quinta-feira, 8 de agosto de 2024

MATEMATICAMENTE INSUSTENTÁVEL O GASTO DESNECESSÁRIO DOS GOVERNOS COM A MAIOR CARGA TRIBUTÁRIA DO MUNDO

 

Espetacular este levantamento

Sumiko Hanada: Matematicamente insustentável

1 Presidente da República

1 Vice-presidente da República

1 Presidente Câmara federal

1 Presidente Senado Federal 

11 ministros do STF

81 Senadores

513 Deputados federais

27 Governadores

27 Vice-Governadores

27 Câmaras estaduais

1.049 Deputados estaduais

5.568 Prefeitos

5.568 Vice-prefeitos

5.568 Câmaras municipais

57.931 Vereadores

Total: 70.794 políticos (não estamos falando de nenhum partido de forma específica) + 11 do STF (“políticos” também).

12.825 – Assessores parlamentares Câmara Federal (sem concurso)

4.455 – Assessores parlamentares Senado (sem concurso)

27.000 – Assessores parlamentares Câmaras Estaduais (sem concurso – estimado/por falta de transparência)

600.000 – Assessores parlamentares Câmaras Municipais (sem concurso – estimado/por falta de transparência)

Total Geral: 715.074 funcionários não concursados

Gasto

248 mil por minuto;

14,9 milhões por hora;

357,5 milhões por dia;

10,7 bilhões por mês;

Gasto Total: acima de 128 BILHÕES por ano + 6 BILHÕES do FUNDO PARTIDÁRIO para 2023.  Além disso, deve-se computar o rombo na previdência social com suas aposentadorias alienígenas.

35 Partidos registrados no TSE + 73 partidos em formação.

As perguntas cabíveis diante dessa situação são as seguintes:

Será que a reforma da Previdência é a única prioridade nacional?

– Como é que nós deixamos chegar a esse ponto?

– E até quando?

[30/1 22:06] Sumiko Hanada: Olha a inflação de 1.75 do governo .

Fonte: Banco Mundial

“O Brasil tem a maior carga tributária do mundo, para pagar a

MAIOR CORRUPÇÃO DO MUNDO”

Tributos no Brasil –  uma vergonha!!!

Medicamentos      36%

Luz.                   45,81%

Telefone            47,87%

Gasolina            57,03%

Cigarro              81,68%

PRODUTOS ALIMENTÍCIOS BÁSICOS

Carne bovina       18,63%

Frango                 17,91%

Peixe                   18,02%

Sal                       29,48%

Trigo                    34,47%

Arroz                    18,00%

Óleo de soja        37,18%

Farinha                34,47%

Feijão                  18,00%

Açúcar                40,40%

Leite                    33,63%

Café                    36,52%

Macarrão            35,20%

Margarina            37,18%

Molho tomate      36,66%

Biscoito               38,50%

Chocolate            32,00%

Ovos                    21,79%

Frutas                  22,98%

Álcool                  43,28%

Detergente           40,50%

Sabão em pó      42,27%

Desinfetante        37,84%

Água sanitária     37,84%

Esponja de aço   44,35%

PRODUTOS BÁSICOS DE HIGIENE

Sabonete                 42%

Xampu                 52,35%

Condicionador    47,01%

Desodorante       47,25%

Papel Higiênico   40,50%

Pasta de Dente   42,00%

MATERIAL ESCOLAR

Caneta                48,69%

Lápis                   36,19%

Borracha             44,39%

Estojo                  41,53%

Pastas plásticas  41,17%

Agenda                44,39%

Papel sulfite         38,97%

Livros                   13,18%

Papel                   38,97%

BEBIDAS

Refresco em pó   38,32%

Suco                    37,84%

Água                    45,11%

Cerveja                56,00%

Cachaça              83,07%

Refrigerante        47,00%

Sapatos               37,37%

Roupas                37,84%

Computador        38,00%

Telefone Celular   41,00%

Ventilador            43,16%

Liquidificador      43,64%

Refrigerador        47,06%

Microondas         56,99%

Tijolo                    34,23%

Telha                    34,47%

Móveis                 37,56%

Tinta                    45,77%

Casa popular       49,02%

Mensalidade Escolar 37,68% (ISS DE 5%)

ALÉM DESTES IMPOSTOS, VOCÊ PAGA

– DE 15% A 27,5% DO SEU SALÁRIO A TÍTULO DE IMPOSTO DE RENDA;

– PAGA O SEU PLANO DE SAÚDE,

– O COLÉGIO DOS SEUS FILHOS,

– IPVA,

– IPTU,

– INSS,

– FGTS

– ETC.

O Brasil precisa de atitude do povo!

Somos 208 milhões de Brasileiros….sendo sacaneados por 70.764 políticos de Brasília….

– Sem querer cortar seus próprios gastos e exagerados privilégios, o governo  repassa o alto custo da sua corrupção e incompetência para a população pagar……….. e ainda afirma que não tem dinheiro!!

“- Vai ficar parado?!”

Esse Whatsapp é mais eficiente que canal de TV.

1 minuto para mudar o 🇧🇷 e defender a família de hoje e do futuro.

Passe para seus contatos.*

HABILIDADES INTERPESSOAIS QUE VOCÊ PRECISA PARA GARANTIR O SEU EMPREGO NO MERCADO DE TRABALHO

 

História de Sho Dewan – Forbes Brasil

Getty Images© Fornecido por Forbes Brasil

A ascensão da tecnologia tem ameaçado substituir profissionais pela inteligência artificial. Estima-se que, até 2025, a IA poderá assumir 52% dos empregos em todo o mundo.

No entanto, ainda existem muitas tarefas e interações que só podem ser feitas pelos humanos, especialmente em áreas que dependem de conexão entre pessoas. Esse tipo de trabalho exige o desenvolvimento de competências interpessoais, as chamadas soft skills, qualidades não técnicas e traços de personalidade que envolvem comunicação, colaboração e interações eficazes no ambiente de trabalho.

Então, de quais habilidades interpessoais você precisa para garantir a segurança do seu emprego no mercado de trabalho atual? Aqui estão 5 para considerar.

Pensamento crítico

Apesar de as tecnologias baseadas em IA estarem se tornando cada vez mais complexas, a mente humana continua a ser fascinante com as suas capacidades cognitivas, inteligência emocional, criatividade e raciocínio ético. Tudo isso contribui para a tomada de decisões informadas e a resolução de problemas que envolvem o pensamento crítico. Uma pesquisa da Pearson mostra que 81% das empresas dão muita importância à capacidade dos funcionários de pensar criticamente.

O desenvolvimento desse tipo de habilidade permite que os profissionais naveguem em ambientes complexos e tragam inovações para soluções em suas atividades diárias. Embora a IA possa ajudar, profissionais com pensamento crítico têm a flexibilidade para ajustar a sua abordagem com base em várias circunstâncias e contextos éticos.

À medida que eles tomam decisões com base no julgamento subjetivo, na intuição e nas suas experiências pessoais, é mais difícil que sejam substituídos pela IA.

Planejamento estratégico

Cada trabalho envolve algum tipo de planejamento – desde a definição de objetivos, formulação de estratégias, atribuição de recursos, implementação de projetos e monitoramento, até a avaliação. Isso é especialmente importante para analistas de negócios e gerentes de projeto, mas os trabalhos que envolvem planejamento estratégico podem variar dependendo do setor ou da estrutura da empresa.

Um bom planejamento requer criatividade e inovação para novas abordagens, adaptação às circunstâncias e aproveitamento de oportunidades. Os sistemas de IA podem ter dificuldades em responder a mudanças imprevistas, o que torna os funcionários com essas competências mais favoráveis ​​para realizar o trabalho e indispensáveis ​​para as empresas.

Delegação de tarefas

Algumas tarefas são mais fáceis de realizar sozinho, mas outras precisam de apoio para obter melhores resultados. E à medida que o uso da IA ​​se torna mais comum, o gerenciamento de tarefas é visto como algo que pode ser automatizado. No entanto, o julgamento humano ainda é crucial para a delegação de tarefas, uma vez que considera as capacidades dos membros da equipe e a sua carga de trabalho. Delegar também inclui determinar qual pessoa é mais adequada para qual entrega, fornecendo instruções claras para uma execução bem-sucedida.

Um estudo sobre gerenciamento de tempo revelou que apenas 28% das empresas oferecem treinamento em habilidades de delegação. Portanto, se você conseguir fazer isso e tornar os processos mais fáceis para a sua equipe, você estará se tornando mais valioso e menos substituível no seu trabalho.

Comunicação

É fácil confundir habilidades de comunicação com a mera capacidade de manter conversas, mas vai além disso. A comunicação eficaz envolve transmitir ideias, construir relacionamentos e persuadir outras pessoas a apoiarem suas iniciativas no trabalho. Também pode ser útil demonstrar influência se você estiver em uma posição de liderança.

As habilidades de comunicação também podem aumentar seu impacto, permitindo que você crie narrativas e ilustre suas ideias de maneira convincente, colabore com seus colegas de equipe para atingir objetivos comuns e impulsione mudanças positivas dentro da empresa.

Embora hoje em dia seja comum usar IA para redigir um email profissional, o toque humano ainda é insubstituível ao lidar com questões delicadas, como atendimento ao cliente, e temas que ainda precisam ser tratados pessoalmente. Isso também envolve lidar com crises e gerenciar as partes interessadas.

Investir em habilidades de comunicação pode te ajudar a ser um membro ou líder de equipe mais produtivo e eficiente, o que vai pavimentar seu caminho para o sucesso profissional.

Negociação

No mundo empresarial, negociação é o nome do jogo. E apesar da disponibilidade de plataformas remotas ou virtuais como ligações, emails ou videoconferências, reunir-se cara a cara para negociar tem maior probabilidade de resultar em resultados favoráveis, incluindo termos acordados e noções de compromisso mais claros.

Aprender táticas e técnicas de negociação aumentará a sua importância como profissional, especialmente se estiver lidando com processos de compras ou aquisição. Você poderá fazer concessões estrategicamente, o que cria valor por meio de compensações, como preços preferenciais para contratos e fornecedores.

Não será fácil substituir os humanos em negociações, pois eles trazem inteligência emocional, criatividade e julgamento para fechar um acordo que seja vantajoso para as partes envolvidas. Essas habilidades continuam sendo importantes ​​para construir parcerias e manter clientes no setor empresarial. A negociação também é uma competência fundamental para funções de gerenciamento ao lidar com prazos, cronogramas, orçamentos e resolução de conflitos.

Embora a IA continue a ajudar na automatização de tarefas rotineiras e no processamento de grandes quantidades de dados, existem qualidades únicas que apenas os humanos têm, o que os diferencia da tecnologia e os posiciona como ativos insubstituíveis para as empresas.

Embora investir na aprendizagem de novas tecnologias seja importante nos dias de hoje, cultivar essas competências interpessoais é também um movimento estratégico para se manter relevante e indispensável num local de trabalho cada vez mais digital.

*Sho Dewan é colaborador da Forbes US. Ele é fundador e CEO da Workhap, de consultoria de carreira, além de ser criador de conteúdo e LinkedIn Top Voice.

A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz divulgação de todas

as empresas da região do Vale do Aço, chama a atenção para as seguintes questões:

• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou pela

primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.

• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas

para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.

• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.

• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.

• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se expanda, seja através

de mobilidade, geolocalização, comunicação, vendas, etc.

• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:

a) Digitalização dos Lojistas;

b) Apoio aos lojistas;

c) Captura e gestão de dados;

d) Arquitetura de experiências;

e) Contribuição maior da área Mall e mídia;

f) Evolução do tenant mix;

g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;

h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;

i) Convergência do varejo físico e online;

j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;

k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;

l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;

m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.

Vantagens competitivas da Startup Valeon:

• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente

reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a Startup Valeon não foge disso,

fazem dois anos que estamos batalhando para conquistarmos esse mercado aqui do

Vale do Aço.

• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos contar com apoio de

parceiros já consolidados no mercado e que estejam dispostos a investir na execução de

nossas ideias e a escolha desses parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui

do Vale do Aço para os nossos serviços.

• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são capazes de

proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.

• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos

diariamente à procura do inédito.

• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de

um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser

mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso

funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com

soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande empresa. Temos a missão de

surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante

evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em

como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.

• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de divulgação de suas

empresas e bem como contribuindo com o seu faturamento através da nossa grande

audiência e de muitos acessos ao site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter

mais de 100.000 acessos.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas

de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes

sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso

site e aumentar as suas vendas.

Proposta:

Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas Empresas na nossa

máquina de vendas, continuando as atividades de divulgação e propaganda com preços bem

competitivos, bem menores do que os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.

Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada empresa contendo: fotos,

endereços, produtos, promoções, endereços, telefone, WhatsApp, etc.

O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja também uma

SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.

CONTATOS:

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Fone Wpp: (31) 98428-0590

Site: valedoacoonline.com.br

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

SÃO PAULO PODE MELHORAR A EDUCAÇÃO INFANTIL E TER EDUCAÇÃO DE PAÍS DESENVOLVIDO

 rasil e Mundo Educação Estatal

Como SP pode dar um salto de qualidade e ter educação de país desenvolvido?

Byvaleon

Ago 7, 2024

História de Renata Cafardo – Jornal Estadão

Esta reportagem é parte da Agenda SP, conjunto de temas cruciais para o desenvolvimento da cidade de São Paulo. A Agenda SP estará presente em toda a cobertura do Estadão das eleições: reportagens, mapas explicativos, nos debates Estadão/ FAAP/ Terra, sabatinas com candidatos e no monitoramento semanal de buscas do cidadão paulistano

São Paulo tem o mérito de manter a fila da creche zerada desde 2020, mas o desafio de melhorar a qualidade da educação infantil para 550 mil alunos de 0 a 6 anos. A ciência mostra que estímulos certos na primeira infância estão ligados a melhor desempenho acadêmico, salários mais altos, mais saúde, menos desigualdade – e retornos financeiros para a sociedade.

Bebês compartilham um livro em creche da rede municipal, no centro da capital Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Bebês compartilham um livro em creche da rede municipal, no centro da capital Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Alfabetização

É na educação infantil que se formam as bases da alfabetização. As prefeituras são, prioritariamente, responsáveis por essa etapa, composta por creche e pré-escola, e os anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano).

Apesar de fazer um dos maiores investimentos entre as redes municipais, São Paulo está em 21ª entre as capitais no novo índice de alfabetização do Ministério da Educação (MEC), divulgado em maio. Só 37,9% das crianças do 2º ano sabem ler e escrever, menos do que a meta prevista pelo MEC (44,3%). Alguns especialistas contestaram a nova fórmula elaborada pelo ministério. A Prefeitura diz que “a pesquisa deste ano não pode ser usada como comparativo de avaliações anteriores” porque foi mudada pelo MEC. A pasta criou em 2023 uma nota de corte nas provas com parâmetros de alfabetização e tabulou resultados usando também exames feitos pelos municípios.

Não se trata de ensinar a ler e a escrever na educação infantil. Mas propor práticas de leitura e escrita, com brincadeiras e histórias, desenvolvendo o interesse pela linguagem.

“Prefeitos têm de entender que alfabetização não começa no fundamental. As experiências da criança na educação infantil são estruturantes”, afirma a diretora de políticas públicas da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Marina Fragata Chicaro. “Todos falam muito de desigualdade, mas a política mais poderosa para reduzi-la é investir na primeira infância”, confirma Priscila Cruz, presidente executiva do Todos Pela Educação.

Tempo integral

Dos bebês de 0 a 3 anos das creches da capital, 100% ficam em período integral. Mas, segundo dados tabulados pelo Todos pela Educação, isso se repete em só 11% das pré-escolas (4 e 5 anos), que, com a creche, compõem a educação infantil.

“Corta o cotidiano da família quando a criança faz 4 anos: quem vai buscá-la se os pais trabalham o dia todo? Mesmo que alguém busque, ela não tem onde ficar quando sai da escola”, diz Cisele Ortiz, coordenadora do Instituto Avisa Lá, que há décadas trabalha com creches na capital.

Crianças da pré-escola brincam em escola municipal no Paraíso, zona sul Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Crianças da pré-escola brincam em escola municipal no Paraíso, zona sul Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O que é uma educação infantil de qualidade?

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou em julho diretrizes feitas pelo MEC de qualidade na educação infantil, que devem nortear os municípios. As diretrizes reforçam a importância de brincadeiras no currículo, livros, espaços e projetos arquitetônicos específicos para a faixa etária e políticas antirracistas. Também cita a importância da avaliação, com informações sobre vagas, infraestrutura e práticas pedagógicas.

“Olhar só estrutura ou material não é suficiente para dizer que a educação infantil é boa”, diz Marina. “O professor precisa ter práticas que ajudem a criança na riqueza de experiências e contextos que ela deve vivenciar.”

infographics

infographics

Além disso, entre educadores, uma parte defende instruções mais explícitas para a alfabetização no fim da pré-escola; outros não. O documento do MEC fala de “compromisso com o investimento pedagógico intencional nos processos de apropriação da leitura e da escrita”.

Quais são os bons exemplos no exterior?

A Austrália é uma das referências em diretrizes curriculares para a faixa de 0 a 5 anos. São listados cinco resultados esperados na aprendizagem: forte senso de identidade; conexão com o mundo e perceber como suas ações contribuem com ele; bem-estar; confiança e saber comunicar-se. Lá, também foi criado em 2009 um sistema em que avaliadores externos visitam as unidades de educação infantil.

Outro bom exemplo de currículo para essa faixa etária é o da província de Ontário, no Canadá. Entre os princípios para uma educação infantil de qualidade estão a parceria entre escola e família, o respeito à diversidade, a brincadeira como base para o aprendizado e educadores bem preparados.

Importância do espaço e mobiliário adequados à faixa etária faz parte de documento recente aprovado no CNE sobre educação infantil Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Importância do espaço e mobiliário adequados à faixa etária faz parte de documento recente aprovado no CNE sobre educação infantil Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Quantas crianças por professora?

Outro gargalo é o número de crianças por professor. O documento do MEC prevê que, nessa idade, sejam no máximo 20 por profissional. Entre bebês de até 1 ano, a proporção é de 5 para 1. A Prefeitura diz que novas salas podem ser criadas “em caráter excepcional” se há demanda e conforme a capacidade das escolas.

Desde a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, a educação infantil sai do assistencialismo e integra a educação básica do País. Segundo o prêmio Nobel de Economia James Heckman, a cada US$ 1 direcionado a cidadãos de 0 a 6 anos, o retorno para a sociedade é de US$ 7.

Como acabou a fila da creche

Em 2012, a fila da creche em São Paulo tinha 150 mil crianças e uma chuva de pedidos de vaga nos tribunais. “Aqueles que acionam a Justiça muitas vezes não são os mais vulneráveis”, diz Alessandra Gotti, do Instituto Articule. Ela foi uma das responsáveis pela articulação entre poderes que encerrou a judicialização.

A Justiça fixou metas em 2013 para criar vagas e a fila acabou em 2020. “Nesse período foram 7 ou 8 secretários de Educação. Isso se tornou política de Estado, não de governo.” O investimento subiu, hoje é de cerca de R$ 20 mil por aluno/ano, e a expansão se deu principalmente por parcerias com organizações não governamentais, as “creches conveniadas” (mais de 80% da rede).

O que os candidatos propõem na educação (em ordem alfabética)

Guilherme Boulos

O candidato do PSOL pretende manter o modelo de creches parceiras que é regulamentada de acordo com regras estabelecidas pelo Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC). Segundo ele, isso garante que as organizações cumpram com os acordos estabelecidos e assegurem atendimento de excelência às crianças e suas famílias.

Nos temas filas para a creche e alta quantidade de alunos por professor, Boulos defende estabelecer um padrão de qualidade comum. O candidato quer aprimorar os mecanismos de transparência, acompanhamento e supervisão dos serviços prestados pelas entidades parceiras e investir na formação continuada para educadores, instituindo uma política permanente de valorização salarial.

Na política de alfabetização, Boulos quer ampliar a educação integral e garantir a formação continuada dos educadores, as condições materiais de trabalho e a segurança do professor e dos estudantes no ambiente escolar.

“Vamos transformar a escola em um espaço de convivência, cooperação e pertencimento à comunidade, ampliando a jornada escolar e oferecendo atividades culturais, esportivas e de lazer. O programa será implementado gradualmente, em diálogo com as unidades escolares, e com a preocupação permanente em valorizar os profissionais da educação e atualizar os espaços físicos das escolas com ações de adequação e melhoria”, diz o candidato quando o assunto é educação integral.

José Luiz Datena

“A obrigação do poder municipal, responsável pelo ensino infantil, é tratar as crianças com segurança para que as mães, que estão deixando seus filhos de até 4 anos nas creches, tenham certeza que estão em um lugar seguro. Além de segurança, as creches estarão preparadas para acolher com carinho, amor e cuidados de atenção à saúde, proporcionando as melhores condições para que essas crianças sigam para a próxima etapa da educação infantil. A nossa proposta é que nossas crianças, com no máximo oito anos, sigam o ensino fundamental já alfabetizadas”, afirmou o candidato do PSDB.

Datena defende policiamento nos arredores das escolas. “Na minha gestão haverá segurança no ambiente de educação infantil com a GCM ao redor das escolas, mas também vamos trabalhar para manter o ambiente familiar entre professores, funcionários e crianças”, disse.

O tucano pontuou ainda a necessidade de reforço no processo de letramento. “As crianças sairão da escola alfabetizadas, bem cuidadas e acolhidas como se tivessem em suas casas. Nenhuma criança, até oito anos de idade, seguirá o sistema educacional sem saber ler e escrever no tempo certo.”

Marina Helena

A candidata do Novo afirmou que o atual modelo de contrato com as creches é um “termo de fomento com remuneração baseada em planilha de custos”. A Prefeitura, diz Marina, banca o que a creche gasta. “Isso é um convite ao superfaturamento dos custos. Vamos mudar o modelo para contratos para Parceria Público-Privada com remuneração baseada na qualidade do ensino, como ocorre em diversos países do mundo. Há menos incentivos para corrupção e é mais fácil para a prefeitura romper o contrato se o serviço for mal prestado”.

Creches conveniadas representam mais de 80% da rede paulistana de educação infantil Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Creches conveniadas representam mais de 80% da rede paulistana de educação infantil Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Pablo Marçal

“As creches parceiras continuarão sendo essenciais, mas com um acompanhamento mais próximo para garantir a qualidade do ensino. Importante ressaltar que implementaremos rigorosos mecanismos de controle, governança e fiscalização em toda a gestão educacional, incluindo as parcerias’, diz o candidato do PRTB.

Em relação aos desafios de qualidade na educação infantil, a campanha de Marçal pontua que “a gestão focará em investimentos na capacitação contínua dos educadores, implementação de tecnologias educacionais e parcerias com instituições especializadas”. Também pretendem implementar um sistema de avaliação e monitoramento constante da qualidade do ensino.

Na melhoria do processo de alfabetização, o candidato afirma que sua política de alfabetização incluirá a implementação de metas claras de aprendizagem, avaliações diagnósticas regulares a partir do ano final da educação infantil, e um sistema de remuneração por resultado para os profissionais da educação.

Na área de educação de tempo integral, Marçal afirma que “para a pré-escola ampliaremos a faixa etária de atendimento dos Centros para Crianças e Adolescentes a partir dos 4 anos, oferecendo atividades no contraturno escolar. Acreditamos que o tempo integral não só melhora o desempenho acadêmico, mas também proporciona um desenvolvimento mais completo, incluindo atividades esportivas, culturais e de preparação para o futuro profissional.”

Ricardo Nunes

Candidato à reeleição pelo MDB, Nunes promete trabalhar para garantir que a cidade continue sem filas para atendimento dos bebês e crianças de 0 a 3 anos nos próximos 4 anos, assim como para os outros ciclos de ensino, mantendo o modelo de creches parceiras.

Sobre a relação entre a quantidade de alunos por professor, Nunes defende que a atual gestão está em consonância com parâmetros de atendimento de qualidade, mas pondera que as Diretorias Regionais de Educação (DREs) podem autorizar, em caráter excepcional, a criação de turmas nos CEIs diretos e parceiros, respeitada a capacidade física das salas.

O prefeito aponta que a classificação de São Paulo no novo índice de alfabetização está em patamar “adequado e avançado”, segundo a avaliação estadual. Ele pondera que a Rede Municipal de Ensino (RME) possui avaliações próprias que mensuram as aprendizagens dos estudantes e que exames como a Provinha São Paulo, aplicada aos estudantes do 2° ano do Ensino Fundamental, mostra que desde 2018 entre 80% e 90% dos estudantes estão alfabetizados.

Sobre a política de escola em tempo integral para pré-escola e fundamental, Nunes afirma que pretende ampliar o ensino em tempo integral nas escolas municipais, desde a educação infantil até o ensino fundamental, priorizando os distritos mais vulneráveis, trazendo benefícios para o processo de aprendizagem e atendendo ao interesse das famílias.

Tabata Amaral

A candidata do PSB afirma que uma das primeiras medidas a ser adotada será a ampliação do horário de atendimento das creches para até 19h. “Essa é uma demanda de muitas mães, pais e responsáveis que trabalham e nem sempre conseguem buscar as crianças antes desse horário.”

Tabata promete continuar com as parceiras, garantindo um padrão no atendimento, com a adoção de indicadores de qualidade e novos fluxos de acompanhamento e monitoramento.

Sobre a classificação da cidade no índice de alfabetização, a candidata diz que seu compromisso é ter 100% das crianças alfabetizadas na idade certa, com prioridade para o letramento em português e matemática até os 7 anos. “Vamos aplicar avaliações diagnósticas bimestrais. Isso vai permitir intervenções rápidas que garantam que todos os alunos atinjam os níveis adequados de proficiência. Redesenharemos o sistema de formação dos professores, com prioridade para a alfabetização, e instituiremos prêmios às escolas, professores, profissionais da rede e gestores que alcancem as metas estabelecidas.”

Sobre a política de escola em tempo integral para pré-escola e ensino fundamental, a candidata afirma que o mecanismo ajuda a reduzir desigualdades: “É só assim que o filho do pobre terá as mesmas oportunidades que o filho do rico. Vamos implementar um plano de expansão gradual das matrículas em tempo integral na rede municipal de educação. Essa universalização vai começar pelas escolas mais vulneráveis e com piores indicadores.

O PNEU ECOLÓGICO É UMA ALTERNATIVA AO PNEU TRADICIONAL PARA MELHORAR O MEIO AMBIENTE E DIFICULTAR O DESGASTE

 

História de Equipe eCycle

Pneu ecológico: o que é e por que optar por ele?

Pneu ecológico: o que é e por que optar por ele?

O pneu ecológico é uma alternativa eco-friendly ao pneu tradicional. Cada vez mais as empresas de pneus procuram minimizar o uso de materiais prejudiciais ao meio ambiente, ao mesmo tempo que aumentam a durabilidade dos produtos, dificultando o desgaste. Como resultado, as emissões de gases do efeito estufa são reduzidas, e o carro torna-se um veículo mais verde.

Com menor desgaste, a vida útil do pneu é estendida, o que significa menos substituição. Desse modo, os fabricantes de pneus não precisam produzir a mesma quantidade de produtos, economizando matérias-primas e a energia necessária para a fabricação. Assim, os pneus ecológicos, ou pneus verdes, podem aliar alta qualidade com menor impacto ambiental.

De que são feitos os pneus?

Pneus tradicionais contém derivados do petróleo, consistem em cerca de 19% de borracha natural e 24% de borracha sintética, que é um polímero plástico. A produção de pneus tem impactos ambientais enormes, que vão desde o desmatamento contínuo até o uso de combustíveis fósseis, prejudiciais ao clima, usados ??para fazer borrachas sintéticas. Os pneus dos carros modernos requerem cerca de 7 galões de óleo para serem produzidos, enquanto os dos caminhões consomem 22 galões.

Mas o que também está se tornando cada vez mais claro é que, à medida que a borracha se desgasta, os pneus lançam minúsculos polímeros plásticos que muitas vezes acabam se tornando poluentes em oceanos e cursos d’água. Por isso, o pneu tradicional é um dos maiores contribuintes do problema crescente do microplástico.

Além disso, os padrões da banda de rodagem do pneu ajudam a determinar a aderência de um veículo na estrada, bem como sua manipulação, manobra e frenagem. Mas uma melhor aderência também pode significar mais atrito. E, enquanto dirigimos, a abrasão faz com que pedaços dos pneus se soltem.

A quantidade exata desses resíduos que vai parar nos cursos de água depende de muitos fatores, que vão desde a localização da estrada ao clima. A chuva, por exemplo, pode fazer com que mais partículas fluam para o meio ambiente. Depois que as partículas dos pneus entram nos rios ou oceanos, elas podem ter efeitos perceptíveis no ecossistema marinho.

Descarte de pneus usados

Entretanto, a trajetória para pneus usados ??é, em muitos aspectos, positiva. Por exemplo, a reciclagem de resíduos de pneus aumentou dramaticamente ao longo dos anos. A U.S. Tire Manufacturers Association (USTMA) afirma que a reutilização de pneus passou de 11% em 1990 para 81% em 2017.

Esse número, no entanto, vem com uma advertência importante: os chamados “combustíveis derivados de pneus”, ou seja, a queima de pneus para obter energia. De acordo com Reto Gieré, cientista ambiental da Universidade da Pensilvânia, se o pneu for queimado em instalações projetadas especificamente para a tarefa, o processo pode ser feito de maneira limpa e é uma maneira razoável de recuperar energia.

Os pneus que não são reciclados ou queimados acabam em aterros sanitários. Esse número chega a 16% nos Estados Unidos, de acordo com um relatório da USTMA de 2018. A quantidade de pneus descartados em aterros sanitários por ano quase dobrou entre 2013 e 2017.

Pneu ecológico é alternativa sustentável

Com os motores se tornando elétricos e as fontes de combustível alternativas crescendo em popularidade, a onda verde tomou conta da indústria automotiva. Mas o motor é apenas uma parte do carro. Um dos principais componentes que requer novas estratégias de uso e produção é o pneu.

Por isso, os fabricantes de pneus estão utilizando alguns métodos para contribuir com a preservação do meio ambiente a partir da produção de pneus ecológicos.

Consumo de combustível reduzido

Pneus ecológicos incluem sílica, um derivado da areia, para melhorar o desempenho e fornecer melhor tração do que os pneus convencionais.

A sílica reduz o atrito entre os pneus e a superfície da estrada, causando menos ruídos, melhorando o desempenho, acrescentando vida útil aos pneus e reduzindo as emissões de carbono causadas pela reação ao atrito na estrada.

Eficiência de combustível

O atrito reduzido e a maior aderência ao piso seco também reduzem o consumo de combustível. Seu carro não precisa “lutar” na estrada, porque seus pneus estão tornando a direção muito mais fácil.

Reduzir o consumo de combustível e a fumaça do escapamento em 3 a 5% ao longo da vida média de um carro representa uma grande economia inicial e diminui as emissões atmosféricas.

Reciclagem

A reciclagem de pneus é tendência na indústria entre as marcas de primeira linha. Não fique surpreso ao ver sua marca favorita anunciando que seus pneus são recicláveis ??e seu revendedor local fazendo sua parte pelo meio ambiente ao coletar pneus para reciclagem.

Resistência ao rolamento

Conforme mencionado, a sílica ajuda o pneu a apresentar menor resistência ao rolamento ou a perda de energia à medida que o pneu se deforma na estrada. Economizar energia também aumenta a eficiência do combustível.

A resistência ao rolamento é responsável por 10 a 15% do consumo de combustível em carros de passeio, mas pode chegar a 30% do uso de combustível em caminhões grandes.

Embora pneus com baixa resistência ao rolamento possam reduzir esse uso em apenas 3%, já representam uma possibilidade de economizar combustível – o que é sempre sinônimo de economia de dinheiro e menos emissões de CO2.

Materiais

Os materiais usados no pneu ecológico ??também contribuem para a vida útil do produto, e o que entra na banda de rodagem também pode ajudar a deixar menos borracha na estrada.

Conforme os padrões de banda de rodagem continuam a se desenvolver e as bandas de rodagem são aprimoradas, os pneus apresentarão melhor resistência ao rolamento e menor desgaste, com melhor durabilidade e longevidade.

Menos substituições equivalem diretamente a menos pneus necessários, reduzindo o uso de materiais para a fabricação.

O primeiro componente chave para um pneu ecológico é a matéria-prima usada. As empresas estão tentando substituir a borracha por uma mistura sintética, geralmente incorporando sílica, que pode não apenas ajudar a substituir a borracha nos degraus como também traz outras vantagens, como redução do atrito na estrada.

Além da borracha, as empresas também estão investigando maneiras de reduzir a quantidade de petróleo usada na criação de um pneu. Entre 5 e 10 galões de petróleo são usados ??para fazer um único pneu, que a indústria vem tentando cortar ou eliminar há mais de 20 anos. A fabricação de borracha sintética também é prejudicial ao meio ambiente, levando os fabricantes a tentativa de reduzir o uso de borracha sintética pela metade.

Derivados de plantas

Materiais derivados de plantas, mais sustentáveis, ??estão avançando como substitutos para uma variedade de componentes de pneus, como óleo de girassol em vez de petróleo e látex derivado da flora em substituição à borracha. Até mesmo óleo derivado de cascas de laranja tem sido usado no lugar de produtos químicos mais tóxicos.

Pneus ecológicos estão se tornando cada vez mais populares, afinal, são econômicos e mais sustentáveis que as versões tradicionais, uma opção que vale a pena.

Se você precisa comprar pneus, a dica é falar com seu revendedor local e verificar se ele possui ou pode encomendar um pneu ecológico para você. Esse tipo de produto proporciona melhor pilotagem, menos danos ao nervo do quadril e menor impacto ambiental.

Podemos fazer um pneu ecológico melhor?

O pneu não passou por uma grande reformulação em décadas, mas recentemente houve um impulso maior para desenvolver opções mais sustentáveis.

Em 2017, por exemplo, pesquisadores liderados pela Universidade de Minnesota encontraram uma maneira de produzir isopreno, um ingrediente-chave da borracha sintética, a partir de fontes naturais como grama, árvores milho em vez de combustíveis fósseis.

No ano passado, a empresa Goodyear apresentou o conceito de um pneu ecológico feito de borracha reciclada com musgo, projetado para absorver dióxido de carbono durante o trajeto.

Nos últimos anos, os fabricantes fizeram grandes avanços no sentido de projetar e lançar pneus ecológicos para atender à demanda dos consumidores por produtos que usam materiais amigáveis ao meio ambiente.

As empresas estão reduzindo o uso de materiais prejudiciais ao meio ambiente, ao mesmo tempo em que reduzem o atrito, aumentando a eficiência do combustível.

Como resultado do menor consumo de combustível, as emissões de CO2 também são reduzidas e o carro se torna mais verde.

Porém, ainda são necessárias pesquisas adicionais e maior conscientização pública, que estimulem empresas e consumidores a buscar o pneu ecológico como uma alternativa viável para ajudar na saúde do planeta.

TAREFA DIFÍCIL PARA O GOVERNO FREAR PREÇOS E MANTER ACELERADA A ECONOMIA

 rasil e Mundo Economia brasileira

O desafio de frear preços e manter acelerada a economia

Byvaleon

Ago 7, 2024

História de Rolf Kuntz – Jornal Estadão

Boas notícias sobre produção industrial e emprego são más notícias sobre inflação, segundo a sabedoria do mercado financeiro. Por esse critério, os brasileiros têm motivos para se preocupar com seu poder de compra. Em junho, a indústria produziu 4,1% mais que no mês anterior e mais que compensou o recuo, de 1,8%, acumulado em abril e maio.

O último resultado mensal divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi 3,2% superior ao de um ano antes. Em 12 meses a indústria produziu 1,5% mais que no período anterior. Nos Estados Unidos, sinais de vigor na indústria são frequentemente seguidos de quedas nas Bolsas de Valores.

Melhoras no emprego também são vistas como prenúncios de preços em alta. “Bom momento do mercado de trabalho é alerta para a inflação”, avisa material da Conjuntura Econômica postado no site da Fundação Getúlio Vargas.

No Brasil, o desemprego no trimestre encerrado em junho ficou em 6,9%. Desde 2014, essa foi a menor taxa estimada para esse período. Não se trata apenas de uma percepção registrada, tipicamente, no mercado financeiro. Dirigentes de Bancos Centrais, como ocorre também no Brasil, costumam relacionar desemprego baixo, ou em queda, com maiores pressões inflacionárias.

Em 12 meses, indústria brasileira produziu 1,5% mais que no período anterior, segundo o IBGE Foto: Taba Benedicto/Estadão

Em 12 meses, indústria brasileira produziu 1,5% mais que no período anterior, segundo o IBGE Foto: Taba Benedicto/Estadão

Esse risco é destacado na ata da última reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC): “Concluiu-se que o processo desinflacionário arrefeceu e que os níveis de inflação corrente acima da meta, em contexto de dinamismo da atividade econômica, tornam a convergência da inflação à meta mais desafiadora”.

Projeções de inflação têm crescido, no mercado brasileiro, juntamente com as expectativas de crescimento econômico. Em quatro semanas, a inflação projetada para este ano subiu de 4,02% para 4,12%, segundo o boletim Focus. No mesmo intervalo, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) estimada para 2024 aumentou de 2,10% para 2,20%.

Se essas estimativas estiverem corretas, a alta dos preços ao consumidor ficará no limite de tolerância, 4,50%, mas bem distante do centro da meta, fixado em 3%. No mesmo intervalo, a inflação esperada para 2025 aumentou de 3,96% para 3,98%, mas o aumento calculado para o PIB recuou de 1,97% para 1,92%.

A evolução dos preços calculada para os dois anos parece divergir das expectativas de avanços do PIB e do câmbio. Segundo o boletim, o dólar projetado para os meses finais deste ano e do próximo deve ficar em R$ 5,30. A taxa básica de juros deve continuar em 10,5% em dezembro de 2024 e situar-se em 9,75% um ano depois. Se os fatos confirmarem as projeções dos juros, o Banco Central (BC) terá sido menos severo do que têm sugerido alguns analistas do setor financeiro.

Projeções sobre câmbio, preços e juros são especialmente difíceis, neste momento, por causa das incertezas quanto à evolução das contas públicas. O resultado primário das contas fiscais mencionado no boletim Focus (déficit de 0,70% do PIB nos dois anos) já é pior que o apontado pela equipe econômica do governo. Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, notoriamente inclinado à gastança, pode arruinar qualquer estimativa, seja de sua equipe ou do pessoal do mercado.

A insegurança em relação às finanças federais é uma das causas mais evidentes da instabilidade cambial observada no Brasil. As oscilações do dólar são em parte explicáveis pela instabilidade internacional, mas a relevância das incertezas domésticas é inegável. Essa insegurança é alimentada em grande parte ? talvez pincipalmente ? por ações impulsivas e declarações desastradas do presidente a República.

Sem mencionar o presidente, a ata do Copom cita a percepção, no mercado, do “crescimento dos gastos públicos” e as dúvidas sobre “a sustentabilidade do arcabouço fiscal vigente”. São evidentes a preocupação com a gastança federal e a cobrança de maior cautela na gestão orçamentária. Por enquanto, mantem-se a taxa básica de juros de 10,5%. Mas a advertência é clara mo final do texto: o compromisso de levar a inflação à meta poderá envolver “ajustes futuros” no custo do dinheiro. Em outras palavras, caberá ao presidente Lula, por meio de uma política prudente, evitar uma nova alta dos juros.

Talvez o presidente espere da nova direção do BC, a partir do fim do ano, maior tolerância à irresponsabilidade fiscal. Se essa expectativa se confirmar, a conta da inflação maior será paga pelas famílias, com maior sacrifício para as mais pobres. Isso ocorrerá, no entanto, se o novo Copom estiver disposto a repetir os erros de política monetária cometidos durante o período da presidente Dilma Rousseff. Isso parece improvável. Muito mais fácil é esperar do presidente Lula escorrregões desse tipo. Mas isso dependerá, em boa parte, da concordância do ministro da Fazenda. Até agora, ele se tem mostrado avesso a participar dessa eventura.

ESTRATÉGIAS PARA MANTER A MENTE ATIVA E AFIADA NA VELHICE

 

História de Alexa Mikhail – Jornal Estadão

Marie Jerusalem, 62 anos, nunca se sentiu tão capaz de se adaptar às demandas em constante mudança do mundo corporativo. “Meu corpo não é tão ágil quanto costumava ser, mas, mentalmente, sou mais forte hoje do que provavelmente já fui em toda a minha carreira”, ela conta à Fortune.

Aos 57 anos, Marie foi dispensada de seu papel como diretora de RH em uma empresa de capital privado. Mas ela não estava financeira ou emocionalmente pronta para se aposentar. Após trabalhar por alguns anos como consultora de negócios em RH, ela fez uma mudança e lançou a Rocket50, uma comunidade de membros e plataforma de busca por emprego que auxilia trabalhadores mais velhos. Para colocar seu negócio em funcionamento, ela teve que adquirir rapidamente uma série de novas habilidades – desde atuar com inteligência artificial até criar estratégias de marketing e mídias sociais.

Marie rejeita a noção de que pessoas mais velhas não querem aprender novas maneiras de fazer as coisas e responsabiliza as exigências de lançar um negócio – como adquirir novas habilidades e se envolver com outros – por aumentar sua confiança e resiliência mental.

Frequentemente, as pessoas assumem que a mente não funciona otimamente com a idade. Embora ocorram alguns declínios normais relacionados à idade na velocidade de pensamento e atenção, as habilidades de tomada de decisão e raciocínio abstrato das pessoas podem, na verdade, melhorar com a idade, de acordo com pesquisas do Instituto Nacional sobre Envelhecimento e do Columbia University Irving Medical Center (CUIMC).

É uma boa notícia, já que se espera que os funcionários com 55 anos ou mais constituam mais de um quarto da força de trabalho na próxima década, e as pessoas estão trabalhando além da idade de aposentadoria cada vez mais, seja porque desejam permanecer engajadas ou porque finanças e deveres de cuidar de alguém tornam impossível não fazê-lo.

Independentemente do motivo pelo qual estão trabalhando, todos têm algo em comum: eles querem manter a mente afiada. Felizmente, o cérebro é adaptável, e especialistas dizem que alguns hábitos diários podem ajudar as pessoas a manterem a resiliência cognitiva bem na velhice.

É cada vez mais comum ver as pessoas trabalhando além da idade da aposentadoria. Por isso, há um desejo crescente em manter o cérebro ativo e saudável. Foto: fizkes/Adobe Stock

É cada vez mais comum ver as pessoas trabalhando além da idade da aposentadoria. Por isso, há um desejo crescente em manter o cérebro ativo e saudável. Foto: fizkes/Adobe Stock© Fornecido por Estadão

O básico

sono é crítico para a saúde de todos, mas é especialmente importante para o cérebro envelhecido. “Distúrbios do sono foram associados a comprometimento cognitivo e diminuição da função física”, diz Marie-Pierre St-Onge, PhD, diretora do Centro de Excelência para Pesquisa do Sono e Circadiana do CUIMC.

Embora sete a nove horas de sono por noite seja o padrão-ouro, cerca de um terço dos adultos mais velhos não atendem ao mínimo, de acordo com um estudo publicado na BMC Public Health. Especialistas recomendam manter um horário regular para dormir e despertar, e desenvolver uma rotina noturna que inclua limitar o tempo de tela e envolver-se em uma atividade calmante, além de quaisquer outras intervenções recomendadas pelo médico.

Pesquisas também têm destacado há muito tempo o papel do exercício na proteção da função cerebral vital. O movimento ajuda a combater a contração relacionada à idade do hipocampo cerebral, responsável pela memória.

Não é preciso muita atividade para ver resultados positivos: um estudo publicado no Journal of Epidemiology and Community Health descobriu que até mesmo 10 minutos diários de movimento moderado a vigoroso, como caminhar rapidamente, andar de bicicleta ou fazer trilhas, podem melhorar o processamento mental, como planejar e completar tarefas de forma eficiente. O exercício também ajuda a reduzir problemas de sono, como insônia.

Um amigo do bairro

Manter amizades e relacionamentos sólidos pode parecer contraditório com o trabalho e os deveres de cuidado. No entanto, tomar um café com um colega, fazer trabalho voluntário em sua comunidade ou organizar um jantar em família ajudará a manter o cérebro estimulado.

Atividade social protege contra uma variedade de resultados negativos de saúde na velhice, incluindo declínio cognitivo, demência e até mortalidade precoce”, diz Patricia Boyle, PhD, membro do conselho da McKnight Brain Research Foundation e neuropsicóloga no Rush Alzheimer’s Disease Center em Chicago. Isso pode até mesmo manter a resiliência do cérebro diante de doenças, acrescenta ela.

Além disso, socializar, especialmente entre gerações diferentes, expande as perspectivas das pessoas, o que revigora a mente à medida que se consideram novas formas de pensar, explica Tara Swart, principal neurocientista e autora de The Source: Open Your Mind. Change Your Life.

Aprendizado ao longo da vida

O cérebro continua se desenvolvendo bem na velhice. Mas o cérebro estagna quando as pessoas não se envolvem em atividades que exigem muita atenção, diz Swart. Lançar um negócio, como Jerusalem fez, é uma dessas atividades, mas você não precisa fazer algo tão intenso para colher os benefícios.

Aprender uma nova língua ou um instrumento musical é tão difícil que força seu cérebro a mudar”, Swart observa, fortalecendo o funcionamento executivo e a capacidade de regular emoções e resolver problemas complexos.

Até mesmo desfrutar passivamente das artes pode servir como um impulso cerebral. O novo campo da neuroestética sugere que qualquer coisa, desde ouvir uma ópera até assistir a um balé ou observar uma pintura, pode melhorar a atenção e, em última análise, prolongar o tempo de vida de alguém. “Essas formas de beleza têm um impacto realmente benéfico sobre nós”, diz Swart.

Um novo olhar sobre o envelhecimento

Pesquisas da Harvard T.H. Chan School of Public Health descobriram que pessoas que têm uma visão positiva do envelhecimento tendem a viver mais e a ter melhor saúde física e cognitiva.

Maddy Dychtwald, autora de Ageless Aging, diz que há uma série de aspectos positivos que acompanham a escalada da escada cronológica, como sabedoria e autoaceitação. “Temos um poder que nunca pensamos ter antes”, diz ela.

Lesley Steinman, cientista de pesquisa no centro de pesquisa de promoção da saúde na Universidade de Washington, adverte contra o uso de termos ultrapassados, como “tsunami prateado”, que perpetuam estereótipos negativos sobre o envelhecimento.

Pesquisadora do Programa para Encorajar Vidas Ativas e Recompensadoras (PEARLS), Steinman ajuda adultos mais velhos a permanecerem engajados e a desempenharem um papel ativo na maneira como envelhecem. “As pessoas muitas vezes se surpreendem ao descobrir que há bastante coisa que podem fazer, mesmo que ainda existam questões sistêmicas e estruturais dificultando suas vidas”, diz ela.

Pensar positivamente também pode ajudar a aliviar problemas de saúde mental, como depressão – uma preocupação latente para adultos mais velhos que podem estar enfrentando desafios de saúde ou lidando com perda e luto.

Hábitos como dormir bem, fazer exercícios e pensar positivamente podem ajudar a reduzir o estresse e a depressão, o que, por sua vez, pode aprimorar o desempenho cognitivo.

Marie Jerusalem não tem planos de se aposentar tão cedo. Ela acorda todos os dias ansiosa para aprender e interagir com trabalhadores mais velhos. Ela diz que no momento em que perder a motivação, tentará algo novo. “Encontre sua paixão e permaneça engajado pelo tempo que puder, porque é isso que realmente faz você se sentir vivo”, diz ela.

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Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

GOVERNO DIFICULTA A COMPRA DE CASA PRÓPRIA USADA EXIGINDO ENTRADA MAIOR

 

História de MARIANA BRASIL – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alterou as regras de financiamento do Minha Casa, Minha Vida para desestimular a compra de imóveis usados pelo programa.

Agora, o financiamento para famílias da faixa 3 -renda bruta entre R$ 4.400 e R$ 8 mil- deve ser de até 70% do valor do imóvel nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. A taxa para as regiões Sul e Sudeste passa a ser de 50%.

Até o início do ano, a parcela financiável era 80% do valor do imóvel. Depois, o governo já tinha publicado uma instrução normativa para que esse percentual ficasse entre 70% e 80% no Sul e no Sudeste, dependendo da renda familiar.

O valor de venda máximo do imóvel usado da faixa 3 também foi reduzido, ficando limitado a R$ 270 mil. Até o momento, esse valor era de R$ 350 mil.

Com a medida desta terça, a cota máxima de financiamento de usados no programa Pró-Cotista (voltado a quem tem recursos no FGTS) também diminui -de 60% para 50%. As mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União pelo Ministério das Cidades nesta terça-feira (6).

O governo federal já havia sinalizado a intenção de limitar a compra de imóveis usados pela faixa 3 do Minha Casa, Minha Vida, com o objetivo de permitir que o orçamento do FGTS (fundo de garantia) seja direcionado principalmente para a aquisição de imóveis na planta, em construção ou recém-construídos, que têm maior geração de empregos.

Em reunião do conselho curador do FGTS em julho, o secretário-executivo do Ministério das Cidades, Helder Melillo, afirmou que é preciso “tomar medidas para que a execução dos imóveis usados caia de maneira significativa” para privilegiar a contratação de financiamentos dos imóveis novos.

Com o objetivo de alcançar uma contratação recorde no FGTS neste ano (550 mil unidades habitacionais), o Ministério das Cidades estabeleceu novas regras para realocar recursos do fundo no final de abril deste ano, direcionando mais verbas para os financiamentos de famílias com renda de até R$ 4.400, que se enquadram na faixa 2 do programa habitacional.

Elson Póvoa, representante da CNI no conselho do FGTS, afirmou em julho que a média de 2014 até 2022 do percentual de aplicação do fundo nos imóveis usados ficou na faixa de 12%. Mas, em 2023, subiu para 29% e, em 2024, para 32%.

“Nós não podemos deixar o usado desenfreado e prejudicar o financiamento dos novos. Senão nós vamos ter um problema muito sério agora no final do ano, que é exatamente o financiamento dos novos”, disse, na época.

GOVERNOS DE ESQUERDA NÃO PENSAM EM GANHAR AS ELEIÇÕES E SIM GANHAR AS APURAÇÕES

 

Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho (Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio -SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).

O recente episódio da farsa eleitoral venezuelana trás, novamente, à baila a discussão concernente a dois aspectos essenciais destes regimes que ainda florescem no mundo e tentam se reerguer em outros países, que lutam por permanecer como democracias.

A tragicomédia da Venezuela principiou com a negativa da candidatura da opositora com mais condições de governar o país e o impedimento por “problemas operacionais” da máquina chavista que não estava apta a receber a segunda candidata no prazo da inscrição. Quando o prazo já tinha terminado, disseram que não poderiam receber o registro da candidatura.

Tal manobra não impediu que se unissem forças opositoras em torno de um diplomata, sendo que a apuração dos poucos votos auditados com respectivas atas demonstravam sua vitória esplendorosa, obrigando o títere governante a interromper o acesso da oposição à apuração. Mais uma das inúmeras formas que as ditaduras de esquerda encontram para manterem-se no poder.

Na ditadura cubana, para conseguir o poder, Fidel matou milhares de cubanos em paredons, instalando a mais antiga ditadura da América. O Brasil de Lula e Dilma financiou obras de elevado valor naquele país, dívida contraída que jamais foi adimplida pelos ditadores da ilha caribenha.

Na União Soviética, em número de mortes Stalin suplantou Fidel, elevando os assassinatos de seus opositores de milhares para dezenas de milhares. Putin reduziu o número de assassinatos, mas como ditador expansionista,travou uma guerra de conquista contra a Ucrânia, prendendo e eliminando aqueles que se opõem a seu governo.

Ortega não fica atrás como ditador, eliminando ou prendendo adversários e mantendo uma cruel tirania sobre seu povo.

Por fim, a China, desde o massacre da Praça da Paz, tem sido mais discreta na eliminação de adversários, sendo que aqueles que desaparecem não se sabe onde se encontram: se em algum lugar ou embaixo da terra.

Uma das características desses governos, é o fracasso econômico, como é possível verificar na Venezuela, Cuba e Nicarágua, por força da corrupção reinante, do narcotráfico presente e de não entenderem as regras da economia de mercado, que fizeram todos os países desenvolvidos não serem de esquerda.

A Rússia mantém-se graças ao apoio da China, por onde escoam suas mercadorias, em face de sanções econômicas que sofre pela guerra contra a Ucrânia. A China, uma ditadura de esquerda na política, por sua vez, é um dos países que ainda adota o capitalismo selvagem, suas regras, gerando impactos e protestos pelo mundo.

No Brasil, o presidente Lula que, em seus dois primeiros mandatos foi um homem pragmático, neste terceiro tornou-se um ideológico de esquerda, mantendo com as cinco ditaduras relações de cordialidade e discreto apoio. Alega interesses comerciais que, todavia, independeriam da exteriorização de simpatia. Em verdade, sua preferência, embora negue, é por tais regimes, o que fica mais claro em suas diversas manifestações ora de admiração, ora de silêncios comprometedores ou tímidas manifestações de preocupação.

O certo é que a fraude eleitoral venezuelana desventrou para o mundo esta característica maior dos governos ditadores de esquerda, ou seja, a mentira como forma de se manter o poder, levando até mesmo a OEA, países europeus e inúmeros países da América a considerarem fraudulento e inadmissível o “golpe” eleitoral de Maduro.

Termino este artigo com uma frase de Roberto Campos sobre as eleições nas ditaduras de esquerda: “nestes governos não têm que se ganhar as eleições, mas sim ganhar as apurações”.

COPOM AVISA QUE EM CASO DE AUMENTO DA INFLAÇÃO VAI SUBIR OS JUROS

História de Célia Froufe e Fernanda Trisotto – Jornal Estadão

BRASÍLIA – A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, 6, reforçou que a autoridade monetária não “hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado”.

“O cenário marcado por projeções mais elevadas e mais riscos para a alta da inflação é desafiador, e o comitê avalia que o desenrolar do cenário será particularmente importante para definir os próximos passos de política monetária”, diz trecho do documento.

O comitê defendeu que a manutenção da Selic em 10,50% ao ano, de maneira unânime, na semana passada, é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta, de 3% em 2024. Segundo o Copom, a melhor estratégia é manter a taxa de juros por um tempo suficientemente longo, para levar a inflação à meta.

O BC indicou que a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no cenário de referência para 2024, está em 4,2% e, para 2025, em 3,6%. No comunicado e na ata, a autoridade monetária não indica qual será o ritmo de corte de juros na próxima reunião, marcada para 17 e 18 de setembro.

Copom defendeu que manutenção da Selic em 10,50% ao ano, de maneira unânime, na semana passada, é compatível com a estratégia de convergência da inflação Foto: Wilton Junior/Estadão

Copom defendeu que manutenção da Selic em 10,50% ao ano, de maneira unânime, na semana passada, é compatível com a estratégia de convergência da inflação Foto: Wilton Junior/Estadão© Fornecido por Estadão

A avaliação é que a política monetária se manterá contracionista por tempo suficiente em patamar que não só consolide o processo desinflacionário como também a ancoragem das expectativas.

“O comitê, unanimemente, optou por manter a taxa de juros inalterada, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam acompanhamento diligente e ainda maior cautela”, diz o documento.

O Copom destacou que os riscos para o cenário inflacionário são a desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; a maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado; e a conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário. Nesse caso, foi citado como exemplo uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada — o que tem ocorrido no Brasil.

A ata pontua que, sem prejudicar o objetivo de assegurar a estabilidade de preços, a decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

A ata reitera que o comitê se manterá vigilante e eventuais ajustes futuros na taxa de juros “serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.

O colegiado ainda destaca que a conjuntura atual tem um processo desinflacionário que tende a ser mais lento, com a ampliação da desancoragem das expectativas de inflação e um cenário global desafiador. Essa conjuntura demanda serenidade e moderação na condução da política monetária.

Política fiscal

A ata ressalta que o Copom monitora com atenção a política fiscal. O documento destaca que a percepção recente do mercado traz impactos relevantes em ativos e nas expectativas.

“Notou-se que a percepção mais recente dos agentes de mercado sobre o crescimento dos gastos públicos e a sustentabilidade do arcabouço fiscal vigente, junto com outros fatores, vem tendo impactos relevantes sobre os preços de ativos e as expectativas. O comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, diz a ata.

O colegiado reitera que políticas monetária e fiscal síncronas e contracíclicas “contribuem para assegurar a estabilidade de preços e, sem prejuízo de seu objetivo fundamental, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego”.

A ata também reforça a visão de que o esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal, o aumento do crédito direcionado e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia.

Mudança de tom

A menção à possibilidade de alta de juros deixou o documento com um tom mais hawkish (agressivo) do que o comunicado de semana passada, na avaliação do economista do ASA Leonardo Costa. “O Copom vê no modelo dele que as duas principais condicionantes de inflação, o câmbio e as expectativas, estão piores”, cita Costa, pontuando que, caso não haja melhora desses vetores, o Copom deverá elevar a Selic.

“O comitê, unanimemente, reforçou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado”, escreveu o colegiado na ata. O uso do termo “unanimemente”, acrescenta Costa, ainda serviu para “sanar” um ruído gerado na reunião de maio do comitê, quando a decisão dividida nos votos desagradou o mercado financeiro.

Na avaliação de Costa, o texto da ata, de maneira geral, mostrou o Copom tentando “ganhar tempo”, antes de tomar qualquer decisão. O ASA prevê Selic estável em 10,5% até o final de 2025, mas o viés é de alta.

Entre os pontos da ata divulgada nesta terça, o economista do ASA ainda destaca que o colegiado “tentou endereçar” algumas questões, como a grande volatilidade dos mercados globais. “Não acho que a ata esteja velha (por conta dos últimos dados mais fracos de atividade nos Estados Unidos). O mercado já melhorou um pouco hoje (terça, 6) e segue bastante dinâmico. A volatilidade está muito grande, e o Copom tenta endereçar isso”, disse Costa.

Para a equipe de macroeconomia da XP Investimentos, a ata reforçou a visão de que a chance de algum aperto adicional na política monetária, ou seja, elevação da taxa Selic, “está subindo”. A avaliação é que o documento do BC repetiu o tom mais conservador apresentado na semana passada.

A corretora, contudo, também continua prevendo em seu cenário-base que o juro não deve subir, mantendo-se em 10,5% até o final de 2025, “especialmente se a economia global se enfraquecer mais do que o antecipado”.

Na avaliação da XP, a ata esclareceu alguns pontos que haviam ficado “incertos” no comunicado da semana passada, como a discussão sobre o balanço de riscos para a inflação estar assimétrico ou não. “Em todos os casos, a ata esclareceu os pontos no sentido mais conservador (hawkish)”, diz a XP.

Já para a economista do BNP Paribas Laiz Carvalho, a ata veio bem mais dura do que o comunicado da semana anterior. Para ela, o documento traz elementos que já eram esperados pelo mercado e, por isso, será bem recebida.

Segundo ela, o parágrafo mais importante do comunicado é o que aponta para dois possíveis cenários dos próximos passos que serão tomados na política monetária. “Por um lado, essa estratégia pode ser de manter a taxa de juros parada por mais tempo, para fazer com que a inflação no horizonte de tempo relevante convirja para os 3% (da meta)”, indica Laiz. “Ou, por outro lado, o comitê unanimemente reforçou que não hesitará em elevar a taxa de juros para segurar a convergência da inflação à meta”, destaca.

Outro fator da ata ressaltado pela economista do BNP Paribas é a observação de que existem discussões dentro do BC sobre o balanço de riscos assimétrico. O mercado já tinha expectativas da alteração do balanço de riscos para assimétrico, no entanto, a mudança não foi feita ainda. Segundo a economista, o documento indica que, caso os movimentos vistos agora continuem de forma persistente, isso exigirá alguma ação do Banco Central./Com Daniel Tozzi Mendes e Anna Scabello

 

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