O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, e o secretário de
Estado americano, Antony Blinken, trocaram advertências neste sábado
(27) sobre o Mar do Sul da China, onde Pequim está envolvido em uma
disputa territorial com as Filipinas, aliada de Washington.
O chefe da diplomacia americana se reuniu com o seu contraparte
chinês à margem de uma cúpula de ministros das Relações Exteriores da
Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) no Laos.
Ambos tiveram uma conversa “aberta e produtiva”, ressaltou Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.
O encontro ocorreu após Blinken criticar as ações “de escalada” e
“ilegais” de Pequim no disputado Mar da China Meridional, por onde passa
uma rota marítima essencial ao comércio internacional.
Nos últimos meses, esta área tem sido palco de diversos confrontos
entre chineses e filipinos, o que ressalta o temor de que um aumento das
tensões acabe envolvendo Washington, que possui um pacto de defesa com
Manila.
Pequim reivindica quase todo o Mar do Sul da China e rejeita tanto as
reivindicações territoriais de vários países do Sudeste Asiático,
incluindo as Filipinas, como uma decisão internacional que determinou
que suas solicitações não possuem base jurídica.
“Os Estados Unidos não deveriam colocar lenha na fogueira, causar
problemas e minar a estabilidade marítima”, disse Wang durante uma
reunião com Blinken, segundo um comunicado publicado pela chancelaria
chinesa.
Blinken expressou “preocupação” devido às ações provocativas
efetuadas recentemente pela China, em particular um bloqueio simulado
nas imediações de Taiwan, no momento da posse do presidente taiwanês,
Lai Ching-te, explicou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew
Miller.
A China considera Taiwan parte de seu território e, nos últimos anos,
intensificou as ações de intimidação contra a ilha, que tem um governo
democrático.
“Quando os promotores da independência de Taiwan lançarem uma
provocação, responderemos”, disse Wang, citado pelo Ministério das
Relações Exteriores da China.
Durante a reunião, de uma hora e 20 minutos, Blinken mencionou a
questão dos direitos humanos em Taiwan, Tibete e Hong Kong, assim como o
apoio da China à Rússia na guerra da Ucrânia.
Por fim, citou o “tema das pessoas detidas injustamente na China e a necessidade de avançar neste ponto”, segundo Miller.
– Papel “decisivo” da China –
Depois da visita ao Laos, o secretário de Estado continuará sua
viagem por seis países da região com uma escala em Hanói, Vietnã, com o
objetivo de reforçar sua influência americana em relação à China.
Blinken chegou ao Laos dois dias depois que os ministros das Relações
Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e da China, Wang Yi, se reuniram
em paralelo à reunião ministerial.
No encontro, Lavrov afirmou que analisaram “detalhadamente” questões
de cooperação e construção de “uma nova arquitetura de segurança”.
A China é um aliado importante da Rússia e os membros da Otan
consideram que Pequim tem um papel “decisivo” em relação a Moscou desde a
invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Logo após abandonar a corrida presidencial dos Estados Unidos, o presidente Joe Biden endossou a vice-presidente Kamala Harris como sua substituta.
Harris ainda não foi formalmente escolhida a candidata do Partido
Democrata, mas caso vença a disputa para o cargo mais alto do país, na
Casa Branca, ela seria a primeira mulher presidente dos EUA e a primeira
pessoa de ascendência indiana e jamaicana a ocupar o cargo.
Ela também se tornaria a primeira presidente filha de imigrantes desde Andrew Jackson, em 1829.
Abaixo uma análise detalhada da experiência da vice-presidente Kamala
Harris com questões internacionais e como ela se posiciona nos
principais temas de política externa.
Uma das principais questões de política externa em que Kamala Harris e
o candidato republicano Donald Trump provavelmente divergiriam é a
guerra da Rússia na Ucrânia.
A postura de Trump causa desconforto entre os países que apoiam a resistência ucraniana à invasão da Rússia.
Há temores entre os apoiadores europeus da Ucrânia de que uma
presidência de Trump enfraqueceria o apoio ao país e encorajaria a
Rússia a agir de forma desenfreada.
Publicamente, Harris deu ao presidente Biden seu total apoio ao envio
de equipamentos militares para a Ucrânia para apoiar a resistência
contra a invasão da Rússia em 2022.
“Precisamos aprovar financiamento para a Ucrânia, financiamento para
Israel”, disse ela. “O que precisamos fazer em relação a todas essas
questões é extremamente importante.”
Ela liderou a delegação dos EUA na Conferência de Segurança de
Munique de 2022 realizada poucas semanas antes de os tanques russos
entrarem na Ucrânia.
Em junho de 2024, Harris representou os EUA na Cúpula sobre a Paz para a Ucrânia na Suíça.
No entanto, em ambas as ocasiões, ela recebeu o apoio de autoridades
mais experientes em política externa, como o Secretário de Estado Antony
Blinken em Munique, Alemanha, e o conselheiro de segurança nacional
Jake Sullivan em Lucerna, Suíça.
Ao contrário de Biden e de muitos dignitários estrangeiros, Harris
nunca viajou para a Ucrânia enquanto estava no cargo. Ela se encontrou
com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, porém, seis vezes.
A escolha de JD Vance por Donald Trump como seu companheiro de chapa
reacendeu preocupações na Europa de que a política de “América em
primeiro lugar” de Trump pode pressionar a Ucrânia a admitir derrota ao
presidente russo Vladimir Putin.
O medo entre os governos europeus é que uma futura administração
Trump tentaria fazer a Ucrânia abrir mão de terrirtório em um acordo de
paz.
Já Kamala Harris prometeu que os EUA seguirão cumprindo suas
obrigações de apoiar a OTAN – a aliança de segurança entre as nações
europeias e norte-americanas.
Ela tem sido crítica às ameaças de Trump de se retirar da aliança
caso os países não contribuam com ao menos 2% de seu produto interno
bruto (PIB, a atividade econômica em um país) para a OTAN.
Trump disse que encorajaria a Rússia a invadir os países da OTAN que não pagassem os 2% que deveriam pagar.
“A ideia de que o ex-presidente dos EUA diria que encoraja um ditador
brutal a invadir nossos aliados, e que os EUA simplesmente ficariam
parados assistindo – nenhum presidente anterior dos EUA,
independentemente de partido, curvou-se a um ditador russo antes”, disse
Harris.
Harris ofereceu apoio vocal a Israel após os ataques de 7 de outubro
de 2023, afirmando que o país tem o direito de se defender do Hamas.
“Não criaremos qualquer condição para o apoio que estamos dando para que Israel se defenda”, disse ela em novembro de 2023.
Um mês depois, no entanto, ela assumiu uma postura muito mais crítica
a Israel do que Biden e outros funcionários do governo, dizendo que
“muitos palestinos inocentes foram mortos” durante a ação militar de
Israel contra o Hamas em Gaza.
“Israel deve fazer mais para proteger civis inocentes”, disse ela.
Em março deste ano, após grandes protestos nos EUA e ao redor do
mundo, Harris disse que Israel “deve fazer mais para aumentar
significativamente o fluxo de ajuda – sem desculpas”.
Ela pediu a Israel que abrisse as passagens de fronteira e protegesse os trabalhadores humanitários.
Em 22 de julho, o ministério da saúde administrado pelo Hamas em Gaza
disse que pelo menos 39.006 pessoas já foram mortas na guerra.
Trump demonstrou forte apoio a Israel durante sua presidência. E, em
visita ao país, anunciou o apoio dos EUA para que Jerusalém se tornasse a
capital de Israel.
Harris foi ao Oriente Médio duas vezes como vice-presidente, mas não a Israel enquanto estava no cargo.
Uma das responsabilidades de Harris como vice-presidente tem sido tratar da migração na fronteira com o México.
Trump e outros republicanos criticaram-na diretamente sobre o
assunto, dizendo que ela falhou em conter a onda de pessoas chegando por
ali.
Em uma viagem à Guatemala em junho de 2021, o âncora da NBC Lester
Holt questionou Harris sobre o motivo de ela não ter visitado a
fronteira EUA-México. E a resposta caiu no ridículo entre os críticos.
Ela disse que era responsável por lidar com as “causas básicas” da
migração da América Central para os EUA e observou que também “não tinha
visitado a Europa”.
Os republicanos apelidaram Harris de “czar da fronteira”, enquanto
criticavam o governo Biden por permitir que a imigração do sul
aumentasse.
Trump, que em sua campanha de 2016 promessa de construir um muro na
fronteira, tem como uma de suas principais metas conter a imigração pela
fronteira com o México.
Durante o período de Harris como vice-presidente, as travessias
ilegais de fronteira reportadas em 2021, 2022 e 2023 atingiram o nível
mais alto de todos os tempos – embora tenham caído em 2024.
Elas atingiram o menor nível em três anos em junho, depois que o
presidente Biden emitiu uma ordem executiva proibindo a maioria dos
migrantes de buscar asilo.
Harris também enfrentou críticas por fazer apenas duas viagens à
América Central como vice-presidente – três dias em 2021 e um dia em
2022.
Assim como Trump, Harris tem sido crítica à China. Ao contrário do
ex-presidente, seu foco não tem sido nas tarifas comerciais, mas nas
disputas geopolíticas.
Ela acusou a China de “intimidação”, com relação a disputas territoriais no Mar da China Meridional.
Pequim, em troca, acusou Washington de agir como a “mão negra” por trás das tensões nas águas disputadas.
Enquanto Trump enfatiza seus encontros com Kim,]Harris segue uma
postura muito mais convencional, fornecendo apoio verbal aos aliados
tradicionais.
Durante as presidências de Trump e de Biden, os EUA impuseram tarifas à China.
O atual governo está elevando o custo de importação de veículos elétricos chineses a fim de reforçar sua própria indústria.
Enquanto isso, Trump está se comprometendo a reduzir ou encerrar o apoio às indústrias verdes.
África e Oriente Médio
Em 2023, Harris foi uma das várias autoridades dos EUA a visitar a África.
A mudança reflete uma intenção crescente do governo dos EUA de
aprofundar o relacionamento com as nações africanas diante da crescente
competição de outras potências globais, especialmente China e Rússia.
Em maio de 2024, ela anunciou planos para ajudar a África a dobrar o acesso à Internet para 80% da população.
Harris também assumiu um papel ativo na limitação das operações da
Arábia Saudita, o que incluiu uma parceria com o governo do Iêmen para
conter a insurgência no país por quase uma década.
Como senadora, Harris votou para restringir as vendas de armas à
Arábia Saudita devido às ações do país no Iêmen e o papel do país no
assassinato do jornalista do Washington Post Jamal Khashoggi no
consulado saudita em Istambul.
Ela co-patrocinou projetos de lei em 2018 e 2019 para interromper a
cooperação militar dos EUA com a Arábia Saudita devido às operações do
país no Iêmen.
No entanto, ela tem sido cuidadosa:
“Os EUA e a Arábia Saudita ainda têm áreas de interesse mútuo, como o
contraterrorismo, onde os sauditas têm sido parceiros importantes”,
disse Harris ao think tank americano Council of Foreign Relations em
2020.
Direitos humanos
Além de agir para limitar a assistência à Arábia Saudita, Harris
apoiou leis para defender os direitos humanos em outros lugares.
Ela apoiou a legislação para lembrar o genocídio armênio, uma fonte
de tensão entre a Turquia, membro da OTAN, e a Armênia por mais de um
século.
Harris apoiou o acordo do Plano de Ação Integral Conjunto de 2015 com o Irã para deter o programa nuclear de Teerã.
Autoproclamado defensor da classe trabalhadora, o Partido dos
Trabalhadores (PT) é justamente a legenda brasileira que mais acumula
dívidas por desrespeitar os direitos trabalhistas de seus empregados e
suas obrigações com a União. É como se o PT instituísse por conta
própria uma espécie de desoneração da folha de pagamento, ao arrepio da
lei, ao deixar de recolher Contribuição Previdenciária e Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Essa burla às regras previdenciárias e trabalhistas custa caro aos
cofres públicos. Diretórios petistas espalhados pelo País têm R$ 22,2
milhões inscritos na Dívida Ativa da União – dos quais R$ 18,2 milhões
em débitos com a deficitária Previdência Social e R$ 266 mil com o FGTS.
E tudo isso numa agremiação que está entre as mais ricas do País,
financiada pela fartura de fundos públicos que nem deveriam existir,
pois partido político que se preze consegue se bancar exclusivamente com
doações de seus simpatizantes. Agora, ao que parece, o PT se financia
também por meio de calote trabalhista em seus funcionários. Quando
questionada, a legenda ainda se dá o direito de não dar nenhuma
explicação, talvez porque explicação não haja.
Enquanto alardeia que a reforma trabalhista promovida no governo de
Michel Temer acabou com os direitos dos trabalhadores, o PT escolhe
quais direitos de seus funcionários vai respeitar. A comparação com os
partidos ditos “burgueses” é ainda mais reveladora: o PT bate de longe
os débitos do União Brasil (R$ 5,2 milhões), do PSDB (R$ 5,1 milhões) e
do MDB (R$ 4,5 milhões) – ao todo, as siglas devem hoje ao menos R$ 54,2
milhões aos cofres públicos da União.
Não foi à toa, portanto, que o PT apoiou com tanto entusiasmo a
infame PEC da Anistia – a Proposta de Emenda à Constituição,
recentemente aprovada na Câmara, que perdoa partidos que violaram a
legislação eleitoral e que cria um financiamento camarada para as
dívidas com a Previdência Social. São 60 prestações generosas – ou cinco
anos – para quitar as pendências. Não tendo sido a primeira vez que os
partidos se concedem a si mesmos uma desavergonhada anistia como essa,
nada indica que será a última.
Nada disso orna com o feroz discurso petista contra a indecência na
política e contra o que chamam de “desmonte” dos direitos trabalhistas.
No “outro mundo possível” idealizado pelo lulopetismo – que segundo seus
devotos só não se concretiza porque a “burguesia” e o “capital” não
deixam –, os trabalhadores estarão no paraíso. Já neste mundo trevoso, o
PT tunga seus próprios empregados, e justamente na Previdência – aquela
que, segundo a fábula petista, não tem déficit. É mais que apenas uma
ironia: trata-se de um estudo de caso sobre o cinismo dos que sabotam a
modernização do País, em nome da proteção dos trabalhadores, ao mesmo
tempo que não hesitam em tomar dinheiro desses mesmos trabalhadores para
fechar as contas do partido.
Já havíamos visto que, embora há alguns anos a Google fosse
o emprego dos sonhos de muita gente (e se falava muito da empresa como
exemplo corporativo), agora não é mais assim. E, no geral, parece não
ser a única big tech que perdeu o interesse. A pesquisa mostra o
declínio de outras também.
As empresas de tecnologia têm uma classificação inferior nas
aspirações de carreira da Geração Z, de acordo com uma pesquisa
realizada com mais de 10 mil entrevistados pelo NSHSS. Se você está
confuso sobre quando começa e termina uma geração.
Segundo a pesquisa do NSHSS, a Geração Z busca se alinhar a um
conjunto de valores. Quando olhamos para os empregadores, os fatores
mais importantes para a Geração Z são: tratamento justo dos empregados (28%), equilíbrio entre vida pessoal e profissional (25%) e responsabilidade social corporativa (14%) .
Como já apontaram outras pesquisas, verifica-se que os jovens já não se preocupam tanto com o dinheiro como no passado (até
porque neste momento um bom emprego já não dá dinheiro para viver
confortavelmente em muitas cidades do mundo). Além disso, eles optam
também por empregos com valores ou que tenham uma missão.
A Geração Z também valoriza o seu tempo pessoal, sendo as folgas (63%) e os horários flexíveis de trabalho (61%)
os benefícios mais valorizados. Estão também atentos ao próximo passo
na sua carreira e procuram empregadores que invistam neles, sendo as oportunidades de desenvolvimento de carreira (86%) e caminhos claros para promoção (44%) as experiências de trabalho mais procuradas.As empresas onde os jovens nos EUA querem trabalhar
De acordo com o relatório, a Geração Z tem grande interesse nas
profissões médicas e de saúde. Em vez de cobiçar empresas de grande nome
como Meta, Netflix e etc, a Gen Z concentrou-se nos hospitais e nas
organizações de saúde como os empregadores mais desejados.
O interesse é tanto que os quatro primeiros colocados são dá área da
saúde nos Estados Unidos. Sendo três entidades e o quarto sendo
trabalhar em hospitais locais. Confira o top 20 da pesquisa feita pelo
NSHSS:St. Jude Children’s Research Hospital Mayo Clinic Health Care
Service Corp. Hospitais locais FBI NASA Google Amazon Apple Walt Disney
Company CIA Children’s Healthcare of Atlanta Cruz Vermelha Center for
Disease Control and Prevention Netflix Microsoft Delta Air Lines The New
York Times Meridian Health Nintendo
No Brasil, utilizamos a palavra traça para classificar dois grupos de insetos bem diferentes. Um deles é o das conhecidas traças-dos-livros, insetos pertencentes à ordem Zygentoma. O outro é o das traças-das-roupas, da ordem Lepidoptera, que são a fase larval das mariposas e possuem um ciclo de vida interessante.
Para explicar melhor o que são esses insetos, quais seus hábitos e como acabar com as traças,
entrevistamos o biólogo e pesquisador da área de entomologia da
Universidade de São Paulo Bruno Zilberman. Confira a entrevista:
eCycle: Bruno, o que são as traças?
Bruno Zilberman:Traças-dos-livros, como
são comumente chamadas, pertencem a um dos grupos de insetos mais
primitivos que conhecemos, já que compartilham muitas características
com os primeiros insetos que viveram milhões de anos atrás. Uma dessas
características, por exemplo, é a ausência de asas.
O tamanho desses insetos é de pequeno a médio (0,85 a 1,3 cm). A
forma do corpo alongada, achatada, com três filamentos caudais e
coloração em geral acinzentada, faz com que sejam animais bem distintos e
facilmente reconhecíveis.
São ametábolos, isto é, o estado juvenil desses insetos é muito
semelhante ao do indivíduo adulto. Qualquer um que já tenha tido ou
tenha traças em casa sabe bem, que são animais de
hábitos noturnos. Além disso, são muito ágeis, locomovendo-se
rapidamente e facilmente entrando em frestas de móveis, armários e
caixas. Gostam de ambientes escuros e de umidade.
Veja na imagem a seguir um exemplar de traça-dos-livros, em sua fase adulta, sem asas:
Outro tipo de traça comum em residências são as chamadas traças-das-roupas. Elas pertencem a um grupo diferente de insetos, da Ordem Lepidoptera, e são pequenas mariposas. Uma diferença marcante entre elas e as traças-dos-livros é que estas mariposas, usualmente chamadas de traças-das-roupas, possuem o desenvolvimento holometábolo, o que significa que a fase jovem é radicalmente diferente da fase adulta.
Isso é relevante, pois o problema desses animais como praga se dá justamente em sua fase jovem. Afinal, essas mariposas em
fase adulta possuem o sistema digestório atrofiado e apenas as lagartas
se alimentam. As lagartas (fase jovem) são fáceis de reconhecer: elas
se deslocam pelas paredes enquanto ficam protegidas dentro de um
envoltório achatado.
É dentro dessa blindagem que a lagarta se alimenta e empupa, para logo depois se transformar em uma mariposa (fase adulta).
Veja na imagem a seguir a traça-das-roupas (larva da mariposa) e o animal na fase adulta, com asas:
eCycle: Elas fazem mal à saúde?
Zilberman: Não há estudos que sugiram que essas traças causem qualquer mal à saúde.
eCycle: As traças-dos-livros se alimentam de quê?
Zilberman: As traças-dos-livros se alimentam de todo tipo de substância contendo amido. Em nossas residências, podem consumir roupas engomadas, cortinas, lençóis, sedas e a cola de amido dos papéis de parede.
Vegetais e
alimentos que contenham amido também são comida para esses animais.
Como o nome sugere, pode ser uma dor de cabeça para quem tem muitos
livros. São capazes de comer o amido dos livros, como a cola de
encadernação, pigmentos de tinta e o próprio papel.
eCycle: E as traças-das-roupas, de que se alimentam?
Zilberman: As traças-das-roupas se
alimentam de queratina. Lembrando que os adultos (mariposas) não se
alimentam. O problema começa quando a fêmea coloca os ovos em alguma
roupa, ou pedaço de tecido, que seja de origem animal, como lã, peles e caxemira.
Vale enfatizar que os tecidos sintéticos, em geral, não são alvos das traças-das-roupas. Já que carecem de queratina, o nutriente é de interesse dessas larvas.
eCycle: Devemos acabar com as traças?
Zilberman: Depende da pessoa e da situação. Se as traças estão
presentes em um número suportável para você, sem grandes danos
materiais, talvez você fique indiferente à presença delas. Se você
estiver tomando conta de uma biblioteca, por outro lado, é capaz que
queira ver esses bichos longes de lá!
eCycle: Para quem não pode compartilhar o espaço com esses seres, quais seriam as maneiras de afastá-los?
Zilberman: A primeira coisa a se fazer é a prevenção,
evitando o acúmulo de papéis velhos, mantendo os livros e revistas em
lugares adequados e limpos. Devemos ficar de olho em lugares escuros e
úmidos, onde as traças gostam de ficar. Também é comum elas virem em caixas que trazemos das ruas.
A limpeza é a palavra-chave, e devemos manter limpos rodapés e
frestas com aspirador de pó. Assim, reduzindo a disponibilidade de
alimento para esses animais.
Para as traças-das-roupas, a etapa de prevenção é
saber onde e em que condições colocamos nossas roupas. Sabemos que elas
gostam de ambientes quentes e úmidos. Portanto, colocar as roupas em
locais limpos, arejados e secos é recomendável.
Roupas atacadas podem ser colocadas em sacos plásticos e depois em um
freezer por alguns dias. Isso acaba matando os ovos e as lagartas
infestantes.
Alguns métodos naturais circulam pela internet com o fim de afastar esses bichos. Um destes métodos é o uso de folhas de louro em gavetas e armários. O cravo-da-índia é muito utilizado, e o método consiste em preparar sachês com os cravos, espalhando-os por armários, gavetas e estantes.
O Instituto Biológico recomenda uma isca caseira contra a traça-dos-livros à base de cola e farinha. A preparação é feita com:
Após misturar até formar uma massa homogênea, o Instituto recomenda
colocar porções em tampinhas e espalhar nas áreas infestadas.
Outras dicas valiosas
Já que as traças podem causar alguns danos materiais, principalmente em roupas e livros, a equipe do Portal eCycle também encontrou outra sugestão natural para fazer o controle de traças e outras pragas dentro de casa: o extrato deneem. A vantagem desta planta é que ela não faz mal aos mamíferos (incluindo à saúde humana) como os inseticidas mais convencionais.
Pelo contrário, ela é uma boa controladora de pragas, apresentando
inclusive efeitos benéficos. A sugestão é, após a limpeza, aplicar o
extrato de neem nos ambientes em que as traças possam habitar. Fique atento para não deixar escapar para lugares habitados por abelhas, como vasos de plantas com flores, pois é prejudicial para elas.
Se for utilizado como óleo essencial, pingue três gotas nas gavetas ou em outros compartimentos em que as traças possam habitar. Por exemplo: no guarda roupa e nas caixas de papelão.
Se for utilizado na versão com terpeno, a sugestão é fazer a limpeza do local com o produto multiuso caseiro de limão. Ou com um multiuso já pronto, que contenha o terpeno limoneno. A grande vantagem é que essa substância não é tóxica para humanos.
As condições nas terras altas andinas do Equador são
ideais para o cultivo de rosas. O país é um dos maiores exportadores
mundiais dessa flor. Mas, tendo sofrido com a queda nas vendas provocada
pela pandemia e a agitação social no país em 2022, os produtores de
rosas agora têm outro problema.
Depois que sua moeda entrou em colapso, o Equador adotou o dólar
americano em seu lugar, no ano 2000. Com o dólar agora forte, as rosas
do Equador estão perdendo nos mercados mundiais para rivais da Colômbia, Etiópia e Quênia.
Graças ao enfraquecimento do peso, as exportações de flores da Colômbia
em 2023 foram mais de 40% maiores do que antes da pandemia, enquanto as
do Equador cresceram apenas 12% no mesmo período.
Assim como o Equador, o Panamá e El Salvador também
usam o dólar como moeda oficial. As exportações dos três países foram
afetadas recentemente pela força do dólar, mas de forma seletiva.
Projeta-se que o crescimento econômico nos três países fique abaixo da
(reconhecidamente modesta) média latino-americana. Há também outros
fatores.
O Equador sofreu uma onda desestabilizadora de violência provocada
por gangues. Após protestos, o governo do Panamá fechou uma grande mina
de cobre, o que reduziu em 1% seu PIB. E a imprevisível formulação de
políticas em El Salvador, sob o comando de seu presidente autoritário,
Nayib Bukele, abalou os investimentos. O dólar forte aumenta todas essas
dificuldades.
Adotar o dólar significa renunciar a uma política monetária
independente e abrir mão da opção de responder a choques externos por
meio da desvalorização da moeda. Ainda existem bancos centrais no
Equador e em El Salvador, mas eles não controlam a oferta de moeda nem
definem as taxas de juros. Em vez disso, as economias precisam encontrar
outras maneiras de serem flexíveis e competitivas.
Mas, na América Latina, esse raramente é o caso. A dolarização
incentiva uma maior integração econômica com o resto do mundo porque
reduz os custos de transação envolvidos no comércio. Porém, se os bens e
serviços não forem competitivos, será mais difícil aproveitar ao máximo
as possíveis oportunidades. Um estudo recente publicado na revista Applied Economics constatou que a adoção do dólar não gerou nenhum efeito comercial positivo importante para a América Latina.
Uma política fiscal rigorosa torna-se especialmente importante, pois
os países não podem imprimir dinheiro para cobrir seus déficits
orçamentários. Mas em todos os três países dolarizados os déficits foram
consideráveis no ano passado e a dívida pública parece preocupantemente
alta. O FMI está particularmente alarmado com a expansão fiscal de El Salvador, que considera “insustentável”.
Essas dificuldades devem dar uma pausa a Javier Milei,
presidente da Argentina, que fez campanha para adotar o dólar e fechar o
banco central. Ele pode argumentar que, ao eliminar o déficit fiscal e
acabar com os controles, está tornando a economia argentina
suficientemente flexível para se beneficiar da dolarização. E é
certamente verdade que a América Latina abusou da depreciação da moeda
para encobrir falhas de política. No entanto, a experiência mostra que,
longe de ser uma panaceia, a dolarização pode se transformar em um
chicote para as próprias costas.
Influenciadores digitais não devem mais ter foco em ganhar milhões de seguidores, e sim em criar comunidades. Entenda!
Quantas vezes você já se encontrou na frente de uma estratégia de marketing
e escolheu influenciadores digitais com milhões de seguidores para
fechar contrato? Imagino que muitas. Afinal, o mercado de creator
economy movimenta cerca de R$ 70 bilhões, segundo o CB Insights.
Quantos criadores de conteúdo existem no mundo?
Existem 300 milhões de creators no mundo, segundo uma pesquisa feita pela Adobe em 9 grandes nações pesquisadas.
Quantos criadores de conteúdo existem no Brasil?
No Brasil, o número é de 20 milhões de creators, segundo dados da Factworks for Meta.
Influencer, influenciadora digital
Por que o mercado de influenciadores mudou
Agora, com a tendência de creator 2.0 (entenda mais
adiante), o número de seguidores dos criadores de conteúdo tem cada vez
menos peso — algo que gradativamente já estava acontecendo no mercado.
Isso significa, que a tendência é que empresas fechem parceria com quem
tem construído uma comunidade— e que de alguma forma, a comunidade, tenha feat com o negócio.
Ou seja, o papel de pessoas influenciadoras digitais será
cada vez menos sobre elas, e mais sobre o coletivo — é aqui que as
comunidades começam a ganhar força ainda mais na creator economy.
Mas afinal, o que é influencer 2.0?
“A figura do produtor de conteúdo se deslocou do influenciador. O
creator, como está sendo chamado, não tem ‘seguidores’, mas uma
‘comunidade’. Também não se limita a ficar em frente das câmeras.
Produz, escreve, edita, transformando-se em uma verdadeira empresa”, diz
em reportagem do O GloboPaula Passarelli, especialista em marketing digital e fundadora da Agência Brunch.
Isso significa que a gente sai da era de seguidores, e entra para a era comunidades. Esse
creator 2.0 não fala mais “sobre si próprio no afã de ganhar milhões de
seguidores, presentinhos, fazer publicidade com marcas, ser convidado
para ir nos eventos e ficar famoso”, diz em entrevista à StartSe Bia Granja, cofundadora e COO da Youpix.
E sim foca em ver as pessoas além de seguidores, mas como parte do seu grupo de insights. Por
isso, o creator 2.0 “tem relevância e influência, (…) cria conteúdo
útil para quem consome e que resolve problemas funcionais ou emocionais
dessas pessoas [da comunidade]”, completa Bia.
O que muda com o mercado de influencer 2.0?
Modo influencer
Sai do modo influencer, que hoje é o de “pensar apenas em ganhar mais
seguidores, ter muitas visualizações e engajamento para poder vender
mais anúncios”, diz no relatório de tendências da Youpix Avi Gandhi, consultor de Creator Economy. E entra para o modo business.
Modo business
“Em que você pensa no seu conteúdo como se fossem transações
comerciais, se preocupando em construir um relacionamento com uma parte
do seu público (sua comunidade). É daí que vem a monetização e os boletos pagos, com troca de produtos e serviços”, completa o especialista.
E isso vale não apenas para fechar parceria com criadores de
conteúdo, mas também para a comunicação na internet entre você e os
clientes.
Assim, segundo o relatório de tendências da YouPix, é
esperado que em 2023 mais criadores de conteúdo (seja pessoa física ou
empresa) se transformem em “Big Bussiness”.
Nessa, a economia da intenção também ganha forma:
Modo influencer x Modo Business (Imagem: divulgação pesquisa YouPix)
O que é economia da intenção nas redes sociais?
É quando o “conteúdo passa a ser feito sob medida para as
comunidades e não mais para alimentar a Economia da Atenção e o
algoritmo. Essa lógica puxa a fragmentação do conteúdo e a
diversificação dos canais de distribuição e também dos modelos de
negócios”, diz a pesquisa.
Isso acontece porque o modelo algoritmizado das redes e a
hiperdigitalização levaram o consumidor, o creator e as ferramentas de
comunicação à exaustão. “Com tanta informação e estímulos de Dopamina,
estamos buscando uma nova relação de intencionalidade com aquilo que nos
cerca. Nossa atenção tende a ficar cada vez mais seletiva e o que consumimos precisa ter uma carga de propósito e utilidade mais clara”, diz a pesquisa.
Por que importa?
Com a crescente do creator 2.0, você pode, por
exemplo, criar estratégias para o negócio que envolvam comunidades. Seja
fechando parceria de embaixadores de marca que tenham o público-alvo da
marca, como criando a sua própria influência 2.0. Mas lembre-se: aqui, o
foco principal é agregar valor para o público, e não fazer anúncios de
venda.
COMO DEVEM SER OS PARCEIROS NOS NEGÓCIOS
“Parceiros chegam de várias formas. Se juntam por diferentes motivos”.
Eu sei, é clichê, rss. E se a frase fosse minha eu acrescentaria: “O que eles tem em comum é o fato de acreditarem no que nós acreditamos”.
Parceria é a arte de administrar conflitos de interesses e
conexões de interesses, visando resultados benéficos para ambas as
empresas”.
É por isso que eu costumo comparar parceria com casamento. Quem é
casado sabe que administrar conflitos é fundamental para ambos terem
resultados nessa aliança.
Assim como no casamento, o parceiro não precisa ser igual a nós, mas
tem que ter o nosso ‘jeitão’! Nas parcerias eu defendo que o parceiro
precisa ter o DNA de inovação, a inquietude pra sair da zona de conforto
e uma preocupação muito grande com o cliente, não apenas no discurso,
mas na prática. É claro que no processo de análise do possível parceiro,
nós avaliamos o potencial financeiro e de escala da aliança, a
estrutura e o tamanho da empresa. Mas, tem um fator humano que não pode
ser desconsiderado, já que empresas são, na sua essência, pessoas.
É por isso, que normalmente, os parceiros são empresas formadas por
pessoas do bem, pessoas com propósito, que tem tanto o caráter quanto a
lealdade de continuar de mãos dadas, mesmo nos momentos mais difíceis. É
como um casamento mesmo!
É importante também que os parceiros tenham know how e competênciascomplementares,
que potencializem nossas fragilidades e deem mais peso aos nossos
pontos fortes. E como eu acredito que o primeiro approach de
uma boa parceria acontece no plano humano (onde existe emoção), e não no
corporativo, eu gosto muito da histórica da parceria entre Steve Jobs e Steve Wozniak.
Os dois Steves tornaram-se amigos durante um emprego de verão em 1970.
Woz estava ocupado construindo um computador e Jobs viu o potencial para
vendê-lo. Em uma entrevista de 2006 ao Seattle Times, Woz, explicou:
“Eu só estava fazendo algo em que era muito bom, e a única coisa
que eu era bom acabou por ser a coisa que ia mudar o mundo… Steve (Jobs)
pensava muito além. Quando eu projetava coisas boas, às vezes ele
dizia: ‘Nós podemos vender isso’. E nós vendíamos mesmo. Ele estava
pensando em como criar uma empresa, mas talvez ele estivesse mesmo
pensando: ‘Como eu posso mudar o mundo?’”.
Por que essa parceria deu certo? Habilidades e competências complementares.
As habilidades técnicas de Woz juntamente com a visão de Jobs fizeram dos dois a parceria perfeita nos negócios.
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colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
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seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
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as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
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também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Usiminas encerrou o segundo trimestre de 2024 com prejuízo líquido
de R$ 100 milhões, revertendo assim o lucro de R$ 287 milhões apurado no
mesmo período de 2023 e o lucro R$ 36 milhões do primeiro trimestre do
ano, de acordo com o balanço da companhia.
De acordo com a Usiminas, o prejuízo líquido foi decorrente da piora
do resultado operacional, além do efeito da desvalorização do real
frente ao dólar na dívida. O efeito, acrescenta a empresa, foi
parcialmente compensado por efeitos não recorrentes que totalizaram R$
77 milhões positivos, afetando tanto o desempenho operacional quanto
financeiro.
No segmento de Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e
amortização, na sigla em inglês) ajustado, a companhia apresentou R$
247,2 milhões, uma redução de 33% em relação ao 2T23. Essa queda foi
influenciada pelo aumento no custo dos produtos vendidos e por variações
em receitas e despesas operacionais. A margem Ebitda ajustada
reduziu-se de 5% para 4% no comparativo anual.
A receita líquida foi de R$ 6,3 bilhões, marcando uma redução de 8%
em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, com decréscimos nas
vendas no mercado interno e externo de 5% e 19%, respectivamente.
Este declínio na receita foi impulsionado por uma combinação de
condições de mercado adversas, incluindo uma desaceleração econômica
global que afetou diretamente a demanda por aço, e pressões de preço
exacerbadas pela competição internacional e uma potencial sobreoferta no
setor. O Ebitda ajustado do segumento de aço, apesar de o volume de
produção ter subido e as vendas terem ficado praticamente estáveis no
ano, ficou em R$ 70 milhões, marcando queda.
Os custos dos produtos vendidos foram de R$ 6,02 bilhões, um aumento
de 3% em relação ao 2T23, levando a um lucro bruto de R$ 328,2 milhões,
que representou uma diminuição de 44% em relação ao ano anterior. A
margem bruta ajustada de 8% para 5% reflete esses custos.
O endividamento da empresa se ajustou para R$ 998 mil ao final do
2T24, mostrando um aumento de 222% em relação ao ano anterior. A relação
dívida líquida/Ebitda ajustado subiu para 0,79x, de 0,41x no 2T23.
A Usiminas atribuiu os desafios do trimestre a volatilidades cambiais
e condições adversas de mercado, enquanto mantém prudência nas
projeções futuras devido ao ambiente econômico e incertezas globais que
impactam o setor siderúrgico.
Os resultados do Usiminas (BOV:USIM3) (BOV:USIM5) (BOV:USIM6) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2024 foram divulgados no dia 26/07/2024.
VISÃO DO MERCADO
As ações da Usiminas desabam mais de 15% após a divulgação dos
resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24): às 10h40 (horário de
Brasília), os ativos caíam 15,94%, a R$ 6,96.
A siderúrgica encerrou o segundo trimestre de 2024 com prejuízo
líquido de R$ 100 milhões, revertendo assim o lucro de R$ 287 milhões
apurado no mesmo período de 2023 e o lucro R$ 36 milhões do primeiro
trimestre do ano.
De acordo com a Usiminas, o prejuízo líquido foi decorrente da piora
do resultado operacional, além do efeito da desvalorização do real
frente ao dólar na dívida. O efeito, acrescenta a empresa, foi
parcialmente compensado por efeitos não recorrentes que totalizaram R$
77 milhões positivos, afetando tanto o desempenho operacional quanto
financeiro.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação)
ajustado da Usiminas somou R$ 247 milhões, valor 33% menor ante o
segundo trimestre de 2023. A margem Ebitda ajustada foi de 4%, frente
aos 5% registrados um ano antes.
A receita líquida da Usiminas caiu 8% no comparativo anual, chegando a
R$ 6,350 bilhões. No comparativo trimestral, contudo, houve avanço de
2%. Segundo a companhia, o aumento foi decorrente da receita líquida
apurada pela unidade de mineração, que apresentou elevação de 16% no
período e foi impactada positivamente pelos mecanismos de precificação e
câmbio, apesar da queda de 10% nos preços de referência da Platts para o
minério de ferro.
O capex totalizou R$ 231 milhões no segundo trimestre de 2024, valor
74% menor ante igual período do ano anterior e 14% inferior na
comparação trimestral.
O caixa consolidado da Usiminas somou R$ 5,605 bilhões ao final do
período, 13% superior ante um ano e 2% menor comparado ao trimestre
anterior. O fluxo de caixa, por sua vez, foi de R$ 150 milhões.
De acordo com o Bradesco BBI, o destaque negativo ficou para o Ebitda
ajustado, que ficou 22% abaixo do consenso e 34% abaixo da projeção do
mercado. A diferença em relação ao modelo é explicada principalmente
pelos resultados mais fracos do que o esperado em sua divisão de aço.
“Observamos que os preços e despesas realizados do aço no trimestre
foram piores do que nossas expectativas. Também observamos que os preços
realizados do aço caíram 1% no trimestre no 2T24. Quanto à sua divisão
de mineração, o Ebitda se recuperou 84% na base trimestral para R$ 153
milhões no trimestre, impulsionado por preços realizados mais fortes
(+17% na base trimestral) e volumes ligeiramente melhores”, avaliam os
analistas do BBI.
O Ebitda da Usiminas ficou 40% abaixo da estimativa do Itaú BBA, que
ressaltou preços realizados mais fracos do que o esperado no mercado
siderúrgico nacional.
Para o 3T24, a Usiminas está com guidance para um Ebitda trimestral
mais alto em sua divisão de aço, impulsionado principalmente por
volumes/preços mais fortes e custos mais baixos (já que menores custos
de matéria-prima e ganhos de eficiência podem compensar o real mais
fraco), segundo o BBI.
Já o BBA ressalta que as expectativas da empresa de custos estáveis
na divisão siderúrgica especificamente podem ser uma decepção para os
investidores que estavam mais otimistas sobre maiores ganhos de
eficiência.
O BBI apontou que, embora já esperasse uma reação negativa do mercado
a esses resultados, acredita que todos os olhos estarão voltados para o
tom da gerência durante a teleconferência – já que a magnitude das
melhorias trimestrais mencionadas no guidance da empresa ainda não está
clara. O banco tem recomendação outperform (desempenho acima da média,
equivalente à compra) e continua esperando que seu momentum de lucros
acelere no segundo semestre.
O governo federal mandou “recados” a governadores que não
compareceram a uma solenidade de anúncios do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira, 26.
Em discurso no evento, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, fez do
governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), um alvo direto de
críticas. “Tenho orgulho de dizer, presidente, que hoje, aqui, o senhor
libera, só em macrodrenagem, para o Estado de Santa Catarina, que não
tem frequentado as solenidades aqui para receber os investimentos, R$ 1
bilhão para macrodrenagem em Santa Catarina”, declarou.
Costa continuou: “Porque o que interessa é que o povo pobre, o povo
que vive em lugares que alagam, na próxima chuva forte, não perca seus
bens, seu patrimônio, sua casa, ou eventualmente, o pior às vezes
acontece, perdendo a própria vida”.
O ministro disse ter telefonado para a “grande maioria” dos
governadores. Segundo ele, alguns disseram estar no exterior. Além
disso, de acordo com Costa, o governador de Rondônia, Coronel Marcos
Rocha (União Brasil), suspendeu as férias para estar na cerimônia, mas
alegou não ter conseguido um voo.
Na ocasião, o petista fez um agradecimento nominal aos oito
governadores que se fizeram presentes: da Bahia, Jerônimo Rodrigues
(PT), de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), do Ceará, Elmano de Freitas
(PT), da Paraíba, João Azevêdo (PSB), do Espírito Santo, Renato
Casagrande (PSB), do Piauí, Rafael Fonteles (PT), do Sergipe, Fábio
Mitidieri (PSD), e do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil).
Em seguida, afirmou que há valores expressivos do PAC para os Estados
de São Paulo, governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), Minas
Gerais, de Romeu Zema (Novo), e Paraná, de Ratinho Júnior (PSD), além de
Santa Catarina.
Segundo a assessoria do Planalto, além dos governadores, compareceram
os vice-governadores de São Paulo, Felicio Ramuth (Tarcísio), do Pará,
Hana Ghassan (Helder Barbalho), e do Mato Grosso do Sul, José Carlos
Barbosa (Eduardo Riedel).
Em certo momento, Costa mencionou o Rio Grande do Sul, cujo governador, Eduardo Leite (PSDB), também não compareceu.
“Quero destacar sobre o Rio Grande do Sul. Às vezes, eu vejo
polêmicas, ou discursos, ou politização deste evento, e eu sou forçado a
lembrar da enchente em 2021, no sul da Bahia”, declarou ele, que foi
governador do Estado baiano.
O ministro continuou: “Sou forçado a lembrar, para comparar o
tratamento que a Bahia recebeu naquele momento e o tratamento que hoje é
dado ao Rio Grande do Sul. Naquele momento, a Bahia recebeu desprezo,
descaso e, eu diria, um certo deboche, porque a visita do então
presidente naquela época foi para fazer uma motociata”.
Em seguida, Costa ressaltou a destinação de R$ 6,5 bilhões ao Rio
Grande do Sul, dos quais R$ 2 bilhões serão dedicados para a readequação
de equipamentos como bombas e diques.
“Digo isso porque me entristece muito quando a gente está trabalhando
duro, de oito da manhã às 23 horas ou até meia-noite, ver pessoas
priorizando o discurso político, o embate político, ao invés de cuidar
das pessoas”, afirmou.
Costa também fez referência implícita a uma declaração de Leite, de
2023, que defendia a revitalização de uma área em Porto Alegre sem um
muro de contenção de enchentes.
“Vi vídeos de pessoas propondo, à época, retirar os diques para
cuidar da beleza estética de Porto Alegre, como se isso fosse possível,
dada as condições de infraestrutura”, disse o ministro.
Ao discursar, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
também saudou nominalmente os governadores presentes e se queixou da
ausência do restante.
“Alguns não têm comparecido, possivelmente, ainda pela imagem
negativista de um presidente da República que só viajava para o Estado
que ele gostava, para atender amigos, e não dava importância para
aqueles que pensassem diferente dele”, afirmou.
Questionado pelo Estadão/Broadcast se a distância de
alguns governadores do Palácio do Planalto dificulta a elaboração de
projetos, Costa disse que é mais fácil trabalhar quando há entrosamento.
Mas, segundo ele, a ideia é “deixar no passado o excesso de
partidarização e de politização” nas relações com os Estados.
O ministro também afirmou que alguns Estados “sequer apresentaram
propostas” para o PAC. “O prejuízo não é para o governo, não é para mim,
não é para você, o prejuízo é para quem mora nesses locais e poderia
ser atendido”, disse, em coletiva de imprensa.
Na cerimônia, o governo anunciou a nova etapa do PAC com
investimentos de R$ 41,7 bilhões. Os recursos não sairão integralmente
do Orçamento da União. Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho,
foram selecionadas 872 propostas de obras em 707 municípios.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após dois anos e cinco meses de morte,
destruição, gastos brutais e esgarçamento do tecido geopolítico mundial,
um movimento para achar uma saída para a Guerra da Ucrânia ganha corpo
no país que iniciou o conflito: a Rússia.
Nas duas últimas semanas, a Folha ouviu de pessoas com acesso ao
Kremlin e ao Ministério da Defesa em Moscou relatos bastante semelhantes
acerca de iniciativas discretas para a retomada de negociações de paz,
interrompidas de forma direta após 29 de março de 2022.
Ao mesmo tempo, sinais públicos dessa movimentação começaram a
surgir. As diferenças de enfoque, contudo, continuam profundas, o que
torna hercúleo o trabalho de russos, ucranianos e potenciais mediadores.
Segundo um observador próximo do centro do poder russo, o presidente
Vladimir Putin não estava blefando ou apenas tentando atrapalhar a
conferência de paz que o Ocidente e a Ucrânia promoveram na Suíça, no
mês passado.
Ao apresentar termos para acabar com a guerra, ele refletiu uma visão
maximalista. Pediu a neutralidade ucraniana, o desarmamento do país e o
controle sobre a totalidade das quatro regiões que a Rússia anexou
ilegalmente em setembro de 2022 -nem chegou a falar sobre a Crimeia,
absorvida em 2014.
Para essa pessoa e diplomatas, Putin pode se contentar com menos,
desde que isso não sugira uma derrota militar. Já um consultor que
esteve na cúpula da Otan em Washington, há duas semanas, afirmou que é
consenso na aliança militar que alguma cessão territorial terá de
ocorrer por parte de Kiev.
Novamente, vital aqui será não configurar a concessão como uma
derrota. Esse consultor disse ter ouvido de dois generais que os
militares ucranianos têm sido muito mais flexíveis nas conversas sobre o
tema do que a retórica inflamada do presidente Volodimir Zelenski faz
supor.
Hoje, Putin comanda cerca de 20% da Ucrânia. O temor em Kiev e no
Ocidente é que ele use um eventual cessar-fogo ou mesmo um armistício ao
estilo Coreias para se rearmar e ir em frente. O ministro da Defesa da
Alemanha, Boris Pistorius, diz que a Otan terá de se preparar para uma
guerra com os russos em no máximo cinco anos.
No caso russo, há questões de ordem militar também. O fracasso da
contraofensiva ucraniana de 2023 deixou a iniciativa na mão de Moscou
neste ano, e os avanços no leste do país têm sido diários. Em maio,
Putin lançou uma nova frente na região de Kharkiv, no norte do país.
O russo disse que só queria criar um cordão sanitário para evitar
ataques contra o sul da Rússia. Segundo um analista próximo do
Ministério da Defesa russo, o objetivo era tomar toda a região,
inclusive a capital homônima, segunda maior cidade ucraniana. Em ambas
as hipóteses, o Kremlin não teve sucesso.
Para piorar, enquanto não tem faltado mão de obra (25 mil novos
soldados por mês, para manter cerca de 470 mil lutando), os russos têm
enfrentado uma perda de material grande, drenando seus estoques
soviéticos –blindados dos anos 1960 são vistos com frequência em ação.
Nem tudo é má notícia para Moscou. A produção de mísseis está sendo
ampliada, e a munição para artilharia continua sustentando uma razão de
até 5 para 1 contra a ucraniana. A ação em Kharkiv também foi
bem-sucedida em drenar energia vital das Forças Armadas de Zelenski.
Estima-se que triplicou o contingente ucraniano em Kharkiv, o que
segurou os russos, mas abriu outras brechas no dique de 1.000 km de
frentes de batalha do país, particularmente em Donetsk (leste).
A volta do apoio ocidental, após um semestre de indecisão nos EUA,
também sugere mais fôlego para Kiev. Nada que fará a guerra parar, mas
talvez voltar a uma situação de maior equilíbrio.
Nas palavras do analista, Putin joga pelo empate. Como falhou em
conquistar Kiev, se congelar o conflito levando em conta as fronteiras
ocupadas atuais, poderá dizer ao público russo que triunfou.
O apoio à guerra ainda é grande, segundo pesquisas do independente
Centro Levada, mas no mês passado pela primeira vez há mais pessoas
interessadas em negociações de paz do que em combates.
É desse caldo que saíram os sinais recentes de acomodação, que
passaram por conversas indiretas entre russos e americanos relatadas
pela Folha e confirmadas por Moscou.
Primeiro, o premiê húngaro, Viktor Orbán, aproveitou seu semestre
como presidente temporário da União Europeia para fazer uma espécie de
“tour da paz”.
Orbán visitou Zelenski, Putin, o líder chinês Xi Jinping e o
presidenciável americano Donald Trump, cuja posição contrária ao apoio à
Ucrânia apavora os defensores de Kiev. Segundo diplomatas, na viagem a
Moscou ele ouviu os termos de Putin, inclusive os que não são públicos.
O húngaro, um admirador do russo, repassou os recados por meio de uma
carta aos líderes europeus. Em média, todos o criticaram,
desautorizando o uso da UE, mas só em público.
Sinal ainda mais eloquente veio na forma da primeira visita de Dmitro
Kuleba, o combativo chanceler de Zelenski, à China aliada dos russos,
na quarta (24). Para evitar dano de imagem, coube a seu par chinês, Wang
Yi, dizer que Kuleba está disposto a negociar.
O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, saudou a disposição do rival. Na
quinta (25), ele foi além, dizendo que os russos topam conversar com
Zelenski. Não é casual: quando o mandato do ucraniano acabou, em maio,
Putin colocou em xeque sua legitimidade apesar de a legislação do
vizinho não permitir eleições sob lei marcial, uma realidade desde a
invasão.
Na mão contrária, Zelenski sinalizou que aceita debater com o líder
russo –mesmo com uma lei de 2022 proibindo negociação com Putin. O
ucraniano também aposta numa segunda cúpula de paz, desta vez convidando
Moscou.
Este por ora é um caminho incerto, dado que o arranjo só leva em
conta um prato feito por Kiev, mas mostra que as placas tectônica da
diplomacia estão se movendo enquanto Rússia e Ocidente se estranham de
forma aguda, e o mundo espera o resultado da eleição americana.
Se o leme das conversas estiver com Pequim, é possível até que o
Brasil, que dividiu oferta de mediação com a China, tenha algum papel no
enredo.