Os ruminantes são animais herbívoros e com cascos, pertencentes à subordem Ruminantia,
caracterizados por possuírem um sistema digestivo único. A maioria
desses animais possuem estômagos com quatro compartimentos conhecidos
como: rúmen, retículo, omaso e abomaso.
Esses compartimentos contribuem para o funcionamento do sistema
digestivo dos animais, possibilitando o melhor aproveitamento de energia
derivada das plantas do que qualquer outro herbívoro.
A palavra ruminante deriva do latim ruminare,
que significa mastigar de novo. Isso exemplifica o que ocorre no
trato digestivo desses animais, que mastigam novamente o alimento que
retorna do estômago.
Como funciona o processo de digestão de um ruminante?
O processo de digestão desses animais começa na boca, onde é
produzida uma saliva rica em enzimas para a quebra de gordura (lipase
salivar) e amido (amilase salivar). A função mais importante da saliva é
tamponar os níveis de pH no retículo e no rúmen.
O alimento é misturado com a saliva, formando o bolo alimentar, que
se move da boca para o retículo através do esôfago. O esôfago desses
animais funciona bidirecionalmente, permitindo-lhes regurgitar o
alimento para mastigá-lo novamente, se necessário.
Depois de passar pelo retículo, a porção sólida do bolo alimentar é
encaminhada ao segundo compartimento do estômago, o rúmen, onde o
processo de fermentação começa.
Em geral, os ruminantes não são capazes de digerir a
celulose diretamente, e sim através de uma relação simbiótica com
microrganismos ruminais presentes no rúmen. É nele que os músculos dessa
parte do estômago se movimentam, impulsionando o processo de
fermentação entérica realizada pelos micróbios.
Os microrganismos digerem a celulose das
paredes celulares das plantas, digerem o amido complexo, sintetizam
proteínas a partir do nitrogênio não proteico e sintetizam vitaminas B
e vitamina K.
O alimento fermenta, gerando metano e dióxido de carbono que são expelidos através do arroto dos mamíferos.
Depois disso, o bolo passa para o folhoso, ou omaso, uma parte do
estômago composta por dobras de tecido, onde parte da água do alimento
ingerido é absorvida.
O abomaso, também chamado de estômago verdadeiro de um ruminante,
é o compartimento mais semelhante ao estômago humano, por exemplo. Ele
produz ácido clorídrico e enzimas digestivas, como a pepsina, e recebe
enzimas digestivas secretadas pelo pâncreas. Essas secreções ajudam a
preparar proteínas para absorção no intestino.
A digestão continua no intestino delgado dos ruminantes, e a absorção do alimento digerido no sangue começa através da parede do intestino delgado.
Do que se alimentam?
Os ruminantes se alimentam, na maior parte, de gramíneas e outros materiais vegetais fibrosos.
Quais animais são ruminantes?
Alguns animais que fazem parte da ordem Ruminantia são:
Gado (bois, vacas, búfalos);
Ovelhas;
Cabras;
Veados;
Girafas;
Antílopes.
O papel da ruminação do efeito estufa
A pecuária é a responsável por grande parte da produção de gases do efeito estufa. No entanto, você sabia que parte dessas emissões são consequentes do processo de ruminação?
Isso se dá através da fermentação entérica realizada pela relação simbiótica entre ruminantes e
microorganismos. A fermentação é um processo digestivo no qual
micróbios decompõem e fermentam os alimentos no trato digestivo ou no
rúmen. Este processo produz metano, um gás 80 vezes mais potente que o
carbono na agravação do efeito estufa, que é emitido por arrotos.
As emissões entéricas de metano de animais ruminantes criados pela pecuária representam até 30% das emissões antropogênicas globais de metano,
e fatores como a qualidade da alimentação, o tamanho do animal e a
temperatura ambiente aumentarão a quantidade de metano que um animal
produz se não for controlado.
Diante disso, inúmeros especialistas buscam soluções para que as
emissões de metano da pecuária sejam reduzidas. Entre as mais comuns
estão a implementação de algas marinhas na alimentação desses animais,
que podem suprimir a atividade dos micróbios responsáveis pela produção
do gás.
WASHINGTON (Reuters) – A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala
Harris, estava agindo rapidamente na segunda-feira para tentar garantir a
indicação presidencial democrata, um dia depois que o presidente
norte-americano, Joe Biden, de 81 anos, abandonou a candidatura à
reeleição diante da crescente oposição de seu próprio partido.
Kamala, de 59 anos, discursará na Casa Branca às 12h30 (horário de
Brasília) nesta segunda-feira. Autoridades da campanha e aliados já
fizeram centenas de ligações em seu nome, pedindo aos delegados da
convenção do Partido Democrata do próximo mês que se unam para indicá-la
a presidente na eleição de 5 de novembro contra o republicano Donald
Trump.
A saída de Biden foi o mais recente abalo em uma disputa pela Casa
Branca que, nos últimos 10 dias, viu o ex-presidente Trump quase ser
assassinado por um homem armado durante um ato de campanha, antes de
escolher o senador J.D. Vance como seu companheiro de chapa.
“Minha intenção é ganhar essa indicação”, disse Kamala em um
comunicado. “Farei tudo o que estiver ao meu alcance para unir o Partido
Democrata – e unir nossa nação – para derrotar Donald Trump.”
Kamala, que é negra e asiática-americana, criaria uma dinâmica
totalmente nova com Trump, de 78 anos, oferecendo uma vívida divisão
geracional e cultural. A campanha de Trump vem se preparando para sua
possível ascensão dela há semanas, disseram fontes à Reuters, e planejou
tentar vinculá-la estreitamente às políticas de Biden sobre imigração e
economia.
Biden, a pessoa mais velha que já ocupou o Salão Oval, disse que
permanecerá na Presidência até o fim de seu mandato em 20 de janeiro de
2025, enquanto endossou Kamala para concorrer em seu lugar.
Um desempenho desastroso no debate de 27 de junho contra Trump levou
os colegas democratas de Biden a pedir que ele encerrasse sua
candidatura, e os republicanos seniores já começaram a pedir que ele
renuncie ao cargo, argumentando que, se ele não está apto para fazer
campanha, não está apto para governar.
Kamala conversou com o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, um
possível candidato a vice-presidente, com o líder democrata da Câmara,
Hakeem Jeffries, e com o presidente do Congressional Black Caucus,
deputado Steven Horsford, disse uma fonte familiarizada com o assunto.
A desistência de Biden deixa menos de quatro meses para uma campanha.
Democratas proeminentes, incluindo possíveis adversários de Kamala,
como o governador da Califórnia, Gavin Newsom, apoiaram imediatamente a
vice-presidente.
Trump, cujas falsas alegações de que sua derrota em 2020 para Biden
foi resultado de fraude inspiraram o ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de
janeiro de 2021, questionou na segunda-feira o direito dos democratas
de mudar de candidato.
“Eles roubaram a candidatura de Biden depois que ele a venceu nas primárias”, disse Trump em seu site Truth Social.
Apesar da demonstração inicial de apoio a Kamala, a conversa sobre
uma convenção aberta quando os democratas se reunirem em Chicago de 19 a
22 de agosto não foi totalmente silenciada.
A ex-presidente da Câmara dos Deputados Nancy Pelosi e o
ex-presidente Barack Obama não anunciaram apoio, embora ambos tenham
elogiado Biden.
Dois outros possíveis adversários – a governadora de Michigan,
Gretchen Whitmer, e o governador de Kentucky, Andy Beshear – não
mencionaram a vice-presidente em suas declarações.
Com os democratas entrando em território desconhecido, o presidente
do Comitê Nacional Democrata, Jaime Harrison, disse que o partido
anunciará em breve as próximas etapas de seu processo de indicação.
As despesas com o BPC, benefício pago a pessoas idosas e com deficiência de baixa renda, saltou R$ 6,4 bilhões no
3º relatório de Avaliação Bimestral de Receitas e Despesas, apresentado
nesta segunda-feira, na comparação com o anterior, divulgado em maio.
Já os gastos com Previdência subiram R$ 4,9 bilhões, alcançando R$ 923 bilhões.
“No caso do BPC, a principal razão pelo crescimento indicado pelo MDS (Ministério de Desenvolvimento Social) foi
aumento de quantidade de requerimentos novos analisados”, disse afirma o
secretário de Orçamento Federal substituto, Clayton Luiz Montes. “Temos
variação com BPC de R$ 6,4 bilhões e Previdência, com R$ 5,3 bilhões,
totalizando um acréscimo de R$ 29 bilhões (nas despesas obrigatórias).”
O relatório justifica o aumento na projeção de gastos previdenciários
“em decorrência de mudanças de fluxos internos e comportamentos
inesperados de entrada de pedidos”.
O governo também ampliou as renúncias previstas com na arrecadação da
Previdência Social, em razão da desoneração das folhas de pagamentos
dos municípios – houve uma redução de R$ 5,2 bilhões na previsão de
arrecadação.
Além do bloqueio de R$ 11,2 bilhões, o governo também realizou um
contingenciamento de R$ 3,8 bilhões para cumprir a meta fiscal zero, que
permite um déficit de até 0,25% do PIB (R$ 28,8 bilhões). Não fosse o
contingenciamento, o governo teria um déficit estimado em R$ 32,6
bilhões, fora da meta.
Só essa revisão cadastral, no entanto, não é suficiente e deve gerar pouca economia,
segundo especialistas. O ex-secretário do Tesouro e chefe de
macroeconomia da Asa Investment, Jeferson Bittencourt, afirma que
governo e sociedade deveriam debater critérios de acesso a benefícios
como o BPC.
Novo congelamento à vista
Economistas ouvidos pelo Estadão avaliaram como
positivo o anúncio feito por Haddad de um congelamento de R$ 15 bilhões
em recursos do Orçamento deste ano, mas ponderam que será necessário uma nova contenção de despesas, de modo a cumprir ao menos o piso da meta fiscal zero deste ano.
Segundo os analistas, para o cumprimento do piso da meta, a contenção
deveria ser da ordem de R$ 26,4 bilhões – embora haja divergências nas
previsões. Assim, analistas já preveem que o restante da contenção seja
anunciada no relatório de setembro.
Qual a diferença entre bloqueio e contingenciamento?
No contingenciamento, o governo congela despesas
quando há frustração de receitas, a fim de cumprir a meta fiscal (saldo
entre receitas e despesas, sem contar os juros da dívida). Para este ano
e para 2025, a meta é de zerar o déficit das contas públicas.
Como a meta tem uma banda (intervalo de tolerância) de 0,25 ponto
porcentual do PIB para cima e para baixo, o governo cumpre a meta desde
que não extrapole o piso da banda – ou seja, um déficit de R$ 28,8
bilhões.
Já o bloqueio é realizado para cumprir o limite de
despesas do arcabouço fiscal. Assim, quando há aumento de gastos
obrigatórios (como aposentarias, por exemplo), o governo bloqueia
despesas não obrigatórias (como custeio e investimentos) para compensar
O governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), acabou de
ganhar uma imagem forte para demonstrar nas eleições de 2026 o seu
compromisso com a redução da máquina pública: a privatização da Sabesp, a
companhia estadual de saneamento básico.
A polêmica também foi grande. Parte da sociedade é contra a
privatização do serviço de água e esgoto, por entender que isso
encareceria tarifas e que o acesso deve ser garantido pelo estado. Outra
parte entende que a privatização pode ampliar os investimentos e a
eficiência do setor, ampliando a cobertura.
A privatização de estatais de saneamento ganhou força com a
aprovação, há quatro anos, do Marco do Saneamento, que busca elevar
investimentos privados no setor e definiu a meta de levar água encanada a
99% da população e coleta de esgoto a 90% até 2033.
Um dos argumentos a favor do marco é atrair recursos para construir
redes de esgoto nas regiões mais negligenciadas, que sofrem com as
doenças associadas à falta de saneamento básico.
Mas esse não é o caso da Sabesp, o que fez da sua privatização um
caso particular. A empresa tem ações negociadas em bolsa desde 1997, e
em 2023 registrou lucro líquido de R$ 3,5 bilhões. Na sua área de
cobertura, 98% da população tem abastecimento de água e 93%, coleta de
esgoto. E a companhia desfruta de boa imagem entre os paulistas: uma
pesquisa realizada em abril pela Quaest apontou que 52% deles eram
contra a privatização, e 36%, a favor.
Qual foi o modelo de privatização da Sabesp
Tarcísio já havia comandado privatizações e concessões como ministro
da Infraestrutura de Jair Bolsonaro, e na campanha a governador de 2022
prometeu privatizar a Sabesp se fosse eleito. “É uma empresa arrumada,
mas empresa privada cobra tarifa mais barata de saneamento”, disse à
época. Um mês após assumir o Palácio dos Bandeirantes, iniciou os
estudos para a privatização, e em dezembro de 2023 a Assembleia
Legislativa aprovou o projeto de lei que autorizou o processo.
O governo optou por não vender completamente a Sabesp, mas
transmitir sua gestão a uma acionista de referência, que terá 15% das
ações, e pulverizar outros 17,3% das ações no mercado. Com isso, o
estado reduz sua participação de 50,3% para 18%.
Não houve concorrência para ser acionista de referência: apenas uma
empresa manifestou interesse, a Equador, que tem experiência consolidada
no setor de distribuição de energia. Ela pagou R$ 6,9 bilhões pelas
ações, a um preço unitário de R$ 67.
No modelo adotado, o mesmo valor por ação pago pelo acionista de
referência foi aplicado na venda pulverizada, que rendeu R$ 7,9 bilhões –
a maior parte comprada por fundos nacionais e internacionais. O valor
de R$ 67 por ação foi 18,3% menor do que o preço das ações negociadas em
bolsa na última quinta-feira, quando foi confirmada a venda
pulverizada.
Ao defender a privatização, o governo paulista ressaltou que ela
prevê universalizar o saneamento até 2029, quatro anos antes do prazo,
além de investimentos de R$ 68 bilhões na rede. O processo também
destina 30% do valor líquido arrecadado com a privatização a um fundo
para obras de saneamento e subsídios tarifários.
Vale a pena passar o saneamento para a iniciativa privada?
O dilema é antigo. Empresas privadas podem ter mais recursos para
investir e incentivos para ampliar a eficiência, mas o objetivo maior
sempre será o lucro. A depender das regras e da fiscalização do Estado,
isso pode significar melhorias, como no caso das telecomunicações, ou
levar a pioras e aumento dos preços.
Paulo Furquim de Azevedo, professor e coordenador do Centro de
Regulação e Democracia do Insper, avalia à DW que o resultado final
depende da estrutura regulatória. No setor de saneamento, ele conduziu
pesquisas que encontraram efeitos positivos da atuação de empresas
privadas, devido a investimentos novos e à ampliação da rede de esgoto –
hoje ausente em quase 40% dos domicílios do Brasil.
Uma das pesquisas cruzou dados da concessão privada do saneamento com
a taxa de ocorrência de doenças relacionadas à água, que em crianças de
1 a 5 anos costumam decorrer de falta de saneamento. O estudo isolou o
efeito de outros fatores, como a melhoria da rede de saúde, e concluiu
que a atuação privada no saneamento reduziu a ocorrência dessas doenças,
em especial em municípios pequenos. Outra pesquisa concluiu que a rede
de esgoto aumenta com a concessão à iniciativa privada.
Já no caso da Sabesp, ele afirma não ver condições para o mesmo
impacto positivo, pois trata-se de um “exemplo de empresa pública que já
funcionava muito bem”.
“Não espero que a privatização da Sabesp terá os efeitos que
verificamos na média dos municípios. Não significa que vai piorar. O
ponto é que ela já tinha um serviço de saneamento muito bom, então a
oportunidade de ganho de uma concessão privada já se esgotou”, diz. “A
empresa pública já era capaz de fazer investimentos e era bem gerida,
com capacidade de fazer captações de recursos.”
Em outra pesquisa sobre o setor, Azevedo avaliou os incentivos
políticos que levam governantes a decidirem privatizar ou conceder as
empresas de saneamento. Um deles, diz, é o imenso volume de recursos que
entra nos cofres públicos durante a privatização ou concessão, que em
sua maioria irrigam o cofre único do estado.
No caso de São Paulo, ele aponta também o elemento ideológico. “A
plataforma que venceu a preferência da sociedade na última eleição foi
mais privatizante, voltada à redução do papel do Estado, e isso se
reflete na agenda do governo”, diz.
Críticas ao processo e receio de piora do serviço
A privatização da Sabesp recebeu oposição de seus funcionários e de
algumas entidades civis e partidos. Francisca Adalgisa,
diretora-presidente da Associação dos Profissionais Universitários da
Sabesp e membra do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao
Saneamento (Ondas), afirma à DW que não havia “nenhuma justificativa”
para a mudança de controle acionário.
Ela cita que a empresa é lucrativa e já cumpriu as metas de
universalização em mais de 300 municípios. Os locais ainda não
atendidos, diz, são aqueles com mais dificuldade de acesso, mas ela
projeta que no ritmo atual de investimento a universalização seria
alcançada em 2033 “sem afogadilho”.
Para Adalgisa, a meta de universalizar o atendimento até 2029, citada
pelo governo Tarcísio, é uma “promessa falsa”, pois não haveria
projetos nem empresas de engenharia disponíveis capazes de concluir
essas obras no prazo. Ela prevê queda de qualidade no atendimento, como
resultado da provável terceirização de atividades que virá na gestão
privada. “Demora para você treinar um funcionário para fazer um bom
trabalho, há um turnover [rotatividade de pessoal] muito alto se você
terceiriza, os salários são muito baixos”, diz.
Ela também critica o processo de privatização, que resultou em apenas
uma proposta de acionista de referência, e que segundo ela foi
conduzido de forma acelerada e direcionada. “O governo correu com a
teoria do fato consumado. Quando cair a ficha na população, o acionista
já botou a pessoa na cadeira”, diz. A Ondas e o PT moveram ações na
Justiça para tentar barrar o processo, sem sucesso. Na sexta-feira, o
ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), negou uma liminar a respeito.
Em Berlim, privatização e reestatização
Em algumas cidades do mundo, a experiência de privatizar o serviço de
saneamento deixou a população insatisfeita. Segundo uma pesquisa do
Transational Institute, 364 delas decidiram reverter privatizações de
saneamento desde a virada do século – entre eles, Paris e Berlim.
Na capital alemã, a empresa de água e esgoto – Berliner
Wasserbetriebe (BWB) – foi parcialmente privatizada em 1999. O governo
vendeu 49,9% de suas ações a duas gigantes do setor, a alemã RWE e a
francesa Vivendi, que assumiram a gestão. Treze anos depois, após
pressão social, o poder público comprou de volta as ações.
À frente da mobilização civil estava a organização Berliner
Wassertisch, que organizou um referendo em 2011 – o primeiro da história
da cidade – no qual a maioria dos votantes optou para que os contratos
da privatização, então secretos, fossem tornados públicos.
Karl Goebler, membro da Berliner Wassertisch e cofundador do Berliner
Wasserrat, relata à DW que a decisão pela parceria público-privada no
saneamento ocorreu em um momento de crise fiscal do governo, que buscava
recursos extras, e de entusiasmo mundial com as políticas neoliberais,
que valorizam a privatização e a desregulação.
Os berlinenses, porém, desaprovaram a experiência. Goebler relata que
a tarifa subiu 37% durante o período da privatização, “fazendo com que o
preço da água em Berlim fosse o maior entre as cidades alemãs”. Ele
cita também que os contratos secretos semearam desconfiança na população
e que, uma vez tornado públicos, mostraram que garantiam lucro mínimo
de 8% para os investidores privados – coberto pelo governo se não fosse
obtido por meio das tarifas.
Em 2012, o governo comprou de volta as ações da RWE e em 2013, as da
Vivendi. Com a reestatização, diz Goebler, “os preços se estabilizaram e
em alguns casos, caíram”. “O controle público levou a maior
transparência e abriu-se espaço para investimentos mais de longo termo.”
Por outro lado, ele cita que a recompra das ações representou um
gasto significativo para o governo, que teve de fazer empréstimos para
isso, e que a transição da gestão privada para a pública trouxe
“desafios burocráticos” para reconverter a estrutura corporativa de
volta para o regime estatal.
Iskander Sanchez-Rola, Diretor de Inovação em Privacidade da Norton
Norton alerta que os cibercriminosos estão mirando bancos de dados de
empresas, buscando informações pessoais para roubar dinheiro,
comprometer identidades ou mesmo vender os dados dos usuários na dark
web.
À medida que a tecnologia avança, mais e mais informações têm sido
transferidas para o mundo digital. Neste contexto, os ataques
cibernéticos mirando o acesso sem autorização a dados sigilosos de
empresas e seus usuários, tornaram-se cada vez mais frequentes.
A Norton, uma marca de cibersegurança da Gen™ (NASDAQ: GEN), alerta
para os cuidados que se deve ter a fim de evitar que bancos de dados de
empresas sejam violados e informações confidenciais das pessoas caiam
nas mãos de agentes mal intencionados.
“Corporações e negócios são alvos extremamente atraentes para os
cibercriminosos, simplesmente devido à grande quantidade de dados que
podem ser obtidos de uma só vez”, diz Iskander Sanchez-Rola, Diretor de
Inovação em Privacidade da Norton. “As violações de dados podem impactar
as empresas e consumidores de diversas maneiras. Este tipo de incidente
de segurança pode prejudicar vidas e reputações, levando tempo para ser
reparado”, completa.
Iskander explica que o crime cibernético é uma indústria lucrativa
para os invasores. O especialista em privacidade da Norton também agrega
que os cibercriminosos buscam informações pessoais para roubar
dinheiro, comprometer identidades ou mesmo vender os dados na dark web.
As violações de dados podem ocorrer por vários motivos, inclusive
acidentalmente, mas os ataques direcionados são normalmente realizados
de cinco maneiras:
1. Explorando vulnerabilidades dos sistemas. Um
software desatualizado pode criar uma brecha capaz de permitir que um
invasor insira um malware em um computador e roube os dados nele
contidos.
2.Senhas fracas. Senhas de usuários fracas e
inseguras são mais fáceis de serem descobertas pelos cibercriminosos,
especialmente se a senha for composta por palavras ou frases inteiras. É
por isso que os especialistas desaconselham o uso de senhas simples,
recomendando senhas únicas e complexas.
3.Downloads drive-by. Uma pessoa pode baixar
acidentalmente um vírus ou malware, simplesmente visitando uma página
web comprometida. Um download drive-by normalmente tira proveito de um
navegador, aplicativo ou sistema operacional desatualizado, ou com falha
de segurança.
4.Ataques de malware direcionados. Os
cibercriminosos usam táticas de phishing por e-mail ou keyloggers, em
ataques de preenchimento de credenciais, para descobrir informações de
login dos usuários. O e-mail é uma forma comum de um malware chegar ao
computador. Assim, as pessoas devem evitar abrir links ou anexos em um
e-mail de fonte desconhecida. Fazer isso pode infectar o computador com
malware. É importante lembrar que um e-mail pode parecer ter sido
enviado de uma fonte confiável, mesmo quando não é.
5.Ataques de watering hole. Os cibercriminosos
observam o tráfego e os usuários de sites específicos, para localizar e
explorar problemas de software ou de falta de segurança. Esses agentes
mal-intencionados podem, então, usar malware para infectar uma rede de
dispositivos e criar backdoors para os dados armazenados.
Iskander aconselha que para a proteção de identidade no ambiente
digital, é necessário usar senhas fortes e seguras. “As senhas devem ser
complexas e exclusivas para cada conta online. As pessoas também devem
monitorar constantemente os relatórios de cartões de crédito, bancos e
contas financeiras em busca de atividades desconhecidas, como por
exemplo, a abertura de um novo cartão de crédito ou outra conta pelo
criminoso no nome da vítima. Se as empresas oferecerem alertas de
atividades por mensagem de texto ou e-mail, pode fazer sentido
inscrever-se neles e, em caso de alguma atividade suspeita ou violação
de informação, contatar imediatamente a instituição financeira
envolvida”, destaca.
O especialista em privacidade da Norton alerta ainda para que as
pessoas protejam os seus dispositivos, assegurando que os celulares
também tenham senhas como uma linha de defesa em caso de perda ou roubo
do aparelho, evitando que o criminoso tenha acesso a informações se
pudesse acessar um telefone desprotegido.
“Se as empresas que fornecem serviços armazenarem informações
sigilosas das pessoas, a identidade dos usuários poderá ser comprometida
em uma violação de dados em grande escala! Usar uma proteção contra
roubo de identidade pode fazer toda a diferença, pois a bagunça causada
por uma identidade roubada pode levar meses ou até anos para ser
corrigida. O Norton Identity Advisor Plus, por exemplo, inclui recursos
de proteção de identidade, que ajudam as pessoas a monitorar e responder
a ameaças de identidade, com ferramentas que auxiliam a manter o
controle da saúde financeira. Também ajuda os usuários a monitorar suas
redes sociais e se suas informações estão expostas na dark web”,
finaliza Iskander Sanchez-Rola.
Sobre a Norton
A Norton é uma marca líder em cibersegurança da Gen™ (NASDAQ: GEN),
uma empresa global dedicada a capacitar a liberdade digital através de
sua família de marcas de confiança para o consumidor, incluindo Norton,
Avast, LifeLock, Avira, AVG, ReputationDefender e CCleaner. A Gen
permite que as pessoas vivam suas vidas digitais com segurança,
privacidade e confiança hoje e para as gerações futuras. A Gen oferece
produtos e serviços premiados de cibersegurança, privacidade online e
proteção de identidade a mais de 500 milhões de usuários em mais de 150
países. Mais informações em Norton.com e GenDigital.com.
Veja como o avanço na tecnologia de iluminação está moldando o futuro
das cidades, criando espaços mais seguros e atraentes para todos
Parque Ecológico São Pedro, em Ribeirão das Neves (MG). Crédito: IPMinas
No contexto das cidades modernas, a iluminação vai além da simples
função de clarear o ambiente; ela se torna um reflexo da identidade e
vitalidade urbana. Desde as antigas tochas até as tecnologias atuais, a
evolução da iluminação urbana não apenas demonstra o progresso
tecnológico, mas também os valores das comunidades ao longo da história.
A Importância da Iluminação Urbana
A iluminação urbana é importante para mais do que apenas garantir
visibilidade noturna. Ela afeta diretamente vários aspectos da vida
diária e a percepção coletiva da cidade. Um dos aspectos mais
importantes é a segurança. Ambientes bem iluminados em ruas, calçadas e
áreas públicas reduzem o risco de crimes e acidentes.
Além da segurança, a estética é fundamental. Uma iluminação bem
planejada pode realçar a arquitetura, destacar monumentos históricos e
criar cenários que contribuem para a identidade visual e cultural de uma
cidade. Cada elemento luminoso contribui para o ambiente, atraindo
tanto moradores quanto turistas.
Referências brasileiras em iluminação urbana
No Brasil, diversas cidades se destacam pelo investimento em
iluminação. São Paulo, por exemplo, é uma referência nacional com sua
extensa frota de luminárias LED. A cidade investiu em tecnologias de
iluminação sustentáveis que não apenas reduzem o consumo de energia, mas
também garantem uma iluminação mais uniforme e segura em vias e
parques.
Curitiba também se destaca por suas soluções urbanísticas inovadoras.
A iluminação pública na cidade é integrada aos projetos de urbanismo e
paisagismo, criando ambientes agradáveis e seguros. Curitiba também
investe em iluminação artística em monumentos e espaços culturais, o que
enriquece a identidade local e valoriza a cidade.
Exemplos internacionais em Iluminação urbana
Globalmente, várias cidades têm se destacado por suas abordagens
inovadoras e eficientes em iluminação urbana. Copenhague, na Dinamarca, é
um exemplo notável com sua estratégia voltada para a sustentabilidade e
o bem-estar dos cidadãos. A cidade investe em sistemas de iluminação
que promovem segurança e conforto, tornando espaços públicos mais
acolhedores e acessíveis.
Barcelona, na Espanha, é conhecida por sua iluminação urbana criativa
e arrojada. A cidade catalã é famosa por seus projetos de iluminação
artística em monumentos e edifícios históricos, além de adotar
tecnologias LED que priorizam a eficiência energética e a
sustentabilidade. Essas cidades internacionais servem de inspiração para
outras metrópoles, mostrando como a iluminação urbana pode transformar
ambientes em espaços seguros, vibrantes e atraentes.
Iluminação Pública em Ribeirão das Neves: um exemplo de eficiência
Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte,
destaca-se por sua moderna e eficiente iluminação pública, resultado de
uma colaboração bem-sucedida com a IP Minas, especializada em soluções
de iluminação. Com um planejamento estratégico e investimentos em
tecnologia de ponta, a cidade transformou sua paisagem noturna,
melhorando a segurança e a qualidade de vida dos moradores.
A IPMinas focou na implementação de sistemas de iluminação LED por
todo o município. Essa tecnologia, além de reduzir custos de manutenção e
operação, oferece uma iluminação mais uniforme e confortável,
beneficiando pedestres e motoristas. A IP Minas também realiza
monitoramento e manutenção proativos, garantindo o bom funcionamento da
iluminação pública.
Esse exemplo bem-sucedido serve de modelo para outras cidades
brasileiras, mostrando como investimentos em iluminação urbana podem
resultar em melhorias significativas em segurança, eficiência e
qualidade de vida.
João Branco – , Profissional de Marketing mais admirado do Brasil e professor da StartSe
Um estudo feito com 900 mil pessoas em 27 países na Europa, conduzido
por um professor da Universidade de Warwick, que há mais de 30 anos
estuda as razões da nossa felicidade, chegou na conclusão de que quanto
mais publicidade você assiste, menos feliz você se sente. O que há por
trás disso?
Foto: Pexels
Quanto mais publicidade você assiste, menos feliz você se sente.
Essa foi a conclusão de um estudo feito com 900 mil pessoas em 27 países na Europa, conduzido por um professor da Universidade deWarwick, que há mais de 30 anos estuda as razões da nossa felicidade.
Para minha surpresa, ele apresenta números fortes: ser exposto ao dobro de propagandas faz sua satisfação com a vida cair 3%. Como referência, isso é metade da queda que um divórcio provoca. Quem diria…
Mas por que isso acontece?
A opinião dos pesquisadores é que as propagandas nos geram uma sensação de insatisfação. Ao tentar nos convencer a comprar algo novo, os marqueteiros estabelecem uma nova referência
do que é bom. Mas quanto mais a gente vê anúncios de xampu com cabelos
perfeitos, menos satisfeitos estaremos com o nosso visual.
Em uma escala maior, se ficamos o tempo todo assistindo famílias “ideais” tomando café da manhã com tranquilidade, pessoas resolvendo facilmente todas as suas dívidas ou cenas luxuosas de um novo carro importado, isso pode nos deixar frustrados com as nossas próprias vidas, bens, conquistas e experiências.
Antes de começar a atirar ovos nos marqueteiros, preciso lembrar que eu sou um deles. Fiquei alguns dias pensando sobre isso.
Por um lado, pode haver alguma lógica nessa teoria. Mas, por outro,
não conheço nenhum publicitário que queira entristecer os seus clientes. Ao contrário, tendo a achar que os consumidores compram mais quando têm um sentimento positivo por algo, e não quando estão deprimidos.
Mas vejo dois fatores que podem explicar uma eventual relação entre publicidade e satisfação com a vida: as propagandas exageradas e a nossa mania de nos compararmos com os outros.
Ficar o tempo todo recebendo estímulos de barrigas chapadas com oito
gominhos, crianças engomadinhas e relacionamentos amorosos perfeitos é “dose para elefante”.
Está cheio de anúncios por aí mostrando pessoas
conseguindo a casa própria em um estalo de dedos, recebendo abraços
carinhosos do chefe e viajando pelo mundo pagando “quase nada”. Como se
existisse o universo mágico das propagandas. Um planeta onde não há dificuldades, rugas, celulites, discussões ou fracassos.
Quem nunca ouviu um anúncio que começa com a frase “seus problemas acabaram“? Pois é, isso precisa melhorar. Mas vejo um claro movimento nessa direção.
Ao mesmo tempo, não posso ser contra as propagandas que verdadeiramente mostram as qualidades dos seus produtos. Isso é informar.
Se assumirmos que ver algo mais belo nos deixa tristes, então
deveríamos ser contra as pessoas que usam maquiagem na rua, por exemplo.
Afinal, olhar para alguém arrumado também vai nos fazer ficar deprimidos, não? Se é verdade que as propagandas
nos deixam infelizes por mostrarem algo melhor do que temos, imagine
então o que os posts dos influenciadores do Instagram fazem com os
nossos sentimentos?
E aqui chegamos ao segundo ponto: a grama do vizinho. Ela é sempre mais verdinha que a nossa. E nisso mora um grande problema.
A vida não é uma competição, mas a gente finge que
não sabe. A euforia com a compra de uma nova televisão dura apenas
alguns dias, até o cunhado comprar uma maior.
A felicidade por ter feito uma viagem diminui quando
ficamos sabendo que a vizinha foi para um hotel com mais estrelas. A
comparação do salário, notas na escola, aparência, conta bancária ou
número de curtidas acontece o tempo todo, roubando nosso contentamento e nossa capacidade de aproveitar o que temos e o que somos.
O marketing
pode melhorar. Mas o nosso entendimento sobre a vida também. A
felicidade nunca vai estar em ter mais ou ser melhor que os outros.
Viver de comparações é como correr atrás do vento. A grama perfeita do
vizinho não existe. Nem a vida retratada na clássica propaganda de
margarina.
Leitura recomendada
João Branco está entre os 10 melhores CMOs do Brasil (pela Forbes),
além de ser o profissional de marketing mais admirado do Brasil! E na
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O desejo de mudar, de transformar, de acreditar, são
fundamentais para irmos além. São agentes propulsores da realização de
sonhos. Já o empreendedorismo está presente no DNA dos brasileiros e
nossa história trouxe essa capacidade que temos de nos reinventar e de
nos conectarmos com você internauta e empresários que são a nossa razão
de existir.
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das empresas da região para incrementar as suas vendas.
Assim, com inovação e resiliência, fomos em busca das
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desenhamos estratégias que deram certo para atingirmos o sucesso, mas
nada disso valeria se não pudéssemos compartilhar com vocês essa
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que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por
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resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser
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para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso,
pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à
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História de Letícia Mori – Da BBC News Brasil em São Paulo – BBC News Brasil
O anúncio do presidente americano Joe Biden de que desistiu de sua candidatura à reeleição, neste domingo (21/7), não foi exatamente uma surpresa no mundo político.
A pressão para que ele fosse substituído atingiu o auge nos últimos
meses, com até mesmo aliados pedindo para Biden abrisse caminho para um
outro candidato democrata.
Apesar de um longo histórico de gafes em
que o político confunde nomes e datas – desde a época em que era
vice-presidente de Barack Obama – o aumento da frequência desse tipo de
episódio nos últimos anos vinha aumentando preocupações com sua idade.
Hoje com 81 anos, Biden foi o presidente mais velho a assumir o cargo, em 2021, aos 78.
Biden foi declarado “apto para exercer suas funções” no início de
2024 por um médico da Casa Branca, mas as críticas de opositores e as
preocupações de aliados persistiram.
Os sinais do seu envelhecimento se tornaram mais evidentes —
incluindo a voz mais suave, os lapsos de memória e uma aparente maior
dificuldade para andar, que seu médico atribui parcialmente à artrite.
Apesar da pressão para sua desistência , Biden havia defendido até o
último momento seu desejo de concorrer contra Donald Trump – de quem
ganhou a eleição em 2020.
Mas as pesquisas não apontavam para uma segunda vitória em 2024, no
entanto: Biden estava ficando cerca de 4 pontos atrás do candidato
republicano.
No anúncio de que desistiria, neste domingo, Biden publicou no X uma
foto ao lado da vice-presidente Kamala Harris, dizendo que “oferece
total apoio e endosso para que Kamala seja a candidata do nosso partido
este ano”.
Em 2020, Biden havia sido apresentado justamente como o candidato com
maior chances contra Trump. Sua vice, Kamala Harris, era vista como
possível sucessora de Biden para um segundo mandato, mas sua
popularidade nunca deslanchou ao longo do mandato.
Desde o início, no entanto, Biden se recusou a assumir oficialmente o compromisso de não buscar a reeleição.
No final do seu primeiro ano como presidente, em 2021, jornais
americanos como o The Washington Post já publicavam reportagens
afirmando que Biden dizia a aliados que pretendia concorrer novamente à
presidência em 2024 – contrariando muitos democratas que pressupunham
que ele faria apenas um mandato.
À época, analistas afirmaram que a fala do presidente “congelava”
pretensões de Harris de começar a trabalhar no sentido de uma
candidatura própria.
Entenda como a candidatura à reeleição do presidente americano foi derretendo desde o início do seu anúncio, em 2023.
Biden anuncia sua candidatura à reeleição em 2024 – 25 de abril de 2023
Biden anuncia que vai de fato concorrer à reeleição em abril de 2023, escolhendo Harris novamente como sua candidata à vice.
No mês seguinte, maio, uma pesquisa feita pelos canais NPR/PBS News
mostra que 6 em cada 10 americanos têm preocupação com a capacidade de
Biden de ser presidente.
A campanha às primárias democratas começa oficialmente alguns meses
depois, em junho – nos EUA, antes de concorrer à presidente o candidato
precisa primeiro garantir apoio dentro do próprio partido para se tornar
candidato oficial.
Entre as principais bandeiras do democrata estão a defesa da
democracia, com Trump sendo mostrado como um perigo para o regime
democrático no país.
Relatório governamental aponta falhas de memória – 8 de fevereiro de 2024
Republicanos questionavam as capacidades físicas e mentais do
presidente desde sua posse, mas o grande ponto de virada chancelando a
ideia de que o tema era uma preocupação real e não apenas ataque de
inimigos políticos é um relatório publicado em 8 de fevereiro de 2024.
Na data, vem a público um documento elaborado pelo conselheiro
especial Robert Hur sobre o governo Biden que aponta “faculdades mentais
comprometidas”, “memória falha” e “limitações significativas” na
capacidade do presidente de gerir o país.
Hur havia sido selecionado pelo procurador-geral Merrick Garland para
liderar uma investigação sobre a forma como o governo Biden lidava com
documentos oficiais.
Hur não encontrou nenhum indício de comportamento inadequado nesse
sentido, mas seu relatório causa grande dano político à Biden.
No mesmo dia, Biden comete mais uma gafe durante um programa de
televisão no qual justamente se defendia das alegações de Hur. O
presidente americano confunde o presidente do Egito, Abdel Fattah
al-Sisi, com o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador.
Americanos duvidam da capacidade de Biden – março de 2024
Os republicanos aproveitam as gafes de Biden para colocar na internet
vídeos com seleções de momentos em que o presidente parece perder o fio
da meada durante um discurso, se distrai em um evento ou confunde nomes
e datas.
Em março de 2024, uma pesquisa da Associated Press mostra novamente
que 6 em cada 10 americanos têm dúvidas sobre as capacidades mentais do
presidente.
Uma pesquisa do New York Times/Siena College sugere que 73% dos
eleitores registrados acreditam que Biden é “velho demais para ser um
presidente eficaz”.
Desempenho de Biden em debate contra Trump aumenta críticas – 27 de junho de 2024
Questionamentos sobre sua candidatura aumentam muito após uma performance que foi descrita como “desastrosa” em um debate presidencial na televisão.
Ao longo do debate, Biden tem momentos em que divaga, fala com pouca
clareza e mostra uma voz claramente rouca. No meio do debate, a campanha
de Biden dizia aos jornalistas que o presidente estava “lutando contra
um resfriado”.
Após o episódio, Biden diz que também estava com jet lag (desconforto
após mudança brusca de fuso horário) e admite que sua performance
deixou a desejar. “Estraguei tudo”, diz em 3 de julho a uma rádio negra
americana.
Ao mesmo tempo, o presidente insiste em concorrer, o que leva
diversas publicações a fazerem editoriais defendendo sua desistência.
“Biden deveria ser lembrado por suas conquistas e sua decência, não
por seu declínio”, escreve a revista britânica The Economist.
Analistas apontam que a discussão em torno da saúde mental do
presidente muitas vezes caminha para um tom etarista (de preconceito
contra pessoas mais velhas) e capacitista (de preconceito contra pessoas
com deficiência).
Em um artigo na revista The Nation, o comentarista Gregg
Gonçalves afirma que o país deveria ser capaz de “falar sobre a condição
do presidente sem cair em especulações prejudiciais ou em estereótipos
perniciosos”.
Pesquisa aponta que somente Michelle Obama venceria Trump – 2 de julho de 2024
Uma pesquisa do instituto Ipsos com diversos cenários para
substituição de Biden como candidato democrata mostra que, entre os
nomes levantados, somente a ex-primeira-dama Michelle Obama seria capaz
de vencer Donald Trump.
Michelle já havia dito em diversos momentos que não pretende concorrer.
Membros importantes do partido democrata dizem que o único nome
seriamente considerado para substituir Biden é o de Kamala Harris.
Biden confunde nomes de Zelensky e Putin – 11 de julho
Em meio à pressão por desistência, Biden confunde durante um discurso
o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, com o do russo Vladimir
Putin.
“Estou tão focado em vencer Putin (na guerra da Ucrânia) que usei o nome dele”, disse Biden, se corrigindo imediatamente.
O presidente americano continua cometendo deslizes em diversos momentos, inclusive alguns nos quais reforça sua intenção de concorrer.
Ataque a Trump ofusca momentaneamente pedidos para desistência de Biden – 13 de julho
O ex-presidente Donald Trump sobrevive a um atentado contra sua vida
durante um comício, e repercussões do episódio ofuscam momentaneamente a
discussão sobre a candidatura de Biden.
Com analistas apontando que Trump sai fortalecido do episódio, fica
enfraquecida a ideia de que uma mudança na candidatura poderia aumentar
as chances dos democratas de vencer.
No entanto, a pressão para a desistência de
Biden volta às manchetes em pouco tempo – com o anúncio de que o
presidente de 81 anos está com covid-19, em 17 de julho, intensificando
as preocupações com sua saúde.
Doadores abandonam campanha de Biden -18 de julho de 2024
Grandes doadores abandonam a campanha de Biden, com o apoio
financeiro em julho caindo caindo para cerca de metade do montante do
mês anterior se ele continuar na corrida, segundo o jornal The New York Times.
Uma pesquisa realizada entre os dias 16 e 18 de julho divulgada CBS
News, parceira americana da BBC, mostra que Biden está cinco pontos
atrás de Trump — maior margem registrada nesta campanha.
Diversos nomes do alto escalão do partido democrata se juntam à pressão para que Biden desista, segundo a mídia americana.
Entre eles a ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e dois dos
democratas mais importantes do Congresso, Hakeem Jeffries e Chuck
Schumer.
Relatos de bastidores apontam que até o ex-presidente e amigo próximo
de Biden, Barack Obama, estaria preocupado com as possibilidades de
reeleição.
Biden anuncia desistência da candidatura – 21 de julho
Biden anuncia que desistirá de sua candidatura à reeleição, afirmando que “é do melhor interesse do meu partido e do país”.
Ele também expressou seu apoio à vice-presidente Kamala Harris como sua substituta na corrida presidencial.
Em uma carta postada em sua conta nas redes sociais, Biden disse que
foi a maior honra de sua vida servir como presidente. “E embora minha
intenção tenha sido buscar a reeleição, acredito que é do melhor
interesse do meu partido e do país que eu desista e me concentre
exclusivamente em cumprir os deveres como Presidente pelo restante do
meu mandato”.
Ele informou que se dirigiria à nação sobre o assunto na próxima
semana. O presidente Biden agradeceu à sua vice-presidente, Kamala
Harris, dizendo que ela foi uma “parceira extraordinária”.
“E permitam-me expressar minha sincera gratidão ao povo americano
pela fé e confiança que depositaram em mim”, acrescentou em sua
declaração. “Acredito hoje e sempre acreditei: que não há nada que a
América não possa fazer – quando fazemos juntos. Só precisamos lembrar
que somos os Estados Unidos da América.”
Vice-presidente dos EUA recebeu apoio de Joe Biden para
assumir candidatura democrata após presidente desistir da reeleição.
Apesar do histórico de conquistas, ela é criticada por ter ficado à
sombra do presidente.
Kamala Harris pode salvar a chapa presidencial dos democratas e
enfrentar Donald Trump em novembro? Neste domingo (21/07), logo após
anunciar sua desistência da disputa presidencial, Joe Biden endossou o
nome da sua vice como substituta, mas a oficialização ainda vai depender
dos delegados democratas que vão se reunir na convenção do partido, em
agosto.
A história americana de Harris
Kamala Harris nasceu em uma família de acadêmicos imigrantes em
Oakland, Califórnia, em 1964. A mãe de Harris, Shyamala Gopalan, era uma
pesquisadora do câncer de mama nascida na Índia, e seu pai era o
professor de economia Donald J. Harris, da Jamaica. Os pais de Harris
participaram ativamente do movimento pelos direitos civis da década de
1960.
Segundo consta em sua autobiografia, “Aquilo em que Acreditamos” (no original em inglês, “The Truths We Hold“),
essa experiência influenciou sua própria carreira. Harris relata se
lembrar da mãe dizendo a ela e a sua irmã, Maya: “Não fiquem sentadas
reclamando das coisas. Façam alguma coisa!”
O casamento de seus pais se desfez quando Harris tinha sete anos.
Cinco anos depois, Gopalan conseguiu um trabalho de pesquisa no Canadá, e
a família se mudou para Montreal.
A futura vice-presidente norte-americana cursou o ensino médio no
Canadá. Em seguida, voltou para os EUA para estudar ciências políticas e
economia, em Washington, DC. Em 1986, voltou para seu estado natal, a
Califórnia, para estudar direito.
Harris foi aprovada no exame da Ordem dos Advogados em 1990 e iniciou
sua carreira como promotora pública, subindo na hierarquia para se
tornar procuradora-geral da Califórnia, em 2011. Ela foi a primeira
mulher, negra e sul-asiática americana a ocupar o cargo.
“Melhor policial” da Califórnia
A carreira de Harris como promotora teve altos e baixos. Ela se
autodenominava a “melhor policial” da Califórnia, mas irritou parte da
polícia com sua recusa em aplicar sentença de morte contra um acusado de
matar um policial. Ao mesmo tempo, foi criticada por uma fraca atuação
contra a corrupção dentro das forças policiais.
Ela liderou um sistema de multas e até prisão, em casos mais graves,
para pais cujos filhos estavam faltando a muitas aulas, o que teve
impacto desproporcional em famílias não brancas.Kamala riu da questão da
legalização da maconha em 2014, para dizer, cinco anos depois, que era
“absolutamente a favor” da liberação.
Em 2015, anunciou que estava concorrendo ao Senado e garantiu o apoio
de Joe Biden e do então presidente Barack Obama. Em 2017, se tornou a
segunda mulher negra a servir no Senado. Em 2019, lançou uma campanha no
partido Democrata para a sua indicação presidencial, tendo Biden como
um de seus oponentes.
Brigas com Biden
Durante um dos debates, Harris pressionou Biden sobre sua relação com
senadores dos EUA que se opuseram a esforços de acabar com a segregação
racial no país nas décadas de 1970 e 1980. Ela acusou Biden de
trabalhar com eles contra o “busing” – uma prática em que
crianças de áreas minoritárias eram transportadas para escolas
predominantemente brancas para diversificar as salas de aula.
Biden respondeu dizendo que ela “descaracterizou” sua posição e
observou que ele escolheu ser um “defensor público” em vez de um
promotor durante a agitação que se seguiu ao assassinato do ativista
negro Martin Luther King Jr.
Os anos de Harris como promotora também voltaram a assombrá-la com o
meme pejorativo “Kamala is a cop” (“Kamala é uma policial”) durante sua
campanha. Ela acabou desistindo da disputa e apoiou Biden, que mais
tarde a convidou para ser sua vice-presidente.
“Czar da fronteira” durante a crise de imigração
Biden e Harris lutaram juntos em uma campanha dura e acabaram
derrotando Donald Trump e o vice-presidente Mike Pence. Eles tomaram
posse em 20 de janeiro de 2021, apenas duas semanas depois que uma
multidão violenta invadiu o Capitólio exigindo que a votação fosse
anulada. Harris mais uma vez fez história – ela foi a primeira mulher, a
primeira pessoa negra e a primeira pessoa de origem indiana a servir
como vice-presidente dos EUA.
O cargo deu a Harris a autoridade para assumir a administração se o
presidente falecer ou for considerado incapaz para o cargo. Mas Harris
tem se esforçado para aumentar seu perfil durante seu tempo na Casa
Branca.
Em 2021, Biden atribuiu a ela a tarefa de lidar com a imigração,
combatendo as motivações que levam as pessoas a deixar a América Latina
de forma irregular.
“Não consigo pensar em ninguém que seja mais qualificado para fazer
isso”, disse Biden sobre Harris na época. “Quando ela fala, ela fala por
mim.”
Apesar dos esforços de Harris e das reuniões com líderes
latino-americanos, o número de pessoas indocumentadas que cruzam a
fronteira continuou a crescer, atingindo níveis recordes no ano passado.
O Partido Republicano rapidamente apelidou Harris de “czar da
fronteira” e depois a criticou por não conseguir conter o número de
pessoas que entram nos EUA.
Enquanto isso, Harris encontrou um campo de batalha diferente contra
seus rivais políticos. Quando a Suprema Corte dos Estados Unidos revogou
o caso Roe vs. Wade e
efetivamente reverteu o direito ao aborto em grande parte do país em
2022, Harris se tornou uma voz poderosa em favor da proteção desse
direito. No início deste ano, ela deu início à caravana “Fight for Reproductive Freedoms” (Luta pelas liberdades reprodutivas) pelos EUA.
“Os extremistas de todo o nosso país continuam a empreender um ataque
total contra as liberdades duramente conquistadas e lutadas”, disse
Harris, segundo a Casa Branca.
Trump endossou a decisão da Suprema Corte e reivindicou o crédito.
Poucos dias antes do recente debate Trump-Biden, Harris alertou que
“tudo está em jogo” com relação aos direitos reprodutivos se Trump for
reeleito.
O futuro do Partido Democrata?
Após o fraco desempenho de
Biden no debate, Harris foi uma das defensoras mais rápidas e vocais do
presidente, mesmo quando outros políticos democratas estavam divulgando
seu nome, entre outros, para substituir o atual presidente na corrida à
Casa Branca.
Agora, com Biden fora da disputa, Harris é vista por muitos como uma escolha natural como substituta.
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse durante uma
reunião logo após o debate entre Biden e Trump que uma das razões pelas
quais Biden a escolheu em 2020 “é porque ela é, de fato, o futuro do
partido”.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta quinta-feira, 18, o
limite de gastos para as campanhas de prefeito e vereador em cada um
dos 5.569 municípios do País. As quantias estabelecidas pela Corte
Eleitoral deverão ser seguidas pelos partidos e coligações durante as
eleições de outubro.
Em São Paulo, que possui o maior eleitorado do País, os partidos
poderão gastar até R$ 67.276.114,60 na campanha de prefeito em primeiro
turno. Em eventual segundo turno, a quantia permitida é de R$
26.910.445,80. A candidatura de vereador, por sua vez, poderá receber
até R$ 4.773.280,39.
No Rio de Janeiro, que possui o segundo maior número de eleitores, as
candidaturas para o cargo majoritário poderão receber até R$
29.231.712,71 no primeiro turno e R$ 11.752.685,09 no segundo. Campanhas
para vereador têm o limite de gastos de R$ 2.071.008,63.
Os menores municípios do País em população possuem um limite de R$
159.850,76 para as campanhas majoritárias e R$ 15.985,08 para as
candidaturas legislativas.