segunda-feira, 29 de julho de 2024

A FOME NÃO É UMA COISA NATURAL E EXISTE POR DECISÕES POLÍTICAS ERRADAS E OS GOVERNOS SÃO OS CULPADOS

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Tem razão o presidente Lula da Silva ao afirmar, durante encontro do G-20 no Rio de Janeiro, que “a fome não é uma coisa natural” e que existe “por decisão política”. De fato, são decisões políticas que engendram as condições para que uma parte da população sofra de insegurança alimentar.

Lula não disse, mas algumas dessas decisões políticas foram suas, várias delas cruciais para piorar a vida dos mais pobres. Durante longos 13 anos, ele e sua criatura, Dilma Rousseff, deixaram deliberadamente de fazer reformas que poderiam modernizar o Estado brasileiro, dinamizar o setor produtivo e estimular o crescimento sustentável da economia, condição sem a qual milhões de brasileiros ficarão permanentemente à mercê da pobreza extrema.

A escolha política lulopetista foi deliberadamente a do atraso. Em vez de abrir a economia para obrigar a indústria e o mercado a se prepararem melhor para a competição internacional, Lula e Dilma preferiram dobrar a aposta no protecionismo, a partir de uma visão arcaica sobre o desenvolvimento. Resultado: baixa produtividade, acomodação de diversos setores a privilégios e precarização galopante do mercado de trabalho.

Além disso, Lula e Dilma fizeram opção preferencial pela dilapidação das contas públicas como alavanca do desenvolvimento, movidos pela convicção de que o Estado deve ser o protagonista da economia, cabendo à iniciativa privada papel acessório nesse esforço. Com tal espírito, as estatais se tornaram a vanguarda dessa grande fuga para trás. A corrupção na Petrobras foi apenas o problema mais escandaloso desse modelo: o Estado supostamente indutor do crescimento sangrou até ver quase esgotada sua capacidade de atender os mais necessitados em suas carências básicas.

O desequilíbrio das contas públicas, tão negligenciado por Lula e Dilma, levou à alta dos juros, à inflação e, por fim, à recessão – que atingiu fortemente os mais pobres, que em várias regiões do Brasil se tornaram absolutamente dependentes de programas de transferência forçada de renda para sobreviver.

São os pobres que sofrem também com decisões políticas de Lula que ajudam a sabotar a racionalização do Orçamento. Graças à sua ojeriza à desvinculação em geral, quase não há mais espaço orçamentário para investimentos em qualquer área, a começar pela social. Com isso, o Brasil anda de lado – mas quem passa necessidades não tem como esperar que o milagre lulopetista se realize.

No triênio 2021-2023, 8,4 milhões de brasileiros – ou 3,9% da população – passavam fome e estavam em quadro de subnutrição, segundo informou o mais recente relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, conhecido como Mapa da Fome, elaborado pela ONU. O estudo mostra ainda que um quinto dos brasileiros, ou 39,7 milhões de pessoas, se encontrava em insegurança alimentar moderada ou grave. Significa dizer que essa parcela da população ou teve dificuldade para ter acesso a alimentos ou simplesmente não teve acesso por um dia ou mais.

Com o costumeiro tom messiânico, Lula afirmou, no pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que vai tirar o Brasil do Mapa da Fome até o fim de seu mandato. Pode até acontecer, graças à injeção de recursos estatais em programas sociais e de valorização real do salário mínimo e das aposentadorias. Mas nada disso garante que a trágica situação será superada de vez. Ao contrário: perpetua a dependência e não cria condições para que os pobres consigam de fato ascender socialmente e ter a chance de viver definitivamente sem o pesadelo da fome.

O combate a essa chaga deve ser uma política de Estado permanente e um compromisso de todos. A saída para a falta de comida na mesa dos brasileiros exige mais do que um programa de transferência de renda pode entregar – e basta lembrar que o número de famílias atendidas pelo Bolsa Família saltou de 14 milhões para 21 milhões e o benefício médio cresceu da faixa dos R$ 200 para quase R$ 700, sem afastar o fantasma do prato vazio. Crescimento sustentado, geração de empregos de qualidade, distribuição da riqueza, abertura da economia, saúde eficiente e educação com resultados exitosos, e não demagogia, é o que livrará os brasileiros da fome.

PIOR CONSEQUÊNCIA DA REFORMA TRIBUTÁRIA É O AUMENTO DE IMPOSTOS

 

História de Reuters – Forbes Brasil

A reforma tributária visa substituir a estrutura atual de cobrança de impostos, composta por diversos tributos federais, estaduais e municipais. A proposta é criar um sistema mais eficiente. Apesar dos benefícios esperados com a simplificação do sistema, a pior consequência, do ponto de vista de empresários e consumidores, é o aumento da carga tributária em determinados setores.Isso porque a unificação dos tributos e a adoção de uma alíquota única podem resultar em um aumento do imposto efetivo para alguns segmentos que, atualmente, usufruem de regimes especiais de tributação ou alíquotas reduzidas. Esse aumento da carga tributária pode afetar negativamente a competitividade das empresas, especialmente aquelas que operam com margens de lucro mais estreitas.Para Jhonny Martins, advogado e especialista tributário, setores como serviços, que têm uma carga tributária menor em comparação com a indústria, podem ter de aumentar os preços dos serviços, o que pode provocar uma redução na demanda. Além disso, a transição para o novo sistema pode acarretar custos adicionais para as empresas.A reforma tributária brasileira instituiu o chamado imposto seletivo, que recai sobre produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. A cobrança adicional busca elevar o preço final destes bens e desestimular seu consumo. Um dos principais exemplos do chamado “imposto do pecado” é o cigarro, mas também inclui bebidas alcoólicas, como cerveja, e açucaradas, como refrigerante.Embora seja uma proposta positiva, em essência, Matheus Pizzani, economista da CM Capital, afirma que uma série de itens que deveriam constar nesta lista foram retirados da cesta sobre a qual recairia o IS. Ele cita como exemplo os alimentos ultraprocessadosNo entanto, ainda é preciso ter cautela, uma vez que os projetos de Lei Complementar (PLPs) 68 e 108, que estabelecem o funcionamento dos novos tributos, ainda não entraram em vigor. Camila Abrunhosa Tápias, da Utumi Advogados, explica que o momento é de regulamentação dos novos impostos por meio da edição dessas leis complementares.Ainda assim, ela destaca que a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) deve ser uma das maiores alíquotas do mundo, de 26,5%, enquanto a média entre os 28 países-membros da OCDE – organização da qual o Brasil não faz parte – é de 19,2%.Além disso, a advogada chama a atenção para um possível aumento das desigualdades regionais e locais, especialmente nas cidades menos desenvolvidas. Esses locais dependem de incentivos tributários para atrair o desenvolvimento econômico, mas a cobrança mais alta de impostos pode levar à fuga de investimentos para regiões ou países com condições fiscais mais favoráveis.

Daí porque a incerteza durante o período de transição pode gerar insegurança jurídica, desestabilizando o ambiente de negócios. De acordo com Renata Bilhim, advogada tributarista, a complexidade de implementação das medidas da reforma tributária é preocupante.

“A mudança para o IBS – Imposto sobre Bens e Serviços, que prevê a unificação do tributo Estadual, ICMS, e do municipal, ISS – requer uma reformulação dos sistemas de contabilidade e gestão fiscal das empresas”, explica. Para ela, o governo terá de desenvolver novos mecanismos de arrecadação, além de treinar servidores públicos para lidar com uma nova realidade.
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Outro aspecto que a especialista destaca é a transferência da função de fiscalização, que encarece a operação das empresas, por demandar investimento em tecnologia e pessoal para garantir a conformidade.

Forbes Money Governo aprova debêntures de infraestrutura com isenção de IR para emissoForbes Agro CNA defende limites à taxação do setor agropecuário para apoiar reforma tributáriaReforma seletivaTransição incerta

MOTIVO POR QUE OS LATICÍNIOS FICAM EXPOSTOS NO FUNDO DOS SUPERMERCADOS

 

História de Maura Martins – Mega Curioso

Talvez você já tenha observado que as gôndolas de diferentes supermercados costumam reproduzir uma mesma lógica de exposição dos produtos. Os laticínios (que são os produtos derivados do leite) costumam ser colocados no fundo das lojas, mesmo que estejam entre os mais consumidos pelas pessoas.

Pode causar uma certa estranheza, já que o leite e seus derivados costumam ter bastante saída. Mas a verdade é que há uma boa razão para isso.

A lógica dos mercados

Os supermercados são organizados para estimular que os consumidores comprem mais. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Os supermercados são organizados para estimular que os consumidores comprem mais. (Fonte: Getty Images / Reprodução)© Fornecido por Mega Curioso

O marketing é a área que costuma estudar a exposição dos itens de consumo na loja. Talvez você tenha notado, por exemplo, que certos comércios escolhem um determinado tipo de trilha sonora, ou que os produtos mais caros no supermercado costumam ficar dispostos bem à altura dos seus olhos. A razão de tudo isso é clara: estimular que você gaste mais.

E há ainda outra lógica que talvez você não se dê conta, mas é a seguinte: quanto mais tempo uma pessoa permanece dentro de uma loja, mais propensa ela estará a comprar coisas, incluindo itens que não estavam na sua lista inicial.

Ou seja, o design e o layout de um supermercado vão influenciar o seu comportamento dentro dele. Por isso, é comum que os doces estejam expostos na parte mais baixa, bem à altura dos olhos das crianças. Assim, é quase inevitável que, ao dar uma passadinha lá para fazer suas compras, o consumidor acabe saindo com uns produtos a mais.

A disposição dos laticínios nos mercados

Provavelmente você precisa andar até o fundo do supermercado para pegar os produtos feitos de leite. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Provavelmente você precisa andar até o fundo do supermercado para pegar os produtos feitos de leite. (Fonte: Getty Images / Reprodução)© Fornecido por Mega Curioso

Chegamos por fim então à lógica por trás da disposição dos laticínios. Mas, diferente do que você pode pensar, não tem a ver (pelo menos não apenas) com a ideia de fazê-lo passear dentro do supermercado por mais tempo até encontrar o leite que foi buscar.

O jornalista Michael Pollan, que é autor do célebre livro O Dilema do Onívoro, declarou em uma entrevista à NPR em 2014 que é recomendável “comprar nas periferias” dos mercados, o que inclui a cadeia de frios (dos produtos que precisam, obrigatoriamente, ficar refrigerados).

A cadeia de frio refere-se ao processo de manutenção da refrigeração de alimentos como carnes e laticínios em todas as etapas do transporte. Uma vez que os caminhões de entrega geralmente descarregam os produtos nos fundos do estabelecimento, faz todo sentido que aquelas geladeiras de refrigeração da loja fiquem quase sempre instaladas nessa parte da loja.

Por isso, tendo todas essas informações em mente, saiba que, quando você for no mercado comprar um leite ou um iogurte, é bem provável que eles estejam bem no fundo da loja. E cabe então a você ter o autocontrole para evitar gastos desnecessários enquanto se direciona até lá.

DIFERENÇA ENTRE LEI DE CAIXINHA E DE SAQUINHO

 

História de Radar – Jornal Estadão

O leite costuma ser o primeiro alimento da nossa vida e um dos ingredientes principais em diversas receitas, estando presente quase que diariamente na vida da maioria das pessoas. E para quem é intolerante à lactose, já existem opções no mercado sem esse composto e que não fazem mal.

Mas são muitos os tipos de leite e até mesmo a embalagem pode indicar diferença entre os produtos, como os leites de saquinho e de caixa.

Muito comum em Minas Gerais e cidades do interior, o leite de saquinho costuma ser visto como mais saudável. Mas será que isso é verdade?

A nutricionista Thaís Barca contou ao Paladar que o leite de saquinho ou de garrafa passa por um tratamento de pasteurização, o que garante a destruição de bactérias patogênicas e conserva mais os nutrientes do leite. “Este leite pasteurizado deve ser mantido sob refrigeração, e tem validade de 3 a 5 dias. Após aberto, deve ser consumido em até 3 dias”, explicou.

Segundo ela, o leite longa-vida UHT, ou o de caixinha, é homogeneizado e sofre um tratamento térmico maior. “Infelizmente, esse processo destrói todas as bactérias, incluindo as que são benéficas para o nosso intestino e organismo como um todo, além de perder as vitaminas B, alterar as proteínas e os açúcares”, afirmou.

O leite de caixinha ainda utiliza conservantes que podem causar uma pequena diferença no sabor. A maior vantagem do leite de caixinha é o tempo que pode ficar na prateleira.

Dia do leite: confira como usar a bebida de forma saudável na sua rotina

Especialistas sanam dúvidas sobre a função do leite para adultos e crianças e indicam receitas saborosas com a bebida

Copo de leite sendo preenchido por leite em garrafa. Foto: Daniel Teixeira | Estadão

Foto: Daniel Teixeira | Estadão

Por Helena Gomes

O leite entra na nossa vida a partir do momento em que nascemos, mas com o crescimento, algumas pessoas abandonam e outras mantêm o costume. Em relação a este assunto, há diversas pessoas que têm dúvidas se podem beber leite ou se a bebida faz mal. Para sanar todas as perguntas, chamamos as nutricionistas Thaís Barca e Caroline dos Santos.

É saudável beber leite?

Sim, segundo as profissionais, é saudável consumir leite, já que, Barca afirma que o leite é um alimento rico em proteínas de alto valor biológico, vitaminas e minerais que fornecem diversos benefícios para a saúde óssea, o emagrecimento, o ganho de massa muscular e a cicatrização.

É bom tomar leite todos os dias?

Massa de panqueca de espinafre
Massa de panqueca de espinafre Foto: Istock

Para ambas, não existe uma periodicidade correta, já que, no caso da criança, o cálcio e suas fontes são necessárias, sendo assim, dos Santos afirma que é interessante oferecer leite todos os dias. Thaís Barca complementa que a bebida de origem animal para o adulto é interessante ser encaixada com o objetivo de variar as opções proteicas da dieta e garantir o consumo dos nutrientes presentes no leite, como acontece nessas receitas (ovos com espinafre e cogumelosquiche de espinafrepanqueca de espinafre).

Quantas xícaras de leite pode tomar por dia?

Em nota, o promotor de justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho diz que, ainda não é possível saber se a presença do álcool é de responsabilidade dos transportadores ou dos produtores
Leite

No caso das crianças, Caroline dos Santos indica consumir entre 500 e 600 ml de leite por dia ou reduzir esta quantidade e substituir uma parte por alimentos derivados do leite, como os queijos ou iogurtes. Já para os adultos, exceto os com comorbidades ou gestantes, não há uma orientação, mas Barca indica buscar a ajuda de um nutricionista para ajustar o que é o consumo ideal para cada pessoa.

É bom tomar leite antes de dormir?

Chocolate quente é aquela bebida perfeita para te aquecer nos dias mais frios
Chocolate quente é aquela bebida perfeita para te aquecer nos dias mais frios Foto: Gui Galembeck | Futuro Refeitório

Há pessoas que têm o hábito de tomar o leite antes de dormir e, para essas, temos uma boa notícia, as especialistas aprovam este hábito. “O leite é fonte de triptofano, um aminoácido que está envolvido na produção de serotonina e melatonina, fundamentais na regulação do sono. Apesar disso, estudos mostram que talvez a quantidade de triptofano presente em um copo de leite seja muito baixa, o que não garantiria uma quantidade suficiente para atuar no sistema nervoso central. Mas, uma vez que não há contraindicação e está ajudando na higiene do sono, pode manter o hábito”, indica Barca. Confira algumas opções de leites para tomar antes de dormir (leite caramelado quentechocolate quentechai latte).

Benefícios e malefícios do leite

Bolo de morango idealizado pela chef Heloísa Bacellar
Bolo de morango idealizado pela chef Heloísa Bacellar Foto: Ana Bacellar | Na Cozinha da Helô

De acordo com as nutricionistas, o leite para as crianças é uma ótima fonte de cálcio e está ligado principalmente à saúde óssea. Aos adultos, previne a osteoporose, auxilia no processo de emagrecimento, favorece o ganho de massa muscular, gera mais saciedade, previne o surgimento da xeroftalmia (doença ocular associada à deficiência de vitamina A presente no leite), fortalece a imunidade e ajuda na cicatrização, uma vez que favorece o reparo de tecidos.

Mas há quem não possa tomar leite, e, para essas pessoas, o certo é ficar longe. As crianças e adultos que têm intolerância à lactose e alergia que ingerem a bebida podem ter piora no quadro de inflamação intestinal, de acordo com Thaís Barca, gerando sintomas como dor na barriga, diarreia ou constipação, excesso de gases, distensão abdominal, cólicas, piora do quadro de rinite e sinusite ou coceira na pele. Para essas, veja algumas receitas fáceis sem leite (bolo de morangoestrogonofe de cogumelorabanada vegana).

O que a falta do leite pode causar?

Técnica. Para alcançar a textura elástica e única do aligot, é preciso atenção aos detalhes
Técnica. Para alcançar a textura elástica e única do aligot, é preciso atenção aos detalhes Foto: Suzanne DeChillo

“Se uma criança não bebe leite, o desenvolvimento, o crescimento e a saúde óssea podem ser afetados, podendo resultar em baixa estatura e surgimento de osteoporose, além do impacto na puberdade”, afirma Caroline dos Santos. Por isso, será preciso fazer uma substituição alimentar para suprir essas carências como o aumento do consumo de derivados de leite (se possível) ou alimentos especialmente pensados para essa função.

Para os adultos, o não consumo do leite não gera problemas à saúde, afirma Barca, desde que a alimentação seja equilibrada e os nutrientes encontrados no leite substituídos por alimentos com vitaminas e minerais similares, como vitamina A, vitamina B2, cálcio, magnésio, fósforo e vitamina D.

Pode tomar leite fora da validade?

Especialistas ressaltam que o leite industrializado é seguro.
Especialistas ressaltam que o leite industrializado é seguro. Foto: Pixabay

Ambas recomendam não tomar leite fora da validade, nem mesmo um dia sequer depois da data marcada na embalagem, uma vez que não é possível garantir a integridade do produto.

Qual a diferença entre o leite de caixa e o de saquinho?

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Leite quente com caramelo bem fácil de se preparar
Leite quente com caramelo bem fácil de se preparar Foto: Tiago Queiroz | E

Há quem se pergunte qual é o mais saudável, o leite de caixinha ou de saquinho, e, por isso, perguntamos a diferença entre os dois, para você conhecer mais e poder decidir qual o melhor para você. “O leite de saquinho ou de garrafa passa por um tratamento de pasteurização, o que garante a destruição de bactérias patogênicas e conserva mais os nutrientes do leite. Este leite pasteurizado deve ser mantido sob refrigeração, e tem validade de 3 a 5 dias. Após aberto, deve ser consumido em até 3 dias”, Thaís Barca inicia a explicação.

“O leite longa-vida UHT, ou o de caixinha, é homogeneizado e sofre um tratamento térmico maior. Infelizmente, esse processo destrói todas as bactérias, incluindo as que são benéficas para o nosso intestino e organismo como um todo, além de perder as vitaminas B, alterar as proteínas e os açúcares. Além disso, o leite de caixinha utiliza conservantes que podem causar uma pequena diferença de sabor. A vantagem da embalagem do leite longa-vida é o tempo de prateleira. O leite de caixinha tem a validade de quatro meses em embalagem fechada e até três dias após aberto. Além disso, ele não necessita refrigeração enquanto estiver fechado”, finaliza.

O que é o leite sem lactose?

Bolo brownie com brigadeiroda Isabel Buk
Bolo brownie com brigadeiroda Isabel Buk Foto: Kelly Fuzaro | Isabel Buk

O leite sem lactose, nada mais é que um leite normal com uma enzima chamada lactase adicionada, o que quebra a lactose, como esclarecem as especialistas. “Com essa quebra, o organismo consegue realizar a digestão da lactose sem desconfortos intestinais ou demais sintomas da intolerância. Porém, pessoas com grau de intolerância mais severos podem ter sintomas mesmo consumindo produtos sem lactose, uma vez que ainda pode existir traços nesses alimentos”, ressalta Barca. 

Qual a diferença entre os leites de coco, de aveia, de amêndoa, de soja, de castanha e de arroz?

Caroline dos Santos relata que os leites vegetais são ótimas opções para quem não pode consumir o leite de vaca, mas a maioria deles não costuma ser boa fonte de cálcio. “As bebidas vegetais feitas de coco, amêndoas e castanhas são fontes naturais de gordura, então são boas opções de fonte desse nutriente, além de serem mais calóricos e fontes de vitaminas e minerais naturalmente presentes nesses alimentos.”.

“Já bebidas vegetais produzidas a partir da aveia e do arroz são fontes de carboidrato e, naturalmente, contêm mais fibras em sua composição, e a de soja, por sua vez, é fonte de proteína. Geralmente, as industrializadas recebem acréscimo de outras vitaminas e minerais, com o objetivo de melhorar a qualidade nutricional desses produtos”.

QUAL SERÁ A DECLARAÇÃO DO GOVERNO BRASILEIRO SOBRE AS ELEIÇÕES NA VENEZUELA?

 

História de Julia Braun – Da BBC Brasil em Londres – BBC News Brasil

Maduro disse, durante um comício recente, que haveria 'banho de sangue, em uma guerra civil fratricida' se ele não vencer as eleições

Maduro disse, durante um comício recente, que haveria ‘banho de sangue, em uma guerra civil fratricida’ se ele não vencer as eleições© Getty Images

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou na madrugada desta segunda-feira (29/7) que o presidente Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais do país, mas os resultados foram contestados pela oposição, que disse ter havido fraude “grosseira” para modificar os números.

Segundo o presidente do CNE, Elvis Amoroso, Maduro obteve 51,2% dos votos, contra 44,2% do opositor Edmundo González, com 80% das urnas apuradas.

Diante do anúncio, alguns presidentes de esquerda, como da Bolívia e de Honduras, parabenizaram Maduro, enquanto outros chefes de Estado criticaram a lisura do processo.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, de esquerda, mas crítico de Maduro, disse que não reconhecerá “nenhum resultado que não seja verificável”.

Já o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, afirmou que é fundamental que sejam ouvidas “todas as vozes de todos os setores”.

“É importante esclarecer todas as dúvidas sobre os resultados. Nós pedimos a contagem total de votos, sua verificação, e uma auditoria independente o mais rápido possível”, escreveu no Twitter. “Os resultados eleitorais de um dia tão importante devem ter toda a credibilidade e legitimidade possíveis para o bem da região e, sobretudo, do povo venezuelano.”

O Brasil ainda não havia se pronunciado até a publicação desta reportagem, e a posição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aguardada com atenção.

Segundo especialistas consultados pela BBC Brasil antes da eleição, o país deve ter papel de destaque na política venezuelana nos próximos meses.

A princípio, a posse do novo presidente está marcada para janeiro, o que abre uma janela de mais de cinco meses entre a divulgação do resultado e a efetivação do vencedor na liderança.

“Esse período longo vai exigir de todos os países em torno, mas especialmente do Brasil como liderança regional, um cuidado muito grande na condução de uma mediação entre as partes”, afirma Carolina Silva Pedroso, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Momentos depois do anúncio dos resultados pelo CNE, a principal líder da oposição, María Corina Machado, inabilitada para exercer cargos públicos e apoiadora de González, contestou o resultado.

“Ganhamos em todos os Estados do país e sabemos o que aconteceu hoje. Cem por cento das atas que o CNE transmitiu nós temos e toda essa informação aponta que Edmundo obteve 70% dos votos”, disse Machado a jornalistas.

Ela acrescentou avaliar que as supostas modificações feitas nos resultados haviam sido “grosseiras”.

O embate prenuncia mais tensão nas próximas horas e dias na Venezuela, sob acompanhamento dos países vizinhos e dos EUA.

O governo venezuelano é há muito acusado de fraude eleitoral e as eleições de 2018 foram consideradas ilegítimas por uma aliança formada por 14 nações latino-americanas, o Canadá e os Estados Unidos.

Desta vez, Maduro permitiu a participação da coalizão de partidos opositores, a Plataforma Unitária, em um pacto, batizado de Acordos de Barbados, que resultou em um breve alívio nas sanções econômicas dos EUA.

No entanto, essas sanções foram reimpostas em meio ao bloqueio da candidatura de María Corina Machado e outras medidas contra opositores.

Maduro disse, durante um comício recente, que haveria “banho de sangue, em uma guerra civil fratricida” se ele não vencesse as eleições.

Tudo isto em meio a uma crise econômica que já dura anos e foi agravada pelas sanções americanas. Cerca de 7,7 milhões de venezuelanos deixaram o país, segundo dados do Acnur, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados.

Mediação

O histórico venezuelano e as contestações do resultado – já anunciadas antes mesmo da votação – indicam que uma mediação externa entre oposição e governo Maduro pode ser necessária nos próximos meses, dizem analistas.

O governo Lula já exerceu esse papel de mediador em outras ocasiões, inclusive durante as negociações para os Acordos de Barbados, entre a oposição e o governo Maduro, que permitiram a realização das eleições.

“Muitos acreditam que, sem a intervenção do Brasil, em especial a atuação pessoal do presidente Lula, o candidato da oposição Edmundo Gonzalez não estaria concorrendo e a situação seria semelhante à de 2018, quando havia pouco desafio a Maduro”, afirma Phil Gunson, analista sênior da organização Crisis Group, que acompanha a situação venezuelana, sobre as negociações para o pacto.

O Brasil de Lula também trabalhou nas conversas entre a Venezuela e a Guiana após a crise pela disputa da região de Essequibo. Uma reunião entre os chanceleres das duas nações aconteceu em Brasília em janeiro deste ano, com a mediação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Para Phil Gunson, agora Brasil e Colômbia terão um papel crucial.

“Na Venezuela, não existem instituições neutras; o Supremo Tribunal e a autoridade eleitoral estão totalmente controlados pelo governo. Portanto, a comunidade internacional tem um papel vital, já que a oposição não tem a quem recorrer internamente para apresentar seu caso”, diz Gunson.

Reconhecimento dos resultados

Esta não é a primeira vez que a oposição denuncia a existência de fraudes. Em 2018, o presidente venezuelano foi reeleito em uma eleição contestada tanto internamente quanto internacionalmente.

A votação foi amplamente boicotada pela oposição e a Organização dos Estados Americanos (OEA) a descreveu como uma “farsa”.

Segundo o órgão, a eleição aconteceu “com uma falta geral de liberdades públicas, com candidatos e partidos ilegais, e com autoridades eleitorais desprovidas de toda credibilidade, sujeitas ao poder executivo”.

Consequentemente, a vitória de Maduro não foi aceita pelos Estados Unidos e vários outros países – inclusive o Brasil de Jair Bolsonaro (PL) – que passaram a reconhecer Juan Guaidó, então presidente da Assembleia Nacional, como líder legítimo do país.

No entanto, Guaidó nunca conseguiu assumir o controle efetivo do governo, e Maduro permaneceu no poder. Em resposta, os Estados Unidos impuseram sanções econômicas contra a Venezuela.

Nestas eleições, a oposição já havia acusado o governo de agir ilegalmente antes do dia da eleição, ao bloquear as candidaturas de María Corina Machado e sua substituta, a historiadora Corina Yoris.

Também foram feitas denúncias sobre dificuldade de acesso ao registro necessário para votar (o voto não é obrigatório na Venezuela), tanto no território venezuelano quanto no exterior.

Carolina Silva Pedroso explica que, na Venezuela, as fraudes podem acontecer muito mais antes do voto do que no momento da ida à urna ou na contagem.

“Como o voto não é obrigatório, podem acontecer ações para impedir as pessoas de chegarem ao centro de votação”, diz. “Em eleições passadas também foram registrados casos de coação ou troca de votos por doações de alimentos e cestas básicas.”

Tudo isso tornou o dia da eleição bastante delicado – assim como o período até a posse.

María Corina Machado e Edmundo González Urrutia

María Corina Machado e Edmundo González Urrutia© Getty Images

Pedroso vê a presença na Venezuela do ex-chanceler e atual assessor especial da Presidência, Celso Amorim, como central para a avaliação da situação e posicionamento do Brasil.

Antes de viajar a Caracas, em declaração para o portal G1, Amorim afirmou que seu objetivo é “contribuir para uma eleição correta e limpa” e disse: “Que quem ganhar possa tomar posse tranquilamente”.

“A decisão de enviar Amorim, que é uma figura chave para a política externa brasileira, mostra uma posição assertiva”, avalia a professora da Unifesp.

Celso Amorim está na Venezuela acompanhando a eleição

Celso Amorim está na Venezuela acompanhando a eleição© Getty Images

E segundo Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP), as declarações e movimentações recentes do governo Lula indicam que há uma preparação no governo para não legitimar a eleição venezuelana caso haja qualquer indício de fraude ou uma vitória de Maduro por uma margem muito pequena.

“O custo de reconhecer Maduro como vitorioso é muito alto para o governo brasileiro”, diz. “Esse é um tema muito delicado domesticamente, porque a maioria da população brasileira tem uma visão muito negativa da Venezuela e do governo Maduro.”

Ryan Berg, diretor do Programa de Américas do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, think tank com sede em Washington, D. C., afirma que o posicionamento tomado por Brasil e Colômbia após a divulgação dos resultados pode ser decisivo para o desenrolar da situação.

“Se Maduro conseguir impedir que esses países denunciem a eleição como injusta e não livre, isso será decisivo para ele nos dias seguintes”, diz.

Observação da votação

Tradicional aliado do chavismo e de Nicolás Maduro, o governo Lula endureceu o tom em relação ao processo eleitoral venezuelano nos últimos meses.

Na semana anterior à eleição, o presidente brasileiro expressou preocupação com a retórica recente de Maduro, e solicitou respeito pelo processo democrático e pelo resultado do pleito presidencial no país.

“Fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que, se ele perder as eleições, vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”, disse Lula, em entrevista a agências de notícias internacionais no Palácio da Alvorada.

O venezuelano rebateu sugerindo que quem se assusta precisa tomar “chá de camomila”.

Maduro também atacou o sistema eleitoral brasileiro, dizendo sem provas que os pleitos no Brasil não são auditados. Segundo ele, a Venezuela tem “a melhor auditoria do mundo” e que “nenhum boletim de urna é auditado no Brasil”.

Após as declarações, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reafirmou que as urnas eletrônicas são auditáveis e seguras e declarou que as falas de Maduro são falsas. O órgão também cancelou o envio de dois representantes para acompanhar as eleições venezuelanas.

O convite para acompanhar a realização da votação havia sido feito pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.

O envio de ministros ou servidores do tribunal para acompanhar as eleições em países estrangeiros é uma medida praxe realizada pelo TSE, que também recebe delegações internacionais durante as eleições municipais e presidenciais.

Segundo analistas, a presença dos representantes brasileiros reforçaria ainda mais o papel importante de observação do Brasil e ajudaria a embasar a resposta do governo Lula – de apoio ou questionamento – aos resultados.

Credibilidade

Mas os especialistas reconhecem que o Brasil de hoje é um dos poucos – se não o único – países capazes de dialogar bem com os dois lados da política venezuelana.

Carolina Silva Pedroso, da Unifesp, vê o posicionamento recente mais crítico do governo Lula em relação ao governo Maduro como uma tentativa de construir credibilidade com a oposição para negociar e se mostrar disponível para ajudar em caso de uma crise.

Ao mesmo tempo, Feliciano de Sá Guimarães reconhece que o grande ator externo nos próximos meses serão os Estados Unidos.

Apesar de não manterem relações boas com o chavismo e serem vistos como “o inimigo” por Maduro e seus aliados, os americanos têm a capacidade de usar as sanções econômicas como um poderoso instrumento político, diz Guimarães.

“E o governo americano está especialmente preocupado em não deixar a situação da Venezuela se transformar em um problema que pode afetar as próprias eleições nos Estados Unidos, marcadas para novembro.”

Soldado carrega urna de votação durante parada militar em Caracas

Soldado carrega urna de votação durante parada militar em Caracas© Getty Images

Controle de fronteiras e integração regional

Mas a participação do Brasil pode ir além do papel na observação e reconhecimento dos resultados e mediação.

A crise na Venezuela é vista como uma ameaça à segurança nacional e um obstáculo na consolidação do projeto de reintegração da América do Sul, uma das prioridades do governo Lula em política externa.

Há, segundo o professor da USP, uma preocupação especial com a possibilidade de uma nova onda de fuga de venezuelanos em direção ao território brasileiro, em caso de uma crise política e social.

Mas uma instabilidade eleitoral poderia levar, em última instância, à volta de uma tensão em relação a uma invasão venezuelana de Essequibo.

“Maduro poderia usar isso como uma cartada final se mais nada funcionar”, diz Feliciano de Sá Guimarães.

“Até agora parece pouco provável, mas um país da América do Sul invadindo militarmente outro país da América do Sul seria uma derrota fragorosa e completa da política externa brasileira.”

Para Silva Pedroso, apesar do Brasil defender uma aliança mais profunda entre os países sul-americanos, o Brasil poderia se articular melhor com o governo do colombiano Gustavo Petro para trabalhar em conjunto.

“Petro tem sido muito proativo nesse processo eleitoral e vem de um país que passou efetivamente por um conflito civil de muitas décadas, o que traz uma perspectiva interessante.”

OLIMPÍADA DE PARIS E A ÚLTIMA CEIA DE LEONARDO DA VINCI

 

Paris 2024: organização pede desculpa pela ‘Última Ceia’ na cerimónia de abertura

História de João CastroHistória de João Castro – A Bola

Paris 2024: organização pede desculpa pela 'Última Ceia' na cerimónia de abertura

Paris 2024: organização pede desculpa pela ‘Última Ceia’ na cerimónia de abertura© A BOLA (BR)

A cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos ficou marcada por um momento que gerou alguma polémica: a recriação do conhecido quadro de Leonardo Da Vinci, a ‘Última Ceia’, por drag queens.

Três dias depois, surge uma reação oficial da organização dos Jogos Olímpicos de Paris a lamentar toda a polémica criada.

«É evidente que nunca houve a intenção de desrespeitar qualquer grupo religioso. Pelo contrário, penso que (com) Thomas Jolly, tentámos realmente celebrar a tolerância da comunidade», afirmou Anne Descamps, porta-voz de Paris 2024.

«Olhando para o resultado das sondagens que partilhámos, acreditamos que esta ambição foi alcançada. Se as pessoas se sentiram ofendidas, é claro que lamentamos muito, muito mesmo», prosseguiu.

Já Thomas Jolly, ator francês que foi um dos protagonistas nesta recriação, também explicou as suas intenções em declarações à Associated Press: «O meu desejo não é ser subversivo, nem gozar ou chocar. Acima de tudo, queria enviar uma mensagem de amor, uma mensagem de inclusão e não de divisão».


A Última Ceia de Leonardo da Vinci

igreja de Santa Maria delle Grazie
igreja de Santa Maria delle Grazie
igreja de Santa Maria delle Grazie
igreja de Santa Maria delle Grazie

Um pouco da história da Última Ceia

O Última Ceia de Leonardo da Vinci (Cenáculo Vinciano) é uma das pinturas mais famosas do mundo, a obra foi pintada entre 1494 e 1498 sob o governo de Ludovico o Moro, e representa a última “ceia” de Jesus e seus apóstolos. Para a criação desta obra única, Leonardo realizou uma profunda investigação e produziu uma infinidade de desenhos preparatórios. Abandonando o método tradicional da pintura a fresco, Leonardo retratou a cena “a seco” na parede do refeitório. Foram encontrados traços de folhas metálicas de ouro e prata, comprovando a vontade do artista de criar figuras mais realistas incluindo detalhes preciosos. Fatores técnicos e a atmosfera contribuíram para a deterioração do afresco, que precisou passar por diversas restaurações. A mais recente foi em 1999, quando vários métodos científicos foram utilizados para restaurar as cores originais e, quando possível, para remover traços do verniz aplicado nas tentativas anteriores de restaurar o afresco.

O que é a Última Ceia atualmente?

A Última Ceia de Leonardo encontra-se em posição original, na parede da sala de almoço do antigo convento dominicano, ao lado da Igreja de Santa Maria delle Grazie, exatamente no refeitório do convento e é uma das obras mais famosas e conhecidas do mundo.

A Ultima Ceia de Leonardo da Vinci é uma pintura enorme de 4,60 metros de altura e 8,80 metros de largura, foi realizada com têmpera e óleo sobre um preparo em gesso, ao contrário da técnica de afresco normalmente utilizada naquela época.

Atualmente, numerosas medidas preventivas foram tomadas para proteger o afresco da deterioração. Para garantir que o afresco seja conservado em temperatura ambiente, o acesso aos visitantes foi limitado a um grupo de no máximo 25 pessoas a cada 15 minutos.

Curiosidades sobre a Última Ceia

Você sabia que a grande fama desta obra-prima despertou o interesse de muitos historiadores, pesquisadores e romancistas que tentaram resolver os supostos mistérios e enigmas que envolvem este quadro? Por exemplo, no livro “Segredo dos Templários” de Clive Prince e Lynn Picknett e no romance “O Código da Vinci” de Dan Brown, afirmam que a figura à direita de Jesus não é o apóstolo João, e sim uma figura feminina. A verdade é que estes mistérios e curiosidades ainda não foram resolvidos.

Você sabia que durante a Revolução Francesa, as tropas de Napoleão usaram a parede do refeitório para tiro ao alvo, e durante a Segunda Guerra Mundial, em 1943, os bombardeios destruíram o telhado da antiga sala de almoço do convento dominicano, deixando o quadro exposto ao céu aberto por vários anos?

Por que visitar a Última Ceia?

A Última Ceia de Leonardo da Vinci é sem dúvidas uma das obras de arte mais importantes de todos os tempos, seja pelo seu caráter inovador, seja pelo impacto que teve sobre artistas de todas as épocas. Esta magnífica obra de arte foi considerada pelos artistas contemporâneos de Leonardo como a “pintura falante”, algo que nunca havia acontecido antes.

Como posso visitar a Última Ceia (Cenáculo Vinciano)?

A Ultima Ceia é certamente uma das atrações de maior interesse da cidade de Milão. Como a disponibilidade de ingressos é muito limitada, reservar com antecedência é considerado “obrigatório”. Os ingressos para ver esta obra-prima podem sem reservados online, mas só são vendidos dentro de um pacote, portanto recomendamos combiná-lo com um audioguia de Milão ou com os ingressos para a Pinacoteca de Brera ou para a Pinacoteca Ambrosiana.

Naturalmente, também é possível reservar uma visita guiada que pode incluir outras igrejas ou pontos turísticos no centro de Milão.

Por último, é possível solicitar uma visita guiada com um guia privado que inclua, além do ingresso para a Última Ceia, também uma visita à Igreja de Santa Maria delle Grazie que se encontra ao lado.

Outras atrações nas redondezas

Milão é uma cidade grande e cheia de surpresas. A poucos passos da Última Ceia de Leonardo da Vinci, encontra-se a Piazza do Duomo, no centro histórico da cidade. Nesta praça está a famosa catedral gótica de Milão e a estátua de Vítor Emanuel II, erguida em 1896 em homenagem ao Rei da Itália. Nela encontra-se também a maravilhosa Galeria Vittorio Emanuele II, um centro comercial cheio de lojas, cafés e restaurantes. Depois de passar por esta galeria, você chegará à praça onde está localizado o teatro de luxo da cidade de Milão, o Teatro alla Scala. Um passeio pelo centro histórico simplesmente inesquecível.

Você gostaria de conhecer:

Michelangelo (Florença), Coliseu (Roma) ou Palácio Ducal (Veneza).

AUTODESCOBERTAÉ UMA AUTOEXPLORAÇÃO ONDE VOCê SE ABRE PARA CONHECER SUAS PRÓPRIAS VERDADES E AUTENTICIDADES

 

Ana Julia Guimarães – Produtora de Conteúdo – StartSe

Se você quer ser uma liderança eficaz e ter um impacto significativo, é essencial investir no desenvolvimento do seu ‘eu’ interior. Entenda como!

Liderança (Foto: Canva)

Se você frequentemente se sente descontente ou com um vazio emocional, mesmo quando tudo parece estar bem em sua vida, pode ser um sinal de que algo mais profundo precisa ser explorado — e a autodescoberta que vai te ajudar a identificar isso. 

Ao se envolver nesse processo, você pode descobrir aspectos de si mesmo que estavam ocultos ou negligenciados. Isso inclui identificar suas paixões, tanto na questão profissional ou pessoal, compreender melhor suas emoções, confrontar traumas passados ​​ou reavaliar suas escolhas e caminhos de vida.

O QUE É A AUTODESCOBERTA?

O processo de se descobrir envolve dedicar tempo e esforço para explorar quem você é em um nível mais profundo, suas motivações, valores, crenças e desejos. É uma autoexploração, onde você se abre para a possibilidade de conhecer suas próprias verdades e autenticidade.

  • Vale lembrar que estamos falando de uma jornada contínua, pois estamos em constante evolução e aprendizado ao longo da vida. 

A autodescoberta envolve a disposição de se questionar e se abrir para novas perspectivas. Também pode exigir coragem para confrontar aspectos desconfortáveis ​​e dolorosos de si mesmo, a fim de promover o crescimento e a transformação pessoal.

COMO IDENTIFICAR QUE VOCÊ PRECISA FAZER UMA AUTODESCOBERTA

Abaixo, eu resumo em 3 tópicos o que Brené Brown — pesquisadora e autora norte-americana — diz em seu livro ‘A Coragem de ser Imperfeito’ sobre como podemos identificar que precisamos desse processo. Confira: 

1- SENTIMENTO DE INSATISFAÇÃO

Se você constantemente se sente descontente, mesmo quando as coisas parecem estar bem, pode indicar uma desconexão interna que requer uma exploração mais profunda.

2- QUESTIONAMENTO INTERNO 

Está se questionando sobre o propósito da vida ou sente que algo está faltando em termos de sentido e significado? Isso pode ser um sinal de que você está pronto para se conhecer em um nível mais profundo.

3- PADRÕES REPETITIVOS

Se você percebe que continua repetindo os mesmos padrões negativos ou enfrentando os mesmos desafios, pode ser um sinal de que há questões não resolvidas em seu interior que precisam ser exploradas.

“É importante abraçar nossa vulnerabilidade e cultivar a coragem de sermos nós mesmos, aceitando nossas falhas e imperfeições”, diz Brené Brown, em sua obra. 

A RELAÇÃO ENTRE AUTODESCOBERTA E O SUCESSO

A psicóloga Amy Cuddy, pesquisadora e professora da Harvard Business School, mostra no livro “O Poder da Presença”, que o autoconhecimento é um indicador muito útil de sucesso —  justamente porque ele influencia na autoconfiança. 

Como? Com o processo, você ganha uma compreensão mais profunda de suas habilidades, talentos e pontos fortes. Isso te dá a oportunidade de aproveitar ao máximo essas qualidades, direcionando seus esforços para áreas em que você tem uma vantagem competitiva, o que pode levar ao sucesso em sua carreira e negócios.

  • A escritora cita que, em estudos feitos com empreendedores, essa qualidade indica garra, disposição para trabalhar duro, iniciativa, atividade mental aprimorada, criatividade, capacidade de identificar boas oportunidades, ideias inovadoras; e mais. 

O motivo é simples: quando alguém se conhece menos e, portanto, tem pouca confiança em si mesmo, é mais provável que se sinta extremamente ansioso em situações estressantes ou sob pressão, o que pode atrapalhar seu desempenho.

“Empresários e candidatos a emprego que não transmitem essa qualidade costumam ser considerados menos confiantes e confiáveis, comunicadores menos eficazes e, em última análise, pessoas com desempenho fraco”, diz a psicóloga na obra.

AUTODESCOBERTA E A VIDA PROFISSIONAL: COMO DESCOBRIR ONDE TENHO VANTAGEM COMPETITIVA?

O primeiro passo básico é: analise as atividades abaixo e distribua nos quadros da imagem de acordo com o seu interesse. 

1- Apoiar

2- Ajudar

3- Conversar

4- Fazer reuniões

5- Estudar

6- Liderar

7- Criar estratégias

8- Resolver problemas

9- Tomar decisões

10- Gerenciar projetos

11- Coordenar equipes

12- Analisar dados 

13- Desenvolver planos de ação

14- Realizar apresentações

15- Negociar 

16- Realizar pesquisas

17- Avaliar resultados

18- Implementar melhorias

19- Treinar e orientar colegas

20- Cumprir metas e objetivos estabelecidos

21- Organizar eventos

22- Manter relacionamentos com clientes

23- Gerenciar orçamentos 

24- Elaborar relatórios

25- Fazer análises de mercado e concorrência

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

  • O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
  • A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.
  • Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.
  • No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
  • O número de visitantes do Site da Valeon tem crescido exponencialmente, nesse mês de outubro/2022 tivemos 10.000 visitantes, hoje a Valeon já atingiu mais de 220.000 acessos.
  • O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
  • A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                    Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

domingo, 28 de julho de 2024

ELEITORES VENEZUELANOS VÃO VOTAR COM MEDO

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

O povo venezuelano vai às urnas neste domingo sob o signo do medo. Em qualquer país democrático, dias de eleição são dias de festa. Não na Venezuela. A expectativa é que os venezuelanos votem e se fechem em casa para aguardar o resultado. A apreensão se justifica. Seja quem for o vitorioso, o ditador Nicolás Maduro ou o embaixador Edmundo González Urrutia, é possível que irrompa uma sangrenta guerra civil. Recorde-se que o próprio Maduro já fez essa ameaça ao afirmar que, se ele não for reeleito, haverá um “banho de sangue” na Venezuela.

Como um país outrora rico e com uma sociedade vibrante chegou a esse ponto? Como o simples resultado de uma eleição pode, no limite, levar à morte de centenas, se não milhares, de venezuelanos pelas mãos armadas de seus próprios concidadãos?

Claro que a truculência de Maduro, e a do coronel Hugo Chávez antes dele, submeteu o povo venezuelano a uma crise política, econômica e humanitária sem precedentes, o que levou ao exílio forçado nada menos que um quinto da população – 5,4 milhões de pessoas, segundo a agência da ONU para refugiados. Famílias foram destruídas. Isso já bastaria para acirrar os ânimos no país. Mas a crueldade do regime foi além: o chavismo jogou os cidadãos uns contra os outros. Seguindo o manual de todo populista de viés autoritário, Maduro disseminou a ideia segundo a qual quem ousa se opor a ele está se opondo aos interesses “do povo” – logo, deve ser combatido como inimigo.

Contudo, em que pese a plêiade de arbitrariedades cometidas por Maduro, não se pode fechar os olhos para a responsabilidade dos países da América Latina, especialmente do Brasil, a única potência da região, sobre esse estado de coisas. O chavismo sempre foi tratado com condescendência no continente, salvo honrosas exceções. O regime não foi condenado como deveria nem quando rompeu a barreira do populismo e singrou para uma sanguinária ditadura após Chávez aprovar uma emenda à Constituição que lhe garantiu o direito de concorrer a mandatos sucessivos por tempo indeterminado – só interrompido por sua morte, em 5 de março de 2013.

Desde então, Maduro tem sido tratado como parceiro e recebido com honras de chefe de Estado por alguns países da região. Aqui ele esteve no fim de maio de 2023, para vergonha dos genuínos democratas brasileiros. Se o presidente Lula da Silva acertou ao restabelecer as relações diplomáticas do Brasil com a Venezuela, interrompidas formalmente por birra do governo de Jair Bolsonaro, errou ao tratar Maduro como um líder político digno de ser reabilitado como um “democrata” perante a comunidade das nações. Uma coisa são as relações entre dois Estados que têm interesses comuns; outra, muito distinta, é chancelar um regime que impõe a seu próprio povo toda sorte de privações por meio da força bruta.

Eis o quadro dramático das eleições de 2024 no país vizinho. Submetidos ao tacão de Maduro, os venezuelanos assistiram a um processo eleitoral em tudo corrompido. Candidatos da oposição que se revelaram competitivos foram sumariamente cassados sob as alegações mais esdrúxulas. Cerca de 4,5 milhões dos venezuelanos que conseguiram escapar das garras do regime e estão aptos a votar tiveram seus direitos políticos cerceados após Maduro lhes impor entraves para o livre exercício do voto no exterior.

Urrutia, o único que permaneceu na corrida eleitoral com chances de derrotar Maduro, chega ao final da campanha como o franco favorito, com cerca de 55% das intenções de voto, ante 25% de Maduro, de acordo com institutos de pesquisa independentes. Portanto, caso o ditador saia vitorioso do pleito, isso será interpretado por todo o mundo democrático como um resultado fraudulento.

Ao fim e ao cabo, a proclamação do resultado cabe ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão que sabidamente opera sob as ordens de Maduro. Logo, se a oposição vencer, como preveem as pesquisas independentes, só um acordo de bastidor, prevendo alguma forma de transição pacífica, poderá levar ao reconhecimento dessa vitória. Como civis e militares reagirão ao resultado oficial é o drama das próximas horas, que definirão o que será da Venezuela a partir de amanhã.

TROCA DE ADVERTÊNCIAS ENTRE EUA E A CHINA SOBRE O MAR DO SUL CHINÊS

 

História de AFP

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (à esquerda), com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, durante uma reunião à margem da cúpula da Asean em Vientiane, Laos, em 27 de julho de 2024

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (à esquerda), com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, durante uma reunião à margem da cúpula da Asean em Vientiane, Laos, em 27 de julho de 2024© Achmad Ibrahim

O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, e o secretário de Estado americano, Antony Blinken, trocaram advertências neste sábado (27) sobre o Mar do Sul da China, onde Pequim está envolvido em uma disputa territorial com as Filipinas, aliada de Washington.

O chefe da diplomacia americana se reuniu com o seu contraparte chinês à margem de uma cúpula de ministros das Relações Exteriores da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) no Laos. 

Ambos tiveram uma conversa “aberta e produtiva”, ressaltou Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.

O encontro ocorreu após Blinken criticar as ações “de escalada” e “ilegais” de Pequim no disputado Mar da China Meridional, por onde passa uma rota marítima essencial ao comércio internacional.

Nos últimos meses, esta área tem sido palco de diversos confrontos entre chineses e filipinos, o que ressalta o temor de que um aumento das tensões acabe envolvendo Washington, que possui um pacto de defesa com Manila.

Pequim reivindica quase todo o Mar do Sul da China e rejeita tanto as reivindicações territoriais de vários países do Sudeste Asiático, incluindo as Filipinas, como uma decisão internacional que determinou que suas solicitações não possuem base jurídica. 

“Os Estados Unidos não deveriam colocar lenha na fogueira, causar problemas e minar a estabilidade marítima”, disse Wang durante uma reunião com Blinken, segundo um comunicado publicado pela chancelaria chinesa.

Blinken expressou “preocupação” devido às ações provocativas efetuadas recentemente pela China, em particular um bloqueio simulado nas imediações de Taiwan, no momento da posse do presidente taiwanês, Lai Ching-te, explicou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller. 

A China considera Taiwan parte de seu território e, nos últimos anos, intensificou as ações de intimidação contra a ilha, que tem um governo democrático. 

“Quando os promotores da independência de Taiwan lançarem uma provocação, responderemos”, disse Wang, citado pelo Ministério das Relações Exteriores da China.

Durante a reunião, de uma hora e 20 minutos, Blinken mencionou a questão dos direitos humanos em Taiwan, Tibete e Hong Kong, assim como o apoio da China à Rússia na guerra da Ucrânia. 

Por fim, citou o “tema das pessoas detidas injustamente na China e a necessidade de avançar neste ponto”, segundo Miller.

– Papel “decisivo” da China –

Depois da visita ao Laos, o secretário de Estado continuará sua viagem por seis países da região com uma escala em Hanói, Vietnã, com o objetivo de reforçar sua influência americana em relação à China.

Blinken chegou ao Laos dois dias depois que os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e da China, Wang Yi, se reuniram em paralelo à reunião ministerial. 

No encontro, Lavrov afirmou que analisaram “detalhadamente” questões de cooperação e construção de “uma nova arquitetura de segurança”. 

A China é um aliado importante da Rússia e os membros da Otan consideram que Pequim tem um papel “decisivo” em relação a Moscou desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.