domingo, 4 de agosto de 2024

VÁRIOS PAÍSES RECONHECEM A VITÓRIA DA OPOSIÇÃO NA VENEZUELA MENOS O BRASIL

 

História de dw.com – DW Brasil

Vitória de Edmundo González foi reconhecida ainda por Peru, Equador, Costa Rica e Panamá. Comunidade internacional vê com desconfiança “resultados oficiais” proclamados por Nicolás Maduro e aguarda comprovação dos votos.

Os líderes oposicionistas Maria Corina Machado e Edmundo González Urrutia discursam para apoiadores em frente à sede da ONU em Caracas

Os líderes oposicionistas Maria Corina Machado e Edmundo González Urrutia discursam para apoiadores em frente à sede da ONU em Caracas© Alfredo Lasry R/Getty Images

Depois do Peru e dos Estados Unidos, a Argentina, o Uruguai, o Equador, a Costa Rica e o Panamá reconheceram a vitória do candidato da oposição à Presidência da Venezuela, Edmundo González Urrutia, em pleito realizado no último domingo.

O anúncio de Uruguai e Argentina veio nesta sexta-feira (02/08), um dia após o reconhecimento pelos EUA. Na sequência, Equador, Costa Rica e Panamá também se manifestaram. O Peru, primeiro a endossar González, já havia anunciado sua posição na terça-feira.

Com isso, chegam a sete os países que rejeitam a vitória de Maduro – seis na América Latina, todos liderados por governos de direita.

Ao se pronunciar em nome dos EUA na quinta-feira, o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, citou “evidências esmagadoras” de que González “recebeu a maioria dos votos na eleição presidencial da Venezuela em 28 de julho”.

Um dia depois, a chanceler argentina, Diana Mondino, afirmou na rede social X que “todos podemos confirmar, sem lugar para nenhuma dúvida, que o legítimo ganhador e presidente eleito é Edmundo González”.

Em seu pronunciamento, Mondino fez referência a um site da oposição venezuelana que compila atas eleitorais segundo o qual, com mais 81% dos registros digitalizados, González teria 67% dos votos. Já o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que ainda não divulgou a totalidade das atas que comprovariam o resultado final do pleito, alega que Maduro venceu com 51% dos votos contra 44% do opositor.

“A comunidade internacional, em sua maioria, vai aceitar que foi tudo uma grande fraude e que o ditador Maduro precisa sair do poder e dar lugar, de uma vez por todas, às ações democráticas e ao que o povo venezuelano deseja, que é viver em paz e democracia”, afirmou o porta-voz da Presidência da Argentina, Manuel Adorni, a jornalistas na Casa Rosada.

Logo em seguida à Argentina, o governo uruguaio fez coro aos EUA, citando também “evidências esmagadoras” e pedindo que a vontade do povo venezuelano “seja respeitada”.

Na quarta, o presidente uruguaio Luis Lacalle Pou, já havia dito se a Venezuela não divulgou as atas eleitorais da eleição, “é porque tem algo estranho”.

“Se você não mostra os documentos, é claro que há algo estranho”, afirmou Lacalle Pou a jornalistas. “Disse que a Venezuela é uma ditadura e mantenho isso.”

Argentina, Uruguai, Costa Rica, Panamá e Peru fazem parte do grupo de sete países que teve seu corpo diplomático expulso da Venezuela após contestarem os resultados da eleição venezuelana.

Oposição vai recorrer à Suprema Corte

As declarações de EUA e Argentina pressionam ainda mais o regime chavista, liderado por Nicolás Maduro, que há 11 anos preside a Venezuela.

Nesta sexta-feira, González, Maduro e outros oito candidatos que concorreram na eleição devem comparecer à Suprema Corte do país a partir das 15h de Brasília para darem início a uma auditoria da votação.

Tanto o CNE quanto a Suprema Corte, no entanto, são alinhados com Maduro. O órgão eleitoral, por exemplo, é presidido por Elvis Amoroso, um aliado do atual presidente.

O resultado divulgado pelo regime, que apontou a vitória de Maduro, tem sido contestado pela comunidade internacional, a exemplo da União Europeia e diversos países latino-americanos, que preferem esperar a divulgação total das atas para se manifestar sobre o tema.

Como consequência, além de expulsar os diplomatas de Argentina, Uruguai e Peru, o regime chavista também baniu representantes de Chile, Costa Rica, Panamá e República Dominicana.

A Argentina, em cuja embaixada na Venezuela se refugiaram seis opositores contra o regime de Maduro, aguarda para a madrugada deste sábado a chegada de seus diplomatas expulsos. Os prédios da diplomacia peruana e argentina são guarnecidos pelo Brasil.

Apuração paralela

A Plataforma Democrática Unitária (PUD), partido pelo qual González concorre, contesta os resultados divulgados pelo regime. A líder oposicionista María Corina Machado, que havia sido impedida pela Justiça controlada pelo regime de concorrer, garantiu já na segunda-feira que há meios para provar uma “vitória esmagadora” de González Urrutia nas eleições presidenciais.

Machado indicou que, de acordo com 73,2% das atas, Maduro obteve 2.759.256 votos, enquanto González, 6.275.182. A oposicionista explicou que todas essas atas foram verificadas, digitalizadas e disponibilizadas num portal de internet criado pela oposição.

Nesta quinta-feira, um estudo conduzido por pesquisadores brasileiros e estrangeiros a partir dessas atas também indicou que González venceu a eleição presidencial com 66,1% dos votos contra 31,3% de Maduro. O levantamento mostra inclusive que a oposição avançou sobre antigos redutos políticos do chavismo.

Mais de mil já teriam sido presos

De acordo com um levantamento feito pelo gabinete do advogado e ativista de direitos humanos Alfredo Romero, que trabalha para a ONG venezuelana Foro Penal, mais de mil pessoas foram presas nos últimos dias devido aos protestos que têm ocorrido em diferentes cidades do país.

Segundo declaração ao site independente Pitazo, ele assumiu a defesa de pelo menos 50 casos, entre eles os de onze menores de idade e um jovem com deficiência, que têm entre 15 e 17 anos.

Conforme a Foro Penal, pelo menos 11 pessoas morreram em protestos contra os resultados das eleições devido à repressão imposta pelo regime chavista. Outras organizações, porém, já falam em mais de 20 casos.

Diferenças para a época de Guaidó

Apesar do curso autoritário do chavismo ao longo das últimas décadas, as eleições parlamentares de 2015 pareciam ter interrompido esse processo, com a oposição obtendo a maioria dos assentos na Assembleia Nacional e encerrando os 16 anos de controle governista da Casa. No entanto, Maduro passou a governar ignorando o Legislativo.

Após regime declarar vitória de Maduro, protestos eclodiram por todo país

Após regime declarar vitória de Maduro, protestos eclodiram por todo país© Jesus Vargas/Getty Images

Em 2017, o Supremo dominado pelos chavistas suspendeu as prerrogativas da Assembleia Nacional controlada pela oposição e assumiu suas funções, numa ação descrita como “golpe de Estado” pelos críticos do regime.

Após essa manobra, Maduro convocou uma nova Assembleia Constituinte, cujos membros foram eleitos num pleito não reconhecido pela oposição e por grande parte da comunidade internacional. Esse órgão, controlado pelo chavismo, foi convocado para assumir as funções da Assembleia Nacional. A Assembleia Constituinte vigorou até 2020, quando foram realizadas novas eleições parlamentares, novamente numa votação contestada por opositores e vários países.

Em 2018, Maduro havia sido reeleito em um pleito marcado por irregularidades e que também não foi reconhecido por grande parte da comunidade internacional. Logo após o chavista assumir o segundo mandato, no início de 2019, o então presidente da Assembleia Nacional, o opositor Juan Guaidó se declarou presidente interino da Venezuela – sem eleições presidenciais diretas, portanto.

Guaidó foi reconhecido pelos Estados Unidos e por mais 60 países, além da Organização dos Estados Americanos (OEA). O país foi tomado então por grandes protestos contra Maduro, que atraíram milhares de venezuelanos. O “governo interino” deveria funcionar até que eleições livres fossem realizadas depois da renúncia de Maduro.

Mesmo com os grandes protestos e a grave crise econômica, a oposição liderada por Guaidó não conseguiu obter apoio dos militares e do Judiciário, e Maduro reforçou ainda mais seu controle sobre as instituições.

ELON MUKS DIZ QUE OS RESULTADOS DAS ELEIÇÕES NA VENEZUELA SÃO UMA VERGONHA PARA O DITADOR MADURO

 

História de Ryan Mac e Simon Romero – Jornal Estadão

Nos últimos quatro dias, Elon Musk se manifestou mais de 50 vezes sobre o presidente Nicolás Maduro, da Venezuela – e os comentários não foram nada elogiosos.

“Vergonha para o ditador Maduro”, escreveu Musk no X no domingo, quando chegaram os resultados da eleição presidencial da Venezuela, criticada como profundamente falha. Na manhã seguinte, Musk postou que havia ocorrido “uma grande fraude eleitoral por parte de Maduro”. Desde então, o homem mais rico do mundo também comparou Maduro a um burro e sugeriu que estaria disposto a lutar contra o líder autocrático em um combate corpo a corpo.

Musk, o presidente executivo de 53 anos da Tesla e da SpaceX, sempre criticou chefes de Estado, inclusive o presidente americano Joe Biden, no X. Mas os ataques contra Maduro, um dos símbolos proeminentes da esquerda na América Latina, destacaram-se por seu volume repentino e agressividade.

ARCHIVO- El director general de Tesla y SpaceX, Elon Musk, escucha una pregunta durante un evento en Washington, el 9 de marzo de 2020. (AP Foto/Susan Walsh, Archivo) Foto: Susan Walsh/AP

ARCHIVO- El director general de Tesla y SpaceX, Elon Musk, escucha una pregunta durante un evento en Washington, el 9 de marzo de 2020. (AP Foto/Susan Walsh, Archivo) Foto: Susan Walsh/AP

Eles faziam parte de um padrão de Musk de denunciar os ideais esquerdistas e o socialismo. Ele disse que vê na Venezuela um Estado falido, com uma economia em colapso, que ele culpa pela corrupção dos políticos de esquerda. Em algumas de suas postagens, o bilionário, que apoiou o ex-presidente Donald Trump na corrida presidencial dos EUA, sugeriu que os Estados Unidos poderiam se tornar como a Venezuela se os eleitores apoiassem o Partido Democrata em novembro.

Na verdade, Musk está usando a tempestade de fogo sobre a eleição da Venezuela para reforçar sua visão de mundo de que as forças socialistas e de esquerda estão degradando a sociedade global, disse Eugenia Mitchelstein, professora associada da Universidade de San Andrés, em Buenos Aires. Musk parece ter postado apenas uma vez sobre a política venezuelana antes de domingo, disse ela, e está usando as questões sobre a eleição do país para “marcar pontos políticos muito fáceis”.

“É o caso perfeito para que ele esteja do lado certo e faça alianças tanto com o Estado de Direito quanto com a política de direita”, disse Mitchelstein.

Musk não respondeu a um pedido de comentário feito pelo New York Times.

Os Estados Unidos e outros países denunciaram os resultados das eleições na Venezuela, que, segundo a autoridade eleitoral do país, mostraram Maduro como o claro vencedor sobre o principal candidato da oposição, Edmundo González. Os repórteres do New York Times testemunharam casos de intimidação de eleitores, e a autoridade eleitoral do país não havia divulgado uma contagem completa dos votos até a quarta-feira.

Em uma coletiva de imprensa na quarta-feira, Maduro respondeu aos comentários de Musk chamando o bilionário da tecnologia de “assassino”. Ele também acusou Musk de financiar manifestantes na Venezuela.

“Quem se mete comigo, murcha”, acrescentou Maduro.

President Nicolas Maduro dances outside the Miraflores presidential palace after electoral authorities declared him the winner of the presidential election in Caracas, Venezuela, Monday, July 29, 2024. (AP Photo/Fernando Vergara) Foto: Fernando Vergara/AP

President Nicolas Maduro dances outside the Miraflores presidential palace after electoral authorities declared him the winner of the presidential election in Caracas, Venezuela, Monday, July 29, 2024. (AP Photo/Fernando Vergara) Foto: Fernando Vergara/AP

Musk já havia se envolvido na política latino-americana por meio do X, o antigo Twitter, do qual é proprietário e que usou para influenciar a política global. Musk, que tem mais de 192 milhões de seguidores no X, falou sobre Jair Bolsonaro, o ex-presidente do Brasil, e Javier Milei, o presidente da Argentina, na plataforma. Os governos dos dois homens, que são conservadores, ofereceram vantagens comerciais à Tesla e à SpaceX.

Musk tem sido menos gentil com os líderes latino-americanos de esquerda. Em 2020, ele sugeriu que os Estados Unidos poderiam derrubar o partido socialista que havia sido eleito na Bolívia, um país com vastas fontes de lítio, um componente crucial nas baterias dos carros da Tesla.

“Vamos golpear quem quisermos!”, postou na época. “Lidem com isso.”

Pouco a perder

Musk tem pouco a perder financeiramente ao criticar Maduro, que chegou ao poder em 2013 e aprofundou o controle estatal sobre a economia da Venezuela. A Tesla não tem operações de fabricação ou lojas no país, embora alguns veículos elétricos da empresa tenham sido vistos nas ruas de Caracas, a capital. A Starlink, serviço de internet via satélite da SpaceX, também não está oficialmente disponível na Venezuela. E embora o X seja usado há muito tempo no país, inclusive por Maduro, ele tem poucos anunciantes que geram receita para a plataforma.

A conta de Maduro no X, que tem 4,8 milhões de seguidores, não tem uma marca de verificação cinza, normalmente reservada para entidades governamentais e políticos. Ela tem uma marca de seleção azul, que pode ser obtida mediante o pagamento de uma taxa de assinatura do X.

Desde a eleição da Venezuela, Musk tem atacado Maduro, que declarou vitória eleitoral. Além de acusar Maduro de fraude eleitoral, Musk disse que um burro sabe mais do que o presidente venezuelano e compartilhou vídeos de aparentes protestos e comícios do partido de oposição do país. Musk também criticou a maneira como Maduro lidou com o setor de petróleo e observou que seriam necessários “vários anos para reconstruir a produção de petróleo da Venezuela”.

“Maduro não é uma boa pessoa”, escreveu Musk na terça-feira. “A Venezuela merece algo muito melhor.”

Musk pode se mostrar um contraste útil para Maduro, já que o líder venezuelano procura desviar o foco das alegações de fraude eleitoral de seus oponentes. O antecessor imediato de Maduro, Hugo Chávez, usou essas táticas, atacando enviados diplomáticos e funcionários do governo dos EUA para estimular sua base. Maduro desafiou publicamente o Musk para uma briga, chamando-o de seu “arqui-inimigo”.

“Você quer uma briga? Vamos a ela, Elon Musk”, disse Maduro em rede nacional de televisão na terça-feira. “Como dizemos aqui: Se você quiser, eu quero”.

Musk, que disse no passado que se envolveria em combate físico contra o presidente Vladimir Putin, da Rússia, e Mark Zuckerberg, o executivo-chefe da Meta, respondeu na quarta-feira no X. (Ele não deu continuidade à realização das lutas).

“Eu aceito”, disse Musk. Se o Sr. Maduro perder, acrescentou, o “ditador” terá que renunciar.

PARA O GOVERNADOR DO RS O GOVERNO LULA FEZ MUITA PROPAGANDA E AJUDOU MUITO POUCO

 

História de Stêvão Limana, Julliana Lopes – CNN Brasil

Para Leite, governo Lula fez “muita propaganda” e pouca ajuda chegou ao RS

Para Leite, governo Lula fez “muita propaganda” e pouca ajuda chegou ao RS

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse ao CNN Entrevistas deste sábado (3), que as ações do governo federal para a reconstrução do estado precisam ser mais efetivas e mais rápidas. “O diálogo [com o governo federal] existe, a sensibilidade existe, ações são empreendidas, mas os resultados efetivamente entregues são muito menores do que aquele que a propaganda oficial apresenta. E é isso que gera um incômodo profundo. A solenidade e os anúncios são fartos, a propaganda é extensiva para manifestar o que estão se mobilizando, mas o que chega na ponta ainda é muito limitado”, disse. De acordo com os dados do portal Brasil Participativo, o governo Lula destinou, até agora, R$ 94,4 bilhões à reconstrução do Rio Grande do Sul. Destes, R$ 21,8 bilhões já foram concedidos aos gaúchos. No entanto, para Leite, a ajuda deixou de lado questões cruciais, como um programa de manutenção de emprego e renda, nos moldes do que ocorreu na pandemia da Covid-19, quando a federação custeou parte dos salários dos trabalhadores afetados. “Ao contrário do que se viu nos meses anteriores, de geração de emprego, e que o Brasil assistiu em maio e junho, o Rio Grande do Sul teve saldo negativo no Caged por conta dessa calamidade. O governo federal demorou a apresentar uma solução, se recusou a fazer uma reedição do que aconteceu na pandemia. Pedimos, insistimos, brigamos muito por isso. Demoraram a apresentar uma solução. A solução que apresentaram demorou a ser feita. A regulamentação é complexa, difícil”, afirmou. O governador também frisou que boa parte dos recursos destinados chega por meio de operações de crédito com acesso “burocratizado”. “Da forma como é colocado, às vezes pode parecer que chegou R$ 90 bilhões na conta do Estado ou das prefeituras, seja o que for. Não! Estamos falando aqui de boa parte, maior parte desse recurso, pelo menos R$ 70 bilhões, estamos falando de operações financeiras. Financiamentos que estão disponibilizados nos bancos, no BNDES, nos bancos públicos, no Banco Brasil, Caixa Econômica Federal, parte em cooperativas de crédito, no próprio Banco do Estado do Rio Grande do Sul, para as empresas acessarem e financiarem a sua reconstrução com juros subsidiados pelo governo. É verdade que estão sendo acessados. Mas, como eu disse, o acesso a esse recurso ainda é muito burocratizado”, disse. Resposta A CNN procurou representantes do governo federal sobre as falas do governador do Rio Grande do Sul. Foi enviada uma nota, assinada pelo ministro da Reconstrução do RS, Paulo Pimenta. Nela, Pimenta diz que “não vamos entrar em disputa política no momento em que o nosso foco é ajudar os gaúchos a garantirem um recomeço após as enchentes”. De acordo com a nota, “tão logo ocorreu o evento, o presidente Lula determinou atenção total do governo federal à situação no estado e a criação de um Ministério para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. As ações são efetivadas na atenção às pessoas, apoio às prefeituras, empresas e produtores rurais e o total de recursos e medidas de apoio destinados até o momento para o Rio Grande do Sul é de R$ 94,4 bilhões de reais”, informa a nota. “Seguimos trabalhando 18 horas por dia, sete dias da semana, para garantir a reconstrução do Rio Grande do Sul e a chance de um novo começo para as famílias gaúchas”, afirma Pimenta, em nota. https://stories.cnnbrasil.com.br/eleicoes-2024/saiba-quais-sao-os-beneficios-de-ser-mesario-voluntario-nas-eleicoes-2-2/

SEJA UM LÍDER ADMIRADO PELA EQUIPE E QUE RETÉM TALENTOS E SEJA EFICAZ

 

Renata Fonseca, psicóloga, especialista em Pessoas & Cultura e sócia da Refuturiza

80% dos funcionários pedem demissão por atritos com a liderança, o que enfraquece as empresas. Aprenda com grandes lideranças as 6 habilidades para ser um líder que retém talentos e é admirado pela equipe

Ser um líder eficaz vai muito além de apenas dar ordens. A liderança verdadeira envolve inspirar, guiar e desenvolver a equipe para alcançar os objetivos da organização. Segundo o levantamento da consultoria Michael Page, 8 em cada 10 funcionários que deixam seus empregos o fazem devido a questões relacionadas à insatisfação com a liderança, falta de oportunidades de crescimento ou falta de reconhecimento.

Para se tornar um grande líder, é essencial desenvolver determinadas habilidades, como autoconhecimento, boa comunicação, flexibilidade, proatividade, empatia e a habilidade de fornecer feedback construtivo. Estas habilidades ajudam a criar um ambiente de trabalho harmonioso e eficaz.

“A liderança não é uma habilidade inata, mas uma capacidade que pode ser desenvolvida com dedicação e prática. Com uma postura positiva, responsabilidade, visão de longo prazo e constante aprimoramento, você pode se tornar um líder valorizado e eficaz, capaz de inspirar sua equipe e alcançar grandes resultados”, afirma Renata Fonseca, psicóloga, especialista em Pessoas & Cultura e sócia da Refuturiza, ecossistema pioneiro a unir educação e empregabilidade.

Para quem deseja se desenvolver enquanto liderança, os cursos de Educação à Distância (EaD) surgem como uma excelente opção. Além de flexíveis, permitem que você adquira conhecimentos atualizados e relevantes sem sair de casa.

6 habilidades para se tornar um líder de sucesso

Aprenda com grandes líderes quais as habilidades a serem desenvolvidas e comece a colocá-las em prática desde já.

1) Postura positiva

“Não se é líder batendo na cabeça das pessoas. Isso é ataque, não é liderança”. A frase é de Dwight Eisenhower, presidente dos EUA entre 1953 e 1961, e ressalta que um líder com uma atitude positiva consegue extrair o melhor de sua equipe.

Segundo pesquisa da Harvard Business Review, as pessoas produzem melhores resultados quando estão satisfeitas e felizes. De acordo com o estudo, ser corporativamente feliz no trabalho faz com que os colaboradores tripliquem sua capacidade de inovação, sejam 31% mais produtivos e 85% mais eficientes.

Evite críticas excessivas, pessimismo e falta de transparência. Ao invés disso, valorize os acertos e motive sua equipe, criando um ambiente saudável e produtivo.

2) Responsabilidade e autonomia

Um dos fundadores da Apple, Steve Jobs disse certa vez que “não faz sentido contratar pessoas inteligentes e dizer a elas o que devem fazer”.

Bons líderes orientam, mas também dão autonomia para que a equipe descubra o melhor caminho para alcançar os objetivos. Autonomia, combinada com responsabilidade, incentiva a criatividade e a inovação.

3) Aprimoramento contínuo

Com mais de 25 milhões de livros vendidos apenas no Brasil, o psiquiatra Augusto Cury afirmou que “o maior líder é aquele que reconhece sua pequenez, extrai força de sua humildade e experiência da sua fragilidade”.

Um bom líder é aquele que reconhece suas limitações e busca constantemente se aprimorar, uma vez que a liderança é uma habilidade comportamental que pode ser desenvolvida com estudo e prática contínua. Esteja sempre atualizado com as melhores práticas e novas tendências.

4) Exemplo e inspiração

Liderar pelo exemplo é fundamental. Adlai Stevenson, político estadunidense, dizia que “é difícil liderar uma cavalaria se você não sabe montar a cavalo”.

Seja uma referência e inspiração para sua equipe, mostrando como agir e se comportar.

5) Desenvolvimento da equipe

Ex-presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln ressaltava que “a maior habilidade de um líder é identificar aptidões e desenvolver competências extraordinárias em pessoas comuns”.

O crescimento da equipe é fundamental para o sucesso coletivo, por isso um líder eficaz observa e lê os profissionais, incentivando-os a ampliar e desenvolver suas habilidades.

6) Visão de longo prazo

Fundador e presidente do Grupo Cartão de TODOS, Altair Vilar diz que “ninguém vive do passado, mas pode morrer dele”.

Líderes devem aprender com o passado, mas focar no futuro, planejando os passos de hoje para alcançar os objetivos de amanhã. Essa visão estratégica é essencial para a sustentabilidade e o crescimento da organização.

PROPÓSITO DE MARCA: POR QUE É IMPORTANTE E COMO DEFINIR O SEU

INOVAÇÃO SEBRAE MINAS GERAIS

No mercado de hoje, os consumidores têm uma infinidade de opções na ponta dos dedos. Além disso, as pessoas estão mais próximas das marcas e sempre atentas às falhas e às características daquelas não compatíveis com as suas.

Se sua marca não representa algo, não defende uma causa ou tampouco você tenha clareza do motivo de ela existir, além de propiciar que você ganhe dinheiro, isso demonstra que você pode estar em apuros. É por isso que você precisa saber mais sobre propósito de marca.

Neste artigo, vamos explorar não apenas o que é o propósito de uma empresa, mas também como definir o seu e trabalhar para cumpri-lo.

O QUE É PROPÓSITO DE MARCA?

O propósito da marca é a razão para a marca existir além de possibilitar o ganho monetário. É o principal ou os principais motivos que levam as pessoas a trabalhar em torno dos objetivos da empresa.

Se você quer um propósito de marca realmente poderoso, ele precisa estar relacionado ao produto ou serviço em si. Por exemplo, caso atue no setor educacional, seu objetivo pode ajudar ativamente no aprendizado e na formação das crianças.

Um restaurante especializado em comida de alguma região também é um bom exemplo. Além de simplesmente oferecer refeições em troca de dinheiro, aquela empresa pode ter como propósito difundir a cultura, resgatar tradições e oferecer experiências típicas de certo lugar.

A IMPORTÂNCIA DO PROPÓSITO DE MARCA

O propósito da marca é importante porque mostra aos seus clientes que você não é identificado apenas por seus produtos, serviços ou campanhas publicitárias, isto é, essa visão extrapola. Você tem um objetivo que é maior do que apenas obter lucro.

Novos clientes são atraídos pela ideia de que seus gastos podem fazer mais do que apenas ajudá-los a adquirir bens e serviços – podem fazê-los sentir parte de um esforço maior. Assim sendo, criar o seu propósito geralmente faz a diferença não só para conquistar consumidores, mas para transmitir a eles o senso de que estão gastando com algo que importa e que combina com os próprios objetivos.

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE VISÃO, MISSÃO E PROPÓSITO DE MARCA?

Na hora de fazer um planejamento estratégico, você provavelmente aprendeu a definir a Visão e a Missão de uma empresa. Outro ponto é que os valores de uma marca também são facilmente lembrados na hora de criar um negócio ou planejar o trabalho.

Mas e o propósito da marca? Onde entra nessa história? Vamos às diferenças entre cada um dos termos!

O propósito é o ‘por que’ você existe: a razão de ordem superior para ser uma marca ou empresa do que apenas ‘obter lucro’ ou ‘gerar valor para o acionista’.

Visão é ‘aonde’ você quer chegar: Este é o destino do que você quer que a marca ou a empresa seja no futuro (por exemplo, ‘Queremos ser o fornecedor líder mundial de X até 2030’).

Missão ou Missões da empresa são o ‘o que’ você deve fazer para chegar lá: podem ser iniciativas ou táticas específicas centradas no desenvolvimento de produtos, excelência operacional, estratégias de entrada no mercado ou comunicações de marca.

Os valores são o ‘como’ você gostaria de se comportar para alcançar o objetivo: Qual é a cultura organizacional de uma empresa ou organização? E quais são as qualidades ou o comportamento que valoriza: por exemplo, curiosidade, inclusão, diversidade de pensamento, etc.

COMO ENCONTRAR O PROPÓSITO DE MARCA

Se deseja definir seu propósito de marca ou criar um totalmente novo, você precisa ter certeza de que ele é autêntico, antes de mais nada.

Por exemplo, se o seu propósito centra-se na ética, é essencial que você demonstre integridade e credibilidade em todas as áreas do negócio – desde a contratação de pessoal até o fornecimento de material. Em um mundo no qual as notícias se tornam virais em questão de minutos, as empresas não podem se esconder dos escândalos e precisam minimizar esse risco, sendo genuínas.

ENTÃO, POR ONDE COMEÇAR O TRABALHO DE DEFINIR O PROPÓSITO DE MARCA?

A dica essencial é simples e direta. Veja o que o mundo precisa, o que seu cliente quer e o que você oferece. Seja honesto em relação à sua paixão como empresa, mas mantenha seu público-alvo e clientes em mente durante todo o processo. É uma ótima ideia aproveitar essa oportunidade para entender melhor, via pesquisa qualitativa, o que é importante para o seu cliente.

Além disso, não se esqueça do valor de sua equipe! Todos eles terão as próprias ideias sobre a marca e o que isso significa para eles.

Ao tentar descobrir o propósito da sua marca, pode ser tentador escolher um assunto popular como o “empoderamento feminino”, mas você precisa ser honesto sobre o que o inspira e partir daí.

Se o objetivo não corresponder ao seu produto ou serviço, ele não parecerá autêntico. Lembre-se: não precisa ser baseado em caridade, no desejo de mudar o mundo ou ser complexo demais.

Também é importante não entrar em pânico se você já tem um propósito de marca, mas percebeu que ele não combina com sua marca ou público. Basta mudá-lo! Os clientes esperam que as marcas cresçam e se modernizem, já que ter uma nova ideia é melhor do que continuar com uma inadequada.

COMO COMUNICAR O PROPÓSITO AO PÚBLICO?

Então, você decidiu o propósito da sua marca. Agora é hora de informar as pessoas sobre isso.

A maioria das marcas opta por não explicá-lo explicitamente, comunicando seu propósito de marca de forma que envolva e inspire o cliente, usando imagens e campanhas. Suas plataformas de comunicação de mídia, site e marketing impresso precisam ser consistentes e estar alinhadas buscando enviar a mesma mensagem.

Dependendo da sua estratégia e do tamanho do seu negócio, agora você pode começar a criar campanhas de marketing com base no seu objetivo. Slogans são uma ótima maneira de chamar a atenção das pessoas e mostrar a direção para qual você está indo.

Caso você represente uma empresa menor que não tem estrutura para criar grandes campanhas, o propósito da sua marca pode ser comunicado nas contas de mídia social e no ambiente do seu escritório.

Afora isso, lembre-se sempre de que ações valem mais do que palavras. Nesse caso, se definiu o seu propósito de forma honesta e verdadeira, você não terá problemas em mostrar no dia a dia do negócio a forma como ele é traduzido.

Já que estamos falando de propósito, que tal criar um Manual de Marca da sua empresa? Saiba como principais motivos que vão convencer você da importância de elaborar um manual de marca para o seu negócio.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

sábado, 3 de agosto de 2024

PISTA DE ATLETISMO NA OLIMPÍADA DA FRANÇA É ROXA

 

História de Daniel Vila Nova – Jornal Estadão

A coloração da pista de atletismo do Stade de France, em Saint-Denis, vem chamando atenção do público das Olimpíadas de Paris 2024. Ao invés do tradicional tom avermelhado adotado em outras competições da modalidade, o circuito olímpico agora é roxo.

A escolha da cor foi feita para combinar com a identidade visual dos Jogos Olímpicos da França e aumentar o contraste entre pista e competidores, facilitando a visibilidade. Essa não é a primeira vez que a tonalidade das pistas olímpicas é alterada. Nos Jogos do Rio de Janeiro, por exemplo, o circuito era azulado. As mudanças, no entanto, não param nas cores.

No Stade de France, a pista olímpica tem a coloração roxa pela primeira vez na história das Olímpiadas. Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP

No Stade de France, a pista olímpica tem a coloração roxa pela primeira vez na história das Olímpiadas. Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP

O COI apostou em uma nova tecnologia para a fabricação da pista. Além de ser mais sustentável, as pistas buscam melhorar o desempenho dos atletas e prevenir lesões. A grande revolução foi feita a partir de um novo material: conchas de moluscos bivalves, como mexilhões e amêijoas.

A empresa italiana Mondo, responsável pelas pistas olímpicas desde 1976, se aliou a Nieddittas, cooperativa de cultivo e pesca de mexilhões, para reutilizar as conchas dos animais na confecção do novo material.

De acordo com ambas as empresas, a utilização do carbonato de cálcio de moluscos afeta o meio ambiente de forma muito mais responsável e segura. O projeto foi realizado em parceria com o Laboratório de Engenharia de Polímeros do Politécnico de Milão.

Além das mudanças estéticas e sustentáveis, a nova pista também promete auxiliar na performance dos esportistas. Para isso, inúmeros estudos e pesquisas foram feitos visando aperfeiçoar o tamanho das bolhas de ar na camada inferior da pista. Dessa forma, a quantidade de energia absorvida e recuperada após o toque do atleta no chão foi otimizada.

MINISTRO DINO EXIGE TRANSPARÊNCIA E FISCALIZAÇÃO DAS VERBAS PARLAMENTARES PELO CGU

 

História de JULIA CHAIB, CÉZAR FEITOZA, CATIA SEABRA E RANIER BRAGON – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – As decisões do ministro do STF (Supremo Tribuna Federal) Flávio Dino sobre transparência e fiscalização das emendas parlamentares foram recebidas com críticas na Câmara dos Deputados e no Senado, que nos bastidores já articulam uma reação.

Parlamentares ouvidos dizem ver digitais do governo por trás da decisão de Dino, que foi ministro da Justiça de Lula (PT) até fevereiro.

Em 2022, quando a então ministra Rosa Weber decidiu proibir as chamadas emendas de relator –mecanismo com baixa transparência, que concentrava nas mãos da cúpula do Congresso a decisão sobre a divisão de bilhões em emendas–, o Congresso também reagiu e transferiu o modelo vetado para as emendas de comissões permanentes da Câmara e do Senado.

A reação do Congresso na ocasião tem os mesmos traços da que está sendo articulado neste momento. De um lado, parlamentares elevam as críticas segundo as quais o STF extrapola suas funções e busca legislar no lugar da Câmara e do Senado.

De outro, discutem mecanismos para evitar que a medida afete de forma significativa a efetiva execução das emendas, principalmente a dois meses das eleições municipais de outubro.

Uma das atitudes já decididas será recorrer da decisão de Dino, o que tende a levar o caso para o plenário da corte, formado por 11 ministros.

O alcance das decisões de Dino neste ano ainda é incerto. Isso porque a legislação eleitoral proíbe que o governo inicie processos para pagamento de emendas parlamentares até três meses antes das eleições.

A trava eleitoral se iniciou em 6 de julho. Resquícios de empenhos (quando determinada despesa tem seu dinheiro reservado) e pagamentos de emendas podem ser feitos durante esse período, caso os convênios com as prefeituras tenham sido fechados antes da janela eleitoral.

Integrantes do Planalto negam que tenham articulado a decisão do ministro do STF e afirmam que a posição do governo se limitou a responder a questionamentos do magistrado sobre como estavam sendo executadas as emendas. A decisão sobre dar mais transparência a essas verbas partiu exclusivamente de Dino, disse um ministro à reportagem.

Entre as medidas expedidas na quinta-feira (1º), Dino determinou que o governo só execute gastos de emendas de comissão que tenham prévia e total rastreabilidade.

As emendas de comissão têm sido usadas pelas cúpulas da Câmara e do Senado para distribuir entre parlamentares alinhados um valor de cerca de R$ 15 bilhões neste ano.

O ministro do STF também decidiu que parlamentares só podem destinar emendas aos estados pelos quais foram eleitos, e determinou que a CGU (Controladoria-Geral da União) audite todos os repasses de emendas parlamentares para ONGs e entidades do terceiro setor, de 2020 e 2024, além de todos os repasses de emendas Pix –modalidade de emenda individual que acelera o repasse de recursos diretamente para os caixas da prefeituras de aliados dos parlamentares nos estados.

Em decorrência das decisões, o governo suspendeu o pagamento de todas as emendas de comissão e dos restos das emendas de relator.

O comunicado sobre a suspensão foi enviado pela AGU (Advocacia-Geral da União) para todos os ministérios.

A expectativa no governo é que uma eventual derrubada da suspensão possa ocorrer na terça-feira (6). Flávio Dino marcou para esta data uma reunião técnica entre assessores do Supremo, do Congresso Nacional, do governo, do Ministério Público Federal e do TCU (Tribunal de Contas da União).

Na reunião serão esclarecidos quais procedimentos todas as partes envolvidas na execução das emendas parlamentares devem adotar para cumprir a decisão.

As emendas parlamentares somam quase R$ 52 bilhões em 2024. Os principais montantes são relativos às emendas individuais (R$ 25,1 bilhões), de comissão (R$ 15,5 bilhões) e de bancadas (R$ 8,5 bilhões). Há ainda R$ 2,7 bilhões de emendas em programações do governo.

Alas do governo divergem em relação à repercussão da decisão de Dino. Alguns comemoraram, mas outros manifestaram preocupação com o que pode ser a reação, principalmente do centrão. O grupo é parceiro formal do governo, mas sua fidelidade é oscilante e ele tem nas emendas o seu principal instrumento de manejo político.

Um ministro ouvido reservadamente pela reportagem considera positivas as mudanças propostas pelo STF para dar transparência às emendas de comissão.

A avaliação é a de que o ministro do Supremo queria alterar o modelo desde que assumiu mandato de senador e fez discursos sobre o tema. Por isso, a leitura é que Dino não desistirá de alterar a forma como algumas emendas são destinadas hoje em dia.

Em outra frente, dois ministros disseram acreditar que a determinação da corte pode piorar a relação entre Congresso e governo. Isso porque parlamentares veem influência de aliados de Lula na posição de Dino sobre as emendas.

Esses dois auxiliares do presidente defendem a posição de que o ministro deveria ter determinado ao Parlamento mudar as regras de distribuição de emendas e incluir as novas normas na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) em vez de ter proferido uma decisão a ser cumprida.

O alcance e os detalhes da decisão ainda são tratados como dúvida entre técnicos do Congresso e mesmo no governo. A expectativa desse grupo é que a reunião da próxima terça sirva para esclarecer como deve se dar a transparência exigida por Dino e o papel de Congresso e da União na mudança de modelo.

PRIMEIRO OURO PARA O PAÍS NA OLIMPÍADA DE PARIS

 

História de Murillo César Alves – Jornal Estadão

“Eu sou campeã olímpica”. Assim que deixou o tatame, Beatriz Souza, às lágrimas, mal conseguia acreditar no que acabara de realizar em Paris. Uma semana depois do início dos Jogos, o Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro pelas mãos da estreante nos Jogos Olímpicos. Quinta do ranking mundial, a brasileira de 26 anos viu favoritos da modalidade caírem ao longo dos últimos dias, antes de viver seu próprio ‘conto de fadas’ em Paris e quebrar o jejum que o judô vivia desde 2016.

Em Tóquio-2020, nenhum judoca chegou ao topo do pódio na modalidade; até esta sexta-feira, o cenário parecia se repetir. Bia deixou sua família no Brasil para competir, sozinha, em Paris. “Deu certo, pelo visto eles não virão na próxima Olimpíada”, disse a judoca, ainda emocionada, na Arena de Marte. A conquista transforma o judô, com Bia, Mayra Aguiar e Sarah Menezes, na modalidade feminina que mais rendeu medalhas de ouro ao Brasil.

Beatriz Souza se emocionou após sua primeira conquista olímpica. Foto: Luis Robayo/AFP

Beatriz Souza se emocionou após sua primeira conquista olímpica. Foto: Luis Robayo/AFP

“Deu certo, mãe, eu consegui, eu consegui, eu consegui! Foi pela vó, eu amo vocês mais que tudo, eu amo vocês.” O que torna a conquista de Bia especial é a dramaticidade da campanha brasileira em Paris. Depois de tropeços Rafael Silva, o ‘Baby’, Rafaela Silva e Mayra Aguiar, o Brasil chegou ao último dia de disputa do judô individual com uma prata (Willian Lima) e bronze (Larissa Pimenta).

Eliminado nesta sexta-feira, Baby, que não deve estar presente em Los Angeles-2028, exaltou Bia. O Brasil ainda disputará o judô por equipes neste sábado, 3, mas disse que iria torcer pela companheira. Nos últimos Jogos, Bia não conseguiu se classificar. Ela competiu por uma vaga, mas a selecionada para representar o Brasil na categoria acima de 78kg na ocasião foi Maria Suelen Altheman, que lesionou o joelho no torneio. Hoje, a antiga rival é sua treinadora no Esporte Clube Pinheiros, onde ambas praticam.

Beatriz Souza conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris. Foto: Eugene Hoshiko/AP

Beatriz Souza conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris. Foto: Eugene Hoshiko/AP

Uma ‘rival’ que se tornou treinadora e com o peso de um ‘jejum’ de ouros do Brasil – no judô e em Paris. Esses elementos acompanharam a jornada de Bia na Olimpíada. Quinta do ranking mundial, começou sua caminhada olímpica contra Izayana Marenco, judoca da Nicarágua – 77ª no ranking. Favorita, correspondeu às expectativas e avançou sem dificuldades: ippon em menos de um minuto de combate. Esse, no entanto, foi o único combate que a judoca enfrentou alguém abaixo de seu ranking.

Ela não é uma azarona, propriamente dito. Mas todas as adversárias que encarou depois das oitavas estavam melhor colocadas na categoria acima dos 78 kg. Hayun Kim, nas quartas (4ª colocada no ranking); Romane Dicko (1º lugar) na semifinal; e Raz Hershko, de Israel, número dois do mundo. No primeiro, vitória por waza-ari; no segundo, imobilização; na final, novo waza-ari e domínio sobre Hershko.

Bia eliminou favoritas ao título para chegar ao pódio. Foto: Luis Robayo/AFP

Bia eliminou favoritas ao título para chegar ao pódio. Foto: Luis Robayo/AFP

Primeira, segunda e quarta colocada no ranking. Somando os quatro combates, Bia passou ilesa. Sem nenhum golpe sofrido. Caminhada histórica que, para a atleta, começou aos 13 anos, quando deixou sua casa em Itariri, no interior de São Paulo, para a capital paulista, onde permanece até então. E no pódio, dividiu espaço com as outras três judocas, que eliminou ao longo de seu último capítulo nesta jornada.

“A luta mais difícil não é nem contra minhas adversárias, mas contra mim mesmo. A gente abdica de muitas coisas para estar aqui”, afirmou, categoricamente, na Arena de Marte, que contou com a presença de Emannuel Macron, presidente da França, e Teddy Riner, tricampeão olímpico no mesmo dia e que acendeu a pira olímpica em Paris. “Parabéns para ele. Merece muito. Mas hoje é meu dia.” Não só o dia, mas o ano de Bia, campeã olímpica.

CASHBACK VANTAGENS E DESVANTAGENS PARA O CONSUMIDOR

História de Thatyana Costa – Catraca Livre

Cashback

Cashback© IStock

O cashback, ou “dinheiro de volta”, é um conceito que tem ganhado cada vez mais popularidade entre os consumidores brasileiros.

Este sistema consiste na devolução de uma parte do valor gasto em uma compra, incentivando o cliente a adquirir produtos ou serviços e, em contrapartida, receber uma recompensa financeira.

Diferente de um desconto direto no preço, o cashback oferece ao consumidor a sensação de ganho a cada compra realizada, o que pode influenciar positivamente seu comportamento de consumo.

O funcionamento do cashback é relativamente simples. Ao realizar uma compra em uma loja física ou online que ofereça o benefício, o consumidor acumula um percentual do valor gasto em uma carteira virtual.

Esse percentual varia conforme a política de cada estabelecimento ou plataforma de cashback. Posteriormente, o montante acumulado pode ser utilizado para novas compras, transferido para uma conta bancária ou, em alguns casos, resgatado como crédito em lojas parceiras.

Plataformas e aplicativos especializados em cashback têm proliferado, facilitando o acesso dos consumidores ao benefício.

Essas plataformas geralmente têm parcerias com uma vasta rede de lojas e serviços, proporcionando ao usuário uma experiência mais conveniente e centralizada.

Para usufruir do cashback, o cliente deve se cadastrar na plataforma, fazer compras por meio dos links disponibilizados ou apresentar seu cadastro no momento do pagamento em lojas físicas.

Vantagens e desvantagens do cashback

O cashback oferece diversas vantagens tanto para consumidores quanto para comerciantes. Para os consumidores, a principal vantagem é a economia proporcionada a longo prazo. A sensação de receber parte do dinheiro de volta pode tornar a experiência de compra mais satisfatória e recompensadora. Além disso, o acúmulo de cashback pode ser um incentivo para planejamento e controle financeiro, uma vez que o valor devolvido pode ser destinado a futuras compras ou economias.

Para os comerciantes, o cashback pode ser uma poderosa ferramenta de marketing e fidelização. Oferecer cashback pode atrair novos clientes e incentivar a recompra, uma vez que os consumidores tendem a preferir lojas que oferecem algum tipo de benefício adicional. Isso pode resultar em um aumento no volume de vendas e na construção de uma base de clientes leais.

No entanto, o cashback também apresenta algumas desvantagens e desafios. Para os consumidores, é importante estar atento às condições e regras de cada programa de cashback. Alguns programas podem impor restrições sobre como e quando o cashback pode ser utilizado, o que pode frustrar as expectativas do consumidor. Além disso, é crucial evitar compras desnecessárias apenas para acumular cashback, pois isso pode levar a um desequilíbrio financeiro.

Para os comerciantes, a implementação de um programa de cashback pode representar um custo adicional. É necessário avaliar se o aumento nas vendas e na fidelização compensa os gastos com a devolução de parte do valor das compras. Além disso, a competição entre lojas que oferecem cashback pode se intensificar, exigindo estratégias diferenciadas para se destacar no mercado.

 

VOCÊ ABRE UM NEGÓCIO SÓ COM O PROPÓSITO DE FICAR RICO?

História de Bruna Klingspiegel – Jornal Estadão

Seu propósito de vida ao empreender é ficar rico? Essa é uma questão comum no mundo dos negócios. Muitos associam sucesso profissional ao enriquecimento. Mas, o que acontece quando esse é seu propósito desde o início? É possível sustentar esse objetivo a longo prazo? Como criar um negócio a partir dessa visão sem sacrificar princípios éticos e responsabilidade social?

Para a especialista em carreira Patricia Schuindt, não há problema em visar a riqueza ao empreender. Contudo, ela alerta para o risco de tal objetivo comprometer a integridade e a ética nos negócios. Segundo ela, a busca pela riqueza, por si só, não é problemática, mas deve ser acompanhada de práticas responsáveis e estratégicas.

Além disso, ela ressalta a importância de ter um propósito claro e sustentável a longo prazo para evitar que o foco no enriquecimento se torne contraproducente.

“Quando empreender para ficar fico é um pensamento imediatista, quase de fuga da realidade, ou uma obsessão, na qual a pessoa não entende e não considera o processo difícil do empreendedor, até chegar lá, pode ser perigoso.”

Especialistas dizem se objetivo de ser rico pode atrapalhar um negócio. Foto: khosrork - stock.adobe.com

Especialistas dizem se objetivo de ser rico pode atrapalhar um negócio. Foto: khosrork – stock.adobe.com© Fornecido por Estadão

Estratégia muda a partir das motivações

A professora de liderança e comportamento da Fundação Dom Cabral Luciana Ferreira explica que os empreendedores têm diferentes razões para entrar nos negócios, e isso muda como eles atuam no mercado.

Ela levanta uma pergunta: os empreendedores estão nisso pelo dinheiro ou pela paixão? Muitos diriam que é pelos dois, e isso pode ser verdade.

Essas motivações não só influenciam as decisões que eles tomam sobre seus produtos, mas também como eles gerenciam suas empresas.

Algumas pessoas podem focar em fazer mais dinheiro, enquanto outras podem querer melhorar o bem-estar dos seus clientes e funcionários.

Para a especialista, com mais gente questionando o que realmente significa ter sucesso, o mercado está mais variado em termos de como os empreendedores pensam e agem. O empreendedor precisa ter clareza sobre o seu propósito, seja ele qual for.

“Todo propósito envolve uma escolha estratégica e, como tal, trará consequências positivas e negativas sobre o seu empreendimento. É importante que o empreendedor saiba escolher, então, não apenas o seu propósito, mas também que consequências terá para os negócios.”

Quais são os riscos em focar em ganhar dinheiro?

Focar apenas em ficar rico nos negócios pode ser arriscado, diz o consultor de negócios Luiz Gaziri. Ele ressalta que muitas vezes a preferência por ganhos imediatos pode levar a decisões prejudiciais e até desonestas, em detrimento de benefícios maiores a longo prazo.

“Não que o dinheiro não seja importante. Ele é, mas não deve ser o principal motivo de um negócio existir. O dinheiro é uma consequência de um trabalho bem feito”, declara o especialista.

Patricia Schuindt reforça esse ponto, destacando que escolhas antiéticas podem surgir em qualquer contexto. O caráter individual é crucial, e qualquer pessoa, independentemente de suas metas financeiras, pode agir de forma inadequada. Ela afirma que a obsessão por qualquer coisa pode nos cegar e nos levar a armadilhas.

“Se a meta de ficar rico não atrapalhar isso, tudo bem. Pode até auxiliar no sentido de pensar em como trazer melhor rentabilidade, como fazer o negócio dar tão certo para alcançar o sonho de ser rico.”

O foco das empresas, segundo ela, deve estar em seus objetivos centrais, como a manutenção de uma saúde financeira robusta e um crescimento sustentável.

 

A NEGOCIAÇÃO MAIS IMPORTANTE DA SUA VIDA É COM VOCÊ MESMO

História de Camila Farani – Forbes Brasil

A arte da negociação está presente em praticamente todas as esferas da nossa existência, e é crucial para alcançarmos nossos objetivos pessoais e profissionais. No entanto, há uma negociação que muitas vezes negligenciamos, mas que é fundamental para o sucesso em todas as outras: a negociação consigo mesmo.

Vocês já pararam para refletir sobre a importância da negociação em suas vidas? Quando pensamos em negociação, geralmente imaginamos duas partes diferentes tentando chegar a um acordo mútuo. Mas e se eu te disser que a negociação mais importante que você fará na vida é aquela que ocorre dentro de sua própria mente? Antes de fechar qualquer acordo com outra pessoa, é essencial que você esteja alinhado consigo mesmo, que tenha clareza sobre seus objetivos, valores e limites.

Negociar com você mesmo exige uma boa dose de inteligência emocional. Você precisa ser capaz de gerenciar suas emoções, superar seus medos e dúvidas, e tomar decisões racionais e estratégicas. Afinal, é fácil ceder às tentações do momento ou sucumbir à pressão externa, mas somente aqueles que conseguem lidar com suas emoções são capazes de fazer escolhas verdadeiramente assertivas.

Um exemplo emblemático dessa negociação interna é a decisão de investir em um novo projeto. Você pode estar cheio de dúvidas e incertezas, questionando se está preparado para assumir um desafio, se possui os recursos necessários ou se conseguirá lidar com os possíveis obstáculos pelo caminho. Inclusive, existe uma frase que corrobora com esta reflexão e que costumo citar em momentos pontuais ao negociar internamente comigo: “Os passos mais importantes de nossas vidas são feitos trêmulos”. Percebem que nesse momento eu começo a negociar comigo mesma de forma que eu me motive e não me permito deixar que as adversidades tomem conta do cenário de incerteza?

É nesse momento que entra em cena a negociação consigo mesmo: pesando os prós e contras, analisando suas capacidades e limitações, e buscando encontrar um equilíbrio entre seus desejos e suas responsabilidades. Não é à toa que 75% dos empreendedores relatam que a habilidade de negociar consigo mesmo é fundamental para o sucesso nos negócios, de acordo com uma pesquisa recente da Harvard Business Review. Isso mostra que você não está sozinho nessa jornada e que a importância dessa habilidade é reconhecida pelos grandes líderes empresariais das big companies

Não subestime o poder da maior e mais importante negociação: aquela que é feita com você mesmo. Ela é a base para todas as outras negociações as quais você irá enfrentar em sua jornada empreendedora. Cultive sua inteligência emocional, aprenda a ouvir sua voz interior e tome decisões com convicção e determinação. Assim, você estará mais preparado para enfrentar todo desafio que surgir em seu caminho, em diferentes níveis.

Não afirmo aqui que a trajetória de uma negociação é fácil. Lembra dos passos trêmulos dos quais falei anteriormente? É muito provável você lide com questões de insegurança, questionamento e dúvida ao tomar uma decisão de abrir um negócio, fechar acordos com parceiros ou apresentar um novo projeto, mas se a sua tomada de decisão estiver enraizada em uma sólida jornada de estudos, pesquisa, dados e estratégia, por que não dar esse passo em direção ao próximo nível? O passo trêmulo será fundamental e necessário, afinal de contas ele é o potencializador e futuro promotor dos seus resultados.

Negocie com você sempre. Sem isso, seus recursos internos ficam inacessíveis, especialmente nos momentos de alta pressão e adversidade. Quantas vezes você já negociou com você mesmo somente no dia de hoje?

Camila Farani é Top Voice no LinkedIn Brasil e a única mulher bicampeã premiada como Melhor Investidora-Anjo no Startup Awards 2016 e 2018. Sócia-fundadora da G2 Capital, uma butique de investimentos em empresas de tecnologia, as startups.