O ditador Nicolás Maduro fez uma gravíssima ameaça ao povo
venezuelano durante um recente comício em Caracas. Se ele não for
reeleito no próximo dia 28, disse, a Venezuela entrará em “guerra civil”
e o país testemunhará um “banho de sangue”. Até para os padrões de
truculência do chavismo, trata-se de uma ignóbil incitação à violência
política que merece o mais veemente repúdio de todas as nações
democráticas.
Mas, em que pese ser uma potência regional e, ademais, ter sido um
dos principais mediadores do pacto de Barbados – onde, em outubro de
2023, foi selado um acordo entre Maduro e a oposição com vista à lisura
do pleito, o que se revelou um engodo –, o Brasil optou por se omitir
diante da advertência, por assim dizer, do “companheiro” do presidente
Lula da Silva. O petista, como Pilatos, lavou as mãos diante da
iminência de uma barbárie no país vizinho.
Na sexta-feira passada, Lula indagou por que raios haveria de “brigar
com a Venezuela”. Afinal, “eles (os venezuelanos) que elejam o
presidente que quiserem”. Chega a ser uma declaração ultrajante, pois
trata como regular uma eleição que tem sido sabotada de todas as formas
pelo regime chavista.
É conhecido o apreço que Lula tem por Maduro. Mas, em nome de um
antiamericanismo juvenil, que seria apenas ridículo na idade dele, não
fosse tão prejudicial aos interesses do Brasil, Lula tem pisoteado os
princípios constitucionais que regem as relações exteriores do País.
Como se isso não bastasse, o presidente da República vilipendia a
honrada tradição diplomática brasileira, fundada na defesa da democracia
e dos direitos humanos.
A despeito de suas afinidades pessoais e ideológicas, a explícita
incitação às armas feita por Maduro às vésperas da eleição merecia de
Lula uma inequívoca condenação. Seu silêncio é inaceitável como chefe de
Estado e de governo da segunda maior democracia das Américas. Em
Washington, para onde viajou a fim de tratar, entre outros assuntos, da
eleição na Venezuela, o chanceler de facto, Celso Amorim, limitou-se a
dizer que as ameaças de Maduro não são sérias. “Eu acredito que tenha
sido um arroubo sem consequências”, disse Amorim à GloboNews.
De acordo com a apuração da Coluna do Estadão, no Ministério das
Relações Exteriores a ordem é manter silêncio sob o fajuto argumento de
que ao governo brasileiro não cabe se manifestar sobre o processo
eleitoral de outros países. Em primeiro lugar, não se trata de exigir
que o Itamaraty palpite sobre os rumos de uma eleição em país
estrangeiro, mas sim que manifeste o repúdio do Brasil a um chamado à
insubordinação ao resultado das urnas que, no limite, terá sérias
consequências para o País – a começar por uma nova onda imigratória de
venezuelanos violentados pelo regime chavista.
Em segundo lugar, o governo Lula da Silva não tem pudores ou laivos
de republicanismo quando quer meter o bedelho em eleições que lhe
interessam. Basta lembrar do papel do governo brasileiro durante a
última eleição presidencial na vizinha Argentina, quando o Palácio do
Planalto se lançou de corpo e alma na campanha do peronista Sergio Massa
contra o libertário Javier Milei.
Pesquisas independentes indicam que o oposicionista Edmundo González
Urrutia tem quase 60% das intenções de voto, muito à frente de Maduro,
com cerca de 25%. Urrutia, como se sabe, foi o único candidato
habilitado pelo regime a concorrer contra o ditador, após a Justiça
Eleitoral, controlada por Maduro, cassar, uma a uma, todas as
candidaturas que representavam uma ameaça real ao poder do caudilho,
sobretudo a de María Corina Machado, muito popular na Venezuela.
Diante desse quadro sombrio para o ditador venezuelano, mas promissor
para os amantes da democracia, não surpreende que Maduro tenha subido o
tom de suas ameaças. Ao contrário do que pensa Celso Amorim, que nada
mais é do que o totem do pensamento de Lula da Silva, o discurso de
Maduro deve ser levado a sério. Se não pela capacidade já demonstrada
pelo ditador de atacar seus próprios concidadãos, por mal esconder seu
genuíno receio de perder uma eleição em que prevaleça a vontade popular,
não a fraude.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reviu a certificação
para exportações de carnes de aves e seus produtos, após a confirmação
de um foco da Doença de Newcastle (DNC) em estabelecimento de produção
avícola comercial, no município de Anta Gorda,no Rio Grande do Sul,
nesta sexta-feira (19). A restrição varia de acordo com os mercados, mas
afeta as vendas para 44 países.
A certificação para exportação é um acordo bilateral entre países
parceiros e, por isso, o ministério modificou preventivamente o
Certificado Sanitário Internacional (CSI) de forma a atender às
garantias e os requisitos acordados.
“Seguindo-se as regras internacionais de comércio de aves e seus
produtos, a suspensão da certificação temporária é conduzida pelo
Brasil, de forma a garantir a transparência do serviço oficial
brasileiro, frente aos países importadores dos produtos. Desta forma, as
suspensões estão relacionadas a área ou região com impedimento de
certificação, que varia desde a suspensão por pelo menos 21 dias para
todo território nacional ou até mesmo a restrição circunscrita a um raio
de 50 quilômetros (km) do foco identificado”, explicou a pasta.
Suspensão nacional
Segundo o governo, para países como China, Argentina, Peru e México, a
suspensão vale para todo o Brasil, por enquanto. Nesse caso, os
produtos com restrições são carnes de aves, carnes frescas de aves e
seus derivados, ovos, carne para alimentação animal, matéria-prima de
aves para fins opterápicos, preparados de carne e produtos não tratados
derivados de sangue.
Suspensão estadual
Do estado do Rio Grande do Sul, ficam restritas as exportações para
África do Sul, Albânia, Arábia Saudita, Bolívia, Cazaquistão, Chile,
Cuba, Egito, Filipinas, Geórgia, Hong Kong, Índia, Jordânia, Kosovo,
Macedônia, Mianmar, Montenegro, Paraguai, Polinésia Francesa, Reino
Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Ucrânia,
União Europeia, União Econômica Euroasiática, Uruguai, Vanuatu e Vietnã.
Entre os produtos estão carne fresca, resfriada ou congelada de aves;
ovos e ovoprodutos; carnes, produtos cárneos e miúdos de aves; farinha
de aves, suínos e de ruminantes; cabeças e pés; gorduras de aves;
embutidos cozidos, curados e salgados; produtos cárneos processados e
termoprocessados; e matéria-prima e produtos para alimentação animal.
Suspensão regional
Em um raio de 50 km do foco não podem ser exportados carnes de aves,
farinha de aves, penas e peixes para uso na alimentação animal e
produtos cárneos cozidos, termicamente processados, não comestíveis
derivados de aves, para o Canadá, Coreia do Sul, Israel, Japão,
Marrocos, Maurício, Namíbia, Paquistão, Tadjiquistão, Timor Leste. Os
certificados para esses destinos com data de produção até 8 de julho não
entram nas restrições e poderão ser emitidos, informou o ministério.
Sem restrições
Ainda segundo o comunicado do Mapa, produtos submetidos a tratamento
térmico como termoprocessados, cozidos e processados destinados a
Argentina, África do Sul, Chile, União Europeia e Uruguai não têm
qualquer limitação e poderão ser normalmente certificados.
O ministério informou que “as regras de suspensão são revisadas
diariamente, tendo em vista as tratativas em curso com os países
parceiros, nas quais são apresentadas todas as ações que estão sendo
executadas para erradicar o foco”.
Exportação
O Rio Grande do Sul é o terceiro maior exportador de carne de frango
do Brasil, ficando atrás do Paraná e de Santa Catarina. Nos primeiros 6
meses do ano, o estado vendeu para o exterior 354 mil toneladas, gerando
uma receita de US$ 630 milhões. Essas exportações representaram 13,82%
dos US$ 4,55 bilhões gerados pelo país e 14,1% das 2,52 milhões de
toneladas exportadas pelo Brasil no mesmo período.
No primeiro semestre, os principais destinos da carne de frango
gaúcha foram os Emirados Árabes Unidos (48 mil toneladas/US$ 94
milhões), Arábia Saudita (39 mil toneladas/US$ 77 milhões), China (32
mil toneladas/US$ 52 milhões) e Japão (20 mil toneladas/US$ 43 milhões).
Uma crise diplomática está iminente no Atlântico Sul. O Reino Unido pretende extrair mais de 500 milhões de barris de petróleo das
Ilhas Falkland (Malvinas para os argentinos). O território é alvo de
disputa entre os dois países pois legalmente é considerado britânico,
mas a Argentina reinvidica para si e acusa a Inglaterra de invasão desde
1833. O Brasil apoia os sulamericanos na briga pela soberania.
O local onde será realizada a perfuração é conhecido como Sea Lion Field e
fica 220 quilômetros ao norte das Ilhas Malvinas. A empresa israelita
Navitas Petroleum é responsável pela exploração e planeja extrair 306,9
milhões de barris em 30 anos, embora a reserva seja de pelo menos 514
milhões.
Os lucros da exploração irão principalmente para os acionistas da
empresa petrolífera em Israel e nos EUA, mas têm o potencial de
transformar também a economia local, baseada na pesca e na criação de
ovinos, através de royalties e impostos.
Um estudo de impacto ambiental publicado pela Navitas revela
a intenção de perfurar inicialmente 23 poços a uma profundidade de 2,5
quilômetros. O governo da ilha convocou um período de consulta jurídica
para saber se os residentes das Ilhas Falkland apoiam o novo plano de
exploração petrolífera. Os resultados serão conhecidos no dia 5 de
agosto.
Embora o Partido Trabalhista tenha vencido as eleições britânicas com
uma grande maioria e pretenda proibir novas perfurações petrolíferas,
as decisões sobre os direitos de perfuração nas águas circundantes são
da responsabilidade da administração local das ilhas.Reivindicação
argentina de soberania
Segundo o jornal argentino La Nacion (em 2 de julho de 2024), a
Argentina ainda não tinha se posicionado oficialmente sobre essa nova
exploração petrolífera, mas já analisa possíveis ações diplomáticas.
O decreto presidencial que obriga a cessão onerosa dos postes e prevê
a criação de uma nova empresa para administrar essa infraestrutura
acentuou o impasse entre as distribuidoras de energia elétrica e as
provedoras de internet. Há anos, as empresas dos dois setores discutem
as responsabilidades pelo compartilhamento dos postes, bem como a
divisão dos custos – que pode aumentar com a chegada de uma nova parte
nessa história.
Em junho, foi publicado o decreto 12.068, que trata da prorrogação
das concessões de distribuição de energia elétrica. Por pressão do setor
de telecomunicações, o texto recebeu um artigo específico afirmando que
as empresas de energia devem ceder espaço nos postes a uma pessoa
jurídica distinta, que ganhou o nome de “posteiro” e entrou no foco das
divergências.
O posteiro será responsável por administrar o compartilhamento dos
pontos de fixação das redes nos postes. A remuneração dessa nova
entidade jurídica será baseada nos custos da operação, seguindo uma
resolução conjunta em preparação pela Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Na regra atual, os postes estão sob posse das distribuidoras de
energia, que têm o dever legal de cessão dos espaços para as provedores
de internet passarem os seus cabos. Mas os termos de uso, a remuneração e
a fiscalização sempre foram um problema. O governo federal estima que
há cerca de 10 milhões de postes em situação crítica, com fios
emaranhados, ocupação ilegal e riscos à segurança.
Judicialização e conta mais alta
As empresas de energia criticaram o decreto, pois são contra a cessão
obrigatória dos postes. “A cessão dessa infraestrutura deveria ter um
caráter facultativo à concessionária, não podendo ser uma obrigação
definida em decreto”, declarou a Associação Brasileira de Distribuidores
de Energia Elétrica (Abradee), conforme mostrou o Broadcast Energia na ocasião.
Em entrevista, o presidente da Abradee, Marcos Madureira, classificou
a medida como “totalmente estranha” ao objeto do decreto, cujo foco é a
prorrogação de contratos das distribuidoras com vencimento entre 2025 e
2031.
Segundo Madureira, um dos problemas do posteiro é o possível impacto
tarifário. As distribuidoras de energia elétrica recebem, anualmente,
cerca de R$ 2 bilhões pelo uso dos postes, dos quais 60% contribuem para
modicidade tarifária. Os outros 40% são destinados a tributos e custos
operacionais. “Vai ter, seguramente, uma redução ou talvez até
eliminação dessa receita”, afirma.
Ele pondera que o tema deve ser objeto de regulação na Anatel e na
Aneel, onde já vinha sendo discutido, mas sem esta determinação do
governo federal. Ainda assim, a proposta não resolve o embate a respeito
dos postes, na sua avaliação. “Nada disso resolve o problema do
passado. Não tem nada que esclareça, inclusive, como é que vai resolver
esse problema que está instalado aí na rede”, afirma o presidente da
Abradee citando a ocupação desordenada dos postes.
Para o diretor de Regulação e Inovação da Conexis (sindicato das
grandes teles), Fernando Soares, o posteiro será uma solução viável
desde que não implique em custos adicionais, mas se mostra cético sobre a
viabilidade dessa medida. “É de se imaginar que o posteiro, como
entidade jurídica, queira receber um taxa de retorno. Ele não vai
trabalhar de graça, né. Esse é o nosso temor”, diz.
Soares observa ainda que o decreto não deixou claro se essa empresa
poderá ser do mesmo grupo econômico das distribuidoras de energia – o
que poderia gerar algum potencial conflito de interesse, na sua visão.
Caso haja algum aumento de custos, a tendência é de redução da
capacidade de investimentos das teles, avalia. “O que pode acontecer é o
setor ter menos recursos para fazer os investimentos necessários para a
expansão da rede de telecomunicações”.
Já o presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet e
Telecomunicações (Abrint), Mauricélio Oliveira Junior, avalia que a
medida embutida no decreto presidencial foi acertada. A própria Abrint
sugeriu em consulta pública a criação do posteiro, embora com outro
modelo de governança.
Segundo ele, a principal vantagem dessa medida é criar uma figura
“neutra” na mediação das operações entre as empresas de energia e as
operadoras de internet. “Ao trazer um novo ente, é possível chegar a
soluções inovadoras para o compartilhamento, incentivando a
regularização e o ordenamento”, avalia.
O presidente da Abrint pondera que, para esse modelo funcionar, é
preciso ter um controle regulatório dos preços cobrados dos provedores
pelo uso dos posteis. “As agências reguladoras já se posicionaram a
favor da fixação dos valores que devem ser repassados às distribuidoras
de energia elétrica. É essencial que esse mesmo modelo de custos seja
adotado para definir a remuneração máxima dos posteiros”, argumenta.
Próximos passos
O decreto foi publicado no último dia 20 de junho. A partir daí, a
Aneel tem 120 dias para discutir, aprovar e divulgar a minuta do termo
aditivo da prorrogação das concessões de distribuição.
Questionada se tratará do tema no âmbito de um processo específico,
que já estava em andamento na autarquia federal, a agência reguladora de
energia elétrica afirma que ainda está avaliando o impacto das
disposições do texto na regulamentação.
Na Anatel, o conselho diretor aprovou em outubro no ano passado um
regulamento sobre compartilhamento de postes. Falta avançar, no entanto,
a metodologia para precificação dos pontos de fixação. “No momento, a
Anatel aguarda deliberação da Aneel”, informa a agência de
telecomunicações em nota.
Para o advogado Caio José de Oliveira Alves, coordenador da equipe de
Energia do Rolim, Viotti, Goulart Cardoso, é provável que o assunto
demande uma revisão por parte da Anatel e uma “reflexão adicional” da
Aneel antes de votar uma regulação para o tema. Ele vê risco de
judicialização por parte das distribuidoras. “Esse endereçamento da
cessão obrigatória é arriscado e eu diria que pode gerar um embate
jurídico de ordem de indenização para as distribuidoras”. Ainda assim,
ele entende que o decreto “endereça bem” o tema diante da dificuldade de
as empresas por si só darem um desfecho ao problema.
Governo defende iniciativa
O Ministério de Minas e Energia afirma que “fomentar a concorrência
da exploração comercial do espaço de infraestrutura trará maior
eficiência na alocação de custos, gerando benefícios aos consumidores.
Dessa maneira, a cessão da exploração dos espaços em infraestrutura dos
postes não impactará negativamente a tarifa de energia, podendo esta ser
reduzida ou até mesmo mantida, caso seus custos já estejam otimizados”.
Você já parou para pensar sobre o impacto que uma boa noite de sono tem em sua vida? Dormir bem não é apenas uma questão de descanso, mas também um dos pilares para manter uma boa saúde.
No entanto, com a correria do dia a dia, muitas vezes negligenciamos
esse aspecto tão importante. A falta de sono adequado pode levar a uma série de problemas de saúde, como cansaço extremo, baixa produtividade e até mesmo riscos de doenças cardiovasculares. Mas afinal, existe um horário ideal para irmos para a cama?
Um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, indica que dormir entre as 22 e 23 horas pode reduzir significativamente os riscos de problemas cardíacos quando comparado com horários mais cedo ou mais tarde.
Um elemento chave nesse processo é o ritmo circadiano, responsável
por regular nossas funções vitais. A liberação de melatonina, hormônio
que induz ao sono, está diretamente ligada a esse ritmo. Dormir fora do
intervalo recomendado pode desregular esse ciclo, prejudicando a qualidade do sono.
Créditos: iStock/demaerre
Como saber a hora de dormir?
Segundo especialistas, isso varia de pessoa para pessoa, sendo que algumas variáveis como idade, localização geográfica e estilo de vida devem ser consideradas.
A Fundação do Sono dos Estados Unidos enfatiza que a consistência é chave para um bom descanso, recomendando ir para a cama e acordar sempre nos mesmos horários.
Algumas diretrizes podem ajudar a encontrar a hora mais adequada para dormir, são elas:
Calcule a quantidade de sono necessária: a maioria dos adultos precisa de 7 a 9 horas de sono por noite, enquanto crianças e adolescentes geralmente precisam de mais.
Considere seu horário de acordar: para garantir um
sono suficiente, leve em conta o horário em que precisa acordar pela
manhã e conte para trás o número de horas de sono recomendadas.
Observe os sinais do corpo: preste atenção aos sinais de sonolência, como bocejos frequentes, olhos pesados e dificuldade de concentração. Esses sinais indicam que é hora de ir para a cama.
Ouça seu relógio biológico: respeite os ritmos
naturais do seu corpo, que estão ligados ao ciclo circadiano, e tente
dormir quando estiver naturalmente cansado e alerta.
O que fazer para dormir mais rápido?
Estabeleça uma rotina de sono: vá para a cama e acorde todos os dias nos mesmos horários, ajudando a regularizar o ciclo circadiano.
Crie um ambiente propício: mantenha o quarto
escuro, silencioso e fresco, utilizando cortinas blackout, tampões de
ouvido e ajustando a temperatura ambiente. Além disso, escolha
travesseiros, lençóis e colchões confortáveis.
Evite estimulantes antes de dormir: reduza o consumo de cafeína, álcool e nicotina algumas horas antes de deitar, pois essas substâncias podem dificultar o sono.
Pratique relaxamento: experimente técnicas de
relaxamento, como meditação, respiração profunda, yoga ou leitura de um
livro tranquilo, para acalmar a mente e o corpo antes de dormir.
Limite a exposição a telas eletrônicas: desligue
dispositivos eletrônicos, como smartphones, tablets e computadores, pelo
menos uma hora antes de dormir, pois a luz azul emitida por eles pode
interferir na produção de melatonina, o hormônio do sono.
Tome um banho quente: um banho quente antes de dormir pode ajudar a relaxar os músculos e induzir o sono mais rapidamente.
Seguir essas recomendações pode fazer uma grande diferença não apenas
em como você dorme, mas como vive. Afinal, a qualidade do nosso sono
afeta diretamente nosso bem-estar e saúde.
Encontrar o horário ideal para dormir, considerando seu cronotipo e
mantendo uma rotina consistente, pode ser o primeiro passo para noites
mais tranquilas e dias mais produtivos.
Amanda Augustine, especialista em carreiras da Onlinecurriculo
87% dos respondentes mantêm amigos de empregos anteriores; 80% teriam amizades com seus chefes
Parece ser de opinião geral que, com o passar dos anos, vai se
tornando mais desafiador criar novos laços que poderão se transformar em
boas amizades. Com as demandas da vida adulta e a falta de tempo para
outras atividades, o ambiente de trabalho muitas vezes acaba sendo o
espaço em que se formam essas conexões.
Neste cenário, 70% dos brasileiros entrevistados em um estudo
afirmaram que possuem pessoas que consideram como amigos no local onde
trabalham. Os dados são de uma pesquisa da Onlinecurriculo, plataforma
de currículos online que buscou entender um pouco mais das relações que
se constroem no ambiente profissional.
Colegas de trabalho podem ser amigos?
A pergunta que pode dividir opiniões parece ter uma resposta simples:
podem, sim. Além da grande maioria dos entrevistados no estudo que
possuem amigos no espaço de trabalho, outros 13% se veem aprofundando
essas conexões em breve, enquanto apenas 16% afirmam não ter nenhum tipo
de amizade nas instituições em que atuam.
E as amizades não ficam restritas ao emprego atual. Conexões feitas
em trabalhos anteriores perduram, é o que afirmam 87% dos respondentes.
Mesmo não dividindo as rotinas diárias, o que poderia afastar as
relações, 30% dos entrevistados mantêm um ou dois amigos de antigos
empregos, 28% preservam de três a cinco amigos e 29% possuem mais de
cinco amizades conservadas mesmo com a troca de trabalho.
Amanda Augustine, especialista em carreiras da Onlinecurriculo, fala
sobre a criação de amizades no ambiente de trabalho. “Com a vida adulta,
fica cada vez mais difícil ter tempo disponível para encontrar pessoas e
desenvolver novas amizades. Fazer um curso ou praticar um hobby podem
ser boas soluções para o problema, mas isso nem sempre é possível na
vida real, e o trabalho muitas vezes toma esse lugar. Passamos grande
parte dos nossos dias no trabalho, o que torna praticamente inevitável
que se crie alguma conexão com as pessoas com quem se convive
diariamente”.
“O convívio, para além da identificação de rotinas, pode aproximar
pessoas com as quais nem se imaginaria construir uma relação. As
dificuldades do trabalho também podem aproximar as pessoas, e não tem
nada de errado com isso – pelo contrário. As amizades entre colegas
podem ser muito benéficas no trabalho, mas também é incrível quando uma
conexão se cria a extrapola os limites do espaço profissional”, completa
Augustine.
Fortalecendo as relações
Amizades são vínculos que, de forma geral, exigem algum nível de
dedicação e cuidado. Cada uma da sua forma singular, as relações se
criam por motivos únicos, mas se mantêm por laços que são fortalecidos
dia a dia.
Mesmo no ambiente de trabalho, a identificação de gostos pessoais,
como filmes, músicas e séries, é o fator que mais fortalece as amizades
(50%), com a participação em um mesmo projeto (48%) aparecendo como a
segunda opção. Também ganha destaque, na terceira posição, a importância
dos desabafos (33%).
Além de poder comentar em primeira mão o episódio novo da série
favorita ou compartilhar uma música nova, as amizades no trabalho trazem
outras vantagens. A melhora na comunicação foi indicada por 57% dos
respondentes como o principal benefício, seguida de uma maior
colaboração nas atividades, citada por 56% dos participantes, uma maior
motivação no trabalho, para 52%, e apoio emocional, segundo 50%.
“Podemos ver que as amizades no trabalho não se restringem a assuntos
profissionais. O lado pessoal, com desabafos e trocas de referências em
comum, ainda é essencial para se criar relações. Os projetos
profissionais, no entanto, fortalecem esse vínculo. O uso da
criatividade e a resolução de problemas fazem com que as pessoas se
abram e revelem outros lados de suas personalidades. Passar por uma
dificuldade juntos para, depois do desafio, entregar um bom resultado,
reforça de forma única uma união”, reflete Augustine.
Happy hour da firma
O famoso happy hour depois do expediente é um clássico entre algumas
equipes. Mas, diferentemente do que poderia se pensar, essa não é a
programação favorita entre os colegas fora do ambiente de trabalho. Sair
para almoçar ou jantar (45%) e ir a festas ou celebrações pessoais,
como aniversários e confraternizações, (41%) são as atividades citadas
como as mais realizadas fora do expediente. O happy hour aparece em
terceira colocação, com 31% das respostas.
A hierarquia importa?
Dependendo do tamanho, uma empresa pode contar com diversos cargos ou
funções. Além da realização de diferentes tarefas e outros níveis de
responsabilidade, pontos mais subjetivos podem entrar em xeque quando se
fala em amizades no espaço de trabalho, entre elas, a hierarquia das
posições.
De todo modo, mesmo que possa envolver algumas questões sensíveis,
80% dos entrevistados afirmaram que seriam amigos de seus chefes,
enquanto a minoria de apenas 20% não vê essa relação crescendo.
A porcentagem positiva de pessoas que não teriam problemas em
desenvolver amizade com seus chefes não exclui alguns dilemas que possam
surgir a partir desses vínculos. Nesse sentido, o receio de parecer que
a relação tem algum interesse de favorecimento é o principal empecilho
para o avanço da conexão entre colaboradores e chefes, conforme 55% dos
respondentes da pesquisa. Também aparecem com destaque a dificuldade em
separar o papel profissional da amizade (40%) e o conflito de interesses
(31%).
“Se, por um lado, estar em um cargo semelhante pode aproximar as
pessoas, de outro, a hierarquia poderia afastar as partes. No entanto, o
que se pode notar é que, neste momento, as posições não estão
interferindo na criação de conexões nas empresas ou, pelo menos, na
intenção de criação entre elas. Isso é muito positivo pois cargos, assim
como rendas, não devem ser balizadores de amizades. Pelo contrário,
quanto mais diversa uma amizade, maiores podem ser as descobertas –
tanto para o âmbito pessoal quanto para o profissional”, analisa
Augustine.
Sem climão no trabalho
Uma das razões que poderiam desestimular as amizades no trabalho
seria a possibilidade de gerar conflitos. Contudo, o desenvolvimento de
amizades nas empresas nunca foi motivo de problema para 72% dos
entrevistados. Apenas 29% já passaram por alguma incomodação a partir da
relação com amigos no trabalho.
Entre as principais causas de conflito estão a diferença de opiniões
pessoais (48%); desacordo em relação a atividades no trabalho (40%);
fofocas ou exposição (40%); falta de confiança (26%) e falta de
comunicação (24%).
“Qualquer relação pode, de alguma forma, ter algum conflito, seja ela
de amizade ou não. O que fica claro com a pesquisa realizada é que, de
forma geral, as amizades no ambiente de trabalho são muito benéficas. O
trabalho é um espaço importante na vida de todo jovem e adulto que já
esteja inserido no mercado, e as amizades são formas de tornarem esse
local profissional, no qual passamos tantas horas dos nossos dias em, em
um lugar mais leve e agradável”, comenta Augustine.
“Aos gestores, fica o incentivo da criação de espaços de interação
entre sua equipe, buscando, também, o desenvolvimento dessas conexões
que podem ser muito ricas para a empresa mas, principalmente, para os
colaboradores. Precisamos desmistificar o pensamento de que o trabalho
precisa ser um momento sério e, até mesmo, chato. É importante que se
consiga criar ambientes de trabalho tranquilos e prazerosos em que a
produtividade certamente será maior, e as boas relações têm consequência
direta nisso”, completa Augustine.
Metodologia
Entre os dias 05 e 08 de julho de 2024, a Onlinecurriculo ouviu 500
pessoas de diversos segmentos produtivos, faixas etárias, classes
sociais e regiões do país. Mulheres e homens foram entrevistados
individualmente, respondendo as perguntas através de questionário
estruturado em formato online.
Há benefícios em fazer conexões no local de trabalho: o pertencimento sempre será uma necessidade humana fundamental. Na verdade, a conexão social é o motor principal para o envolvimento e bem-estar dos funcionários, de acordo com pesquisa da Qualtrics sobre pertencimento.
No entanto, quer você esteja presencial ou trabalhando remotamente,
manter relacionamentos com colegas de trabalho às vezes é como andar em
um campo minado. Você quer cultivar relacionamentos próximos, mas ao
mesmo tempo pode haver um sentimento de competição, superioridade e
quebra de limites.
A expressão “seus colegas de trabalho não são seus amigos” é
um alerta para ficar vigilante quanto aos limites profissionais, ao
mesmo tempo que mantém relações de trabalho mutuamente benéficas e
constrói amizades pessoais.
O que pode dar errado
Desenvolver relacionamentos amigáveis com colegas de trabalho pode potencialmente sair pela culatra das seguintes maneiras:
Você pode ser acusado de favoritismo no trabalho e ficar sujeito a fofocas;
Ao brincar demais, você pode criar distrações que afetam a produtividade e atrapalham a dinâmica do escritório;
As amizades podem ficar estranhas, especialmente quando se disputa a
mesma promoção ou aumento. Se um colega de trabalho que também é amigo
progride, cuide para que isso não prejudique o relacionamento ou crie
ressentimento;
Ficar confortável demais com um colega de trabalho pode levar a
mal-entendidos ou interpretações erradas de piadas ou comentários, e há
risco de alegações de agressão ou assédio;
Quando uma amizade no local de trabalho fica tensa, torna-se um ambiente desconfortável para todos os outros membros da equipe.
Como estabelecer limites saudáveis
É fundamental estar atento aos riscos associados a se tornar muito próximo dos colegas de trabalho.
Quando estiver no escritório, é essencial priorizar seus objetivos relacionados ao trabalho em vez da socialização.
Tente evitar o compartilhamento excessivo de informações pessoais,
não se envolva na politicagem do escritório e nunca fale sobre alguém
pelas costas.
Ao se comunicar abertamente, estabelecendo limites e abordando os
problemas à medida que surgem, você pode manter um equilíbrio saudável
entre coleguismo e amizade.
*Jack Kelly é colaborador sênior da Forbes USA. Ele é CEO,
fundador e recrutador executivo da WeCruitr, uma startup de recrutamento
e consultoria de carreira.
Cecília Barçante, gerente de Pessoas e Cultura da Refuturiza, ecossistema de Educação e Empregabilidade.
As relações interpessoais no ambiente corporativo podem diminuir o
risco de burnout, aumentar a produtividade e impulsionar a carreira.
Confira 10 dicas para se enturmar, ser mais feliz e motivado
Uma pessoa dedica, em média, 1/3 do seu dia ao trabalho, somando
cerca de 90 mil horas ao longo da vida, conforme o livro “Felicidade no
Trabalho”. Esse período é compartilhado com colegas e essas interações
podem evoluir – ou não – para amizades, dependendo das afinidades e
disponibilidade. A amizade no ambiente de trabalho é um tema que
desperta diversas opiniões: enquanto alguns veem nela um fator
motivador, outros a enxergam como uma possível fonte de conflitos e
distrações. Mas afinal, a amizade no ambiente de trabalho ajuda ou
atrapalha?
O recente estudo do Instituto Gallup aponta que ter pelo menos uma
amizade no ambiente profissional impacta positivamente a produtividade, a
motivação e a retenção no emprego, além de diminuir o estresse e o
risco de burnout. Síndrome que acomete aproximadamente 30% dos
trabalhadores brasileiros, segundo dados da Associação Nacional de
Medicina do Trabalho (Anamt), burnout é o esgotamento profissional
reconhecido, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como doença
ocupacional.
“Um dos principais benefícios trazidos pelas relações de amizade no
trabalho é o aumento da motivação. Trabalhar ao lado de pessoas com quem
temos afinidade pode tornar o ambiente mais agradável e menos
estressante, resultando em maior satisfação e engajamento”, explica
Cecília Barçante, gerente de Pessoas e Cultura da Refuturiza,
ecossistema de Educação e Empregabilidade.
Além disso, amizades no trabalho podem melhorar a comunicação e a
colaboração entre os membros da equipe, reduzindo os conflitos e
aumentando a produtividade. “A confiança mútua facilita a troca de
informações e o apoio nas tarefas diárias, promovendo um ambiente mais
coeso e produtivo”, diz Cecília.
Estando inserido em um ambiente colaborativo e harmonioso, a chance
de permanência do colaborador na empresa é maior, assim como o
desenvolvimento de uma carreira de sucesso, como aponta pesquisa da
Universidade Rutgers, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Tudo porque,
motivado, bem-humorado, satisfeito e seguro, o desempenho do colaborador
aumenta.
Embora as relações pessoais no ambiente de trabalho possam ser
aliadas na promoção de um clima organizacional positivo e produtivo, é
fundamental saber estabelecer limites para que não interfiram no
desempenho profissional.
Como equilibrar amizade e profissionalismo
A distração é um dos principais pontos negativos apontados quando se
trata de amizade no ambiente de trabalho, diminuindo assim os níveis de
produtividade. Por isso, é fundamental estabelecer limites claros para
que as amizades não interfiram negativamente no desempenho profissional.
Para que a amizade no trabalho seja benéfica e não atrapalhe o foco, a
execução das tarefas e o cumprimento dos prazos é necessário seguir
algumas recomendações, entre elas evitar, durante o expediente,
brincadeiras excessivas e discussões pessoais. Com equilíbrio e
profissionalismo, é possível aproveitar os benefícios das amizades sem
comprometer a eficiência e a harmonia no trabalho.
10 dicas para fazer amizade no trabalho
Cultivar relacionamentos saudáveis e de confiança faz bem para a
saúde mental e para a vida de modo geral, por isso aqui estão algumas
dicas para construir amizades no ambiente profissional. Lembre-se de que
estabelecer laços com outras pessoas leva tempo e requer paciência,
além de envolver afinidades e disponibilidade de ambas as partes.
1) Seja acessível e aberto
Mantenha uma atitude amigável e aberta. Sorria, cumprimente as pessoas e demonstre interesse genuíno pelo que elas têm a dizer.
2) Participe de atividades sociais
Envolva-se em atividades e eventos organizados pela empresa, como
happy hours, almoços em grupo e festas de fim de ano. Essas ocasiões são
ótimas para interagir com colegas em um ambiente mais descontraído.
3) Ofereça ajuda e participe de projetos em grupo
Esteja disposto a ajudar seus colegas sempre que possível. Oferecer
suporte em projetos ou tarefas fortalece os laços, podendo abrir portas
para novas amizades. Envolva-se também em projetos colaborativos.
Trabalhar em equipe é uma excelente oportunidade de desenvolver
habilidades e conhecer melhor os colegas.
4) Compartilhe interesses pessoais
Compartilhar um pouco sobre seus interesses pessoais pode ajudar a
encontrar pontos em comum com seus colegas, facilitando a criação de
laços. Pode ser um hobby, esporte, filme ou livro.
5) Seja respeitoso e confiável
Valorize e respeite as diferenças. Mostrar-se aberto a diversas
perspectivas cria um ambiente de respeito mútuo. Respeite também o
espaço pessoal, os limites e a privacidade de seus colegas. Evite também
o oversharing, ou seja, compartilhar informações pessoais em excesso ou
inadequadas, como detalhes íntimos sobre a vida pessoal, problemas de
saúde, questões familiares ou opiniões fortes sobre tópicos sensíveis.
6) Participe de conversas informais
Aproveite os momentos de pausa, como o café ou o almoço, para
conversar com seus colegas sobre assuntos leves e informais. Porém,
evite fofocas e mantenha uma atitude positiva e construtiva.
7) Elogie e reconheça
Agradeça e elogie o trabalho e as conquistas de seus colegas.
Reconhecer as qualidades do outro ajuda a fortalecer os laços e criar um
ambiente de trabalho positivo.
8) Seja você mesmo
Autenticidade é chave para formar amizades verdadeiras. Seja sincero e
verdadeiro em suas interações, e não tente se moldar apenas para
agradar os outros.
9) Pratique a empatia
Coloque-se no lugar dos outros e mostre empatia em relação às suas
preocupações e desafios. Isso pode ajudar a criar uma conexão mais
profunda.
10) Desenvolva-se continuamente
Comunique-se de forma efetiva, sendo assertivo em suas comunicações. A
comunicação é uma habilidade que pode e deve ser desenvolvida, e uma
boa forma de fazer isso é por meio de cursos on-line, como o de
Comunicação Assertiva, oferecido pela Refuturiza.
STARTUP VALEON UMA HOMENAGEM AO VALE DO AÇO
Moysés Peruhype Carlech
Por que as grandes empresas querem se aproximar de startups?
Se pensarmos bem, é muito estranho pensar que um conglomerado
multibilionário poderia ganhar algo ao se associar de alguma forma a
pequenos empresários que ganham basicamente nada e tem um produto recém
lançado no mercado. Existe algo a ser aprendido ali? Algum valor a ser
capturado? Os executivos destas empresas definitivamente acreditam que
sim.
Os ciclos de desenvolvimento de produto são longos, com taxas
de sucesso bastante questionáveis e ações de marketing que geram cada
vez menos retorno. Ao mesmo tempo vemos diariamente na mídia casos de
jovens empresas inovando, quebrando paradigmas e criando novos mercados.
Empresas que há poucos anos não existiam e hoje criam verdadeiras
revoluções nos mercados onde entram. Casos como o Uber, Facebook, AirBnb
e tantos outros não param de surgir.
E as grandes empresas começam a questionar.
O que estamos fazendo de errado?
Por que não conseguimos inovar no mesmo ritmo que uma startup?
Qual a solução para resolver este problema?
A partir deste terceiro questionamento, surgem as primeiras
ideias de aproximação com o mundo empreendedor. “Precisamos entender
melhor como funciona este mundo e como nos inserimos!” E daí surgem os
onipresentes e envio de funcionários para fazer tour no Vale e a rodada
de reuniões com os agentes do ecossistema. Durante esta fase, geralmente
é feito um relatório para os executivos, ou pelas equipes de inovação
ou por uma empresa (cara) de consultoria, que entrega as seguintes
conclusões:
* O mundo está mudando. O ritmo da inovação é acelerado.
* Estes caras (startups) trabalham de um jeito diferente, portanto colhem resultados diferentes.
* Precisamos entender estas novas metodologias, para aplicar dentro de casa;
* É fundamental nos aproximarmos das startups, ou vamos morrer na praia.
* Somos lentos e burocráticos, e isso impede que a inovação aconteça da forma que queremos.
O plano de ação desenhado geralmente passa por alguma ação
conduzida pela área de marketing ou de inovação, envolvendo projetos de
aproximação com o mundo das startups.
Olhando sob a ótica da startup, uma grande empresa pode ser
aquela bala de prata que estávamos esperando para conseguir ganhar
tração. Com milhares de clientes e uma máquina de distribuição, se
atingirmos apenas um percentual pequeno já conseguimos chegar a outro
patamar. Mas o projeto não acontece desta forma. Ele demora. São
milhares de reuniões, sem conseguirmos fechar contrato ou sequer começar
um piloto.
Embora as grandes empresas tenham a ilusão que serão mais
inovadoras se conviverem mais com startups, o que acaba acontecendo é o
oposto. Existe uma expectativa de que o pozinho “pirlimpimpim” da
startup vá respingar na empresa e ela se tornará mais ágil, enxuta,
tomará mais riscos.
Muitas vezes não se sabe o que fazer com as startups, uma vez
se aproximando delas. Devemos colocar dinheiro? Assinar um contrato de
exclusividade? Contratar a empresa? A maioria dos acordos acaba virando
uma “parceria”, que demora para sair e tem resultados frustrantes. Esta
falta de uma “estratégia de casamento” é uma coisa muito comum.
As empresas querem controle. Não estão acostumadas a deixar a
startup ter liberdade para determinar o seu próprio rumo. E é um
paradoxo, pois se as empresas soubessem o que deveria ser feito elas
estariam fazendo e não gastando tempo tentando encontrar startups.
As empresas acham que sabem o que precisam. Para mim, o maior
teste é quando uma empresa olha para uma startup e pensa: “nossa, é
exatamente o que precisamos para o projeto X ou Y”.
VOCÊ CONHECE A ValeOn?
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TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Em um vídeo que circula nas redes sociais na manhã desta sexta-feira,
19, é possível ver no telão, que ocupa um prédio de cerca de oito
andares, o rosto de Lula e Barroso no canto esquerdo da montagem. O
restante do espaço traz a imagem de Moraes, de toga, com os dizeres
“Estreia no Brasil”, “Já em Cartaz” e o título em destaque: “Vampiros
que sugam sua liberdade e aprisionam seu corpo”. O vídeo está sendo
compartilhado por perfis bolsonaristas, que atribuem a ação a
“patriotas”.
Até o momento, ninguém assumiu a autoria da exibição do meme de Lula e
dos ministros do Supremo, mas uma logo com as iniciais “PH” aparece no
canto superior direito da montagem.
Nesta semana, outros memes brasileiros foram transmitidos em telões
na via de Nova York. Nesta quinta-feira, 18, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
apareceu na tela como “Zé do Taxão”, em referência ao personagem Zé do
Caixão. Haddad tem sido alvo de críticas pela política tributária do
governo federal, que visa ao aumento da arrecadação, e protagonizado uma série de memes, recebendo o apelido de “Taxad” nas redes sociais.
Além dessa ocasião, outro meme com Haddad foi exibido na Times Square
na terça-feira, 16. No telão, o ministro aparecia em chamas, em
referência ao personagem do Quarteto Fantástico, Tocha Humana. Na
montagem, se lê “Taxa Humana” sobre a montagem de Haddad vestido de
super-herói.
Especialistas em segurança cibernética estão alertando sobre os
efeitos indiretos da interrupção global de segurança cibernética que
causou problemas generalizados em várias partes do mundo nesta
sexta-feira (20/07).
Embora já tenha sido adotada uma solução para corrigir o problema
mais imediato, o processo manual exigido para que os computadores voltem
a funcionar como devem ainda exigirá muito trabalho pela frente,
disseram eles.
E pode levar dias até que as grandes organizações que possuem milhares de computadores voltem ao normal.
Aparentemente, o caos causado na Europa foi maior do que na América
do Norte e América Latina, o que levou os técnicos a perceberem que o
problema foi gerado no reinício das operações computadorizadas pela
manhã.
No Reino Unido, a interrupção afetou empresas, postos de saúde,
farmácias e gerou longas filas nos aeroportos com milhares de voos
cancelados, além de ter tirado do ar alguns canais de TV no país.
O problema foi causado quando uma atualização do sistema da empresa
de segurança cibernética CrowdStrike fez com que os sistemas da
Microsoft entrassem em “tela azul” e travassem completamente.
O software problemático foi enviado automaticamente aos clientes da
CrowdStrike durante a noite, e é por isso que muitos foram afetados no
início do expediente esta manhã ao acionarem seus computadores. Milhares
de computadores não puderam ser reiniciados.
Infelizmente, a correção não poderá ser automática, exigindo o que a indústria chama de solução de “dedos nos teclados”.
O especialista em informática Kevin Beaumont confirmou: “Como os
sistemas não foram reiniciados, os que foram afetados precisarão ser
reinicializados no ‘Modo de Segurança’ para remover a atualização
defeituosa”.
“Isso consome muito tempo e levará dias para as organizações fazerem isso em larga escala”, disse ele.
A equipe técnica precisará reinicializar manualmente cada computador afetado, o que pode ser uma tarefa monumental.
A Microsoft sugeriu em seu website oficial que seja tentada a velha e
boa técnica conhecida como “liga-desliga”: “Você já tentou desligar [o
computador] e ligar novamente?”
Segundo a empresa, a técnica deu resultado em algumas máquinas
virtuais – aqueles PCs em que o computador e o monitor não estão ambos
instalados no mesmo local.
Entretanto, a Microsoft alerta que poderão ser necessárias diversas operações do tipo liga-desliga até que se consiga sucesso.
Segundo a empresa, “em alguns casos foi necessário desligar e ligar a máquina 15 vezes”.
A nota da Microsoft acrescenta que “no geral, a técnica tem se mostrado efetiva para corrigir o problema no estágio atual”.
A empresa também sugere que certos arquivos sejam deletados – solução
idêntica à sugerida pelos funcionários da Crowdstrike em posts nas
redes sociais.
A Crowdstrike é uma das maiores e mais confiáveis empresas de segurança cibernética do mundo.
Ela tem cerca de 24 mil clientes em todo o mundo e seus sistemas protegem algumas centenas de milhares de computadores.
Um gerente de TI sofrendo as consequências da falha técnica disse que
o processo para fazer com que os computadores voltem a funcionar é
rápido quando uma pessoa de TI assume o comando da máquina, mas o
problema é deslocar os funcionários até os locais em que as máquinas
estão instaladas fisicamente.
O técnico, que preferiu não revelar seu nome, é responsável por 4 mil
computadores em uma empresa educacional e diz que ele e sua equipe
estão trabalhando sem parar desde que o problema foi detectado.
“Conseguimos corrigir todos os nossos servidores usando o prompt de
comando como solução alternativa, mas para muitos de nossos PCs isso não
é fácil de ser feito manualmente, pois estamos espalhados por cinco
diferentes locais.”
“Todos os PCs que ficam ligados durante a noite foram afetados e estamos agora tendo que reconfigurá-los”, disse ele.
Especialistas em TI dizem que esse processo manual será especialmente
difícil e trabalhoso em grandes organizações com milhares de
computadores e que não disponham de amplos recursos de TI.
Pequenas e médias empresas sem equipes de TI dedicadas ou que
terceirizam seu suporte de TI também podem ter dificuldades de retornar à
normalidade.
Empresas maiores e com mais recursos, como a American Airlines, estão conseguindo resolver os problemas rapidamente.
Curiosamente, parece que muitas operações nos EUA podem ter sido
menos afetadas, pois computadores que ainda não estavam ligados podem
ser inicializados já baixando a versão corrigida do software em vez da
versão incorreta. Mas isso ainda pode envolver um nível de interferência
manual.
Beaumont lamenta que o caos criado por um dos “incidentes de TI de
maior impacto do mundo” foi “causado exatamente por um fornecedor de
segurança cibernética”.
Ironicamente, se um cliente foi afetado por isso, foi porque ele
seguiu todos as instruções fornecidas por especialistas em segurança
cibernética: “instale as atualizações de segurança assim que
recebê-las”.
“Embora algumas empresas de segurança também já tenham no passado
enviado acidentalmente uma atualização de software duvidosa, nunca vimos
algo nessa escala, e que tenha sido tão prejudicial.”
Apesar desse incidente ter causado uma interrupção generalizada, o
ataque cibernético WannaCry em maio de 2017 foi potencialmente pior.
O WannaCry foi um ataque cibernético malicioso que afetou uma versão
antiga do Windows da Microsoft e se espalhou de forma automática e
incontrolável para qualquer computador que também tivesse aquela versão
do software Windows antigo e desprotegido.
Naquela ocasião, cerca de 300 mil computadores foram afetados em 150 países diferentes.
Em contraste, é provável que as interrupções na sexta-feira sejam um erro e não um ataque.