e Toledo. Muitos médicos que iam para o Congresso”, afirmou.

Gabinete de crise

Tarcísio anunciou uma operação para garantir o suporte para as famílias das vítimas do acidente ocorrido com aeronave da Voepass Linhas Aéreas. O gabinete de crise, criado próximo ao local do desastre, tem representantes das forças de segurança e salvamento do governo de SP e integrantes do Ministério de Portos e Aeroportos, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Governo do Estado do Paraná.

“Estamos fazendo todo o trabalho de perícia e remoção dos corpos de Vinhedo para o IML Central de São Paulo, onde há mais estrutura para os exames necessários”, afirmou o governador. “O Estado vai disponibilizar acomodações para as pessoas e temos o trabalho de assistentes sociais e psicólogos”, afirmou Tarcísio.

O avião, que saiu de Cascavel (PR) com destino ao Aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, caiu no início da tarde desta sexta-feira com 61 pessoas a bordo. Imagens gravadas por moradores mostram fogo após a queda.

Inicialmente a companhia aérea Voepass havia informado que 58 passageiros estavam no avião, mas retificou a informação no fim da tarde desta sexta-feira.

O acidente com o voo de matrícula PTB 2283 aconteceu em uma área residencial, próximo à rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-324). Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave não atingiu nenhuma residência.

 

MINISTÉRIOS DEVEM ENVIAR À CORTE DOCUMENTOS QUE COMPROVAM O PAGAMENTO DE CHAMADO ORÇAMENTO SECRETO

 

História de André Richter – Repórter da Agência Brasil – Newsrondonia

Dino pede documentos que autorizaram pagamento de emendas

Dino pede documentos que autorizaram pagamento de emendas

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira (8), em Brasília, que os ministérios devem enviar à Corte documentos sobre o pagamento de emendas parlamentares do tipo RP8, uma das modalidades que fazem parte do chamado “orçamento secreto”.

A medida foi tomada pelo ministro para comprovar as indicações e pedidos de priorização de repasses das emendas de deputados e senadores.

Na semana passada, o gabinete do ministro realizou reunião com representantes do Senado e da Câmara dos Deputados para dar cumprimento à decisão que determinou medidas de transparência nos repasses de emendas.

Durante a reunião, os representantes alegaram que terão “dificuldade de encontrar documentos” para cumprir a decisão. Dessa forma, o ministro determinou que o Poder Executivo, que realiza os repasses, deve enviar os pedidos feitos pelos parlamentares para justificar o pagamento das emendas de comissão.

Emendas de comissão

“Assim, visando ao cumprimento dos prazos definidos na reunião técnica realizada no dia 06/08/2024, determino que o Poder Executivo, por meio de consulta da AGU aos ministros de Estado, encaminhe ao relator todos os ofícios relativos a indicações ou priorização pelos autores de RP 8 (emendas de comissão), no corrente exercício”, decidiu o ministro.

Pela decisão de Flávio Dino, o Tribunal de Contas da União (TCU) também deverá enviar ao Supremo, no prazo de dez dias, cópia de todos os processos em tramitação sobre irregularidades nas emendas de relator.

Em dezembro de 2022, o STF entendeu que as emendas chamadas de RP9 são inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de relator para cumprir a determinação da Corte. No entanto, o partido PSOL, que entrou com a ação, entendeu que a decisão continua em descumprimento por meio das emendas RP8.

Emendas pix

Mais cedo, em outra decisão sobre emendas parlamentares, o ministro manteve a suspensão das chamadas “emendas Pix” ao Orçamento da União.

A decisão foi motivada por uma ação protocolada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Na decisão, o ministro entendeu que a execução das emendas pode continuar nos casos de obras em andamento e calamidade pública. A liberação dos recursos está condicionada ao atendimento de requisitos de transparência e rastreabilidade dos recursos.

POPULISMO OLÍMPICO DO GOVERNO

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

À medida que os brasileiros foram conquistando medalhas em Paris, a oposição passou a inundar as redes sociais com publicações ironizando os impostos pagos pelos atletas. Atentos aos memes, e não à promoção do esporte, parlamentares deram caráter de urgência a um projeto que isenta as premiações dos campeões olímpicos na França. O governo Lula, então, provando que quando a ideia é ruim há harmonia entre os Poderes, apressou-se a assinar uma medida provisória (MP) isentando os campeões nos Jogos franceses de recolherem Imposto de Renda sobre suas premiações em dinheiro.

Convenientemente, a MP vale a partir de 24 de julho, data de início dos Jogos, permitindo que se pegue carona na popularidade dos atletas laureados em Paris. Além disso, o governo abriu precedente para o surgimento de emendas como a que estende a isenção a todos os campeões olímpicos da história, o que só atesta que não há limites para o populismo fiscal no País.

A MP, cujo uso se justifica apenas em situações de relevância e urgência, se presta somente a atender a uma demanda manifestada nas redes sociais, que em nada beneficia o fomento dos esportes. Não há nenhuma surpresa nisso: Lula, cujo único esporte que interessa é o futebol que joga com os amigos no Alvorada, demonstrou seu verdadeiro compromisso nessa área ao demitir a ex-atleta Ana Moser do Ministério do Esporte para acomodar um aliado do Centrão, André Fufuca.

Isentar a premiação da extraordinária Rebeca Andrade, que superou inúmeras adversidades antes de se tornar uma das maiores campeãs olímpicas do Brasil, não fará com que surjam novos talentos como ela. Esses novos talentos só vão surgir se houver investimento suficiente para que meninas como Rebeca não tenham que, como ela em seu início, caminhar horas a fio para conseguirem treinar, porque não têm dinheiro sequer para a condução.

Vale lembrar ainda que, para que cada Rebeca ou Bia Souza surja, é preciso que milhares de crianças tenham acesso a ginásios e tatames, com oportunidades e condições dignas de desenvolverem-se e afastarem-se da pobreza. Não é com isenção de impostos sobre premiações que se chegará a esse objetivo.

A isenção por si também é reveladora de um vício brasileiro, o de premiar quem já tem benefícios. Atletas que não conseguem chegar às Olimpíadas, muito provavelmente porque não tiveram condições para tal, seguirão sem o necessário estímulo que poderia transformar suas vidas.

Valer-se de façanhas esportivas para tirar proveito político não é novidade na história do Brasil. Paulo Maluf, quando prefeito de São Paulo, comprou automóveis Fusca com dinheiro público para presentear os tricampeões de futebol da Copa de 70, num episódio tão célebre quanto infame.

A MP que isenta os medalhistas de Imposto de Renda é apenas a mais recente evidência de que, quando se trata do desenvolvimento do esporte, o Brasil é, há muitos ciclos, campeão do oportunismo.

COMO CONSEGUIR MAIS CLIENTES PARA O SEU NEGÓCIO

 

História de João Scheller – Jornal Estadão

Conseguir novos clientes pode ser desafiador, especialmente quando não se tem muitas informações sobre o público atendido e sobre quais ações podem ser tomadas para fazer com que o produto ou serviço seja conhecido por mais pessoas.

Produzir conteúdo para as redes sociais e investir em anúncios pode ser uma boa solução, mas, antes, é preciso entender melhor o cliente, além de ter um bom planejamento para que as estratégias de divulgação funcionem de fato.

Segundo a gerente de inovação e soluções do Sebrae Rio, Raquel Abrantes, é fundamental que micro e pequenas empresas foquem em organizar suas finanças e no bom atendimento ao cliente antes de qualquer movimento.

Bom planejamento é essencial para que as estratégias de divulgação funcionem e o negócio consiga atrair mais clientes Foto: Werther Santana/Estadão - 10/6/2020

Bom planejamento é essencial para que as estratégias de divulgação funcionem e o negócio consiga atrair mais clientes Foto: Werther Santana/Estadão – 10/6/2020© Fornecido por Estadão

Depois disso, também é importante focar em entender os nichos de mercado atendidos pela empresa e aproveitar oportunidades para explorar suas especificidades e crescer a base de clientes.

Os quatro pontos abaixo podem ajudar quem está em busca de trazer mais clientes para o seu negócio:

1) Organizar as finanças e se planejar é o primeiro passo

A organização é o primeiro passo para o empreendedor que deseja expandir o número de clientes do seu negócio. Isso porque somente com as finanças organizadas é possível traçar estratégias de anúncio que façam sentido financeiramente para a companhia.

“Se tenho um bom planejamento, vou saber onde estou investindo mais e menos dinheiro, e também o que está sobrando”, afirma Abrantes. “Se sobra alguma coisa, eu consigo fazer uma boa campanha de marketing, por exemplo”, complementa.

Isso porque, para além de estar presente nas redes sociais, as empresas também podem apostar no impulsionamento de seu conteúdo para atingir públicos específicos. Esse processo ocorre mediante o pagamento de taxas de impulsionamento de conteúdo, que variam de acordo com cada rede social.

Além disso, Abrantes destaca que o investimento também pode ser feito em outros tipos de mídia, como em sites da internet, na televisão ou mídia impressa. Tudo depende do tipo de público que se deseja atingir

2) Bom atendimento é cada vez mais demandado

Para conseguir captar mais clientes, Abrantes menciona a importância do bom atendimento e da proximidade da marca com quem consome seus produtos ou serviços. “O atendimento é crucial. Após a venda, tem que fazer o pós-atendimento, perguntar se deu tudo certo, se o presente foi bom, se a roupa coube, se a festa foi um sucesso”, diz a consultora.

Segundo ela, os clientes valorizam cada vez mais o atendimento personalizado, movimento que aumentou consideravelmente depois da pandemia. Ao se sentirem bem atendidos, as chances de recomendarem a empresa para outras pessoas é maior, e a procura pela marca pode aumentar a partir da recomendação “boca a boca”.

3) Entender seu nicho de mercado ajuda a personalizar estratégias

Entender o nicho de mercado em que atua é fundamental, segundo Abrantes, para direcionar os esforços de anúncio e lançamentos, o que pode aumentar o número de clientes interessados nos produtos ou serviços oferecidos.

“Se estou falando de roupas plus size, por exemplo, não adianta colocar no Instagram ou no TikTok conteúdos para todos os tipos de público”, afirma a consultora do Sebrae. “Quando tenho meu nicho de mercado muito bem direcionado, tenho um acerto muito maior”.

Essa compreensão do público pode ser feita tanto através do contato direto com os clientes, como também com estudos de mercado e tendências do setor em que a empresa atua. Segundo Abrantes, o próprio Sebrae oferece em seu site conteúdos de tendências de análise de mercado e comportamento de público que podem ajudar neste processo.

Trabalhando de forma nichada, além de se comunicar melhor com seus atuais clientes, aumenta-se a possibilidade de que estratégias de marketing ou ações promocionais sejam mais efetivas.

4) Explorar oportunidades pode ajudar a crescer

Apostar em novas possibilidades de crescimento para o negócio é outra alternativa para quem deseja aumentar o número de clientes. Para isso, fazer contato com outras companhias e explorar feiras e eventos voltados para a área de atuação da empresa é fundamental.

“Você pode verificar expositores (de uma feira de negócios) que não estão só vendendo seus produtos, como querendo ampliar seus negócios também”, diz Abrantes, mencionando a possibilidade de parcerias entre empresas, por meio de networking e rodadas de negócios.

Atuando com parcerias, é possível que o empreendedor aumente o número de clientes que possui com ações conjuntas de venda e divulgação. Além disso, é possível expandir o alcance de seus próprios produtos e serviços, crescendo o número de potenciais compradores.

CAIXA-PRETA DO AVIÃO É IMPORTANTE PARA VERIFICAR A QUEDA DO AVIÃO

O que é caixa-preta e qual a importância dela para a investigação da queda do avião da Voepass

Byvaleon

Ago 10, 2024

História de Gabriel de Sousa – Jornal Estadão

BRASÍLIA – Durante as primeiras horas da perícia do local do acidente do avião da Voepass em Vinhedoque matou 58 passageiros e quatro tripulantes nesta sexta-feira, 9, a caixa-preta da aeronave foi encontrada entre os destroços. A peça, feita em material resistente a desastres como este no interior paulista, será crucial para desvendar os motivos pelo qual o ATR 72-500 que despencou quatro mil metros em um minuto.

Avião da Voepass com 62 pessoas caiu em zona residencial de Vinhedo (SP); ninguém sobreviveu Foto: Reproducao/TV Globo

Avião da Voepass com 62 pessoas caiu em zona residencial de Vinhedo (SP); ninguém sobreviveu Foto: Reproducao/TV Globo

Quando um acidente aéreo acontece, a busca pela caixa-preta é prioridade após o resgate de possíveis sobreviventes. A peça é um sistema de registro de dados e voz do avião, que grava as últimas conversas da tripulação, além de informações da aeronave como velocidade, aceleração, condições climáticas, altitude e ajustes de potência.

Ela é dividida em duas partes. Uma é o gravador de voz do cockpit (CVR), que captura as últimas horas de conversas entre a tripulação e sons internos da aeronave. A outra é o gravador de dados de voo (FDR), que captura informações técnicas sobre o trajeto adotado pelo avião até a queda.

No caso do ATR que caiu em Vinhedo, tanto o CVR quanto o FDR foram encontrados e já foram encaminhados para Brasília. Na capital federal, as gravações e os dados serão inspecionados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

A partir das informações preservadas pela caixa-preta, serão esclarecidas as causas para a queda do ATR. Deixando 58 passageiros e quatro tripulantes mortos em um condomínio residencial de Vinhedo, o acidente desta sexta-feira, 9, é o maior da aviação comercial brasileira desde 2007, quando um Airbus A320 da TAM (atual Latam) se chocou com um prédio da própria empresa em Congonhas, matando 199 pessoas. O desastre de 17 anos atrás foi elucidado devido à preservação do sistema de dados.

As primeiras hipóteses que surgiram após o acidente versam sobre uma possível formação de gelo nas asas do avião, que podem ter feito a aeronave perder sustentação e despencar de forma rápida. Para atestar a causa do desastre, é primordial que os especialistas analisem a última conversa entre os pilotos e os dados de desempenho do ATR, como as condições climáticas e a razão de descida brusca.

Caixa-preta é feita para suportar altas temperaturas e fortes impactos

A caixa-preta é feita com uma liga de aço e titânio, tornando-a ultra resistente. A peça pode suportar forças superiores à 3,4 mil G, ou seja, 3,4 mil vezes a força gravitacional da terra e variações de temperatura entre -60ºC e 1.100 Cº.

Caixa-preta do Airbus A320 da TAM envolvido no maior acidente da aviação comercial brasileira, em 2007 Foto: Patrícia Campos Mello/AE

Caixa-preta do Airbus A320 da TAM envolvido no maior acidente da aviação comercial brasileira, em 2007 Foto: Patrícia Campos Mello/AE

No caso do ATR, mesmo com o impacto em “parafuso chato”, que tirou das 62 vítimas qualquer chance de sobrevivência, a peça foi encontrada preservada pela perícia, segundo informações do secretário de Segurança Pública de São PauloGuilherme Derrite.

Chamada de caixa-preta, a peça, na verdade, é laranja. A escolha da cor tem uma razão: é preciso que ela seja destacada entre os destroços e possa ser localizada em ambientes de difícil visualização.

O mecanismo costuma ser armazenada na parte traseira dos aviões. Estatisticamente, a cauda da aeronave é a parte que sofre menos danos em desastres aéreos.

Também visando a preservação das conversas do piloto e o trajeto feito pelo avião, a peça tem a sua própria fonte de energia elétrica. A caixa-preta emite um sinal de localização que pode ser rastreado até mesmo no fundo do oceano.

 

PUBLICIDADE E APOIO DO CONSUMIDOR SÃO RESPONSÁVEIS PELA RELAÇÃO DE NEGÓCIOS COM UM GRUPO DE PESSOAS

 

Tiago Sanches, head de vendas da Total IP.

Esses dois setores caminham na mesma direção para aperfeiçoar a relação com os consumidores

São diversas as questões a serem levadas em consideração quando se gere um estabelecimento e, tendo em vista a complexidade das demandas, alguns quesitos podem ficar em segundo plano. Todavia, a publicidade não pode ser um deles, assim como o apoio ao comprador. Isso porque, essas duas áreas, além de andarem juntas, são responsáveis pela relação do negócio com o grupo de pessoas o qual se pretende atingir.

Marketing e atendimento nas empresas

Normalmente, as propagandas são pensadas de maneira B2C (Business to Consumer), porém, quando se trata de corporações Business to Business, não se apresenta o produto ao consumidor final, porém a publicidade é direcionada a funcionários daquela instituição. Dessa forma, independentemente de qual o direcionamento do conteúdo, o foco precisa estar no ser humano e a criação de uma conexão assertiva. Logo, a investigação de quem é o decisor de uma aquisição é o primeiro passo. Após essa determinação, chega a hora de influenciar até a ação esperada. Nesse momento, a estrutura da corporação entra em cena como fundamental, além dos tipos de produtos atrelados a ela.

Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), durante o primeiro trimestre de 2023, o e-commerce no Brasil alcançou R$ 40 bilhões. Se o intuito é alavancar o movimento nas lojas, o interesse pelos hábitos de consumo da audiência é crucial para realizar lançamentos de êxito. Nesse sentido, o time de marketing está diretamente associado, definindo a persona, tipo de produto e o mercado atuante. “Essa pesquisa se mostra significativa para atingir o consumidor da melhor forma possível, sem causar incômodo ou fadiga. O comportamento rotineiro definirá como e quando será a exibição da mensagem”, explica Tiago Sanches, head de vendas da Total IP.

Uma relação estratégica com o público aumenta os resultados

Em eventos sazonais, como a Black Friday, dia dos namorados, mães, pais e crianças, páscoa ou Natal, por exemplo, a análise é ainda mais indispensável, devendo iniciar com semanas de preparo. Assim, ter em mente informações como: quando a atividade on-line é mais constante e o momento mais provável de disposição à compra auxilia na definição da jornada do cliente. “Alguns tópicos são relevantes nesse processo. A compreensão das atitudes do alvo antecipa suas necessidades; assim como uma segmentação inteligente e estruturação de ofertas personalizadas, foca nos indivíduos certos e aumenta a conversão”, indica o especialista.

Nesse sentido, outra ação inteligente é um monitoramento em tempo real, auxiliando com possíveis ajustes estratégicos baseados em métricas assertivas. Por fim, é essencial entender como o relacionamento não acaba após a transação feita, uma análise pós-campanha e engajamento posterior mantém o envolvimento para fidelização. “As empresas precisam compreender como é muito mais fácil reter alguém já encantado pela marca se comparado a conquistar novos sujeitos. Garantir uma experiência cativando essa galera pode render grandes frutos a longo prazo”, esclarece Sanches.

Com essa realidade em mente, torna-se interessante para as organizações adotarem práticas tecnológicas de automação de tarefas. Essa união visa maximizar resultados, elevar a produtividade e entregar um serviço de excelência, mas pode ainda impactar diretamente na quantidade de vendas finais. “A inserção de chatbots no cotidiano das entidades consegue aprimorar o contato com os interessados, abrangendo a assistência a 24h por dia durante toda a semana. A configuração permite estabelecer respostas automáticas simples e diretas a dúvidas frequentes, agilizando o procedimento para todos os envolvidos”, garante o gestor.

A oportunidade se destaca ao nível de 60% dos consumidores preferirem o autoatendimento para perguntas simples. Assim, locais com esse tipo de possibilidade podem superar seus concorrentes em 25% nas métricas de satisfação. A ferramenta se resume a um programa de Inteligência Artificial (IA), o qual simula conversas com humanos. Eles podem ser encontrados em sites, apps de mensagens e plataformas de mídia, fornecendo suporte e até mesmo realizando transações. Desse jeito, chamam a atenção com maior disponibilidade, retorno ágil, redução de custos, coleta de dados e personalização.

O que é marketplace e por que investir nessa plataforma

ÚnicaPropaganda e Moysés Peruhype Carlech

Milhares de internautas utilizam o marketplace diariamente para fazer compras virtuais. Mas muitos ainda desconhecem seu conceito e como ele funciona na compra e venda de produtos.

Afinal, o que é marketplace?

O marketplace é um modelo de negócio online que pode ter seu funcionamento comparado ao de um shopping center.

Ao entrar em um shopping com a intenção de comprar um produto específico, você encontra dezenas de lojas, o que lhe permite pesquisar as opções e os preços disponibilizados por cada uma delas. Além de comprar o que você planejou inicialmente, também é possível consumir outros produtos, de diferentes lojas, marcas e segmentos.

Leve isso ao mundo virtual e você entenderá o conceito de marketplace: um lugar que reúne produtos de diversas lojas, marcas e segmentos. A diferença é que no ambiente virtual é mais fácil buscar produtos, e existe a facilidade de comprar todos eles com um pagamento unificado.

Os principais marketplaces do Brasil

A Amazon foi a primeira a popularizar esse modelo de negócio pelo mundo, e até hoje é a maior referência no assunto

No Brasil, o marketplace teve início em 2012. Quem tornou a plataforma mais conhecida foi a CNova, responsável pelas operações digitais da Casas Bahia, Extra, Ponto Frio, entre outras lojas.

Hoje, alguns nomes conhecidos no marketplace B2C são: Americanas, Magazine Luiza, Netshoes, Shoptime, Submarino e Walmart. No modelo C2C, estão nomes como Mercado Livre e OLX. Conheça os resultados de algumas dessas e de outras lojas no comércio eletrônico brasileiro.

Aqui no Vale do Aço temos o marketplace da Startup Valeon que é uma Plataforma Comercial de divulgação de Empresas, Serviços e Profissionais Liberais que surgiu para revolucionar o comércio do Vale do Aço através de sua divulgação online.

Como escolher o marketplace ideal para sua loja

Para ingressar em um marketplace, é preciso cadastrar sua loja, definir os produtos que serão vendidos e iniciar a divulgação. Mas é fundamental levar em consideração alguns pontos importantes antes de decidir onde incluir sua marca:

Forma de cobrança: cada marketplace possui seu modelo de comissão sobre as vendas realizadas, que pode variar de 9,5% a 30%. O que determina isso é a menor ou maior visibilidade que o fornecedor atribuirá a seus produtos. Ou seja, o lojista que quer obter mais anúncios para seus produtos e as melhores posições em pesquisas pagará uma comissão maior.

Na Startup Valeon não cobramos comissão e sim uma pequena mensalidade para a divulgação de seus anúncios.

Público-alvo: ao definir onde cadastrar sua loja, é essencial identificar em quais marketplaces o seu público está mais presente.

Garantimos que na Valeon seu público alvo estará presente.

Concorrentes: avalie também quais são as lojas do mesmo segmento que já fazem parte da plataforma e se os seus produtos têm potencial para competir com os ofertados por elas.

Felizmente não temos concorrentes e disponibilizamos para você cliente e consumidores o melhor marketplace que possa existir.

Reputação: para um marketplace obter tráfego e melhorar seus resultados em vendas precisa contar com parceiros que cumpram suas promessas e atendam aos compradores conforme o esperado. Atrasos na entrega, produtos com qualidade inferior à prometida e atendimento ineficiente são fatores que afastam os usuários que costumam comprar naquele ambiente virtual. Ao ingressar em um marketplace, certifique-se de que a sua loja irá contribuir com a boa reputação da plataforma e pesquise as opiniões de compradores referentes às outras lojas já cadastradas.

Temos uma ótima reputação junto ao mercado e consumidores devido a seriedade que conduzimos o nosso negócio.

Vantagens do marketplace

A plataforma da Valeon oferece vantagens para todos os envolvidos no comércio eletrônico. Confira abaixo algumas delas.

Para o consumidor

Encontrar produtos de diversos segmentos e preços competitivos em um único ambiente;

Efetuar o pagamento pelos produtos de diferentes lojistas em uma única transação.

Para o lojista

Ingressar em um comércio eletrônico bem visitado e com credibilidade, o que eleva a visibilidade de seus produtos;

Fazer parte de uma estrutura completa de atendimento e operação de vendas com um menor investimento, considerando que não será necessário pagar um custo fixo básico, como aconteceria no caso de investir na abertura de uma loja física ou online.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Para o Marketplace

Dispor de uma ampla variedade de produtos em sua vitrine virtual, atraindo ainda mais visitantes;

Conquistar credibilidade ao ser reconhecido como um e-commerce que reúne os produtos que os consumidores buscam, o que contribui até mesmo para fidelizar clientes.

Temos nos dedicado com muito afinco em melhorar e proporcionar aos que visitam o Site uma boa avaliação do nosso canal procurando captar e entender o comportamento dos consumidores o que nos ajuda a incrementar as melhorias e campanhas de marketing que realizamos.

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

PROGRAMA FARMÁCIA POPULAR É UM DOS MAIS ATINGIDOS PELO CORTE DE GASTOS DO GOVERNO

 

História de Daniel Weterman – Jornal Estadão

BRASÍLIA – O programa Farmácia Popular, que fornece medicamentos gratuitos para a população mais pobre, foi a ação mais afetada pelo congelamento de gastos decretado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com R$ 1,7 bilhão bloqueado no Orçamento da União.

Imagem de campanha publicitária do progarma Farmácia Popular. Foto: Divulgação | Governo Federal

Imagem de campanha publicitária do progarma Farmácia Popular. Foto: Divulgação | Governo Federal

O governo promoveu uma contenção de gastos no valor de R$ 15 bilhões para cumprir as regras fiscais neste ano. Os ministérios foram responsáveis por definir quais áreas serão atingidas. Não há garantias que o dinheiro volte. Os recursos só serão descongelados se as contas voltarem a ficar em dia, o que não é o cenário atual. O Executivo pediu ao Congresso uma autorização para anular de vez os recursos bloqueados.

Até esta quinta-feira, 8, os ministérios e autarquias do governo implementaram R$ 13 bilhões de congelamento, somando os bloqueios (para cumprir o arcabouço fiscal) e contingenciamentos (para cumprir a meta de resultado primário). Na prática, as duas medidas impedem que o valor seja gasto. O prazo para que os ministérios detalhassem os cortes acabou, mas a Secretaria de Orçamento Federal pode implementar o congelamento até a próxima terça-feira, 13.

O programa Farmácia Popular tem um orçamento de R$ 5,2 bilhões em 2024, sendo R$ 4,8 bilhões apenas do sistema de gratuidade, que financia 100% do valor do medicamento. O restante fica para o sistema de co-pagamento, em que o governo paga uma parte do remédio para o cidadão atendido. O bloqueio atingiu 36% do programa gratuito. O Ministério da Saúde não esclareceu os motivos de tirar recursos do Farmácia Popular.

Após a publicação da reportagem, o Ministério da Saúde afirmou que não haverá impacto no funcionamento do programa. A despesa bloqueada era uma reserva técnica que seria direcionada a outra iniciativa, de acordo com a pasta, que não detalhou que iniciativa seria essa. “Cabe ressaltar ainda que, caso necessário, há possibilidade de recomposição do valor durante o exercício por meio de remanejamentos”, disse o órgão.

Os cortes no Farmácia Popular feitos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), revelados pelo Estadão, provocaram fortes críticas por parte de Lula durante a campanha eleitoral de 2022 e pautaram as falas do petista na disputa. Mesmo com o congelamento, o orçamento é maior do que no governo Bolsonaro, mas menor do que o Ministério da Saúde tinha prometido para 2024.

“Corte é corte. Se precisar ajustar, ninguém vai estar com sorriso na orelha, mas é necessário“, afirmou o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, após reunião ministerial promovida pelo presidente Lula. “O corte (foi) em função do compromisso reiterado muitas vezes pelo presidente da República com sua política fiscal, com a responsabilidade fiscal, com o equilíbrio fiscal.”

Cortes atingem Auxílio Gás, concessões, combate ao crime e Forças Armadas

Além do Farmácia Popular, os programas mais atingidos na Esplanada dos Ministérios foram a participação da União em concessões de rodovias (R$ 934 milhões) e o Auxílio Gás (R$ 580 milhões), que subsidia o botijão de gás para famílias carentes. Conforme o Estadão revelou, o governo também bloqueou verbas do programa Pé-de-Meia, que paga uma poupança para estudantes de baixa renda do ensino médio, três dias após anunciar a expansão do programa.

Ministério dos Transportes afirmou que efetuou o bloqueio no aporte para as concessões porque os projetos não estão mais na carteira deste ano e foram programados para 2025, devido ao atraso na realização de audiências públicas. “Sendo assim, esse bloqueio não vai prejudicar nenhuma das ações da pasta”, disse o órgão.

O corte também afetou uma série de obras em rodovias e ferrovias. A pasta decidiu impor um ritmo mais lento para a execução dos projetos, adequando a situação ao orçamento disponível, mas promete não paralisar nenhum empreendimento. A avaliação é que dificilmente o congelamento será revertido.

“O cronograma vai ter que ser alterado, vamos organizar o fluxo de medições das obras, verificando por exemplo onde não está chovendo e onde está chovendo mais. É uma ginástica bem complexa, mas não vamos parar nenhuma (obra)”, disse o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro.

Ministério do Desenvolvimento Social, por sua vez, afirmou que não haverá prejuízo para Auxílio Gás. “A medida, direcionada para as despesas discricionárias, não é definitiva, podendo ser revista nos bimestres seguintes, caso despesas que estavam inicialmente previstas deixem de ocorrer”, disse a pasta, que ainda garantiu fazer um remanejamento de ações para garantir o pagamento do benefício se não houver o desbloqueio.

Os cortes também afetaram o dinheiro que vai para a atenção especializada em saúde (R$ 579 milhões) do Ministério da Saúde. A pasta ainda não justificou a escolha das programações atingidas.

A construção de casas de interesse social (R$ 500 milhões) foi a ação mais atingida no Ministério das Cidades. No Ministério da Previdência Social, o maior afetado pelo congelamento foi o o sistema de processamento de dados da Previdência Social (R$ 255 milhões), no momento em que o governo promete um pente-fino nos pagamentos para economizar dinheiro.

No Ministério da Justiça e Segurança Pública, a área mais afetada foi o recurso que vai para o desenvolvimento de ações de segurança pública e combate à criminalidade (R$ 195 milhões). A pasta disse ao Estadão que “nenhum programa prioritário da pasta será afetado”. Além disso, o órgão declarou que transferiu recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública para a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, compensando os cortes feitos nas duas corporações.

Ministério da Defesa, um dos órgãos que tentou reverter o congelamento de gastos, definiu o aprestamento das Forças Armadas, que mantém os militares em prontidão para convocações extraordinárias, para sofrer o maior corte, de R$ 195 milhões.

PGR HIBERNARAM MUITOS ANOS SOBRE AS EMENDAS PIX DO CONGRESSO INCONSTITUCIONAIS

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, ajuizou nesta semana uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra as “emendas Pix”, nome pelo qual ficaram conhecidas as transferências especiais de recursos federais para Estados e municípios sem finalidade específica. Na ação, Gonet pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) que declare a inconstitucionalidade da modalidade e suspenda, de imediato, o pagamento desses recursos até que a Corte julgue o mérito da questão.

Também chamadas de “emendas cheque em branco”, as “emendas Pix” configuram uma verdadeira afronta à Constituição. Trata-se de simples transferência de recursos da União diretamente para Estados e municípios, sem finalidade específica, vinculação com programas federais ou celebração de convênio que identifique o projeto ou a atividade em que a verba será aplicada.

Por óbvio, uma vez que o dinheiro federal chega aos cofres regionais torna-se impossível rastreá-lo. E essa confusão sobre a natureza e o uso da verba não foi acidental, mas uma escolha do Congresso para dificultar sua fiscalização pelos órgãos de controle. Governadores e prefeitos, por sua vez, podem gastá-lo a seu bel-prazer, o que inclui despesas correntes com servidores e shows e festas populares, além de obras de prioridade questionável.

Para ter uma ideia, o orçamento reservado às “emendas Pix” neste ano somou R$ 8,2 bilhões. Desse total, o governo Lula da Silva autorizou o pagamento de R$ 7,7 bilhões, dos quais R$ 4,25 bilhões já foram transferidos, segundo reportagem publicada pelo Estadão. Não há como ignorar que esses recursos farão toda a diferença para o caixa dos municípios e proporcionarão enorme vantagem aos prefeitos que disputarão a reeleição em outubro.

Para Gonet, as “emendas Pix” não garantem transparência, publicidade e rastreabilidade aos recursos e ferem princípios constitucionais, como o pacto federativo, a separação dos Poderes e os limites que a Constituição estabeleceu para ser reformada. “A deturpação do sistema republicano de acompanhamento dos gastos públicos mostra-se patente”, afirmou.

Chama a atenção, no entanto, o momento em que a ADI foi apresentada. Tudo ocorreu em meio a um debate liderado pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, que tenta colocar alguma ordem nas emendas de comissão, sucessoras do chamado orçamento secreto, e devolver ao Executivo as prerrogativas sobre a peça orçamentária, tomadas pelo Legislativo nos últimos anos.

Gonet, aparentemente, estava em sono profundo desde que assumiu o cargo de PGR, em 18 de dezembro do ano passado. E a PGR, antes comandada por Augusto Aras, hibernou desde 12 de dezembro de 2019, data em que a emenda constitucional que criou as “emendas Pix” (EC 105/2019) foi promulgada.

A PGR não pode alegar desatenção. Em primeiro lugar, pelo volume das emendas, que somaram R$ 20,7 bilhões desde 2020. E em segundo lugar, porque a Consultoria Legislativa do Senado já havia apontado todas as afrontas constitucionais associadas às “emendas Pix” em um didático texto para discussão publicado em junho de 2020.

Na prática, o sistema segregou uma parcela do Orçamento para ser proposta e aprovada pelo Legislativo com execução obrigatória, sem que o Executivo pudesse dizer nada, em ofensa à autonomia da União e ao princípio de separação dos Poderes.

Em uma relação tão destemperada quanto reveladora após a apresentação da ação pela PGR, o presidente da Comissão Mista do Orçamento, Julio Arcoverde (PP-PI), suspendeu a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025. “Não se pode perder nenhum direito adquirido”, afirmou o deputado, que, em uma única frase, sintetizou perfeitamente a visão patrimonialista do Congresso sobre o Orçamento público.

Este jornal espera que o STF restabeleça as prerrogativas de cada um dos Poderes sobre o Orçamento, e que os parlamentares acatem a decisão. Espera, também, que a Procuradoria-Geral da República volte a exercer suas funções de maneira diligente, sem aguardar anos para cumprir sua obrigação de defender a Constituição.

GOVERNO SUSPENDE A CONSTRUÇÃO DE 39 MIL CASAS POPULARES DO PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA

 

História de IDIANA TOMAZELLI E MATEUS VARGAS – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Ministério das Cidades pode suspender a seleção de 30 mil novas moradias do Minha Casa, Minha Vida devido ao congelamento de despesas no Orçamento de 2024. As unidades seriam instaladas em municípios com até 50 mil habitantes, para atender o público da faixa 1 do programa (renda bruta familiar de até R$ 2.640 ao mês).

O alerta foi dado pela pasta em ofício enviado ao Ministério do Planejamento e Orçamento na terça (6), ao qual a Folha teve acesso. Interlocutores do Palácio do Planalto também foram avisados do impasse.

A medida tem potencial para causar ruídos com o Congresso Nacional, já que a construção de unidades habitacionais nos municípios menores é tida como uma prioridade pelos parlamentares.

O governo abriu em julho uma seleção inédita das propostas de áreas urbanas desse porte. As obras são bancadas com recursos do FNHIS (Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social), que repassa a verba para os municípios.

São as prefeituras na ponta que elaboram o projeto, contratam a construtora e selecionam as famílias. Os empreendimentos são pequenos, com 25 a 50 unidades cada.

O governo recebeu 7.121 propostas, o que totaliza mais de 200 mil unidades. No ofício, a pasta comandada por Jader Filho (MDB-PA) afirma que o número é uma demonstração da “demanda represada em todo o país” e alerta para as consequências da contenção da verba.

“Caso permaneça o bloqueio orçamentário […], em que pese ser uma ação prioritária desta pasta, o ministério se vê obrigado a suspender o processo seletivo em curso para municípios abaixo de 50 mil habitantes no âmbito do MCMV”, diz o documento.

O Ministério das Cidades sofreu um congelamento total de R$ 2,1 bilhões. Desse valor, R$ 1,1 bilhão incidiu sobre verbas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o que representa cerca de 30% do total disponível.

Outros R$ 849,6 milhões recaíram sobre as despesas discricionárias, que incluem custeio e outros investimentos. Neste caso, o valor significa 60% do disponível.

O problema se deu porque, durante a votação do Orçamento no Congresso, os parlamentares mudaram a classificação de resultado primário das obras bancadas com recursos do FNHIS.

Enquanto as obras custeadas pelo FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) estão no PAC, as unidades erguidas com dinheiro do FNHIS nos municípios menores ficaram, sob o ponto de vista orçamentário, fora do programa de investimentos. Uma vez classificadas como discricionárias comuns, elas se tornaram mais vulneráveis ao congelamento.

As obras com recursos do FNHIS competem com despesas de funcionamento do ministério e também das estatais vinculadas à pasta, como CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) e Trensurb.

A verba reservada para iniciar a contratação das 30 mil unidades do Minha Casa nos pequenos municípios era de R$ 627,6 milhões. Pelas estimativas do Ministério das Cidades, será necessário travar todo esse recurso, inviabilizando a continuidade da seleção.

A pasta pediu ao Planejamento a revisão do bloqueio, especialmente na verba que atinge o programa habitacional. Se essa revisão não for concedida, interlocutores afirmaram à Folha que a seleção pode ser cancelada em definitivo.

O cronograma previa a seleção dos projetos em agosto, a contratação em outubro e o repasse dos recursos até dezembro deste ano. Isso garantiria o comprometimento das prefeituras com as obras, que devem custar ao todo R$ 3,9 bilhões ao longo de cinco anos.

Sem ter o dinheiro disponível, o governo teria de adiar as fases de contratação e repasse dos recursos. Em ano de eleições municipais, a avaliação é de que selecionar agora projetos para contratá-los apenas no ano que vem, quando as prefeituras podem estar sob nova administração, representa um risco elevado.

O temor é que os novos gestores não tenham interesse em tocar os projetos da forma como foram apresentados, desperdiçando tempo e energia com a seleção. Até agora, nenhum recurso foi gasto com projetos —por isso a defesa do cancelamento, caso a verba permaneça bloqueada.

A seleção de unidades habitacionais pelo FNHIS é destinada a famílias da faixa 1 do programa (renda bruta familiar mensal de até R$ 2.640), mas famílias da faixa 2 (até R$ 4.400) também podem acessar a modalidade em caso de emergência ou calamidade pública.

O plano do governo era selecionar propostas de 5.000 unidades habitacionais à população que vive em áreas de risco de desastres, além de locais insalubres, impróprios para moradia e assentamentos precários.

Outras 25 mil unidades seriam distribuídas entre estados e Distrito Federal por uma conta que considerou, entre outros fatores, o déficit habitacional da população com renda bruta familiar de até 1,5 salário mínimo.

A portaria que regulamenta a seleção prevê repasses de até R$ 130 mil por unidade habitacional produzida ou adquirida.

O congelamento de recursos foi determinado pela equipe econômica após constatar o aumento de despesas obrigatórias e a frustração nas receitas. Ao todo, a contenção chega a R$ 15 bilhões, dividida entre ministérios, PAC e emendas parlamentares.

DEPOIS DE USAR O RELÓGIO CARTIER POR 19 ANOS AGORA LULA QUER DEVOLVER???

História de Vera Rosa e Eduardo Gayer – Jornal Estadão

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, 8, durante a reunião ministerial, que vai devolver o relógio Cartier recebido de presente em 2005, embora o Tribunal de Contas da União (TCU) tenha decidido que ele pode ficar com a peça.

Aos ministros, Lula contou que telefonou ainda na quarta-feira, 7, para o presidente do TCU, Bruno Dantas, e manifestou sua contrariedade com a decisão da Corte. Na conversa, avisou Dantas que está decidido a devolver o relógio ao tribunal. A outros interlocutores, ele também disse que pode doar o Cartier, em benefício de alguma causa social.

Na avaliação de Lula, ministros do TCU ligados a Jair Bolsonaro se alinharam à tese da defesa do ex-presidente com o objetivo de abrir caminho para sua absolvição no caso das joias sauditas.

Prevaleceu no TCU a tese do ministro Jorge Oliveira, que foi titular da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro e depois indicado por ele para o cargo no tribunal. No entendimento de Oliveira, não se pode classificar os presentes recebidos no exercício da Presidência como sendo da União até que haja uma regulamentação sobre o que é “bem de natureza personalíssima”.

Na reunião ministerial, Lula contou aos auxiliares que ligou para o presidente do TCU, Bruno Dantas. Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

Na reunião ministerial, Lula contou aos auxiliares que ligou para o presidente do TCU, Bruno Dantas. Foto: WILTON JUNIOR/Estadão

A Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão do TCU e orientou Lula a aguardar o novo julgamento antes de tomar qualquer atitude sobre o destino do relógio.

Com valor estimado à época em R$ 60 mil, e confeccionado em ouro branco, o Cartier Santos Dumont foi presente da própria fabricante durante visita que Lula fez a Paris, em seu primeiro mandato.

No recurso, a AGU argumentará que, quando Lula ganhou o Cartier, não havia norma do TCU que obrigasse os chefes do Executivo a devolver presentes, mesmo sendo de alto valor.

Em 2016, no entanto, o tribunal determinou que todos os itens recebidos deveriam ser catalogados como patrimônio público.

Com isso, a AGU pretende demonstrar que a situação de Lula é “completamente distinta” do caso das joias da Arábia Saudita recebidas por Bolsonaro, revelado pelo Estadão.

A Polícia Federal descobriu que, a mando do ex-presidente, um conjunto de joias – incluindo um relógio de ouro branco da marca Rolex – começou a ser negociado nos Estados Unidos ainda em 2022, último ano de seu mandato.

Bolsonaro agora fala em fazer leilão das joias

Em 2023, o TCU determinou a Bolsonaro que entregasse as peças. O advogado Frederick Wasseff viajou, então, para os Estados Unidos e recomprou o relógio.

Em entrevista à emissora CNN, nesta quinta-feira, 8, o ex-presidente disse que, se o TCU lhe entregar as joias ali depositadas, ele leiloará pelo menos um dos kits e doará o dinheiro para a Santa Casa de Juiz de Fora (MG), onde foi atendido quando levou uma facada, na campanha de 2018.

No mês passado, Bolsonaro e outros 11 aliados foram indiciados pelos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A conclusão das investigações da PF, enviada ao ministro Alexandre de Moraes – relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF) –, será analisada agora pela Procuradoria-Geral da República, a quem cabe decidir se denuncia ou não o presidente.

PALHAÇADADA – Usou o relógio esse tempo todo e agora quer devolver? Quem vai aceitar?

 

DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL NA CASA DOS TRILHÕES

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