domingo, 28 de julho de 2024

ESTRATÉGIAS DO EUA SE KAMALA HARRIS FOR ELEITA

 

História de Andrew Webb – BBC News Brasil

Kamala Harris cumprimenta crianças em Gana em 26 de março de 2023

Kamala Harris cumprimenta crianças em Gana em 26 de março de 2023© Getty Images

Logo após abandonar a corrida presidencial dos Estados Unidos, o presidente Joe Biden endossou a vice-presidente Kamala Harris como sua substituta.

Harris ainda não foi formalmente escolhida a candidata do Partido Democrata, mas caso vença a disputa para o cargo mais alto do país, na Casa Branca, ela seria a primeira mulher presidente dos EUA e a primeira pessoa de ascendência indiana e jamaicana a ocupar o cargo.

Ela também se tornaria a primeira presidente filha de imigrantes desde Andrew Jackson, em 1829.

Abaixo uma análise detalhada da experiência da vice-presidente Kamala Harris com questões internacionais e como ela se posiciona nos principais temas de política externa.

Kamala Harris e o marido, Douglas Emhoff, se beijam na sede de sua campanha presidencial em Wilmington, Delaware

Kamala Harris e o marido, Douglas Emhoff, se beijam na sede de sua campanha presidencial em Wilmington, Delaware© Reuters

Ucrânia

Uma das principais questões de política externa em que Kamala Harris e o candidato republicano Donald Trump provavelmente divergiriam é a guerra da Rússia na Ucrânia.

A postura de Trump causa desconforto entre os países que apoiam a resistência ucraniana à invasão da Rússia.

Há temores entre os apoiadores europeus da Ucrânia de que uma presidência de Trump enfraqueceria o apoio ao país e encorajaria a Rússia a agir de forma desenfreada.

Publicamente, Harris deu ao presidente Biden seu total apoio ao envio de equipamentos militares para a Ucrânia para apoiar a resistência contra a invasão da Rússia em 2022.

“Precisamos aprovar financiamento para a Ucrânia, financiamento para Israel”, disse ela. “O que precisamos fazer em relação a todas essas questões é extremamente importante.”

Ela liderou a delegação dos EUA na Conferência de Segurança de Munique de 2022 realizada poucas semanas antes de os tanques russos entrarem na Ucrânia.

Em junho de 2024, Harris representou os EUA na Cúpula sobre a Paz para a Ucrânia na Suíça.

Kamala Harris aperta a mão do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante uma reunião paralela à Cúpula sobre a Paz na Ucrânia

Kamala Harris aperta a mão do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante uma reunião paralela à Cúpula sobre a Paz na Ucrânia© Getty Images

No entanto, em ambas as ocasiões, ela recebeu o apoio de autoridades mais experientes em política externa, como o Secretário de Estado Antony Blinken em Munique, Alemanha, e o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan em Lucerna, Suíça.

Ao contrário de Biden e de muitos dignitários estrangeiros, Harris nunca viajou para a Ucrânia enquanto estava no cargo. Ela se encontrou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, porém, seis vezes.

Kamala Harris e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi seguram uma bandeira ucraniana enquanto o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky faz um discurso em uma reunião conjunta do Congresso dos EUA em dezembro de 2022

Kamala Harris e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi seguram uma bandeira ucraniana enquanto o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky faz um discurso em uma reunião conjunta do Congresso dos EUA em dezembro de 2022© EPA

A escolha de JD Vance por Donald Trump como seu companheiro de chapa reacendeu preocupações na Europa de que a política de “América em primeiro lugar” de Trump pode pressionar a Ucrânia a admitir derrota ao presidente russo Vladimir Putin.

O medo entre os governos europeus é que uma futura administração Trump tentaria fazer a Ucrânia abrir mão de terrirtório em um acordo de paz.

Como estratégia dos EUA deve mudar no mundo se Kamala Harris for eleita

Como estratégia dos EUA deve mudar no mundo se Kamala Harris for eleita© BBC

Rússia e OTAN

Já Kamala Harris prometeu que os EUA seguirão cumprindo suas obrigações de apoiar a OTAN – a aliança de segurança entre as nações europeias e norte-americanas.

Ela tem sido crítica às ameaças de Trump de se retirar da aliança caso os países não contribuam com ao menos 2% de seu produto interno bruto (PIB, a atividade econômica em um país) para a OTAN.

Trump disse que encorajaria a Rússia a invadir os países da OTAN que não pagassem os 2% que deveriam pagar.

“A ideia de que o ex-presidente dos EUA diria que encoraja um ditador brutal a invadir nossos aliados, e que os EUA simplesmente ficariam parados assistindo – nenhum presidente anterior dos EUA, independentemente de partido, curvou-se a um ditador russo antes”, disse Harris.

Kamala Harris em discurso à imprensa ao lançar sua candidatura presidencial

Kamala Harris em discurso à imprensa ao lançar sua candidatura presidencial© Reuters

Israel e a guerra em Gaza

Harris ofereceu apoio vocal a Israel após os ataques de 7 de outubro de 2023, afirmando que o país tem o direito de se defender do Hamas.

“Não criaremos qualquer condição para o apoio que estamos dando para que Israel se defenda”, disse ela em novembro de 2023.

Um mês depois, no entanto, ela assumiu uma postura muito mais crítica a Israel do que Biden e outros funcionários do governo, dizendo que “muitos palestinos inocentes foram mortos” durante a ação militar de Israel contra o Hamas em Gaza.

“Israel deve fazer mais para proteger civis inocentes”, disse ela.

Protestos eclodiram em diversas universidades dos EUA contra a guerra em Gaza

Protestos eclodiram em diversas universidades dos EUA contra a guerra em Gaza© Getty Images

Em março deste ano, após grandes protestos nos EUA e ao redor do mundo, Harris disse que Israel “deve fazer mais para aumentar significativamente o fluxo de ajuda – sem desculpas”.

Ela pediu a Israel que abrisse as passagens de fronteira e protegesse os trabalhadores humanitários.

Em 22 de julho, o ministério da saúde administrado pelo Hamas em Gaza disse que pelo menos 39.006 pessoas já foram mortas na guerra.

Trump demonstrou forte apoio a Israel durante sua presidência. E, em visita ao país, anunciou o apoio dos EUA para que Jerusalém se tornasse a capital de Israel.

Harris foi ao Oriente Médio duas vezes como vice-presidente, mas não a Israel enquanto estava no cargo.

Palestinos inspecionam os escombros de um prédio destruído após um ataque aéreo israelense no bairro de Al-Zawaida, no centro de Gaza, em 19 de julho de 2024

Palestinos inspecionam os escombros de um prédio destruído após um ataque aéreo israelense no bairro de Al-Zawaida, no centro de Gaza, em 19 de julho de 2024© EPA

América Central

Uma das responsabilidades de Harris como vice-presidente tem sido tratar da migração na fronteira com o México.

Trump e outros republicanos criticaram-na diretamente sobre o assunto, dizendo que ela falhou em conter a onda de pessoas chegando por ali.

Em uma viagem à Guatemala em junho de 2021, o âncora da NBC Lester Holt questionou Harris sobre o motivo de ela não ter visitado a fronteira EUA-México. E a resposta caiu no ridículo entre os críticos.

Kamala Harris acena na chegada ao Aeroporto Internacional La Aurora, na Cidade da Guatemala, em junho de 2021

Kamala Harris acena na chegada ao Aeroporto Internacional La Aurora, na Cidade da Guatemala, em junho de 2021© Getty Images

Ela disse que era responsável por lidar com as “causas básicas” da migração da América Central para os EUA e observou que também “não tinha visitado a Europa”.

Harris: "Não venha. Não venha. Os EUA continuarão a aplicar nossas leis e proteger nossas fronteiras. Se você vier para nossa fronteira, será mandado de volta" ao falar sobre migrantes indo para os EUA em uma entrevista coletiva na Cidade da Guatemala, em 7 de junho

Harris: “Não venha. Não venha. Os EUA continuarão a aplicar nossas leis e proteger nossas fronteiras. Se você vier para nossa fronteira, será mandado de volta” ao falar sobre migrantes indo para os EUA em uma entrevista coletiva na Cidade da Guatemala, em 7 de junho© Getty Images

Ela então visitou a fronteira durante uma viagem ao Texas em junho de 2021.

Migrantes em busca de asilo nos EUA caminham em direção à alfândega dos EUA na ponte da fronteira internacional Paso del Norte

Migrantes em busca de asilo nos EUA caminham em direção à alfândega dos EUA na ponte da fronteira internacional Paso del Norte© Reuters

Os republicanos apelidaram Harris de “czar da fronteira”, enquanto criticavam o governo Biden por permitir que a imigração do sul aumentasse.

Trump, que em sua campanha de 2016 promessa de construir um muro na fronteira, tem como uma de suas principais metas conter a imigração pela fronteira com o México.

Durante o período de Harris como vice-presidente, as travessias ilegais de fronteira reportadas em 2021, 2022 e 2023 atingiram o nível mais alto de todos os tempos – embora tenham caído em 2024.

Elas atingiram o menor nível em três anos em junho, depois que o presidente Biden emitiu uma ordem executiva proibindo a maioria dos migrantes de buscar asilo.

Harris também enfrentou críticas por fazer apenas duas viagens à América Central como vice-presidente – três dias em 2021 e um dia em 2022.

Uma integrante do Comitê Democrata de São Francisco mostra seu apoio à nomeação de Harris para presidente durante um comício em frente à Prefeitura de São Francisco

Uma integrante do Comitê Democrata de São Francisco mostra seu apoio à nomeação de Harris para presidente durante um comício em frente à Prefeitura de São Francisco© EPA

China

Assim como Trump, Harris tem sido crítica à China. Ao contrário do ex-presidente, seu foco não tem sido nas tarifas comerciais, mas nas disputas geopolíticas.

Ela acusou a China de “intimidação”, com relação a disputas territoriais no Mar da China Meridional.

Pequim, em troca, acusou Washington de agir como a “mão negra” por trás das tensões nas águas disputadas.

Southwest Cay, também conhecida como Ilha Pugad, é controlada pelo Vietnã e faz parte das disputadas Ilhas Spratly no Mar da China Meridional.

Southwest Cay, também conhecida como Ilha Pugad, é controlada pelo Vietnã e faz parte das disputadas Ilhas Spratly no Mar da China Meridional.© Getty Images

Durante suas quatro viagens à Ásia como vice-presidente, Harris visitou a Coreia do Sul.

Ela entrou na Zona Desmilitarizada, entre o Sul e o Norte, e destacou as tentativas de conter a influência da China na região.

Kamala Harris ao lado da linha de demarcação que separa as duas Coreias, a Zona Desmilitarizada (DMZ), em setembro de 2022

Kamala Harris ao lado da linha de demarcação que separa as duas Coreias, a Zona Desmilitarizada (DMZ), em setembro de 2022© Reuters

Ao visitar a Zona Desmilitarizada em 2019, como presidente, Trump pisou no Norte e apertou a mão do líder norte-coreano Kim Jong-un.

Ele também conversou com Kim em Cingapura.

Donald Trump aperta a mão do líder norte-coreano Kim Jong-un após cruzar a Linha de Demarcação Militar para a Coreia do Norte no vilarejo de Panmunjom, na Zona Desmilitarizada, que separa as duas Coreias junho de 2019

Donald Trump aperta a mão do líder norte-coreano Kim Jong-un após cruzar a Linha de Demarcação Militar para a Coreia do Norte no vilarejo de Panmunjom, na Zona Desmilitarizada, que separa as duas Coreias junho de 2019© EPA

Enquanto Trump enfatiza seus encontros com Kim,]Harris segue uma postura muito mais convencional, fornecendo apoio verbal aos aliados tradicionais.

Durante as presidências de Trump e de Biden, os EUA impuseram tarifas à China.

O atual governo está elevando o custo de importação de veículos elétricos chineses a fim de reforçar sua própria indústria.

Enquanto isso, Trump está se comprometendo a reduzir ou encerrar o apoio às indústrias verdes.

África e Oriente Médio

Em 2023, Harris foi uma das várias autoridades dos EUA a visitar a África.

A mudança reflete uma intenção crescente do governo dos EUA de aprofundar o relacionamento com as nações africanas diante da crescente competição de outras potências globais, especialmente China e Rússia.

Em maio de 2024, ela anunciou planos para ajudar a África a dobrar o acesso à Internet para 80% da população.

Harris também assumiu um papel ativo na limitação das operações da Arábia Saudita, o que incluiu uma parceria com o governo do Iêmen para conter a insurgência no país por quase uma década.

Como senadora, Harris votou para restringir as vendas de armas à Arábia Saudita devido às ações do país no Iêmen e o papel do país no assassinato do jornalista do Washington Post Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul.

O dissidente saudita Jamal Khashoggi discursa em um evento organizado pelo Middle East Monitor em Londres em setembro de 2018, um mês antes de ser morto no consulado saudita em Istambul

O dissidente saudita Jamal Khashoggi discursa em um evento organizado pelo Middle East Monitor em Londres em setembro de 2018, um mês antes de ser morto no consulado saudita em Istambul© Middle East Monitor handout via Reuters

Ela co-patrocinou projetos de lei em 2018 e 2019 para interromper a cooperação militar dos EUA com a Arábia Saudita devido às operações do país no Iêmen.

No entanto, ela tem sido cuidadosa:

“Os EUA e a Arábia Saudita ainda têm áreas de interesse mútuo, como o contraterrorismo, onde os sauditas têm sido parceiros importantes”, disse Harris ao think tank americano Council of Foreign Relations em 2020.

Direitos humanos

Além de agir para limitar a assistência à Arábia Saudita, Harris apoiou leis para defender os direitos humanos em outros lugares.

Ela apoiou a legislação para lembrar o genocídio armênio, uma fonte de tensão entre a Turquia, membro da OTAN, e a Armênia por mais de um século.

Harris apoiou o acordo do Plano de Ação Integral Conjunto de 2015 com o Irã para deter o programa nuclear de Teerã.

Manifestantes seguram uma imagem do comandante iraniano Qassem Soleimani após o ataque aéreo dos EUA no Iraque que o matou

Manifestantes seguram uma imagem do comandante iraniano Qassem Soleimani após o ataque aéreo dos EUA no Iraque que o matou© Getty Images

Ela também condenou um ataque militar de 2020 sob a presidência de Trump que matou o principal general iraniano Qassem Soleimani no Iraque.

Harris também copatrocinou uma legislação que não foi aprovada para bloquear novas ações militares contra líderes e alvos iranianos.

PT É O PARTIDO QUE MAIS DEVE À PREVIDÊNCIA E O FUNDO DE GARANTIA DO TRABALHADOR

 

História de Notas & Informações Jornal Estadão

Autoproclamado defensor da classe trabalhadora, o Partido dos Trabalhadores (PT) é justamente a legenda brasileira que mais acumula dívidas por desrespeitar os direitos trabalhistas de seus empregados e suas obrigações com a União. É como se o PT instituísse por conta própria uma espécie de desoneração da folha de pagamento, ao arrepio da lei, ao deixar de recolher Contribuição Previdenciária e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Essa burla às regras previdenciárias e trabalhistas custa caro aos cofres públicos. Diretórios petistas espalhados pelo País têm R$ 22,2 milhões inscritos na Dívida Ativa da União – dos quais R$ 18,2 milhões em débitos com a deficitária Previdência Social e R$ 266 mil com o FGTS.

E tudo isso numa agremiação que está entre as mais ricas do País, financiada pela fartura de fundos públicos que nem deveriam existir, pois partido político que se preze consegue se bancar exclusivamente com doações de seus simpatizantes. Agora, ao que parece, o PT se financia também por meio de calote trabalhista em seus funcionários. Quando questionada, a legenda ainda se dá o direito de não dar nenhuma explicação, talvez porque explicação não haja.

Enquanto alardeia que a reforma trabalhista promovida no governo de Michel Temer acabou com os direitos dos trabalhadores, o PT escolhe quais direitos de seus funcionários vai respeitar. A comparação com os partidos ditos “burgueses” é ainda mais reveladora: o PT bate de longe os débitos do União Brasil (R$ 5,2 milhões), do PSDB (R$ 5,1 milhões) e do MDB (R$ 4,5 milhões) – ao todo, as siglas devem hoje ao menos R$ 54,2 milhões aos cofres públicos da União.

Não foi à toa, portanto, que o PT apoiou com tanto entusiasmo a infame PEC da Anistia – a Proposta de Emenda à Constituição, recentemente aprovada na Câmara, que perdoa partidos que violaram a legislação eleitoral e que cria um financiamento camarada para as dívidas com a Previdência Social. São 60 prestações generosas – ou cinco anos – para quitar as pendências. Não tendo sido a primeira vez que os partidos se concedem a si mesmos uma desavergonhada anistia como essa, nada indica que será a última.

Nada disso orna com o feroz discurso petista contra a indecência na política e contra o que chamam de “desmonte” dos direitos trabalhistas. No “outro mundo possível” idealizado pelo lulopetismo – que segundo seus devotos só não se concretiza porque a “burguesia” e o “capital” não deixam –, os trabalhadores estarão no paraíso. Já neste mundo trevoso, o PT tunga seus próprios empregados, e justamente na Previdência – aquela que, segundo a fábula petista, não tem déficit. É mais que apenas uma ironia: trata-se de um estudo de caso sobre o cinismo dos que sabotam a modernização do País, em nome da proteção dos trabalhadores, ao mesmo tempo que não hesitam em tomar dinheiro desses mesmos trabalhadores para fechar as contas do partido.

GERAÇÃO Z NÃO QUER TRABALHAR NAS BIG TECHS

 

História de Viny Mathias – IGN Brasil

Uma nova pesquisa feita pelo National Society of High School Scholars (NSHSS) e publicada pela Forbes sugere que as carreiras na área da saúde são mais atraentes para os trabalhadores da Geração Z. O que difere bastante dos Millenials, cujo objetivo era ingressar em uma grande empresa de tecnologia.

Já havíamos visto que, embora há alguns anos a Google fosse o emprego dos sonhos de muita gente (e se falava muito da empresa como exemplo corporativo), agora não é mais assim. E, no geral, parece não ser a única big tech que perdeu o interesse. A pesquisa mostra o declínio de outras também.

As empresas de tecnologia têm uma classificação inferior nas aspirações de carreira da Geração Z, de acordo com uma pesquisa realizada com mais de 10 mil entrevistados pelo NSHSS. Se você está confuso sobre quando começa e termina uma geração.

Geração Z perdeu interesse que Millenials têm de trabalhar no Google e outras big techs, aponta estudo

Geração Z perdeu interesse que Millenials têm de trabalhar no Google e outras big techs, aponta estudo© Fornecido por IGN Brasil(Imagem: Dylan Nolte/Unsplash) Valor pessoal acima do valor monetário

Segundo a pesquisa do NSHSS, a Geração Z busca se alinhar a um conjunto de valores. Quando olhamos para os empregadores, os fatores mais importantes para a Geração Z são: tratamento justo dos empregados (28%), equilíbrio entre vida pessoal e profissional (25%) e responsabilidade social corporativa (14%) .

Como já apontaram outras pesquisas, verifica-se que os jovens já não se preocupam tanto com o dinheiro como no passado (até porque neste momento um bom emprego já não dá dinheiro para viver confortavelmente em muitas cidades do mundo). Além disso, eles optam também por empregos com valores ou que tenham uma missão.

A Geração Z também valoriza o seu tempo pessoal, sendo as folgas (63%) e os horários flexíveis de trabalho (61%) os benefícios mais valorizados. Estão também atentos ao próximo passo na sua carreira e procuram empregadores que invistam neles, sendo as oportunidades de desenvolvimento de carreira (86%) e caminhos claros para promoção (44%) as experiências de trabalho mais procuradas.As empresas onde os jovens nos EUA querem trabalhar

De acordo com o relatório, a Geração Z tem grande interesse nas profissões médicas e de saúde. Em vez de cobiçar empresas de grande nome como Meta, Netflix e etc, a Gen Z concentrou-se nos hospitais e nas organizações de saúde como os empregadores mais desejados.

O interesse é tanto que os quatro primeiros colocados são dá área da saúde nos Estados Unidos. Sendo três entidades e o quarto sendo trabalhar em hospitais locais. Confira o top 20 da pesquisa feita pelo NSHSS:St. Jude Children’s Research Hospital Mayo Clinic Health Care Service Corp. Hospitais locais FBI NASA Google Amazon Apple Walt Disney Company CIA Children’s Healthcare of Atlanta Cruz Vermelha Center for Disease Control and Prevention Netflix Microsoft Delta Air Lines The New York Times Meridian Health Nintendo

COMO COMBATER TRAÇAS DE LIVROS E ROUPAS

 

História de Equipe eCycle

Traças: o que são e como afastá-las naturalmente

Traças: o que são e como afastá-las naturalmente© Fornecido por eCycle

No Brasil, utilizamos a palavra traça para classificar dois grupos de insetos bem diferentes. Um deles é o das conhecidas traças-dos-livros, insetos pertencentes à ordem Zygentoma. O outro é o das traças-das-roupas, da ordem Lepidoptera, que são a fase larval das mariposas e possuem um ciclo de vida interessante.

Para explicar melhor o que são esses insetos, quais seus hábitos e como acabar com as traças, entrevistamos o biólogo e pesquisador da área de entomologia da Universidade de São Paulo Bruno Zilberman. Confira a entrevista:

eCycle: Bruno, o que são as traças?

Bruno Zilberman: Traças-dos-livros, como são comumente chamadas, pertencem a um dos grupos de insetos mais “primitivos” que conhecemos, já que compartilham muitas características com os primeiros insetos que viveram milhões de anos atrás. Uma dessas características, por exemplo, é a ausência de asas.

O tamanho desses insetos é de pequeno a médio (0,85 a 1,3 cm). A forma do corpo alongada, achatada, com três filamentos caudais e coloração em geral acinzentada, faz com que sejam animais bem distintos e facilmente reconhecíveis.

São ametábolos, isto é, o estado juvenil desses insetos é muito semelhante ao do indivíduo adulto. Qualquer um que já tenha tido ou tenha traças em casa sabe bem, que são animais de hábitos noturnos. Além disso, são muito ágeis, locomovendo-se rapidamente e facilmente entrando em frestas de móveis, armários e caixas. Gostam de ambientes escuros e de umidade.

Veja na imagem a seguir um exemplar de traça-dos-livros, em sua fase adulta, sem asas:

Outro tipo de traça comum em residências são as chamadas traças-das-roupas. Elas pertencem a um grupo diferente de insetos, da Ordem Lepidoptera, e são pequenas mariposas. Uma diferença marcante entre elas e as traças-dos-livros é que estas mariposas, usualmente chamadas de “traças-das-roupas”, possuem o desenvolvimento holometábolo, o que significa que a fase jovem é radicalmente diferente da fase adulta.

Isso é relevante, pois o problema desses animais como “praga” se dá justamente em sua fase jovem. Afinal, essas mariposas em fase adulta possuem o sistema digestório atrofiado e apenas as lagartas se alimentam. As lagartas (fase jovem) são fáceis de reconhecer: elas se deslocam pelas paredes enquanto ficam protegidas dentro de um envoltório achatado.

É dentro dessa “blindagem” que a lagarta se alimenta e empupa, para logo depois se transformar em uma mariposa (fase adulta).

Veja na imagem a seguir a traça-das-roupas (larva da mariposa) e o animal na fase adulta, com asas:

eCycle: Elas fazem mal à saúde?

Zilberman: Não há estudos que sugiram que essas traças causem qualquer mal à saúde.

eCycle: As traças-dos-livros se alimentam de quê?

Zilberman: As traças-dos-livros se alimentam de todo tipo de substância contendo amido. Em nossas residências, podem consumir roupas engomadas, cortinas, lençóis, sedas e a cola de amido dos papéis de parede.

Vegetais e alimentos que contenham amido também são comida para esses animais. Como o nome sugere, pode ser uma dor de cabeça para quem tem muitos livros. São capazes de comer o amido dos livros, como a cola de encadernação, pigmentos de tinta e o próprio papel.

eCycle: E as traças-das-roupas, de que se alimentam?

Zilberman: As traças-das-roupas se alimentam de queratina. Lembrando que os adultos (mariposas) não se alimentam. O problema começa quando a fêmea coloca os ovos em alguma roupa, ou pedaço de tecido, que seja de origem animal, como lã, peles e caxemira.

Vale enfatizar que os tecidos sintéticos, em geral, não são alvos das traças-das-roupas. Já que carecem de queratina, o nutriente é de interesse dessas larvas.

eCycle: Devemos acabar com as traças?

Zilberman: Depende da pessoa e da situação. Se as traças estão presentes em um número “suportável” para você, sem grandes danos materiais, talvez você fique indiferente à presença delas. Se você estiver tomando conta de uma biblioteca, por outro lado, é capaz que queira ver esses bichos longes de lá!

eCycle: Para quem não pode compartilhar o espaço com esses seres, quais seriam as maneiras de afastá-los?

Zilberman: A primeira coisa a se fazer é a prevenção, evitando o acúmulo de papéis velhos, mantendo os livros e revistas em lugares adequados e limpos. Devemos ficar de olho em lugares escuros e úmidos, onde as traças gostam de ficar. Também é comum elas virem em caixas que trazemos das ruas.

A “limpeza” é a palavra-chave, e devemos manter limpos rodapés e frestas com aspirador de pó. Assim, reduzindo a disponibilidade de alimento para esses animais.

Para as traças-das-roupas, a etapa de prevenção é saber onde e em que condições colocamos nossas roupas. Sabemos que elas gostam de ambientes quentes e úmidos. Portanto, colocar as roupas em locais limpos, arejados e secos é recomendável.

Roupas atacadas podem ser colocadas em sacos plásticos e depois em um freezer por alguns dias. Isso acaba matando os ovos e as lagartas infestantes.

Alguns métodos naturais circulam pela internet com o fim de afastar esses bichos. Um destes métodos é o uso de folhas de louro em gavetas e armários. O cravo-da-índia é muito utilizado, e o método consiste em preparar sachês com os cravos, espalhando-os por armários, gavetas e estantes.

O Instituto Biológico recomenda uma isca caseira contra a traça-dos-livros à base de cola e farinha. A preparação é feita com:

Após misturar até formar uma massa homogênea, o Instituto recomenda colocar porções em tampinhas e espalhar nas áreas infestadas.

Outras dicas valiosas

Já que as traças podem causar alguns danos materiais, principalmente em roupas e livros, a equipe do Portal eCycle também encontrou outra sugestão natural para fazer o controle de traças e outras pragas dentro de casa: o extrato de neem. A vantagem desta planta é que ela não faz mal aos mamíferos (incluindo à saúde humana) como os inseticidas mais convencionais.

Pelo contrário, ela é uma boa controladora de pragas, apresentando inclusive efeitos benéficos. A sugestão é, após a limpeza, aplicar o extrato de neem nos ambientes em que as traças possam habitar. Fique atento para não deixar escapar para lugares habitados por abelhas, como vasos de plantas com flores, pois é prejudicial para elas.

Outra sugestão de inseticida natural contra as traças é o terpeno limoneno. Essa substância natural está presente em alguns produtos de limpeza sustentáveis, no óleo essencial de laranja e no óleo essencial de limão. O limoneno é bastante eficaz na hora de acabar com as traças e de algumas espécies de pragas urbanas.

Se for utilizado como óleo essencial, pingue três gotas nas gavetas ou em outros compartimentos em que as traças possam habitar. Por exemplo: no guarda roupa e nas caixas de papelão.

Se for utilizado na versão com terpeno, a sugestão é fazer a limpeza do local com o produto multiuso caseiro de limão. Ou com um multiuso já pronto, que contenha o terpeno limoneno. A grande vantagem é que essa substância não é tóxica para humanos.

DOLARIZAR A ECONOMIA ENVOLVE VÁRIOS RISCOS

História de The Economist – Jornal Estadão

As condições nas terras altas andinas do Equador são ideais para o cultivo de rosas. O país é um dos maiores exportadores mundiais dessa flor. Mas, tendo sofrido com a queda nas vendas provocada pela pandemia e a agitação social no país em 2022, os produtores de rosas agora têm outro problema.

Depois que sua moeda entrou em colapso, o Equador adotou o dólar americano em seu lugar, no ano 2000. Com o dólar agora forte, as rosas do Equador estão perdendo nos mercados mundiais para rivais da ColômbiaEtiópia e Quênia. Graças ao enfraquecimento do peso, as exportações de flores da Colômbia em 2023 foram mais de 40% maiores do que antes da pandemia, enquanto as do Equador cresceram apenas 12% no mesmo período.

Assim como o Equador, o Panamá e El Salvador também usam o dólar como moeda oficial. As exportações dos três países foram afetadas recentemente pela força do dólar, mas de forma seletiva. Projeta-se que o crescimento econômico nos três países fique abaixo da (reconhecidamente modesta) média latino-americana. Há também outros fatores.

O Equador sofreu uma onda desestabilizadora de violência provocada por gangues. Após protestos, o governo do Panamá fechou uma grande mina de cobre, o que reduziu em 1% seu PIB. E a imprevisível formulação de políticas em El Salvador, sob o comando de seu presidente autoritário, Nayib Bukele, abalou os investimentos. O dólar forte aumenta todas essas dificuldades.

Moradores de Quito, no Equador, protestam contra o aumento dos preços da gasolina Foto: Dolores Ochoa/AP

Moradores de Quito, no Equador, protestam contra o aumento dos preços da gasolina Foto: Dolores Ochoa/AP© Fornecido por Estadão

Adotar o dólar significa renunciar a uma política monetária independente e abrir mão da opção de responder a choques externos por meio da desvalorização da moeda. Ainda existem bancos centrais no Equador e em El Salvador, mas eles não controlam a oferta de moeda nem definem as taxas de juros. Em vez disso, as economias precisam encontrar outras maneiras de serem flexíveis e competitivas.

Mas, na América Latina, esse raramente é o caso. A dolarização incentiva uma maior integração econômica com o resto do mundo porque reduz os custos de transação envolvidos no comércio. Porém, se os bens e serviços não forem competitivos, será mais difícil aproveitar ao máximo as possíveis oportunidades. Um estudo recente publicado na revista Applied Economics constatou que a adoção do dólar não gerou nenhum efeito comercial positivo importante para a América Latina.

Uma política fiscal rigorosa torna-se especialmente importante, pois os países não podem imprimir dinheiro para cobrir seus déficits orçamentários. Mas em todos os três países dolarizados os déficits foram consideráveis no ano passado e a dívida pública parece preocupantemente alta. O FMI está particularmente alarmado com a expansão fiscal de El Salvador, que considera “insustentável”.

Essas dificuldades devem dar uma pausa a Javier Milei, presidente da Argentina, que fez campanha para adotar o dólar e fechar o banco central. Ele pode argumentar que, ao eliminar o déficit fiscal e acabar com os controles, está tornando a economia argentina suficientemente flexível para se beneficiar da dolarização. E é certamente verdade que a América Latina abusou da depreciação da moeda para encobrir falhas de política. No entanto, a experiência mostra que, longe de ser uma panaceia, a dolarização pode se transformar em um chicote para as próprias costas.

 

INFLUENCIADORES DIGITAIS DEVEM FOCAR EM CRIAR COMUNIDADES

Sabrina Bezerra – Jornalista EstartSe

Influenciadores digitais não devem mais ter foco em ganhar milhões de seguidores, e sim em criar comunidades. Entenda!

Quantas vezes você já se encontrou na frente de uma estratégia de marketing e escolheu influenciadores digitais com milhões de seguidores para fechar contrato? Imagino que muitas. Afinal, o mercado de creator economy movimenta cerca de R$ 70 bilhões, segundo o CB Insights.

Quantos criadores de conteúdo existem no mundo?

Existem 300 milhões de creators no mundo, segundo uma pesquisa feita pela Adobe em 9 grandes nações pesquisadas.

Quantos criadores de conteúdo existem no Brasil?

No Brasil, o número é de 20 milhões de creators, segundo dados da Factworks for Meta.

Influencer, influenciadora digital

Por que o mercado de influenciadores mudou

Agora, com a tendência de creator 2.0 (entenda mais adiante), o número de seguidores dos criadores de conteúdo tem cada vez menos peso — algo que gradativamente já estava acontecendo no mercado. Isso significa, que a tendência é que empresas fechem parceria com quem tem construído uma comunidade e que de alguma forma, a comunidade, tenha feat com o negócio.

Ou seja, o papel de pessoas influenciadoras digitais será cada vez menos sobre elas, e mais sobre o coletivo — é aqui que as comunidades começam a ganhar força ainda mais na creator economy.


Mas afinal, o que é influencer 2.0?

“A figura do produtor de conteúdo se deslocou do influenciador. O creator, como está sendo chamado, não tem ‘seguidores’, mas uma ‘comunidade’. Também não se limita a ficar em frente das câmeras. Produz, escreve, edita, transformando-se em uma verdadeira empresa”, diz em reportagem do O Globo Paula Passarelli, especialista em marketing digital e fundadora da Agência Brunch.

Isso significa que a gente sai da era de seguidores, e entra para a era comunidades. Esse creator 2.0 não fala mais “sobre si próprio no afã de ganhar milhões de seguidores, presentinhos, fazer publicidade com marcas, ser convidado para ir nos eventos e ficar famoso”, diz em entrevista à StartSe Bia Granja, cofundadora e COO da Youpix.

E sim foca em ver as pessoas além de seguidores, mas como parte do seu grupo de insights. Por isso, o creator 2.0 “tem relevância e influência, (…) cria conteúdo útil para quem consome e que resolve problemas funcionais ou emocionais dessas pessoas [da comunidade]”, completa Bia.

O que muda com o mercado de influencer 2.0?

Modo influencer

Sai do modo influencer, que hoje é o de “pensar apenas em ganhar mais seguidores, ter muitas  visualizações e engajamento para poder vender mais anúncios”, diz no relatório de tendências da Youpix Avi Gandhi, consultor de Creator Economy. E entra para o modo business.

Modo business

“Em que você pensa no seu conteúdo como se fossem transações comerciais, se preocupando em construir um relacionamento com uma parte do seu público (sua comunidade). É daí que vem a monetização e os boletos pagos, com troca de produtos e serviços”, completa o especialista.

E isso vale não apenas para fechar parceria com criadores de conteúdo, mas também para a comunicação na internet entre você e os clientes.

Assim, segundo o relatório de tendências da YouPix, é esperado que em 2023 mais criadores de conteúdo (seja pessoa física ou empresa) se transformem em “Big Bussiness”. 

Nessa, a economia da intenção também ganha forma:

Modo influencer x Modo Business (Imagem: divulgação pesquisa YouPix)

O que é economia da intenção nas redes sociais?

É quando o “conteúdo passa a ser feito sob medida para as comunidades e não mais para alimentar a Economia da Atenção e o algoritmo. Essa lógica puxa a fragmentação do conteúdo e a diversificação dos canais de distribuição e também dos modelos de negócios”, diz a pesquisa.

Isso acontece porque o modelo algoritmizado das redes e a hiperdigitalização levaram o consumidor, o creator e as ferramentas de comunicação à exaustão. “Com tanta informação e estímulos de Dopamina, estamos buscando uma nova relação de intencionalidade com aquilo que nos cerca. Nossa atenção tende a ficar cada vez mais seletiva e o que consumimos precisa ter uma carga de propósito e utilidade mais clara”, diz a pesquisa.

Por que importa?

Com a crescente do creator 2.0, você pode, por exemplo, criar estratégias para o negócio que envolvam comunidades. Seja fechando parceria de embaixadores de marca que tenham o público-alvo da marca, como criando a sua própria influência 2.0. Mas lembre-se: aqui, o foco principal é agregar valor para o público, e não fazer anúncios de venda. 

COMO DEVEM SER OS PARCEIROS NOS NEGÓCIOS

“Parceiros chegam de várias formas. Se juntam por diferentes motivos”.

Eu sei, é clichê, rss. E se a frase fosse minha eu acrescentaria: “O que eles tem em comum é o fato de acreditarem no que nós acreditamos”.

Parceria é a arte de administrar conflitos de interesses e conexões de interesses, visando resultados benéficos para ambas as empresas”.

É por isso que eu costumo comparar parceria com casamento. Quem é casado sabe que administrar conflitos é fundamental para ambos terem resultados nessa aliança.

Assim como no casamento, o parceiro não precisa ser igual a nós, mas tem que ter o nosso ‘jeitão’! Nas parcerias eu defendo que o parceiro precisa ter o DNA de inovação, a inquietude pra sair da zona de conforto e uma preocupação muito grande com o cliente, não apenas no discurso, mas na prática. É claro que no processo de análise do possível parceiro, nós avaliamos o potencial financeiro e de escala da aliança, a estrutura e o tamanho da empresa. Mas, tem um fator humano que não pode ser desconsiderado, já que empresas são, na sua essência, pessoas. É por isso, que normalmente, os parceiros   são empresas formadas por pessoas do bem, pessoas com propósito, que tem tanto o caráter quanto a lealdade de continuar de mãos dadas, mesmo nos momentos mais difíceis. É como um casamento mesmo!

É importante também que os parceiros tenham know how e competências complementares, que potencializem nossas fragilidades e deem mais peso aos nossos pontos fortes. E como eu acredito que o primeiro approach de uma boa parceria acontece no plano humano (onde existe emoção), e não no corporativo, eu gosto muito da histórica da parceria entre Steve Jobs Steve Wozniak. Os dois Steves tornaram-se amigos durante um emprego de verão em 1970. Woz estava ocupado construindo um computador e Jobs viu o potencial para vendê-lo. Em uma entrevista de 2006 ao Seattle Times, Woz, explicou:

“Eu só estava fazendo algo em que era muito bom, e a única coisa que eu era bom acabou por ser a coisa que ia mudar o mundo… Steve (Jobs) pensava muito além. Quando eu projetava coisas boas, às vezes ele dizia: ‘Nós podemos vender isso’. E nós vendíamos mesmo. Ele estava pensando em como criar uma empresa, mas talvez ele estivesse mesmo pensando: ‘Como eu posso mudar o mundo?’”.

Por que essa parceria deu certo? Habilidades e competências complementares.

As habilidades técnicas de Woz juntamente com a visão de Jobs fizeram dos dois a parceria perfeita nos negócios.

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sábado, 27 de julho de 2024

USIMINAS TEM PREJUÍZO NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2024

 

História de Repórter ADVFN

A Usiminas encerrou o segundo trimestre de 2024 com prejuízo líquido de R$ 100 milhões, revertendo assim o lucro de R$ 287 milhões apurado no mesmo período de 2023 e o lucro R$ 36 milhões do primeiro trimestre do ano, de acordo com o balanço da companhia.

De acordo com a Usiminas, o prejuízo líquido foi decorrente da piora do resultado operacional, além do efeito da desvalorização do real frente ao dólar na dívida. O efeito, acrescenta a empresa, foi parcialmente compensado por efeitos não recorrentes que totalizaram R$ 77 milhões positivos, afetando tanto o desempenho operacional quanto financeiro.

No segmento de Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado, a companhia apresentou R$ 247,2 milhões, uma redução de 33% em relação ao 2T23. Essa queda foi influenciada pelo aumento no custo dos produtos vendidos e por variações em receitas e despesas operacionais. A margem Ebitda ajustada reduziu-se de 5% para 4% no comparativo anual.

A receita líquida foi de R$ 6,3 bilhões, marcando uma redução de 8% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, com decréscimos nas vendas no mercado interno e externo de 5% e 19%, respectivamente.

Este declínio na receita foi impulsionado por uma combinação de condições de mercado adversas, incluindo uma desaceleração econômica global que afetou diretamente a demanda por aço, e pressões de preço exacerbadas pela competição internacional e uma potencial sobreoferta no setor. O Ebitda ajustado do segumento de aço, apesar de o volume de produção ter subido e as vendas terem ficado praticamente estáveis no ano, ficou em R$ 70 milhões, marcando queda.

Os custos dos produtos vendidos foram de R$ 6,02 bilhões, um aumento de 3% em relação ao 2T23, levando a um lucro bruto de R$ 328,2 milhões, que representou uma diminuição de 44% em relação ao ano anterior. A margem bruta ajustada de 8% para 5% reflete esses custos.

O endividamento da empresa se ajustou para R$ 998 mil ao final do 2T24, mostrando um aumento de 222% em relação ao ano anterior. A relação dívida líquida/Ebitda ajustado subiu para 0,79x, de 0,41x no 2T23.

A Usiminas atribuiu os desafios do trimestre a volatilidades cambiais e condições adversas de mercado, enquanto mantém prudência nas projeções futuras devido ao ambiente econômico e incertezas globais que impactam o setor siderúrgico.

Os resultados do Usiminas  (BOV:USIM3) (BOV:USIM5) (BOV:USIM6) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2024 foram divulgados no dia 26/07/2024.

VISÃO DO MERCADO

As ações da Usiminas desabam mais de 15% após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24): às 10h40 (horário de Brasília), os ativos caíam 15,94%, a R$ 6,96.

A siderúrgica encerrou o segundo trimestre de 2024 com prejuízo líquido de R$ 100 milhões, revertendo assim o lucro de R$ 287 milhões apurado no mesmo período de 2023 e o lucro R$ 36 milhões do primeiro trimestre do ano.

De acordo com a Usiminas, o prejuízo líquido foi decorrente da piora do resultado operacional, além do efeito da desvalorização do real frente ao dólar na dívida. O efeito, acrescenta a empresa, foi parcialmente compensado por efeitos não recorrentes que totalizaram R$ 77 milhões positivos, afetando tanto o desempenho operacional quanto financeiro.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado da Usiminas somou R$ 247 milhões, valor 33% menor ante o segundo trimestre de 2023. A margem Ebitda ajustada foi de 4%, frente aos 5% registrados um ano antes.

A receita líquida da Usiminas caiu 8% no comparativo anual, chegando a R$ 6,350 bilhões. No comparativo trimestral, contudo, houve avanço de 2%. Segundo a companhia, o aumento foi decorrente da receita líquida apurada pela unidade de mineração, que apresentou elevação de 16% no período e foi impactada positivamente pelos mecanismos de precificação e câmbio, apesar da queda de 10% nos preços de referência da Platts para o minério de ferro.

O capex totalizou R$ 231 milhões no segundo trimestre de 2024, valor 74% menor ante igual período do ano anterior e 14% inferior na comparação trimestral.

O caixa consolidado da Usiminas somou R$ 5,605 bilhões ao final do período, 13% superior ante um ano e 2% menor comparado ao trimestre anterior. O fluxo de caixa, por sua vez, foi de R$ 150 milhões.

De acordo com o Bradesco BBI, o destaque negativo ficou para o Ebitda ajustado, que ficou 22% abaixo do consenso e 34% abaixo da projeção do mercado. A diferença em relação ao modelo é explicada principalmente pelos resultados mais fracos do que o esperado em sua divisão de aço.

“Observamos que os preços e despesas realizados do aço no trimestre foram piores do que nossas expectativas. Também observamos que os preços realizados do aço caíram 1% no trimestre no 2T24. Quanto à sua divisão de mineração, o Ebitda se recuperou 84% na base trimestral para R$ 153 milhões no trimestre, impulsionado por preços realizados mais fortes (+17% na base trimestral) e volumes ligeiramente melhores”, avaliam os analistas do BBI.

O Ebitda da Usiminas ficou 40% abaixo da estimativa do Itaú BBA, que ressaltou preços realizados mais fracos do que o esperado no mercado siderúrgico nacional.

Para o 3T24, a Usiminas está com guidance para um Ebitda trimestral mais alto em sua divisão de aço, impulsionado principalmente por volumes/preços mais fortes e custos mais baixos (já que menores custos de matéria-prima e ganhos de eficiência podem compensar o real mais fraco), segundo o BBI.

Já o BBA ressalta que as expectativas da empresa de custos estáveis ​​na divisão siderúrgica especificamente podem ser uma decepção para os investidores que estavam mais otimistas sobre maiores ganhos de eficiência.

O BBI apontou que, embora já esperasse uma reação negativa do mercado a esses resultados, acredita que todos os olhos estarão voltados para o tom da gerência durante a teleconferência – já que a magnitude das melhorias trimestrais mencionadas no guidance da empresa ainda não está clara. O banco tem recomendação outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra) e continua esperando que seu momentum de lucros acelere no segundo semestre.

PLANALTO AMEAÇA GOVERNADORES QUE NÃO COMPARECERAM AO LANÇAMENTO DO PAC

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

O governo federal mandou “recados” a governadores que não compareceram a uma solenidade de anúncios do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira, 26.

Em discurso no evento, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, fez do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), um alvo direto de críticas. “Tenho orgulho de dizer, presidente, que hoje, aqui, o senhor libera, só em macrodrenagem, para o Estado de Santa Catarina, que não tem frequentado as solenidades aqui para receber os investimentos, R$ 1 bilhão para macrodrenagem em Santa Catarina”, declarou.

Costa continuou: “Porque o que interessa é que o povo pobre, o povo que vive em lugares que alagam, na próxima chuva forte, não perca seus bens, seu patrimônio, sua casa, ou eventualmente, o pior às vezes acontece, perdendo a própria vida”.

O ministro disse ter telefonado para a “grande maioria” dos governadores. Segundo ele, alguns disseram estar no exterior. Além disso, de acordo com Costa, o governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (União Brasil), suspendeu as férias para estar na cerimônia, mas alegou não ter conseguido um voo.

Na ocasião, o petista fez um agradecimento nominal aos oito governadores que se fizeram presentes: da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), do Ceará, Elmano de Freitas (PT), da Paraíba, João Azevêdo (PSB), do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), do Piauí, Rafael Fonteles (PT), do Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), e do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil).

Em seguida, afirmou que há valores expressivos do PAC para os Estados de São Paulo, governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), Minas Gerais, de Romeu Zema (Novo), e Paraná, de Ratinho Júnior (PSD), além de Santa Catarina.

Segundo a assessoria do Planalto, além dos governadores, compareceram os vice-governadores de São Paulo, Felicio Ramuth (Tarcísio), do Pará, Hana Ghassan (Helder Barbalho), e do Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa (Eduardo Riedel).

Em certo momento, Costa mencionou o Rio Grande do Sul, cujo governador, Eduardo Leite (PSDB), também não compareceu.

“Quero destacar sobre o Rio Grande do Sul. Às vezes, eu vejo polêmicas, ou discursos, ou politização deste evento, e eu sou forçado a lembrar da enchente em 2021, no sul da Bahia”, declarou ele, que foi governador do Estado baiano.

O ministro continuou: “Sou forçado a lembrar, para comparar o tratamento que a Bahia recebeu naquele momento e o tratamento que hoje é dado ao Rio Grande do Sul. Naquele momento, a Bahia recebeu desprezo, descaso e, eu diria, um certo deboche, porque a visita do então presidente naquela época foi para fazer uma motociata”.

Em seguida, Costa ressaltou a destinação de R$ 6,5 bilhões ao Rio Grande do Sul, dos quais R$ 2 bilhões serão dedicados para a readequação de equipamentos como bombas e diques.

“Digo isso porque me entristece muito quando a gente está trabalhando duro, de oito da manhã às 23 horas ou até meia-noite, ver pessoas priorizando o discurso político, o embate político, ao invés de cuidar das pessoas”, afirmou.

Costa também fez referência implícita a uma declaração de Leite, de 2023, que defendia a revitalização de uma área em Porto Alegre sem um muro de contenção de enchentes.

“Vi vídeos de pessoas propondo, à época, retirar os diques para cuidar da beleza estética de Porto Alegre, como se isso fosse possível, dada as condições de infraestrutura”, disse o ministro.

Ao discursar, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, também saudou nominalmente os governadores presentes e se queixou da ausência do restante.

“Alguns não têm comparecido, possivelmente, ainda pela imagem negativista de um presidente da República que só viajava para o Estado que ele gostava, para atender amigos, e não dava importância para aqueles que pensassem diferente dele”, afirmou.

Questionado pelo Estadão/Broadcast se a distância de alguns governadores do Palácio do Planalto dificulta a elaboração de projetos, Costa disse que é mais fácil trabalhar quando há entrosamento. Mas, segundo ele, a ideia é “deixar no passado o excesso de partidarização e de politização” nas relações com os Estados.

O ministro também afirmou que alguns Estados “sequer apresentaram propostas” para o PAC. “O prejuízo não é para o governo, não é para mim, não é para você, o prejuízo é para quem mora nesses locais e poderia ser atendido”, disse, em coletiva de imprensa.

Na cerimônia, o governo anunciou a nova etapa do PAC com investimentos de R$ 41,7 bilhões. Os recursos não sairão integralmente do Orçamento da União. Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, foram selecionadas 872 propostas de obras em 707 municípios.

NEGOCIAÇÕES PARA O FIM DA GUERRA DA UCRÂNIA EM ANDAMENTO

 

História de IGOR GIELOW – Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após dois anos e cinco meses de morte, destruição, gastos brutais e esgarçamento do tecido geopolítico mundial, um movimento para achar uma saída para a Guerra da Ucrânia ganha corpo no país que iniciou o conflito: a Rússia.

Nas duas últimas semanas, a Folha ouviu de pessoas com acesso ao Kremlin e ao Ministério da Defesa em Moscou relatos bastante semelhantes acerca de iniciativas discretas para a retomada de negociações de paz, interrompidas de forma direta após 29 de março de 2022.

Ao mesmo tempo, sinais públicos dessa movimentação começaram a surgir. As diferenças de enfoque, contudo, continuam profundas, o que torna hercúleo o trabalho de russos, ucranianos e potenciais mediadores.

Segundo um observador próximo do centro do poder russo, o presidente Vladimir Putin não estava blefando ou apenas tentando atrapalhar a conferência de paz que o Ocidente e a Ucrânia promoveram na Suíça, no mês passado.

Ao apresentar termos para acabar com a guerra, ele refletiu uma visão maximalista. Pediu a neutralidade ucraniana, o desarmamento do país e o controle sobre a totalidade das quatro regiões que a Rússia anexou ilegalmente em setembro de 2022 -nem chegou a falar sobre a Crimeia, absorvida em 2014.

Para essa pessoa e diplomatas, Putin pode se contentar com menos, desde que isso não sugira uma derrota militar. Já um consultor que esteve na cúpula da Otan em Washington, há duas semanas, afirmou que é consenso na aliança militar que alguma cessão territorial terá de ocorrer por parte de Kiev.

Novamente, vital aqui será não configurar a concessão como uma derrota. Esse consultor disse ter ouvido de dois generais que os militares ucranianos têm sido muito mais flexíveis nas conversas sobre o tema do que a retórica inflamada do presidente Volodimir Zelenski faz supor.

Hoje, Putin comanda cerca de 20% da Ucrânia. O temor em Kiev e no Ocidente é que ele use um eventual cessar-fogo ou mesmo um armistício ao estilo Coreias para se rearmar e ir em frente. O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, diz que a Otan terá de se preparar para uma guerra com os russos em no máximo cinco anos.

No caso russo, há questões de ordem militar também. O fracasso da contraofensiva ucraniana de 2023 deixou a iniciativa na mão de Moscou neste ano, e os avanços no leste do país têm sido diários. Em maio, Putin lançou uma nova frente na região de Kharkiv, no norte do país.

O russo disse que só queria criar um cordão sanitário para evitar ataques contra o sul da Rússia. Segundo um analista próximo do Ministério da Defesa russo, o objetivo era tomar toda a região, inclusive a capital homônima, segunda maior cidade ucraniana. Em ambas as hipóteses, o Kremlin não teve sucesso.

Para piorar, enquanto não tem faltado mão de obra (25 mil novos soldados por mês, para manter cerca de 470 mil lutando), os russos têm enfrentado uma perda de material grande, drenando seus estoques soviéticos –blindados dos anos 1960 são vistos com frequência em ação.

Nem tudo é má notícia para Moscou. A produção de mísseis está sendo ampliada, e a munição para artilharia continua sustentando uma razão de até 5 para 1 contra a ucraniana. A ação em Kharkiv também foi bem-sucedida em drenar energia vital das Forças Armadas de Zelenski. Estima-se que triplicou o contingente ucraniano em Kharkiv, o que segurou os russos, mas abriu outras brechas no dique de 1.000 km de frentes de batalha do país, particularmente em Donetsk (leste).

A volta do apoio ocidental, após um semestre de indecisão nos EUA, também sugere mais fôlego para Kiev. Nada que fará a guerra parar, mas talvez voltar a uma situação de maior equilíbrio.

Nas palavras do analista, Putin joga pelo empate. Como falhou em conquistar Kiev, se congelar o conflito levando em conta as fronteiras ocupadas atuais, poderá dizer ao público russo que triunfou.

O apoio à guerra ainda é grande, segundo pesquisas do independente Centro Levada, mas no mês passado pela primeira vez há mais pessoas interessadas em negociações de paz do que em combates.

É desse caldo que saíram os sinais recentes de acomodação, que passaram por conversas indiretas entre russos e americanos relatadas pela Folha e confirmadas por Moscou.

Primeiro, o premiê húngaro, Viktor Orbán, aproveitou seu semestre como presidente temporário da União Europeia para fazer uma espécie de “tour da paz”.

Orbán visitou Zelenski, Putin, o líder chinês Xi Jinping e o presidenciável americano Donald Trump, cuja posição contrária ao apoio à Ucrânia apavora os defensores de Kiev. Segundo diplomatas, na viagem a Moscou ele ouviu os termos de Putin, inclusive os que não são públicos.

O húngaro, um admirador do russo, repassou os recados por meio de uma carta aos líderes europeus. Em média, todos o criticaram, desautorizando o uso da UE, mas só em público.

Sinal ainda mais eloquente veio na forma da primeira visita de Dmitro Kuleba, o combativo chanceler de Zelenski, à China aliada dos russos, na quarta (24). Para evitar dano de imagem, coube a seu par chinês, Wang Yi, dizer que Kuleba está disposto a negociar.

O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, saudou a disposição do rival. Na quinta (25), ele foi além, dizendo que os russos topam conversar com Zelenski. Não é casual: quando o mandato do ucraniano acabou, em maio, Putin colocou em xeque sua legitimidade apesar de a legislação do vizinho não permitir eleições sob lei marcial, uma realidade desde a invasão.

Na mão contrária, Zelenski sinalizou que aceita debater com o líder russo –mesmo com uma lei de 2022 proibindo negociação com Putin. O ucraniano também aposta numa segunda cúpula de paz, desta vez convidando Moscou.

Este por ora é um caminho incerto, dado que o arranjo só leva em conta um prato feito por Kiev, mas mostra que as placas tectônica da diplomacia estão se movendo enquanto Rússia e Ocidente se estranham de forma aguda, e o mundo espera o resultado da eleição americana.

Se o leme das conversas estiver com Pequim, é possível até que o Brasil, que dividiu oferta de mediação com a China, tenha algum papel no enredo.

MINISTROS DO G20 REUNIDOS NO RIO DE JANEIRO SE COMPROMETEM COM EQUILÍBRIO FISCAL

 

História de André Marinho, Célia Froufe e Gabriel Vasconcelos – Jornal Estadão

SÃO PAULO E RIO – Os ministros das Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20 divulgaram nesta sexta-feira, 26, um comunicado conjunto no qual reforçam compromissos com a sustentabilidade fiscal, mas prometem uma política que assegure também crescimento econômico e impulsione investimentos públicos e privados. A divulgação do texto ocorre após a conclusão de encontro no Rio de Janeiro.

Paralelamente ao comunicado conjunto, também foi divulgado um documento assinado pela presidência brasileira do G20, mas negociado com todos os membros, sobre cooperação em tributação internacional que foca incentivos à progressividade e cita “indivíduos com patrimônio líquido muito elevado”, sinônimo de super-ricos, por cinco vezes.

Nesse texto, há promessa de esforços para realização de reformas tributárias domésticas com apoio dos pares. Pelo menos em dois trechos, é frisada a soberania tributária dos países, que marca a preocupação do conjunto dos países em se afastar de um acordo mais efetivo sobre tributação global, desejado pela delegação brasileira.

Comunicado conjunto do encontro do G20 no Rio, presidido pelo Brasil, reforça compromissos com sustentabilidade fiscal Foto: Diogo Zacarias/MF

Comunicado conjunto do encontro do G20 no Rio, presidido pelo Brasil, reforça compromissos com sustentabilidade fiscal Foto: Diogo Zacarias/MF© Fornecido por Estadão

No comunicado conjunto, os ministros ressaltam a desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países para um ritmo menor do que o da média histórica no médio e longo prazo. Segundo os líderes do grupo, a economia global se mostrou resiliente, mas a recuperação econômica ainda é muito desigual no globo.

O documento reafirma que o G20 continuará buscando a sustentabilidade fiscal e defende maior cooperação e um impulso à produtividade. Porém, guerras, fragmentação política e eventos climáticos ameaçam o ritmo de crescimento global. A declaração conjunta diz que os ministros seguem encorajados com a possibilidade de um pouso suave, e pontua que eles pretendem calibrar melhor a política econômica do grupo para impulsionar o crescimento, transmitindo-a sempre com transparência.

Quanto à atuação dos Bancos Centrais, o comunicado reconhece que a inflação global segue caindo de níveis elevados como resultado da política econômica restritiva dos BCs, que “seguem fortemente comprometidos em ajustar a política econômica com base em dados”. Os integrantes do G20 também reafirmaram o compromisso do grupo em entregar bancos multilaterais mais efetivos, e expressaram solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul, no Brasil, que foi afetado pelas fortes enchentes.

Desde o início da guerra da Ucrânia, a trilha financeira do grupo das 20 maiores economias do globo (G20) não tinha conseguido chegar a um consenso para publicar um comunicado conjunto sobre as decisões do grupo.

As edições da Indonésia e da Índia ficaram com vácuo de divulgações dos chamados “communiqués”. Quando isso ocorre, é publicado um texto alternativo, chamado de Chair’s Summary pela presidência do grupo. Trata-se, porém, de apenas um registro dos encontros, como se fosse uma espécie de ata.

Basicamente, a falta de um acordo se dá por causa da forma com que é retratada a invasão pela Rússia do país do leste europeu e os principais agentes da discórdia são, de um lado, Rússia e China (que consideram a trilha financeira do G20 um fórum inadequado para temas geopolíticos) e, de outro, União Europeia e Estados Unidos.

Para conseguir publicar o comunicado, a presidência brasileira recorreu à alternativa de desmembrar o texto, deixando as questões geopolíticas numa declaração à parte assinada apenas pelo anfitrião. A redação da nota conjunta, assim, não menciona os conflitos em Gaza e na Ucrânia.

Taxação de super-ricos

Em relação ao documento paralelo que cita a taxação de super-ricos, países como Estados Unidos, Japão, Arábia Saudita e Emirados Árabes eram contrários, em diferentes níveis, a qualquer compromisso mais formal de caráter internacional na área. Segundo pessoas que acompanharam as discussões, a diplomacia americana teria concedido o “centímetro necessário” para que a presidência brasileira pactuasse o texto.

A Declaração do Rio sobre Cooperação Tributária Internacional tem seis páginas e 15 artigos.

Há uma menção pontual às dificuldades e financiamento da agenda climática, mas taxação de ultrarricos não é apontada como uma alternativa para saná-las, o que frustra mais uma vez em parte as ambições brasileiras nesse sentido.

Os últimos cinco parágrafos compõem a seção “nosso compromisso”. No trecho é dito que, com respeito à soberania fiscal, os países do G20 vão buscar cooperar para garantir que indivíduos com patrimônio líquido extremamente elevado sejam “efetivamente tributados”, mas, novamente, com respeito à soberania dos países.

“A evasão ou sonegação fiscal agressiva de indivíduos com patrimônio líquido ultra-alto pode prejudicar a justiça dos sistemas tributários, o que vem junto com uma eficácia reduzida da tributação progressiva”, diz o texto.

O texto diz que a cooperação para taxar os ultrarricos pode envolver o “G20 Brazil Finance Track”, troca das melhores práticas, debates sobre princípios tributários e elaboração de mecanismos anti-evasão, uma redação novamente branda ante as ambições brasileiras. Ainda assim, a publicação do texto, por si só, foi encarada como uma vitória pela equipe econômica e demais delegações.