Há benefícios em fazer conexões no local de trabalho: o pertencimento sempre será uma necessidade humana fundamental. Na verdade, a conexão social é o motor principal para o envolvimento e bem-estar dos funcionários, de acordo com pesquisa da Qualtrics sobre pertencimento.
No entanto, quer você esteja presencial ou trabalhando remotamente,
manter relacionamentos com colegas de trabalho às vezes é como andar em
um campo minado. Você quer cultivar relacionamentos próximos, mas ao
mesmo tempo pode haver um sentimento de competição, superioridade e
quebra de limites.
A expressão “seus colegas de trabalho não são seus amigos” é
um alerta para ficar vigilante quanto aos limites profissionais, ao
mesmo tempo que mantém relações de trabalho mutuamente benéficas e
constrói amizades pessoais.
O que pode dar errado
Desenvolver relacionamentos amigáveis com colegas de trabalho pode potencialmente sair pela culatra das seguintes maneiras:
Você pode ser acusado de favoritismo no trabalho e ficar sujeito a fofocas;
Ao brincar demais, você pode criar distrações que afetam a produtividade e atrapalham a dinâmica do escritório;
As amizades podem ficar estranhas, especialmente quando se disputa a
mesma promoção ou aumento. Se um colega de trabalho que também é amigo
progride, cuide para que isso não prejudique o relacionamento ou crie
ressentimento;
Ficar confortável demais com um colega de trabalho pode levar a
mal-entendidos ou interpretações erradas de piadas ou comentários, e há
risco de alegações de agressão ou assédio;
Quando uma amizade no local de trabalho fica tensa, torna-se um ambiente desconfortável para todos os outros membros da equipe.
Como estabelecer limites saudáveis
É fundamental estar atento aos riscos associados a se tornar muito próximo dos colegas de trabalho.
Quando estiver no escritório, é essencial priorizar seus objetivos relacionados ao trabalho em vez da socialização.
Tente evitar o compartilhamento excessivo de informações pessoais,
não se envolva na politicagem do escritório e nunca fale sobre alguém
pelas costas.
Ao se comunicar abertamente, estabelecendo limites e abordando os
problemas à medida que surgem, você pode manter um equilíbrio saudável
entre coleguismo e amizade.
*Jack Kelly é colaborador sênior da Forbes USA. Ele é CEO,
fundador e recrutador executivo da WeCruitr, uma startup de recrutamento
e consultoria de carreira.
Cecília Barçante, gerente de Pessoas e Cultura da Refuturiza, ecossistema de Educação e Empregabilidade.
As relações interpessoais no ambiente corporativo podem diminuir o
risco de burnout, aumentar a produtividade e impulsionar a carreira.
Confira 10 dicas para se enturmar, ser mais feliz e motivado
Uma pessoa dedica, em média, 1/3 do seu dia ao trabalho, somando
cerca de 90 mil horas ao longo da vida, conforme o livro “Felicidade no
Trabalho”. Esse período é compartilhado com colegas e essas interações
podem evoluir – ou não – para amizades, dependendo das afinidades e
disponibilidade. A amizade no ambiente de trabalho é um tema que
desperta diversas opiniões: enquanto alguns veem nela um fator
motivador, outros a enxergam como uma possível fonte de conflitos e
distrações. Mas afinal, a amizade no ambiente de trabalho ajuda ou
atrapalha?
O recente estudo do Instituto Gallup aponta que ter pelo menos uma
amizade no ambiente profissional impacta positivamente a produtividade, a
motivação e a retenção no emprego, além de diminuir o estresse e o
risco de burnout. Síndrome que acomete aproximadamente 30% dos
trabalhadores brasileiros, segundo dados da Associação Nacional de
Medicina do Trabalho (Anamt), burnout é o esgotamento profissional
reconhecido, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como doença
ocupacional.
“Um dos principais benefícios trazidos pelas relações de amizade no
trabalho é o aumento da motivação. Trabalhar ao lado de pessoas com quem
temos afinidade pode tornar o ambiente mais agradável e menos
estressante, resultando em maior satisfação e engajamento”, explica
Cecília Barçante, gerente de Pessoas e Cultura da Refuturiza,
ecossistema de Educação e Empregabilidade.
Além disso, amizades no trabalho podem melhorar a comunicação e a
colaboração entre os membros da equipe, reduzindo os conflitos e
aumentando a produtividade. “A confiança mútua facilita a troca de
informações e o apoio nas tarefas diárias, promovendo um ambiente mais
coeso e produtivo”, diz Cecília.
Estando inserido em um ambiente colaborativo e harmonioso, a chance
de permanência do colaborador na empresa é maior, assim como o
desenvolvimento de uma carreira de sucesso, como aponta pesquisa da
Universidade Rutgers, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Tudo porque,
motivado, bem-humorado, satisfeito e seguro, o desempenho do colaborador
aumenta.
Embora as relações pessoais no ambiente de trabalho possam ser
aliadas na promoção de um clima organizacional positivo e produtivo, é
fundamental saber estabelecer limites para que não interfiram no
desempenho profissional.
Como equilibrar amizade e profissionalismo
A distração é um dos principais pontos negativos apontados quando se
trata de amizade no ambiente de trabalho, diminuindo assim os níveis de
produtividade. Por isso, é fundamental estabelecer limites claros para
que as amizades não interfiram negativamente no desempenho profissional.
Para que a amizade no trabalho seja benéfica e não atrapalhe o foco, a
execução das tarefas e o cumprimento dos prazos é necessário seguir
algumas recomendações, entre elas evitar, durante o expediente,
brincadeiras excessivas e discussões pessoais. Com equilíbrio e
profissionalismo, é possível aproveitar os benefícios das amizades sem
comprometer a eficiência e a harmonia no trabalho.
10 dicas para fazer amizade no trabalho
Cultivar relacionamentos saudáveis e de confiança faz bem para a
saúde mental e para a vida de modo geral, por isso aqui estão algumas
dicas para construir amizades no ambiente profissional. Lembre-se de que
estabelecer laços com outras pessoas leva tempo e requer paciência,
além de envolver afinidades e disponibilidade de ambas as partes.
1) Seja acessível e aberto
Mantenha uma atitude amigável e aberta. Sorria, cumprimente as pessoas e demonstre interesse genuíno pelo que elas têm a dizer.
2) Participe de atividades sociais
Envolva-se em atividades e eventos organizados pela empresa, como
happy hours, almoços em grupo e festas de fim de ano. Essas ocasiões são
ótimas para interagir com colegas em um ambiente mais descontraído.
3) Ofereça ajuda e participe de projetos em grupo
Esteja disposto a ajudar seus colegas sempre que possível. Oferecer
suporte em projetos ou tarefas fortalece os laços, podendo abrir portas
para novas amizades. Envolva-se também em projetos colaborativos.
Trabalhar em equipe é uma excelente oportunidade de desenvolver
habilidades e conhecer melhor os colegas.
4) Compartilhe interesses pessoais
Compartilhar um pouco sobre seus interesses pessoais pode ajudar a
encontrar pontos em comum com seus colegas, facilitando a criação de
laços. Pode ser um hobby, esporte, filme ou livro.
5) Seja respeitoso e confiável
Valorize e respeite as diferenças. Mostrar-se aberto a diversas
perspectivas cria um ambiente de respeito mútuo. Respeite também o
espaço pessoal, os limites e a privacidade de seus colegas. Evite também
o oversharing, ou seja, compartilhar informações pessoais em excesso ou
inadequadas, como detalhes íntimos sobre a vida pessoal, problemas de
saúde, questões familiares ou opiniões fortes sobre tópicos sensíveis.
6) Participe de conversas informais
Aproveite os momentos de pausa, como o café ou o almoço, para
conversar com seus colegas sobre assuntos leves e informais. Porém,
evite fofocas e mantenha uma atitude positiva e construtiva.
7) Elogie e reconheça
Agradeça e elogie o trabalho e as conquistas de seus colegas.
Reconhecer as qualidades do outro ajuda a fortalecer os laços e criar um
ambiente de trabalho positivo.
8) Seja você mesmo
Autenticidade é chave para formar amizades verdadeiras. Seja sincero e
verdadeiro em suas interações, e não tente se moldar apenas para
agradar os outros.
9) Pratique a empatia
Coloque-se no lugar dos outros e mostre empatia em relação às suas
preocupações e desafios. Isso pode ajudar a criar uma conexão mais
profunda.
10) Desenvolva-se continuamente
Comunique-se de forma efetiva, sendo assertivo em suas comunicações. A
comunicação é uma habilidade que pode e deve ser desenvolvida, e uma
boa forma de fazer isso é por meio de cursos on-line, como o de
Comunicação Assertiva, oferecido pela Refuturiza.
STARTUP VALEON UMA HOMENAGEM AO VALE DO AÇO
Moysés Peruhype Carlech
Por que as grandes empresas querem se aproximar de startups?
Se pensarmos bem, é muito estranho pensar que um conglomerado
multibilionário poderia ganhar algo ao se associar de alguma forma a
pequenos empresários que ganham basicamente nada e tem um produto recém
lançado no mercado. Existe algo a ser aprendido ali? Algum valor a ser
capturado? Os executivos destas empresas definitivamente acreditam que
sim.
Os ciclos de desenvolvimento de produto são longos, com taxas
de sucesso bastante questionáveis e ações de marketing que geram cada
vez menos retorno. Ao mesmo tempo vemos diariamente na mídia casos de
jovens empresas inovando, quebrando paradigmas e criando novos mercados.
Empresas que há poucos anos não existiam e hoje criam verdadeiras
revoluções nos mercados onde entram. Casos como o Uber, Facebook, AirBnb
e tantos outros não param de surgir.
E as grandes empresas começam a questionar.
O que estamos fazendo de errado?
Por que não conseguimos inovar no mesmo ritmo que uma startup?
Qual a solução para resolver este problema?
A partir deste terceiro questionamento, surgem as primeiras
ideias de aproximação com o mundo empreendedor. “Precisamos entender
melhor como funciona este mundo e como nos inserimos!” E daí surgem os
onipresentes e envio de funcionários para fazer tour no Vale e a rodada
de reuniões com os agentes do ecossistema. Durante esta fase, geralmente
é feito um relatório para os executivos, ou pelas equipes de inovação
ou por uma empresa (cara) de consultoria, que entrega as seguintes
conclusões:
* O mundo está mudando. O ritmo da inovação é acelerado.
* Estes caras (startups) trabalham de um jeito diferente, portanto colhem resultados diferentes.
* Precisamos entender estas novas metodologias, para aplicar dentro de casa;
* É fundamental nos aproximarmos das startups, ou vamos morrer na praia.
* Somos lentos e burocráticos, e isso impede que a inovação aconteça da forma que queremos.
O plano de ação desenhado geralmente passa por alguma ação
conduzida pela área de marketing ou de inovação, envolvendo projetos de
aproximação com o mundo das startups.
Olhando sob a ótica da startup, uma grande empresa pode ser
aquela bala de prata que estávamos esperando para conseguir ganhar
tração. Com milhares de clientes e uma máquina de distribuição, se
atingirmos apenas um percentual pequeno já conseguimos chegar a outro
patamar. Mas o projeto não acontece desta forma. Ele demora. São
milhares de reuniões, sem conseguirmos fechar contrato ou sequer começar
um piloto.
Embora as grandes empresas tenham a ilusão que serão mais
inovadoras se conviverem mais com startups, o que acaba acontecendo é o
oposto. Existe uma expectativa de que o pozinho “pirlimpimpim” da
startup vá respingar na empresa e ela se tornará mais ágil, enxuta,
tomará mais riscos.
Muitas vezes não se sabe o que fazer com as startups, uma vez
se aproximando delas. Devemos colocar dinheiro? Assinar um contrato de
exclusividade? Contratar a empresa? A maioria dos acordos acaba virando
uma “parceria”, que demora para sair e tem resultados frustrantes. Esta
falta de uma “estratégia de casamento” é uma coisa muito comum.
As empresas querem controle. Não estão acostumadas a deixar a
startup ter liberdade para determinar o seu próprio rumo. E é um
paradoxo, pois se as empresas soubessem o que deveria ser feito elas
estariam fazendo e não gastando tempo tentando encontrar startups.
As empresas acham que sabem o que precisam. Para mim, o maior
teste é quando uma empresa olha para uma startup e pensa: “nossa, é
exatamente o que precisamos para o projeto X ou Y”.
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A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Em um vídeo que circula nas redes sociais na manhã desta sexta-feira,
19, é possível ver no telão, que ocupa um prédio de cerca de oito
andares, o rosto de Lula e Barroso no canto esquerdo da montagem. O
restante do espaço traz a imagem de Moraes, de toga, com os dizeres
“Estreia no Brasil”, “Já em Cartaz” e o título em destaque: “Vampiros
que sugam sua liberdade e aprisionam seu corpo”. O vídeo está sendo
compartilhado por perfis bolsonaristas, que atribuem a ação a
“patriotas”.
Até o momento, ninguém assumiu a autoria da exibição do meme de Lula e
dos ministros do Supremo, mas uma logo com as iniciais “PH” aparece no
canto superior direito da montagem.
Nesta semana, outros memes brasileiros foram transmitidos em telões
na via de Nova York. Nesta quinta-feira, 18, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
apareceu na tela como “Zé do Taxão”, em referência ao personagem Zé do
Caixão. Haddad tem sido alvo de críticas pela política tributária do
governo federal, que visa ao aumento da arrecadação, e protagonizado uma série de memes, recebendo o apelido de “Taxad” nas redes sociais.
Além dessa ocasião, outro meme com Haddad foi exibido na Times Square
na terça-feira, 16. No telão, o ministro aparecia em chamas, em
referência ao personagem do Quarteto Fantástico, Tocha Humana. Na
montagem, se lê “Taxa Humana” sobre a montagem de Haddad vestido de
super-herói.
Especialistas em segurança cibernética estão alertando sobre os
efeitos indiretos da interrupção global de segurança cibernética que
causou problemas generalizados em várias partes do mundo nesta
sexta-feira (20/07).
Embora já tenha sido adotada uma solução para corrigir o problema
mais imediato, o processo manual exigido para que os computadores voltem
a funcionar como devem ainda exigirá muito trabalho pela frente,
disseram eles.
E pode levar dias até que as grandes organizações que possuem milhares de computadores voltem ao normal.
Aparentemente, o caos causado na Europa foi maior do que na América
do Norte e América Latina, o que levou os técnicos a perceberem que o
problema foi gerado no reinício das operações computadorizadas pela
manhã.
No Reino Unido, a interrupção afetou empresas, postos de saúde,
farmácias e gerou longas filas nos aeroportos com milhares de voos
cancelados, além de ter tirado do ar alguns canais de TV no país.
O problema foi causado quando uma atualização do sistema da empresa
de segurança cibernética CrowdStrike fez com que os sistemas da
Microsoft entrassem em “tela azul” e travassem completamente.
O software problemático foi enviado automaticamente aos clientes da
CrowdStrike durante a noite, e é por isso que muitos foram afetados no
início do expediente esta manhã ao acionarem seus computadores. Milhares
de computadores não puderam ser reiniciados.
Infelizmente, a correção não poderá ser automática, exigindo o que a indústria chama de solução de “dedos nos teclados”.
O especialista em informática Kevin Beaumont confirmou: “Como os
sistemas não foram reiniciados, os que foram afetados precisarão ser
reinicializados no ‘Modo de Segurança’ para remover a atualização
defeituosa”.
“Isso consome muito tempo e levará dias para as organizações fazerem isso em larga escala”, disse ele.
A equipe técnica precisará reinicializar manualmente cada computador afetado, o que pode ser uma tarefa monumental.
A Microsoft sugeriu em seu website oficial que seja tentada a velha e
boa técnica conhecida como “liga-desliga”: “Você já tentou desligar [o
computador] e ligar novamente?”
Segundo a empresa, a técnica deu resultado em algumas máquinas
virtuais – aqueles PCs em que o computador e o monitor não estão ambos
instalados no mesmo local.
Entretanto, a Microsoft alerta que poderão ser necessárias diversas operações do tipo liga-desliga até que se consiga sucesso.
Segundo a empresa, “em alguns casos foi necessário desligar e ligar a máquina 15 vezes”.
A nota da Microsoft acrescenta que “no geral, a técnica tem se mostrado efetiva para corrigir o problema no estágio atual”.
A empresa também sugere que certos arquivos sejam deletados – solução
idêntica à sugerida pelos funcionários da Crowdstrike em posts nas
redes sociais.
A Crowdstrike é uma das maiores e mais confiáveis empresas de segurança cibernética do mundo.
Ela tem cerca de 24 mil clientes em todo o mundo e seus sistemas protegem algumas centenas de milhares de computadores.
Um gerente de TI sofrendo as consequências da falha técnica disse que
o processo para fazer com que os computadores voltem a funcionar é
rápido quando uma pessoa de TI assume o comando da máquina, mas o
problema é deslocar os funcionários até os locais em que as máquinas
estão instaladas fisicamente.
O técnico, que preferiu não revelar seu nome, é responsável por 4 mil
computadores em uma empresa educacional e diz que ele e sua equipe
estão trabalhando sem parar desde que o problema foi detectado.
“Conseguimos corrigir todos os nossos servidores usando o prompt de
comando como solução alternativa, mas para muitos de nossos PCs isso não
é fácil de ser feito manualmente, pois estamos espalhados por cinco
diferentes locais.”
“Todos os PCs que ficam ligados durante a noite foram afetados e estamos agora tendo que reconfigurá-los”, disse ele.
Especialistas em TI dizem que esse processo manual será especialmente
difícil e trabalhoso em grandes organizações com milhares de
computadores e que não disponham de amplos recursos de TI.
Pequenas e médias empresas sem equipes de TI dedicadas ou que
terceirizam seu suporte de TI também podem ter dificuldades de retornar à
normalidade.
Empresas maiores e com mais recursos, como a American Airlines, estão conseguindo resolver os problemas rapidamente.
Curiosamente, parece que muitas operações nos EUA podem ter sido
menos afetadas, pois computadores que ainda não estavam ligados podem
ser inicializados já baixando a versão corrigida do software em vez da
versão incorreta. Mas isso ainda pode envolver um nível de interferência
manual.
Beaumont lamenta que o caos criado por um dos “incidentes de TI de
maior impacto do mundo” foi “causado exatamente por um fornecedor de
segurança cibernética”.
Ironicamente, se um cliente foi afetado por isso, foi porque ele
seguiu todos as instruções fornecidas por especialistas em segurança
cibernética: “instale as atualizações de segurança assim que
recebê-las”.
“Embora algumas empresas de segurança também já tenham no passado
enviado acidentalmente uma atualização de software duvidosa, nunca vimos
algo nessa escala, e que tenha sido tão prejudicial.”
Apesar desse incidente ter causado uma interrupção generalizada, o
ataque cibernético WannaCry em maio de 2017 foi potencialmente pior.
O WannaCry foi um ataque cibernético malicioso que afetou uma versão
antiga do Windows da Microsoft e se espalhou de forma automática e
incontrolável para qualquer computador que também tivesse aquela versão
do software Windows antigo e desprotegido.
Naquela ocasião, cerca de 300 mil computadores foram afetados em 150 países diferentes.
Em contraste, é provável que as interrupções na sexta-feira sejam um erro e não um ataque.
MILWAUKEE, 19 JUL (ANSA) – O ex-presidente dos Estados Unidos Donald
Trump encerrou na noite de quinta-feira (18) a Convenção Nacional do
Partido Republicano e prometeu governar para todos caso seja eleito em
novembro.
Ainda de curativo na orelha, o magnata de 78 anos fez seu primeiro
discurso após o atentado sofrido no último sábado (13), quando foi
ferido por um tiro de raspão, e aceitou oficialmente a indicação
republicana para disputar a Casa Branca.
“Estou concorrendo para ser presidente de toda a América, não de
metade da América, porque não há vitória em vencer para metade da
América”, afirmou Trump no palco da convenção em Milwaukee, no
Wisconsin, um dos estados-chave das eleições.
Durante o pronunciamento de 90 minutos, o ex-presidente disse, sob os
gritos de “lute” por parte da plateia, que só sobreviveu ao atentado
porque “Deus” estava do seu lado.
Trump também pediu para as pessoas não “demonizarem” as ideias
políticas de opositores e acusou o Partido Democrata, do presidente Joe
Biden, de “instrumentalizar o sistema judiciário, rotulando o adversário
político como inimigo da democracia”.
“Eu que salvarei a democracia para o povo de nosso país”, ressaltou o
magnata, que ainda elencou promessas, como cortar impostos, ampliar
perfurações de petróleo, concluir o muro na fronteira com o México e
promover a “maior deportação da história” dos EUA.
Vídeo relacionado: Trump chega à convenção republicana com a orelha enfaixada (Dailymotion)
“Nós nos tornamos o lixão do mundo, que está rindo de nós.
Eles acham que somos idiotas”, declarou.
No cenário internacional, o candidato afirmou que vai “restabelecer a
paz no mundo”, como as guerras entre Rússia e Ucrânia e Hamas e Israel,
e disse que o grupo islâmico vai pagar um “preço caro” se não libertar
os reféns em seu poder.
Segundo as pesquisas, Trump é favorito para vencer a disputa contra
Biden, que é pressionado a desistir por conta da idade avançada e abrir
caminho para uma candidatura mais competitiva.
Às vésperas da Olimpíada, a prefeita de Paris cumpriu a promessa de
nadar no Sena para provar que o rio é limpo e seguro para provas como as
de triatlo, que devem ocorrer em um dos principais símbolos da capital
francesa. O mergulho de Anne Hidalgo soma-se aos de outras autoridades
francesas e olímpicas e ocorre após processo longo de despoluição, com
custo de quase R$ 10 bilhões. O banho no Sena está proibido desde 1923,
em razão da poluição do rio, que, como tantos outros mundo afora, foi
vítima do processo de urbanização desorganizada das cidades.
Agora, após a prefeita experimentar as águas, Paris pretende que,
além de receber provas olímpicas, o Sena seja liberado, a partir do
verão de 2025, para o mergulho dos cidadãos parisienses, o que seria um
legado gigantesco para a cidade. A organização dos Jogos e o patrimônio
deixado aos cidadãos têm sido tema de escrutínio global cada vez maior,
uma vez que arcar com a estrutura complexa para a prática de diversos
esportes, sem contar a segurança de atletas, exige investimentos
vultosos e benefícios não garantidos à população. Sede dos Jogos de 92,
Barcelona é comumente citada como exemplo de legado, enquanto Atenas
(2004) teria ajudado a empurrar a Grécia para uma gigantesca crise
financeira.
É impossível falar de legado olímpico e águas poluídas sem pensar no
Rio de Janeiro. Apesar do ouro emocionante conquistado pelas atletas
Martine Grael e Kahena Kunze na vela aquática, durante a realização da
única edição de uma Olimpíada na América do Sul, a prometida despoluição
da Baía de Guanabara entrou na lista de oportunidades perdidas.
É verdade que a morte lenta e gradual de rios, baías e canais, como a
do próprio Sena, é um fenômeno generalizado, mas o caso da Baía da
Guanabara mostra que o Brasil quase sempre deixa de aproveitar
oportunidades, algumas de ouro, para recuperar recursos naturais.
Há décadas os dois principais rios que cortam São Paulo são um
cartão-postal indesejado e impossível de esconder, veias expostas de
descaso com o meio ambiente.
A despoluição do Tietê e do Pinheiros atravessa governos, consome
recursos e ainda não alcançou os resultados desejados. É preciso
reconhecer que houve avanço considerável no tratamento de esgoto, que o
odor nauseabundo do Tietê e do Pinheiros já foi exponencialmente pior e
que a ocorrência de enchentes por conta do grau de assoreamento dos dois
rios parece coisa do passado. Ainda assim, o estado geral de ambos,
sobretudo do Tietê, exclama que a cidade mais rica da América do Sul tem
lacunas gritantes em desenvolvimento e qualidade de vida. Convém
lembrar que, até os anos 30 do século passado, o Tietê recebia
regularmente provas de remo e natação.
Promessas e reptos não faltam. Em 1992, o então governador paulista,
Luiz Antonio Fleury Filho, lançou um programa de despoluição do Tietê
garantindo que, até o final de seu mandato, beberia a água do rio. Nem
todos os sucessores de Fleury foram atrevidos a esse ponto, mas todos
prometeram limpar o Tietê – o atual governador, Tarcísio de Freitas, diz
que o rio estará despoluído até 2026 graças a um programa de R$ 5,6
bilhões.
O caso do Tietê é um exemplo da necessidade urgente de maior
coordenação entre municípios espalhados por grandes regiões
metropolitanas para enfrentar questões ambientais. Sem que todos
participem de um esforço concentrado de despoluição, quem estiver
fazendo a lição de casa continuará sendo reprovado pelo fato de que o
vizinho segue poluindo. Cada cidade polui o rio de maneira diferente, o
que demanda soluções específicas. É como se, em uma prova de
revezamento, enquanto um corredor dá tudo o que tem, os demais ficam
parados ou correm em direções diferentes.
É realmente um feito histórico que o Sena aparentemente tenha se
tornado afinal um rio balneável, no qual se pode entrar após quase um
século. O prefeito de São Paulo ousaria mergulhar no Pinheiros ou no
Tietê? Pelo andar dos projetos de despoluição, talvez, como os
parisienses, seja preciso esperar um século. No nosso caso, mais um.
História de Ítalo Lo Re e Caio Possati – Jornal Estadão
Um caso de estupro é registrado a cada seis minutos no Brasil, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 18, pelo Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Ao todo, 83.988 ocorrências foram contabilizadas em 2023, ante 78.887
no ano anterior. A taxa do crime para cada 100 mil habitantes saltou
6,5%: foi de 38,8 para 41,4.
Três de quatro casos (76,48%) correspondem a estupros de vulneráveis,
quando as vítimas têm menos de 14 anos ou são incapazes de consentir (o
que inclui pessoas com deficiência intelectual, por exemplo). Ao mesmo
tempo, na maioria, os agressores são familiares ou conhecidos (84,7%),
que cometem a violação dentro das próprias casas das vítimas (61,7%).
Em linhas gerais, praticamente todas as modalidades de violência
contra a mulher cresceram em 2023, segundo o Anuário. A taxa de
feminicídios saltou 0,8%, enquanto a de importunação sexual, por
exemplo, aumentou 48,7%. Como reflexo disso, a concessão de medidas
protetivas de urgência cresceu consideravelmente (26,7%).
Brasil registrou um estupro a cada seis minutos em 2023
Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que, em
2023, o Fundo Nacional de Segurança Pública repassou aos Estados R$ 107
milhões para ações de enfrentamento à violência contra a mulher. Neste
ano, foram R$ 108 milhões.
“Em parceria com o Ministério das Mulheres, foram investidos R$ 450
milhões para a construção de 40 Casas da Mulher Brasileira (CMB). Além
disso, por meio do Fundo Nacional de Segurança Pública, foram doadas 260
viaturas para Delegacias da Mulher e Patrulhas Maria da Penha dos 26
Estados e do DF, no valor de R$ 33,5 milhões.”
Ainda de acordo com a pasta, desde o início do ano passado, o
ministério tem intensificado a parceria com Estados e o DF para ações de
combate à violência contra a mulher. “Em março deste ano, por exemplo, a
Operação Átria, que visa o combate à violência contra a mulher em razão
do gênero, resultou em um aumento de 63% nos atendimentos às mulheres,
com 129,9 mil registros em março de 2024, contra 79,5 mil no mesmo
período em 2023.”
Especialistas apontam que, em parte, a alta de casos de violência
contra mulher se dá pela tipificação recente de alguns tipos de crime –
como importunação sexual e stalking (perseguição) –, além de campanhas
para tentar baixar a subnotificação histórica para crime dessas
natureza.
Ainda assim, pesquisadores apontam que esses fatores, por si só, não
explicam a alta de todo um conjunto de crimes, e cobram mais medidas
específicas dos Estados.
“Quando se vê que tudo está crescendo, só a melhora nos registros não é o suficiente para explicar”, afirma ao Estadão Juliana
Martins, coordenadora institucional do Fórum Brasileiro de Segurança
Pública. Segundo ela, o avanço no conjunto dos crimes indica um cenário
que deve ser priorizado, até pelo perfil das vítimas.
No caso dos estupros, o anuário publicado nesta quinta indica que o
perfil das vítimas não mudou significativamente em relação ao que foi
visto nos anos anteriores: são mulheres (88,2%), negras (52,2%) e de, no
máximo, 13 anos (61,6%).
“Meninas nessa faixa etária muitas vezes demoram a reconhecer aquilo
como violência”, afirma Juliana. “Se essa violência der resultado a uma
gravidez, provavelmente vão demorar a entender o que está acontecendo
com o corpo delas, vão demorar a identificar essa gravidez, vão ter
vergonha ou medo de falar a respeito. É uma situação que é muito maior
que a violência sexual em si.”
Diante disso, a pesquisadora cobra maior urgência na adoção de
medidas de proteção, incluindo fortalecer a educação sexual nas escolas.
Nº quase dobra ante 2011
Para se ter um parâmetro, dez casos de estupro são registrados por
hora no Brasil, segundo os dados policiais. “Esse dado é ainda mais
alarmante quando se avalia a evolução do número de vítimas ao longo da
série histórica iniciada em 2011, quando foram registradas cerca de
43.869 mil ocorrências de estupro e estupro de vulnerável no Brasil.
Isso significa aumento de 91,5%, ascensão quase ininterrupta ao longo de
13 anos”, aponta o anuário.
Em 2023, os Estados com as maiores taxas para cada 100 mil habitantes
foram Roraima (112,5), Rondônia (107,8) – que também registrou a maior
alta do ano passado na comparação com 2022, de 59,4% –, Acre (106,9) e
Mato Grosso do Sul (94,4).
Em relação aos municípios, Sorriso (MT) lidera a lista (113,9),
seguido por Porto Velho (RO), com 113,6, Boa Vista (RR), com 101,5,
Itaituba (PA), com 100,6, e Dourados (MS), com 98,6, segundo os dados
reunidos pelo Fórum.
A exemplo do avanço dos crimes de estelionato, a alta de estupro vai
na contramão de crimes como homicídios e roubos, que vêm caindo nos
últimos anos. Especialistas apontam que isso demanda maiores
investimentos em investigações policiais.
“Os crimes do mundo virtual ou em ambiente privado estão crescendo,
mostrando que, se o Estado quer atuar, ele precisa atuar melhorando a
investigação, a capacidade de resposta e de acolher vítimas. No caso de
crianças e adolescentes, escolas têm papel fundamental na prevenção da
violência”, afirma ao Estadão Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum.
Feminicídio cresce 0,8%
No total, 1.467 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2023, ante
1.455 no ano anterior, alta de 0,8% na taxa para cada 100 mil habitantes
(1,4). No caso desse tipo de crime, a maioria das vítimas (71,1%) tem
entre 18 a 44 anos. Além disso, 63,6% delas são negras, segundo o
anuário.
Em geral, nove em cada dez autores de assassinatos de mulheres são
homens. Ao todo, 63% foram vítimas do parceiro íntimo – já o ex-parceiro
é o autor do crime em 21,2% dos casos. Mais da metade das mortes
ocorrem em casa (64,3%).
Outros tipos de violência também apresentaram alta: a taxa de casos
de stalking subiu de 54,8 para 73,7, alta de 34,5%. Já o indicador de
importunação sexual foi de 13,7 para 20,4, um aumento de 48,7% – em
números absolutos, foram 41.371 casos em 2023. Os crescimentos acendem o
alerta para violências mais graves.
“O feminicídio é uma violência evitável: antes de ele acontecer,
muitas outras violências vão acontecer, e o stalking é uma delas”,
aponta Juliana Martins.
Nesses casos, uma das orientações para as vítimas é a solicitação de
uma medida protetiva de urgência à Justiça, a fim de manter distância do
agressor. Em 2023, foram concedidas 540.255 medidas desse tipo, ante
426.297 no ano anterior. A taxa para cada 100 mil habitantes, com isso,
saltou 26,7%.
Na contramão das outras modalidades, os registros de homicídios de
mulheres caíram de 3.934, em 2022, para 3.930, em 2023, o que representa
uma redução de 0,1% na taxa. Já as tentativas de estupro registradas
oficialmente foram de 4.899 para 4.733, queda de 3,4% no indicador para
cada 100 mil habitantes.
A celulose é o principal componente da parede celular das plantas. Ela
é formada por moléculas de glicose (monômeros) conectadas entre si por
ligações de hidrogênio. A estrutura foi descoberta em 1838 pelo químico
francês Anselme Payen, que determinou sua fórmula química.
A celulose é um polímero que constitui uma
importante matéria-prima para as indústrias, que a extraem a de diversos
vegetais. Na maioria das vezes, a partir da fibra de árvores de
eucalipto, pinheiro, algodão, bambu, entre outras. No Brasil, a produção
de celulose representa um ativo para a economia brasileira, pois compõe
o Produto Interno Bruto (PIB Nacional).
Onde se encontra celulose?
A celulose é um dos materiais mais presentes no
cotidiano. Ela é usada como matéria-prima para diversos tipos de
produção de papel. A celulose é utilizada para produzir, também,
produtos como:
Nos alimentos consumidos in natura como folhas e vegetais, a celulose pode desempenhar o importante papel de formação do bolo fecal. Ou seja, auxiliando o funcionamento do sistema digestivo humano.
Pesquisas da
Faculdade de Medicina da Universidade da Virgínia revelaram como as
plantas criam as estruturas lineares de sustentação de carga que as
permitem crescer. Elas tecem as cadeias de celulose em estruturas semelhantes a cabos chamados “microfibrilas”.
Além disso, essas microfibrilas fornecem suporte crucial às paredes
celulares das plantas terrestres. Elas permitem o aumento da pressão
dentro de suas células. Essa pressão permite que as plantas cresçam em
direção ao céu.
Como é processada
A celulose é produzida naturalmente pelos diversos tipos de vegetais e
passa por uma série de processos para ser utilizada pela indústria.
Esses processos se dividem nas etapas florestal, de preparação da
madeira, de obtenção de celulose, de secagem e de acabamento. Confira as
especificidades de cada fase:
Etapa florestal
O processo de produção de celulose se inicia com o plantio de sementes dos vegetais, que servem de fonte de celulose.
Preparação da madeira
Após o corte desses vegetais crescidos, as toras são encaminhadas
para fábricas. Lá, são descascadas e levadas até picadores para serem
transformadas em cavacos, que são pequenos pedaços de madeira.
Obtenção de celulose
Os cavacos são transportados até os digestores, onde se inicia o
cozimento ou polpação. A polpação serve para amolecer a madeira e
facilitar o desfibramento e a deslignificação. O processo consiste em
separar a lignina responsável pela cor e resistência das fibras da
madeira.
Após a separação da lignina é feita uma operação de lavagem e
peneiração para retirar impurezas, que serão reutilizadas no processo.
Depois do peneiramento, a celulose é submetida a um processo de branqueamento. Ele consiste em tratar a celulose com determinados reagentes químicos visando melhorar sua alvura, limpeza e pureza química.
Quanto mais eficiente for o processo de deslignificação, menor será a
necessidade de reagentes no branqueamento. O branqueamento pode ser
feito por dois métodos principais:
Método ácido ou sulfito
Método alcalino ou kraft, que é o mais utilizado no Brasil.
No caso do processo standard, a sequência utilizada para o branqueamento é iniciada com gás cloro (ou cloro elementar).
Secagem
Por fim, após o branqueamento, a celulose é enviada para a secagem. O
objetivo é retirar a água da celulose até que ela atinja o ponto de
equilíbrio com a umidade relativa do ambiente. Na parte final da máquina
secadora fica a cortadeira, que reduz a folha contínua a um formato
determinado.
Quais são os impactos da produção de papel e celulose no meio ambiente?
No caso brasileiro, a matéria-prima da celulose provém
de fazendas de árvores plantadas. Já nos países escandinavos e no
Canadá, ela faz parte de florestas nativas de propriedade estatal. Isso
representa problema significativo de desmatamento de mata nativa, principalmente porque as espécies nativas são de crescimento lento.
A etapa de branqueamento da celulose aparece com
frequência nas discussões a respeito da preservação do ambiente. A
presença do cloro e de substâncias orgânicas, entre as quais a lignina,
representa a maior parte no efluente de branqueamento. O que contribui
para a formação dos compostos organoclorados – substâncias com
significativo impacto ambiental. Para saber mais sobre esse tema,
confira a matéria “O que são organoclorados?“.
Eucalipto
A grande dificuldade do processo standard (explicado na etapa de preparação da celulose)
é que a presença destes organoclorados, de cloretos e o baixo teor de
sólidos no efluente o tornam impróprio para o envio ao ciclo de
recuperação. Tornando necessário, então, o tratamento dos efluentes
líquidos no final do circuito produtivo.
No caso das monoculturas de eucalipto (espécie muito utilizada pela
indústria de celulose, principalmente por causa do seu rápido
desenvolvimento), outro impacto ambiental frequentemente apontado é o
alto consumo de água pelas árvores e seus impactos sobre a umidade do
solo, rios e lençóis freáticos.
O eucalipto pode acarretar ressecamento do solo ao utilizar as
reservas de água nele contidas. Podendo, nesse caso, prejudicar também o
crescimento de outras espécies, fruto da denominada alelopatia.
Por outro lado, um artigo publicado pela Revista do BNDES afirma
que, apesar de possuir um alto consumo de água, isso não significa,
necessariamente, que o eucalipto seque o solo da região onde se insere,
ou que impacta os lençóis freáticos. Isso porque, de acordo com o
artigo, o ressecamento do solo em florestas de eucalipto depende não
somente do consumo de água pelas plantas, mas também da precipitação
pluviométrica da região de cultivo.
Quais são as principais vantagens da celulose em relação a outros materiais?
Em solos desmatados e empobrecidos, a deposição dos resíduos
orgânicos da fabricação de celulose e papel tem alguns efeitos benéficos
como elevação do pH com consequente aumento na disponibilidade de
determinados nutrientes, notadamente fósforo e micronutrientes; aumento
da capacidade de troca de cátions dos solos; incorporação de nutrientes
minerais necessários às árvores; melhoria das propriedades físicas como a
granulometria, a capacidade de retenção de água e a densidade do solo;
aumento da atividade biológica do solo, acelerando a decomposição da
serapilheira e a ciclagem de nutrientes.
Os solos utilizados em reflorestamentos brasileiros, com raras
exceções, são de baixa fertilidade, mesmo para a atividade florestal. A
correção desses solos é necessária para melhorar a fertilidade e um
nível alto de matéria orgânica aumenta a disponibilidade de nutrientes
minerais e a capacidade de retenção de água e de cátions no solo.
Entretanto, vale ressaltar que esse caso só se aplica a solos
anteriormente empobrecidos.
Captura de CO2
Outra vantagem é que o plantio de monoculturas em áreas previamente desmatadas ajuda a capturar CO2 durante o crescimento da vegetação,
principalmente porque, como ressalta Fernando Reinach em artigo
publicado pelo jornal Estado de S. Paulo, a maior parte da captura de CO2 pelas
plantas se dá em sua fase de crescimento. Na fase adulta não há captura
de CO2 que não seja liberada novamente durante o período noturno.
Entretanto, vale ressaltar que essa vantagem só traz benefícios
quando a área em que será realizado o plantio em questão já se encontra
em estado de deterioração e desmatada; e que, após o corte de árvores
para obtenção da celulose, o carbono fixado nas árvores tende a voltar
para a atmosfera.
Em comparação às espécies exóticas (que não são naturais dos biomas
brasileiros), como o eucalipto – plantadas na forma de monocultura – os
vegetais nativos e plantados de forma agroecológica são sempre mais vantajosos em termos de ganhos ambientais – por exemplo, estimulando a própria biodiversidade.
Certificação
Devido ao potencial impacto ambiental do setor de produção
de celulose (de base florestal), existe uma exigência (por parte dos
consumidores) para que sejam gerados os menores impactos ambientais
(externalidades negativas) possíveis na cadeia de produção dos produtos
feitos a partir da celulose.
A certificação é
uma maneira de informar aos consumidores mais exigentes o
comprometimento (por parte dos produtores) em reduzir as externalidades
danosas ao ambiente (desmatamento na amazônia, desrespeito às áreas
indígenas, etc.) dentro de certos critérios preestabelecidos pela
certificação em questão.
Por meio da logomarca do sistema certificador impressa na embalagem
do produto (como ocorre em pacotes de folhas de sulfite), o consumidor
pode saber como o produto foi feito.
Sistemas de certificação
Os sistemas de certificação internacionalmente aceitos e que existem
no Brasil são a norma ISO 14001, a certificação CerFlor e a certificação
FSC. Cada uma delas tem as suas exigências especificadas de maneiras
distintas.
A exploração de florestas tropicais, associada à extinção de espécies
e ao desmatamento, trouxe uma pressão pela certificação de atividades
de extrativismo florestal como uma alternativa para garantir boas
práticas de manejo florestal. Entretanto, já se enfrentam problemas
relacionados à certificação. Dentre eles, estão a falta de padronização
nos métodos de auditoria dos órgãos certificadores, o pouco conhecimento
público sobre certificações e os poucos investimentos em promoção por
parte dos selos.
Certificações FSC aplicadas no Brasil, em especial nas florestas de
ipê, têm tido sua legitimidade contestada, o que gera uma atmosfera de
dúvida quanto à efetividade dos padrões adotados pelos órgãos
certificadores responsáveis por este selo no país. A principal acusação
nesse caso é de que os parâmetros são muito genéricos, não existindo
indicadores objetivos de mensuração das atividades florestais.
O site da FSC no Brasil afirma que “A certificação FSC é um sistema
de garantia internacionalmente reconhecido, que identifica, através de
sua logomarca, produtos madeireiros e não madeireiros originados do bom
manejo florestal. Todo empreendimento ligado às operações de manejo
florestal e/ou à cadeia produtiva de produtos florestais, que cumpra com
os princípios e critérios do FSC, pode ser certificado”.
Refere-se ao estado de satisfação, bem-estar e contentamento dos colaboradores dentro de um ambiente de trabalho.
Pessoas felizes no trabalho (Foto: Pexels)
A felicidade corporativa refere-se ao estado de satisfação, bem-estar e contentamento dos funcionários dentro de um ambiente de trabalho.
Mas atenção: “felicidade corporativa não é o que a empresa dá, portanto, não tem nada a ver com salário e benefícios, nem com uso de pequenas satisfações momentâneas para aumentar o engajamento”, conta neste artigo Suzie Claverym, escritora, cofundadora do ecossistema Employer Branding Brasil.
Como assim? “Trata-se sim de um processo a longo
prazo, que foca em como as pessoas se sentem, combinando a experiência
positiva do colaborador e as emoções positivas que a cercam, com um
senso mais profundo de sentido e propósito”, completa a especialista.
O que o conceito envolve? Aspectos como cultura organizacional, relacionamentos interpessoais, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, senso de propósito e realização no trabalho.
O que fazem as empresas que buscam promover a felicidade corporativa?
Investem em estratégias para melhorar o ambiente de trabalho,
contribuindo para um clima organizacional mais positivo e produtivo.
Quais benefícios a felicidade corporativa traz?
Aumento da retenção de talentos, diminuição do absenteísmo, maior
engajamento e entusiasmo dos colaboradores, qualidade de vida no
trabalho, bem-estar mental, físico e financeiro dos profissionais, aumento da produtividade e melhoria do clima organizacional.
Para você ter uma ideia, de acordo com “The Happiness
Dividend”, desenvolvido pela Harvard Business Review em 2023,
colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos e 85% mais
eficientes.
Felicidade no trabalho (Foto: via Canva)
Como mensurar o nível de felicidade em uma empresa?
“Por isso, na hora de avaliar a relação dos seus
colaboradores é importante considerar, ao olhar para a relação com a sua
empresa: autonomia concedida a cada um dos funcionários, a
relação com as pessoas da equipe, com os líderes e com outras áreas, os
projetos que está envolvido e como vem desempenhando as suas tarefas”,
escreve a jornalista Simone Coelho nesta reportagem.
CARACTERÍSTICAS DA VALEON
Perseverança
Ser perseverante envolve não desistir dos objetivos estipulados em
razão das atividades, e assim manter consistência em suas ações. Requer
determinação e coerência com valores pessoais, e está relacionado com a
resiliência, pois em cada momento de dificuldade ao longo da vida é
necessário conseguir retornar a estados emocionais saudáveis que
permitem seguir perseverante.
Comunicação
Comunicação é a transferência de informação e significado de uma
pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e
compreensão entre as pessoas. É a maneira de se relacionar com os outros
por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o
ponto que liga os seres humanos para que eles possam compartilhar
conhecimentos e sentimentos. Ela envolve transação entre pessoas. Aquela
através da qual uma instituição comunica suas práticas, objetivos e
políticas gerenciais, visando à formação ou manutenção de imagem
positiva junto a seus públicos.
Autocuidado
Como o próprio nome diz, o autocuidado se refere ao conjunto de ações
que cada indivíduo exerce para cuidar de si e promover melhor qualidade
de vida para si mesmo. A forma de fazer isso deve estar em consonância
com os objetivos, desejos, prazeres e interesses de cada um e cada
pessoa deve buscar maneiras próprias de se cuidar.
Autonomia
Autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em
gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias
escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida
por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é
incompatível com elas.
A autonomia no trabalho é um dos fatores que impulsionam resultados dentro das empresas. Segundo uma pesquisa da Page Talent, divulgada em um portal especializado, 58% dos profissionais no Brasil têm mais facilidade para desenvolver suas tarefas quando
agem de maneira independente. Contudo, nem todas as empresas oferecem
esse atributo aos colaboradores, o que acaba afastando profissionais de
gerações mais jovens e impede a inovação dentro da companhia.
Inovação
Inovar profissionalmente envolve explorar novas oportunidades,
exercer a criatividade, buscar novas soluções. É importante que a
inovação ocorra dentro da área de atuação de um profissional, evitando
que soluções se tornem defasadas. Mas também é saudável conectar a
curiosidade com outras áreas, pois mesmo que não represente uma nova
competência usada no dia a dia, descobrir novos assuntos é uma forma
importante de ter um repertório de soluções diversificadas e atuais.
Busca por Conhecimento Tecnológico
A tecnologia tornou-se um conhecimento transversal. Compreender
aspectos tecnológicos é uma necessidade crescente para profissionais de
todas as áreas. Ressaltamos repetidamente a importância da tecnologia,
uma ideia apoiada por diversos especialistas em carreira.
Capacidade de Análise
Analisar significa observar, investigar, discernir. É uma competência
que diferencia pessoas e profissionais, muito importante para contextos
de liderança, mas também em contextos gerais. Na atualidade, em um
mundo com abundância de informações no qual o discernimento,
seletividade e foco também se tornam grandes diferenciais, a capacidade
de analisar ganha importância ainda maior.
Resiliência
É lidar com adversidades, críticas, situações de crise, pressões
(inclusive de si mesmo), e ter capacidade de retornar ao estado
emocional saudável, ou seja, retornar às condições naturais após
momentos de dificuldade. Essa é uma das qualidades mais visíveis em
líderes. O líder, mesmo colocando a sua vida em perigo, deve ter a
capacidade de manter-se fiel e com serenidade em seus objetivos.
História de Fernanda Trisotto, Caio Spechoto e Sofia Aguiar – Jornal Estadão
BRASÍLIA – Nesta quinta-feira, 18, dia em que o dólar subiu 1,9%, puxado, entre outros fatores, por dúvidas sobre o quadro fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se antecipou e anunciou o congelamento de R$ 15 bilhões em despesas para tentar atingir as metas do arcabouço fiscal neste ano.
Desse valor, serão R$ 11,2 bilhões de bloqueio (pelo aumento de despesas obrigatórias) e R$ 3,8 bilhões de
contingenciamento (por causa da frustração de receitas em função de
pendências no Supremo Tribunal Federal e no Senado). Neste último caso,
está a decisão sobre a compensação da desoneração da folha de pagamentos de empresas, que ficou para setembro.
Para este ano, a meta é de déficit zero, com margem de tolerância
para mais ou para menos de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). O valor
anunciado pelo governo, porém, ainda ficaria aquém do necessário para
atingir essa meta, de acordo com economistas de mercado ouvidos em pesquisa do Projeções Broadcast. Pela mediana das estimativas, o governo teria de fazer um ajuste de pelo menos R$ 26,4 bilhões para fechar com déficit de 0,25%.
“Tomamos a decisão de já incorporar uma eventual perda em função desse adiamento (na discussão sobre a desoneração da folha) para contemplar o arcabouço fiscal dentro da banda prevista na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias)”, afirmou o ministro.
No contingenciamento, o governo congela despesas quando há frustração
de receitas, a fim de cumprir a meta fiscal (saldo entre receitas e
despesas, sem contar os juros da dívida). Já o bloqueio é realizado para
cumprir o limite de despesas do arcabouço fiscal. Assim, quando há
aumento de gastos obrigatórios (como aposentadorias, por exemplo), o
governo bloqueia despesas não obrigatórias (como custeio e
investimentos) para compensar.
O atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido
marcado por declarações contraditórias em relação ao discurso oficial da
equipe econômica em defesa do ajuste fiscal. O próprio Lula já rechaçou
propostas como a revisão dos pisos de gastos para Saúde e Educação e da
política de valorização do salário mínimo – que tem impacto nas
despesas previdenciárias. Na terça-feira, em entrevista à TV Record, ele
afirmou que não há obrigação de cumprir a meta se “tiver coisas mais importantes para fazer”.
O anúncio desta quinta-feira foi feito após reunião dos ministros que
integram a chamada Junta de Execução Orçamentária (JEO) – além de
Haddad, compõem o colegiado os ministros da Casa Civil, Rui Costa; do
Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; e da Gestão e da Inovação em
Serviços Públicos, Esther Dweck – com Lula. Haddad disse que os números
apresentados ao presidente são de trabalho conjunto entre Receita e
Ministério do Planejamento, que fizeram análise das contas públicas nos
últimos seis meses. Já Tebet reforçou que o contingenciamento poderá ser
revisto, o que é uma praxe na avaliação do Orçamento.
A previsão inicial era de que o anúncio de bloqueio e
contingenciamento de despesas só ocorresse na próxima segunda-feira,
quando a equipe econômica vai divulgar novo relatório bimestral com o
balanço das despesas e receitas do Orçamento deste ano. “Essas
informações seriam prestadas no dia 22; estamos antecipando justamente
para evitar especulações”, disse Haddad.
Foi o receio no mercado de um valor considerado muito baixo que
impulsionou ontem as cotações do dólar, já pressionadas pela valorização
da moeda no exterior e por incertezas em relação ao processo eleitoral
nos EUA (a avaliação é de que, na hipótese de vitória do republicano
Donald Trump, o país passaria a adotar, por exemplo, uma política
econômica mais protecionista).
Nesse cenário, o dólar fechou
o dia valendo R$ 5,58, com alta de 1,9%. A valorização na semana já
chega a 2,89%. Outras moedas de países emergentes também perderam força
frente ao dólar. A diferença no caso do real, segundo economistas, é que
o receio com o quadro fiscal tem deixado os investidores ainda mais
reativos.
Também houve impacto na Bolsa de Valores. O Ibovespa,
principal índice de referência do mercado acionário brasileiro,
terminou o dia em 127,6 mil pontos, o que representou uma queda de
1,39%. “Depois de várias semanas de lua de mel, o mercado entrou hoje em
modo de realização (de lucros) um pouco mais forte. Fatos
tanto externos quanto internos pesaram na sessão”, afirmou o head de
renda variável da Veedha Investimentos, Rodrigo Moliterno.
Questionado sobre a posição de Lula, Haddad disse: “Se eu estou dando o anúncio, é porque foi (convencido), né?”. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, complementou: “Hoje foi fácil. Ele foi convencido lá atrás”.
Especialistas avaliaram como positivo o anúncio do congelamento de R$
15 bilhões em recursos do Orçamento deste ano – sendo bloqueio de R$
11,2 bilhões e contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. Eles ponderam, porém, que será necessário uma nova contenção de despesas,
de modo a cumprir ao menos o piso da meta fiscal deste ano, de zerar o
déficit das contas públicas. Os analistas avaliam que, para o
cumprimento do piso da meta fiscal em 2024, a contenção deveria ser da
ordem de R$ 26,4 bilhões – embora haja divergências nas
previsões. Assim, analistas já preveem que o restante da contenção seja
anunciado no relatório de setembro.
Tebet pontuou que o contingenciamento poderá ser revisto – o que é
uma praxe na avaliação das contas públicas. Haddad explicou que a equipe
levou números ao presidente Lula após um trabalho conjunto entre
Receita Federal e Ministério do Planejamento, que fizeram uma análise
das contas públicas nos últimos seis meses.
Haddad ainda relembrou que a meta fiscal para este ano, de déficit
zero, tem uma margem de tolerância de 0,25 ponto porcentual e garantiu
que o resultado ficará dentro da banda (intervalo de tolerância). Isso
significa que a meta será cumprida mesmo que as contas fechem com um
déficit de R$ 28,8 bilhões – ou um superávit no mesmo montante, cenário
inviável no cenário atual.
No relatório bimestral anterior, divulgado em maio, a projeção de
rombo do governo era de R$ 14,5 bilhões, já sem contabilizar os gastos
extraordinários com o Rio Grande do Sul, que naquela ocasião somavam R$
13 bilhões.
No próximo relatório, que será divulgado na próxima segunda, ele
disse que a tendência é de que o déficit fique mais próximo do limite
inferior (déficit de R$ 28,8 bilhões).
Qual a diferença entre bloqueio e contingenciamento?
No contingenciamento, o governo congela despesas
quando há frustração de receitas, a fim de cumprir a meta fiscal (saldo
entre receitas e despesas, sem contar os juros da dívida). Para este ano
e para 2025, a meta é de zerar o déficit das contas públicas.
Como a meta tem uma banda (intervalo de tolerância) de 0,25 ponto
porcentual do PIB para cima e para baixo, o governo cumpre a meta desde
que não extrapole o piso da banda – ou seja, um déficit de R$ 28,8
bilhões.
Já o bloqueio é realizado para cumprir o limite de
despesas do arcabouço fiscal – de 2,5% ao ano acima da inflação. Assim,
quando há aumento de gastos obrigatórios (como aposentarias, por
exemplo), o governo bloqueia despesas não obrigatórias (como custeio e
investimentos) para compensar.