SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Ucrânia surpreendeu a Rússia com novos
ataques contra Kursk, no sul do país de Vladimir Putin, levando Moscou a
decretar emergência na região, a mobilizar reservas, determinar a
retirada de civis de vilas próximas à fronteira entre os rivais e enviar
médicos ao local.
Segundo o ministro Andrei Belousov (Defesa) disse ao presidente,
cerca de mil militares ucranianos participam do ataque. A emergência
decretada suspende provisoriamente alguns direitos, como o de ir e vir
sem checagem, e facilita a movimentação de tropas.
A ação ucraniana é uma tentativa de Kiev de desviar atenção e
recursos dos russos, que ameaçam romper defesas do país na região de
Donetsk, no leste do país 1 das 4 que Putin anexou ilegalmente em 2022,
depois da invasão do vizinho, cujo controle foi colocado pelo
presidente russo como uma das condições para negociar a paz.
Apesar do alarme russo, por ora é incerto o resultado da iniciativa
do governo de Volodimir Zelenski, que já havia visto suas forças se
exaurirem devido a uma nova frente aberta pela Rússia no norte do país,
em maio. Aquela ofensiva foi contida, ainda que siga em curso, mas às
custas de mão de obra e equipamento de outras partes dos 1.000 km de
linhas de batalha.
Do ponto de vista de propaganda, pode ser um gol de Zelenski, que
precisa mostrar ao mundo que ainda tem condições de guerrear além dos
ataques pontuais com armas de precisão ocidentais contra a Frota do Mar
Negro na Crimeia ou o emprego de drones contra alvos na Rússia.
Um espectador potencial é Donald Trump, o republicano que pode voltar
à Casa Branca na eleição de novembro e já disse que quer acabar com a
guerra “em um dia”, sugerindo concessões territoriais a serem feitas por
Kiev.
Por outro lado, a incursão aumenta os temores em Washington sobre
escalada, ao menos publicamente. A Casa Branca correu para dizer que não
havia sido consultada sobre a ofensiva e que iria falar com Kiev sobre o
assunto.
Vídeos percorrem a internet russa com cenas de caminhões incendiados e
até aviões de ataque sobrevoando áreas em combate. Segundo o Ministério
da Saúde da Rússia, 31 civis ficaram feridos não há dados sobre baixas
militares.
Os ataques começaram na terça (6), e foram inicialmente repelidos,
segundo o Ministério da Defesa da Rússia e observadores do país. Mas
foram renovados na noite, entrando a madrugada desta quarta (7) naquilo
que a pasta classificou de “intensa batalha”.
As forças ucranianas estão apoiadas por tanques e veículos blindados.
Elas tentam chegar à cidade fronteiriça de Sudja, 530 km a sudoeste de
Moscou, mas aparentemente foram bloqueadas. De forma impossível de
verificar agora, o ministério disse já ter destruído 50 blindados,
incluindo 7 tanques.
Sudja tem valor estratégico: é o ponto final de distribuição de
gasodutos russos rumo à Europa. Ainda que o consumo europeu do produto
tenha caído a 25% do que era antes da guerra, ele ainda é importante
para a economia russa e passa, por meio de um acordo que ainda vale,
pela Ucrânia.
De forma típica, Kiev não comentou ainda a operação, esperando seus
resultados. Nas incursões de fronteira anteriores, o governo Zelenski
colocou a responsabilidade em grupos russos dissidentes baseados em seu
país, ainda que os blindados e armas empregados nas ações fossem da
Ucrânia.
Seja como for, a Rússia acusou o golpe, como a emergência decretada
mostra. Putin disse que “o regime de Kiev lançou uma nova grande
provocação” e está “bombardeando indiscriminadamente” a população de
Kursk. Ele fez uma reunião de urgência com Belousov, com o chefe do
Estado-Maior das Forças Armadas, Valeri Gerasimov, e outras autoridades.
Até aqui, o foco de preocupações do russo era a região vizinha de
Belgorodo, que recebia ataques com mísseis e drones diários. Putin havia
ordenado a ofensiva sobre Kharkiv (norte) justamente para tentar conter
essas ações, tomando terra, mas sem muito sucesso. Agora, os ucranianos
atacaram um pouco mais ao norte, partido da região de Sumi, que foi
atacada por aviões russos nesta quarta.
O governador interino de Kursk, Alexei Smirnov, disse no Telegram
pela manhã que a situação está sob controle, mas determinou que
vilarejos próximos da fronteira sejam evacuados e que moradores de
cidades maiores coloquem proteções nas janelas contra eventuais
estilhaços de drones abatidos. À tarde, anunciou a emergência.
As forças ucranianas divulgaram um vídeo no qual um drone
aparentemente derruba um helicóptero de ataque russo Mi-28 sobre Kursk,
mas não há georreferenciamento ainda disponível para corroborar a ação,
que seria inédita sobre solo da Rússia.
Outras imagens, igualmente sem verificação possível, mostram “tanques
tartaruga”, com proteções contra drones, operados pela Ucrânia nas
regiões de fronteira.
BRASÍLIA – O Tribunal de Contas da União (TCU) mudou
o próprio entendimento sobre o recebimento de presentes de luxo por
presidentes da República e decidiu nesta quarta-feira, 7, que o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não precisará devolver o relógio Cartier de R$ 60 mil, revelado pelo Estadão, que ganhou em seu primeiro mandato durante uma viagem à França.
Em síntese, o tribunal entendeu que não existe legislação específica
que verse sobre presentes de caráter personalíssimo e de elevado valor
comercial.
O novo entendimento da Corte favorece o ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL). O advogado Paulo da Cunha Bueno, que faz a defesa do
ex-presidente, afirmou que a decisão da Corte de contas servirá como argumento de defesa de Bolsonaro.
“É uma decisão acertada, vamos usar, sim [na defesa de Bolsonaro no
caso das joias]. Não há legislação especifica e o TCU estava legislando,
como bem pontuou o ministro Jorge Oliveira”, disse Cunha Bueno, em
conversa com o Estadão, após a sessão desta quarta-feira do TCU.
Oito ministros votaram na sessão de hoje. A tese vencedora, redigida
pelo ministro Jorge Oliveira – indicado para o TCU por Bolsonaro –, foi
acompanhada por Jhonatan de Jesus, Augusto Nardes, Aroldo Cedraz e Vital
do Rêgo.
O presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro da Secretaria-Geral
da Presidência, Jorge Antonio de Oliveira, indicado para vaga no
Tribunal de Contas da União. Francisco Foto: Adriano Machado/Reuters
Houve ainda dois votos divergentes. O relator, ministro Antonio Anastasia, seguiu a área técnica do tribunal, conforme revelou o Estadão,
e entendeu que Lula não precisaria devolver o relógio de luxo – pois o
bem foi recebido em 2005 e, caso fosse determinada a devolução, poderia
causar “insegurança jurídica”. Ele foi seguido pelo ministro-substituto
Marcos Bemquerer Costa.
Já o ministro Walton Alencar votou para que Lula devolvesse o Cartier
e quaisquer outros eventuais bens luxuosos, mas ficou sozinho no
tribunal.
Veja como votaram os ministros:
Jorge Oliveira, seguido por outros 4 ministros: Não
existe legislação específica sobre presentes de caráter personalíssimo,
apesar de entendimento firmado pelo próprio TCU em 2016. É preciso
respeitar o princípio da moralidade, mas também o da legalidade. Tese
favorece Lula e, sobretudo, Bolsonaro;
Antonio Anastasia, seguido por mais um ministro:
TCU entendeu, em 2016, que presentes de alto valor comercial, mesmo
considerados personalíssimos, devem ser devolvidos à União. Entendimento
não poderia ser aplicada no caso de Lula agora pois relógio foi
recebido há quase 20 anos (segurança jurídica);
Walton Alencar: Entendimento do TCU firmado em 2016
foi realizado com base na Constituição Federal de 1988 e no príncipio
da moralidade. Portanto, todos os presidentes da República devem
devolver itens luxuosos, incluindo Lula e Bolsonaro.
Lula usa relógio Cartier de R$ 60 mil durante live no Planalto Foto: Ricardo Stuckert/PR
Lula foi alvo de uma auditoria do TCU sobre esse mesmo tema em 2016. Na ocasião, o tribunal determinou a devolução de mais de 500 presentes que haviam sido incorporados ao patrimônio privado dele.
O relógio Cartier, contudo, passou despercebido e não foi devolvido. Na
ocasião, a Corte firmou o entendimento de que somente os itens de
caráter personalíssimo (medalhas, por exemplo) ou de consumo próprio
(roupas, perfumes, comidas) devem permanecer com os presidentes.
É justamente essa tese firmada em 2016 que foi “anulada” pelo voto
vencedor de Jorge Oliveira que, na prática, pavilha o caminho para a
defesa de Bolsonaro.
Em seu voto, o ministro Jorge Oliveira afirmou que não existe uma
norma específica sobre o conceito de “bem de natureza personalíssima” e
“elevado valor de mercado”. “O princípio da legalidade não vale no caso
concreto? O direito sancionatório no Brasil é claro: não há crime sem
lei anterior que o defina. No direito penal é claro. Até o presente
momento não existe no País uma norma clara que trata sobre o recebimento
de presentes por presidentes da República”, acrescentou Oliveira.
E, por fim, deliberou: “Reconhecer que, até que lei específica
discipline a matéria, não há fundamentação jurídica para caracterização
de presentes recebidos por presidentes da República no exercício do
mandato como bens públicos, o que inviabiliza a possibilidade de
expedição de determinação, por esta Corte, para sua incorporação ao
patrimônio público.”
Para solidificar seu argumento, Oliveira citou até mesmo a defesa
apresentada por Lula no âmbito do processo de 2016 do TCU, feita pelo
advogado Cristiano Zanin, atual ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) por indicação do petista.
Por sua vez, Walton Alencar afirmou que ausência de menção expressa
na legislação acerca de presentes personalíssimos recebidos por
presidentes da República não autoriza a apropriação dos bens de luxo. “A
questão é tão óbvia que o legislador entendeu desnecessária a menção na
lei. Uma e outra disposição em normas infralegais não lhes autoriza a
incorporação ao patrimônio pessoal. Trata-se apenas de lastimável
tentativa de legitimar o ilegitimável”, destacou Walton.
Ele reforçou que o entendimento do TCU publicado em 2016 foi
realizado com base nos princípios da moralidade e da transparência. “A
Constituição Federal é a mesma, o princípio da moralidade é o mesmo, a
legislação é a mesma. Só mudaram mesmo os presidentes da República”,
destacou.
“Como vimos, a atribuição de relógios de ouro maciço, como presentes,
a presidente da República, a Primeiro-Ministro ou a ministros de
Estado, não é tolerada por nenhum país civilizado do mundo”, completou.
Além do Cartier, Walton Alencar pediu a devolução do relógio Piaget
de R$ 80 mil. Esse item não consta na lista de presentes oficiais. A
existência do relógio de luxo veio à tona no início de 2022, quando Lula
apareceu usando o relógio durante evento de comemoração do centenário
do PC do B.
A informação da equipe do Palácio do Planalto contradiz uma versão
anterior de Lula apresentada por duas reportagens publicadas pela
imprensa em 2022. Segundo uma publicação do Metrópoles e outra da Folha
de S. Paulo, Lula disse a aliados durante um evento no Rio de Janeiro,
em março daquele ano, que ganhou o relógio de presente quando era
presidente. Neste caso, Lula deveria ter declarado o bem no sistema da
Presidência — o que não ocorreu.
Em seu voto, Anastasia, que ficou vencido, não deliberou sobre o
Piaget justamente por não ter sido comprovado que o relógio se tratou de
um presente recebido durante o mandato do petista. Ele pontuou, ainda,
que não há registros de que o item foi vendido – em clara referência a
Bolsonaro.
A comoção com o assassinato de três crianças a facadas serviu de
estopim para a pior onda de violência em mais de uma década no Reino
Unido. Em redes como o X espalhou-se a informação de que o autor do
crime era um imigrante muçulmano e, ato contínuo, grupos contrários à
imigração incitaram manifestações contra estrangeiros, em especial os
seguidores da fé islâmica. O assassino, já detido, não era imigrante,
muito menos muçulmano. O estrago, porém, já estava feito: a violência,
com insultos e xenofobia, se espalhou por diversas cidades do Reino
Unido, deixando um rastro de destruição, prisões e ataques a inocentes.
O caso assusta pelo nível de brutalidade primitiva que se viu nas
ruas inglesas ao longo de alguns dias, algo que discrepa totalmente da
imagem de uma sociedade que se apresenta ao mundo como liberal e
tolerante. É claro que não se deve tomar a parte pelo todo, isto é, não
se pode concluir que o Reino Unido tenha se tornado de uma hora para
outra um país de bárbaros, mas é digno de nota a latência do ódio, para
cuja explosão bastou um punhado de mensagens mal-intencionadas numa rede
social.
Esse ódio já havia se manifestado, em essência, no discurso que
alimentou o Brexit, isto é, a saída do Reino Unido da União Europeia
(UE). Recorde-se que no centro da campanha do Brexit estava a histeria
contra os imigrantes com passaporte europeu, especialmente dos países
mais pobres que estavam sendo aceitos na UE. Era preciso, nas palavras
dos extremistas que advogavam pelo Brexit, “retomar o controle sobre a
imigração”.
O Brexit, contudo, não teve o resultado esperado pelos xenófobos. Ao
contrário: fora da União Europeia, o Reino Unido não participa mais dos
acordos europeus que disciplinam a imigração, seja dentro da própria
Europa, seja nos países do Mediterrâneo, onde regularmente aportam
milhares de refugiados.
Ou seja, a promessa de mais controle e segurança não se confirmou,
pelo menos não como anunciaram os radicais. É essa sensação de
vulnerabilidade que dá corpo ao discurso violento contra imigrantes – e
não somente no Reino Unido – mesmo no momento em que a maioria dos
países da UE e o próprio Reino Unido precisam de imigrantes para seu
mercado de trabalho.
O ódio contra os imigrantes, portanto, é irracional não somente pela
truculência que inspira, mas sobretudo porque prejudica os interesses
econômicos e sociais dos países em que brota. Ou talvez seja o caso de
notar que o ódio aos imigrantes tem uma racionalidade própria: o
imigrante é o corpo estranho, que representa o atraso e a degradação
social e nacional, e por isso precisa ser combatido sem trégua. Como
enfatizou Donald Trump, candidato à presidência dos EUA e espécie de
porta-voz mundial dos xenófobos, os imigrantes são “animais” que
“envenenam o sangue do país”.
Cabe aos líderes responsáveis trabalhar para que essa mensagem não
prospere, pois dela resulta a violência que o mundo testemunhou no Reino
Unido. Nesse ponto, fica claro que as redes sociais, que já tinham sido
cruciais para espalhar a desinformação que resultou no Brexit, foram o
veículo por meio do qual os extremistas incitaram a turba que foi às
ruas para agredir imigrantes totalmente inocentes. Se é de mensagem de
ódio que se trata, o meio que a propaga importa.
Há quem considere que as redes sociais são neutras, isto é, não
produzem as mensagens que ali circulam, razão pela qual não podem
responder pelo que se diz nos textos – seriam o equivalente ao carteiro,
que não tem nada a ver com uma carta que eventualmente contenha ofensas
ou desinformação. Mas há quem lembre que, diferentemente do carteiro,
as donas das redes ganham muito dinheiro como o engajamento dos
usuários, fomentado por algoritmos que privilegiam mensagens com maior
potencial de gerar reações e compartilhamentos, e a experiência indica
que esse potencial é tanto maior quanto mais agressiva ou provocadora a
mensagem for.
Logo, esse sistema talvez não seja tão isento quanto seus
proprietários alegam, razão pela qual precisa ser responsabilizado de
alguma forma. As redes sociais não inventaram o ódio, mas, como mostrou o
caso britânico, certamente ajudam a alimentá-lo.
SÃO PAULO (Reuters) – O desmatamento na Amazônia brasileira aumentou
em julho, quebrando uma sequência de 15 meses de queda na destruição da
floresta durante o governo do presidente Luiz Inácio da Silva, segundo
dados preliminares, em meio a uma greve de servidores da área ambiental.
Cerca de 572 quilômetros quadrados de floresta foram desmatados nos
primeiros 26 dias de julho, 14% a mais do que os 500 quilômetros
quadrados registrados em julho do ano passado, de acordo com dados
preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Ciência e Tecnologia
irão realizar uma entrevista coletiva conjunta nesta quarta-feira para
anunciar os dados do Inpe para o mês de julho completo.
Apesar do aumento no mês, os níveis de desmatamento da Amazônia ainda
são muito menores no governo Lula do que no governo de seu antecessor
Jair Bolsonaro.
O desmatamento da Amazônia em julho de 2022, último ano do governo
Bolsonaro, foi quase três vezes maior do que os dados parciais de julho
de 2024.
O desmatamento na Amazônia havia aumentado pela última vez em fevereiro e março de 2023, logo após Lula tomar posse.
O aumento na destruição florestal se deve em parte a uma greve de
trabalhadores ambientais iniciada em junho, que reduziu drasticamente a
aplicação das leis contra o desmatamento, disse Wallace Lopes, líder do
sindicato de trabalhadores ambientais Ascema.
“A greve certamente impactou no aumento desses dados, tem as
informações de redução de número de autos de infração lavrados, número
de operações executadas na Amazônia e número de embargos também”, disse.
A greve envolve tanto o principal órgão federal de fiscalização ambiental, o Ibama, quanto o serviço de parques, o Icmbio.
Procurado pela Reuters, o Palácio do Planalto não respondeu de
imediato. O Ministério do Meio Ambiente não fará comentários sobre os
dados preliminares antes da coletiva de imprensa, disse um porta-voz.
Lula assumiu o cargo em janeiro de 2023 com a promessa de acabar com o
desmatamento até 2030, após o aumento dos níveis de destruição durante o
governo Bolsonaro. Esse compromisso é a peça central de sua tentativa
de restaurar as credenciais climáticas do Brasil, uma vez que a Amazônia
absorve grandes quantidades de gases de efeito estufa.
Os dados surgem em um momento em que a floresta amazônica tem sofrido
inúmeros incêndios, em meio a uma seca na região impulsionada pelas
mudanças climáticas. A temporada de incêndios normalmente atinge seu
pico em agosto e setembro.
Os esforços de combate a incêndios não estavam sendo afetados pelas greves realizadas pelos trabalhadores ambientais.
O valor ainda é uma estimativa, mas, se confirmado, representará um
aumento de 6,87% se comparado ao salário mínimo atual, de R$ 1.412. A
informação foi antecipada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão/Broadcast.
De acordo com fontes da equipe econômica, houve esse aumento na
projeção por causa de alterações na grade de parâmetros elaborada pela
Secretaria de Política Econômica (SPE), como variação na inflação.
Valor atual do salário mínimo é de R$ 1.412 Foto: Tiago Queiroz / Estadão
A nova projeção está alinhada à política do governo federal de
valorização do salário mínimo, que estabelece que o piso deve ser
corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado
em 12 meses até novembro mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB)
de dois anos atrás. No envio do PLDO, a previsão era de que o INPC
ficasse em 3,25%. No último relatório, a SPE atualizou o número para
3,65%.
Pelas novas estimativas, o salário mínimo seria de R$ 1.595 em 2026;
de R$ 1.687 em 2027, e de R$ 1.783 em 2028. O piso é usado para
reajustar diversos benefícios, como previdenciários e assistenciais.
Para evitar a pressão sobre gastos obrigatórios, a equipe econômica
chegou a discutir uma desvinculação, mas ainda não teve aval do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Total: 70.794 políticos (não estamos falando de nenhum partido de forma específica) + 11 do STF (“políticos” também).
12.825 – Assessores parlamentares Câmara Federal (sem concurso)
4.455 – Assessores parlamentares Senado (sem concurso)
27.000 – Assessores parlamentares Câmaras Estaduais (sem concurso – estimado/por falta de transparência)
600.000 – Assessores parlamentares Câmaras Municipais (sem concurso – estimado/por falta de transparência)
Total Geral: 715.074 funcionários não concursados
Gasto
248 mil por minuto;
14,9 milhões por hora;
357,5 milhões por dia;
10,7 bilhões por mês;
Gasto Total: acima de 128 BILHÕES por ano + 6 BILHÕES do
FUNDO PARTIDÁRIO para 2023. Além disso, deve-se computar o rombo na
previdência social com suas aposentadorias alienígenas.
35 Partidos registrados no TSE + 73 partidos em formação.
As perguntas cabíveis diante dessa situação são as seguintes:
Será que a reforma da Previdência é a única prioridade nacional?
– Como é que nós deixamos chegar a esse ponto?
– E até quando?
[30/1 22:06] Sumiko Hanada: Olha a inflação de 1.75 do governo .
Fonte: Banco Mundial
“O Brasil tem a maior carga tributária do mundo, para pagar a
MAIOR CORRUPÇÃO DO MUNDO”
Tributos no Brasil – uma vergonha!!!
Medicamentos 36%
Luz. 45,81%
Telefone 47,87%
Gasolina 57,03%
Cigarro 81,68%
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS BÁSICOS
Carne bovina 18,63%
Frango 17,91%
Peixe 18,02%
Sal 29,48%
Trigo 34,47%
Arroz 18,00%
Óleo de soja 37,18%
Farinha 34,47%
Feijão 18,00%
Açúcar 40,40%
Leite 33,63%
Café 36,52%
Macarrão 35,20%
Margarina 37,18%
Molho tomate 36,66%
Biscoito 38,50%
Chocolate 32,00%
Ovos 21,79%
Frutas 22,98%
Álcool 43,28%
Detergente 40,50%
Sabão em pó 42,27%
Desinfetante 37,84%
Água sanitária 37,84%
Esponja de aço 44,35%
PRODUTOS BÁSICOS DE HIGIENE
Sabonete 42%
Xampu 52,35%
Condicionador 47,01%
Desodorante 47,25%
Papel Higiênico 40,50%
Pasta de Dente 42,00%
MATERIAL ESCOLAR
Caneta 48,69%
Lápis 36,19%
Borracha 44,39%
Estojo 41,53%
Pastas plásticas 41,17%
Agenda 44,39%
Papel sulfite 38,97%
Livros 13,18%
Papel 38,97%
BEBIDAS
Refresco em pó 38,32%
Suco 37,84%
Água 45,11%
Cerveja 56,00%
Cachaça 83,07%
Refrigerante 47,00%
Sapatos 37,37%
Roupas 37,84%
Computador 38,00%
Telefone Celular 41,00%
Ventilador 43,16%
Liquidificador 43,64%
Refrigerador 47,06%
Microondas 56,99%
Tijolo 34,23%
Telha 34,47%
Móveis 37,56%
Tinta 45,77%
Casa popular 49,02%
Mensalidade Escolar 37,68% (ISS DE 5%)
ALÉM DESTES IMPOSTOS, VOCÊ PAGA
– DE 15% A 27,5% DO SEU SALÁRIO A TÍTULO DE IMPOSTO DE RENDA;
– PAGA O SEU PLANO DE SAÚDE,
– O COLÉGIO DOS SEUS FILHOS,
– IPVA,
– IPTU,
– INSS,
– FGTS
– ETC.
O Brasil precisa de atitude do povo!
Somos 208 milhões de Brasileiros….sendo sacaneados por 70.764 políticos de Brasília….
– Sem querer cortar seus próprios gastos e exagerados
privilégios, o governo repassa o alto custo da sua corrupção e
incompetência para a população pagar……….. e ainda afirma que não tem
dinheiro!!
“- Vai ficar parado?!”
Esse Whatsapp é mais eficiente que canal de TV.
1 minuto para mudar o e defender a família de hoje e do futuro.
No entanto, ainda existem muitas tarefas e interações que só podem
ser feitas pelos humanos, especialmente em áreas que dependem de conexão
entre pessoas. Esse tipo de trabalho exige o desenvolvimento de
competências interpessoais, as chamadas soft skills, qualidades não
técnicas e traços de personalidade que envolvem comunicação, colaboração
e interações eficazes no ambiente de trabalho.
Então, de quais habilidades interpessoais você precisa para garantir a
segurança do seu emprego no mercado de trabalho atual? Aqui estão 5
para considerar.
O desenvolvimento desse tipo de habilidade permite que os
profissionais naveguem em ambientes complexos e tragam inovações para
soluções em suas atividades diárias. Embora a IA possa ajudar,
profissionais com pensamento crítico têm a flexibilidade para ajustar a
sua abordagem com base em várias circunstâncias e contextos éticos.
À medida que eles tomam decisões com base no julgamento subjetivo, na
intuição e nas suas experiências pessoais, é mais difícil que sejam
substituídos pela IA.
Planejamento estratégico
Cada trabalho envolve algum tipo de planejamento – desde a definição
de objetivos, formulação de estratégias, atribuição de recursos,
implementação de projetos e monitoramento, até a avaliação. Isso é
especialmente importante para analistas de negócios e gerentes de
projeto, mas os trabalhos que envolvem planejamento estratégico podem
variar dependendo do setor ou da estrutura da empresa.
Um bom planejamento requer criatividade e inovação para
novas abordagens, adaptação às circunstâncias e aproveitamento de
oportunidades. Os sistemas de IA podem ter dificuldades em responder a
mudanças imprevistas, o que torna os funcionários com essas competências
mais favoráveis para realizar o trabalho e indispensáveis para as
empresas.
Delegação de tarefas
Algumas tarefas são mais fáceis de realizar sozinho, mas outras
precisam de apoio para obter melhores resultados. E à medida que o uso
da IA se torna mais comum, o gerenciamento de tarefas é visto como
algo que pode ser automatizado. No entanto, o julgamento humano ainda é
crucial para a delegação de tarefas, uma vez que considera as
capacidades dos membros da equipe e a sua carga de trabalho. Delegar
também inclui determinar qual pessoa é mais adequada para qual entrega,
fornecendo instruções claras para uma execução bem-sucedida.
Um estudo sobre gerenciamento de tempo revelou que apenas 28% das
empresas oferecem treinamento em habilidades de delegação. Portanto, se
você conseguir fazer isso e tornar os processos mais fáceis para a sua
equipe, você estará se tornando mais valioso e menos substituível no seu
trabalho.
Comunicação
É fácil confundir habilidades de comunicação com a mera capacidade de
manter conversas, mas vai além disso. A comunicação eficaz envolve
transmitir ideias, construir relacionamentos e persuadir outras pessoas a
apoiarem suas iniciativas no trabalho. Também pode ser útil demonstrar
influência se você estiver em uma posição de liderança.
As habilidades de comunicação também podem aumentar seu impacto,
permitindo que você crie narrativas e ilustre suas ideias de maneira
convincente, colabore com seus colegas de equipe para atingir objetivos
comuns e impulsione mudanças positivas dentro da empresa.
Embora hoje em dia seja comum usar IA para redigir um email
profissional, o toque humano ainda é insubstituível ao lidar com
questões delicadas, como atendimento ao cliente, e temas que ainda
precisam ser tratados pessoalmente. Isso também envolve lidar com crises
e gerenciar as partes interessadas.
Investir em habilidades de comunicação pode te ajudar a ser um membro
ou líder de equipe mais produtivo e eficiente, o que vai pavimentar seu
caminho para o sucesso profissional.
Aprender táticas e técnicas de negociação aumentará a sua importância
como profissional, especialmente se estiver lidando com processos de
compras ou aquisição. Você poderá fazer concessões estrategicamente, o
que cria valor por meio de compensações, como preços preferenciais para
contratos e fornecedores.
Não será fácil substituir os humanos em negociações, pois eles trazem
inteligência emocional, criatividade e julgamento para fechar um acordo
que seja vantajoso para as partes envolvidas. Essas habilidades
continuam sendo importantes para construir parcerias e manter clientes
no setor empresarial. A negociação também é uma competência fundamental
para funções de gerenciamento ao lidar com prazos, cronogramas,
orçamentos e resolução de conflitos.
Embora a IA continue a ajudar na automatização de tarefas rotineiras e
no processamento de grandes quantidades de dados, existem qualidades
únicas que apenas os humanos têm, o que os diferencia da tecnologia e os
posiciona como ativos insubstituíveis para as empresas.
Embora investir na aprendizagem de novas tecnologias seja importante
nos dias de hoje, cultivar essas competências interpessoais é também um
movimento estratégico para se manter relevante e indispensável num local
de trabalho cada vez mais digital.
*Sho Dewan é colaborador da Forbes US. Ele é fundador e CEO da
Workhap, de consultoria de carreira, além de ser criador de conteúdo e
LinkedIn Top Voice.
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A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz divulgação de todas
as empresas da região do Vale do Aço, chama a atenção para as seguintes questões:
• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou pela
primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.
• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas
para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.
• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.
• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.
• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se expanda, seja através
de mobilidade, geolocalização, comunicação, vendas, etc.
• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:
a) Digitalização dos Lojistas;
b) Apoio aos lojistas;
c) Captura e gestão de dados;
d) Arquitetura de experiências;
e) Contribuição maior da área Mall e mídia;
f) Evolução do tenant mix;
g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;
h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;
i) Convergência do varejo físico e online;
j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;
k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;
l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;
m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.
Vantagens competitivas da Startup Valeon:
• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente
reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a Startup Valeon não foge disso,
fazem dois anos que estamos batalhando para conquistarmos esse mercado aqui do
Vale do Aço.
• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos contar com apoio de
parceiros já consolidados no mercado e que estejam dispostos a investir na execução de
nossas ideias e a escolha desses parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui
do Vale do Aço para os nossos serviços.
• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são capazes de
proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.
• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos
diariamente à procura do inédito.
• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de
um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser
mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso
funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com
soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande empresa. Temos a missão de
surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante
evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em
como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.
• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de divulgação de suas
empresas e bem como contribuindo com o seu faturamento através da nossa grande
audiência e de muitos acessos ao site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter
mais de 100.000 acessos.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas
de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes
sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso
site e aumentar as suas vendas.
Proposta:
Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas Empresas na nossa
máquina de vendas, continuando as atividades de divulgação e propaganda com preços bem
competitivos, bem menores do que os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.
Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada empresa contendo: fotos,
endereços, produtos, promoções, endereços, telefone, WhatsApp, etc.
O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja também uma
SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.
Esta reportagem é parte da Agenda SP, conjunto de temas cruciais para o desenvolvimento da cidade de São Paulo. A Agenda SP estará presente em toda a cobertura do Estadão das eleições: reportagens, mapas explicativos, nos debates Estadão/ FAAP/ Terra, sabatinas com candidatos e no monitoramento semanal de buscas do cidadão paulistano
São Paulo tem
o mérito de manter a fila da creche zerada desde 2020, mas o desafio de
melhorar a qualidade da educação infantil para 550 mil alunos de 0 a 6
anos. A ciência mostra que estímulos certos na primeira infância estão
ligados a melhor desempenho acadêmico, salários mais altos, mais saúde,
menos desigualdade – e retornos financeiros para a sociedade.
Bebês compartilham um livro em creche da rede municipal, no centro da capital Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Alfabetização
É na educação infantil que se formam as bases da alfabetização. As
prefeituras são, prioritariamente, responsáveis por essa etapa, composta
por creche e pré-escola, e os anos iniciais do ensino fundamental (1º
ao 5º ano).
Apesar de fazer um dos maiores investimentos entre as redes
municipais, São Paulo está em 21ª entre as capitais no novo índice de
alfabetização do Ministério da Educação (MEC), divulgado em maio. Só 37,9% das crianças do 2º ano sabem ler e escrever, menos do que a meta prevista pelo MEC (44,3%). Alguns especialistas contestaram a nova fórmula elaborada
pelo ministério. A Prefeitura diz que “a pesquisa deste ano não pode
ser usada como comparativo de avaliações anteriores” porque foi mudada
pelo MEC. A pasta criou em 2023 uma nota de corte nas provas com
parâmetros de alfabetização e tabulou resultados usando também exames
feitos pelos municípios.
Não se trata de ensinar a ler e a escrever na educação infantil. Mas
propor práticas de leitura e escrita, com brincadeiras e histórias,
desenvolvendo o interesse pela linguagem.
“Prefeitos têm de entender que alfabetização não começa no
fundamental. As experiências da criança na educação infantil são
estruturantes”, afirma a diretora de políticas públicas da Fundação
Maria Cecilia Souto Vidigal, Marina Fragata Chicaro. “Todos falam muito de desigualdade, mas a política mais poderosa para reduzi-la é investir na primeira infância”, confirma Priscila Cruz, presidente executiva do Todos Pela Educação.
Tempo integral
Dos bebês de 0 a 3 anos das creches da capital, 100% ficam em período
integral. Mas, segundo dados tabulados pelo Todos pela Educação, isso
se repete em só 11% das pré-escolas (4 e 5 anos), que, com a creche,
compõem a educação infantil.
“Corta o cotidiano da família quando a criança faz 4 anos: quem vai
buscá-la se os pais trabalham o dia todo? Mesmo que alguém busque, ela
não tem onde ficar quando sai da escola”, diz Cisele Ortiz, coordenadora do Instituto Avisa Lá, que há décadas trabalha com creches na capital.
Crianças da pré-escola brincam em escola municipal no Paraíso, zona sul Foto: Tiago Queiroz/Estadão
O que é uma educação infantil de qualidade?
O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou em julho diretrizes
feitas pelo MEC de qualidade na educação infantil, que devem nortear os
municípios. As diretrizes reforçam a importância de brincadeiras no
currículo, livros, espaços e projetos arquitetônicos específicos para a
faixa etária e políticas antirracistas. Também cita a importância da
avaliação, com informações sobre vagas, infraestrutura e práticas
pedagógicas.
“Olhar só estrutura ou material não é suficiente para dizer que a
educação infantil é boa”, diz Marina. “O professor precisa ter práticas
que ajudem a criança na riqueza de experiências e contextos que ela deve
vivenciar.”
infographics
Além disso, entre educadores, uma parte defende instruções mais
explícitas para a alfabetização no fim da pré-escola; outros não. O
documento do MEC fala de “compromisso com o investimento pedagógico
intencional nos processos de apropriação da leitura e da escrita”.
Quais são os bons exemplos no exterior?
A Austrália é uma das referências em diretrizes curriculares para a
faixa de 0 a 5 anos. São listados cinco resultados esperados na
aprendizagem: forte senso de identidade; conexão com o mundo e perceber
como suas ações contribuem com ele; bem-estar; confiança e saber
comunicar-se. Lá, também foi criado em 2009 um sistema em que
avaliadores externos visitam as unidades de educação infantil.
Outro bom exemplo de currículo para essa faixa etária é o da
província de Ontário, no Canadá. Entre os princípios para uma educação
infantil de qualidade estão a parceria entre escola e família, o
respeito à diversidade, a brincadeira como base para o aprendizado e
educadores bem preparados.
Importância do espaço e mobiliário adequados à faixa etária faz parte
de documento recente aprovado no CNE sobre educação infantil Foto:
Tiago Queiroz/Estadão
Quantas crianças por professora?
Outro gargalo é o número de crianças por professor. O documento do
MEC prevê que, nessa idade, sejam no máximo 20 por profissional. Entre
bebês de até 1 ano, a proporção é de 5 para 1. A Prefeitura diz que
novas salas podem ser criadas “em caráter excepcional” se há demanda e
conforme a capacidade das escolas.
Desde a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, a
educação infantil sai do assistencialismo e integra a educação básica do
País. Segundo o prêmio Nobel de Economia James Heckman, a cada US$ 1
direcionado a cidadãos de 0 a 6 anos, o retorno para a sociedade é de
US$ 7.
Como acabou a fila da creche
Em 2012, a fila da creche em São Paulo tinha 150 mil crianças e uma
chuva de pedidos de vaga nos tribunais. “Aqueles que acionam a Justiça
muitas vezes não são os mais vulneráveis”, diz Alessandra Gotti, do Instituto Articule. Ela foi uma das responsáveis pela articulação entre poderes que encerrou a judicialização.
A Justiça fixou metas em 2013 para criar vagas e a fila acabou em
2020. “Nesse período foram 7 ou 8 secretários de Educação. Isso se
tornou política de Estado, não de governo.” O investimento subiu, hoje é
de cerca de R$ 20 mil por aluno/ano, e a expansão se deu principalmente
por parcerias com organizações não governamentais, as “creches
conveniadas” (mais de 80% da rede).
O que os candidatos propõem na educação (em ordem alfabética)
Guilherme Boulos
O candidato do PSOL pretende
manter o modelo de creches parceiras que é regulamentada de acordo com
regras estabelecidas pelo Marco Regulatório das Organizações da
Sociedade Civil (MROSC). Segundo ele, isso garante que as organizações
cumpram com os acordos estabelecidos e assegurem atendimento de
excelência às crianças e suas famílias.
Nos temas filas para a creche e alta quantidade de alunos por
professor, Boulos defende estabelecer um padrão de qualidade comum. O
candidato quer aprimorar os mecanismos de transparência, acompanhamento e
supervisão dos serviços prestados pelas entidades parceiras e investir
na formação continuada para educadores, instituindo uma política
permanente de valorização salarial.
Na política de alfabetização, Boulos quer ampliar a educação integral
e garantir a formação continuada dos educadores, as condições materiais
de trabalho e a segurança do professor e dos estudantes no ambiente
escolar.
“Vamos transformar a escola em um espaço de convivência, cooperação e
pertencimento à comunidade, ampliando a jornada escolar e oferecendo
atividades culturais, esportivas e de lazer. O programa será
implementado gradualmente, em diálogo com as unidades escolares, e com a
preocupação permanente em valorizar os profissionais da educação e
atualizar os espaços físicos das escolas com ações de adequação e
melhoria”, diz o candidato quando o assunto é educação integral.
José Luiz Datena
“A obrigação do poder municipal, responsável pelo ensino infantil, é
tratar as crianças com segurança para que as mães, que estão deixando
seus filhos de até 4 anos nas creches, tenham certeza que estão em um
lugar seguro. Além de segurança, as creches estarão preparadas para
acolher com carinho, amor e cuidados de atenção à saúde, proporcionando
as melhores condições para que essas crianças sigam para a próxima etapa
da educação infantil. A nossa proposta é que nossas crianças, com no
máximo oito anos, sigam o ensino fundamental já alfabetizadas”, afirmou o
candidato do PSDB.
Datena defende policiamento nos arredores das escolas. “Na minha gestão haverá segurança no ambiente de educação infantil com a GCM ao
redor das escolas, mas também vamos trabalhar para manter o ambiente
familiar entre professores, funcionários e crianças”, disse.
O tucano pontuou ainda a necessidade de reforço no processo de
letramento. “As crianças sairão da escola alfabetizadas, bem cuidadas e
acolhidas como se tivessem em suas casas. Nenhuma criança, até oito anos
de idade, seguirá o sistema educacional sem saber ler e escrever no
tempo certo.”
Marina Helena
A candidata do Novo afirmou
que o atual modelo de contrato com as creches é um “termo de fomento
com remuneração baseada em planilha de custos”. A Prefeitura, diz
Marina, banca o que a creche gasta. “Isso é um convite ao
superfaturamento dos custos. Vamos mudar o modelo para contratos para
Parceria Público-Privada com remuneração baseada na qualidade do ensino,
como ocorre em diversos países do mundo. Há menos incentivos para
corrupção e é mais fácil para a prefeitura romper o contrato se o
serviço for mal prestado”.
Creches conveniadas representam mais de 80% da rede paulistana de educação infantil Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Pablo Marçal
“As creches parceiras continuarão sendo essenciais, mas com um
acompanhamento mais próximo para garantir a qualidade do ensino.
Importante ressaltar que implementaremos rigorosos mecanismos de
controle, governança e fiscalização em toda a gestão educacional,
incluindo as parcerias’, diz o candidato do PRTB.
Em relação aos desafios de qualidade na educação infantil, a campanha
de Marçal pontua que “a gestão focará em investimentos na capacitação
contínua dos educadores, implementação de tecnologias educacionais e
parcerias com instituições especializadas”. Também pretendem implementar
um sistema de avaliação e monitoramento constante da qualidade do
ensino.
Na melhoria do processo de alfabetização, o candidato afirma que sua
política de alfabetização incluirá a implementação de metas claras de
aprendizagem, avaliações diagnósticas regulares a partir do ano final da
educação infantil, e um sistema de remuneração por resultado para os
profissionais da educação.
Na área de educação de tempo integral, Marçal afirma que “para a
pré-escola ampliaremos a faixa etária de atendimento dos Centros para
Crianças e Adolescentes a partir dos 4 anos, oferecendo atividades no
contraturno escolar. Acreditamos que o tempo integral não só melhora o
desempenho acadêmico, mas também proporciona um desenvolvimento mais
completo, incluindo atividades esportivas, culturais e de preparação
para o futuro profissional.”
Ricardo Nunes
Candidato à reeleição pelo MDB,
Nunes promete trabalhar para garantir que a cidade continue sem filas
para atendimento dos bebês e crianças de 0 a 3 anos nos próximos 4 anos,
assim como para os outros ciclos de ensino, mantendo o modelo de
creches parceiras.
Sobre a relação entre a quantidade de alunos por professor, Nunes
defende que a atual gestão está em consonância com parâmetros de
atendimento de qualidade, mas pondera que as Diretorias Regionais de
Educação (DREs) podem autorizar, em caráter excepcional, a criação de
turmas nos CEIs diretos e parceiros, respeitada a capacidade física das
salas.
O prefeito aponta que a classificação de São Paulo no novo índice de
alfabetização está em patamar “adequado e avançado”, segundo a avaliação
estadual. Ele pondera que a Rede Municipal de Ensino (RME) possui
avaliações próprias que mensuram as aprendizagens dos estudantes e que
exames como a Provinha São Paulo, aplicada aos estudantes do 2° ano do
Ensino Fundamental, mostra que desde 2018 entre 80% e 90% dos estudantes
estão alfabetizados.
Sobre a política de escola em tempo integral para pré-escola e
fundamental, Nunes afirma que pretende ampliar o ensino em tempo
integral nas escolas municipais, desde a educação infantil até o ensino
fundamental, priorizando os distritos mais vulneráveis, trazendo
benefícios para o processo de aprendizagem e atendendo ao interesse das
famílias.
Tabata Amaral
A candidata do PSB afirma
que uma das primeiras medidas a ser adotada será a ampliação do horário
de atendimento das creches para até 19h. “Essa é uma demanda de muitas
mães, pais e responsáveis que trabalham e nem sempre conseguem buscar as
crianças antes desse horário.”
Tabata promete continuar com as parceiras, garantindo um padrão no
atendimento, com a adoção de indicadores de qualidade e novos fluxos de
acompanhamento e monitoramento.
Sobre a classificação da cidade no índice de alfabetização, a
candidata diz que seu compromisso é ter 100% das crianças alfabetizadas
na idade certa, com prioridade para o letramento em português e
matemática até os 7 anos. “Vamos aplicar avaliações diagnósticas
bimestrais. Isso vai permitir intervenções rápidas que garantam que
todos os alunos atinjam os níveis adequados de proficiência.
Redesenharemos o sistema de formação dos professores, com prioridade
para a alfabetização, e instituiremos prêmios às escolas, professores,
profissionais da rede e gestores que alcancem as metas estabelecidas.”
Sobre a política de escola em tempo integral para pré-escola e ensino
fundamental, a candidata afirma que o mecanismo ajuda a reduzir
desigualdades: “É só assim que o filho do pobre terá as mesmas
oportunidades que o filho do rico. Vamos implementar um plano de
expansão gradual das matrículas em tempo integral na rede municipal de
educação. Essa universalização vai começar pelas escolas mais
vulneráveis e com piores indicadores.
O pneu ecológico é uma alternativa eco-friendly ao pneu tradicional. Cada vez mais as empresas de pneus procuram minimizar o uso de materiais prejudiciais ao meio ambiente, ao mesmo tempo que aumentam a durabilidade dos produtos, dificultando o desgaste. Como resultado, as emissões de gases do efeito estufa são reduzidas, e o carro torna-se um veículo mais verde.
Com menor desgaste, a vida útil do pneu é estendida, o que significa
menos substituição. Desse modo, os fabricantes de pneus não precisam
produzir a mesma quantidade de produtos, economizando matérias-primas e
a energia necessária para a fabricação. Assim, os pneus ecológicos, ou pneus verdes, podem aliar alta qualidade com menor impacto ambiental.
De que são feitos os pneus?
Pneus tradicionais contém derivados do petróleo, consistem em cerca
de 19% de borracha natural e 24% de borracha sintética, que é um polímero plástico. A produção de pneus tem impactos ambientais enormes, que vão desde o desmatamento contínuo até o uso de combustíveis fósseis,
prejudiciais ao clima, usados ??para fazer borrachas sintéticas.
Os pneus dos carros modernos requerem cerca de 7 galões de óleo para
serem produzidos, enquanto os dos caminhões consomem 22 galões.
Mas o que também está se tornando cada vez mais claro é que, à medida
que a borracha se desgasta, os pneus lançam minúsculos polímeros
plásticos que muitas vezes acabam se tornando poluentes em oceanos e
cursos d’água. Por isso, o pneu tradicional é um dos maiores
contribuintes do problema crescente do microplástico.
Além disso, os padrões da banda de rodagem do pneu ajudam a
determinar a aderência de um veículo na estrada, bem como sua
manipulação, manobra e frenagem. Mas uma melhor aderência também pode
significar mais atrito. E, enquanto dirigimos, a abrasão faz com que
pedaços dos pneus se soltem.
A quantidade exata desses resíduos que vai parar nos cursos de água depende de muitos fatores, que vão desde a localização da estrada ao clima. A chuva, por exemplo, pode fazer com que mais partículas fluam para o meio ambiente. Depois que as partículas dos pneus entram nos rios ou oceanos, elas podem ter efeitos perceptíveis no ecossistema marinho.
Descarte de pneus usados
Entretanto, a trajetória para pneus usados ??é, em muitos aspectos, positiva. Por exemplo, a reciclagem de resíduos de pneus aumentou dramaticamente ao longo dos anos. A U.S. Tire Manufacturers Association (USTMA) afirma que a reutilização de pneus passou de 11% em 1990 para 81% em 2017.
Esse número, no entanto, vem com uma advertência importante: os chamados combustíveis derivados de pneus, ou seja, a queima de pneus para obter energia.
De acordo com Reto Gieré, cientista ambiental da Universidade da
Pensilvânia, se o pneu for queimado em instalações projetadas
especificamente para a tarefa, o processo pode ser feito de maneira
limpa e é uma maneira razoável de recuperar energia.
Os pneus que não são reciclados ou queimados acabam em aterros sanitários. Esse número chega a 16% nos Estados Unidos, de acordo com um relatório da USTMA de 2018. A quantidade de pneus descartados em aterros sanitários por ano quase dobrou entre 2013 e 2017.
Pneu ecológico é alternativa sustentável
Com os motores se tornando elétricos e as fontes de combustível
alternativas crescendo em popularidade, a onda verde tomou conta da
indústria automotiva. Mas o motor é apenas uma parte do carro. Um dos
principais componentes que requer novas estratégias de uso e produção é
o pneu.
Por isso, os fabricantes de pneus estão utilizando alguns métodos para contribuir com a preservação do meio ambiente a partir da produção de pneus ecológicos.
Consumo de combustível reduzido
Pneus ecológicos incluem sílica, um derivado da areia, para melhorar o desempenho e fornecer melhor tração do que os pneus convencionais.
A sílica reduz o atrito entre os pneus e a superfície da estrada,
causando menos ruídos, melhorando o desempenho, acrescentando vida útil
aos pneus e reduzindo as emissões de carbono causadas pela reação ao atrito na estrada.
Eficiência de combustível
O atrito reduzido e a maior aderência ao piso seco também reduzem o
consumo de combustível. Seu carro não precisa lutar na estrada, porque
seus pneus estão tornando a direção muito mais fácil.
Reduzir o consumo de combustível e a fumaça do escapamento em 3 a 5% ao longo da vida média de um carro representa uma grande economia inicial e diminui as emissões atmosféricas.
Reciclagem
A reciclagem de pneus é tendência na indústria entre as marcas de
primeira linha. Não fique surpreso ao ver sua marca favorita anunciando
que seus pneus são recicláveis ??e seu revendedor local fazendo sua
parte pelo meio ambiente ao coletar pneus para reciclagem.
Resistência ao rolamento
Conforme mencionado, a sílica ajuda o pneu a apresentar menor
resistência ao rolamento ou a perda de energia à medida que o pneu se
deforma na estrada. Economizar energia também aumenta a eficiência do
combustível.
A resistência ao rolamento é responsável por 10 a 15% do consumo de
combustível em carros de passeio, mas pode chegar a 30% do uso de
combustível em caminhões grandes.
Embora pneus com baixa resistência ao rolamento possam reduzir esse
uso em apenas 3%, já representam uma possibilidade de economizar
combustível o que é sempre sinônimo de economia de dinheiro e menos
emissões de CO2.
Materiais
Os materiais usados no pneu ecológico ??também
contribuem para a vida útil do produto, e o que entra na banda de
rodagem também pode ajudar a deixar menos borracha na estrada.
Conforme os padrões de banda de rodagem continuam a se desenvolver e
as bandas de rodagem são aprimoradas, os pneus apresentarão melhor
resistência ao rolamento e menor desgaste, com melhor durabilidade e
longevidade.
Menos substituições equivalem diretamente a menos pneus necessários, reduzindo o uso de materiais para a fabricação.
O primeiro componente chave para um pneu ecológico é
a matéria-prima usada. As empresas estão tentando substituir a borracha
por uma mistura sintética, geralmente incorporando sílica, que pode não
apenas ajudar a substituir a borracha nos degraus como também traz
outras vantagens, como redução do atrito na estrada.
Além da borracha, as empresas também estão investigando maneiras de reduzir a quantidade de petróleo usada
na criação de um pneu. Entre 5 e 10 galões de petróleo são usados
??para fazer um único pneu, que a indústria vem tentando cortar ou
eliminar há mais de 20 anos. A fabricação de borracha sintética também é
prejudicial ao meio ambiente, levando os fabricantes a tentativa de
reduzir o uso de borracha sintética pela metade.
Derivados de plantas
Materiais derivados de plantas, mais sustentáveis, ??estão avançando como substitutos para uma variedade de componentes de pneus, como óleo de girassol em vez de petróleo e látex derivado da flora em substituição à borracha. Até mesmo óleo derivado de cascas de laranja tem sido usado no lugar de produtos químicos mais tóxicos.
Pneus ecológicos estão se tornando cada vez mais
populares, afinal, são econômicos e mais sustentáveis que as versões
tradicionais, uma opção que vale a pena.
Se você precisa comprar pneus, a dica é falar com seu revendedor local e verificar se ele possui ou pode encomendar um pneu ecológico para você. Esse tipo de produto proporciona melhor pilotagem, menos danos ao nervo do quadril e menor impacto ambiental.
Podemos fazer um pneu ecológico melhor?
O pneu não passou por uma grande reformulação em décadas, mas
recentemente houve um impulso maior para desenvolver opções mais
sustentáveis.
Em 2017, por exemplo, pesquisadores liderados pela Universidade de
Minnesota encontraram uma maneira de produzir isopreno, um
ingrediente-chave da borracha sintética, a partir de fontes naturais
como grama, árvores e milho em vez de combustíveis fósseis.
No ano passado, a empresa Goodyear apresentou o conceito de um pneu ecológico feito de borracha reciclada com musgo, projetado para absorver dióxido de carbono durante o trajeto.
Nos últimos anos, os fabricantes fizeram grandes avanços no sentido
de projetar e lançar pneus ecológicos para atender à demanda dos
consumidores por produtos que usam materiais amigáveis ao meio ambiente.
As empresas estão reduzindo o uso de materiais prejudiciais ao meio
ambiente, ao mesmo tempo em que reduzem o atrito, aumentando a
eficiência do combustível.
Como resultado do menor consumo de combustível, as emissões de CO2 também são reduzidas e o carro se torna mais verde.
Porém, ainda são necessárias pesquisas adicionais e maior
conscientização pública, que estimulem empresas e consumidores a buscar
o pneu ecológico como uma alternativa viável para ajudar na saúde do
planeta.