terça-feira, 30 de julho de 2024

PREÇO DA ENERGIA ELÉTRICA PODE SUBIR COM O USO DE TERMELÉTRICAS

História de FÁBIO PUPO – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Abrace, associação que representa consumidores de energia, enviou à ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) um pedido para usar estratégias que evitem o acionamento de termelétricas durante o período seco. Essas usinas foram colocadas em sobreaviso devido à queda no nível dos reservatórios e à demanda ainda em alta.

O cenário já pressiona o preço de energia usado como referência em negociações do setor, que subiu nas últimas semanas em meio à chegada do tempo seco e de chuvas abaixo do esperado na maior parte do país.

O chamado PLD (Preço de Liquidação de Diferença, usado em negociações de curto prazo e que leva em conta fatores como oferta, demanda e condições hidrológicas) já vinha mostrando elevação pontual em alguns horários do dia -principalmente no começo da noite, quando as usinas solares param de gerar energia e a demanda continua em alta. Agora, o aumento passou a se refletir em indicadores mais amplos, como a média semanal.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, desde o fim de junho foi observada com mais frequência a redução da disponibilidade de hidrelétricas para atendimento da carga nos períodos próximos às 18h. Isso resultou na necessidade de acionamento de usinas termelétricas, mais caras, e em um despacho de hidrelétricas com valor da água elevado.

Se de janeiro até meados de junho o indicador permaneceu em R$ 61,07/MWh, na última semana de junho passou para R$ 71,39/MWh (aumento de 16%). Na semana seguinte, foi para R$ 111,88/MWh (83% mais do que o valor observado em quase todo o primeiro semestre). Mais recentemente, em meados de julho, esses valores arrefeceram -mas permaneceram 28% acima da primeira metade do ano, em R$ 78,23/MWh.

“Esse comportamento é esperado no período tipicamente seco (redução das chuvas), como o atual, e especialmente quando há a elevação da carga, como reflexo da temperatura ou de outros fatores”, afirma o ministério, em nota. “Eventuais cenários de atenção serão devidamente avaliados e comunicados com transparência e tempestividade”, diz a pasta.

O aumento do PLD, que deve ficar em R$ 90/MWh na média de julho, encarece o custo de empresas expostas à negociações que envolvam o indicador e pode encarecer o custo de grandes companhias que fecham contratos de longo prazo no mercado livre caso elas precisem fechar os termos neste momento.

Marcelo Sá, economista do Itaú BBA, afirma que a elevação vai causar efeitos para os próximos calendários. “A gente tem expectativa que o PLD vai subir nesse segundo semestre, e isso afeta os contratos para os anos seguintes”, afirma.

Apesar de não gerar um reflexo instantâneo para os consumidores comuns, o PLD pode levar à aplicação de uma tarifa mais cara para a população por meio de decisão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), por ser um dos fatores usados na determinação das chamadas bandeiras tarifárias.

O sistema de bandeiras, adotado em 2015, transfere de forma mais imediata ao consumidor os eventuais aumentos na geração de energia, dando transparência e estimulando um consumo consciente. Até então, o repasse de preços acontecia só nos reajustes anuais.

Entre os cenários considerados pelo mercado, há a possibilidade não apenas de PLDs maiores nos próximos meses como, em menor grau, da aplicação da chamada bandeira vermelha em parte do resto do ano.

Um mês atrás, a Aneel havia determinado que em julho vigoraria a bandeira amarela -após 26 meses sem necessidade de cobranças extras. Na última sexta (26), a agência anunciou que, apesar de menos chuvas para o mês, o volume de água na região Sul tornou possível o retorno da bandeira verde em agosto.

Procurada, a CCEE, responsável pelo cálculo do PLD, afirmou que o consumo de energia cresceu 6,8% no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, impulsionado por um avanço da atividade econômica e temperaturas mais elevadas em todos os estados.

A entidade prevê preços próximos ao piso de R$ 61/MWh ou com elevações momentâneas até dezembro, o que elevaria a média do ano para cerca de R$ 100/MWh. Alexandre Ramos, presidente do conselho da CCEE, trabalha com um cenário dentro do esperado e diz que a situação “indica uma oferta com baixo custo e mais do que capaz para atender ao consumo do país”.

Apesar disso, neste mês um comitê formado por membros do governo e entidades de energia pediu ao ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) que demande de termelétricas as medidas necessárias para garantir máxima disponibilidade durante o período seco de 2024. Com acionamento maior desse tipo de geração, a energia tende a ficar ainda mais cara.

O pedido foi feito após avaliação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que reúne MME, Aneel, CCEE, o próprio ONS e outros órgãos.

O eventual acionamento de termelétricas preocupa a Abrace (associação que representa os consumidores de energia), que decidiu procurar o ONS nesta semana para evitar o cenário. A entidade teme a geração de custos que poderiam ser evitados.

A Abrace afirma que a situação hidrológica é menos favorável quando comparada aos dois últimos anos e que isso vai exigir estratégias adicionais para atender à demanda no segundo semestre. Por outro lado, defende que antecipar o despacho termoelétrico encarece ainda mais a tarifa de energia do consumidor brasileiro.

“Onde existe uma luz amarela? Em outubro ou novembro, quando você está no auge do desabastecimento dos reservatórios principalmente no Sudeste, e ainda mais se estivermos em dias muito quentes, com geração eólica muito ruim. Pode gerar um problema de potência em algumas horas e existir a possibilidade de o operador ter que ligar térmicas caras para atender as necessidades”, afirma Victor Iocca, diretor de Energia Elétrica da Abrace.

Ele sugere o uso de alternativas por parte da Aneel, como remunerar empresas que reduzirem o consumo em determinadas horas do dia -uma medida mais barata que o uso das termelétricas, que pode custar 50 vezes o patamar normal. “Essa operação é caríssima, e quem vai pagar são todos os consumidores”, diz.

A primeira redução de demanda no modelo atual, de acordo com a Abrace, ocorreu em novembro de 2023 e a ferramenta vem sendo utilizada desde então, chegando a julho de 2024 com aceites de oferta de redução de demanda em praticamente todos os dias do mês, sendo a maior delas de 112 MW no dia 11 de julho de 2024.

A entidade afirma que há também outra possibilidade, o chamado produto por Disponibilidade, para o qual toda a modelagem com o desenvolvimento das regras e minuta de edital estão prontas e dependem apenas de aprovação pela Aneel.

LEI AMERICANA PROÍBE BARACK OBAMA DE CONCORRER ÀS ELEIÇÕES POR MAIS DE DUAS VEZES

 

História de Pedro Freitas – Mega Curioso

Desde a recente decisão do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de não concorrer a reeleição do cargo em 2024, surgiram diversas especulações sobre candidatos que poderiam substituí-lo. O nome mais cotado para o momento é o da então vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, mas a disputa permanece aberta.

Nas redes sociais, muitas pessoas se questionam: Barack Obama poderia concorrer à presidência novamente? A resposta mais curta é não. Obama está inelegível por conta da 22ª Emenda da Constituição dos EUA, que foi ratificada em 1951 em resposta à presidência sem precedentes de quatro mandatos de Franklin D. Roosevelt. Entenda mais sobre o caso.

A proibição de Obama

Por conta da 22ª Emenda da Constituição dos EUA, Barack Obama não poderá ser o substituto de Joe Biden. (Fonte: Getty Images)

Por conta da 22ª Emenda da Constituição dos EUA, Barack Obama não poderá ser o substituto de Joe Biden. (Fonte: Getty Images)© Fornecido por Mega Curioso

Segundo a 22ª Emenda dos EUA, “nenhuma pessoa será eleita para o cargo de presidente mais de duas vezes, e nenhuma pessoa que tenha exercido o cargo de presidente por mais de dois anos de um mandato para o qual outra pessoa foi eleita será candidato ao cargo de presidente mais de uma vez”. Com isso, a legislação norte-americana garante que ninguém que serviu dois mandatos será elegível novamente — mesmo após um intervalo.

O indicado democrata para substituir Biden deverá ser decidido durante a Convenção Nacional Democrata, marcada para acontecer em Chicago entre os dias 19 e 22 de agosto. Como o atual presidente não pode indicar um substituto, seus delegados deverão determinar o candidato do partido.

A saída de Joe Biden da corrida eleitoral se deu após o presidente demonstrar claros sinais de confusão em seus últimos discursos. Durante uma reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), por exemplo, Biden trocou os nomes de Putin e Zelensky — os presidentes de Rússia e Ucrânia, respectivamente. Além disso, durante um debate, o ex-candidato democrata também chamou seu concorrente Donald Trump de seu “vice-presidente”.

Corrida eleitoral dos EUA

A vice-presidente Kamala Harris desponta como favorita para assumir o cargo de candidata democrata nas eleições de 2024. (Fonte: Getty Images)

A vice-presidente Kamala Harris desponta como favorita para assumir o cargo de candidata democrata nas eleições de 2024. (Fonte: Getty Images)© Fornecido por Mega Curioso

Com a saída de Biden, alguns democratas estão otimistas pela possibilidade de rejuvenescer o partido, dando liberdade para que uma nova liderança surja. A primeira na lista parece ser a vice-presidente Kamala Harris, que entrou na história como a primeira vice-presidente mulher dos EUA. Caso fosse eleita, Harris também seria a primeira presidente mulher na história do país.

Além dela, outra mulher com grande influência no partido é Gretchen Whitmer, governadora do Michigan desde 1º de janeiro de 2019. Ela serviu anteriormente na Câmara dos Representantes de Michigan de 2001 a 2006 e no Senado do estado de 2006 a 2015, atuando como líder da oposição.

Em terceiro lugar, especialistas apontam para Gavin Newson, o 40º governador da Califórnia desde 7 de janeiro de 2019. Anteriormente, ele havia servido como vice-governador do estado e também como prefeito de São Francisco. Em meio ao caos democrata, quem parece sair favorecido com a situação é o candidato republicado para as eleições de 2024 Donald Trump, que pode acabar voltando ao cargo de presidente após sua última passagem em 2021.

ZEMA TEM ESPERANÇA QUE BOLSONARO SEJA DESCONDENADO DA SUA INELEGIBILIDADE COMO ACONTECEU COM OUTROS DESCONDENADOS POR CRIMES

 

História de admin3 – IstoÉ

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta segunda-feira, 29, que a inelegibilidade do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) pode ser revertida até as próximas eleições presidenciais, em 2026. Para o gestor mineiro, Bolsonaro seria a melhor opção para o pleito por ser o “responsável” por trazer o ressurgimento da direita no País.

Sem mencionar nomes, Zema alfineta o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que foi preso em 2018 pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato e solto depois de 580 dias após decisão no Supremo Tribunal Federal sobre segunda instância. O governador nega que tenha qualquer problema com o petista e que ambos apenas diferem nas propostas.

“Tudo muda na política. Aqui no Brasil de repente alguém é condenado e ninguém esperava, alguém é ‘descondenado’ também, não é isso? Já tivemos tantos ‘descondenados’ aqui, por que não ele?”, indagou o político durante entrevista à CNN.

Em junho do último ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Bolsonaro inelegível até 2030 por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação. A Corte considerou que o ex-presidente usou do cargo para espalhar desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro a fim de alcançar ganhos no pleito.

O governador de Minas Gerais está em seu segundo mandato, por isso não pode concorrer novamente para o mesmo posto nas próximas eleições. Ele afirma que apesar do histórico recente na política, deseja trabalhar na próxima corrida eleitoral. “Eu estarei participando ativamente da campanha de 2026 apoiando candidatos liberais”, diz.

Zema relata não saber quais serão os nomes para o pleito, mas conta que analisa as possibilidades para ver quem seria o candidato mais viável com outros governadores aliados, como Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo; Ronaldo Caiado (União Brasil) de Goiás; Ratinho Júnior (PSD) do Paraná; Eduardo Leite (PSDB) do Rio Grande do Sul e Mauro Mendes (União) do Mato Grosso.

“Eu posso ser um apoiador, posso ser um candidato, o que quero é contribuir para um País melhor. Posso ser um candidato a presidente, posso simplesmente ajudar a varrer a sujeira de Brasília. Em ambos os casos, quero estar contribuindo”, fala Zema a respeito dele ser um representante para a direita. Também neste mês, ele não descartou a ideia, mas disse que, se fosse para ser um candidato do bolsonarismo e “chegar lá de pés e mãos amarradas”, prefere que outra pessoa concorra. Na ocasião, o político disse enxergar Tarcísio como nome mais forte para enfrentar a esquerda.

PSDB VAI PROCESSAR LULA POR PROPAGANDA ELEITOREIRA

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

O PSDB acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de usar a rede nacional de rádio e televisão na noite deste domingo, 28, para fins “eleitoreiros”, e afirmou que acionará a Justiça contra o governo federal. O anúncio foi feito pelo presidente nacional dos tucanos, Marconi Perillo, em nota publicada domingo.

Procurada pelo Estadão, a Secom da Presidência afirmou por meio de nota que o pronunciamento foi “uma prestação de contas do governo” e que quando for informada oficialmente, “analisará a ação” dos tucanos.

O partido alega que é esperado “alguma informação relevante” quando um pronunciamento é convocado pelo presidente, e que conteúdo transmitido foi de “dados eleitoreiros” para “subsidiar” campanhas de aliados nas eleições de outubro.

“Neste domingo, 28 de julho, o presidente usou desse expediente para fazer propaganda da divisão do país da qual ele é um dos protagonistas e espalhar dados eleitoreiros para subsidiar o discurso de seus candidatos a prefeito e vereador neste ano”, diz a nota.

Em pouco mais de sete minutos, Lula falou que assumiu o Executivo de “um país em ruínas” e que sua gestão está atuando na “reconstrução”, sem citar nominalmente seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A fala foi gravada previamente, e contou com imagens genéricas de apoio, onde se via obras, trabalhadores e pessoas representando segmentos da população.

Lula também citou uma lista de conquistas do atual governo, como o crescimento do PIB, a aprovação da reforma tributária, o reajuste do salário mínimo acima da inflação, o controle da inflação, e a volta de programas sociais, como o Farmácia Popular.

O post PSDB diz que vai à Justiça contra Lula por ‘discurso eleitoreiro’ apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

CHINA DOMINA A ENERGIA SOLAR GLOBAL

 

História de Keith Bradsher – Jornal Estadão

Nos últimos 15 anos, a China passou a dominar o mercado global de energia solar. Quase todos os painéis solares do planeta são fabricados por uma empresa chinesa. Até mesmo o equipamento para fabricar esses painéis solares são produzidos quase inteiramente na China. As exportações dos painéis, medidas pela quantidade de energia que podem produzir, aumentaram mais 10% em maio em relação ao ano passado.

No entanto, o setor doméstico de painéis solares da China passa por uma grande agitação. Os preços no atacado caíram quase pela metade no ano passado e despencaram mais 25% neste ano. Os fabricantes chineses estão competindo por clientes cortando os preços muito abaixo de seus custos, e ainda continuam construindo mais fábricas.

A redução de preços afetou gravemente as empresas de energia solar da China. Os preços das ações de seus cinco maiores fabricantes de painéis e outros equipamentos caíram pela metade nos últimos 12 meses. Desde o final de junho, pelo menos sete grandes fabricantes chineses alertaram que anunciarão grandes perdas para o primeiro semestre deste ano.

A turbulência no setor de energia solar em meio à enorme capacidade das fábricas e ao crescimento das exportações destaca como é a formulação da política industrial da China. O governo decidiu, há 15 anos, dar amplo apoio à energia solar e, em seguida, deixou que as empresas o retirassem. Pequim demonstra alta tolerância para permitir que as empresas tropecem e até mesmo fracassem em grande número.

As políticas de Pequim de não poupar gastos estão em foco especial, já que a China está dobrando as exportações de fábricas para compensar a desaceleração da economia doméstica, atraindo críticas dos Estados Unidos, da União Europeia e de outros parceiros comerciais que afirmam que o forte apoio da China a seus setores é injusto.

A China produz a maior parte dos materiais e componentes para os painéis solares do mundo, além dos próprios painéis Foto: Gilles Sabrie/NYT

A China produz a maior parte dos materiais e componentes para os painéis solares do mundo, além dos próprios painéis Foto: Gilles Sabrie/NYT© Fornecido por Estadão

Partido Comunista da China pediu no domingo mais investimentos em setores de alta tecnologia, incluindo energia solar. Em seu discurso na semana passada na Convenção Nacional Republicana, o ex-presidente Donald Trump pediu o fim dos programas de energia renovável do governo Biden, que ele classificou como um “novo golpe verde”

A ascensão e a queda da Hunan Sunzone Optoelectronics em Changsha, capital da província de Hunan, no centro-sul da China, é um estudo de caso de como as políticas da China funcionam.

Iniciada em 2008, a fabricante de painéis solares se beneficiou desde o início de praticamente todos os subsídios possíveis. Ela obteve 8,9 hectares de um terreno nobre no centro da cidade quase de graça. Um dos maiores bancos estatais da China conseguiu um empréstimo a uma taxa de juros baixa. O governo da província de Hunan concordou em pagar a maior parte dos juros.

Apesar da ajuda financeira, a fábrica da Sunzone agora está vazia. Uma grande placa “Sunzone” no segundo andar enferruja no calor pantanoso de Changsha. A única pessoa que ainda trabalhava no local em uma tarde recente, um guarda de segurança, disse que o equipamento de fabricação foi removido em janeiro e que a fábrica estava pronta para ser demolida e transformada em prédios de escritórios.

A Sunzone é um exemplo de como os empréstimos generosos dos bancos estatais e os generosos subsídios locais produziram excesso de capacidade de produção. As empresas de energia solar reduziram drasticamente os custos e os preços para manter a participação no mercado. Isso levou a alguns poucos sobreviventes de baixo custo, enquanto muitos outros concorrentes foram expulsos dos negócios na China e no mundo todo.

Os bancos chineses, agindo sob a direção de Pequim, emprestaram tanto dinheiro ao setor para a construção de fábricas que a capacidade das fábricas de energia solar do país é aproximadamente o dobro da demanda mundial.

A fábrica da Sunzone, com 360 funcionários, era grande quando foi construída. Em poucos anos, seus rivais em outras partes da China estavam construindo fábricas muito maiores.

Os rivais da Sunzone, incluindo a Tongwei e a Longi Green Energy Technology, obtiveram economias formidáveis com a produção em larga escala. Elas investiram parte de sua receita extra no desenvolvimento de painéis solares que são cada vez mais eficientes na conversão da luz solar em eletricidade.

Muitas outras fábricas, como a da Sunzone, tornam-se rapidamente obsoletas.

“As empresas continuam a colocar em operação a capacidade de produção avançada para manter a competitividade”, disse Zhang Jianhua, diretor da Administração Nacional de Energia da China, em uma entrevista à imprensa no mês passado. “Ao mesmo tempo, a capacidade de produção desatualizada ainda é extensa e precisa ser gradualmente eliminada.”

Os fabricantes de energia solar em toda a China têm demitido milhares de trabalhadores para cortar custos, e esses trabalhadores podem ser os sortudos, pois se qualificam para receber meses de indenização. Outras grandes empresas de energia solar recorreram a táticas como conceder férias não remuneradas de um ano ou cortes de 30% nos salários dos funcionários que mantiverem seus empregos.

No entanto, algumas empresas afirmam que estão dispensando os funcionários apenas como preparação para aumentos de produção ainda maiores no futuro. “Estamos dizendo: ‘Volte para sua fazenda e ajude na colheita, e volte no outono, quando o novo equipamento estiver pronto’”, disse Zhang Haimeng, vice-presidente do grupo Longi.

O Ocidente está levantando barreiras aos painéis solares da China. A Europa começou a barrar seu uso em projetos de compras governamentais, a menos que as empresas chinesas divulguem seus subsídios, o que elas se recusam a fazer.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

O SUCESSO DAS EMPRESAS NÃO DEPENDE DA QUALIDADE DO PRODUTO OU PREÇO MAS DA PROFUNDA COMPREENSÃO DO CLIENTE

 

João Branco  – Profissional de Marketing mais admirado do Brasil e professor da StartSe

João Branco, profissional de marketing mais admirado do Brasil, explica porque o sucesso de uma empresa não depende apenas da qualidade do produto ou preço, mas sim da profunda compreensão do cliente.

Foto: Pexels

O McDonald’s não precisa ser a empresa que mais entende de hambúrguer. Precisa ser a que mais entende de quem come hambúrguer. E essas duas coisas são muito diferentes. Esta é a minha conclusão depois de ter trabalhado quase 10 anos na liderança do Marketing do Méqui no Brasil.

Quem ganha não é quem faz o melhor produto, nem quem vende mais barato, quem tem a melhor distribuição ou quem é mais conhecido. Todas essas coisas são importantes, mas a empresa que sai na frente é a que consegue satisfazer melhor os seus clientes. E, para conseguir fazer isso, o melhor caminho é conhecer profundamente quem compra o que você vende.

Quanto você sabe sobre o seu consumidor? Com que frequência você fala com quem usa o seu produto todos os dias? Quando foi a última vez que viu o seu cliente recebendo o seu serviço? Você já teve uma conversa franca com alguém que costumava preferir a sua marca, mas mudou de opinião?

A sua fábrica, sua equipe, suas mãos, mente e coração estão trabalhando constantemente para servir alguém. Uma pessoa está do outro lado do site, do balcão, do aplicativo, do contrato… e ela precisa da sua ajuda. 

O seu trabalho é o de viabilizar algo que melhore a vida dela. Não é uma visão romântica dos negócios – o verbo “viabilizar” está aí de propósito, porque sei que essa operação tem que ser “financeiramente viável” e atrativa para você também. Mas o que realmente move a “engrenagem” no longo prazo é essa equação de satisfação.

Colocar o cliente no centro não é uma tarefa fácil. A maioria dos empreendedores é apaixonada pelo que vende. Os empresários estão mergulhados em decisões internas. E até os marketeiros estão sem tempo de olhar para os clientes, pois estão ocupados demais tentando entender tudo que está mudando no mercado e os movimentos da concorrência. Para piorar, um desafio extra: os clientes estão mudando. Muito. E rápido.

Poucos anos atrás muita gente achava aceitável um delivery demorar 1 hora para chegar. A maioria tolerava o pedágio aceitar apenas pagamento em dinheiro. Muitas pessoas se conformavam em ter que esperar 2 horas na fila em um cartório. Um prazo de entrega de 30 dias para receber um carregador de celular em casa parecia normal. E ninguém esperava que uma loja de roupas soubesse o seu nome.

O seu cliente ainda aceita conviver com tudo isso. Mas o seu próximo cliente não. A próxima geração de pessoas que vão comprar o que você vende tem outras referências, outras preferências e outras expectativas.

Os jovens da geração Z sabem que estão entregando os seus dados o tempo todo para as marcas. E espera que elas usem essas informações para servi-los melhor. Eles não querem ver propagandas chatas, não querem ser interrompidos, não querem ver empresas falando uma coisa e fazendo outra, não querem que perguntem mil vezes a mesma coisa, não querem marcas que não se importam com o que eles se importam.

  • Eles sabem que suas escolhas podem mudar o mundo, então preferem comprar de quem já entendeu tudo isso.

Provavelmente você vende pouco para adolescentes hoje. Mas eles representarão a maior parte do seu negócio daqui a alguns anos. Você está preocupado em conhecê-los?

Em um mundo onde a tecnologia está mudando muito rapidamente, ficamos o tempo todo correndo atrás de entender a última versão da inteligência artificial, dos drones, do metaverso e dos robôs humanoides. 

Mas o seu mercado não vai para onde a tecnologia vai, o seu mercado vai para onde o seu cliente vai. Estar antenado com as novidades faz diferença, mas estar alinhado com o que o seu cliente espera de você é crucial.

O que você vai lançar de novidades nos próximos 12 meses? Antes de responder a essa pergunta, comece por outra: o que o meu cliente vai precisar de ajuda no ano que vem? Conheça os seus consumidores mais do que você conhece os seus produtos. É assim que o seu próximo cliente não vai virar o seu próximo ex-cliente.

COMO DEVEM SER OS PARCEIROS NOS NEGÓCIOS

“Parceiros chegam de várias formas. Se juntam por diferentes motivos”.

Eu sei, é clichê, rss. E se a frase fosse minha eu acrescentaria: “O que eles tem em comum é o fato de acreditarem no que nós acreditamos”.

Parceria é a arte de administrar conflitos de interesses e conexões de interesses, visando resultados benéficos para ambas as empresas”.

É por isso que eu costumo comparar parceria com casamento. Quem é casado sabe que administrar conflitos é fundamental para ambos terem resultados nessa aliança.

Assim como no casamento, o parceiro não precisa ser igual a nós, mas tem que ter o nosso ‘jeitão’! Nas parcerias eu defendo que o parceiro precisa ter o DNA de inovação, a inquietude pra sair da zona de conforto e uma preocupação muito grande com o cliente, não apenas no discurso, mas na prática. É claro que no processo de análise do possível parceiro, nós avaliamos o potencial financeiro e de escala da aliança, a estrutura e o tamanho da empresa. Mas, tem um fator humano que não pode ser desconsiderado, já que empresas são, na sua essência, pessoas. É por isso, que normalmente, os parceiros   são empresas formadas por pessoas do bem, pessoas com propósito, que tem tanto o caráter quanto a lealdade de continuar de mãos dadas, mesmo nos momentos mais difíceis. É como um casamento mesmo!

É importante também que os parceiros tenham know how e competências complementares, que potencializem nossas fragilidades e deem mais peso aos nossos pontos fortes. E como eu acredito que o primeiro approach de uma boa parceria acontece no plano humano (onde existe emoção), e não no corporativo, eu gosto muito da histórica da parceria entre Steve Jobs Steve Wozniak. Os dois Steves tornaram-se amigos durante um emprego de verão em 1970. Woz estava ocupado construindo um computador e Jobs viu o potencial para vendê-lo. Em uma entrevista de 2006 ao Seattle Times, Woz, explicou:

“Eu só estava fazendo algo em que era muito bom, e a única coisa que eu era bom acabou por ser a coisa que ia mudar o mundo… Steve (Jobs) pensava muito além. Quando eu projetava coisas boas, às vezes ele dizia: ‘Nós podemos vender isso’. E nós vendíamos mesmo. Ele estava pensando em como criar uma empresa, mas talvez ele estivesse mesmo pensando: ‘Como eu posso mudar o mundo?’”.

Por que essa parceria deu certo? Habilidades e competências complementares.

As habilidades técnicas de Woz juntamente com a visão de Jobs fizeram dos dois a parceria perfeita nos negócios.

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segunda-feira, 29 de julho de 2024

ARGENTINA QUER QUE MADURO RECONHEÇA A DERROTA NAS ELEIÇÕES

 

Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, pediu neste domingo (28) em uma publicação no X que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, reconheça a derrota nas eleições presidenciais do país. Ainda não há resultados oficiais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, órgão responsável pelo peito.

Mondino, que é chanceler do governo Javier Milei, escreveu que “a diferença de votos contra a ditadura chavista é arrebatadora. Perderam em todos os estados por mais de 35%” —não ficou claro a que dados ela se referia. “Não há fraude nem violência que oculte a realidade”, completou.

De forma menos incisiva, o ministro das Relações Exteriores do Chile, Alberto van Klaveren, disse que seu governo fazia um apelo para que a vontade do povo venezuelano seja respeitada. “São horas decisivas na Venezuela e a democracia deve prevalecer acima de tudo.”

Já o Brasil opta pela cautela. A forma como o governo reagiria quando houver divulgação dos resultados foi alvo de debate nos últimos dias no Palácio do Planalto e no Itamaraty.

Um dos primeiros pontos levantados foi a necessidade de aguardar se o resultado seria contestado ou não pelo lado declarado derrotado.

Em nota divulgada na noite deste domingo, o enviado do presidente Lula (PT) para acompanhar o processo eleitoral na Venezuela, Celso Amorim, disse que o petista vinha sendo informado ao longo do dia e acrescentou esperar que “os resultados finais (…) sejam respeitados por todos os candidatos.”

A oposição venezuelana já cantou vitória e afirmou que alguns centros de votação no país não estão transmitindo os seus resultados para o Conselho Nacional Eleitoral.

No comando da campanha de Edmundo González, candidato à sombra da líder María Corina Machado, a oposição também afirmou que suas testemunhas nos centros de votação estão sendo impedidas de acessar as atas das urnas de votação, algo previsto na legislação eleitoral.

Os ex-presidentes da Argentina, Mauricio Macri, e Colômbia, Iván Duque, pediram que as Forças Armadas da Venezuela intervenham para garantir a saída de Maduro. Macri disse que o exército deve “se colocar do lado certo da história e garantir que a vontade do povo seja respeitada”, enquanto Duque afirmou não haver dúvidas que o regime perdeu as eleições e que os militares não devem se opor ao resultado.

Óscar Arias, ex-presidente da Costa Rica, fez um apelo diretamente ao ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, o exortando a defender a vontade do povo de seu país expressado nas urnas.

O chanceler da Venezuela, por sua vez, publicou um comunicado denunciando haver em curso uma “operação de intervenção” no processo eleitoral por parte de “um grupo de governos e poderes estrangeiros”, citando Argentina, Peru e Uruguai, entre outros, e também nominalmente Macri e Duque.

A FOME NÃO É UMA COISA NATURAL E EXISTE POR DECISÕES POLÍTICAS ERRADAS E OS GOVERNOS SÃO OS CULPADOS

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Tem razão o presidente Lula da Silva ao afirmar, durante encontro do G-20 no Rio de Janeiro, que “a fome não é uma coisa natural” e que existe “por decisão política”. De fato, são decisões políticas que engendram as condições para que uma parte da população sofra de insegurança alimentar.

Lula não disse, mas algumas dessas decisões políticas foram suas, várias delas cruciais para piorar a vida dos mais pobres. Durante longos 13 anos, ele e sua criatura, Dilma Rousseff, deixaram deliberadamente de fazer reformas que poderiam modernizar o Estado brasileiro, dinamizar o setor produtivo e estimular o crescimento sustentável da economia, condição sem a qual milhões de brasileiros ficarão permanentemente à mercê da pobreza extrema.

A escolha política lulopetista foi deliberadamente a do atraso. Em vez de abrir a economia para obrigar a indústria e o mercado a se prepararem melhor para a competição internacional, Lula e Dilma preferiram dobrar a aposta no protecionismo, a partir de uma visão arcaica sobre o desenvolvimento. Resultado: baixa produtividade, acomodação de diversos setores a privilégios e precarização galopante do mercado de trabalho.

Além disso, Lula e Dilma fizeram opção preferencial pela dilapidação das contas públicas como alavanca do desenvolvimento, movidos pela convicção de que o Estado deve ser o protagonista da economia, cabendo à iniciativa privada papel acessório nesse esforço. Com tal espírito, as estatais se tornaram a vanguarda dessa grande fuga para trás. A corrupção na Petrobras foi apenas o problema mais escandaloso desse modelo: o Estado supostamente indutor do crescimento sangrou até ver quase esgotada sua capacidade de atender os mais necessitados em suas carências básicas.

O desequilíbrio das contas públicas, tão negligenciado por Lula e Dilma, levou à alta dos juros, à inflação e, por fim, à recessão – que atingiu fortemente os mais pobres, que em várias regiões do Brasil se tornaram absolutamente dependentes de programas de transferência forçada de renda para sobreviver.

São os pobres que sofrem também com decisões políticas de Lula que ajudam a sabotar a racionalização do Orçamento. Graças à sua ojeriza à desvinculação em geral, quase não há mais espaço orçamentário para investimentos em qualquer área, a começar pela social. Com isso, o Brasil anda de lado – mas quem passa necessidades não tem como esperar que o milagre lulopetista se realize.

No triênio 2021-2023, 8,4 milhões de brasileiros – ou 3,9% da população – passavam fome e estavam em quadro de subnutrição, segundo informou o mais recente relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, conhecido como Mapa da Fome, elaborado pela ONU. O estudo mostra ainda que um quinto dos brasileiros, ou 39,7 milhões de pessoas, se encontrava em insegurança alimentar moderada ou grave. Significa dizer que essa parcela da população ou teve dificuldade para ter acesso a alimentos ou simplesmente não teve acesso por um dia ou mais.

Com o costumeiro tom messiânico, Lula afirmou, no pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que vai tirar o Brasil do Mapa da Fome até o fim de seu mandato. Pode até acontecer, graças à injeção de recursos estatais em programas sociais e de valorização real do salário mínimo e das aposentadorias. Mas nada disso garante que a trágica situação será superada de vez. Ao contrário: perpetua a dependência e não cria condições para que os pobres consigam de fato ascender socialmente e ter a chance de viver definitivamente sem o pesadelo da fome.

O combate a essa chaga deve ser uma política de Estado permanente e um compromisso de todos. A saída para a falta de comida na mesa dos brasileiros exige mais do que um programa de transferência de renda pode entregar – e basta lembrar que o número de famílias atendidas pelo Bolsa Família saltou de 14 milhões para 21 milhões e o benefício médio cresceu da faixa dos R$ 200 para quase R$ 700, sem afastar o fantasma do prato vazio. Crescimento sustentado, geração de empregos de qualidade, distribuição da riqueza, abertura da economia, saúde eficiente e educação com resultados exitosos, e não demagogia, é o que livrará os brasileiros da fome.

PIOR CONSEQUÊNCIA DA REFORMA TRIBUTÁRIA É O AUMENTO DE IMPOSTOS

 

História de Reuters – Forbes Brasil

A reforma tributária visa substituir a estrutura atual de cobrança de impostos, composta por diversos tributos federais, estaduais e municipais. A proposta é criar um sistema mais eficiente. Apesar dos benefícios esperados com a simplificação do sistema, a pior consequência, do ponto de vista de empresários e consumidores, é o aumento da carga tributária em determinados setores.Isso porque a unificação dos tributos e a adoção de uma alíquota única podem resultar em um aumento do imposto efetivo para alguns segmentos que, atualmente, usufruem de regimes especiais de tributação ou alíquotas reduzidas. Esse aumento da carga tributária pode afetar negativamente a competitividade das empresas, especialmente aquelas que operam com margens de lucro mais estreitas.Para Jhonny Martins, advogado e especialista tributário, setores como serviços, que têm uma carga tributária menor em comparação com a indústria, podem ter de aumentar os preços dos serviços, o que pode provocar uma redução na demanda. Além disso, a transição para o novo sistema pode acarretar custos adicionais para as empresas.A reforma tributária brasileira instituiu o chamado imposto seletivo, que recai sobre produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. A cobrança adicional busca elevar o preço final destes bens e desestimular seu consumo. Um dos principais exemplos do chamado “imposto do pecado” é o cigarro, mas também inclui bebidas alcoólicas, como cerveja, e açucaradas, como refrigerante.Embora seja uma proposta positiva, em essência, Matheus Pizzani, economista da CM Capital, afirma que uma série de itens que deveriam constar nesta lista foram retirados da cesta sobre a qual recairia o IS. Ele cita como exemplo os alimentos ultraprocessadosNo entanto, ainda é preciso ter cautela, uma vez que os projetos de Lei Complementar (PLPs) 68 e 108, que estabelecem o funcionamento dos novos tributos, ainda não entraram em vigor. Camila Abrunhosa Tápias, da Utumi Advogados, explica que o momento é de regulamentação dos novos impostos por meio da edição dessas leis complementares.Ainda assim, ela destaca que a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) deve ser uma das maiores alíquotas do mundo, de 26,5%, enquanto a média entre os 28 países-membros da OCDE – organização da qual o Brasil não faz parte – é de 19,2%.Além disso, a advogada chama a atenção para um possível aumento das desigualdades regionais e locais, especialmente nas cidades menos desenvolvidas. Esses locais dependem de incentivos tributários para atrair o desenvolvimento econômico, mas a cobrança mais alta de impostos pode levar à fuga de investimentos para regiões ou países com condições fiscais mais favoráveis.

Daí porque a incerteza durante o período de transição pode gerar insegurança jurídica, desestabilizando o ambiente de negócios. De acordo com Renata Bilhim, advogada tributarista, a complexidade de implementação das medidas da reforma tributária é preocupante.

“A mudança para o IBS – Imposto sobre Bens e Serviços, que prevê a unificação do tributo Estadual, ICMS, e do municipal, ISS – requer uma reformulação dos sistemas de contabilidade e gestão fiscal das empresas”, explica. Para ela, o governo terá de desenvolver novos mecanismos de arrecadação, além de treinar servidores públicos para lidar com uma nova realidade.
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Outro aspecto que a especialista destaca é a transferência da função de fiscalização, que encarece a operação das empresas, por demandar investimento em tecnologia e pessoal para garantir a conformidade.

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MOTIVO POR QUE OS LATICÍNIOS FICAM EXPOSTOS NO FUNDO DOS SUPERMERCADOS

 

História de Maura Martins – Mega Curioso

Talvez você já tenha observado que as gôndolas de diferentes supermercados costumam reproduzir uma mesma lógica de exposição dos produtos. Os laticínios (que são os produtos derivados do leite) costumam ser colocados no fundo das lojas, mesmo que estejam entre os mais consumidos pelas pessoas.

Pode causar uma certa estranheza, já que o leite e seus derivados costumam ter bastante saída. Mas a verdade é que há uma boa razão para isso.

A lógica dos mercados

Os supermercados são organizados para estimular que os consumidores comprem mais. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Os supermercados são organizados para estimular que os consumidores comprem mais. (Fonte: Getty Images / Reprodução)© Fornecido por Mega Curioso

O marketing é a área que costuma estudar a exposição dos itens de consumo na loja. Talvez você tenha notado, por exemplo, que certos comércios escolhem um determinado tipo de trilha sonora, ou que os produtos mais caros no supermercado costumam ficar dispostos bem à altura dos seus olhos. A razão de tudo isso é clara: estimular que você gaste mais.

E há ainda outra lógica que talvez você não se dê conta, mas é a seguinte: quanto mais tempo uma pessoa permanece dentro de uma loja, mais propensa ela estará a comprar coisas, incluindo itens que não estavam na sua lista inicial.

Ou seja, o design e o layout de um supermercado vão influenciar o seu comportamento dentro dele. Por isso, é comum que os doces estejam expostos na parte mais baixa, bem à altura dos olhos das crianças. Assim, é quase inevitável que, ao dar uma passadinha lá para fazer suas compras, o consumidor acabe saindo com uns produtos a mais.

A disposição dos laticínios nos mercados

Provavelmente você precisa andar até o fundo do supermercado para pegar os produtos feitos de leite. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Provavelmente você precisa andar até o fundo do supermercado para pegar os produtos feitos de leite. (Fonte: Getty Images / Reprodução)© Fornecido por Mega Curioso

Chegamos por fim então à lógica por trás da disposição dos laticínios. Mas, diferente do que você pode pensar, não tem a ver (pelo menos não apenas) com a ideia de fazê-lo passear dentro do supermercado por mais tempo até encontrar o leite que foi buscar.

O jornalista Michael Pollan, que é autor do célebre livro O Dilema do Onívoro, declarou em uma entrevista à NPR em 2014 que é recomendável “comprar nas periferias” dos mercados, o que inclui a cadeia de frios (dos produtos que precisam, obrigatoriamente, ficar refrigerados).

A cadeia de frio refere-se ao processo de manutenção da refrigeração de alimentos como carnes e laticínios em todas as etapas do transporte. Uma vez que os caminhões de entrega geralmente descarregam os produtos nos fundos do estabelecimento, faz todo sentido que aquelas geladeiras de refrigeração da loja fiquem quase sempre instaladas nessa parte da loja.

Por isso, tendo todas essas informações em mente, saiba que, quando você for no mercado comprar um leite ou um iogurte, é bem provável que eles estejam bem no fundo da loja. E cabe então a você ter o autocontrole para evitar gastos desnecessários enquanto se direciona até lá.