segunda-feira, 29 de julho de 2024

DIFERENÇA ENTRE LEI DE CAIXINHA E DE SAQUINHO

 

História de Radar – Jornal Estadão

O leite costuma ser o primeiro alimento da nossa vida e um dos ingredientes principais em diversas receitas, estando presente quase que diariamente na vida da maioria das pessoas. E para quem é intolerante à lactose, já existem opções no mercado sem esse composto e que não fazem mal.

Mas são muitos os tipos de leite e até mesmo a embalagem pode indicar diferença entre os produtos, como os leites de saquinho e de caixa.

Muito comum em Minas Gerais e cidades do interior, o leite de saquinho costuma ser visto como mais saudável. Mas será que isso é verdade?

A nutricionista Thaís Barca contou ao Paladar que o leite de saquinho ou de garrafa passa por um tratamento de pasteurização, o que garante a destruição de bactérias patogênicas e conserva mais os nutrientes do leite. “Este leite pasteurizado deve ser mantido sob refrigeração, e tem validade de 3 a 5 dias. Após aberto, deve ser consumido em até 3 dias”, explicou.

Segundo ela, o leite longa-vida UHT, ou o de caixinha, é homogeneizado e sofre um tratamento térmico maior. “Infelizmente, esse processo destrói todas as bactérias, incluindo as que são benéficas para o nosso intestino e organismo como um todo, além de perder as vitaminas B, alterar as proteínas e os açúcares”, afirmou.

O leite de caixinha ainda utiliza conservantes que podem causar uma pequena diferença no sabor. A maior vantagem do leite de caixinha é o tempo que pode ficar na prateleira.

Dia do leite: confira como usar a bebida de forma saudável na sua rotina

Especialistas sanam dúvidas sobre a função do leite para adultos e crianças e indicam receitas saborosas com a bebida

Copo de leite sendo preenchido por leite em garrafa. Foto: Daniel Teixeira | Estadão

Foto: Daniel Teixeira | Estadão

Por Helena Gomes

O leite entra na nossa vida a partir do momento em que nascemos, mas com o crescimento, algumas pessoas abandonam e outras mantêm o costume. Em relação a este assunto, há diversas pessoas que têm dúvidas se podem beber leite ou se a bebida faz mal. Para sanar todas as perguntas, chamamos as nutricionistas Thaís Barca e Caroline dos Santos.

É saudável beber leite?

Sim, segundo as profissionais, é saudável consumir leite, já que, Barca afirma que o leite é um alimento rico em proteínas de alto valor biológico, vitaminas e minerais que fornecem diversos benefícios para a saúde óssea, o emagrecimento, o ganho de massa muscular e a cicatrização.

É bom tomar leite todos os dias?

Massa de panqueca de espinafre
Massa de panqueca de espinafre Foto: Istock

Para ambas, não existe uma periodicidade correta, já que, no caso da criança, o cálcio e suas fontes são necessárias, sendo assim, dos Santos afirma que é interessante oferecer leite todos os dias. Thaís Barca complementa que a bebida de origem animal para o adulto é interessante ser encaixada com o objetivo de variar as opções proteicas da dieta e garantir o consumo dos nutrientes presentes no leite, como acontece nessas receitas (ovos com espinafre e cogumelosquiche de espinafrepanqueca de espinafre).

Quantas xícaras de leite pode tomar por dia?

Em nota, o promotor de justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho diz que, ainda não é possível saber se a presença do álcool é de responsabilidade dos transportadores ou dos produtores
Leite

No caso das crianças, Caroline dos Santos indica consumir entre 500 e 600 ml de leite por dia ou reduzir esta quantidade e substituir uma parte por alimentos derivados do leite, como os queijos ou iogurtes. Já para os adultos, exceto os com comorbidades ou gestantes, não há uma orientação, mas Barca indica buscar a ajuda de um nutricionista para ajustar o que é o consumo ideal para cada pessoa.

É bom tomar leite antes de dormir?

Chocolate quente é aquela bebida perfeita para te aquecer nos dias mais frios
Chocolate quente é aquela bebida perfeita para te aquecer nos dias mais frios Foto: Gui Galembeck | Futuro Refeitório

Há pessoas que têm o hábito de tomar o leite antes de dormir e, para essas, temos uma boa notícia, as especialistas aprovam este hábito. “O leite é fonte de triptofano, um aminoácido que está envolvido na produção de serotonina e melatonina, fundamentais na regulação do sono. Apesar disso, estudos mostram que talvez a quantidade de triptofano presente em um copo de leite seja muito baixa, o que não garantiria uma quantidade suficiente para atuar no sistema nervoso central. Mas, uma vez que não há contraindicação e está ajudando na higiene do sono, pode manter o hábito”, indica Barca. Confira algumas opções de leites para tomar antes de dormir (leite caramelado quentechocolate quentechai latte).

Benefícios e malefícios do leite

Bolo de morango idealizado pela chef Heloísa Bacellar
Bolo de morango idealizado pela chef Heloísa Bacellar Foto: Ana Bacellar | Na Cozinha da Helô

De acordo com as nutricionistas, o leite para as crianças é uma ótima fonte de cálcio e está ligado principalmente à saúde óssea. Aos adultos, previne a osteoporose, auxilia no processo de emagrecimento, favorece o ganho de massa muscular, gera mais saciedade, previne o surgimento da xeroftalmia (doença ocular associada à deficiência de vitamina A presente no leite), fortalece a imunidade e ajuda na cicatrização, uma vez que favorece o reparo de tecidos.

Mas há quem não possa tomar leite, e, para essas pessoas, o certo é ficar longe. As crianças e adultos que têm intolerância à lactose e alergia que ingerem a bebida podem ter piora no quadro de inflamação intestinal, de acordo com Thaís Barca, gerando sintomas como dor na barriga, diarreia ou constipação, excesso de gases, distensão abdominal, cólicas, piora do quadro de rinite e sinusite ou coceira na pele. Para essas, veja algumas receitas fáceis sem leite (bolo de morangoestrogonofe de cogumelorabanada vegana).

O que a falta do leite pode causar?

Técnica. Para alcançar a textura elástica e única do aligot, é preciso atenção aos detalhes
Técnica. Para alcançar a textura elástica e única do aligot, é preciso atenção aos detalhes Foto: Suzanne DeChillo

“Se uma criança não bebe leite, o desenvolvimento, o crescimento e a saúde óssea podem ser afetados, podendo resultar em baixa estatura e surgimento de osteoporose, além do impacto na puberdade”, afirma Caroline dos Santos. Por isso, será preciso fazer uma substituição alimentar para suprir essas carências como o aumento do consumo de derivados de leite (se possível) ou alimentos especialmente pensados para essa função.

Para os adultos, o não consumo do leite não gera problemas à saúde, afirma Barca, desde que a alimentação seja equilibrada e os nutrientes encontrados no leite substituídos por alimentos com vitaminas e minerais similares, como vitamina A, vitamina B2, cálcio, magnésio, fósforo e vitamina D.

Pode tomar leite fora da validade?

Especialistas ressaltam que o leite industrializado é seguro.
Especialistas ressaltam que o leite industrializado é seguro. Foto: Pixabay

Ambas recomendam não tomar leite fora da validade, nem mesmo um dia sequer depois da data marcada na embalagem, uma vez que não é possível garantir a integridade do produto.

Qual a diferença entre o leite de caixa e o de saquinho?

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Leite quente com caramelo bem fácil de se preparar
Leite quente com caramelo bem fácil de se preparar Foto: Tiago Queiroz | E

Há quem se pergunte qual é o mais saudável, o leite de caixinha ou de saquinho, e, por isso, perguntamos a diferença entre os dois, para você conhecer mais e poder decidir qual o melhor para você. “O leite de saquinho ou de garrafa passa por um tratamento de pasteurização, o que garante a destruição de bactérias patogênicas e conserva mais os nutrientes do leite. Este leite pasteurizado deve ser mantido sob refrigeração, e tem validade de 3 a 5 dias. Após aberto, deve ser consumido em até 3 dias”, Thaís Barca inicia a explicação.

“O leite longa-vida UHT, ou o de caixinha, é homogeneizado e sofre um tratamento térmico maior. Infelizmente, esse processo destrói todas as bactérias, incluindo as que são benéficas para o nosso intestino e organismo como um todo, além de perder as vitaminas B, alterar as proteínas e os açúcares. Além disso, o leite de caixinha utiliza conservantes que podem causar uma pequena diferença de sabor. A vantagem da embalagem do leite longa-vida é o tempo de prateleira. O leite de caixinha tem a validade de quatro meses em embalagem fechada e até três dias após aberto. Além disso, ele não necessita refrigeração enquanto estiver fechado”, finaliza.

O que é o leite sem lactose?

Bolo brownie com brigadeiroda Isabel Buk
Bolo brownie com brigadeiroda Isabel Buk Foto: Kelly Fuzaro | Isabel Buk

O leite sem lactose, nada mais é que um leite normal com uma enzima chamada lactase adicionada, o que quebra a lactose, como esclarecem as especialistas. “Com essa quebra, o organismo consegue realizar a digestão da lactose sem desconfortos intestinais ou demais sintomas da intolerância. Porém, pessoas com grau de intolerância mais severos podem ter sintomas mesmo consumindo produtos sem lactose, uma vez que ainda pode existir traços nesses alimentos”, ressalta Barca. 

Qual a diferença entre os leites de coco, de aveia, de amêndoa, de soja, de castanha e de arroz?

Caroline dos Santos relata que os leites vegetais são ótimas opções para quem não pode consumir o leite de vaca, mas a maioria deles não costuma ser boa fonte de cálcio. “As bebidas vegetais feitas de coco, amêndoas e castanhas são fontes naturais de gordura, então são boas opções de fonte desse nutriente, além de serem mais calóricos e fontes de vitaminas e minerais naturalmente presentes nesses alimentos.”.

“Já bebidas vegetais produzidas a partir da aveia e do arroz são fontes de carboidrato e, naturalmente, contêm mais fibras em sua composição, e a de soja, por sua vez, é fonte de proteína. Geralmente, as industrializadas recebem acréscimo de outras vitaminas e minerais, com o objetivo de melhorar a qualidade nutricional desses produtos”.

QUAL SERÁ A DECLARAÇÃO DO GOVERNO BRASILEIRO SOBRE AS ELEIÇÕES NA VENEZUELA?

 

História de Julia Braun – Da BBC Brasil em Londres – BBC News Brasil

Maduro disse, durante um comício recente, que haveria 'banho de sangue, em uma guerra civil fratricida' se ele não vencer as eleições

Maduro disse, durante um comício recente, que haveria ‘banho de sangue, em uma guerra civil fratricida’ se ele não vencer as eleições© Getty Images

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou na madrugada desta segunda-feira (29/7) que o presidente Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais do país, mas os resultados foram contestados pela oposição, que disse ter havido fraude “grosseira” para modificar os números.

Segundo o presidente do CNE, Elvis Amoroso, Maduro obteve 51,2% dos votos, contra 44,2% do opositor Edmundo González, com 80% das urnas apuradas.

Diante do anúncio, alguns presidentes de esquerda, como da Bolívia e de Honduras, parabenizaram Maduro, enquanto outros chefes de Estado criticaram a lisura do processo.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, de esquerda, mas crítico de Maduro, disse que não reconhecerá “nenhum resultado que não seja verificável”.

Já o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, afirmou que é fundamental que sejam ouvidas “todas as vozes de todos os setores”.

“É importante esclarecer todas as dúvidas sobre os resultados. Nós pedimos a contagem total de votos, sua verificação, e uma auditoria independente o mais rápido possível”, escreveu no Twitter. “Os resultados eleitorais de um dia tão importante devem ter toda a credibilidade e legitimidade possíveis para o bem da região e, sobretudo, do povo venezuelano.”

O Brasil ainda não havia se pronunciado até a publicação desta reportagem, e a posição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aguardada com atenção.

Segundo especialistas consultados pela BBC Brasil antes da eleição, o país deve ter papel de destaque na política venezuelana nos próximos meses.

A princípio, a posse do novo presidente está marcada para janeiro, o que abre uma janela de mais de cinco meses entre a divulgação do resultado e a efetivação do vencedor na liderança.

“Esse período longo vai exigir de todos os países em torno, mas especialmente do Brasil como liderança regional, um cuidado muito grande na condução de uma mediação entre as partes”, afirma Carolina Silva Pedroso, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Momentos depois do anúncio dos resultados pelo CNE, a principal líder da oposição, María Corina Machado, inabilitada para exercer cargos públicos e apoiadora de González, contestou o resultado.

“Ganhamos em todos os Estados do país e sabemos o que aconteceu hoje. Cem por cento das atas que o CNE transmitiu nós temos e toda essa informação aponta que Edmundo obteve 70% dos votos”, disse Machado a jornalistas.

Ela acrescentou avaliar que as supostas modificações feitas nos resultados haviam sido “grosseiras”.

O embate prenuncia mais tensão nas próximas horas e dias na Venezuela, sob acompanhamento dos países vizinhos e dos EUA.

O governo venezuelano é há muito acusado de fraude eleitoral e as eleições de 2018 foram consideradas ilegítimas por uma aliança formada por 14 nações latino-americanas, o Canadá e os Estados Unidos.

Desta vez, Maduro permitiu a participação da coalizão de partidos opositores, a Plataforma Unitária, em um pacto, batizado de Acordos de Barbados, que resultou em um breve alívio nas sanções econômicas dos EUA.

No entanto, essas sanções foram reimpostas em meio ao bloqueio da candidatura de María Corina Machado e outras medidas contra opositores.

Maduro disse, durante um comício recente, que haveria “banho de sangue, em uma guerra civil fratricida” se ele não vencesse as eleições.

Tudo isto em meio a uma crise econômica que já dura anos e foi agravada pelas sanções americanas. Cerca de 7,7 milhões de venezuelanos deixaram o país, segundo dados do Acnur, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados.

Mediação

O histórico venezuelano e as contestações do resultado – já anunciadas antes mesmo da votação – indicam que uma mediação externa entre oposição e governo Maduro pode ser necessária nos próximos meses, dizem analistas.

O governo Lula já exerceu esse papel de mediador em outras ocasiões, inclusive durante as negociações para os Acordos de Barbados, entre a oposição e o governo Maduro, que permitiram a realização das eleições.

“Muitos acreditam que, sem a intervenção do Brasil, em especial a atuação pessoal do presidente Lula, o candidato da oposição Edmundo Gonzalez não estaria concorrendo e a situação seria semelhante à de 2018, quando havia pouco desafio a Maduro”, afirma Phil Gunson, analista sênior da organização Crisis Group, que acompanha a situação venezuelana, sobre as negociações para o pacto.

O Brasil de Lula também trabalhou nas conversas entre a Venezuela e a Guiana após a crise pela disputa da região de Essequibo. Uma reunião entre os chanceleres das duas nações aconteceu em Brasília em janeiro deste ano, com a mediação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Para Phil Gunson, agora Brasil e Colômbia terão um papel crucial.

“Na Venezuela, não existem instituições neutras; o Supremo Tribunal e a autoridade eleitoral estão totalmente controlados pelo governo. Portanto, a comunidade internacional tem um papel vital, já que a oposição não tem a quem recorrer internamente para apresentar seu caso”, diz Gunson.

Reconhecimento dos resultados

Esta não é a primeira vez que a oposição denuncia a existência de fraudes. Em 2018, o presidente venezuelano foi reeleito em uma eleição contestada tanto internamente quanto internacionalmente.

A votação foi amplamente boicotada pela oposição e a Organização dos Estados Americanos (OEA) a descreveu como uma “farsa”.

Segundo o órgão, a eleição aconteceu “com uma falta geral de liberdades públicas, com candidatos e partidos ilegais, e com autoridades eleitorais desprovidas de toda credibilidade, sujeitas ao poder executivo”.

Consequentemente, a vitória de Maduro não foi aceita pelos Estados Unidos e vários outros países – inclusive o Brasil de Jair Bolsonaro (PL) – que passaram a reconhecer Juan Guaidó, então presidente da Assembleia Nacional, como líder legítimo do país.

No entanto, Guaidó nunca conseguiu assumir o controle efetivo do governo, e Maduro permaneceu no poder. Em resposta, os Estados Unidos impuseram sanções econômicas contra a Venezuela.

Nestas eleições, a oposição já havia acusado o governo de agir ilegalmente antes do dia da eleição, ao bloquear as candidaturas de María Corina Machado e sua substituta, a historiadora Corina Yoris.

Também foram feitas denúncias sobre dificuldade de acesso ao registro necessário para votar (o voto não é obrigatório na Venezuela), tanto no território venezuelano quanto no exterior.

Carolina Silva Pedroso explica que, na Venezuela, as fraudes podem acontecer muito mais antes do voto do que no momento da ida à urna ou na contagem.

“Como o voto não é obrigatório, podem acontecer ações para impedir as pessoas de chegarem ao centro de votação”, diz. “Em eleições passadas também foram registrados casos de coação ou troca de votos por doações de alimentos e cestas básicas.”

Tudo isso tornou o dia da eleição bastante delicado – assim como o período até a posse.

María Corina Machado e Edmundo González Urrutia

María Corina Machado e Edmundo González Urrutia© Getty Images

Pedroso vê a presença na Venezuela do ex-chanceler e atual assessor especial da Presidência, Celso Amorim, como central para a avaliação da situação e posicionamento do Brasil.

Antes de viajar a Caracas, em declaração para o portal G1, Amorim afirmou que seu objetivo é “contribuir para uma eleição correta e limpa” e disse: “Que quem ganhar possa tomar posse tranquilamente”.

“A decisão de enviar Amorim, que é uma figura chave para a política externa brasileira, mostra uma posição assertiva”, avalia a professora da Unifesp.

Celso Amorim está na Venezuela acompanhando a eleição

Celso Amorim está na Venezuela acompanhando a eleição© Getty Images

E segundo Feliciano de Sá Guimarães, professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP), as declarações e movimentações recentes do governo Lula indicam que há uma preparação no governo para não legitimar a eleição venezuelana caso haja qualquer indício de fraude ou uma vitória de Maduro por uma margem muito pequena.

“O custo de reconhecer Maduro como vitorioso é muito alto para o governo brasileiro”, diz. “Esse é um tema muito delicado domesticamente, porque a maioria da população brasileira tem uma visão muito negativa da Venezuela e do governo Maduro.”

Ryan Berg, diretor do Programa de Américas do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, think tank com sede em Washington, D. C., afirma que o posicionamento tomado por Brasil e Colômbia após a divulgação dos resultados pode ser decisivo para o desenrolar da situação.

“Se Maduro conseguir impedir que esses países denunciem a eleição como injusta e não livre, isso será decisivo para ele nos dias seguintes”, diz.

Observação da votação

Tradicional aliado do chavismo e de Nicolás Maduro, o governo Lula endureceu o tom em relação ao processo eleitoral venezuelano nos últimos meses.

Na semana anterior à eleição, o presidente brasileiro expressou preocupação com a retórica recente de Maduro, e solicitou respeito pelo processo democrático e pelo resultado do pleito presidencial no país.

“Fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que, se ele perder as eleições, vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”, disse Lula, em entrevista a agências de notícias internacionais no Palácio da Alvorada.

O venezuelano rebateu sugerindo que quem se assusta precisa tomar “chá de camomila”.

Maduro também atacou o sistema eleitoral brasileiro, dizendo sem provas que os pleitos no Brasil não são auditados. Segundo ele, a Venezuela tem “a melhor auditoria do mundo” e que “nenhum boletim de urna é auditado no Brasil”.

Após as declarações, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reafirmou que as urnas eletrônicas são auditáveis e seguras e declarou que as falas de Maduro são falsas. O órgão também cancelou o envio de dois representantes para acompanhar as eleições venezuelanas.

O convite para acompanhar a realização da votação havia sido feito pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.

O envio de ministros ou servidores do tribunal para acompanhar as eleições em países estrangeiros é uma medida praxe realizada pelo TSE, que também recebe delegações internacionais durante as eleições municipais e presidenciais.

Segundo analistas, a presença dos representantes brasileiros reforçaria ainda mais o papel importante de observação do Brasil e ajudaria a embasar a resposta do governo Lula – de apoio ou questionamento – aos resultados.

Credibilidade

Mas os especialistas reconhecem que o Brasil de hoje é um dos poucos – se não o único – países capazes de dialogar bem com os dois lados da política venezuelana.

Carolina Silva Pedroso, da Unifesp, vê o posicionamento recente mais crítico do governo Lula em relação ao governo Maduro como uma tentativa de construir credibilidade com a oposição para negociar e se mostrar disponível para ajudar em caso de uma crise.

Ao mesmo tempo, Feliciano de Sá Guimarães reconhece que o grande ator externo nos próximos meses serão os Estados Unidos.

Apesar de não manterem relações boas com o chavismo e serem vistos como “o inimigo” por Maduro e seus aliados, os americanos têm a capacidade de usar as sanções econômicas como um poderoso instrumento político, diz Guimarães.

“E o governo americano está especialmente preocupado em não deixar a situação da Venezuela se transformar em um problema que pode afetar as próprias eleições nos Estados Unidos, marcadas para novembro.”

Soldado carrega urna de votação durante parada militar em Caracas

Soldado carrega urna de votação durante parada militar em Caracas© Getty Images

Controle de fronteiras e integração regional

Mas a participação do Brasil pode ir além do papel na observação e reconhecimento dos resultados e mediação.

A crise na Venezuela é vista como uma ameaça à segurança nacional e um obstáculo na consolidação do projeto de reintegração da América do Sul, uma das prioridades do governo Lula em política externa.

Há, segundo o professor da USP, uma preocupação especial com a possibilidade de uma nova onda de fuga de venezuelanos em direção ao território brasileiro, em caso de uma crise política e social.

Mas uma instabilidade eleitoral poderia levar, em última instância, à volta de uma tensão em relação a uma invasão venezuelana de Essequibo.

“Maduro poderia usar isso como uma cartada final se mais nada funcionar”, diz Feliciano de Sá Guimarães.

“Até agora parece pouco provável, mas um país da América do Sul invadindo militarmente outro país da América do Sul seria uma derrota fragorosa e completa da política externa brasileira.”

Para Silva Pedroso, apesar do Brasil defender uma aliança mais profunda entre os países sul-americanos, o Brasil poderia se articular melhor com o governo do colombiano Gustavo Petro para trabalhar em conjunto.

“Petro tem sido muito proativo nesse processo eleitoral e vem de um país que passou efetivamente por um conflito civil de muitas décadas, o que traz uma perspectiva interessante.”

OLIMPÍADA DE PARIS E A ÚLTIMA CEIA DE LEONARDO DA VINCI

 

Paris 2024: organização pede desculpa pela ‘Última Ceia’ na cerimónia de abertura

História de João CastroHistória de João Castro – A Bola

Paris 2024: organização pede desculpa pela 'Última Ceia' na cerimónia de abertura

Paris 2024: organização pede desculpa pela ‘Última Ceia’ na cerimónia de abertura© A BOLA (BR)

A cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos ficou marcada por um momento que gerou alguma polémica: a recriação do conhecido quadro de Leonardo Da Vinci, a ‘Última Ceia’, por drag queens.

Três dias depois, surge uma reação oficial da organização dos Jogos Olímpicos de Paris a lamentar toda a polémica criada.

«É evidente que nunca houve a intenção de desrespeitar qualquer grupo religioso. Pelo contrário, penso que (com) Thomas Jolly, tentámos realmente celebrar a tolerância da comunidade», afirmou Anne Descamps, porta-voz de Paris 2024.

«Olhando para o resultado das sondagens que partilhámos, acreditamos que esta ambição foi alcançada. Se as pessoas se sentiram ofendidas, é claro que lamentamos muito, muito mesmo», prosseguiu.

Já Thomas Jolly, ator francês que foi um dos protagonistas nesta recriação, também explicou as suas intenções em declarações à Associated Press: «O meu desejo não é ser subversivo, nem gozar ou chocar. Acima de tudo, queria enviar uma mensagem de amor, uma mensagem de inclusão e não de divisão».


A Última Ceia de Leonardo da Vinci

igreja de Santa Maria delle Grazie
igreja de Santa Maria delle Grazie
igreja de Santa Maria delle Grazie
igreja de Santa Maria delle Grazie

Um pouco da história da Última Ceia

O Última Ceia de Leonardo da Vinci (Cenáculo Vinciano) é uma das pinturas mais famosas do mundo, a obra foi pintada entre 1494 e 1498 sob o governo de Ludovico o Moro, e representa a última “ceia” de Jesus e seus apóstolos. Para a criação desta obra única, Leonardo realizou uma profunda investigação e produziu uma infinidade de desenhos preparatórios. Abandonando o método tradicional da pintura a fresco, Leonardo retratou a cena “a seco” na parede do refeitório. Foram encontrados traços de folhas metálicas de ouro e prata, comprovando a vontade do artista de criar figuras mais realistas incluindo detalhes preciosos. Fatores técnicos e a atmosfera contribuíram para a deterioração do afresco, que precisou passar por diversas restaurações. A mais recente foi em 1999, quando vários métodos científicos foram utilizados para restaurar as cores originais e, quando possível, para remover traços do verniz aplicado nas tentativas anteriores de restaurar o afresco.

O que é a Última Ceia atualmente?

A Última Ceia de Leonardo encontra-se em posição original, na parede da sala de almoço do antigo convento dominicano, ao lado da Igreja de Santa Maria delle Grazie, exatamente no refeitório do convento e é uma das obras mais famosas e conhecidas do mundo.

A Ultima Ceia de Leonardo da Vinci é uma pintura enorme de 4,60 metros de altura e 8,80 metros de largura, foi realizada com têmpera e óleo sobre um preparo em gesso, ao contrário da técnica de afresco normalmente utilizada naquela época.

Atualmente, numerosas medidas preventivas foram tomadas para proteger o afresco da deterioração. Para garantir que o afresco seja conservado em temperatura ambiente, o acesso aos visitantes foi limitado a um grupo de no máximo 25 pessoas a cada 15 minutos.

Curiosidades sobre a Última Ceia

Você sabia que a grande fama desta obra-prima despertou o interesse de muitos historiadores, pesquisadores e romancistas que tentaram resolver os supostos mistérios e enigmas que envolvem este quadro? Por exemplo, no livro “Segredo dos Templários” de Clive Prince e Lynn Picknett e no romance “O Código da Vinci” de Dan Brown, afirmam que a figura à direita de Jesus não é o apóstolo João, e sim uma figura feminina. A verdade é que estes mistérios e curiosidades ainda não foram resolvidos.

Você sabia que durante a Revolução Francesa, as tropas de Napoleão usaram a parede do refeitório para tiro ao alvo, e durante a Segunda Guerra Mundial, em 1943, os bombardeios destruíram o telhado da antiga sala de almoço do convento dominicano, deixando o quadro exposto ao céu aberto por vários anos?

Por que visitar a Última Ceia?

A Última Ceia de Leonardo da Vinci é sem dúvidas uma das obras de arte mais importantes de todos os tempos, seja pelo seu caráter inovador, seja pelo impacto que teve sobre artistas de todas as épocas. Esta magnífica obra de arte foi considerada pelos artistas contemporâneos de Leonardo como a “pintura falante”, algo que nunca havia acontecido antes.

Como posso visitar a Última Ceia (Cenáculo Vinciano)?

A Ultima Ceia é certamente uma das atrações de maior interesse da cidade de Milão. Como a disponibilidade de ingressos é muito limitada, reservar com antecedência é considerado “obrigatório”. Os ingressos para ver esta obra-prima podem sem reservados online, mas só são vendidos dentro de um pacote, portanto recomendamos combiná-lo com um audioguia de Milão ou com os ingressos para a Pinacoteca de Brera ou para a Pinacoteca Ambrosiana.

Naturalmente, também é possível reservar uma visita guiada que pode incluir outras igrejas ou pontos turísticos no centro de Milão.

Por último, é possível solicitar uma visita guiada com um guia privado que inclua, além do ingresso para a Última Ceia, também uma visita à Igreja de Santa Maria delle Grazie que se encontra ao lado.

Outras atrações nas redondezas

Milão é uma cidade grande e cheia de surpresas. A poucos passos da Última Ceia de Leonardo da Vinci, encontra-se a Piazza do Duomo, no centro histórico da cidade. Nesta praça está a famosa catedral gótica de Milão e a estátua de Vítor Emanuel II, erguida em 1896 em homenagem ao Rei da Itália. Nela encontra-se também a maravilhosa Galeria Vittorio Emanuele II, um centro comercial cheio de lojas, cafés e restaurantes. Depois de passar por esta galeria, você chegará à praça onde está localizado o teatro de luxo da cidade de Milão, o Teatro alla Scala. Um passeio pelo centro histórico simplesmente inesquecível.

Você gostaria de conhecer:

Michelangelo (Florença), Coliseu (Roma) ou Palácio Ducal (Veneza).

AUTODESCOBERTAÉ UMA AUTOEXPLORAÇÃO ONDE VOCê SE ABRE PARA CONHECER SUAS PRÓPRIAS VERDADES E AUTENTICIDADES

 

Ana Julia Guimarães – Produtora de Conteúdo – StartSe

Se você quer ser uma liderança eficaz e ter um impacto significativo, é essencial investir no desenvolvimento do seu ‘eu’ interior. Entenda como!

Liderança (Foto: Canva)

Se você frequentemente se sente descontente ou com um vazio emocional, mesmo quando tudo parece estar bem em sua vida, pode ser um sinal de que algo mais profundo precisa ser explorado — e a autodescoberta que vai te ajudar a identificar isso. 

Ao se envolver nesse processo, você pode descobrir aspectos de si mesmo que estavam ocultos ou negligenciados. Isso inclui identificar suas paixões, tanto na questão profissional ou pessoal, compreender melhor suas emoções, confrontar traumas passados ​​ou reavaliar suas escolhas e caminhos de vida.

O QUE É A AUTODESCOBERTA?

O processo de se descobrir envolve dedicar tempo e esforço para explorar quem você é em um nível mais profundo, suas motivações, valores, crenças e desejos. É uma autoexploração, onde você se abre para a possibilidade de conhecer suas próprias verdades e autenticidade.

  • Vale lembrar que estamos falando de uma jornada contínua, pois estamos em constante evolução e aprendizado ao longo da vida. 

A autodescoberta envolve a disposição de se questionar e se abrir para novas perspectivas. Também pode exigir coragem para confrontar aspectos desconfortáveis ​​e dolorosos de si mesmo, a fim de promover o crescimento e a transformação pessoal.

COMO IDENTIFICAR QUE VOCÊ PRECISA FAZER UMA AUTODESCOBERTA

Abaixo, eu resumo em 3 tópicos o que Brené Brown — pesquisadora e autora norte-americana — diz em seu livro ‘A Coragem de ser Imperfeito’ sobre como podemos identificar que precisamos desse processo. Confira: 

1- SENTIMENTO DE INSATISFAÇÃO

Se você constantemente se sente descontente, mesmo quando as coisas parecem estar bem, pode indicar uma desconexão interna que requer uma exploração mais profunda.

2- QUESTIONAMENTO INTERNO 

Está se questionando sobre o propósito da vida ou sente que algo está faltando em termos de sentido e significado? Isso pode ser um sinal de que você está pronto para se conhecer em um nível mais profundo.

3- PADRÕES REPETITIVOS

Se você percebe que continua repetindo os mesmos padrões negativos ou enfrentando os mesmos desafios, pode ser um sinal de que há questões não resolvidas em seu interior que precisam ser exploradas.

“É importante abraçar nossa vulnerabilidade e cultivar a coragem de sermos nós mesmos, aceitando nossas falhas e imperfeições”, diz Brené Brown, em sua obra. 

A RELAÇÃO ENTRE AUTODESCOBERTA E O SUCESSO

A psicóloga Amy Cuddy, pesquisadora e professora da Harvard Business School, mostra no livro “O Poder da Presença”, que o autoconhecimento é um indicador muito útil de sucesso —  justamente porque ele influencia na autoconfiança. 

Como? Com o processo, você ganha uma compreensão mais profunda de suas habilidades, talentos e pontos fortes. Isso te dá a oportunidade de aproveitar ao máximo essas qualidades, direcionando seus esforços para áreas em que você tem uma vantagem competitiva, o que pode levar ao sucesso em sua carreira e negócios.

  • A escritora cita que, em estudos feitos com empreendedores, essa qualidade indica garra, disposição para trabalhar duro, iniciativa, atividade mental aprimorada, criatividade, capacidade de identificar boas oportunidades, ideias inovadoras; e mais. 

O motivo é simples: quando alguém se conhece menos e, portanto, tem pouca confiança em si mesmo, é mais provável que se sinta extremamente ansioso em situações estressantes ou sob pressão, o que pode atrapalhar seu desempenho.

“Empresários e candidatos a emprego que não transmitem essa qualidade costumam ser considerados menos confiantes e confiáveis, comunicadores menos eficazes e, em última análise, pessoas com desempenho fraco”, diz a psicóloga na obra.

AUTODESCOBERTA E A VIDA PROFISSIONAL: COMO DESCOBRIR ONDE TENHO VANTAGEM COMPETITIVA?

O primeiro passo básico é: analise as atividades abaixo e distribua nos quadros da imagem de acordo com o seu interesse. 

1- Apoiar

2- Ajudar

3- Conversar

4- Fazer reuniões

5- Estudar

6- Liderar

7- Criar estratégias

8- Resolver problemas

9- Tomar decisões

10- Gerenciar projetos

11- Coordenar equipes

12- Analisar dados 

13- Desenvolver planos de ação

14- Realizar apresentações

15- Negociar 

16- Realizar pesquisas

17- Avaliar resultados

18- Implementar melhorias

19- Treinar e orientar colegas

20- Cumprir metas e objetivos estabelecidos

21- Organizar eventos

22- Manter relacionamentos com clientes

23- Gerenciar orçamentos 

24- Elaborar relatórios

25- Fazer análises de mercado e concorrência

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A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

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                                                                                                                                                                    Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

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domingo, 28 de julho de 2024

ELEITORES VENEZUELANOS VÃO VOTAR COM MEDO

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

O povo venezuelano vai às urnas neste domingo sob o signo do medo. Em qualquer país democrático, dias de eleição são dias de festa. Não na Venezuela. A expectativa é que os venezuelanos votem e se fechem em casa para aguardar o resultado. A apreensão se justifica. Seja quem for o vitorioso, o ditador Nicolás Maduro ou o embaixador Edmundo González Urrutia, é possível que irrompa uma sangrenta guerra civil. Recorde-se que o próprio Maduro já fez essa ameaça ao afirmar que, se ele não for reeleito, haverá um “banho de sangue” na Venezuela.

Como um país outrora rico e com uma sociedade vibrante chegou a esse ponto? Como o simples resultado de uma eleição pode, no limite, levar à morte de centenas, se não milhares, de venezuelanos pelas mãos armadas de seus próprios concidadãos?

Claro que a truculência de Maduro, e a do coronel Hugo Chávez antes dele, submeteu o povo venezuelano a uma crise política, econômica e humanitária sem precedentes, o que levou ao exílio forçado nada menos que um quinto da população – 5,4 milhões de pessoas, segundo a agência da ONU para refugiados. Famílias foram destruídas. Isso já bastaria para acirrar os ânimos no país. Mas a crueldade do regime foi além: o chavismo jogou os cidadãos uns contra os outros. Seguindo o manual de todo populista de viés autoritário, Maduro disseminou a ideia segundo a qual quem ousa se opor a ele está se opondo aos interesses “do povo” – logo, deve ser combatido como inimigo.

Contudo, em que pese a plêiade de arbitrariedades cometidas por Maduro, não se pode fechar os olhos para a responsabilidade dos países da América Latina, especialmente do Brasil, a única potência da região, sobre esse estado de coisas. O chavismo sempre foi tratado com condescendência no continente, salvo honrosas exceções. O regime não foi condenado como deveria nem quando rompeu a barreira do populismo e singrou para uma sanguinária ditadura após Chávez aprovar uma emenda à Constituição que lhe garantiu o direito de concorrer a mandatos sucessivos por tempo indeterminado – só interrompido por sua morte, em 5 de março de 2013.

Desde então, Maduro tem sido tratado como parceiro e recebido com honras de chefe de Estado por alguns países da região. Aqui ele esteve no fim de maio de 2023, para vergonha dos genuínos democratas brasileiros. Se o presidente Lula da Silva acertou ao restabelecer as relações diplomáticas do Brasil com a Venezuela, interrompidas formalmente por birra do governo de Jair Bolsonaro, errou ao tratar Maduro como um líder político digno de ser reabilitado como um “democrata” perante a comunidade das nações. Uma coisa são as relações entre dois Estados que têm interesses comuns; outra, muito distinta, é chancelar um regime que impõe a seu próprio povo toda sorte de privações por meio da força bruta.

Eis o quadro dramático das eleições de 2024 no país vizinho. Submetidos ao tacão de Maduro, os venezuelanos assistiram a um processo eleitoral em tudo corrompido. Candidatos da oposição que se revelaram competitivos foram sumariamente cassados sob as alegações mais esdrúxulas. Cerca de 4,5 milhões dos venezuelanos que conseguiram escapar das garras do regime e estão aptos a votar tiveram seus direitos políticos cerceados após Maduro lhes impor entraves para o livre exercício do voto no exterior.

Urrutia, o único que permaneceu na corrida eleitoral com chances de derrotar Maduro, chega ao final da campanha como o franco favorito, com cerca de 55% das intenções de voto, ante 25% de Maduro, de acordo com institutos de pesquisa independentes. Portanto, caso o ditador saia vitorioso do pleito, isso será interpretado por todo o mundo democrático como um resultado fraudulento.

Ao fim e ao cabo, a proclamação do resultado cabe ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão que sabidamente opera sob as ordens de Maduro. Logo, se a oposição vencer, como preveem as pesquisas independentes, só um acordo de bastidor, prevendo alguma forma de transição pacífica, poderá levar ao reconhecimento dessa vitória. Como civis e militares reagirão ao resultado oficial é o drama das próximas horas, que definirão o que será da Venezuela a partir de amanhã.

TROCA DE ADVERTÊNCIAS ENTRE EUA E A CHINA SOBRE O MAR DO SUL CHINÊS

 

História de AFP

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (à esquerda), com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, durante uma reunião à margem da cúpula da Asean em Vientiane, Laos, em 27 de julho de 2024

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (à esquerda), com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, durante uma reunião à margem da cúpula da Asean em Vientiane, Laos, em 27 de julho de 2024© Achmad Ibrahim

O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, e o secretário de Estado americano, Antony Blinken, trocaram advertências neste sábado (27) sobre o Mar do Sul da China, onde Pequim está envolvido em uma disputa territorial com as Filipinas, aliada de Washington.

O chefe da diplomacia americana se reuniu com o seu contraparte chinês à margem de uma cúpula de ministros das Relações Exteriores da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) no Laos. 

Ambos tiveram uma conversa “aberta e produtiva”, ressaltou Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.

O encontro ocorreu após Blinken criticar as ações “de escalada” e “ilegais” de Pequim no disputado Mar da China Meridional, por onde passa uma rota marítima essencial ao comércio internacional.

Nos últimos meses, esta área tem sido palco de diversos confrontos entre chineses e filipinos, o que ressalta o temor de que um aumento das tensões acabe envolvendo Washington, que possui um pacto de defesa com Manila.

Pequim reivindica quase todo o Mar do Sul da China e rejeita tanto as reivindicações territoriais de vários países do Sudeste Asiático, incluindo as Filipinas, como uma decisão internacional que determinou que suas solicitações não possuem base jurídica. 

“Os Estados Unidos não deveriam colocar lenha na fogueira, causar problemas e minar a estabilidade marítima”, disse Wang durante uma reunião com Blinken, segundo um comunicado publicado pela chancelaria chinesa.

Blinken expressou “preocupação” devido às ações provocativas efetuadas recentemente pela China, em particular um bloqueio simulado nas imediações de Taiwan, no momento da posse do presidente taiwanês, Lai Ching-te, explicou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller. 

A China considera Taiwan parte de seu território e, nos últimos anos, intensificou as ações de intimidação contra a ilha, que tem um governo democrático. 

“Quando os promotores da independência de Taiwan lançarem uma provocação, responderemos”, disse Wang, citado pelo Ministério das Relações Exteriores da China.

Durante a reunião, de uma hora e 20 minutos, Blinken mencionou a questão dos direitos humanos em Taiwan, Tibete e Hong Kong, assim como o apoio da China à Rússia na guerra da Ucrânia. 

Por fim, citou o “tema das pessoas detidas injustamente na China e a necessidade de avançar neste ponto”, segundo Miller.

– Papel “decisivo” da China –

Depois da visita ao Laos, o secretário de Estado continuará sua viagem por seis países da região com uma escala em Hanói, Vietnã, com o objetivo de reforçar sua influência americana em relação à China.

Blinken chegou ao Laos dois dias depois que os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e da China, Wang Yi, se reuniram em paralelo à reunião ministerial. 

No encontro, Lavrov afirmou que analisaram “detalhadamente” questões de cooperação e construção de “uma nova arquitetura de segurança”. 

A China é um aliado importante da Rússia e os membros da Otan consideram que Pequim tem um papel “decisivo” em relação a Moscou desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.

ESTRATÉGIAS DO EUA SE KAMALA HARRIS FOR ELEITA

 

História de Andrew Webb – BBC News Brasil

Kamala Harris cumprimenta crianças em Gana em 26 de março de 2023

Kamala Harris cumprimenta crianças em Gana em 26 de março de 2023© Getty Images

Logo após abandonar a corrida presidencial dos Estados Unidos, o presidente Joe Biden endossou a vice-presidente Kamala Harris como sua substituta.

Harris ainda não foi formalmente escolhida a candidata do Partido Democrata, mas caso vença a disputa para o cargo mais alto do país, na Casa Branca, ela seria a primeira mulher presidente dos EUA e a primeira pessoa de ascendência indiana e jamaicana a ocupar o cargo.

Ela também se tornaria a primeira presidente filha de imigrantes desde Andrew Jackson, em 1829.

Abaixo uma análise detalhada da experiência da vice-presidente Kamala Harris com questões internacionais e como ela se posiciona nos principais temas de política externa.

Kamala Harris e o marido, Douglas Emhoff, se beijam na sede de sua campanha presidencial em Wilmington, Delaware

Kamala Harris e o marido, Douglas Emhoff, se beijam na sede de sua campanha presidencial em Wilmington, Delaware© Reuters

Ucrânia

Uma das principais questões de política externa em que Kamala Harris e o candidato republicano Donald Trump provavelmente divergiriam é a guerra da Rússia na Ucrânia.

A postura de Trump causa desconforto entre os países que apoiam a resistência ucraniana à invasão da Rússia.

Há temores entre os apoiadores europeus da Ucrânia de que uma presidência de Trump enfraqueceria o apoio ao país e encorajaria a Rússia a agir de forma desenfreada.

Publicamente, Harris deu ao presidente Biden seu total apoio ao envio de equipamentos militares para a Ucrânia para apoiar a resistência contra a invasão da Rússia em 2022.

“Precisamos aprovar financiamento para a Ucrânia, financiamento para Israel”, disse ela. “O que precisamos fazer em relação a todas essas questões é extremamente importante.”

Ela liderou a delegação dos EUA na Conferência de Segurança de Munique de 2022 realizada poucas semanas antes de os tanques russos entrarem na Ucrânia.

Em junho de 2024, Harris representou os EUA na Cúpula sobre a Paz para a Ucrânia na Suíça.

Kamala Harris aperta a mão do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante uma reunião paralela à Cúpula sobre a Paz na Ucrânia

Kamala Harris aperta a mão do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante uma reunião paralela à Cúpula sobre a Paz na Ucrânia© Getty Images

No entanto, em ambas as ocasiões, ela recebeu o apoio de autoridades mais experientes em política externa, como o Secretário de Estado Antony Blinken em Munique, Alemanha, e o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan em Lucerna, Suíça.

Ao contrário de Biden e de muitos dignitários estrangeiros, Harris nunca viajou para a Ucrânia enquanto estava no cargo. Ela se encontrou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, porém, seis vezes.

Kamala Harris e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi seguram uma bandeira ucraniana enquanto o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky faz um discurso em uma reunião conjunta do Congresso dos EUA em dezembro de 2022

Kamala Harris e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi seguram uma bandeira ucraniana enquanto o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky faz um discurso em uma reunião conjunta do Congresso dos EUA em dezembro de 2022© EPA

A escolha de JD Vance por Donald Trump como seu companheiro de chapa reacendeu preocupações na Europa de que a política de “América em primeiro lugar” de Trump pode pressionar a Ucrânia a admitir derrota ao presidente russo Vladimir Putin.

O medo entre os governos europeus é que uma futura administração Trump tentaria fazer a Ucrânia abrir mão de terrirtório em um acordo de paz.

Como estratégia dos EUA deve mudar no mundo se Kamala Harris for eleita

Como estratégia dos EUA deve mudar no mundo se Kamala Harris for eleita© BBC

Rússia e OTAN

Já Kamala Harris prometeu que os EUA seguirão cumprindo suas obrigações de apoiar a OTAN – a aliança de segurança entre as nações europeias e norte-americanas.

Ela tem sido crítica às ameaças de Trump de se retirar da aliança caso os países não contribuam com ao menos 2% de seu produto interno bruto (PIB, a atividade econômica em um país) para a OTAN.

Trump disse que encorajaria a Rússia a invadir os países da OTAN que não pagassem os 2% que deveriam pagar.

“A ideia de que o ex-presidente dos EUA diria que encoraja um ditador brutal a invadir nossos aliados, e que os EUA simplesmente ficariam parados assistindo – nenhum presidente anterior dos EUA, independentemente de partido, curvou-se a um ditador russo antes”, disse Harris.

Kamala Harris em discurso à imprensa ao lançar sua candidatura presidencial

Kamala Harris em discurso à imprensa ao lançar sua candidatura presidencial© Reuters

Israel e a guerra em Gaza

Harris ofereceu apoio vocal a Israel após os ataques de 7 de outubro de 2023, afirmando que o país tem o direito de se defender do Hamas.

“Não criaremos qualquer condição para o apoio que estamos dando para que Israel se defenda”, disse ela em novembro de 2023.

Um mês depois, no entanto, ela assumiu uma postura muito mais crítica a Israel do que Biden e outros funcionários do governo, dizendo que “muitos palestinos inocentes foram mortos” durante a ação militar de Israel contra o Hamas em Gaza.

“Israel deve fazer mais para proteger civis inocentes”, disse ela.

Protestos eclodiram em diversas universidades dos EUA contra a guerra em Gaza

Protestos eclodiram em diversas universidades dos EUA contra a guerra em Gaza© Getty Images

Em março deste ano, após grandes protestos nos EUA e ao redor do mundo, Harris disse que Israel “deve fazer mais para aumentar significativamente o fluxo de ajuda – sem desculpas”.

Ela pediu a Israel que abrisse as passagens de fronteira e protegesse os trabalhadores humanitários.

Em 22 de julho, o ministério da saúde administrado pelo Hamas em Gaza disse que pelo menos 39.006 pessoas já foram mortas na guerra.

Trump demonstrou forte apoio a Israel durante sua presidência. E, em visita ao país, anunciou o apoio dos EUA para que Jerusalém se tornasse a capital de Israel.

Harris foi ao Oriente Médio duas vezes como vice-presidente, mas não a Israel enquanto estava no cargo.

Palestinos inspecionam os escombros de um prédio destruído após um ataque aéreo israelense no bairro de Al-Zawaida, no centro de Gaza, em 19 de julho de 2024

Palestinos inspecionam os escombros de um prédio destruído após um ataque aéreo israelense no bairro de Al-Zawaida, no centro de Gaza, em 19 de julho de 2024© EPA

América Central

Uma das responsabilidades de Harris como vice-presidente tem sido tratar da migração na fronteira com o México.

Trump e outros republicanos criticaram-na diretamente sobre o assunto, dizendo que ela falhou em conter a onda de pessoas chegando por ali.

Em uma viagem à Guatemala em junho de 2021, o âncora da NBC Lester Holt questionou Harris sobre o motivo de ela não ter visitado a fronteira EUA-México. E a resposta caiu no ridículo entre os críticos.

Kamala Harris acena na chegada ao Aeroporto Internacional La Aurora, na Cidade da Guatemala, em junho de 2021

Kamala Harris acena na chegada ao Aeroporto Internacional La Aurora, na Cidade da Guatemala, em junho de 2021© Getty Images

Ela disse que era responsável por lidar com as “causas básicas” da migração da América Central para os EUA e observou que também “não tinha visitado a Europa”.

Harris: "Não venha. Não venha. Os EUA continuarão a aplicar nossas leis e proteger nossas fronteiras. Se você vier para nossa fronteira, será mandado de volta" ao falar sobre migrantes indo para os EUA em uma entrevista coletiva na Cidade da Guatemala, em 7 de junho

Harris: “Não venha. Não venha. Os EUA continuarão a aplicar nossas leis e proteger nossas fronteiras. Se você vier para nossa fronteira, será mandado de volta” ao falar sobre migrantes indo para os EUA em uma entrevista coletiva na Cidade da Guatemala, em 7 de junho© Getty Images

Ela então visitou a fronteira durante uma viagem ao Texas em junho de 2021.

Migrantes em busca de asilo nos EUA caminham em direção à alfândega dos EUA na ponte da fronteira internacional Paso del Norte

Migrantes em busca de asilo nos EUA caminham em direção à alfândega dos EUA na ponte da fronteira internacional Paso del Norte© Reuters

Os republicanos apelidaram Harris de “czar da fronteira”, enquanto criticavam o governo Biden por permitir que a imigração do sul aumentasse.

Trump, que em sua campanha de 2016 promessa de construir um muro na fronteira, tem como uma de suas principais metas conter a imigração pela fronteira com o México.

Durante o período de Harris como vice-presidente, as travessias ilegais de fronteira reportadas em 2021, 2022 e 2023 atingiram o nível mais alto de todos os tempos – embora tenham caído em 2024.

Elas atingiram o menor nível em três anos em junho, depois que o presidente Biden emitiu uma ordem executiva proibindo a maioria dos migrantes de buscar asilo.

Harris também enfrentou críticas por fazer apenas duas viagens à América Central como vice-presidente – três dias em 2021 e um dia em 2022.

Uma integrante do Comitê Democrata de São Francisco mostra seu apoio à nomeação de Harris para presidente durante um comício em frente à Prefeitura de São Francisco

Uma integrante do Comitê Democrata de São Francisco mostra seu apoio à nomeação de Harris para presidente durante um comício em frente à Prefeitura de São Francisco© EPA

China

Assim como Trump, Harris tem sido crítica à China. Ao contrário do ex-presidente, seu foco não tem sido nas tarifas comerciais, mas nas disputas geopolíticas.

Ela acusou a China de “intimidação”, com relação a disputas territoriais no Mar da China Meridional.

Pequim, em troca, acusou Washington de agir como a “mão negra” por trás das tensões nas águas disputadas.

Southwest Cay, também conhecida como Ilha Pugad, é controlada pelo Vietnã e faz parte das disputadas Ilhas Spratly no Mar da China Meridional.

Southwest Cay, também conhecida como Ilha Pugad, é controlada pelo Vietnã e faz parte das disputadas Ilhas Spratly no Mar da China Meridional.© Getty Images

Durante suas quatro viagens à Ásia como vice-presidente, Harris visitou a Coreia do Sul.

Ela entrou na Zona Desmilitarizada, entre o Sul e o Norte, e destacou as tentativas de conter a influência da China na região.

Kamala Harris ao lado da linha de demarcação que separa as duas Coreias, a Zona Desmilitarizada (DMZ), em setembro de 2022

Kamala Harris ao lado da linha de demarcação que separa as duas Coreias, a Zona Desmilitarizada (DMZ), em setembro de 2022© Reuters

Ao visitar a Zona Desmilitarizada em 2019, como presidente, Trump pisou no Norte e apertou a mão do líder norte-coreano Kim Jong-un.

Ele também conversou com Kim em Cingapura.

Donald Trump aperta a mão do líder norte-coreano Kim Jong-un após cruzar a Linha de Demarcação Militar para a Coreia do Norte no vilarejo de Panmunjom, na Zona Desmilitarizada, que separa as duas Coreias junho de 2019

Donald Trump aperta a mão do líder norte-coreano Kim Jong-un após cruzar a Linha de Demarcação Militar para a Coreia do Norte no vilarejo de Panmunjom, na Zona Desmilitarizada, que separa as duas Coreias junho de 2019© EPA

Enquanto Trump enfatiza seus encontros com Kim,]Harris segue uma postura muito mais convencional, fornecendo apoio verbal aos aliados tradicionais.

Durante as presidências de Trump e de Biden, os EUA impuseram tarifas à China.

O atual governo está elevando o custo de importação de veículos elétricos chineses a fim de reforçar sua própria indústria.

Enquanto isso, Trump está se comprometendo a reduzir ou encerrar o apoio às indústrias verdes.

África e Oriente Médio

Em 2023, Harris foi uma das várias autoridades dos EUA a visitar a África.

A mudança reflete uma intenção crescente do governo dos EUA de aprofundar o relacionamento com as nações africanas diante da crescente competição de outras potências globais, especialmente China e Rússia.

Em maio de 2024, ela anunciou planos para ajudar a África a dobrar o acesso à Internet para 80% da população.

Harris também assumiu um papel ativo na limitação das operações da Arábia Saudita, o que incluiu uma parceria com o governo do Iêmen para conter a insurgência no país por quase uma década.

Como senadora, Harris votou para restringir as vendas de armas à Arábia Saudita devido às ações do país no Iêmen e o papel do país no assassinato do jornalista do Washington Post Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul.

O dissidente saudita Jamal Khashoggi discursa em um evento organizado pelo Middle East Monitor em Londres em setembro de 2018, um mês antes de ser morto no consulado saudita em Istambul

O dissidente saudita Jamal Khashoggi discursa em um evento organizado pelo Middle East Monitor em Londres em setembro de 2018, um mês antes de ser morto no consulado saudita em Istambul© Middle East Monitor handout via Reuters

Ela co-patrocinou projetos de lei em 2018 e 2019 para interromper a cooperação militar dos EUA com a Arábia Saudita devido às operações do país no Iêmen.

No entanto, ela tem sido cuidadosa:

“Os EUA e a Arábia Saudita ainda têm áreas de interesse mútuo, como o contraterrorismo, onde os sauditas têm sido parceiros importantes”, disse Harris ao think tank americano Council of Foreign Relations em 2020.

Direitos humanos

Além de agir para limitar a assistência à Arábia Saudita, Harris apoiou leis para defender os direitos humanos em outros lugares.

Ela apoiou a legislação para lembrar o genocídio armênio, uma fonte de tensão entre a Turquia, membro da OTAN, e a Armênia por mais de um século.

Harris apoiou o acordo do Plano de Ação Integral Conjunto de 2015 com o Irã para deter o programa nuclear de Teerã.

Manifestantes seguram uma imagem do comandante iraniano Qassem Soleimani após o ataque aéreo dos EUA no Iraque que o matou

Manifestantes seguram uma imagem do comandante iraniano Qassem Soleimani após o ataque aéreo dos EUA no Iraque que o matou© Getty Images

Ela também condenou um ataque militar de 2020 sob a presidência de Trump que matou o principal general iraniano Qassem Soleimani no Iraque.

Harris também copatrocinou uma legislação que não foi aprovada para bloquear novas ações militares contra líderes e alvos iranianos.

PT É O PARTIDO QUE MAIS DEVE À PREVIDÊNCIA E O FUNDO DE GARANTIA DO TRABALHADOR

 

História de Notas & Informações Jornal Estadão

Autoproclamado defensor da classe trabalhadora, o Partido dos Trabalhadores (PT) é justamente a legenda brasileira que mais acumula dívidas por desrespeitar os direitos trabalhistas de seus empregados e suas obrigações com a União. É como se o PT instituísse por conta própria uma espécie de desoneração da folha de pagamento, ao arrepio da lei, ao deixar de recolher Contribuição Previdenciária e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Essa burla às regras previdenciárias e trabalhistas custa caro aos cofres públicos. Diretórios petistas espalhados pelo País têm R$ 22,2 milhões inscritos na Dívida Ativa da União – dos quais R$ 18,2 milhões em débitos com a deficitária Previdência Social e R$ 266 mil com o FGTS.

E tudo isso numa agremiação que está entre as mais ricas do País, financiada pela fartura de fundos públicos que nem deveriam existir, pois partido político que se preze consegue se bancar exclusivamente com doações de seus simpatizantes. Agora, ao que parece, o PT se financia também por meio de calote trabalhista em seus funcionários. Quando questionada, a legenda ainda se dá o direito de não dar nenhuma explicação, talvez porque explicação não haja.

Enquanto alardeia que a reforma trabalhista promovida no governo de Michel Temer acabou com os direitos dos trabalhadores, o PT escolhe quais direitos de seus funcionários vai respeitar. A comparação com os partidos ditos “burgueses” é ainda mais reveladora: o PT bate de longe os débitos do União Brasil (R$ 5,2 milhões), do PSDB (R$ 5,1 milhões) e do MDB (R$ 4,5 milhões) – ao todo, as siglas devem hoje ao menos R$ 54,2 milhões aos cofres públicos da União.

Não foi à toa, portanto, que o PT apoiou com tanto entusiasmo a infame PEC da Anistia – a Proposta de Emenda à Constituição, recentemente aprovada na Câmara, que perdoa partidos que violaram a legislação eleitoral e que cria um financiamento camarada para as dívidas com a Previdência Social. São 60 prestações generosas – ou cinco anos – para quitar as pendências. Não tendo sido a primeira vez que os partidos se concedem a si mesmos uma desavergonhada anistia como essa, nada indica que será a última.

Nada disso orna com o feroz discurso petista contra a indecência na política e contra o que chamam de “desmonte” dos direitos trabalhistas. No “outro mundo possível” idealizado pelo lulopetismo – que segundo seus devotos só não se concretiza porque a “burguesia” e o “capital” não deixam –, os trabalhadores estarão no paraíso. Já neste mundo trevoso, o PT tunga seus próprios empregados, e justamente na Previdência – aquela que, segundo a fábula petista, não tem déficit. É mais que apenas uma ironia: trata-se de um estudo de caso sobre o cinismo dos que sabotam a modernização do País, em nome da proteção dos trabalhadores, ao mesmo tempo que não hesitam em tomar dinheiro desses mesmos trabalhadores para fechar as contas do partido.

GERAÇÃO Z NÃO QUER TRABALHAR NAS BIG TECHS

 

História de Viny Mathias – IGN Brasil

Uma nova pesquisa feita pelo National Society of High School Scholars (NSHSS) e publicada pela Forbes sugere que as carreiras na área da saúde são mais atraentes para os trabalhadores da Geração Z. O que difere bastante dos Millenials, cujo objetivo era ingressar em uma grande empresa de tecnologia.

Já havíamos visto que, embora há alguns anos a Google fosse o emprego dos sonhos de muita gente (e se falava muito da empresa como exemplo corporativo), agora não é mais assim. E, no geral, parece não ser a única big tech que perdeu o interesse. A pesquisa mostra o declínio de outras também.

As empresas de tecnologia têm uma classificação inferior nas aspirações de carreira da Geração Z, de acordo com uma pesquisa realizada com mais de 10 mil entrevistados pelo NSHSS. Se você está confuso sobre quando começa e termina uma geração.

Geração Z perdeu interesse que Millenials têm de trabalhar no Google e outras big techs, aponta estudo

Geração Z perdeu interesse que Millenials têm de trabalhar no Google e outras big techs, aponta estudo© Fornecido por IGN Brasil(Imagem: Dylan Nolte/Unsplash) Valor pessoal acima do valor monetário

Segundo a pesquisa do NSHSS, a Geração Z busca se alinhar a um conjunto de valores. Quando olhamos para os empregadores, os fatores mais importantes para a Geração Z são: tratamento justo dos empregados (28%), equilíbrio entre vida pessoal e profissional (25%) e responsabilidade social corporativa (14%) .

Como já apontaram outras pesquisas, verifica-se que os jovens já não se preocupam tanto com o dinheiro como no passado (até porque neste momento um bom emprego já não dá dinheiro para viver confortavelmente em muitas cidades do mundo). Além disso, eles optam também por empregos com valores ou que tenham uma missão.

A Geração Z também valoriza o seu tempo pessoal, sendo as folgas (63%) e os horários flexíveis de trabalho (61%) os benefícios mais valorizados. Estão também atentos ao próximo passo na sua carreira e procuram empregadores que invistam neles, sendo as oportunidades de desenvolvimento de carreira (86%) e caminhos claros para promoção (44%) as experiências de trabalho mais procuradas.As empresas onde os jovens nos EUA querem trabalhar

De acordo com o relatório, a Geração Z tem grande interesse nas profissões médicas e de saúde. Em vez de cobiçar empresas de grande nome como Meta, Netflix e etc, a Gen Z concentrou-se nos hospitais e nas organizações de saúde como os empregadores mais desejados.

O interesse é tanto que os quatro primeiros colocados são dá área da saúde nos Estados Unidos. Sendo três entidades e o quarto sendo trabalhar em hospitais locais. Confira o top 20 da pesquisa feita pelo NSHSS:St. Jude Children’s Research Hospital Mayo Clinic Health Care Service Corp. Hospitais locais FBI NASA Google Amazon Apple Walt Disney Company CIA Children’s Healthcare of Atlanta Cruz Vermelha Center for Disease Control and Prevention Netflix Microsoft Delta Air Lines The New York Times Meridian Health Nintendo