RIO – A Prumo Logística, dona do Porto do Açu, vai entregar ao governo federal um pacote de estudos de viabilidade e engenharia executiva para a licitação da construção da Estrada de Ferro 118 entre
Espírito Santo e Rio de Janeiro. O projeto de 530 quilômetros de
trilhos pode conectar a Estrada de Ferro Vitória-Minas, concedida à
Vale, em Cariacica (ES) à malha da MRS em um ponto de Nova Iguaçu (RJ).
Discutido há pelo menos uma década, o projeto deve constar do Plano
Nacional de Ferrovias, em preparação pelo governo federal.
A construção é de interesse direto da Prumo, empresa controlada pelo
fundo americano EIG Global Energy Partners, porque integraria o Açu à
malha ferroviária nacional, mudando a escala de movimentação do porto,
hoje limitado a rodovias.
Com o trem, a “mancha de captura” potencial de grãos, por exemplo,
cresceria no Centro-Oeste, aumentando em mais de quatro vezes o volume
movimentado, que poderia chegar a 30 milhões de toneladas por ano,
estimam executivos da Prumo. Somente com caminhões, como acontece hoje, o
limite de viabilidade dessa mancha é o sul do Estado de Goiás.
Atualmente, escoar a produção do agronegócio é um dos focos do Porto do
Açu no curto prazo.
Outra possibilidade é aumentar o volume de minério escoado. Em 2023, o
Porto do Açu movimentou cerca de 24 milhões de toneladas de minério de
ferro molhado trazidos de Minas Gerais pelo mineroduto da Anglo
American, em que a Vale tem parte. A capacidade máxima é de 26 milhões
de toneladas. Com a ferrovia, esse teto subiria.
O presidente do Porto do Açu, Eugênio Figueiredo, diz que a conexão
ferroviária vai fazer a movimentação de cargas do porto crescer em
“progressão geométrica”. Hoje essa movimentação está na casa das 85
milhões de toneladas por ano, concentrada em minério e petróleo.
Diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Prumo, Eduardo Kantz disse ao Estadão/Broadcast que
nunca se esteve tão próximo de tirar o projeto da EF-118 do papel. Para
além da finalização dos estudos, há disposição do governo Lula em
aportar dinheiro público em ferrovias, viabilizando as grandes linhas
planejadas para o País, à diferença do governo anterior, que apostava no
modelo de autorização e no investimento totalmente privado.
“O que vamos fazer com esses estudos é ajudar a viabilizar a
concessão da EF-118, para que o ministério possa tirá-la do papel”, diz
Kantz.
Esses estudos foram feitos por empresas contratadas, especializadas
em modal ferroviário, e envolvem avaliações de engenharia, de demanda de
carga, além de estudos ambientais, fundiários e jurídicos que poderão
ser incorporados pelo Ministério dos Transportes.
Prazos e obstáculos
A ideia é subsidiar a etapa de projeto e acelerar o rito de
concessão, que envolve desenho de edital, aprovação pelo Tribunal de
Contas da União (TCU), realização de audiências públicas e, finalmente,
um leilão. Segundo o executivo, há sinalização do governo para um leilão
ainda em 2025, a fim de encaminhar o projeto no governo Lula. “Depois
disso, são pelo menos três ou quatro anos para a construção da linha”,
diz.
O diretor evita estimar um custo por quilômetro de trilho antes da
entrega dos estudos, mas lembra que as principais variáveis nesse tipo
de projeto são volumes de conflitos urbanos; desapropriações;
intervenções como pontes e viadutos; e restrições ambientais.
“Já sabemos que a região a ser cortada pela EF-118 é menos complexa
se comparada a outras, como a da Ferrogrão (entre Mato Grosso e Pará) no
quesito socioambiental. O que pesa são questões ligadas ao terreno de
fato, se é mais ou menos plano”, explica. E diz que, por se tratar de um
projeto de integração do Sudeste, com estudos avançados e com o
atrativo de um Porto capaz de desafogar a pressão sobre pares, como o
Porto de Santos, a EF-118 estaria bem posicionada na fila de ferrovias a
serem construídas no País.
Especificamente no caso da ligação da EF-118 com o Açu, ainda seria
necessária a construção de outra ferrovia “perpendicular” de 40
quilômetros, ligando a nova linha ao litoral. A Prumo, diz Kantz, já tem
autorização federal para construir esse trecho menor a um investimento
próprio estimado em R$ 600 milhões.
Plano Nacional
A expectativa é que a EF-118 seja incluída no Plano Nacional de
Ferrovias, a ser divulgado nas próximas semanas pelo Ministério dos
Transportes. O Plano prevê parcerias público-privadas (PPPs), com
aportes federais para viabilizar os projetos, que também contarão com o
investimento privado de quem vencer os leilões. Leva a concessão quem
oferecer o maior desconto ao gasto público.
A União, segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, deve
colocar pouco mais de R$ 20 bilhões no plano. A maior parte desse
montante, prevê o governo, viria da repactuações de contratos de
renovação antecipada de concessões já existentes.
A crença de que as pessoas são mais produtivas na parte da manhã é
quase um senso comum em alguns círculos. Mas, um grupo de pesquisadores
colocou em xeque essa máxima. O estudo, publicado na revista
científica BMJ Public Health, indica que pessoas com hábitos noturnos têm uma atividade cognitiva mais elevada do que pessoas matutinas.
O grupo analisou dados de mais de quase 27 mil pessoas de 53 a 86
anos para investigar a relação entre sono e habilidades cognitivas. Os
dados foram extraídos do UK Biobank, um repositório biomédico de dados
anônimos de milhares de pacientes do Reino Unido.
Os pesquisadores cruzaram dados de testes cognitivos com as
preferências de horários de cada pessoa. Os “voluntários” foram
divididos em dois grupos e, dentro dessa separação, foram classificados
entre noturnos (aquelas pessoas que dizem preferir realizar atividades
na parte da tarde e noite) e os diurnos (que preferem realizar as
atividades na parte da manhã).
“Nosso estudo descobriu que adultos que são naturalmente mais ativos à
noite tendem a ter um desempenho melhor nos testes cognitivos do que
aqueles que são pessoas matutinas”, disse Raha West ao Imperial College London, uma das instituições envolvidas no estudo.
Os resultados mostraram que, no primeiro grupo, os noturnos tiveram
um desempenho 13,5% superior aos diurnos. No segundo grupo, a diferença
ficou em 7,5%. West, no entanto, disse que os resultados mostram uma
tendência e não podem ser aplicados de forma indiscriminada para definir
todas as pessoas.
“É importante ressaltar que isso não significa que todas as pessoas
matutinas têm pior desempenho cognitivo. As descobertas refletem uma
tendência geral em que a maioria pode inclinar-se para uma melhor
cognição nos tipos noturnos”, disse.
Os pesquisadores ainda fazem uma outra ressalva. Mais do que a preferência de horários, a duração do sono é,
também, bastante importante. O estudo diz que dormir menos de 7 horas,
ou mais de 9 horas por noite pode prejudicar a função cerebral.
Giuliana Tranquilini – Professora e colunista da StartSe
A jornada de construção de uma Marca Pessoal eficaz envolve a
compreensão de que o fracasso não apenas é inevitável, como essencial.
Foto: Pexels
Tabu, derrota, mancha na imagem profissional. São alguns termos com que o mundo corporativo costumava associar histórias sem “final feliz”. Ainda que todos saibam que ele exista e não haja quem não o enfrente uma hora ou outra, o fracasso é sempre aquele convidado que chega na festa e causa mal estar. É o elefante na sala, se preferirem.
Quando a gente observa uma criança pequena aprender a andar, é fácil
entender que a habilidade real não está em evitar fracassos ou tombos,
mas em como se responde a eles.
Uma abordagem construtiva aos fracassos pode revelar resiliência e a capacidade de adaptação,
qualidades altamente valorizadas em qualquer profissional. Já pensou se
os tombos iniciais fizessem a criança optar por permanecer
engatinhando?
A jornada de construção de uma Marca Pessoal eficaz envolve a
compreensão de que o fracasso não apenas é inevitável, como essencial.
Aqui no Vale do Silício, eu diria até que “errar” sempre esteve em alta. Seja em uma explosão no lançamento da SpaceX, seja no Metaverso de Mark Zuckerberg ou ainda nos “n” produtos da Alphabet (Google) que não dão certo e são descontinuados ou mudam de nome sem aviso prévio.
Por que eu digo isso? Quando a SpaceX lançou a Starship, a nave mais poderosa do mundo que pretende no futuro levar seres humanos até Marte, seu propulsor explodiu três minutos após o lançamento. A empresa do bilionário Elon Musk admitiu que a explosão não era programada, mas argumentou também que o teste tornará a nave mais confiável.
Ou seja, erros precisam acontecer agora para que os
cientistas descubram o que não pode dar errado quando a nave for
finalmente tripulada. Os lançamentos são sempre celebrados, cada vez que
algo dá errado, novas adaptações são feitas. Há quem critique os valores que Musk investe em cada “fracasso“, mas ninguém pode dizer que ele não se esmera na busca pela excelência no processo.
Talvez pelo fato de que na Era da Informação, as empresas mais valiosas do mundo são “Big Techs”, o Vale do Silício tornou-se um local que convida ao erro, um local de experimentação, que dá margem para recalcular a rota.
Só não vale errar por anos e esconder isso de seu público, como
Elizabeth Holmes, ex-Theranos, que hoje cumpre pena de prisão por
fraude.
A expectativa é de que a antiga “nova Steve Jobs“,
como foi apelidada na época, seja libertada em dezembro de 2032. Há quem
aposte que ela irá fazer como Nelson Mandela, ou seja, irá transformar
os anos de cadeia em parte de sua história e marca pessoal.
Não só nas gigantes da Califórnia como na sua própria jornada como empreendedor, é preciso ver que cada erro carrega consigo uma lição.
No contexto de todo e qualquer tipo de personal branding,
independente da metodologia a que se recorra, entender e refletir sobre
as falhas e gaps pessoais é parte inescapável de uma boa construção de
Marca Pessoal. Desconfie de quem tentar vender só positividade. Magic
Kingdom é um parque!
Acertar é possível?
“O que significa errar para você?”, essa foi uma pergunta que me
fizeram recentemente em um podcast. Respondi sem medo que, obviamente,
ninguém gosta de errar, mas é parte do processo de crescimento e aprendizagem. Para mim, como empreendedora, é a chance de poder fazer melhor da próxima vez. Identifico o problema e ajusto a rota.
Isso evita a repetição dos erros e traz insights valiosos para um processo de melhoria progressiva e contínua. A capacidade de aprender com os erros é um indicativo de um profissional que não teme desafios e está sempre buscando evoluir.
Admitir falhas publicamente soa contraintuitivo para alguém de prestígio. Contudo, mostrar-se vulnerável de maneira estratégica e autêntica pode aumentar significativamente a confiança que os outros têm em você. Já pensou nisso?
Se os maiores gênios da humanidade escorregam, não errar seria, em
si, um erro, certo? Ser transparente sobre as próprias falhas demonstra integridade e humanidade, características que atraem e retêm conexões profissionais e pessoais profundas.
Particularmente em culturas como a brasileira, existe forte
resistência à ideia de falhar. O desafio é ainda mais acentuado em
ambientes que não incentivam a tomada de riscos.
No entanto, criar um espaço em que o risco é permitido e o fracasso
como meio de acertar é crucial para o desenvolvimento de uma Marca
Pessoal resiliente e adaptável.
Recentemente, Matt Abrahams, autor e professor de Comunicação Estratégica da Stanford Graduate School of Business, convidou para o seu podcast “Think Fast, Talk Smart: Communications Techniques” a também autora e professora da Harvard Business School, Amy Edmondson, para trocar ideias a respeito da arte de fracassar.
Ela lançou recentemente o livro “Right Kind of Wrong: The Science of Failing Well”, algo como “O Tipo Certo de Erro: A Ciência de Falhar Bem”, ainda sem tradução no Brasil.
Ela oferece tanto em sua fala como na obra, ótimos insights sobre como categorizar e aprender com diferentes tipos de fracassos. O objetivo? Em uma organização, fomentar a inovação e a eficácia da equipe. E, claro, ao fazer isso, a sua essência, a sua Marca Pessoal como líder, ganha força.
Não há só uma forma de fracassar
A autora lista os fracassos em três categorias distintas, cada uma
delas com lições e implicações próprias para o aprendizado, seja a
pessoa liderança ou colaborador de uma empresa.
A primeira, chamada de fracasso básico, inclui erros resultantes de desatenção ou esforço insuficiente. Embora muitas vezes vistos como desnecessários, atuam como lembretes vitais para manter a vigilância e dedicação. Revisar é preciso.
Já o fracasso complexo emerge em sistemas intrincados onde múltiplos componentes podem interagir. Esses fracassos são frequentemente inevitáveis, ocorrendo durante tentativas de inovação ou em resposta a mudanças nas condições existentes.
Eles são particularmente valiosos por exporem vulnerabilidades no sistema que precisam ser corrigidas, incentivando melhorias em processos e mecanismos de segurança.
O fracasso inteligente é o mais importante. São experimentos deliberados, de resultados incertos. Este tipo é fundamental para inovações transformadoras e aprendizado significativo. Motivam a exploração e o teste de ideias: impulsionam o avanço e a descoberta em ambientes altamente competitivos e dinâmicos.
A autora também destaca a importância de transitar da ruminação para a reflexão.
Lembra do que eu respondi ao podcast que mencionei acima? Ao invés de
meramente remoer os fracassos, é necessário analisá-los de forma
construtiva. Ou não há crescimento pessoal.
Além disso, só a capacidade de se comunicar de forma aberta e eficaz irá criar um ambiente onde o fracasso se torna oportunidade para
crescimento. Um espaço seguro onde uma equipe possa expressar ideias
não convencionais, desafiar normas e compartilhar suas falhas sem medo
de julgamento é indispensável para fomentar a inovação.
Dentro dessa atitude produtiva com o erro, é preciso
ter segurança psicológica para experimentar e falhar, e ainda criar
ferramentas onde lições sejam tiradas dos fracassos. Estes passos ajudam
a criar uma equipe resiliente e adaptável, além de garantir que cada
erro contribua para o sucesso coletivo.
Gerenciar o erro
Uma maneira eficaz de lidar com erros, sejam eles do tamanho que forem, é a busca constante por feedback. Isso não só ajuda a identificar áreas de melhoria, mas também demonstra um compromisso com o crescimento pessoal e profissional. Aliás, você dá abertura para receber críticas?
Lembre-se: não leve o lado pessoal, julgue a ação. No método Fly para fortalecer a marca pessoal, que desenvolvi junto com a Susana Arbex, a realizamos o Feedback 360º anônimo
para avaliar sua reputação, pedimos para pessoas que convivem ou
conviveram com o nosso cliente para falar qual imagem que eles percebem
daquele cliente. Isso é fundamental para a gente entender como somos
percebidos pelo outro.
Documentar suas falhas e as lições aprendidas pode transformar experiências negativas em exemplos de determinação e capacidade de superação. E, claro, compartilhar esses “casos de estudo”
não apenas enriquece seu perfil profissional, mas também serve como
inspiração para outros que podem estar enfrentando desafios semelhantes.
Ser um exemplo é uma forma natural de estabelecer uma marca realmente
única.
A chave para uma marca pessoal forte não é ser infalível, mas a habilidade de transformar falhas em pilares de crescimento.
Ao enfrentar seus fracassos de frente e aprender com eles, você não só
demonstra o tamanho da sua garra, mas também constrói uma marca pessoal que verdadeiramente ressoa com autenticidade e confiança.
A Plataforma Comercial da Startup ValeOn é uma empresa nacional,
desenvolvedora de soluções de Tecnologia da informação com foco em
divulgação empresarial. Atua no mercado corporativo desde 2019 atendendo
as necessidades das empresas que demandam serviços de alta qualidade,
ganhos comerciais e que precisam da Tecnologia da informação como
vantagem competitiva.
Nosso principal produto é a Plataforma Comercial ValeOn um
marketplace concebido para revolucionar o sistema de divulgação das
empresas da região e alavancar as suas vendas.
A Plataforma Comercial ValeOn veio para suprir as demandas da região
no que tange à divulgação dos produtos/serviços de suas empresas com uma
proposta diferenciada nos seus serviços para a conquista cada vez maior
de mais clientes e públicos.
Diferenciais
Eficiência: A ValeOn inova, resolvendo as
necessidades dos seus clientes de forma simples e direta, tendo como
base a alta tecnologia dos seus serviços e graças à sua equipe técnica
altamente capacitada.
Acessibilidade: A ValeOn foi concebida para ser
utilizada de forma simples e fácil para todos os usuários que acessam a
sua Plataforma Comercial , demonstrando o nosso modelo de comunicação
que tem como princípio o fácil acesso à comunicação direta com uma
estrutura ágil de serviços.
Abrangência: A ValeOn atenderá a todos os nichos de
mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da
região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos
benefícios que ele proporciona.
Comprometimento: A ValeOn é altamente comprometida
com os seus clientes no atendimento das suas demandas e prazos. O nosso
objetivo será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder
divulgar para eles os produtos/serviços das empresas das diversas
cidades que compõem a micro-região do Valeo do Aço e obter dos
consumidores e usuários a sua audiência.
Missão:
Oferecer serviços de Tecnologia da Informação com agilidade,
comprometimento e baixo custo, agregando valor e inovação ao negócio de
nossos clientes, respeitando a sociedade e o meio ambiente.
Visão:
Ser uma empresa de referência no ramo de prestação de serviços de
Tecnologia da Informação na região do vale do aço e conquistando
relacionamentos duradouros.
Valores:
Integridade – Ética e Transparência
Responsabilidade – Profissional, ambiental e social
Basta tomar alguns goles de energético durante um dia corrido para que qualquer tarefa pareça menos cansativa. Isso ocorre porque a composição destas bebidas realmente
ajuda a ficar mais alerta e ter mais atenção. Contudo, de acordo com
estudos e profissionais, o preço pode ser alto, uma vez que os efeitos
dessas substâncias no organismo são variados e nem sempre benéficos.
Recentemente, um estudo divulgado no Public Health Journal apontou que o consumo de bebidas energéticas ricas
em cafeína, taurina e açúcar pode afetar seriamente a saúde mental de
crianças e adolescentes, incluindo a ocorrência de pensamentos suicidas.
Essa conclusão veio após a análise de 51 estudos feitos anteriormente com mais de 1,2 milhão de crianças. Ansiedade, dificuldades de aprendizagem, depressão e insônia foram alguns dos efeitos relatados.
De acordo com a cardiologista e professora de Medicina da Universidade Positivo, Chiu Yun Yu Braga, “exagerar no consumo dessas bebidas pode causar dependência de cafeína e está associado a comportamentos de risco”.
Efeitos do energético no organismo
De acordo com Yun Yu Braga, à medida que a cafeína,
o açúcar e outros ingredientes, como a taurina, começam a surtir efeito
no organismo, as pessoas podem experimentar diferentes sensações
físicas. Além dessas mudanças perceptíveis, outros efeitos mais
discretos também podem ocorrer.
“Logo após a ingestão de um energético,
nos primeiros dez minutos, já se nota, por exemplo, um aumento
significativo da pressão arterial e dos batimentos cardíacos. A alta
dose de cafeína age como um estimulante no corpo, provocando a elevação
da frequência cardíaca e da pressão”, explica a médica.
Segundo ela, a cafeína pode
estar presente nos energéticos em doses de até 150 mg e a dose segura
de cafeína é de até 400 mg por dia. Além disso, os efeitos citados acima
tendem a ser mais agudo em consumidores mais jovens.
Passados 15 a 20 minutos do consumo, a cafeína pode deixar as pessoas
mais alertas e concentradas. No entanto, esse efeito é passageiro,
visto que, aproximadamente uma hora depois, os níveis dessa substância
caem de repente, o que pode levar a sensações de cansaço ou mesmo exaustão.
“O excesso de cafeína provoca
uma resposta do fígado, que absorve todo o açúcar rapidamente, causando
uma queda repentina nos níveis de açúcar no sangue e, consequentemente,
cansaço. Muitas vezes, esse cansaço pode ser ainda maior do que aquele
que se pretendia evitar antes de consumir a bebida”, esclarece a
profissional.
Por fim, o aumento súbito nos níveis de açúcar,
cafeína e concentração proporcionado pelos energéticos pode ter
consequências nocivas, mesmo muitas horas depois do consumo. Entre 12 e
24 horas mais tarde, o consumidor pode sentir dores de cabeça,
irritabilidade e até mesmo prisão de ventre.
É possível manter uma relação saudável com os energéticos,
desde que o consumo seja moderado. “Você pode consumir um energético
eventualmente, quando precisa manter-se alerta por alguma razão
específica. O importante é evitar o consumo rotineiro, que pode levar à
dependência de cafeína. Uma vez dependente, o corpo exige doses cada vez
maiores dessa substância, o que pode estar associado ao risco de
arritmias cardíacas”, finaliza a cardiologista.
No escritório da NG.CASH, os funcionários não precisam seguir
horários rígidos, e os códigos de vestimentas não existem. A cultura
organizacional mais flexível é reflexo da gestão de uma liderança que
representa a gen Z. Aos 26 anos, Mario Augusto Sá é CEO da fintech
focada na geração que está entrando no mercado de trabalho e questiona
estruturas hierárquicas e modelos tradicionais. Ele é o primeiro
entrevistado da série Lideranças da Geração Z. Vamos nos referir aos CEOs da geração Z como “CEO Z”.
O executivo é um típico nativo digital. Aos 14 anos, criou o canal do
YouTube Neagle (canal de entretenimento). Durante o curso de Ciências
da Computação na PUC-Rio, participou da criação da fintech Trampolim,
posteriormente vendida para a Stone. Atualmente, a NG.CASH, fundada
durante a pandemia, oferece soluções como cartão de crédito pré-pago,
Pix e investimentos em criptomoedas.
Com um escritório em São Paulo e outro no Rio de Janeiro, Sá enfatiza
que não exige a presença física dos funcionários nem monitora os
horários de entrada e saída da equipe.
O espaço funciona mais como uma base da empresa. O foco é nas entregas.
Embora seja um representante da gen Z, o CEO valoriza a sinergia
entre diferentes gerações para construir equipes bem-sucedidas. Mas ele
adianta que quem gosta de seguir dress code, horário comercial e
“mostrar serviço” pode ter dificuldade em se adaptar ao ambiente mais
flexível da NG.CASH.
“Tem que ser diferente para funcionar com a gen Z. Se você botá-los
na mesma caixinha das gerações anteriores, não vai funcionar, vai dar
atrito”, afirma.
Confira trechos da entrevista:
Como o fato de ser uma pessoa da geração Z influencia o seu estilo de liderança?
Gosto da geração Z, nasci em 1997.
A maior parte do time é da geração Z (são quase 100 funcionários,
sendo 51% da gen Z). Também temos pessoas mais velhas e de outras
gerações, incluindo o CFO (Rodin Spielmann) e o CTO (Lucas Alves) da
NG.CASH. Lidar com as pessoas da geração Z é diferente.
Medimos se a entrega tem qualidade e não ficamos microgerenciando as
pessoas, acreditamos nelas e olhamos para os resultados. Essa geração
também valoriza a liberdade de horários e está muito mais focada na
entrega.
Aqui uma das coisas mais importantes é a pessoa ser autodidata e
proativa. Na empresa, ninguém precisa que alguém diga o tempo todo o que
fazer. Então, é importante ter iniciativa para realizar as tarefas.
Não gostamos de ser o “banco dos adolescentes”, porque não vamos
ficar com os adolescentes para sempre, vamos amadurecer com essa
geração. Esse é o plano.
Existe uma percepção de que a geração Z tem preguiça de trabalhar, rompe hierarquias. Você considera avaliações justas?
São avaliações justas, mas isso não é nem um pouco ruim. Eles rompem
hierarquias, mas aqui não tem uma hierarquia, alguém vai ter que vir
aqui falar comigo para resolver um problema.
Eles não gostam de trabalhar às 7h da manhã, batendo ponto e saindo às 18h. Às vezes querem trabalhar das 18h às 7h da manhã.
Então, sim, se você for botar no modelo tradicional que a pessoa tem
que chegar lá, bater o ponto e ir embora, eles não gostam. Mas não
significa que eles não tenham entregas maravilhosas.
Tem que ser diferente para funcionar com essa geração. Se colocar na
mesma caixinha das gerações anteriores, não vai funcionar, vai dar
atrito. Talvez funcione para alguns, mas a maioria vai trabalhar infeliz
e não vai ter tanta satisfação quanto trabalhar em uma empresa que
valoriza esse tipo de relação.
Você considera importante ter uma sinergia de gerações na NG.CASH?
Com certeza. É muito importante ter pessoas mais seniores, que já
passaram por mais coisas para errar menos no caminho. Ter pessoas mais
experientes que conhecem o mercado e sabem como funciona é essencial.
Por outro lado, acredito que ter a mesma geração do nosso cliente
também é importante porque eles vivem a mesma dor e sabem como se
comunicar. Por isso, existem perfis específicos de pessoas que trabalham
bem com a gente, mas tem outros que não vingam.
Quais?
Por exemplo, alguém mais rígido, que não esteja aberto a mudar o
jeito de trabalhar, do tipo: é tudo do jeito dele. Tem pessoas do
mercado com vícios do mercado. Então, se está muito viciado no
corporativismo, politicagem interna, esse tipo de coisa não funciona
aqui.
Outra coisa: tem gente que é de empresa grande e quer mostrar que
trabalha muito, tem que postar tudo o que está fazendo porque tem 14 mil
pessoas na organização, se não mostrar ninguém vai ver. Aqui vamos ver
que trabalha sem precisar disso.
É um jeito diferente, não só de geração, mas também do tamanho da empresa. Somos uma empresa de quase 100 pessoas.
Como CEO, de alguma forma, você consegue moldar o local de trabalho. Qual é o diferencial da sua gestão?
Muita liberdade de tempo e de hora. Tem Dev que passa a madrugada no
escritório, outro chega 18h e vai embora 7h da manhã. Ele gosta, vem
porque quer, se quisesse ficar em casa também poderia. Essa liberdade é
muito importante, não tem regra de roupa, pode vir de bermuda. Por
exemplo, meu sócio está usando bermuda e chinelo ali (aponta para a sala
ao lado durante a entrevista).
Tem um bar no escritório, que usamos quando batemos uma meta ou
quando alguém quer, mesmo. É um ambiente descontraído com a seriedade
das entregas, levamos muito a sério.
Essa geração quer mostrar que é boa e que vai entregar o que precisa,
não esses pequenos detalhes. Parte da minha gestão é deixar as pessoas
confortáveis e deixar claro as coisas que valorizamos.
Ficar sentado no escritório o dia inteiro não é mostrar serviço. Você mostra serviço com entrega de qualidade.
Então, muita independência, foco no objetivo final, e não nos
detalhes de como a pessoa trabalha, porque cada pessoa tem um estilo de
trabalhar. Quando valorizamos isso, atraímos as melhores pessoas.
Você desejava o cargo de liderança?
Não, foi acontecendo naturalmente. Gosto de resolver problemas, é o
que me motiva. O cargo de liderança acaba sendo um pouco disso. O que
muita gente não gosta é o que me traz energia. Tenho muita energia para
resolver grandes problemas.
O cargo de liderança veio muito pelo que me dá satisfação no
trabalho: apaziguar as coisas, botar todo mundo na mesma direção e
resolver problemas. Isso casou muito bem.
Quais são os seus propósitos?
Construir algo relevante e positivo para o mundo, atingir milhões de
pessoas e trabalhar com algo que tenha felicidade em falar que estou
fazendo. Não estou vendendo cigarro, nada contra quem faz, mas não
gostaria.
Também tem o aspecto pessoal, que essa geração valoriza muito. Então,
ter saúde, viajar, valorizo muito minha vida pessoal e a maioria das
pessoas que trabalham aqui, também. Sou faixa preta de judô, pratiquei
minha vida inteira, hoje estou com menos tempo para praticar. Mas faço
academia e caminhada.
É difícil equilibrar a rotina de CEO com a vida pessoal?
É muito difícil. Normalmente chego ao escritório depois do almoço.
Trabalho a parte da manhã de casa, faço as primeiras reuniões, vou à
academia, almoço em casa ou marco algum encontro corporativo com
investidor/fornecedor, depois venho para o escritório e fico aqui até o
período da noite. Não costumo vir cedo, gosto de começar meu dia em casa
e depois venho para cá.
Com a experiência que você tem hoje, quais foram os erros que o tornaram um líder melhor?
Cercar-se das melhores pessoas e dos valores culturais é importante.
Uma situação: o cara era muito bom, então não podia demitir, mas ele
não tinha nada a ver com a cultura da empresa. Então, aprendi que não
importa a sua qualidade técnica se você não faz parte da cultura da
empresa e não valoriza as mesmas coisas das outras pessoas que estão
aqui, não importa o quão bom você é.
É um grande aprendizado de gestão. Pessoas que só valorizam o
dinheiro não vão ser boas para a empresa. Então, cultura acima de todas
as outras coisas, independentemente da qualidade técnica da pessoa.
Como é a cultura de feedback?
A cultura de feedback é instantânea, fazemos o processo formal a cada
três meses, mas nunca tem novidade porque não esperamos esse tempo para
dar um retorno. Às vezes, recebo feedback direto de alguém do
atendimento – não temos essa barreira de hierarquia. Aqui todo mundo
consegue falar direto quando tem alguma coisa errada ou discorda, não
precisa esperar para fazer um relatório.
É muito mais um resumo do que mudou ou melhorou. O feedback acontece
em tempo real entre todos os níveis hierárquicos da empresa. Aconteceu,
fala! Não precisa anotar para dizer na avaliação três meses depois.
Incentivamos as trocas e as críticas diárias.
Na sua visão, qual é a característica nº 1 para profissionais da gen Z?
Autonomia. É fazer a entrega na hora em que achar melhor. Por exemplo, vou malhar ao meio-dia porque vou trabalhar de madrugada.
Não tem como microgerenciar essa geração. Você vai dar um objetivo e
ela vai chegar lá. Às vezes, de um jeito completamente diferente e o
resultado vai ficar melhor.
O líder tem que acreditar nas pessoas que trouxe e medir o resultado, não o caminho.
Você já precisou lidar com conflitos geracionais? Houve algum episódio?
Na hora da contratação sentimos algumas vezes, principalmente porque a
maioria dos chefes da NG.CASH são novos. O chefe de marketing tem 26
anos. Se ele contratar um profissional de 50 anos, essa pessoa vai
aceitar receber ordens de alguém que tem metade da idade dela?
Nós acreditamos ter evitado conflitos algumas vezes durante os processos seletivos, mas nunca houve um conflito direto.
Como você enxerga a liderança do futuro?
A liderança do futuro tem que saber extrair o melhor das gerações em
vez de querer implementar nelas o jeito deles de trabalhar. Como é que
você se adapta às novas gerações para extrair o melhor delas em vez de
querer moldá-las ao seu jeito?
Se você exigir as mesmas coisas do passado, vai ter pessoas
frustradas que não vão performar bem ou provavelmente vai perder as
melhores pessoas.
Escritora, instrutora de fitness e terapeuta, ela abre seu computador para
verificar os e-mails perto de 11 horas da manhã. À tarde ou no início
da noite, ela dá aulas de exercícios físicos em uma academia de
ginástica em Londres.
É depois das 19h30 que Skinner desenvolve seus projetos mais profundos. Ela diz que, nesse horário, “o mundo fica quieto” e ela se sente muito melhor para se concentrar.
Com 32 anos de idade e autoproclamada “coruja noturna”, Skinner
planeja o trabalho em torno da sua biologia há anos, em diferentes
empregos e fusos horários.
“Parece um tanto extremo, mas é apenas um reflexo do fato de que eu
realmente me concentro em torno das 8, 9 ou 10 horas da noite”, afirma
Skinner. “É quando sou mais produtiva.”
Em meio a um desejo cada vez maior por trabalho flexível após a
pandemia de covid-19, os profissionais vêm se interessando por esse tipo
de cronograma adotado por Skinner. Muitos pressionam suas empresas para
adaptar os horários de trabalho aos seus níveis naturais de energia.
Com isso, eles podem atingir o máximo de produtividade.
Já existe até um termo em inglês para este sistema: “chronoworking” – algo como “cronotrabalho”, em português. Ele foi criado pela jornalista britânica Ellen C. Scott.
O cronotrabalho permite que os profissionais ignorem o horário padrão
dos escritórios e definam cronogramas que atendam aos seus “cronotipos”
pessoais – as horas naturais em que os seus corpos querem dormir.
Existem quatro cronotipos, segundo o psicólogo clínico americano e “médico do sono” Michael Breus.
Suas pesquisas indicam que 55% das pessoas atingem o pico da
produtividade no meio do dia (10 às 14 horas); 15% são mais adequados
para iniciar o trabalho no começo da manhã; 15% são melhores trabalhando
tarde da noite; e 10% têm um ritmo circadiano mais errático, que pode
variar de um dia para outro.
Apesar dessas variações, o dia de trabalho tradicional de oito horas,
das 9 às 17h – criado pelos sindicatos americanos no século 19 – ainda é
a norma entre as empresas. O resultado é que muitas pessoas precisam
trabalhar fora dos seus horários de pico de produtividade.
Em uma pequena pesquisa realizada em janeiro de 2024 entre cerca de
1,5 mil profissionais americanos, 94% dos participantes afirmaram que
trabalham fora do seu horário de maior produtividade, enquanto 77%
disseram que os horários de trabalho padrão estabelecidos prejudicam seu
desempenho profissional.
Para lidar com a situação, cerca da metade dos participantes da
pesquisa tira sonecas durante o dia de trabalho; 42% se abastecem de
cafeína para manter os níveis de energia; e 43% usam técnicas de gestão
do estresse, como a meditação mindfulness (atenção plena).
A ideia do cronotrabalho não é nova. Mas ela vem atraindo mais
atenção desde a pandemia, quando o trabalho híbrido e remoto se tornou
padrão, segundo o professor de gestão de RH Dirk Buyens, da Escola de
Negócios Vlerick em Bruxelas, na Bélgica.
“Nós deixamos de passar uma hora no transporte entre os horários
definidos de cerca de 7 a 9 horas da manhã e podemos verdadeiramente
entender quando somos mais produtivos e como conseguir o máximo do nosso
trabalho”, explica o professor.
Os profissionais, principalmente os mais jovens, gostam da ideia de
adaptar seus horários para aproveitar seus períodos mais produtivos. Mas
as empresas também se beneficiam do cronotrabalho, prossegue Buyens.
Afinal, permitir que os funcionários trabalhem quando estão no melhor
da sua forma pode aumentar seu desempenho e bem-estar, com fortes
efeitos positivos sobre a sua permanência no emprego.
“Se os profissionais estiverem satisfeitos e seus gerentes permitirem
que eles trabalhem nos horários mais adequados às suas necessidades,
eles terão maior probabilidade de permanecer na empresa”, explica ele.
Mas este fenômeno não é generalizado.
Muitas empresas acham que este sistema de trabalho não é convencional
e simplesmente pode não funcionar para outras companhias, como as que
atendem clientes ou dependem de fatores externos, como os horários do
mercado de ações.
Paralelamente, outras empresas não enfrentam essas restrições. Elas
frequentemente possuem funcionários distribuídos em várias partes do
mundo – e estão adotando este tipo de cronograma de trabalho.
Um exemplo é a plataforma de empregos Flexa, com sede em Londres. Seus 17 funcionários seguem padrões de trabalho diferentes.
A CEO da empresa, Molly Johnson-Jones, explica que seus funcionários
têm a liberdade de organizar os dias de trabalho com base nos horários
em que eles se sentem mais produtivos. Alguns começam logo às 7h30 da
manhã, enquanto outros não se apresentam antes das 11 horas e trabalham
até a noite.
Para ela, este é o esquema ideal para sua empresa de trabalho remoto.
“Não faz sentido que todos nós precisemos trabalhar juntos ao mesmo
tempo”, destaca ela. “Você consegue muito mais das pessoas se operar com
base nos diferentes cronotipos.”
Outro benefício deste sistema é a normalização de horários flexíveis
para os funcionários que têm filhos ou outras responsabilidades que
dificultam a manutenção do horário das 9 às 5, segundo Johnson-Jones.
“Ele nivela o campo de jogo.”
Mas Buyens adverte que o cronotrabalho pode criar dificuldades
práticas. Por mais que o sistema ofereça independência aos profissionais
e a capacidade de ter um dia de trabalho não linear, os funcionários
ainda precisam de algumas “horas de convergência” para realizar reuniões
e tratar de projetos comuns.
Eles também precisam conhecer os horários de trabalho individuais de
cada colega. E os gerentes podem enfrentar dificuldades para
supervisionar a produção dos funcionários e garantir que sejam líderes
disponíveis e apoiem os profissionais, acrescenta o professor.
Mas, para algumas das empresas que adotaram o cronotrabalho, existem formas de contornar essas questões.
A Flexa, por exemplo, determinou que todos os seus funcionários
fiquem online no horário central das 11 às 15 horas. Isso permite que a
equipe trate rapidamente das suas tarefas comuns.
Outras empresas usam software para gravar reuniões e enviá-las para
os membros da equipe que não estiveram presentes, o que ajuda a conectar
as pessoas durante o horário de trabalho não sincronizado.
Johnson-Jones acredita que os benefícios superam em muito as
dificuldades. “Conseguimos mais das pessoas, que serão mais produtivas
se puderem trabalhar segundo seus próprios cronotipos.”
“Algumas pessoas são matutinas, outras preferem a noite e ainda
outras estão no meio-termo. Somos todos diferentes e não se pode esperar
que todos nós tenhamos sucesso nas mesmas condições.”
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),
iniciaram nesta quarta-feira, 10, uma greve a nível nacional e, agora,
quem depende dos recursos mensais pagos pelo instituto se pergunta o que
pode acontecer com os próximos pagamentos.
A paralisação ocorre por falta de acordo com o governo federal sobre
reajuste salarial, e atinge tanto quem trabalha de forma presencial nas
agências quanto aqueles que atuam em home office. As informações foram
obtidas pela Agência Brasil.
A paralisação pode afetar a análise da concessão de benefícios como aposentadoria, pensões, BPC (Benefício
de Prestação Continuada), atendimento presencial (exceto perícia médica
e análise de recursos e revisões de pensões e aposentadorias).
Apesar das inúmeras rodadas de negociação com o governo, não houve acordo quanto ao reajuste salarial da categoria.
O INSS tem 19 mil servidores ativos no quadro. A maioria – 15 mil –
formada por técnicos – responsáveis pela maioria dos serviços da
instituição, além de 4 mil analistas. Ao todo, 50% dos servidores, ainda
estão no trabalho remoto, em home office.
O INSS informou que vai estudar medidas de contingenciamento para que
a população não seja afetada. No entanto, “balanço da paralisação
iniciada nesta quarta-feira aponta que não houve impacto no sistema e no
atendimento do INSS”.
O instituto diz ainda “que mais de 100 serviços do INSS podem ser realizados pela plataforma Meu INSS,
que tem versão para celular (app) e desktop. Além da Central de
atendimento 135, que funciona de segunda a sábado, de 7h às 22h”. Os
cidadãos e cidadãs que necessitarem de algum serviço do INSS, como
requerimento, cumprir exigência, solicitar auxílio-doença, por exemplo,
podem utilizar esses meios.
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social marcaram para
entrar em greve por tempo indeterminado, a partir da próxima terça-feira
(16). Esse movimento, convocado pela Federação Nacional de Sindicatos
de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social
(Fenasps), comunicou por ofício à ministra de Gestão e Inovação, Esther
Dweck, e ao presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, sobre a
paralisação da categoria em todo o país.
No documento, a entidade de classe, informa que “após análise das
propostas apresentadas pelo governo, entenderam que a negociação teve
poucos avanços”. O texto diz ainda que [o governo] em vez de apresentar
de proposta nova que fortaleça a carreira do Seguro Social, piora com o
alongamento da carreira de 17 para 20 níveis e pela criação de
gratificação de atividade”.
A proposta é muito aquém das perdas salariais da categoria que
superam os 53% no último período. A entidade enumera também que o acordo
da greve de 2022 até agora não foi cumprido pelo governo.
A Fenasps explica que no dia 31 deste mês, encerra o prazo para o
INSS se adequar a Instrução Normativa 24 (IN24), que transforma os
atuais programas de Gestão, em Programas de Gestão e Desempenho, o que
significa uma piora na pressão para cumprimento de metas e a
possibilidade de desconto de salário no caso das metas não serem
atingidas, bem como a abertura de Processo Administrativo Disciplinar
(PAD) contra os servidores.
Por esses motivos, os servidores entraram em greve. Agora, os
beneficiários precisarão ficar atentos as informações transmitidas pelo
INSS para averiguar se os pagamentos continuarão nas mesmas datas, sem
mudanças ou atrasos causados pela greve. A conceção de novos benefícios é
o serviço que fica mais vulnerável nestas condições. Todos terão de
aguardar.
O reajuste anunciado pela Petrobras na gasolina e no gás GLP nesta
segunda-feira, 08, reflete não só a alta do petróleo no mercado
internacional, mas também a valorização do dólar sobre o real. Em outras
palavras, isso quer dizer que os ataques de Lula à autonomia do Banco
Central e as críticas ao ajuste fiscal já tiveram impacto sobre a
inflação, como muitos especialistas alertavam.
Desde o último reajuste na gasolina, em 16 de agosto do ano passado, o
petróleo do tipo brent saltou de US$ 79,54 para US$ 86,54, um aumento
de 8,8%. No mesmo período, o dólar subiu mais em relação ao real, de R$
4,99 para R$ 5,47, um aumento de 9,61%.
Segundo a economista Andréa Angelo, da Warren Rena, a valorização do
dólar sobre o real teve um peso maior no aumento dos combustíveis do que
a alta do petróleo.
“Mais da metade da defasagem é explicada pela depreciação do real”, afirmou Andréa Angelo.
Ela calcula que o aumento dos dois combustíveis terão um impacto de
0,18 ponto percentual no IPCA deste ano. Com isso, a projeção da Warren
Rena subiu de 4,10% para 4,28%, acima da meta de 3% e muito próximo do
teto de tolerância de 4,5%.
O reajuste de R$ 0,20 no litro da gasolina equivale a uma alta de
7,8% no preço do combustível, ainda longe de zerar a defasagem, de 18%
segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis
(Abicom).
As críticas de Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos
Neto, tiveram correlação direta com a alta do dólar, embora o cenário
externo, com a perspectiva da manutenção dos juros nos EUA, também tenha
contribuído.
Em junho, levantamento feito pelo economista Silvio Campos Neto,
da Tendências Consultoria, já mostrava que a alta do dólar sobre o real
era muito mais intensa do que em relação a uma cesta de moedas de
países emergentes.
Lula colocou em xeque a autonomia do Banco Central, ao afirmar que
haveria uma “nova filosofia” com a indicação do próximo presidente, a
ser feita por ele, em dezembro. Também afirmou que considera gastos com
salário mínimo, saúde e educação como investimentos, diminuindo a margem
de manobra da equipe econômica para seguir com a agenda de reequilíbrio
fiscal. Com isso, o mercado passou a entender que o ajuste no País
seria mais lento, provocando depreciação da nossa moeda e aumento do
risco-país e das taxas mais longas de juros.
11/07/2024 – Diante do recente pleito de aumento imediato do imposto
de importação para veículos híbridos e elétricos para 35%, a Abeifa –
Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de
Veículos Automotores se posiciona contrária a quaisquer mudanças de
regras e apoia previsibilidade nas políticas industriais do setor
automotivo brasileiro, sobretudo em respeito aos clientes/consumidores
que têm o direito ao acesso e a escolha por tecnologias de ponta.
A entidade reforça o argumento de que políticas protecionistas não
trazem benefícios ao Brasil, ressaltando que nos anos 1990, não fossem a
abertura do mercado interno para veículos importados, o país não teria o
parque industrial de hoje com algumas dezenas de fabricantes.
“Nos encontramos na iminência de ter um grave retrocesso do setor
automotivo brasileiro”, alerta Marcelo de Godoy, presidente da Abeifa,
para quem “medidas protecionistas ou barreiras alfandegárias artificiais
são sempre ineficazes. A médio e longo prazos, são prejudiciais a toda a
cadeia automotiva e em especial ao Brasil. As importações, além de
regular o mercado interno por meio da competitividade de tecnologias e
de preços, desafiam as montadoras locais a melhorar seus próprios
produtos e ao aumento efetivo das exportações, o que vale dizer que a
competitividade coloca em xeque a indústria local”.
A Abeifa também se manifesta contrária à inclusão dos veículos
elétricos no imposto seletivo, da reforma tributária, em tramitação, e à
exclusão desses modelos na isenção do IPVA, privilegiando somente os
veículos híbridos abastecidos com hidrogênio ou etanol, no Estado de São
Paulo.
“Os veículos elétricos são mundialmente reconhecidos como uma das
principais soluções para a redução das emissões de gases de efeito
estufa e poluentes atmosféricos, contribuindo significativamente para a
melhoria da qualidade do ar e o combate às mudanças climáticas”,
argumenta Godoy, ”ignorar essa categoria de veículos no incentivo fiscal
demonstra falta de alinhamento com as tendências globais e com os
compromissos ambientais assumidos pelo Brasil. Além disso, a exclusão
dos veículos elétricos da isenção do IPVA desestimula a adoção de uma
tecnologia limpa e eficiente, dificultando o avanço do mercado de
veículos elétricos no país. Essa decisão contraria os interesses dos
consumidores que buscam alternativas mais sustentáveis e dos fabricantes
que investem em inovação e sustentabilidade”.
Números do semestre – As dez marcas filiadas à Abeifa – Associação
Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos
Automotores, com licenciamento de 7.979 unidades, das quais 7.830
importadas e 149 veículos de produção nacional, anotaram em junho último
alta em suas vendas de 3,2% ante maio, quando foram comercializadas
7.728 unidades. Comparado a junho do ano passado, o aumento é de 231,4%:
7.979 unidades contra 2.408 veículos.
Na importação, as 7.830 unidades vendidas significaram aumento de
3,3% ante as 7.582 unidades de maio último e alta de 247,1% ante junho
de 2023; enquanto na produção nacional – com 149 unidades – alta de
vendas foi de 2,1% ante maio último e queda de 2% ante junho de 2023.
No acumulado de janeiro a junho, importados mais as unidades aqui
produzidas, a Abeifa soma 45.766 unidades, 223,9% mais em relação aos
primeiros seis meses de 2023, quando foram emplacadas 14.131 unidades. O
acumulado somente de importados anotou crescimento de 235,3%: 44.921
unidades ante as 13.397 unidades do ano passado. No entanto, respondem
por 23,2% do total de importados no primeiro semestre do ano.
Destaque especial novamente para ao dados de emplacamento de veículos
eletrificados no período de janeiro a junho: os 41.417 veículos
eletrificados importados e emplacados pelas associadas à Abeifa
representam 52,2% do mercado total de 79.303 unidades emplacadas.
Participações – Em junho último, com 7.979 unidades licenciadas
(importados + produção nacional), a participação das associadas à Abeifa
foi de 3,94% do mercado total de autos e comerciais leves (202.474
unidades). Se consideradas somente as 7.830 unidades importadas, as
associadas à entidade responderam por apenas 3,86% do mercado interno
brasileiro, enquanto as unidades nacionais, com 149 veículos,
significaram marketshare de 0,07%.
As 45.766 unidades emplacadas nos primeiros seis meses do ano
representam marketshare de 4,25% do total de 1.077.062 unidades do
mercado interno brasileiro
Embora o ouro já
tenha servido como a principal moeda do mundo e também tenha sido
altamente requisitado entre as mais diferentes culturas no planeta,
existem diversos outros recursos naturais mais preciosos do que esse
metal. Desde os diamantes brilhantes até amostras de ródio, o ouro não
tem valor nem próximo ao que esses materiais podem oferecer.
Um deles é o irídio, um elemento químico que possui número atômico 77
e é classificado como um metal de transição. Na temperatura ambiente, o
irídio é sólido. Assim como o ouro, esse metal não é reativo e tem
densidade e ponto de fusão muito altos. Inclusive, o irídio é o elemento
mais resistente à corrosão da Tabela Periódica e por isso é altamente valioso.
Origem do Irídio
(Fonte: Getty Images)
Quem descobriu o irídio no mundo foi o químico inglês Smithson
Tennant, ou ao menos quem ganhou a fama. Segundo historiadores, um grupo
de químicos franceses composto por Collet-Descotils, Fourcroy e
Vauquelin teriam encontrado o metal pela primeira vez em minérios de
platina por volta de 1803.
Dada a alta densidade deste metal, a sua forma rara e pura é
raramente usada. Na realidade, alguns cientistas argumentam que o irídio
puro pode nem mesmo existir na natureza — um exemplo claro de sua
raridade. A maioria dos minérios contendo irídio possuem apenas uma
pequena porcentagem do metal em sua composição e podem ser achados na
África do Sul, Alasca, Brasil, Mianmar e Rússia.
Em vez disso, é comum que esse metal seja combinado com platina para
criar ligas que normalmente contêm 5 a 10% de irídio. Essas ligas são
usadas em joias, pontas de canetas, metais cirúrgicos e contatos
elétricos. Sendo assim, é bem provável que você já tenha entrado em
contato com esse metal sem nem mesmo saber, ou que esteja olhando para
ele neste exato momento.
Custo absurdo
(Fonte: Getty Images)
Um dos grandes problemas do irídio é que, por conta de sua raridade,
seu valor de mercado é completamente absurdo. Por isso, sua utilização
no dia a dia dos seres humanos é praticamente impossível, embora seja
uma liga bastante eficiente. Para se ter noção, cada grama desse metal
chega a custar US$ 160, enquanto a grama de ouro está custando
aproximadamente US$ 74.
Somente na última década, o preço do irídio chegou a subir mais de 10
vezes e deverá aumentar até 100 vezes conforme novas aplicações para
ele são descobertas. Por esse motivo, alguns pesquisadores têm
trabalhado para encontrar outras matérias-primas a custos bem mais
baixos que possam realizar o mesmo papel.
Até o momento, os cientistas relatam ter encontrado 10 ligas
promissoras, todas usando metais de baixo custo, como vanádio, ferro,
níquel e alumínio. Apesar de tudo, embora estejam lidando diretamente
com uma indústria com vendas na casa de centenas de bilhões de dólares, o
irídio ainda dá indícios de que dominará o mercado por algum tempo.