A candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo, com Marta Suplicy (PT)
como vice, receberá R$ 30 milhões do fundo eleitoral do PT. Essa
quantia será contabilizada na cota de 30% reservada para candidaturas
femininas, devido à presença de Marta na chapa. No entanto, petistas
afirmam que o partido deve destinar mais do que o mínimo legal às
candidaturas femininas. O PT foi procurado, mas não se manifestou.
Considerada uma prioridade pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
a disputa na capital paulista quebra duas tradições do PT. Pela
primeira vez, o partido não lançará um candidato próprio na cidade e
destinará recursos para uma chapa que não é liderada por um petista.
Inicialmente, membros do PT de São Paulo resistiram a ambas as
decisões, mas acabaram cedendo sob a pressão do chefe do Executivo.
Em meados de julho, o presidente municipal do PT, Laércio Ribeiro, já
havia revelado que o partido não teria problemas em repassar recursos
para Boulos. Na ocasião, ele esclareceu que o repasse seria feito por
meio de Marta. “O PT decidiu, em eleições anteriores, não fazer repasses
para outros partidos. Essa decisão foi mantida agora. No entanto, isso
não impede o PT de destinar recursos para a candidata a vice”, disse.
A decisão mencionada por Ribeiro refere-se a uma resolução aprovada
pela Executiva Nacional no mês passado. O texto proíbe a transferência
de recursos para candidatos de outros partidos, mas autoriza o uso da
verba para candidatos a vice que sejam do PT. Além disso, a resolução
estabelece que, nas cidades com mais de 100 mil habitantes, o valor que
cada candidato receberá será definido pela Executiva Nacional.
Enquanto o PSOL dispõe de R$ 127 milhões do fundo eleitoral, o PT
conta com R$ 620 milhões, quase cinco vezes mais. Integrantes da
campanha do PSOL consideram o repasse do PT essencial para o sucesso da
campanha. Na última eleição municipal, Boulos contou com R$ 7,6 milhões
em recursos. Neste ano, o objetivo é captar o teto legal de R$ 67
milhões. A informação do repasse para Marta foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.
Cota para mulheres
O professor de Direito Eleitoral Fernando Neisser, da Fundação
Getulio Vargas (FGV), explica que é comum entre os partidos destinar
recursos para chapas majoritárias lideradas por homens, mas com uma
mulher como vice, contabilizando isso como parte da cota feminina.
Segundo ele, essa prática está amparada tanto pela lei quanto pela
jurisprudência da Justiça Eleitoral.
“Não há hierarquia entre pessoas que compõem uma chapa majoritária.
Titular e vice são, juridicamente, iguais. Ajudar a chapa a ter mais
condições de disputa beneficia, igualmente, ambos”, conta, acrescentando
que “trata-se de prática que muitos partidos usam, não tendo havido,
até o momento, qualquer questionamento quanto à sua legalidade”.
História de RICARDO DELLA COLETTA E BRUNO BOGHOSSIAN
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
decidiu expulsar do Brasil a embaixadora da Nicarágua, Fulvia Patricia
Castro Matus, disse nesta quinta-feira (8) o ministério das Relações
Exteriores.
A decisão é uma resposta à expulsão, pelo regime do ditador Daniel
Ortega, do embaixador brasileiro na Nicarágua, Breno de Souza da Costa.
As relações entre os dois países estavam congeladas desde que o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentou interceder, sem
sucesso, pela liberação de um bispo católico perseguido pelo regime.
O ato que desencadeou a decisão de expulsão foi o embaixador
brasileiro não ter participado de um ato em celebração dos 45 anos da
Revolução Sandinista.
A ausência irritou as autoridades locais. Costa agiu sob orientação
do Itamaraty. Diante do congelamento das relações, ele tinha instruções
de Brasília a não comparecer em determinados atos políticos do regime. O
PT é aliado histórico de Ortega, líder da Revolução Sandinista e no
poder de forma ininterrupta desde 2007.
De acordo com um funcionário do Itamaraty que acompanha o tema, Costa deve deixar a Nicarágua ainda nesta quinta.
*Artigo sobre “METAFÍSICA”. Traduzido da Língua Portuguesa para diversos idiomas.*
Todos já vivenciaram momentos em que, inexplicavelmente, pensamos em
alguém e, logo depois, essa pessoa entra em contato. Esses eventos,
embora pareçam casuais, provocam curiosidade sobre a conexão entre
nossas mentes e os acontecimentos ao nosso redor. Certamente o universo
opera em múltiplas redes de frequências simbólicas.
Carl Jung, com sua teoria, descobriu que coincidências significativas
são mais do que meros acasos, carregando um significado profundo de
interconexão entre a mente e a realidade externa, desafiando a noção
linear de causa e efeito.
A tecnologia revelou descobertas surpreendentes. Muitas vezes, ao
pegar o telefone para enviar uma mensagem, encontramos outra da mesma
pessoa com quem estávamos prestes a contatar. Esse fenômeno nos faz
refletir sobre uma possível conexão mental que vai além da comunicação
verbal e escrita.
Ou seja, antes dos acontecimentos ocorrerem no mundo físico, eles já
percorreram o mundo não físico pelas leis subatômicas. O pensamento, sem
obstáculos materiais, viaja em uma velocidade ainda imensurável. Isso
sugere a existência de um campo de informações sutis onde nossos
interesses são transmitidos instantaneamente. A aceleração do pensar
varia conforme o sentimento envolvido. Quanto mais intensa a emoção,
mais imediato os estímulos, acelerando a transmissão e ampliando o
impacto das coincidências. Esse aspecto pode ser visto como de avisos de
autoproteção e alertas intuitivos, guiando-nos em momentos de
necessidade.
Estamos próximos de compreender que o pensamento, o inconsciente e o
mundo espiritual são sinônimos. Para isso, a ciência precisa superar
preconceitos e adotar uma visão mais holística, admitindo que somos
seres espirituais carregados de energia e vibração. A sincronicidade do
pensamento nos lembra de nossa interconexão com o universo e da
importância de incluir as dimensões sutis da existência, abrindo novas
portas para a autocompreensão, explorando a profundidade do nosso
potencial humano.
Giuliana Tranquilini – Professora e colunista da StartSe
Para Giuliana Tranquilini, colunista e professora da StartSe em
algumas imersões no Vale do Silício, é preciso estruturar os pilares da
marca pessoal antes de sair comunicando e, assim, identificar e
comunicar suas qualidades únicas, estabelecer uma presença autêntica e
coerente no mercado e criar estratégias de longo prazo.
Mulher sentada e mexendo no computador (Foto de Mikhail Nilov para Pexels)
Durante os quase dois meses em que estive no Brasil a trabalho neste final de ano, enfrentei um desafio comum a muitos profissionais: manter a rotina de exercícios em um ambiente diferente.
Para não perder o ritmo que havia conquistado, decidi buscar o apoio
de uma personal trainer, queria alguém que pudesse me desafiar e manter
minha motivação em alta.
Esta experiência me fez relembrar o valor de ter um profissional
especializado, e com isso, decidi continuar com um personal trainer ao
retornar à Califórnia.
Esta semana, de volta à Califórnia, estabeleci como parte dos meus objetivos para o ano fortalecer minha rotina de saúde e bem-estar.
Entre vários profissionais, Denise se destacou pela rapidez em
responder e pela preocupação genuína em compreender minhas necessidades e
objetivos. Sua abordagem atenciosa e detalhada me convenceu de que ela era a escolha certa para me auxiliar.
Durante nossa primeira conversa, Denise me apresentou um plano de
seis meses, iniciando com um mês dedicado à “conscientização corporal”.
Apesar de minha longa experiência em natação, corrida, ballet fitness e
ciclismo, fiquei surpresa com a proposta.
“Conscientização corporal? Mas eu já conheço meu corpo.”, pensei. A
resposta de Denise, embora simples, indicava um período para ela me
entender melhor – uma resposta que, em retrospecto, sugeria que eu ainda
tinha muito a aprender.
As primeiras aulas com Denise foram reveladoras. Cada ajuste em minha
postura, respiração e execução de movimentos abriu meus olhos para
aspectos do meu corpo que antes passavam despercebidos.
O que inicialmente parecia um mês “perdido”, rapidamente mostrou-se
um período essencial para um treinamento mais eficaz e seguro,
especialmente agora que me aproximo dos 50 anos e meu foco é manter a
mobilidade e a saúde.
Esta jornada com Denise reforçou a importância dos fundamentos, tanto na saúde física quanto no desenvolvimento de uma marca pessoal sólida.
Na BetaFly, observo muitos clientes ansiosos por resultados
rápidos em suas jornadas de marca pessoal, muitas vezes pulando etapas
cruciais.
Porém, assim como um treinamento físico eficaz requer uma base
sólida, o fortalecimento de uma marca também depende de uma fundação
robusta. Compreender quem você é, seus valores, talentos e aspirações é
vital.
Como construir uma marca pessoal?
Acredito que é preciso estruturar os pilares da marca pessoal
antes de sair comunicando e assim, identificar e comunicar suas
qualidades únicas, estabelecer uma presença autêntica e coerente no
mercado e criar estratégias de longo prazo.
O objetivo é desenvolver uma marca pessoal não apenas atraente, mas
profundamente enraizada em autoconhecimento e propósito autêntico.
Assim como no treinamento físico, onde a conscientização do corpo é
essencial, na marca pessoal, a fase de autoconhecimento e definição da
essência é crucial.
Este processo envolve uma exploração profunda das motivações,
crenças, forças e vulnerabilidades de cada indivíduo, permitindo
compreender como suas experiências únicas moldam sua marca pessoal.
Por que importa?
Em um mundo acelerado, onde todos buscam resultados imediatos, é
crucial lembrar que o verdadeiro impacto e influência vêm de um
entendimento profundo e autêntico de si mesmo. Seja na saúde
física, na carreira ou na vida pessoal, o processo de construção requer
tempo, paciência e orientação especializada.
Convido cada liderança a refletir: estão
investindo o tempo necessário para construir uma base sólida para sua
marca pessoal? Estão prontos para se aprofundar em sua essência antes de
buscar resultados rápidos?
Ter uma marca pessoal forte e autêntica é um processo que demanda
dedicação e tempo, mas é justamente essa base sólida que sustenta um
crescimento duradouro e um impacto genuíno.
Mindset correto é o que vai fazer você alcançar (ou não) o sucesso
Junior Borneli, co-fundador do StartSe
Mulher negra e sorridente segurando um IPad e olhando para frente (Fonte: Getty Images)
Mindset é a sua programação mental, é como você encara tudo que está ao teu redor
Mindset. Você já ouviu essa palavinha algumas vezes aqui no StartSe.
Ela é importante, talvez uma das coisas mais importantes para “chegar
lá” (seja lá onde for que você quiser chegar).
É sua habilidade de pensar o que você precisa para ter sucesso. E
como a maioria das coisas que você possui dentro de você, ela é uma
espécie de programação do seu ser. Tanto que é possível que você adquira
outro mindset durante a vida, convivendo com as pessoas corretas,
conhecendo culturas diferentes.
Algumas pessoas dizem que é isso das pessoas que faz o Vale do
Silício ser a região mais inovadora do mundo. Eu, pessoalmente, não
duvido. Fato é: você precisa de ter a cabeça no lugar certo, pois a
diferença entre um mindset vencedor e um perdedor é o principal fator
entre fracasso e sucesso.
Para isso, é importante você começar do ponto inicial: um objetivo.
“Todo empreendedor precisa ter um objetivo. Acordar todos os dias e
manter-se firme no propósito de fazer o máximo possível para chegar lá é
fundamental”, diz Junior Borneli, co-fundador do StartSe e uma das
pessoas mais entendidas de mindset no ecossistema brasileiro.
De lá, é importante você fazer o máximo que puder e não perder o
foco, mantendo-se firme. “Não importa se no final do dia deu tudo certo
ou errado. O importante é ter a certeza de que você fez tudo o que foi
possível para o melhor resultado”, avisa.
Com a atitude certa, é capaz que você sempre consiga canalizar as
coisas como positivas. “Você sempre tem duas formas de olhar um a mesma
situação: aquela em que você se coloca como um derrotado e a outra onde
você vê os desafios como oportunidades. Escolha sempre o melhor lado das
coisas, isso fará com que sua jornada seja mais leve”, alerta o
empreendedor.
Esses tipo de sentimento abre espaço para uma característica
importantíssima dos principais empreendedores: saber lidar com grandes
adversidades. “Um ponto em comum na maioria os empreendedores de sucesso
é a superação”, destaca Junior Borneli.
Saber lidar com essas adversidades vai impedir que você pare no
primeiro problema (ou falência) que aparecer na sua frente. “São muito
comuns as histórias de grandes empresários que faliram várias vezes,
receberam diversos ‘nãos’ e só venceram porque foram persistentes”,
afirma.
É importante ter esse mindset resiliente, pois, nem sempre tudo será
fácil para você – na verdade, quase nunca será. “Empreender é, na maior
parte do tempo, algo muito doloroso. Até conseguir algum resultado
expressivo o empreendedor passa por muitos perrengues. A imensa maioria
fica pelo caminho”, diz.
É como uma luta de boxe, onde muitas vezes, para ganhar, você terá
que apanhar e apanhar e apanhar até conseguir desferir o golpe (ou a
sequência) certo. “Na minha opinião, não há melhor frase que defina a
trajetória de um empreendedor de sucesso do que aquela dita por Rocky
Balboa, no cinema: ‘não importa o quanto você bate, mas sim o quanto
aguenta apanhar e continuar. É assim que se ganha’”, ilustra.
O problema talvez seja que alguns aspectos do empreendedorismo tenham
glamour demais. “Empreender não é simplesmente ter uma mesa com
super-heróis e uma parede cheia de post-its coloridos. Você vive numa
espécie de montanha russa de emoções, onde de manhã você é ‘o cara’ e à
tarde não tem dinheiro pro café”, salienta.
Vale a pena, porém, perseverar neste caminho. “Para aqueles que são
persistentes e têm foco, a jornada será difícil, mas o retorno fará
valer a pena!,” destaca o empreendedor.
DERROTA TAMBÉM ENSINA
Um ponto importante do sucesso é saber lidar com o fracasso e, de lá,
tomar algumas lições para sair mais forte ainda. “Toda derrota nos
ensina algumas lições e assim nos tornamos mais fortes a cada nova
tentativa. A cultura do fracasso, aqui no Brasil, é muito diferente dos
Estados Unidos”, afirma Junior.
No Vale do Silício, falhar é encarado algo bom, na verdade – e
aumenta suas chances de sucesso futuro. “Por lá, empreendedor que já
falhou tem mais chances de receber investimentos porque mostrou
capacidade de reação e aprendeu com os erros”, conta o empreendedor.
Mas ao pensar sobre fracasso, você precisa ter o filtro correto para
não deixar a ideia escapar. “Encarar os erros como ensinamentos e
entender que falhar é parte do jogo torna as coisas mais fáceis e
suportáveis”, salienta.
Foco é a palavra de ordem para você conseguir alcançar os objetivos
traçados no caminho, mesmo que em alguns momentos pareça que está tudo
dando errado. “Por fim, buscar o equilíbrio mental e o foco são
fundamentais. Nas vitórias, tendemos a nos render à vaidade e ao
orgulho. E nas derrotas nos entregamos ao desânimo e a depressão.
Mentalize seus objetivos, foque nos caminhos que vão leva-lo até eles e
siga firme em frente”, afirma.
É importante que você tenha noção de que para ser uma exceção, você
não pode pensar da maneira comodista que a maior parte das pessoas. “Se
você quer chegar onde poucos chegaram, precisará fazer o que poucos têm
coragem e disposição para fazer”, completa.
O “não” do cliente a uma proposta. Por quê?
Moysés Peruhype Carlech
Fiquei pensando e ao mesmo tempo preocupado com o seu “não”,
sem nenhuma explicação, à nossa proposta de divulgação da sua loja e de
resto todas as lojas dessa cidade no Site da nossa Plataforma Comercial
da Startup Valeon.
Esse “não” quer dizer, estou cheio de compromissos para fazer
pagamentos mensais, não estou faturando o suficiente para cobrir as
minhas despesas, a minha loja está vendendo pouco e ainda me vem mais
uma “despesa” de publicidade da Startup Valeon?
Pergunto: como vou comprar na sua loja? Se não sei qual é a
sua localização aí no seu domicílio? Quais os produtos que você
comercializa? Se tem preços competitivos? Qual a sua interação online
com os seus clientes? Qual o seu telefone de contato? Qual é o seu
WhatsApp?
Hoje em dia, os compradores não têm tempo suficiente para
ficarem passeando pelos Bairros e Centros da Cidade, vendo loja por loja
e depois fazendo a decisão de compra, como antigamente.
A pandemia do Covid-19 trouxe consigo muitas mudanças ao
mundo dos negócios. Os empresários precisaram lutar e se adaptar para
sobreviver a um momento tão delicado como esse. Para muitos, vender em
Marketplace como o da Startup Valeon se mostrou uma saída lucrativa para
enfrentar a crise. Com o fechamento do comércio durante as medidas de
isolamento social da pandemia, muitos consumidores adotaram novos
hábitos para poder continuar efetuando suas compras. Em vez de andar
pelos corredores dos shoppings centers, bairros e centros da cidade,
durante a crise maior da pandemia, os consumidores passaram a navegar
por lojas virtuais como a Plataforma Comercial Valeon. Mesmo aqueles que
tinham receio de comprar online, se viram obrigados a enfrentar essa
barreira. Se os consumidores estão na internet, é onde seu negócio
também precisa estar para sobreviver à crise e continuar prosperando.
É importante você divulgar a sua loja na internet com a ajuda
do Site da Startup Valeon, que no caso não é uma despesa a mais e sim
um investimento para alavancar as suas vendas. Desse modo, o seu
processo de vendas fica muito mais profissional, automatizado e
eficiente. Além disso, é possível a captação de potenciais compradores e
aumentar o engajamento dos seus clientes.
Não adianta pensar dessa forma: “Eu faço assim há anos e deu
certo, porque eu deveria fazer diferente? Eu sei o que preciso fazer”. –
Se você ainda pensa assim, essa forma de pensar pode representar um
grande obstáculo para o crescimento do seu negócio, porque o que trouxe
você até aqui é o que você já sabe e não será o que levará você para o
próximo nível de transformação.
O que funcionava antes não necessariamente funcionará no
futuro, porque o contesto está mudando cada vez mais rápido, as formas
como os negócios estão acontecendo são diferentes, os comportamentos dos
consumidores está se alterando, sem contar que estão surgindo novas
tecnologias, como a da Startup Valeon, que vão deixar para trás tudo
aquilo que é ineficiente.
Aqui, na Startup Valeon, nós sempre questionamos as formas de
pensar e nunca estamos totalmente satisfeitos com o que sabemos
justamente por entender que precisamos estar sempre dispostos a conhecer
e aprender com o novo, porque ele será capaz de nos levar para onde
queremos estar.
Mas, para isso acontecer, você precisa estar disposto a
absorver novas formas de pensar também e não ficar amarrado só ao que
você já sabe.
Se este for seu caso, convido você a realizar seu novo começo
por meio da nossa forma de anunciar e propagar a sua empresa na
internet.
Todos eles foram idealizados para você ver o seu negócio e a
sua carreira de uma forma completamente diferente, possibilitando levar
você para o próximo nível.
Aproveite essa oportunidade para promover a sua próxima transformação de vendas através do nosso site.
Então, espero que o seu “não” seja uma provocação dizendo para nós da Startup Valeon – “convença-me”.
O Congresso foi ousado ao ser cobrado pelo Supremo Tribunal Federal
(STF) a identificar a autoria das emendas de comissão. “Não existe”,
segundo representantes da Câmara, a “figura do patrocinador” das
emendas; logo, a Câmara “não tem como colaborar” com o STF,
posicionamento que foi endossado por prepostos do Senado, segundo a ata
de uma reunião realizada na última terça-feira.
A resposta ofende a inteligência de todos os cidadãos. É tanta a
desfaçatez que seria melhor que os enviados simplesmente dissessem que
não há, nem nunca houve, por parte da cúpula do Congresso, o menor
interesse em respeitar os princípios constitucionais da transparência,
impessoalidade, moralidade e publicidade no uso de recursos públicos.
A comprovar essa falta de disposição, deputados e senadores mostram
que nada é capaz de fazê-los cumprir o compromisso solene de posse no
qual juram defender a Constituição durante o mandato. Se assim fosse, o
Supremo não teria de voltar a esse tema em agosto de 2024, menos de dois
anos após a histórica decisão na qual a Corte declarou a
inconstitucionalidade do chamado “orçamento secreto”.
O esquema, revelado pelo Estadão, proporcionou apoio
político do Legislativo ao governo Jair Bolsonaro por meio das emendas
de relator. Controladas pelos presidentes da Câmara e do Senado, as RP-9
eram distribuídas por critérios próprios e garantiam repasses
bilionários aos parlamentares.
Foi a ausência de identificação do proponente e a opacidade sobre seu
destinatário que deram base ao contundente voto da ministra Rosa Weber,
hoje aposentada. As emendas de relator, segundo ela, representavam
verdadeiro regime de exceção ao Orçamento-Geral da União e burlavam a
transparência e a distribuição isonômica de recursos públicos, de
maneira “incompatível com a ordem constitucional, democrática e
republicana”.
O Congresso, em vez de cumprir a decisão, optou por driblá-la. Em uma
interpretação marota, restabeleceu o papel que as RP-9 sempre tiveram,
de correção pontual do Orçamento, mas emulou as práticas condenadas pelo
STF nas emendas de comissão, também conhecidas como RP-8, com a
conivência do governo Lula da Silva.
Ao perceber a manobra, o ministro Flávio Dino, que herdou de Rosa
Weber a relatoria do caso, cobrou esclarecimentos. A resposta do
Congresso é estupefaciente. Apegando-se a procedimentos previstos no
Regimento, como se este estivesse acima da Constituição, o Legislativo
disse que tais informações estão nas atas das reuniões nas quais as
emendas foram aprovadas, ainda que os documentos não detalhem a autoria
da indicação nem a obra que será feita, o projeto a ser tocado ou
município que receberá a verba.
Ora, ninguém é ingênuo para crer que o Legislativo não saiba quem
indicou a emenda e para o que exatamente ela serviu. Somadas, as emendas
de comissão devem superar o patamar de R$ 15 bilhões neste ano. Esse
dinheiro, por óbvio, não está perdido, e informar onde ele foi parar não
é nenhuma benevolência, mas obrigação do Congresso.
Nem se trata de criar algo novo, mas de retomar regras que vigoraram
por décadas, após a eclosão do escândalo dos Anões do Orçamento, e que
têm sido sumariamente ignoradas nos anos recentes, como se nunca
tivessem existido. Chama a atenção a facilidade com que o Congresso
destruiu sistemas de controle que levaram anos para serem construídos e
consolidados, numa incrível volta a um trevoso passado, no qual o
clientelismo era a regra.
A insistência em manter tanto segredo sugere várias hipóteses, todas
ruins. É provável que o enorme poder conquistado por algumas lideranças
do Congresso evaporasse instantaneamente se o chamado baixo clero
soubesse que seus votos valem bem menos, em termos de emendas, que os de
colegas mais próximos da cúpula do Legislativo.
Para o cidadão, é a certeza de que a verba pública tem sido mal
alocada em milhares de ações de prioridade questionável, baixo impacto e
pouca eficiência, sem qualquer vinculação com políticas públicas,
prática que só amplia as desigualdades regionais e sociais, mas que
fortalece, perpetua e enriquece os políticos de sempre.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Ucrânia surpreendeu a Rússia com novos
ataques contra Kursk, no sul do país de Vladimir Putin, levando Moscou a
decretar emergência na região, a mobilizar reservas, determinar a
retirada de civis de vilas próximas à fronteira entre os rivais e enviar
médicos ao local.
Segundo o ministro Andrei Belousov (Defesa) disse ao presidente,
cerca de mil militares ucranianos participam do ataque. A emergência
decretada suspende provisoriamente alguns direitos, como o de ir e vir
sem checagem, e facilita a movimentação de tropas.
A ação ucraniana é uma tentativa de Kiev de desviar atenção e
recursos dos russos, que ameaçam romper defesas do país na região de
Donetsk, no leste do país 1 das 4 que Putin anexou ilegalmente em 2022,
depois da invasão do vizinho, cujo controle foi colocado pelo
presidente russo como uma das condições para negociar a paz.
Apesar do alarme russo, por ora é incerto o resultado da iniciativa
do governo de Volodimir Zelenski, que já havia visto suas forças se
exaurirem devido a uma nova frente aberta pela Rússia no norte do país,
em maio. Aquela ofensiva foi contida, ainda que siga em curso, mas às
custas de mão de obra e equipamento de outras partes dos 1.000 km de
linhas de batalha.
Do ponto de vista de propaganda, pode ser um gol de Zelenski, que
precisa mostrar ao mundo que ainda tem condições de guerrear além dos
ataques pontuais com armas de precisão ocidentais contra a Frota do Mar
Negro na Crimeia ou o emprego de drones contra alvos na Rússia.
Um espectador potencial é Donald Trump, o republicano que pode voltar
à Casa Branca na eleição de novembro e já disse que quer acabar com a
guerra “em um dia”, sugerindo concessões territoriais a serem feitas por
Kiev.
Por outro lado, a incursão aumenta os temores em Washington sobre
escalada, ao menos publicamente. A Casa Branca correu para dizer que não
havia sido consultada sobre a ofensiva e que iria falar com Kiev sobre o
assunto.
Vídeos percorrem a internet russa com cenas de caminhões incendiados e
até aviões de ataque sobrevoando áreas em combate. Segundo o Ministério
da Saúde da Rússia, 31 civis ficaram feridos não há dados sobre baixas
militares.
Os ataques começaram na terça (6), e foram inicialmente repelidos,
segundo o Ministério da Defesa da Rússia e observadores do país. Mas
foram renovados na noite, entrando a madrugada desta quarta (7) naquilo
que a pasta classificou de “intensa batalha”.
As forças ucranianas estão apoiadas por tanques e veículos blindados.
Elas tentam chegar à cidade fronteiriça de Sudja, 530 km a sudoeste de
Moscou, mas aparentemente foram bloqueadas. De forma impossível de
verificar agora, o ministério disse já ter destruído 50 blindados,
incluindo 7 tanques.
Sudja tem valor estratégico: é o ponto final de distribuição de
gasodutos russos rumo à Europa. Ainda que o consumo europeu do produto
tenha caído a 25% do que era antes da guerra, ele ainda é importante
para a economia russa e passa, por meio de um acordo que ainda vale,
pela Ucrânia.
De forma típica, Kiev não comentou ainda a operação, esperando seus
resultados. Nas incursões de fronteira anteriores, o governo Zelenski
colocou a responsabilidade em grupos russos dissidentes baseados em seu
país, ainda que os blindados e armas empregados nas ações fossem da
Ucrânia.
Seja como for, a Rússia acusou o golpe, como a emergência decretada
mostra. Putin disse que “o regime de Kiev lançou uma nova grande
provocação” e está “bombardeando indiscriminadamente” a população de
Kursk. Ele fez uma reunião de urgência com Belousov, com o chefe do
Estado-Maior das Forças Armadas, Valeri Gerasimov, e outras autoridades.
Até aqui, o foco de preocupações do russo era a região vizinha de
Belgorodo, que recebia ataques com mísseis e drones diários. Putin havia
ordenado a ofensiva sobre Kharkiv (norte) justamente para tentar conter
essas ações, tomando terra, mas sem muito sucesso. Agora, os ucranianos
atacaram um pouco mais ao norte, partido da região de Sumi, que foi
atacada por aviões russos nesta quarta.
O governador interino de Kursk, Alexei Smirnov, disse no Telegram
pela manhã que a situação está sob controle, mas determinou que
vilarejos próximos da fronteira sejam evacuados e que moradores de
cidades maiores coloquem proteções nas janelas contra eventuais
estilhaços de drones abatidos. À tarde, anunciou a emergência.
As forças ucranianas divulgaram um vídeo no qual um drone
aparentemente derruba um helicóptero de ataque russo Mi-28 sobre Kursk,
mas não há georreferenciamento ainda disponível para corroborar a ação,
que seria inédita sobre solo da Rússia.
Outras imagens, igualmente sem verificação possível, mostram “tanques
tartaruga”, com proteções contra drones, operados pela Ucrânia nas
regiões de fronteira.
BRASÍLIA – O Tribunal de Contas da União (TCU) mudou
o próprio entendimento sobre o recebimento de presentes de luxo por
presidentes da República e decidiu nesta quarta-feira, 7, que o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não precisará devolver o relógio Cartier de R$ 60 mil, revelado pelo Estadão, que ganhou em seu primeiro mandato durante uma viagem à França.
Em síntese, o tribunal entendeu que não existe legislação específica
que verse sobre presentes de caráter personalíssimo e de elevado valor
comercial.
O novo entendimento da Corte favorece o ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL). O advogado Paulo da Cunha Bueno, que faz a defesa do
ex-presidente, afirmou que a decisão da Corte de contas servirá como argumento de defesa de Bolsonaro.
“É uma decisão acertada, vamos usar, sim [na defesa de Bolsonaro no
caso das joias]. Não há legislação especifica e o TCU estava legislando,
como bem pontuou o ministro Jorge Oliveira”, disse Cunha Bueno, em
conversa com o Estadão, após a sessão desta quarta-feira do TCU.
Oito ministros votaram na sessão de hoje. A tese vencedora, redigida
pelo ministro Jorge Oliveira – indicado para o TCU por Bolsonaro –, foi
acompanhada por Jhonatan de Jesus, Augusto Nardes, Aroldo Cedraz e Vital
do Rêgo.
O presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro da Secretaria-Geral
da Presidência, Jorge Antonio de Oliveira, indicado para vaga no
Tribunal de Contas da União. Francisco Foto: Adriano Machado/Reuters
Houve ainda dois votos divergentes. O relator, ministro Antonio Anastasia, seguiu a área técnica do tribunal, conforme revelou o Estadão,
e entendeu que Lula não precisaria devolver o relógio de luxo – pois o
bem foi recebido em 2005 e, caso fosse determinada a devolução, poderia
causar “insegurança jurídica”. Ele foi seguido pelo ministro-substituto
Marcos Bemquerer Costa.
Já o ministro Walton Alencar votou para que Lula devolvesse o Cartier
e quaisquer outros eventuais bens luxuosos, mas ficou sozinho no
tribunal.
Veja como votaram os ministros:
Jorge Oliveira, seguido por outros 4 ministros: Não
existe legislação específica sobre presentes de caráter personalíssimo,
apesar de entendimento firmado pelo próprio TCU em 2016. É preciso
respeitar o princípio da moralidade, mas também o da legalidade. Tese
favorece Lula e, sobretudo, Bolsonaro;
Antonio Anastasia, seguido por mais um ministro:
TCU entendeu, em 2016, que presentes de alto valor comercial, mesmo
considerados personalíssimos, devem ser devolvidos à União. Entendimento
não poderia ser aplicada no caso de Lula agora pois relógio foi
recebido há quase 20 anos (segurança jurídica);
Walton Alencar: Entendimento do TCU firmado em 2016
foi realizado com base na Constituição Federal de 1988 e no príncipio
da moralidade. Portanto, todos os presidentes da República devem
devolver itens luxuosos, incluindo Lula e Bolsonaro.
Lula usa relógio Cartier de R$ 60 mil durante live no Planalto Foto: Ricardo Stuckert/PR
Lula foi alvo de uma auditoria do TCU sobre esse mesmo tema em 2016. Na ocasião, o tribunal determinou a devolução de mais de 500 presentes que haviam sido incorporados ao patrimônio privado dele.
O relógio Cartier, contudo, passou despercebido e não foi devolvido. Na
ocasião, a Corte firmou o entendimento de que somente os itens de
caráter personalíssimo (medalhas, por exemplo) ou de consumo próprio
(roupas, perfumes, comidas) devem permanecer com os presidentes.
É justamente essa tese firmada em 2016 que foi “anulada” pelo voto
vencedor de Jorge Oliveira que, na prática, pavilha o caminho para a
defesa de Bolsonaro.
Em seu voto, o ministro Jorge Oliveira afirmou que não existe uma
norma específica sobre o conceito de “bem de natureza personalíssima” e
“elevado valor de mercado”. “O princípio da legalidade não vale no caso
concreto? O direito sancionatório no Brasil é claro: não há crime sem
lei anterior que o defina. No direito penal é claro. Até o presente
momento não existe no País uma norma clara que trata sobre o recebimento
de presentes por presidentes da República”, acrescentou Oliveira.
E, por fim, deliberou: “Reconhecer que, até que lei específica
discipline a matéria, não há fundamentação jurídica para caracterização
de presentes recebidos por presidentes da República no exercício do
mandato como bens públicos, o que inviabiliza a possibilidade de
expedição de determinação, por esta Corte, para sua incorporação ao
patrimônio público.”
Para solidificar seu argumento, Oliveira citou até mesmo a defesa
apresentada por Lula no âmbito do processo de 2016 do TCU, feita pelo
advogado Cristiano Zanin, atual ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) por indicação do petista.
Por sua vez, Walton Alencar afirmou que ausência de menção expressa
na legislação acerca de presentes personalíssimos recebidos por
presidentes da República não autoriza a apropriação dos bens de luxo. “A
questão é tão óbvia que o legislador entendeu desnecessária a menção na
lei. Uma e outra disposição em normas infralegais não lhes autoriza a
incorporação ao patrimônio pessoal. Trata-se apenas de lastimável
tentativa de legitimar o ilegitimável”, destacou Walton.
Ele reforçou que o entendimento do TCU publicado em 2016 foi
realizado com base nos princípios da moralidade e da transparência. “A
Constituição Federal é a mesma, o princípio da moralidade é o mesmo, a
legislação é a mesma. Só mudaram mesmo os presidentes da República”,
destacou.
“Como vimos, a atribuição de relógios de ouro maciço, como presentes,
a presidente da República, a Primeiro-Ministro ou a ministros de
Estado, não é tolerada por nenhum país civilizado do mundo”, completou.
Além do Cartier, Walton Alencar pediu a devolução do relógio Piaget
de R$ 80 mil. Esse item não consta na lista de presentes oficiais. A
existência do relógio de luxo veio à tona no início de 2022, quando Lula
apareceu usando o relógio durante evento de comemoração do centenário
do PC do B.
A informação da equipe do Palácio do Planalto contradiz uma versão
anterior de Lula apresentada por duas reportagens publicadas pela
imprensa em 2022. Segundo uma publicação do Metrópoles e outra da Folha
de S. Paulo, Lula disse a aliados durante um evento no Rio de Janeiro,
em março daquele ano, que ganhou o relógio de presente quando era
presidente. Neste caso, Lula deveria ter declarado o bem no sistema da
Presidência — o que não ocorreu.
Em seu voto, Anastasia, que ficou vencido, não deliberou sobre o
Piaget justamente por não ter sido comprovado que o relógio se tratou de
um presente recebido durante o mandato do petista. Ele pontuou, ainda,
que não há registros de que o item foi vendido – em clara referência a
Bolsonaro.
A comoção com o assassinato de três crianças a facadas serviu de
estopim para a pior onda de violência em mais de uma década no Reino
Unido. Em redes como o X espalhou-se a informação de que o autor do
crime era um imigrante muçulmano e, ato contínuo, grupos contrários à
imigração incitaram manifestações contra estrangeiros, em especial os
seguidores da fé islâmica. O assassino, já detido, não era imigrante,
muito menos muçulmano. O estrago, porém, já estava feito: a violência,
com insultos e xenofobia, se espalhou por diversas cidades do Reino
Unido, deixando um rastro de destruição, prisões e ataques a inocentes.
O caso assusta pelo nível de brutalidade primitiva que se viu nas
ruas inglesas ao longo de alguns dias, algo que discrepa totalmente da
imagem de uma sociedade que se apresenta ao mundo como liberal e
tolerante. É claro que não se deve tomar a parte pelo todo, isto é, não
se pode concluir que o Reino Unido tenha se tornado de uma hora para
outra um país de bárbaros, mas é digno de nota a latência do ódio, para
cuja explosão bastou um punhado de mensagens mal-intencionadas numa rede
social.
Esse ódio já havia se manifestado, em essência, no discurso que
alimentou o Brexit, isto é, a saída do Reino Unido da União Europeia
(UE). Recorde-se que no centro da campanha do Brexit estava a histeria
contra os imigrantes com passaporte europeu, especialmente dos países
mais pobres que estavam sendo aceitos na UE. Era preciso, nas palavras
dos extremistas que advogavam pelo Brexit, “retomar o controle sobre a
imigração”.
O Brexit, contudo, não teve o resultado esperado pelos xenófobos. Ao
contrário: fora da União Europeia, o Reino Unido não participa mais dos
acordos europeus que disciplinam a imigração, seja dentro da própria
Europa, seja nos países do Mediterrâneo, onde regularmente aportam
milhares de refugiados.
Ou seja, a promessa de mais controle e segurança não se confirmou,
pelo menos não como anunciaram os radicais. É essa sensação de
vulnerabilidade que dá corpo ao discurso violento contra imigrantes – e
não somente no Reino Unido – mesmo no momento em que a maioria dos
países da UE e o próprio Reino Unido precisam de imigrantes para seu
mercado de trabalho.
O ódio contra os imigrantes, portanto, é irracional não somente pela
truculência que inspira, mas sobretudo porque prejudica os interesses
econômicos e sociais dos países em que brota. Ou talvez seja o caso de
notar que o ódio aos imigrantes tem uma racionalidade própria: o
imigrante é o corpo estranho, que representa o atraso e a degradação
social e nacional, e por isso precisa ser combatido sem trégua. Como
enfatizou Donald Trump, candidato à presidência dos EUA e espécie de
porta-voz mundial dos xenófobos, os imigrantes são “animais” que
“envenenam o sangue do país”.
Cabe aos líderes responsáveis trabalhar para que essa mensagem não
prospere, pois dela resulta a violência que o mundo testemunhou no Reino
Unido. Nesse ponto, fica claro que as redes sociais, que já tinham sido
cruciais para espalhar a desinformação que resultou no Brexit, foram o
veículo por meio do qual os extremistas incitaram a turba que foi às
ruas para agredir imigrantes totalmente inocentes. Se é de mensagem de
ódio que se trata, o meio que a propaga importa.
Há quem considere que as redes sociais são neutras, isto é, não
produzem as mensagens que ali circulam, razão pela qual não podem
responder pelo que se diz nos textos – seriam o equivalente ao carteiro,
que não tem nada a ver com uma carta que eventualmente contenha ofensas
ou desinformação. Mas há quem lembre que, diferentemente do carteiro,
as donas das redes ganham muito dinheiro como o engajamento dos
usuários, fomentado por algoritmos que privilegiam mensagens com maior
potencial de gerar reações e compartilhamentos, e a experiência indica
que esse potencial é tanto maior quanto mais agressiva ou provocadora a
mensagem for.
Logo, esse sistema talvez não seja tão isento quanto seus
proprietários alegam, razão pela qual precisa ser responsabilizado de
alguma forma. As redes sociais não inventaram o ódio, mas, como mostrou o
caso britânico, certamente ajudam a alimentá-lo.
SÃO PAULO (Reuters) – O desmatamento na Amazônia brasileira aumentou
em julho, quebrando uma sequência de 15 meses de queda na destruição da
floresta durante o governo do presidente Luiz Inácio da Silva, segundo
dados preliminares, em meio a uma greve de servidores da área ambiental.
Cerca de 572 quilômetros quadrados de floresta foram desmatados nos
primeiros 26 dias de julho, 14% a mais do que os 500 quilômetros
quadrados registrados em julho do ano passado, de acordo com dados
preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Ciência e Tecnologia
irão realizar uma entrevista coletiva conjunta nesta quarta-feira para
anunciar os dados do Inpe para o mês de julho completo.
Apesar do aumento no mês, os níveis de desmatamento da Amazônia ainda
são muito menores no governo Lula do que no governo de seu antecessor
Jair Bolsonaro.
O desmatamento da Amazônia em julho de 2022, último ano do governo
Bolsonaro, foi quase três vezes maior do que os dados parciais de julho
de 2024.
O desmatamento na Amazônia havia aumentado pela última vez em fevereiro e março de 2023, logo após Lula tomar posse.
O aumento na destruição florestal se deve em parte a uma greve de
trabalhadores ambientais iniciada em junho, que reduziu drasticamente a
aplicação das leis contra o desmatamento, disse Wallace Lopes, líder do
sindicato de trabalhadores ambientais Ascema.
“A greve certamente impactou no aumento desses dados, tem as
informações de redução de número de autos de infração lavrados, número
de operações executadas na Amazônia e número de embargos também”, disse.
A greve envolve tanto o principal órgão federal de fiscalização ambiental, o Ibama, quanto o serviço de parques, o Icmbio.
Procurado pela Reuters, o Palácio do Planalto não respondeu de
imediato. O Ministério do Meio Ambiente não fará comentários sobre os
dados preliminares antes da coletiva de imprensa, disse um porta-voz.
Lula assumiu o cargo em janeiro de 2023 com a promessa de acabar com o
desmatamento até 2030, após o aumento dos níveis de destruição durante o
governo Bolsonaro. Esse compromisso é a peça central de sua tentativa
de restaurar as credenciais climáticas do Brasil, uma vez que a Amazônia
absorve grandes quantidades de gases de efeito estufa.
Os dados surgem em um momento em que a floresta amazônica tem sofrido
inúmeros incêndios, em meio a uma seca na região impulsionada pelas
mudanças climáticas. A temporada de incêndios normalmente atinge seu
pico em agosto e setembro.
Os esforços de combate a incêndios não estavam sendo afetados pelas greves realizadas pelos trabalhadores ambientais.
O valor ainda é uma estimativa, mas, se confirmado, representará um
aumento de 6,87% se comparado ao salário mínimo atual, de R$ 1.412. A
informação foi antecipada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão/Broadcast.
De acordo com fontes da equipe econômica, houve esse aumento na
projeção por causa de alterações na grade de parâmetros elaborada pela
Secretaria de Política Econômica (SPE), como variação na inflação.
Valor atual do salário mínimo é de R$ 1.412 Foto: Tiago Queiroz / Estadão
A nova projeção está alinhada à política do governo federal de
valorização do salário mínimo, que estabelece que o piso deve ser
corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado
em 12 meses até novembro mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB)
de dois anos atrás. No envio do PLDO, a previsão era de que o INPC
ficasse em 3,25%. No último relatório, a SPE atualizou o número para
3,65%.
Pelas novas estimativas, o salário mínimo seria de R$ 1.595 em 2026;
de R$ 1.687 em 2027, e de R$ 1.783 em 2028. O piso é usado para
reajustar diversos benefícios, como previdenciários e assistenciais.
Para evitar a pressão sobre gastos obrigatórios, a equipe econômica
chegou a discutir uma desvinculação, mas ainda não teve aval do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva.