terça-feira, 16 de julho de 2024

UNIÃO PAGOU DÍVIDAS DOS ESTADOS INANDIMPLENTES

 

História de Redação – IstoÉ Dinheiro

O Tesouro Nacional pagou, no primeiro semestre, R$ 5,68 bilhões em dívidas atrasadas de estados. Desse total, a maior parte, R$ 2,39 bilhões, é relativa a atrasos de pagamento do governo do estado do Rio de Janeiro. Em seguida, vieram o pagamento de débitos de R$ 2,12 bilhões de Minas Gerais e R$ 711,28 milhões do Rio Grande do Sul.

A União também cobriu, de janeiro a junho, R$ 454,74 milhões de dívidas de Goiás. No mesmo período, o governo federal pagou dívidas em atraso de dois municípios: R$ 35,17 milhões de Taubaté (SP) e R$ 70 mil de Santanópolis (BA).

Os dados estão no Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito, divulgado nesta segunda-feira (15) pela Secretaria do Tesouro Nacional. As garantias são executadas pelo governo federal quando um estado ou município fica inadimplente em alguma operação de crédito. Nesse caso, o Tesouro cobre o calote, mas retém repasses da União para o ente devedor até quitar a diferença, cobrando multa e juros.

Em junho, a União quitou R$ 1,48 bilhão de dívidas em atraso de entes subnacionais. Desse total, R$ 733,32 milhões couberam ao estado do Rio de Janeiro; R$ 611,53 milhões a Minas Gerais; R$ 76,88 milhões a Goiás e R$ 63,49 milhões ao Rio Grande do Sul. Também no mês passado, o governo federal honrou os débitos dos dois municípios citados anteriormente.

Diminuição

O número de estados com dívidas em atraso cobertas pelo Tesouro caiu em 2024. Em 2023, além dos estados acima, a União honrou garantias do Maranhão, de Pernambuco, do Piauí e do Espírito Santo.

As garantias honradas pelo Tesouro são descontadas dos repasses da União aos entes federados – como receitas dos fundos de participação e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), dentre outros. Sobre as obrigações em atraso incidem juros, mora e outros custos operacionais referentes ao período entre o vencimento da dívida e a efetiva honra dos valores pela União.

RRF

Nos últimos anos, decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) impediram a execução das contragarantias de vários estados em dificuldade financeira. Posteriormente, a corte mediou negociações para a inclusão ou a continuidade de governos estaduais no regime de recuperação fiscal (RRF), que prevê o parcelamento e o escalonamento das dívidas com a União em troca de um plano de ajuste de gastos. Nos últimos anos, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul fecharam acordos com o governo federal.

No início da pandemia da covid-19, a corte concedeu liminar para suspender a execução de garantias em diversos estados. Algumas contragarantias de Minas Gerais também não foram executadas por causa de liminares concedidas pelo Supremo.

Com a adesão do estado do Rio de Janeiro ao RRF, no fim de 2017, o estado pôde contratar novas operações de crédito com garantia da União, mesmo estando inadimplente. No fim de 2020, o ministro Luiz Fux, do STF concedeu liminar mantendo o Rio de Janeiro no regime de recuperação fiscal. Em junho do ano passado, o estado, em acordo mediado pelo STF, concluiu as negociações com a União para continuar no RRF.

Também em junho de 2022, o Rio Grande do Sul fechou acordo com a União e teve o plano de recuperação fiscal homologado. O plano permite que o estado volte a pagar, de forma escalonada, a dívida com a União, cujo pagamento estava suspenso por liminar do Supremo Tribunal Federal desde julho de 2017. Em troca, o governo gaúcho deverá executar um programa de ajuste fiscal que prevê desestatizações e reformas para reduzir os gastos locais.

Por causa das enchentes no estado, em maio a União suspendeu o pagamento da dívida por 36 meses. Além disso, os juros que corrigem a dívida anualmente, em torno de 4% ao ano mais a inflação, serão perdoados pelo mesmo período. O estoque da dívida do estado com a União está em cerca de R$ 100 bilhões e, com a suspensão das parcelas, o estado disporá de R$ 11 bilhões a serem utilizados em ações de reconstrução.

Em maio de 2020, o STF autorizou o governo de Goiás a aderir ao pacote de recuperação fiscal em troca da adoção de um teto de gastos estadual. Em dezembro de 2021, Goiás assinou a adesão ao RRF, que permite a suspensão do pagamento de dívidas com a União em troca de um plano de ajuste de gastos.

Minas Gerais

O único estado endividado a não ter aderido ao RRF é Minas Gerais. Em abril de 2024, o ministro Nunes Marques, do STF, prorrogou por 90 dias o prazo para o estado pagar as dívidas com a União. No sábado (13), o Supremo intimou o governador Romeu Zema e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a explicar a situação fiscal do estado, cuja dívida está em torno de R$ 165 bilhões.

Em julho de 2022, Nunes Marques concedeu liminar que permite ao estado negociar um plano de ajuste com a União sem a necessidade de reformar a Constituição estadual. No mesmo mês, o Tesouro Nacional publicou uma portaria autorizando o governo mineiro a elaborar uma proposta que oficialize o ingresso no programa.

Atualmente, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais analisa um projeto de lei do RRF estadual. Em novembro do ano passado, o governo concordou com a proposta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de federalizar as estatais locais para pagar as dívidas do estado com a União.

A demora do projeto, no entanto, levou o estado a pedir, mais uma vez, a prorrogação do prazo para aderir ao RRF. A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo que condicione uma nova extensão da data à volta do pagamento da dívida com a União.

MULHER QUE PICHOU ESTÁTUA DO STF PODE SER CONDENADA POR ISSO

 

História de Karina Ferreira – Jornal Estadão

Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Débora Rodrigues dos Santos por participar dos ataques antidemocráticos de 8 de Janeiro, em Brasília. A mulher foi flagrada por fotógrafos escrevendo a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça, localizada em frente ao STF.

Débora foi presa pela Polícia Federal (PF) em 17 de março de 2023, na 8ª fase da Operação Lesa Pátria, que mira envolvidos nos ataques. Outros 31 suspeitos também foram presos na ocasião. A última fase da operação foi em junho, totalizando 28.

A frase escrita por Débora na estátua faz referência à resposta do ministro do STF Luís Roberto Barroso a bolsonaristas que o hostilizaram durante viagem aos Estados Unidos.

Limpeza da estátua da Justiça localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília Foto: Wilton Junior/Estadão

Limpeza da estátua da Justiça localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília Foto: Wilton Junior/Estadão© Fornecido por Estadão

A denúncia, do dia 2 deste mês, está sob sigilo. Débora é citada em um relatório divulgado no aniversário de um ano da invasão, em que consta que a prisão preventiva foi renovada em junho de 2023. Assinado pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, os crimes supostamente cometidos por ela, segundo o relatório, são os de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

A defesa de Débora afirma que “todos os prazos foram extrapolados sem qualquer justificativa plausível” e que a prisão da cliente, de mais de 480 dias, “ultrapassa o princípio da razoabilidade”. O advogado ainda argumenta que a transferência da cliente para Tremembé (SP), cidade 229 quilômetros distante de onde mora, Paulínia (SP), “fere de morte a proteção integral da criança, visto que Débora tem dois filhos menores”.

No último dia 12, circulou pelas redes sociais de parlamentares e influenciadores bolsonaristas um vídeo em que as duas crianças pedem ajuda para que a mãe saia da prisão. O ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal Deltan Dallagnol e a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) compartilharam o vídeo em suas redes. A parlamentar afirmou que a anistia aos presos, bandeira defendida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), “precisa ser aprovada” neste ano.

NOVA CARTEIRA DE IDENTIDADE NACIONAL JÁ PODE SER RETIRADA

 

História de matheus – IstoÉ Dinheiro

A Bahia juntou-se ao grupo dos estados que já emitem a Carteira de Identidade Nacional (CNI) nesta terça-feira, 9. Agora, faltam apenas Roraima e Amapá para que todo a nova forma de identificação fique disponível em todo o país.

Para ter a primeira via na Bahia, é necessário fazer o agendamento através do site ba.gov.br. O documento é gratuito para todos os cidadãos. O modelo antigo segue válido até 28 de fevereiro de 2032. Assim, não é necessária a renovação imediata.

“No futuro, o novo documento vai possibilitar também que a administração pública seja proativa, oferecendo serviços públicos de acordo com a necessidade dos cidadãos”, afirma o secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Rogério Mascarenhas.

Por ora, o estado que mais emitiu o documento é o Rio Grande do Sul (RS), com mais de um milhão de unidades. Em segundo lugar está Santa Catarina (SC), com cerca de 900 mil, seguido por Minas Gerais (MG), com mais de 850 mil.

Onde emitir a CIN?

A Carteira de Identidade Nacional é emitida pelos estados, por meio dos seus respectivos institutos de identificação, como Poupatempo e delegacias, da mesma forma que ocorre atualmente.

O que muda com o novo documento?

A nova Carteira de Identidade Nacional segue o disposto na Lei nº 14.534/2023, sancionada pelo presidente Lula, que determina o CPF como número único para identificação do cidadão nos bancos de dados de serviços públicos. O documento será integrado nacionalmente já que antes cada cidadão poderia ter até 27 RGs diferentes, um por unidade da federação.

Até quando eu preciso emitir a Carteira de Identidade Nacional?

O RG antigo é válido até o dia 28 de fevereiro de 2032.

O novo documento vai valer como Carteira Nacional de Habilitação?

O documento poderá, a pedido, conter outros números de documentos, os quais poderão ser verificados a partir da leitura do QR code. Em seu formato digital, os documentos estarão concentrados no aplicativo GOV.BR. Ressalte-se que não haverá revogação dos outros documentos, entretanto a nova Carteira de Identidade estará apta a ser o documento único no Brasil.

Documento será impresso?

Sim, além da emissão do modelo físico, o modelo digital da nova Carteira de Identidade estará disponível no aplicativo GOV.BR. Saiba mais sobre o “novo RG” na página da Carteira Nacional de Habilitação.

CARROS ELÉTRICOS ATUAIS NÃO SÃO BONS INVESTIMENTOS PARA AS LOCADORAS

 

História de Jack Ewing e Dionne Searcey – Jornal Estadão

Se você deseja experimentar um carro elétrico, o aluguel pode ser uma opção acessível. Mas encontrar um pode se tornar, em breve, muito mais difícil.

Os veículos elétricos têm sido financeiramente desastrosos para as empresas de aluguel, especialmente para a Hertz, que em janeiro deste ano reduziu seus planos de adquirir 100 mil Teslas depois que os valores de revenda dos carros caíram muito mais rápido do que a empresa esperava.

A experiência da Hertz teve um efeito assustador no setor, e muitas locadoras de veículos estão agora tentando vender veículos elétricos com grandes descontos. Pode levar algum tempo até que elas comecem a comprar novamente.

No ano passado, mais de 4% dos carros vendidos pelos fabricantes às empresas de aluguel eram elétricos, segundo a S&P Global Mobility. Neste ano, até o momento, esse número é de apenas 1,4%.

Em teoria, alugar um carro elétrico é uma ótima maneira de as pessoas experimentarem e se sentirem confortáveis com novos tipos de veículos, como carros movidos a bateria que não produzem emissões de escapamento. “O potencial que as empresas de aluguel podem ter para remodelar o comportamento do consumidor e ajudar a promover a adoção é fundamental”, disse Stephanie Valdez-Streaty, diretora de insights do setor na Cox Automotive. “Mas ainda há um longo caminho a percorrer.”

Empresas de aluguel de carros nos Estados Unidos tem sofrido com os carros elétricos Foto: ALEX SILVA / ESTADÃO

Empresas de aluguel de carros nos Estados Unidos tem sofrido com os carros elétricos Foto: ALEX SILVA / ESTADÃO© Fornecido por Estadão

Valdez-Streaty disse que as empresas de aluguel de carros recentemente ofereceram boas ofertas em veículos elétricos, mas é improvável que elas durem, pois as empresas reduziram suas frotas desses carros.

A Hertz e outras empresas de aluguel de carros descobriram que oferecer aos clientes veículos elétricos com lucro era mais difícil do que esperavam. A maioria dos complexos de aluguel de carros nos aeroportos não tinha carregadores. Muitos locatários não estavam preparados para a rapidez com que os carros elétricos aceleravam, o que levou a mais acidentes e prêmios de seguro mais altos. E algumas empresas descobriram que não conseguiam obter peças de reposição para esses carros com a mesma rapidez que conseguiam para os carros a gasolina.

“Eles achavam que os veículos elétricos seriam mais simples, diretos e de manutenção mais barata”, disse Karl Brauer, analista executivo do iSeeCars.com, um site de busca de carros on-line. “Eles estão descobrindo que isso não é verdade.”

Em um comunicado, a Hertz disse que “continuará a oferecer aos nossos clientes a mais ampla escolha possível de marcas e modelos de veículos, incluindo elétricos”.

O maior problema para as empresas de aluguel foi a rápida desvalorização dos carros fabricados pela Tesla, a principal fabricante de carros elétricos. A empresa, liderada por Elon Musk, reduziu drasticamente os preços dos novos modelos no ano passado para sustentar as vendas. Isso fez com que os preços dos Teslas usados caíssem.

Um estudo divulgado no mês passado pela iSeeCars.com constatou que os veículos elétricos usados perderam valor mais rapidamente do que a média dos carros a gasolina usados neste ano e, em maio, pela primeira vez, custaram menos, em média, do que os carros a gasolina usados.

Os valores de revenda são uma parte essencial do cálculo financeiro das locadoras, pois elas vendem geralmente os carros antes que eles acumulem muitos quilômetros. As locadoras de veículos registram perdas quando vendem carros por um valor menor do que o esperado. Nos primeiros três meses do ano, a diminuição do valor da frota elétrica da Hertz reduziu seu lucro em US$ 195 milhões.

As empresas de aluguel “dependem 100% dos valores residuais”, disse Shay Natarajan, sócio da Mobility Impact Partners, uma empresa de capital privado que investe em transporte sustentável. “É um modelo de negócios muito difícil.”

James Iovino, que mora em Baldwin, Nova York, listou cerca de nove veículos elétricos no site de compartilhamento de carros Turo. Mas ele saiu do negócio há cerca de um mês, depois que os preços dos veículos elétricos caíram.

“Fui prejudicado pelo mesmo motivo que a Hertz: Elon Musk abre a boca e o setor despenca”, disse ele.

Mas algumas empresas de aluguel de carros dizem que não estão se desfazendo de carros movidos a bateria devido à recente queda nos preços.

A Enterprise Mobility tem vários milhares de veículos elétricos disponíveis nos Estados Unidos, Canadá e Europa, e adicionará mais dependendo da demanda do mercado, disse Mike Wilmering, porta-voz da empresa. A Enterprise também está trabalhando para disponibilizar mais carregadores para seus clientes.

“Estamos analisando além do número de carregadores disponíveis e trabalhando para identificar as necessidades e o acesso à energia, tanto em nossas localidades quanto nas comunidades que atendemos”, disse Wilmering. “Queremos que os clientes tenham uma ótima experiência com os veículos elétricos e estamos mantendo-os no centro de nossa estratégia de longo prazo.”

Algumas pessoas que nunca dirigiram um veículo elétrico enfrentam uma curva de aprendizado acentuada quando recebem um carro movido a bateria. Normalmente, as empresas de aluguel não têm pessoal para dar um tutorial aos clientes. A Hertz, por exemplo, oferece informações on-line para locatários de veículos elétricos e envia instruções por e-mail.

Tom Moore e sua esposa alugaram um Tesla em uma locadora Hertz em Portland, Oregon, no ano passado, como um teste para comprar um carro elétrico.

Sua esposa, que dirigiu a maior parte do tempo, pediu a um vizinho que tem um Tesla em Mountain View, na Califórnia, uma aula antes da viagem. Foi uma boa ideia: os funcionários da Hertz não ofereceram nenhuma instrução antes de entregar o chaveiro.

“Eles apenas disseram: ‘Esta é a sua vaga de estacionamento’”, disse Moore.

A Hertz disse que “aprendeu muito como pioneira no mercado de aluguel de veículos elétricos e, à medida que alinhamos nossa frota com a demanda dos consumidores, estamos focados em aprimorar continuamente a experiência de aluguel, o que inclui facilitar e recompensar todos os clientes”.

O reabastecimento tem sido outro problema. Muitas empresas de aluguel esperam que os clientes recarreguem os veículos elétricos até cerca de 70% antes de devolvê-los. Isso significa que os clientes devem planejar parar em um carregador próximo ao final de suas viagens, o que nem sempre é fácil de fazer quando as pessoas estão tentando pegar voos e não há carregadores rápidos suficientes perto do centro de aluguel de carros.

As locadoras não querem ser responsáveis pelo carregamento porque gostam de colocar os carros de volta na estrada rapidamente. Também pode ser difícil para as locadoras instalarem carregadores nos aeroportos.

“Os aeroportos são notoriamente hostis ao desenvolvimento de infraestrutura elétrica”, disse Raghu Iyengar, executivo da Volkswagen of America, cujas funções incluem vendas para locadoras. A demanda das locadoras pelo veículo utilitário esportivo elétrico ID.4 da Volkswagen tem sido quase nula, disse ele.

As pessoas que alugam Teslas têm acesso à sua rede Supercharger, o maior sistema de carregamento rápido dos Estados Unidos. Mas a maioria dos Superchargers funciona apenas com carros da Tesla. As pessoas que alugam carros fabricados por montadoras como Kia, General Motors ou Polestar precisam usar carregadores oferecidos por outras operadoras, cada uma com seu próprio aplicativo de celular para pagamento. Os locatários também precisam estar cientes de que há poucos ou nenhum carregador rápido em muitas partes do país, especialmente nas áreas rurais.

Mas mesmo no coração do setor de tecnologia, dirigir um carro elétrico alugado pode ser difícil.

Kerry Dietz, uma arquiteta aposentada que mora em Springfield, Massachusetts, reservou o “especial do gerente” no ano passado na Thrifty Car Rental, que pertence à Hertz, durante uma viagem a Berkeley, Califórnia. Na época, ela tinha um Tesla e não estranharia a direção elétrica. Mas a Thrifty lhe deu um Polestar, um carro projetado na Suécia e fabricado na China que não podia usar a rede de carregamento da Tesla.

“Passei todo o tempo em que estivemos lá tentando encontrar um lugar para carregar — um lugar para carregar onde as coisas funcionassem”, disse Dietz. “Foi uma experiência realmente frustrante.”

À medida que os veículos elétricos se tornarem mais populares, as locadoras terão de descobrir como oferecê-los, disse Iyengar, da Volkswagen. “Haverá uma maré elétrica que elevará todos os barcos”, disse ele, “e o aluguel seguirá essa tendência.”

OS EMPREGOS QUE VÃO SOBREVIVER À IA NO FUTURO SÃO AQUELES ADAPTÁVEIS OU QUE EXIGEM DESTREZA FÍSICA

StartSe – Carreira – Leandro Souza viajou a Toronto a convite do Collision

Para Geoffrey Hinton, empregos que sobreviverão à IA são os altamente adaptáveis, ou que necessitam de destreza física

(Foto: divulgação via Startups)

Um dos mais antigos e renomados pesquisadores na área de Inteligência Artificial, Geoffrey Hinton lotou a arena do palco principal do Collision no fim da tarde de quarta (28), em uma de suas primeiras falas em público desde a sua saída do Google.

Um símbolo local da pesquisa em tecnologia, já que fez boa parte de sua carreira na Universidade de Toronto, Hinton trouxe um desconcertante ponto de vista contrário à animação sobre IA que tem imperado na conferência, inclusive dando dicas sobre as carreiras que os jovens devem buscar no futuro, se não quiserem ser substituídos por IA.

  • “Encanadores”, disparou de forma direta o pesquisador, arrancando risos nervosos da plateia. 

“Os empregos que vão sobreviver à IA no futuro são aqueles que são altamente adaptáveis, ou que necessitam de alguma destreza física para serem realizados, e encanadores têm um trabalho assim”, explicou um dos “padrinhos da IA”, como muitos preferem o chamar.


Hinton deixou o Google em maio deste ano, temeroso sobre os caminhos que o desenvolvimento de inteligência artificial estava tomando. “Cheguei à conclusão que a inteligência que estamos criando é muito diferente da que temos”, disse o pesquisador na época.

Segundo o especialista, a “revoluçao” dos modelos de linguagem trazida por plataformas como o ChatGPT abrirá a porta para mais inovações, como modelos multimodais de análise e geração de conteúdos ou dados. 

“É impressionante o que podemos fazer com linguagem somente, mas podemos aprender muito mais com outras modalidades. Crianças pequenas, por exemplo, não aprendem somente com linguagem”, pontua Hinton.

  • Ele também expressou seu receio de uma enxurrada de informações geradas por IA se tornando a base com a qual sistemas de IA futuros farão as suas análises, sem distinguir informações geradas e comprovadas por humanos das tratadas por sistemas autônomos. 
     
  • Segundo ele, uma solução seria a de marcar conteúdos gerados por inteligência artificial da mesma forma que bancos marcam suas notas de dinheiro.

Dominação das máquinas?

A sua visão também apontou uma possibilidade de futuro estilo Skynet (para quem não sabe, o sistema do filme Exterminador do Futuro), que a IA pode ser tornar mais inteligente que o humano e tomar o controle de suas operações. “Elas (as máquinas) ainda não não nos igualaram (em raciocínio), mas estão chegando perto”, afirmou.

A ducha de água-fria sobre o “oba oba” inicial da IA chegou a mobilizar experts do mercado, incluindo engenheiros da Amazon, Google, Meta e Microsoft, assim como o guru e co-fundador da Apple, Steve Wozniak, a promover uma pausa de seis meses nos treinamentos de sistemas de IA avançada.

Para Hinton, o medo é real e para ilustrá-lo contou sobre um problema de raciocínio que ele lançou para o ChatGPT 4. No quebra-cabeça foi dito que os cômodos de uma casa são azuis, amarelos ou brancos, mas que a tinta amarela desbota para o branco em um ano. 

O modelo de IA foi questionado: se alguém deseja que todos os quartos sejam brancos em dois anos, o que deve fazer? A IA disse para pintar os quartos azuis de branco porque o azul não vai desbotar para o branco, disse Hinton: “Ele sabia o que eu deveria fazer e sabia por quê.”

“Acho importante que as pessoas entendam que isso não é ficção científica, não é apenas propaganda de medo”, insistiu. 

“É um risco real sobre o qual devemos pensar e precisamos descobrir com antecedência como lidar com isso. No momento, existem 99 pessoas muito inteligentes tentando melhorar a IA e uma pessoa muito inteligente tentando descobrir como impedir que ela assuma o controle e talvez você queira ser mais equilibrado”, disse.

Perguntado se o uso indevido da Inteligência Artificial pode ser controlado com a criação de IAs “do bem”, assim como outros também “padrinhos” da Inteligência Artificial como A.M Turing têm declarado, Hinton foi reticente. “Não estou totalmente convencido que a IA boa pode impedir a IA mal intencionada”, afirmou.

Virtudes e a necessidade de ter na região do Vale do Aço um site marketplace que engloba empresas, notícias, diversão, empreendedorismo para os empresários e leads como o moderno site da Valeon.

ChatGPT

Descubra o Marketplace do Vale do Aço: Um Hub de Empresas, Notícias e Diversão para Empreendedores

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Notícias e insights atualizados:

Além de ser um diretório empresarial, o Marketplace do Vale do Aço também oferece um fluxo contínuo de notícias e insights relevantes para os empresários da região. Através de parcerias com veículos de comunicação locais e especialistas em negócios, a plataforma mantém os usuários informados sobre as últimas tendências, oportunidades de mercado, mudanças regulatórias e eventos relevantes. Essas informações valiosas ajudam os empresários a tomar decisões informadas e a se manterem à frente da concorrência.

Diversão e engajamento:

Sabemos que a vida empresarial não é só trabalho. O Marketplace do Vale do Aço também oferece uma seção de entretenimento e lazer, onde os usuários podem descobrir eventos locais, pontos turísticos, restaurantes e muito mais. Essa abordagem holística permite que os empresários equilibrem o trabalho e a diversão, criando uma comunidade unida e fortalecendo os laços na região.

Foco no empreendedorismo:

O Marketplace do Vale do Aço é uma plataforma que nutre o espírito empreendedor. Além de fornecer informações e recursos valiosos, também oferece orientação e suporte para os empresários que desejam iniciar seus próprios negócios. Com seções dedicadas a tutoriais, estudos de caso inspiradores e conselhos de especialistas, o marketplace incentiva e capacita os empreendedores a alcançarem seus objetivos.

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Contato:

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E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

 

segunda-feira, 15 de julho de 2024

STF RELACIONA OS SETORES QUE SÃO OUVIDOS PELA CORTE

História de Weslley Galzo – Jornal Estadão

BRASÍLIA – Desde que as viagens de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao exterior para participar de eventos organizados pela iniciativa privada se tornaram alvo de críticas, a Corte, sob orientação do seu presidente, Luís Roberto Barroso, adotou como resposta oficial aos questionamentos da imprensa que os magistrados “conversam” com “advogados, indígenas, empresários rurais, estudantes, sindicatos, confederações patronais, entre muitos outros segmentos da sociedade”. Porém, dentre todos esses, quais são os setores e agentes sociais que mais recebem a atenção do chefe do Poder Judiciário?

Estadão compilou todas as audiências públicas do presidente do STF desde que ele tomou posse, no dia 29 de setembro de 2023, até o dia 4 de julho deste ano. Foram considerados todos os encontros registrados na agenda oficial, inclusive aqueles realizados durante viagens a trabalho. Em nota, a Corte afirmou que a atual gestão tem “priorizado a realização de audiências relacionadas aos projetos desenvolvidos pela gestão e à representação institucional da Corte”. (ver mais abaixo)

Presidente do STF, Luís Roberto Barroso priorizou encontros com autoridades estatais e com o setor empresarial Foto: Andressa Anholete/STF

Presidente do STF, Luís Roberto Barroso priorizou encontros com autoridades estatais e com o setor empresarial Foto: Andressa Anholete/STF© Fornecido por Estadão

A agenda de Barroso foi a única analisada por se tratar do principal representante do Poder Judiciário no País e pelo fato de a maioria dos demais ministros integrantes do tribunal não divulgarem os seus compromissos diários. O levantamento aponta que, apesar da diversidade de segmentos atendidos por Barroso, só alguns são recebidos de maneira recorrente pelo chefe da mais alta Corte do País.

Os indígenas citados pelo STF em notas à imprensa e em discursos de Barroso só foram recebidos uma vez pelo atual presidente da Corte em audiência no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No dia 23 de abril deste ano, o magistrado recebeu os representantes da Articulação dos Povos Indígenas (APIB), da Articulação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (APOAM) e da Operação Amazônia Nativa (OPAN).

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Barroso disse conversar regularmente com “jornalistas e indígenas”. Na ocasião, também citou que é professor na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o que o faz ter contato frequente com estudantes cotistas e de classes populares. A APIB informou à reportagem ter solicitado quatro audiências com o presidente do STF, mas apenas uma foi realizada.

O coordenador da APIB, Maurício Terena, argumenta que as menções de Barroso e do STF aos indígenas se tornaram uma “justificativa” do magistrado e da Corte para rebater as críticas recebidas por causa dos encontros de ministros com agentes privados em eventos e viagens, sobretudo no exterior.

“Eu pessoalmente tenho um incômodo quando vejo o ministro-presidente fazendo essa manifestação, essa justificativa, porque existe uma desigualdade política radical entre esses grupos (lideranças indígenas e empresários). Uma desigualdade política e também da forma como esses povos são escutados”, afirmou Terena.

“Eu digo isso porque os indígenas não acessam os ministros fora de uma dinâmica de audiências. O que eu quero dizer com isso? Os indígenas não almoçam, nem jantam e não vão a Portugal. Não tem comparação a forma que os empresário e os segmentos econômicos, que têm poderio econômico, são recebidos”, completou em alusão à participação de ministros do STF no Fórum de Lisboa, também conhecido como ‘Gilmarpalooza’.

Com menos de um ano no cargo, Barroso priorizou os encontros com parlamentares, juízes e representantes de governos federal, estaduais e municipais. O presidente do STF recebeu 51 representantes de entidades governamentais em 29 reuniões, 48 deputados e senadores em 31 encontros e 42 magistrados em 31 agendas. Faz parte das atribuições do presidente do STF manter relacionamento institucional com os membros de outros Poderes. Mas, quando são desconsiderados os encontros com as autoridades estatais, o setor empresarial é o que mais teve representantes atendidos pelo ministro.

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Andressa Anholete/STF

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Andressa Anholete/STF© Fornecido por Estadão

Os agentes da iniciativa privada tiveram mais acesso ao gabinete da Presidência do STF do que os membros do Ministério Público. Entre setembro do ano passado e julho deste ano, Barroso atendeu 28 representantes de empresas em 17 reuniões oficiais. No mesmo período, o presidente do STF atendeu 25 procuradores, promotores e subprocuradores em 19 reuniões.

O STF afirmou em nota à reportagem que a atual gestão tem liderado iniciativas que se beneficiam da participação de parceiros privados. “Assim, é natural que haja acréscimo no número de reuniões com representantes do setor empresarial interessados em colaborar com projetos lançados pelo STF e CNJ”, argumentou a Corte.

Ainda de acordo com o STF, o número elevado de reuniões com o poder público e as empresas, por exemplo, é motivado pelo fato de serem alguns dos maiores litigantes do País.

“Ainda assim, a realização de audiências com representantes da iniciativa privada não impediu a Presidência do STF de realizar diversas reuniões com representantes de outros segmentos sociais, como as principais Centrais Sindicais, representantes do movimento negro, representantes de comunidades indígenas, associações profissionais e de servidores públicos, além da realização de missões para a Terra Indígena Apyterewa (com representantes da Presidência)”, argumentou.

Para o professor de direito constitucional Conrado Hübner Mendes, da Universidade de São Paulo (USP), a frequência das reuniões de Barroso com empresários acende um “alerta” diante da possibilidade deste segmento ter mais acesso à Presidência do STF do que outros.

“É natural que o ministro receba muitos políticos, (mas) que receba empresários é preocupante. Receber empresários num número de encontros tão superior ao restante da sociedade é muito preocupante. Essa disparidade entre encontros com certos grupos sociais em desfavor de outros liga um sinal de alerta”, afirma.

Mendes pondera que é necessário cautela ao analisar as agendas oficiais de Barroso para compreender o contexto específico de cada encontro. Ele afirma ser necessário fazer a distinção entre agendas de caráter institucional e processual. Porém, essa diferenciação é impossível de ser feita ao acompanhar os registros da agenda pública de Barroso. O presidente do STF não detalha o teor de todas as conversas em seu gabinete.

Barroso teve 10 reuniões com 13 advogados. Em apenas dois desses encontros, que contaram com a presença de 3 advogados, foram divulgados os números dos processos discutidos. A omissão da pauta discutida em cada uma das audiências não permite diferir se o ministro e os participantes trataram de temas institucionais ou jurisdicionais. Outros membros da Corte que divulgam as suas diárias, como Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Edson Fachin, costumam sempre citar a pauta ou os números dos processos discutidos em cada audiência.

“A ausência de transparência gera ceticismo e desconfiança”, afirmou André Boselli, coordenador de programas da ONG Artigo 19, que atua em defesa do acesso à informação.

“Na ausência de algumas informações sequer dá para tirar algumas conclusões assertivas, porque a gente não sabe exatamente o que está acontecendo”, prosseguiu. “A sociedade, sem saber o que está acontecendo, não consegue exercer o controle social sobre as instituições”, completou.

Leia a nota completa do STF

O exercício da Presidência do STF adiciona às funções jurisdicionais do Ministro o desempenho de funções administrativas e representativas. Considerando a relevância dessas funções, exercidas exclusivamente pelo Presidente do Tribunal, tem-se priorizado a realização de audiências relacionadas aos projetos desenvolvidos pela gestão e à representação institucional da Corte. Por esse motivo, o número de audiências relacionadas a processos judiciais específicos atendidas pelo Ministro Luís Roberto Barroso se reduziu bastante desde setembro de 2023.

Na gestão do STF e do CNJ, o Ministro Presidente tem a oportunidade de liderar iniciativas – no interesse de diversos segmentos sociais – que se beneficiam da participação de parceiros privados. Assim, é natural que haja acréscimo no número de reuniões com representantes do setor empresarial interessados em colaborar com projetos lançados pelo STF e CNJ.

São exemplos de projetos que contam com a participação da iniciativa privada e que envolveram a realização de audiências com representantes de empresas: o programa de bolsas para candidatos negros à magistratura; o desenvolvimento de ferramenta de IA para sumarização de processos; idealização e construção de usina fotovoltaica no STF; acordo de cooperação para enfrentamento da violência contra a mulher; acordo de cooperação para inserção de jovens acolhidos em abrigos no mercado de trabalho; acordo para promoção da segurança alimentar no sistema prisional; e adesão de plataformas digitais ao programa de combate à desinformação do STF.

Da mesma forma, a necessidade de compreender e pensar soluções para os problemas do Poder Judiciário justifica a realização de reuniões com representantes dos setores mais litigantes, como o poder público, o setor bancário, de transporte aéreo, da construção civil etc. Ainda assim, a realização de audiências com representantes da iniciativa privada não impediu a Presidência do STF de realizar diversas reuniões com representantes de outros segmentos sociais, como as principais Centrais Sindicais, representantes do movimento negro, representantes de comunidades indígenas, associações profissionais e de servidores públicos, além da realização de missões para a Terra Indígena Apyterewa (com representantes da Presidência).

Especificamente sobre povos indígenas, dias antes de assumir a Presidência do STF, em 12 e 13 de setembro de 2023, o Ministro Luís Roberto Barroso atendeu em audiências privadas representantes da Articulação Nacional dos Povos Indígenas (APIB) e dezenas de integrantes da Articulação Nacional de Mulheres Indígenas (ANMIGA). Em abril de 2024, após a reunião do Observatório do Meio Ambiente, que contou com a participação de representantes de povos e comunidades tradicionais, o Ministro Presidente realizou uma grande reunião com dezenas de líderes indígenas. O ministro também esteve em Altamira (PA) e Humaitá (AM) no mês de junho, quando conversou com juízes sobre questões locais e com comunidades locais, inclusive indígenas.

 

ATAQUE CONTRA TRUMP GERA ONDA DE APOIO A ELE

 

História de Igor Ribeiro – Super Lutas

Lutadores posam em campanha pró-Donald Trump. Foto: Reprodução/Instagram

Lutadores posam em campanha pró-Donald Trump. Foto: Reprodução/Instagram© Reprodução/Instagram

Na tarde de sábado (13), o mundo se chocou com a notícia de um atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante um comício na Pensilvânia. O incidente, que rapidamente tomou conta das redes sociais, também gerou uma onda de reações no universo do MMA, onde diversos lutadores e personalidades se manifestaram com mensagens de apoio e indignação.

Conor McGregor, um dos maiores nomes do UFC, foi um dos primeiros a expressar seu apoio. O lutador irlandês destacou a resiliência de Trump.

“Um multibilionário de 78 anos, ele deveria estar em um iate no Mediterrâneo. Mas ele está na Pensilvânia, concorrendo pelo amor ao seu país! Boa sorte, Donald! Deus abençoe os Estados Unidos”, declarou.

Dana White, presidente do UFC, também compartilhou sua perplexidade e preocupação. Amigo pessoal do ex-presidente, o ‘chefão’ destacou o desejo por uma pronta recuperação de Trump.

“Estou agoniado e em completo choque. Rezo para que o presidente Trump esteja 100% saudável. Ele é o americano mais durão e resiliente neste planeta. Espero que o covarde que atirou nele receba o que merece”, afirmou.

Diversos lutadores seguiram na mesma linha, destacando a coragem e a força do ex-presidente. Colby Covington, meio-médio do UFC, declarou:

“O presidente Trump é o homem mais durão na face da Terra. Deus o abençoe e sua família neste momento”, declarou o norte-americano.

Jorge Masvidal, ex-lutador do UFC, aproveitou para criticar a esquerda norte-americana.

“Deus ama esse homem! Estou feliz que o presidente Trump está bem. A esquerda não conhece limites”, atacou o ‘Jesus das Ruas’.

Michael Chandler, peso leve (até 70,3kg.) do UFC, chamou a atenção para a gravidade da situação, que chocou o mundo.

“Essa vai virar uma das fotos mais icônicas da história dos EUA. Esse homem é um lutador. Orações para esse líder e para o nosso país”, disse o ex-rival de Charles do Bronx.

Ex-campeão peso galo (até 61,2kg.), Aljamain Sterling optou por não revelar sua preferência na disputa entre Donald Trump e o atual presidente, Joe Biden, mas enfatizou a necessidade de uma disputa justa.

“Não importa de qual lado político você está, isso é uma grande jogada suja! Uma luta justa pela presidência é melhor do que alguém tentando tirar a vida da oposição”, opinou.

Outros lutadores como Sean Strickland e o brasileiro Renato Moicano também expressaram seu apoio e indignação. Strickland resumiu o sentimento geral ao dizer: “Wow, Trump é um selvagem total. Bolas de aço”.  Moicano, por sua vez, destacou a gravidade do ato: “Essa tentativa de assassinato não foi só contra Trump! Foi contra a democracia! Agora mais do que nunca é fácil ver que existe o bom e o mau! Escolha seu lado”.

Donald Trump sofre atentado nos Estados Unidos

Donald Trump, durante um comício em Butler, na Pensilvânia, foi alvo de um atentado a tiros. O ex-presidente foi atingido na orelha direita, mas sobreviveu e deixou o palco sob aplausos. O Serviço Secreto confirmou que Trump está seguro.

BOLSONARO E A SUA IMPLICÂNCIA POLÍTICA COM OS ADVERSÁRIOS

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

O Partido Liberal (PL) é de longe o maior partido do Brasil. Tem 93 deputados na Câmara, bancada que supera com folga, por exemplo, os 80 da federação liderada pelo PT, partido do presidente Lula da Silva. É, portanto, um partido com força suficiente para, se quisesse, influenciar decisivamente os rumos do País. O problema é que o PL está entregue aos desígnios do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que já foi afirmado com todas as letras pelo dono da agremiação, Valdemar Costa Neto. Como Jair Bolsonaro não tem nem nunca teve o menor interesse pelo destino do Brasil, e sim apenas por suas pendengas pessoais, o PL se tornou uma espécie de vanguarda da irresponsabilidade bolsonarista, como ficou mais uma vez provado durante a recente votação da regulamentação da reforma tributária.

Consta que Bolsonaro havia orientado a bancada de seu partido, o PL, a votar contra a proposta de incluir proteína animal na cesta básica para isentá-la de imposto. A lógica, segundo soube, é que a inclusão beneficiaria a JBS, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, o que seria considerado inaceitável por Bolsonaro, já que os irmãos são “amigos de Lula”.

Ou seja, em nenhum momento o grande líder do maior partido do Brasil levou em consideração as eventuais consequências, para o País, da isenção de impostos sobre a proteína animal. Sua única preocupação era impedir que a reforma beneficiasse os “amigos de Lula”.

Nenhuma surpresa, pois já se sabe há décadas que Bolsonaro nada entende de política, mas é especialista em pirraça, sobretudo em relação ao PT e a Lula. Em julho do ano passado, quando o PL discutia como se posicionar sobre a reforma tributária, Bolsonaro pressionou a bancada a votar contra, e ficou furioso quando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, argumentou, corretamente, que a reforma tributária é uma pauta naturalmente defendida pela direita. Bolsonaro o atalhou e ditou: “Pessoal, se o PL estiver unido, não aprova nada”.

Para Bolsonaro, a coisa toda é muito simples: nada do que venha do PT ou de Lula, seja o que for, deve ter apoio do PL. Não se discutem os méritos das propostas. A rejeição é liminar. Em outubro do ano passado, o ex-presidente reafirmou sua oposição ao projeto de reforma tributária porque, segundo ele, “tudo o que vem do PT você tem que desconfiar”, porque “só tem incompetente e bandido” no partido de Lula. “Pode esperar o que dessa turma? Se não conseguiu entender: é do PT, vote ‘não’; PT encaminha ‘não’, vote ‘sim’. A chance de você errar é zero.”

Nesse caso, pouco importa que o projeto da reforma tributária não “veio do PT” (recorde-se: a Proposta de Emenda Constitucional foi apresentada em 2019 pelo deputado Baleia Rossi, do MDB, e foi relatada pelo deputado Aguinaldo Ribeiro, do PP, e pelo senador Eduardo Braga, do MDB). O que interessa, no discurso bolsonarista, é que a proposta teve apoio do governo e isso, por si só, bastaria para desmoralizá-la. Obviamente, nada disso tem a ver com política.

A reconstituição do episódio envolvendo Bolsonaro na quarta-feira passada é didática a esse respeito. O PL avaliava apresentar destaque para isentar de impostos a proteína animal, conforme demanda da bancada ruralista. O presidente da Câmara, Arthur Lira, que era contrário à inclusão da isenção, foi ao encontro de Bolsonaro para pedir que trabalhasse contra o destaque. O ex-presidente concordou em fazê-lo, porque a desoneração ajudaria a empresa dos “amigos do Lula”. Mas então um grupo de deputados do PL foi a Bolsonaro para lhe dizer que, se o objetivo era atrapalhar os “amigos do Lula”, então o certo seria apoiar a desoneração, porque o imposto sobre as carnes prejudicaria muito mais os concorrentes menores da JBS. Bolsonaro então se convenceu a apoiar a desoneração e o destaque foi apresentado pelo PL no início da noite.

Em nenhum momento das conversas, portanto, Bolsonaro se preocupou com os efeitos abrangentes e de longo prazo da desoneração da proteína animal. E esses efeitos serão duros: a manobra fará com que o novo IVA seja um dos mais altos do mundo. Essa estripulia recairá sobre todos os brasileiros, principalmente os mais pobres, enquanto os irmãos Batista, com a inimizade de Bolsonaro ou a amizade de Lula, seguirão fazendo bons negócios.

DIVERGÊNCIAS POLÍTICAS E IDEOLÓGICAS ATRAPALHAM O MERCOSUL

 

História de The Economist – Jornal Estadão

Foi um desprezo especialmente incisivo. Faltando ao encontro bianual dos presidentes do Mercosul, Javier Milei, presidente da Argentina desde dezembro, preferiu falar para a extrema-direita em uma Conferência de Ação Política Conservadora no Brasil. “Se o Mercosul é tão importante, todos os presidentes deveriam estar aqui”, reclamou Luis Lacalle Pou, líder centrista do Uruguai, na cúpula em Assunção, capital do Paraguai.

A realidade é que o Mercosul, um bloco comercial que inclui o Paraguai, o Uruguai e agora a Bolívia (formalmente admitida em Assunção), além do Brasil e Argentina, não é mais tão importante. Até mesmo o anfitrião, Santiago Peña, do Paraguai, admitiu que “o Mercosul claramente não está passando por seu melhor momento”.

Milei nunca se encontrou formalmente com Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, a quem ele chama de “corrupto” e “comunista” (a Suprema Corte do Brasil anulou a condenação de Lula – e ele é socialista). Mas as incompatibilidades políticas são mais antigas: Jair Bolsonaro, o ex-líder do Brasil, e Alberto Fernández, o antecessor peronista de Milei, também se evitavam mutuamente.

Criado em 1991 como uma área de livre-comércio e união alfandegária, o Mercosul prometia muito. O comércio entre os membros aumentou, em termos reais, de US$ 9 bilhões (R$ 49 bilhões) em 1990 para mais de US$ 31 bilhões (R$ 168 bilhões) em 1996. Duas coisas acabaram com a promessa. O primeiro foi a volatilidade macroeconômica.

A parcela de exportação entre os países do bloco econômico caíram no total de vendas dos membros, de um pico de 24% em 1998 para cerca de 11% em 2023 Foto: Jose Patricio/Estadão

A parcela de exportação entre os países do bloco econômico caíram no total de vendas dos membros, de um pico de 24% em 1998 para cerca de 11% em 2023 Foto: Jose Patricio/Estadão© Fornecido por Estadão

O Brasil desvalorizou sua moeda em 1999; a Argentina sofreu um colapso financeiro em 2001-02. Em segundo lugar, a ampliação superou o aprofundamento, já que os líderes políticos, incluindo Lula e os peronistas argentinos, procuraram usar o Mercosul para atrair aliados ideológicos (como os líderes bolivianos) em vez de transformá-lo em uma ferramenta de política econômica. O protecionismo cresceu: desde a crise financeira de 2008, os membros impuseram mais de 400 medidas não tarifárias uns contra os outros.

O comércio intra-Mercosul atingiu o pico de US$ 72 bilhões (R$ 392 bilhões) em 2011. Embora tenham se recuperado recentemente graças à retomada econômica pós-pandemia, a parcela de exportações entre os países do bloco caiu entre as vendas totais dos membros, de um pico de 24% em 1998 para cerca de 11% em 2023.

As exportações agrícolas para a China cresceram muito no Brasil e na Argentina. O comércio administrado em suas indústrias automobilísticas costumava estar no centro do Mercosul, mas em ambos os países a importância relativa da manufatura diminuiu.

Além disso, o Mercosul só conseguiu fechar acordos de livre-comércio com o Egito, Israel e Cingapura, embora esteja conversando com outros países. As negociações para um pacto comercial com a UE foram finalmente concluídas em 2019, 20 anos após seu início. Mas em um mundo cada vez mais protecionista, parece improvável que o acordo seja ratificado pelos países-membros da UE. Os líderes europeus enfrentam a pressão dos lobbies agrícolas, que se opõem ao acordo. Por sua vez, o governo brasileiro tem dúvidas, especialmente sobre a abertura de compras públicas.

“Qual é o propósito do Mercosul se você não pode expandir o acesso ao mercado?”, pergunta Shannon O’Neil, do Council on Foreign Relations, um think-tank (grupo de reflexão) de Nova York. A resposta de Lacalle é buscar acordos bilaterais. O Uruguai está conversando com a China e a Turquia e quer entrar para a CTPP, um grupo do Pacífico com 11 membros.

Milei ameaça deixar o Mercosul, embora o comércio da Argentina tenha recebido o maior impulso do bloco. O Mercosul deveria ser uma ferramenta para o desenvolvimento econômico de seus membros e uma forma de eles terem mais peso no mundo. O declínio do bloco conspira contra a realização desses dois objetivos.

INVESTIGAÇÃO DO HOMEM QUE ATENTOU CONTRA DONALD TRUMP

História de Por Nathan Layne e Gabriella Borter e Tyler Clifford – REUTERS

Trump sofre atentado em comício na Pensilvânia 13/07/2024 REUTERS/Brendan McDermid

Trump sofre atentado em comício na Pensilvânia 13/07/2024 REUTERS/Brendan McDermid© Thomson Reuters

Por Nathan Layne e Gabriella Borter e Tyler Clifford

BETHEL PARK, Pensilvânia (Reuters) – Agentes federais de segurança examinavam os antecedentes de Thomas Matthew Crooks neste domingo em busca do que levou o atirador de 20 anos a abrir fogo contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em um comício no oeste da Pensilvânia.

Crooks, identificado pelo FBI como o suposto atirador, foi baleado e morto pelo Serviço Secreto segundos depois de supostamente disparar contra o palanque onde Trump discursava no sábado, em Butler, na Pensilvânia. Um participante do comício, um homem de 50 anos identificado como Corey Comperatore, morreu e dois outros participantes ficaram gravemente feridos. Trump foi baleado na orelha direita.

Morador de Bethel Park, a cerca de uma hora de onde ocorreu o tiroteio, Crooks era um republicano registrado que teria sido elegível para dar seu primeiro voto presidencial nas eleições de 5 de novembro, nas quais Trump desafia o atual presidente democrata Joe Biden. Os registros públicos mostram que seu pai também é um republicano registrado e sua mãe, uma democrata registrada.

Os registros da Comissão Eleitoral Federal mostram que Crooks fez uma pequena doação de 15 dólares alguns anos atrás para um comitê de ação política chamado ActBlue, que arrecada recursos para políticos de esquerda e democratas. A doação foi destinada ao Progressive Turnout Project, um grupo nacional que incentiva os democratas a votar. Os grupos não responderam a um pedido de comentários da Reuters.

Os pais de Crooks não puderam ser contatados pela Reuters para comentar o assunto. Seu pai, Matthew Crooks, de 53 anos, disse à CNN que estava tentando descobrir o que havia acontecido e que esperaria até falar com as autoridades policiais antes de falar sobre seu filho.

Agentes do Serviço Secreto mataram o suspeito, disse a agência, depois que ele abriu fogo do telhado de um prédio a cerca de 140 metros do palanque onde Trump discursava para seus apoiadores. O rifle semiautomático estilo AR-15 usado no tiroteio foi encontrado perto de seu corpo, segundo fontes.

A arma foi comprada legalmente pelo pai do suspeito, relataram a ABC e o Wall Street Journal, citando fontes. No carro do suspeito foram encontrados materiais para a fabricação de bombas, segundo relataram meios de comunicação dos Estados Unidos, citando fontes.

“SUPER INTELIGENTE”

Na cidade natal da família, um dos ex-colegas de Thomas Crooks na Bethel Park High School disse que o suspeito não demonstrava nenhum interesse particular por política. Em vez disso, gostava de montagem de computadores e jogos, disse o rapaz de 20 anos, que pediu para não ser identificado.

Segundo o jovem, Crooks geralmente era mais reservado e a política nunca aparecia. As conversas giravam em torno da escola, complementou.

“Ele era superinteligente. Isso é o que realmente me confundiu: ele era, tipo, um garoto muito, muito inteligente, como se ele se destacasse”, contou. “Nada maluco surgiu em qualquer conversa.”

O colega acrescentou que não tinha visto ou ouvido falar de Crooks desde que o suspeito se formou em 2022.

Crooks recebeu um “prêmio estrela” de 500 dólares da Iniciativa Nacional de Matemática e Ciências, de acordo com o jornal Pittsburgh Tribune-Review.

Em Bethel Park, as ruas ao redor da casa dos Crooks foram bloqueadas pelas autoridades policiais.

Mary e Stanley Priselac estavam na varanda de sua casa de tijolos, tentando processar os eventos do último dia e os holofotes agora em seu bairro residencial tipicamente tranquilo.

“Nada acontece na rua, todo mundo cuida da própria vida”, disse Stanley Priselac, de 72 anos. “Todo mundo está meio chocado, surpreso, um pouco desanimado.”

“Nunca houve um problema com armas. A polícia nunca foi chamada”, disse Mary Priselac, de 67 anos. “Você meio que tem que se perguntar o que ele não conseguiu na vida? O que o levou a esse extremo?”

Embora a Reuters não tenha conseguido identificar imediatamente contas nas redes sociais ou outras publicações online de Crooks, o Discord disse neste domingo que ele tinha uma conta na plataforma de mensagens instantâneas.

“Identificamos uma conta que parece estar ligada ao suspeito; foi raramente utilizada e não encontramos provas de que tenha sido utilizada para planejar este incidente ou discutir as suas opiniões políticas”, afirmou o Discord num comunicado.

A Meta, empresa controladora do Facebook e do Instagram, não respondeu imediatamente às perguntas sobre se as plataformas haviam removido quaisquer contas relacionadas ao suspeito.