A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou nesta
segunda-feira (8), após a retirada do sigilo do inquérito da Polícia
Federal (PF) que apura possíveis desvios das joias sauditas, recebidas
como presente em visita ao Oriente Médio. Bolsonaro e outras 11 pessoas
foram indiciadas por crimes relacionados ao caso. Segundo a PF, o grupo
que atuou na suposta venda ilícita das peças milionárias teria agido
para enriquecimento ilícito do ex-presidente. Os advogados de Bolsonaro
afirmam que os presentes ofertados à Presidência da República “obedecem a
um rígido protocolo de tratamento e catalogação”, sobre o qual “o Chefe
do Executivo não tem qualquer ingerência, direta ou indireta”. De
acordo com a defesa, o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica
(GADH), que é o responsável por definir se o bem será destinado ao
acervo público ou ao acervo privado de interesse público da Presidência,
é composto por servidores de carreira que vinham de gestões anteriores.
O documento chama o inquérito das joias de “insólito”, por voltar-se
“só e somente ao Governo Bolsonaro, ignorando situações idênticas
havidas em governos anteriores”. A defesa diz ainda que Bolsonaro
compareceu de forma espontânea, após ser noticiado da necessidade da
restituição, e decidiu que os bens fossem devolvidos. No parecer, os
advogados do ex-presidente defendem que em momento algum ele pretendeu
ter para si “bens que pudessem, de qualquer forma, serem havidos como
públicos”. Confira abaixo a íntegra da nota da defesa de Bolsonaro no
caso das joias: A defesa de Jair Messias Bolsonaro, diante da decisão
proferida nesta data, tornando públicos os autos da Pet 11645, que versa
sobre bens do acervo de presentes oferecidos ao ex-Presidente durante
seu mandato, vem esclarecer o seguinte: Os presentes ofertados a um
Presidência da República obedecem a um rígido protocolo de tratamento e
catalogação e sobre o qual o Chefe do Executivo não tem qualquer
ingerência, direta ou indireta, sendo desenvolvido pelo “Gabinete
Adjunto de Documentação Histórica” (“GADH”), responsável por analisar e
definir, a partir dos parâmetros legais, se o bem será destinado ao
acervo público ou ao acervo privado de interesse público da Presidência
da República. Referido Gabinete, esclareça-se, é composto por servidores
de carreira e que, na espécie, vinham de gestões anteriores. Note-se,
ademais disso, que todos os ex-Presidentes da República tiveram seus
presentes analisados, catalogados e com sua destinação definida pelo
“GADH”, que, é bem de se ver, sempre se valeu dos mesmos critérios
empregados em relação aos bens objeto deste insólito inquérito, que,
estranhamente, volta-se só e somente ao Governo Bolsonaro, ignorando
situações idênticas havidas em governos anteriores. No curso desta mesma
investigação — repita-se, estranhamente direcionada apenas ao
ex-Presidente Bolsonaro —, houve representação para a inclusão do atual
Presidente da República, tendo em vista as próprias declarações do mesmo
de que, quando no exercício de mandato, havia recebido um relógio da
sofisticada marca Piaget, presenteado pelo ex-Presidente da República
Francesa, Jacques Chirac. A despeito de tratar-se de situação
absolutamente análoga, inclusive quanto a natureza e valor expressivo do
bem, o Ministro Alexandre de Moraes, na condição de relator da presente
investigação, determinou o pronto arquivamento da representação, em 6
de novembro de 2023, sem declinar as razões que tornariam aquela
situação legítima e a do ex-Presidente Bolsonaro não. Importa, ainda,
lembrar que o ex-Presidente Bolsonaro, desde que foi noticiado, em março
do ano passado, que o Tribunal de Contas da União havia aberto
procedimento voltado a avaliar a destinação dos bens aqui tratados para o
acervo privado de Presidência da República, antes mesmo de qualquer
intimação ou ciência oficial, compareceu de forma espontânea aos autos e
requereu que os referidos bens fossem, desde logo, depositados naquela
Corte de Contas. A iniciativa visava deixar consignado, ao início da
menor dúvida, que em momento algum pretendeu se locupletar ou ter para
si bens que pudessem, de qualquer forma, serem havidos como públicos. Se
naqueles autos colocou-se em discussão o status legal de tais itens,
dada a complexidade das normas que teoricamente disciplinam a dinâmica
de bens dessa ordem, requereu-se, ad cautelam, que desde logo ficassem
sob a custódia do poder público, até a conclusão da discussão sobre sua
correta destinação, de forma definitiva. A presente investigação — assim
como as demais que colocam hodiernamente o ex-Presidente como
protagonista —, ressente-se, ainda, da evidente incompetência do Supremo
Tribunal Federal e da inexistência de qualquer prevenção do Ministro
Alexandre de Moraes enquanto relator, aspecto sobre o qual a
Procuradoria Geral da República, já em agosto de 2023, expressamente
declinou da competência para a tramitação da apuração, indicando o MM.
Juízo de 1.ª instância em Guarulhos. Como sói acontecer nos feitos que
envolvem o ex-Presidente, a apuração permaneceu tramitando na Suprema
Corte, ignorando-se a manifestação da PGR. Por último, a defesa
manifesta sua completa indignação com o fato de que o relatório
apresentado pela Polícia Federal, imputou — de forma temerária e despida
de quaisquer fundamentos factuais ou mercadológicos —, que o
ex-presidente teria tentado beneficiar-se de valores contabilizados na
absurda ordem de R$ 25.000.000,00, afirmação que, somente após enorme e
danosa repercussão midiática, foi retificado pela Polícia Federal.
Bravo Motor Company desistiu de erguer um complexo em Minas Gerais e vai investir R$ 1,27 bilhões no estado baiano
O Brasil finalmente começará a produzir baterias. A Bravo Motor
Company, empresa de mobilidade elétrica fundada pelo arquiteto argentino
Miguel Angel Bravo, assinou na sexta-feira uma parceria estratégica com
o Estado da Bahia para instalar a primeira gigafábrica de baterias de
lítio da América Latina. O anúncio foi feito logo depois que a gigante
automotiva chinesa BYD também escolheu a Bahia para instalar sua nova
fábrica de carros elétricos.
O anúncio da parceria estratégica ocorreu na tarde de sexta-feira
(5), em Salvador, com a presença de Eduardo Javier Muñoz, CEO da Bravo
Motor Company. ” Esse marco representa um avanço significativo na
transição energética e no desenvolvimento econômico sustentável do
Brasil”, disse Muñoz.
A assinatura do acordo também contou com a presença das autoridades
do município de São Sebastião do Passé, onde a fábrica de baterias será
construída. A cidade fica a 35 km de Camaçari, onde a BYD terá a sua
fábrica. Porém, a fabricante chinesa não deve usar as baterias da Bravo,
pois também terá sua linha de montagem para este componente – a BYD
nasceu como uma produtora de baterias e só depois começou a desenvolver
veículos.
O plano inicial da Bravo era ter uma fábrica de baterias e carros
elétricos em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG),
em parceria com a ABB. O anúncio foi feito em 2021 com
a presença do governador do estado Romeu Zema (NOVO). Em conversa com o
Diário do Comércio, Muñoz explicou que a decisão de trocar de estado
foi tomada por uma diferença na atitude entre a Bahia e Minas Gerais
sobre as políticas econômicas e financeiras.
“Nossa proposta de negócio encontrou maior apoio e convergência na
Bahia, onde as diretrizes em relação à eletromobilidade e ao hidrogênio
são claras, segmentadas e específicas. Essa clareza é fundamental para o
desenvolvimento e o avanço da indústria nesse setor”, explica o
executivo. Em 2023, Zema criticou os carros elétricos e disse que “são uma ameaça aos nossos empregos”, o que mostra a diferença de posicionamento.
A fábrica produzirá células de bateria de lítio para veículos
elétricos e Sistemas de Armazenamento de Energia por Bateria (BESS):
“Esses produtos são essenciais para garantir a liderança do Brasil na
transição energética e na descarbonização da economia”, disse a empresa.
A assinatura do acordo incluiu a doação pelo município de um terreno de
400.000 metros quadrados, localizado a 50 quilômetros da cidade de
Salvador, na rodovia BR324. A fábrica será chamada de “Colossus
Cluster”.
A capacidade de produção estimada da fábrica será de 1 GWh por ano. A
meta é atingir 5 GWh por ano até 2027. A Bravo Motor Company estima que
o setor automotivo da América Latina demandará 45 GWh por ano até 2030.
Os principais clientes serão veículos pesados (caminhões e ônibus), mas
também carros de passeio leves. O investimento nessa primeira etapa é
de US$ 110 milhões (R$ 548,3 milhões) e serão criados 450 empregos. O
aporte total será de R$ 1,27 bilhões.
A Bravo Motor Company fabricou protótipos de carros elétricos na
Argentina, mas cancelou seus planos em nosso país devido a obstáculos
políticos de diferentes governos. Em 2012, Miguel Angel Bravo decidiu
estabelecer sua empresa nos Estados Unidos e depois expandiu para o
Brasil. Hoje, a empresa conta com a associação de parceiros
reconhecidos, como Rockwell Automation, SMC Automação do Brasil, ABB,
AI-Bess Technology e EVE Energy Co Ltda.
História de CATIA SEABRA, BRUNO BOGHOSSIAN E IDIANA TOMAZELLI – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Ministros do governo Lula têm se reunido
com dirigentes do PT, partido do presidente, com o objetivo de aplacar
resistências internas a possíveis cortes de despesas que atinjam
benefícios da área social.
Há cerca de duas semanas, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e
do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, debateram medidas
econômicas com a cúpula petista durante um jantar oferecido pela
tesoureira do PT, Gleide Andrade, em Brasília.
À mesa, os dirigentes da maior corrente interna da sigla a CNB
(Construindo um Novo Brasil) ouviram da dupla argumentos favoráveis às
ações adotadas em seus ministérios.
A conversa passou pelo pente-fino em benefícios pagos pelo governo,
medida anunciada pelo ministro da Fazenda com o aval de Lula para
reduzir despesas.
Diante de Haddad, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi
Hoffmann (PR), reafirmou suas críticas ao ajuste fiscal promovido pela
Fazenda. Segundo relatos de participantes, Gleisi foi incisiva ao dizer
que a fixação de uma meta de déficit zero foi um erro cometido pelo
governo.
Durante o jantar, Gleisi também reclamou da hipótese de uma
flexibilização de pisos constitucionais para Saúde e Educação, aventada
pela equipe econômica e desautorizada publicamente por Lula. De acordo
com relatos, ela afirmou que essa medida seria a frustração de
compromissos históricos do partido.
Haddad, por sua vez, defendeu o ajuste fiscal como garantidor de
previsibilidade econômica. Ele apontou a aprovação do arcabouço fiscal
em substituição ao teto de gastos como um avanço da atual gestão.
Ainda segundo relatos, Gleisi dirigiu suas críticas à revisão de
beneficiários do Bolsa Família, a cargo da pasta de Wellington Dias. Ela
se queixou especificamente da reavaliação dos benefícios concedidos às
chamadas famílias unipessoais, compostas por uma única pessoa.
A revisão conduzida pelo governo Lula já tirou do programa quase 2
milhões de pessoas que recebiam o benefício irregularmente ou integravam
uma família maior, mas fizeram uma opção indevida pela divisão do
cadastro. A Fazenda quer que o ministério de Dias aprofunde essa
reavaliação.
No jantar, Gleisi disse que a atualização cadastral afeta a base
social do governo Lula. Ela disse já haver reação entre apoiadores do
presidente e recomendou cuidado para que não sejam cometidas injustiças.
Wellington alegou que a averiguação cadastral analisa indícios de
inconsistências. O ministro afirmou ainda que outros benefícios estão
sendo concedidos no lugar dos suspensos.
Descrevendo a reunião como bastante cordial, Wellington disse que
pediu para fazer nas próximas semanas uma apresentação das ações do
ministério às bancadas do PT na Câmara e no Senado, além do Diretório
Nacional da legenda.
O corte de despesas com benefícios sociais foi anunciado oficialmente
por Haddad na última quarta-feira (3), após uma reunião com Lula. Ao
seu lado estavam os ministros Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet
(Planejamento), Esther Dweck (Gestão) e Alexandre Padilha (Relações
Institucionais).
Em 2025, o governo espera poupar pelo menos R$ 25,9 bilhões com essas
ações. As medidas incluem revisões cadastrais no BPC (Benefício de
Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa
renda, no seguro-defeso, pago a pescadores artesanais no período em que a
atividade é suspensa, e em benefícios por incapacidade, como
auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.
Em entrevista recente ao UOL, Lula afirmou que o governo trabalhava
para conter gastos excessivos e tentaria identificar “pessoas que não
deveriam receber e que estão recebendo”.
As medidas foram definidas sob a coordenação da equipe econômica, mas
a estratégia é que o anúncio dos detalhes de cada revisão sejam
anunciados pelos ministérios finalísticos Desenvolvimento Social e
Previdência Social entre eles.
A intenção é dar uma demonstração pública de coesão do governo em
torno do plano, depois de as próprias pastas resistirem inicialmente ao
pente-fino.
Além de dirigentes do PT, integrantes da equipe econômica têm
conversado com parlamentares da sigla para esclarecer dúvidas. O diálogo
é considerado importante, dado que parte da revisão dependerá de
medidas legislativas.
Um dos argumentos do time da Fazenda para aplacar as resistências é
que não está em pauta a desvinculação dos benefícios à correção
concedida ao salário mínimo, nem a flexibilização dos pisos
constitucionais de Saúde e Educação.
Aliados de Haddad não veem razão para o PT ficar incomodado com as
medidas de revisão e argumentam que o governo garantiu um “colchão
social” importante com a retomada da política de valorização do salário
mínimo, que assegura ganhos reais (acima da inflação) e não será
modificada pelo Executivo.
Na reunião de quarta, integrantes da equipe econômica inclusive
afirmaram ao presidente que sua promessa de campanha, de “incluir o
pobre no Orçamento e o rico no Imposto de Renda”, está sendo cumprida
com a valorização do salário mínimo, de um lado, e a taxação de fundos
de super-ricos e em paraísos fiscais, de outro.
Auxiliares do presidente reconhecem, em caráter reservado, que a
oposição deve explorar os cortes para acusar Lula de abandonar uma
plataforma de campanha. Por isso, dizem, é necessário que o PT esteja na
linha de frente da defesa do ajuste.
Essa agenda também busca evitar obstáculos no Congresso Nacional,
como o enfrentado em maio, quando a bancada do PT se rebelou contra a
taxação de importações de até US$ 50.
Os parlamentares petistas também reclamaram a Padilha por terem sido
surpreendidos por propostas encaminhadas ao Congresso, sem prévio debate
com as bancadas.
Procurada para falar sobre as críticas à política econômica, Gleisi
não quis se manifestar. Outro participante do jantar disse que as
ressalvas da deputada são de conhecimento público e que essas reuniões
permitem que dúvidas sejam esclarecidas, em âmbito restrito, antes que
cheguem ao público.
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (8) que aumentará em R$ 0,20
o preço do litro da gasolina a partir desta terça-feira (9). Com o
reajuste, de 7,12%, o preço de venda da gasolina A para as
distribuidoras passará a ser de R$ 3,01 por litro.
O impacto no preço da gasolina vendida ao consumidor final, que tem
27% de etanol em sua composição, deverá ser de R$ 0,15 por litro. No
entanto, o valor cobrado pelos postos de combustível depende de cada
varejista, uma vez que ainda são incluídos no valor as margens de lucro
do comerciante e da distribuidora, além dos custos associados ao
transporte.
Segundo a Petrobras, esse é o primeiro reajuste da gasolina neste
ano. A última vez que a estatal havia modificado o preço do produto
havia sido em 21 de outubro de 2023, quando houve redução de 4%.
O último aumento ocorreu em 16 de agosto daquele ano (16%).
GLP
A Petrobras também anunciou aumento do preço do gás de cozinha (GLP),
que subirá R$ 3,10 por botijão de 13h kg (9,81%) e passará a custar R$
34,70. O último ajuste no preço do gás de botijão havia sido feito em 1º
de julho de 2023, quando houve queda (-3,9%). O último aumento (24,9%)
havia sido feito em 11 de março de 2022.
As oliveiras são famosas pela resistência à seca e ao calor, e já na
Grécia antiga eram um símbolo de força. Mas as mudanças climáticas estão
mostrando que mesmo elas têm um limite, atingido no verão passado no
sul da Europa, o mais quente em dois mil anos.
A árvore identifica o momento da floração pelas alterações de
temperatura, e uma primavera mais quente que o normal faz as flores
desabrocharem antes do tempo. Como resultado, o fruto – a apreciada
azeitona – perde em qualidade e quantidade. Além disso, em caso de seca
extrema, a oliveira pode nem produzir frutos naquele ano.
O sul da Europa é a maior região produtora de azeite de oliva do
mundo. Na safra de 2022/23, sua produção foi um terço menor que a
anterior. A colheita da nova safra começa só em outubro, os estoques
estão baixos e o preço não para de subir – inclusive no Brasil.
Em maio, a inflação do azeite em 12 meses atingiu 49% no
Brasil, mais que 12 vezes a inflação geral no período, de 4%. Uma
garrafa de 500 mil é hoje vendida por cerca de R$ 50, o que levou
supermercados a protegê-las como fazem com bebidas caras.
Especialistas ouvidos pela DW afirmam que a safra deste ano no sul da
Europa tende a ser melhor que a passada, mas a recuperação plena deve
levar de dois a três anos, se o clima permitir. Ao contrário de
colheitas como a da soja ou milho, na qual a cada ciclo a planta inteira
é retirada, as oliveiras são uma cultura permanente e as árvores levam
um tempo para se recuperar após um evento extremo.
Para os brasileiros que usam o azeite no dia a dia, as notícias não
são boas. O preço deve seguir nessa faixa ou subir ainda mais devido
alta do dólar – que na quarta-feira, 3, acumulava valorização de 17%
sobre o real desde o início do ano.
“Devido a questões climáticas, a produtividade das oliveiras
no Mediterrâneo diminuiu, e isso explica a alta do preço ao longo de
2023. Vemos uma alta menor em 2024, mas os choques cambiais do momento
terão reflexo nas prateleiras, inclusive no azeite”, diz Felippe
Serigati, pesquisador do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação
Getúlio Vargas (FGV Agro).
De onde vem o azeite consumido no Brasil
O Brasil é o segundo maior mercado consumidor de azeite do mundo, e
também o segundo maior importador, atrás somente dos Estados Unidos,
afirma Renato Fernandes, presidente do Instituto Brasileiro de
Olivicultura (Ibraoliva). Os brasileiros consomem cerca de 100 milhões
de litros por ano, dos quais mais de 99% são importados.
O maior produtor mundial de azeite é a Espanha, que respondeu
em 2022/23 por 28,6% do mercado, seguido por Turquia (13,9%), Grécia
(12,8%) e Itália (8,6%), segundo dados do Conselho Oleícola
Internacional (IOC, na sigla em inglês).
Por motivos históricos e de tradição comercial, o Brasil importa a
maior parte do azeite que consome de Portugal, responsável por 4,6% da
produção mundial. Em 2023, os brasileiros importaram cerca de 47 milhões
de litros de azeite de oliva português, quase quatro vezes mais que o
volume comprado da Espanha, no segundo lugar, segundo dados do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O azeite de oliva produzido no Brasil é um mercado de nicho. Em 2023,
a safra foi de apenas 700 mil litros, a maior parte oriunda do Rio
Grande do Sul.
Um efeito colateral do aumento do preço é o estímulo à adulteração.
Em março, o Ministério da Agricultura e Pecuária e a Polícia Civil do
Rio de Janeiro e a Polícia Militar de São Paulo realizaram uma operação
contra a adulteração de azeite de oliva com a adição ilegal de óleo de
soja em uma fábrica clandestina em Saquarema (RJ), que aprendeu 104 mil
litros de produtos.
Além do problema com adulteração, Fernandes afirma que o Brasil tem
um “problema grave de classificação do azeite”. Em 2023, uma análise não
representativa feita pelo Ministério do Agricultura com 46 amostras
apontou que 82,6% delas tinham irregularidades na classificação – eram
comercializadas como extravirgem sem que atendessem aos padrões
sensoriais dessa classificação superior.
Espanha zera imposto sobre azeite
O brasileiro consome em média 500 gramas de azeite de oliva por ano,
segundo o IOC. Um volume pequeno se comparado aos países do sul da
Europa, onde o azeite é um item tradicional da dieta mediterrânea. Os
espanhóis consomem 11,4 quilos por ano, os gregos, 10,3 quilos, e os
italianos, 7,1 quilos.
Na Espanha, o preço do azeite triplicou desde janeiro de 2021, e o
consumo caiu 20%, forçando o governo a agir. Em junho, as autoridades
anunciaram que a partir desta segunda-feira (01/07) até o final de
setembro o azeite de oliva ficará isento do imposto sobre valor
agregado. De outubro a dezembro, a alíquota será de 2% e, a partir do
ano que vem, o produto será considerado item de primeira necessidade,
taxado a 4%.
A isenção do imposto sobre azeite de oliva foi uma das condições
colocadas pelo partido Juntos pela Catalunha para aprovar a prorrogação
do decreto anticrise do governo do premiê Pedro Sánchez em dezembro de
2023, mas que ainda não havia sido implementada. A secretária do Tesouro
espanhol, María Jesús Montero, afirmou que a decisão refletia “a
importância do azeite de oliva na dieta mediterrânea e para um estilo de
vida saudável”.
A queda do consumo não atingiu somente os espanhóis. Uma pesquisa
divulgada no final de junho indicou que um terço dos italianos também
havia diminuído o consumo de azeite de oliva extra virgem em função da
alta do preço.
Na Grécia, as perspectivas para a safra de oliveiras neste ano não
são boas, segundo a cooperativa de agricultores de Kalamata, a maior
região produtora de azeite do país. O inverno foi o mais quente desde o
início dos registros e as oliveiras floresceram antes da época, “o que
certamente criará problemas” para a safra, disse Michalis Antonopoulos
em março à agência de notícias Reuters.
Preparação para o futuro
O calor e a seca fora do comum não são o único problema para as
oliveiras. Na região central da Itália, em vez da seca, o problema
climático deste ano para os olivicultores foi o excesso de umidade na
época da floração, que também afeta o desenvolvimento dos frutos.
Uma situação parecida prejudicou os produtores gaúchos no ano
passado, quando o inverno mais ameno que o normal e o excesso de chuvas
em setembro fez com que muitas oliveiras não florescessem.
“Embora as mudanças climáticas, na média, elevem a temperatura, o
fato que mais tem prejudicado a produção agropecuária é a variabilidade
climática. Quando há onda de calor, é mais intensa, quando há queda de
temperatura, também é mais intensa – você torna o ambiente mais
volátil”, diz Serigati.
Uma alternativa para os olivicultores se prepararem para essa nova
realidade é pesquisar quais espécie de oliveiras se adaptam melhor a
condições de estresse hídrico ou de excesso de humidade, afirma
Fernandes.
O setor também avalia medidas como cultivar mais de uma espécie na
mesma área, investir no cuidado do solo para proteger mananciais e
melhorar a retenção de água ou, no limite, mover as plantações para
outras regiões.
Maior empresa aeroespacial do mundo pagará multa milionária
após acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos por quedas
que mataram 346 pessoas e ficará livre de um julgamento.
A Boeing aceitou se declarar culpada em uma investigação sobre dois
acidentes aéreos envolvendo o modelo 737 MAX, ocorridos em 2018 e 2019,
na Indonésia e na Etiópia, que mataram 346 pessoas. Maior empresa
aeroespacial do mundo, a companhia americana pagará uma multa milionária
após acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O anúncio
foi feito neste domingo (07/07).
O acordo, que ainda precisa ser aprovado por um juiz federal, envolve
se declarar culpada de fraude na certificação desses aviões e evitaria
um julgamento. A empresa pagará uma multa de 244 milhões de dólares e
investir 455 milhões de dólares, nos próximos três anos, para melhorar
seus programas de conformidade e segurança.
O valor estabelecido, entretanto, é muito menor do que os 24,8
bilhões de dólares que as famílias das vítimas exigiam da fabricante. Em
comunicado, a Boeing apenas confirmou que havia chegado a “um princípio
de acordo sobre os termos de uma resolução com o Departamento de
Justiça, sujeito à aprovação de termos específicos”.
Desde janeiro deste ano, quando o painel da porta de um 737 MAX 9, da
Alaska Airlines, desprendeu-se do avião em pleno voo, a Boeing passou a
serinvestigada de maneira minuciosa por
diferentes agências do governo americano. As investigações encontraram
falhas durante o processo de fabricação da aeronave. A reputação da
empresa, entretanto, já estava manchada pelos acidentes anteriores.
Acidentes envolvendo o 737 MAX
Os dois acidentes que motivaram o acordo ocorreram num intervalo de
seis meses e envolveram o modelo 737 MAX 8. O primeiro foi em outubro de
2018, num voo da empresa Lion Air que saiu de Jacarta, na Indonésia, e
caiu no mar após a decolagem. O segundo, ocorrido em março de 2019, foi
em um voo que partiu de Joanesburgo, na África do Sul, operado pela
Ethiopian Airlines, que também caiu minutos após decolar.
Em 2020, um relatório do Congresso dos Estados Unidos revelou falhas
de design e uma cultura de acobertamento na empresa, assim como erros
por parte da Administração Federal de Aviação (FAA). Os dois acidentes
deixaram um prejuízo histórico para a Boeing.
Neste ano, a empresa voltou aos holofotes quando, no dia 5 de
janeiro, a porta de um 737 MAX se soltou da fuselagem, forçando os
pilotos a realizarem um pouso de emergência. O acidente não teve
vítimas, mas levou a FAA a suspender por três semanas o modelo de avião.
Uma reportagem do jornal The New York Times revelou que
foram realizadas 89 auditorias após o acidente, nas quais foram
encontrados vários casos de descumprimento das exigências de controle de
qualidade por parte da Boeing e seus fornecedores. A empresa Spirit
AeroSystems, uma das fornecedoras da companhia, foi aprovada apenas em
seis das 13 auditorias realizadas.
Há investigações abertas contra a Boeing pelo Departamento de Justiça
dos EUA e pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB).
Além do modelo 737 MAX, outros aviões da empresa também se envolveram em
acidentes recentes. No dia 13 de janeiro deste ano, um 737-800 operado
pela companhia aérea All Nippon Airways precisou
retornar à pista de decolagem ao descobrirem uma rachadura na janela da
cabine do piloto. Os 59 passageiros e seis tripulantes não se feriram.
Outras investigações
Autoridades da Nova Zelândia e do Chile também investigam o que levou
um Boeing 787 da Latam a perder altitude abruptamente durante um voo
entre Sydney (Austrália) e Auckland (Nova Zelândia), que teria como
destino final a cidade de Santiago, no Chile. A Comissão de Investigação
de Acidentes de Transportes (Taic) da Nova Zelândia está analisando as
gravações contidas na caixa-preta do avião. O incidente ocorreu num voo
com 263 passageiros e deixou 50 pessoas feridas.
Entrevista com Carlos Correa – APAS (Associação Paulista de Supermercados)
O mercado plant-based no Brasil tem se destacado como uma das
tendências mais promissoras do setor alimentício. Em uma entrevista
exclusiva concedida à Plant-Based Tech, o Diretor-Geral da APAS
(Associação Paulista de Supermercados), Carlos Correa, compartilhou suas
perspectivas e insights sobre esse fenômeno em ascensão.
Um olhar otimista para o futuro
Carlos Correa expressa um entusiasmo notável em relação ao
crescimento do mercado plant-based. “A demanda do consumidor por esse
tipo de produto aumenta cada vez mais e o Brasil tem um mercado bem
promissor”, afirma Correa. Segundo ele, um recente levantamento da APAS
indica que os produtos saudáveis estão em franca aceleração, com os
alimentos não-industrializados predominando nas cestas de compras dos
brasileiros. Este movimento é impulsionado por uma busca crescente por
uma alimentação mais saudável, motivada por diversos fatores.
Receptividade e expansão nos supermercados
A aceitação dos produtos plant-based no mercado tem sido positiva. “O
mercado opta por disponibilizar à sociedade cada vez mais variedade
desses produtos, uma vez que a demanda por parte do consumidor registra
constante crescimento”, explica Correa. Nos supermercados, é possível
encontrar uma vasta gama de itens, incluindo cereais integrais, frutas,
verduras, legumes e sementes.
A APAS tem desempenhado um papel ativo na promoção desse mercado.
Correa destaca o sucesso da APAS SHOW, onde produtos orgânicos e
plant-based ganharam um espaço significativo. Além disso, a APAS firmou
um acordo de cooperação técnica com a CEAGESP, visando o desenvolvimento
de boas práticas e o incentivo ao mercado de Frutas, Legumes e Verduras
(FLV).
Acessibilidade para todos
Embora o plant-based inicialmente tenha sido associado a consumidores
de alto padrão aquisitivo, essa realidade está mudando. “Vem crescendo a
parcela de consumidores de todas as classes que consomem e veem valor
nesse tipo de alimentação”, observa Correa. Ele reconhece que o preço
final dos produtos plant-based ainda pode ser mais alto, mas acredita
que a maior variedade e oferta podem oferecer mais opções aos clientes.
Segundo uma pesquisa recente da APAS, 65% dos brasileiros consomem
orgânicos, com essa participação subindo para 71% entre os jovens de 18 a
34 anos. Esses números indicam um interesse crescente por parte dos
consumidores em adotar uma alimentação mais saudável.
Perspectivas de crescimento
Correa está confiante no crescimento contínuo do setor plant-based no
Brasil. “Os produtos saudáveis têm registrado crescimento ano após ano
em todas as cestas”, afirma. Ele enfatiza que os consumidores estão cada
vez mais conscientes da origem dos produtos e de seu impacto na saúde e
no meio ambiente.
Expansão nos Supermercados
Quando questionado sobre a presença dos produtos plant-based nos
supermercados, Correa explica que a oferta varia conforme a região e o
porte das lojas. “A maior parte dos supermercados de médio e grande
porte possuem uma ampla gama de produtos plant-based”, relata. Para os
próximos cinco anos, ele projeta um crescimento expressivo desse
mercado, apoiado tanto na mudança dos hábitos de consumo quanto na
ampliação da oferta de novos produtos pela indústria alimentícia.
Adaptação dos supermercadistas
Os supermercadistas têm demonstrado uma abertura significativa para a
tendência do vegetarianismo e da alimentação saudável. “O
supermercadista tem o desafio de estar sempre atento às constantes
mudanças de demandas e perfis dos consumidores”, destaca Correa. A
alimentação saudável e natural já é uma realidade em muitos
supermercados, com gôndolas dedicadas a produtos naturais se tornando
cada vez mais comuns.
Conclusão
O crescimento do mercado plant-based no Brasil é uma realidade
promissora, refletindo a busca dos consumidores por uma alimentação mais
saudável e sustentável. A APAS, sob a liderança de Carlos Correa,
continua a desempenhar um papel crucial nesse movimento, promovendo e
incentivando a oferta de produtos plant-based nos supermercados no
Estado de São Paulo. Como bem resumiu Correa, “A alimentação saudável e
natural virou uma escolha de uma vida mais feliz e equilibrada.”
Plant-Based Tech
A CEO da TRIOXP Feiras e Eventos, organizadora da Plant Based Tech,
Lúcia Abdala, também destaca o grande potencial do mercado brasileiro
para o setor plant-based. “O Brasil é um dos mercados mais promissores
para o setor plant-based. A nova geração busca alimentos e produtos
sustentáveis que não agridam o meio ambiente. Cada vez mais
empreendedores buscam novidades que atendam às expectativas desse
consumidor,” afirmou Lúcia. Ela ressalta a importância de eventos como a
Plant-Based Tech, que serve como um palco para discussões e
apresentação de novas tecnologias de produção, soluções para a
indústria, embalagens e novos produtos focados em food services e
varejo.
A “fome de tempo” é um sentimento cada vez mais comum na sociedade
moderna, caracterizado pela sensação de que o tempo disponível é
insuficiente para realizar todas as tarefas e obrigações do dia a dia.
Pessoa cansada (Foto: Pexels)
A “fome de tempo” é um sentimento cada vez mais comum na sociedade
moderna. Para você ter uma noção, se caracteriza pela sensação de que o
tempo disponível é insuficiente para realizar todas as tarefas e
obrigações do dia a dia. Essa percepção gera estresse, ansiedade,
cansaço e frustração, impactando negativamente a qualidade de vida.
Para você ter uma noção, 4 a cada 5 residentes empregados nos Estados Unidos sentem-se sem tempo, de acordo com um estudo de 2018.
Qual é o efeito da “fome de tempo” no cérebro?
O excesso de ocupação pode levar a uma redução na produção de serotonina, o hormônio do bem-estar.
Quando estamos constantemente sentindo sobrecarga, o cérebro
não tem tempo para consolidar novas conexões neurais, essenciais para o
seu funcionamento saudável.
Isso pode levar a problemas de memória, diminuição da capacidade de
aprendizado, dificuldade de concentração e alterações de humor.
E qual é a relação com a felicidade neste cenário? Pessoas mais felizes normalmente vivem vidas mais longas e saudáveis, mostram pesquisas. As empresas que apoiam o bem-estar dos funcionários também são mais lucrativas, de acordo com uma Pesquisa Even de 2023 .
A boa notícia: existem algumas maneiras de reduzir a
fome de tempo e ser mais feliz, segundo a pesquisadora Laurie Santos,
que participou do South by Southwest este ano:
Diga mais não
Combater a “fome de tempo” envolve aprender a dizer “não” a tarefas
que não são essenciais, tanto para os outros como para você.
Repense o conceito de produtividade
Laurie propõe questionar a ideia tradicional de produtividade e
evitar cair na armadilha da “pseudo-produtividade”, onde estar ocupado
não necessariamente se traduz em resultados eficazes.
Tenha autocompaixão e se abrace
Evite a pressão constante de fazer mais e reconhecer a importância de
cuidar de si mesmo, evitando se sobrecarregar com tarefas
desnecessárias.
Cultive conexões interpessoais
Faça amizades no ambiente de trabalho para tornar as atividades mais
agradáveis e produtivas, destacando a relevância de ter amigos no
ambiente profissional.
Por que importa?
Essas estratégias visam ajudar a lidar com a sensação de falta de
tempo e aprimorar a eficiência no trabalho, promovendo um equilíbrio
saudável entre vida profissional e pessoal.
Guilherme Dias – Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG)
Eu vejo todos os dias o anunciante separando seus R$ 10.000,00 pra
fazer uma campanha no rádio, R$ 3.000,00 para sair em uma revista local,
pelo menos R$ 9.000,00 para fazer uns 3 pontos de mídia exterior, mas
na hora de tirar o escorpião do bolso pra comprar mídia online, qualquer
“milão” é “caro demais”.
Eu sinceramente não sei de onde veio este mito de que fazer anúncios
na internet merece menos atenção financeira do que outros meios. A
lógica deveria ser justamente a inversa.
Nenhum outro tipo de mídia retém tanta atenção do público comprador como na internet.
O Brasil é o terceiro país do mundo onde as pessoas mais ficam
conectadas, passando mais de 10 horas por dia online (DEZ HORAS POR
DIA!).
Ficamos atrás apenas de África do Sul e Filipinas.
Qual outra mídia prende a atenção das pessoas por DEZ HORAS?
Qual outra mídia pode colocar sua marca literalmente na mão do seu cliente ideal?
Qual outra mídia pode colocar sua marca na mão do seu cliente no EXATO momento que ele está propenso a fazer uma compra?
Qual outra mídia pode rastrear, seguir o seu cliente de acordo com os hábitos de consumo dele?
Qual outra mídia pode segmentar um anúncio de acordo com os interesses, medos, desejos, ações, intenções…
Qual outra mídia pode oferecer um contato com seu cliente ideal 24 horas por dia, 7 dias por semana?
Absolutamente nenhuma além da internet.
E agora, me conta…qual o motivo da internet receber menos investimento comparado à mídia tradicional?
Marketing Digital é barato, mas não é de graça.
Vamos fazer uma conta de padaria:
Quanto custa imprimir 1.000 flyers (folhetos) e distribuir no sinal?
Papel couchè brilho 90g 4×4 cores, em gráfica de internet (qualidade bem meia boca), com frete sai em torno de R$ 250,00.
Para a distribuição, você não vai encontrar quem faça por menos de R$ 70 a diária.
Você não tem a garantia de entrega. Já ví muito “panfleteiro” jogando
metade do material no bueiro, ou entregando 2 de uma vez só em cada
carro. Mas vamos tirar essa margem da conta.
Estamos falando de R$ 320 para 1 mil impactos.
Hoje estava otimizando uma campanha de Instagram, da minha conta
pessoal, e o meu CPM (custo por mil impressões) estava girando em torno
de R$ 5,51.
Ou seja cerca de 1,72% do valor de uma ação de rua com flyer.
Essa lógica pode ser aplicada a qualquer meio de comunicação tradicional, seja rádio, tv, outdoor, busdoor…
E a conta também deve ser levada em consideração além dos anúncios de Google, LinekedIN, Facebook, Instagram e TikTok.
Banners em portais e publieditoriais, este último ainda pouco
explorado por pequenos e médios anunciantes, também apresentam números
disparados na frente do marketing tradicional.
Então, quando você se perguntar se está tendo ou não resultados com mídia online, pense nessa continha.
Marketing digital, em comparação, é barato sim, mas será que você
deveria deixar a menor faixa de verba do seu orçamento de marketing para
o meio de vendas MAIS PODEROSO QUE EXISTE?
Deixo a reflexão.
Preferências de Publicidade e Propaganda
Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago
Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para
divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais
veículos de propaganda você tem preferência?
Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das
empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros
meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.
Vantagens da Propaganda no Rádio Offline
Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio
funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa
ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.
É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda
existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou
produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio
funciona bem demais!
De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas
vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender
que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará
entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim,
concretizar suas vendas.
Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline
Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que
costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no
rádio. Frequentemente, os rádios também são usados como ruído de
fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles
também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o
ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo
quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao
usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,
A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade
para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de
marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por
mês.
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e
a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos
smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia
digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é
claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco
dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é
mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda
mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar
uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em
uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança,
voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo
o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é
colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e
de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o
material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é
possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver
se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio
publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não
permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio
digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que
ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a
empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o
seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela
esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma
permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão
interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não
estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar
potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos:
computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com
publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as
marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes
segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de
público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos
consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro
contato por meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes
queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência
pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente.
Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas
compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos
diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa
abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das
pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua
presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as
chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma,
proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce,
os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles
funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os
consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo
ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas
encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus
produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa
que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em
2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que
são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e
escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é
possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua
marca.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em
torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
História de Pedro Augusto Figueiredo e Tácio Lorran – Jornal Estadão
BALNEÁRIO CAMBORIÚ E BRASÍLIA – Em sua primeira viagem ao Brasil desde que foi eleito, o presidente da Argentina, Javier Milei, criticou o que chamou de governos socialistas dos últimos 20 anos na América Latina, sem citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Milei ainda afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é vítima de uma perseguição judicial no País e que a liberdade de expressão está questionada em grandes potencias mundiais.
Para Milei, a “liberdade de expressão, valor fundamental da
democracia, se encontra questionado nas principais potencias do mundo
sob a desculpa de não ferir a sensibilidade de ninguém, ou respeitar
supostos direitos de algumas minorias ruidosas”. Ele afirma que é cada
vez mais frequente ouvir que países em que se acreditava que
“respeitavam os princípios básicos da democracia, se cometem aberrações
em matéria de liberdade de expressão e censura”.
O presidente argentino avalia que muitas pessoas veem esses conceitos
como “abstratos”, mas, nas palavras dele, quem vê “o que
lamentavelmente começa a ocorrer hoje no Brasil, pensa duas vezes”.
Milei não entrou em detalhes sobre essa menção, tampouco mencionou o
governo brasileiro ou o poder judiciário, que foi alvo de várias
críticas de outros participantes durante a quinta edição da Conferência de Política Ação e Conservadora (CPAC Brasil), evento que recebeu o presidente argentino para seu discurso de encerramento.
O CPAC foi realizado neste fim de semana em Balneário Camboriú, Santa
Catarina. Em sua fala, Milei estava acompanhado no palco por Bolsonaro,
o governador catarinense Jorginho Mello (PL), o senador Jorge Seif (PL-SC) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP),
organizador do evento. A irmã de Milei, Karina Milei, secretária-geral
do governo argentino, o porta-voz Manuel Adorni e o ministro da Defesa,
Luis Alfonso Petri, também foram chamados para assistir ao discurso ao
lado dos políticos brasileiros.
Milei foi recebido pelo público com gritos de “Viva la libertad,
carajo” e “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. Ele cumprimentou
Bolsonaro, chamando-o de presidente, e Eduardo pela recepção, disse que
se sentiu em casa e que é “sempre um prazer estar entre os amigos”.
O presidente argentino usou seu discurso para criticar o que chamou
de “governos socialistas” dos últimos 20 anos na América Latina e disse
que o único interesse dessas administrações é o “poder pelo poder”.
“[Esses governos] Constituem uma receita do desastre econômico, social,
político e cultural”, disse. “Uma relação de causalidade entre esses
dois elementos não é coincidência”.
Milei encerrou o discurso com três gritos de “Viva la libertad,
carajo” e abraçou e deu as mãos a Bolsonar antes de deixar o palco e
seguir para o aeroporto. O presidente argentino deixa o País ainda hoje.
Após Milei, Eduardo Bolsonaro ainda fez um breve discurso ao lado do
americano Matt Schlapp, presidente da CPAC original. No telão, uma arte
pedia anistia para Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, o
ex-deputado Daniel Silveira, Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia
Rodoviária Federal e pessoas presas no ataque aos prédios dos Três Poderes em 8 de Janeiro.
Também havia uma imagem de Cleriston da Cunha, preso por participar dos
atos golpistas que morreu após ter problemas de saúde na prisão.
“Eu tenho certeza que se nós tivéssemos uma conexão mais íntima nunca
teria ocorrido o 8 de Janeiro no Brasil porque nós teríamos aprendido
com o 6 de Janeiro nos Estados Unidos”, afirmou. Ainda segundo ele,
havia pessoas bem-intencionadas que queriam evitar a depredação do
Palácio do Planalto, do Congresso e do STF, mas “acabaram caindo nessa
armadilha do 8 de Janeiro”.
“Eu me comprometo a lutar pela anistia de todos os injustiçados pelo 8
de Janeiro do Brasil”, declarou Eduardo, que indicou que será candidato
ao Senado em 2026.
Milei e Bolsonaro foram destaque de evento conservador em Santa Catarina
Milei também se reuniu com Mello e empresários catarinenses. Segundo o
governador, o objetivo do encontro foi discutir relações comerciantes
entre Santa Catarina e o país vizinho.
Essa é a primeira vez que o argentino vem ao Brasil desde que assumiu
a Presidência do país vizinho. Milei não encontrará, contudo, o
presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo um porta-voz de Milei, as agendas em Santa Catarina são “prioritárias” para o mandatário da Argentina.
Se o encerramento ficou por conta de Milei, a abertura do CPAC
Brasil, na manhã desse sábado, 6, ficou a cargo de Bolsonaro. Em seu
discurso, o ex-presidente ignorou o indiciamento da Polícia Federal no caso das joias sauditas,
criticou o PT, a quem chamou de “partido do trambique”, e a imprensa.
“Não tenho ambição pelo poder, tenho obsessão pelo Brasil, em que pese
qualquer outras questões que nos atrapalhe”, afirmou.
O CPAC Brasil é organizado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro e
foi inspirado no Conservative Political Action Conference (CPAC), evento
que reúne nomes do conservadorismo dos Estados Unidos em congressos
anuais desde 1973.
Além de Milei e Bolsonaro, a edição deste ano do CPAC Brasil contou
com as presenças dos governadores de Santa Catarina, Jorginho Mello, e
de São Paulo, Tarcísio de Freitas, deputados bolsonaristas e
empresários.
As palestras do CPAC Brasil foram marcadas principalmente pelo tom de
aconselhamento eleitoral para pré-candidatos a prefeito e vereador nas
próximas eleições municipais. Deputados e lideranças bolsonaristas
frisavam que um bom desempenho no pleito era fundamental para sustentar
uma candidatura presidencial bolsonarista em 2026
A ministra argentina de Relações Exteriores, Diana Mondino, afirmou
que o Mercosul precisa de “um choque de adrenalina”, ao iniciar neste
domingo (7) a reunião de chanceleres do bloco em Assunção, às vésperas
de uma cúpula de chefes de Estado marcada pela ausência do argentino
Javier Milei e pela adesão da Bolívia.
“Temos uma visão crítica sobre o presente do Mercosul e consideramos
que seu potencial como mercado ampliado e plataforma de relacionamento
com o mundo está sendo subaproveitado. O Mercosul está precisando de um
choque de adrenalina”, declarou Mondino na reunião preparatória.
Ela questionou que o bloco sul-americano, composto por Argentina,
Brasil, Paraguai, Uruguai e agora Bolívia, não tenha conseguido em seus
33 anos “facilitar o acesso aos grandes mercados extrazona” e defendeu
uma atualização que contemple “novas modalidades de negociação, mais
flexíveis”.
Seu contraparte paraguaio, Rubén Ramírez, ao abrir como anfitrião a
64ª cúpula do Mercosul e países associados no porto de Assunção, disse
que “o processo de entendimento tem sido lento e complexo”.
Apesar de criticar a falta de agilidade do bloco, Ramírez destacou o
acordo com Singapura, que rompeu com mais de uma década de estagnação na
falta de pactos ao ser assinado em dezembro, e mencionou o início das
negociações com os Emirados Árabes Unidos no início desta semana.
Por sua vez, o chanceler uruguaio, Omar Paganini, pediu mais uma vez
“flexibilidade” nas negociações comerciais, uma antiga demanda do
pequeno país pecuarista, e reiterou que o Uruguai impulsionará um acordo
com a China ao assumir a presidência semestral do grupo ao fim deste
encontro.
A missão é difícil, pois o Paraguai não tem relações com o país
asiático devido ao reconhecimento de Taiwan, e os dois maiores
parceiros, Brasil e Argentina, não estão convencidos de sua viabilidade.
– Cúpula de líderes –
Além do presidente anfitrião, Santiago Peña, na segunda-feira estarão
presentes seus pares do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; Uruguai,
Luis Lacalle Pou; Bolívia, Luis Arce; e o recém-eleito presidente do
Panamá, José Raúl Mulino, como convidado.
O governante boliviano deve formalizar o ingresso de seu país no
bloco após a promulgação da lei de adesão na sexta-feira, dias após
reprimir o que chamou de uma tentativa de golpe de Estado em La Paz.
Milei, que teve desentendimentos recentes com Arce e Lula, ignorou
seus pares do Cone Sul e viajou para um evento conservador no sul do
Brasil, onde se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Não buscamos um bloco ideológico, mas sim a integração como
objetivo”, respondeu na sexta-feira o chanceler paraguaio Ramírez a uma
pergunta sobre o assunto.
O cientista político Alejandro Frenkel, especialista em relações
internacionais da Universidade Nacional de San Martín, disse à AFP que
essas “situações conflitantes ou de transição política” provavelmente
influenciarão o fato de “talvez não haver muita iniciativa ou diretrizes
claras sobre para onde avançar” na cúpula.
Além disso, o Uruguai assumirá a presidência pro tempore em pleno período eleitoral, antes das eleições gerais de outubro.
– “Não vamos ceder” –
A reunião acontece em meio a um tratado atrasado com a União Europeia
(UE) negociado há mais de 20 anos, que prevê a eliminação da maioria
das tarifas entre as duas regiões, criando um espaço comercial com mais
de 700 milhões de consumidores.
Segundo este tratado, as potências agrícolas da região exportariam
para a Europa carne, açúcar, arroz, mel e soja; enquanto a Europa
exportaria automóveis, máquinas e produtos farmacêuticos, entre outros.
No entanto, o acordo encontra resistência de alguns países europeus,
principalmente da França, que teme a chegada em massa de produtos
agrícolas sul-americanos.
“Não podemos continuar presos em processos nos quais não conseguimos avançar”, declarou Ramírez na reunião de chanceleres.
“Não vamos ceder nem aceitar imposições de políticas protecionistas
por parte de países desenvolvidos que, com discursos bem-intencionados,
pretendem estabelecer medidas que se transformem em obstáculos ao
comércio”, acrescentou.
Longe de desanimar, o Brasil reiterou seu compromisso em alcançar pontos comuns.
“No caso das relações com a União Europeia (…) nosso objetivo de
alcançar um acordo ambicioso e equilibrado continua válido”, disse o
ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
O Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi criado em 1991 por Argentina,
Brasil, Paraguai e Uruguai. Além desses, são membros plenos a Venezuela,
cuja entrada foi aprovada em 2006, mas está suspensa desde 2017 por
“ruptura da ordem democrática”, e agora a Bolívia.