A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (8) que aumentará em R$ 0,20
o preço do litro da gasolina a partir desta terça-feira (9). Com o
reajuste, de 7,12%, o preço de venda da gasolina A para as
distribuidoras passará a ser de R$ 3,01 por litro.
O impacto no preço da gasolina vendida ao consumidor final, que tem
27% de etanol em sua composição, deverá ser de R$ 0,15 por litro. No
entanto, o valor cobrado pelos postos de combustível depende de cada
varejista, uma vez que ainda são incluídos no valor as margens de lucro
do comerciante e da distribuidora, além dos custos associados ao
transporte.
Segundo a Petrobras, esse é o primeiro reajuste da gasolina neste
ano. A última vez que a estatal havia modificado o preço do produto
havia sido em 21 de outubro de 2023, quando houve redução de 4%.
O último aumento ocorreu em 16 de agosto daquele ano (16%).
GLP
A Petrobras também anunciou aumento do preço do gás de cozinha (GLP),
que subirá R$ 3,10 por botijão de 13h kg (9,81%) e passará a custar R$
34,70. O último ajuste no preço do gás de botijão havia sido feito em 1º
de julho de 2023, quando houve queda (-3,9%). O último aumento (24,9%)
havia sido feito em 11 de março de 2022.
As oliveiras são famosas pela resistência à seca e ao calor, e já na
Grécia antiga eram um símbolo de força. Mas as mudanças climáticas estão
mostrando que mesmo elas têm um limite, atingido no verão passado no
sul da Europa, o mais quente em dois mil anos.
A árvore identifica o momento da floração pelas alterações de
temperatura, e uma primavera mais quente que o normal faz as flores
desabrocharem antes do tempo. Como resultado, o fruto – a apreciada
azeitona – perde em qualidade e quantidade. Além disso, em caso de seca
extrema, a oliveira pode nem produzir frutos naquele ano.
O sul da Europa é a maior região produtora de azeite de oliva do
mundo. Na safra de 2022/23, sua produção foi um terço menor que a
anterior. A colheita da nova safra começa só em outubro, os estoques
estão baixos e o preço não para de subir – inclusive no Brasil.
Em maio, a inflação do azeite em 12 meses atingiu 49% no
Brasil, mais que 12 vezes a inflação geral no período, de 4%. Uma
garrafa de 500 mil é hoje vendida por cerca de R$ 50, o que levou
supermercados a protegê-las como fazem com bebidas caras.
Especialistas ouvidos pela DW afirmam que a safra deste ano no sul da
Europa tende a ser melhor que a passada, mas a recuperação plena deve
levar de dois a três anos, se o clima permitir. Ao contrário de
colheitas como a da soja ou milho, na qual a cada ciclo a planta inteira
é retirada, as oliveiras são uma cultura permanente e as árvores levam
um tempo para se recuperar após um evento extremo.
Para os brasileiros que usam o azeite no dia a dia, as notícias não
são boas. O preço deve seguir nessa faixa ou subir ainda mais devido
alta do dólar – que na quarta-feira, 3, acumulava valorização de 17%
sobre o real desde o início do ano.
“Devido a questões climáticas, a produtividade das oliveiras
no Mediterrâneo diminuiu, e isso explica a alta do preço ao longo de
2023. Vemos uma alta menor em 2024, mas os choques cambiais do momento
terão reflexo nas prateleiras, inclusive no azeite”, diz Felippe
Serigati, pesquisador do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação
Getúlio Vargas (FGV Agro).
De onde vem o azeite consumido no Brasil
O Brasil é o segundo maior mercado consumidor de azeite do mundo, e
também o segundo maior importador, atrás somente dos Estados Unidos,
afirma Renato Fernandes, presidente do Instituto Brasileiro de
Olivicultura (Ibraoliva). Os brasileiros consomem cerca de 100 milhões
de litros por ano, dos quais mais de 99% são importados.
O maior produtor mundial de azeite é a Espanha, que respondeu
em 2022/23 por 28,6% do mercado, seguido por Turquia (13,9%), Grécia
(12,8%) e Itália (8,6%), segundo dados do Conselho Oleícola
Internacional (IOC, na sigla em inglês).
Por motivos históricos e de tradição comercial, o Brasil importa a
maior parte do azeite que consome de Portugal, responsável por 4,6% da
produção mundial. Em 2023, os brasileiros importaram cerca de 47 milhões
de litros de azeite de oliva português, quase quatro vezes mais que o
volume comprado da Espanha, no segundo lugar, segundo dados do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O azeite de oliva produzido no Brasil é um mercado de nicho. Em 2023,
a safra foi de apenas 700 mil litros, a maior parte oriunda do Rio
Grande do Sul.
Um efeito colateral do aumento do preço é o estímulo à adulteração.
Em março, o Ministério da Agricultura e Pecuária e a Polícia Civil do
Rio de Janeiro e a Polícia Militar de São Paulo realizaram uma operação
contra a adulteração de azeite de oliva com a adição ilegal de óleo de
soja em uma fábrica clandestina em Saquarema (RJ), que aprendeu 104 mil
litros de produtos.
Além do problema com adulteração, Fernandes afirma que o Brasil tem
um “problema grave de classificação do azeite”. Em 2023, uma análise não
representativa feita pelo Ministério do Agricultura com 46 amostras
apontou que 82,6% delas tinham irregularidades na classificação – eram
comercializadas como extravirgem sem que atendessem aos padrões
sensoriais dessa classificação superior.
Espanha zera imposto sobre azeite
O brasileiro consome em média 500 gramas de azeite de oliva por ano,
segundo o IOC. Um volume pequeno se comparado aos países do sul da
Europa, onde o azeite é um item tradicional da dieta mediterrânea. Os
espanhóis consomem 11,4 quilos por ano, os gregos, 10,3 quilos, e os
italianos, 7,1 quilos.
Na Espanha, o preço do azeite triplicou desde janeiro de 2021, e o
consumo caiu 20%, forçando o governo a agir. Em junho, as autoridades
anunciaram que a partir desta segunda-feira (01/07) até o final de
setembro o azeite de oliva ficará isento do imposto sobre valor
agregado. De outubro a dezembro, a alíquota será de 2% e, a partir do
ano que vem, o produto será considerado item de primeira necessidade,
taxado a 4%.
A isenção do imposto sobre azeite de oliva foi uma das condições
colocadas pelo partido Juntos pela Catalunha para aprovar a prorrogação
do decreto anticrise do governo do premiê Pedro Sánchez em dezembro de
2023, mas que ainda não havia sido implementada. A secretária do Tesouro
espanhol, María Jesús Montero, afirmou que a decisão refletia “a
importância do azeite de oliva na dieta mediterrânea e para um estilo de
vida saudável”.
A queda do consumo não atingiu somente os espanhóis. Uma pesquisa
divulgada no final de junho indicou que um terço dos italianos também
havia diminuído o consumo de azeite de oliva extra virgem em função da
alta do preço.
Na Grécia, as perspectivas para a safra de oliveiras neste ano não
são boas, segundo a cooperativa de agricultores de Kalamata, a maior
região produtora de azeite do país. O inverno foi o mais quente desde o
início dos registros e as oliveiras floresceram antes da época, “o que
certamente criará problemas” para a safra, disse Michalis Antonopoulos
em março à agência de notícias Reuters.
Preparação para o futuro
O calor e a seca fora do comum não são o único problema para as
oliveiras. Na região central da Itália, em vez da seca, o problema
climático deste ano para os olivicultores foi o excesso de umidade na
época da floração, que também afeta o desenvolvimento dos frutos.
Uma situação parecida prejudicou os produtores gaúchos no ano
passado, quando o inverno mais ameno que o normal e o excesso de chuvas
em setembro fez com que muitas oliveiras não florescessem.
“Embora as mudanças climáticas, na média, elevem a temperatura, o
fato que mais tem prejudicado a produção agropecuária é a variabilidade
climática. Quando há onda de calor, é mais intensa, quando há queda de
temperatura, também é mais intensa – você torna o ambiente mais
volátil”, diz Serigati.
Uma alternativa para os olivicultores se prepararem para essa nova
realidade é pesquisar quais espécie de oliveiras se adaptam melhor a
condições de estresse hídrico ou de excesso de humidade, afirma
Fernandes.
O setor também avalia medidas como cultivar mais de uma espécie na
mesma área, investir no cuidado do solo para proteger mananciais e
melhorar a retenção de água ou, no limite, mover as plantações para
outras regiões.
Maior empresa aeroespacial do mundo pagará multa milionária
após acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos por quedas
que mataram 346 pessoas e ficará livre de um julgamento.
A Boeing aceitou se declarar culpada em uma investigação sobre dois
acidentes aéreos envolvendo o modelo 737 MAX, ocorridos em 2018 e 2019,
na Indonésia e na Etiópia, que mataram 346 pessoas. Maior empresa
aeroespacial do mundo, a companhia americana pagará uma multa milionária
após acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O anúncio
foi feito neste domingo (07/07).
O acordo, que ainda precisa ser aprovado por um juiz federal, envolve
se declarar culpada de fraude na certificação desses aviões e evitaria
um julgamento. A empresa pagará uma multa de 244 milhões de dólares e
investir 455 milhões de dólares, nos próximos três anos, para melhorar
seus programas de conformidade e segurança.
O valor estabelecido, entretanto, é muito menor do que os 24,8
bilhões de dólares que as famílias das vítimas exigiam da fabricante. Em
comunicado, a Boeing apenas confirmou que havia chegado a “um princípio
de acordo sobre os termos de uma resolução com o Departamento de
Justiça, sujeito à aprovação de termos específicos”.
Desde janeiro deste ano, quando o painel da porta de um 737 MAX 9, da
Alaska Airlines, desprendeu-se do avião em pleno voo, a Boeing passou a
serinvestigada de maneira minuciosa por
diferentes agências do governo americano. As investigações encontraram
falhas durante o processo de fabricação da aeronave. A reputação da
empresa, entretanto, já estava manchada pelos acidentes anteriores.
Acidentes envolvendo o 737 MAX
Os dois acidentes que motivaram o acordo ocorreram num intervalo de
seis meses e envolveram o modelo 737 MAX 8. O primeiro foi em outubro de
2018, num voo da empresa Lion Air que saiu de Jacarta, na Indonésia, e
caiu no mar após a decolagem. O segundo, ocorrido em março de 2019, foi
em um voo que partiu de Joanesburgo, na África do Sul, operado pela
Ethiopian Airlines, que também caiu minutos após decolar.
Em 2020, um relatório do Congresso dos Estados Unidos revelou falhas
de design e uma cultura de acobertamento na empresa, assim como erros
por parte da Administração Federal de Aviação (FAA). Os dois acidentes
deixaram um prejuízo histórico para a Boeing.
Neste ano, a empresa voltou aos holofotes quando, no dia 5 de
janeiro, a porta de um 737 MAX se soltou da fuselagem, forçando os
pilotos a realizarem um pouso de emergência. O acidente não teve
vítimas, mas levou a FAA a suspender por três semanas o modelo de avião.
Uma reportagem do jornal The New York Times revelou que
foram realizadas 89 auditorias após o acidente, nas quais foram
encontrados vários casos de descumprimento das exigências de controle de
qualidade por parte da Boeing e seus fornecedores. A empresa Spirit
AeroSystems, uma das fornecedoras da companhia, foi aprovada apenas em
seis das 13 auditorias realizadas.
Há investigações abertas contra a Boeing pelo Departamento de Justiça
dos EUA e pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB).
Além do modelo 737 MAX, outros aviões da empresa também se envolveram em
acidentes recentes. No dia 13 de janeiro deste ano, um 737-800 operado
pela companhia aérea All Nippon Airways precisou
retornar à pista de decolagem ao descobrirem uma rachadura na janela da
cabine do piloto. Os 59 passageiros e seis tripulantes não se feriram.
Outras investigações
Autoridades da Nova Zelândia e do Chile também investigam o que levou
um Boeing 787 da Latam a perder altitude abruptamente durante um voo
entre Sydney (Austrália) e Auckland (Nova Zelândia), que teria como
destino final a cidade de Santiago, no Chile. A Comissão de Investigação
de Acidentes de Transportes (Taic) da Nova Zelândia está analisando as
gravações contidas na caixa-preta do avião. O incidente ocorreu num voo
com 263 passageiros e deixou 50 pessoas feridas.
Entrevista com Carlos Correa – APAS (Associação Paulista de Supermercados)
O mercado plant-based no Brasil tem se destacado como uma das
tendências mais promissoras do setor alimentício. Em uma entrevista
exclusiva concedida à Plant-Based Tech, o Diretor-Geral da APAS
(Associação Paulista de Supermercados), Carlos Correa, compartilhou suas
perspectivas e insights sobre esse fenômeno em ascensão.
Um olhar otimista para o futuro
Carlos Correa expressa um entusiasmo notável em relação ao
crescimento do mercado plant-based. “A demanda do consumidor por esse
tipo de produto aumenta cada vez mais e o Brasil tem um mercado bem
promissor”, afirma Correa. Segundo ele, um recente levantamento da APAS
indica que os produtos saudáveis estão em franca aceleração, com os
alimentos não-industrializados predominando nas cestas de compras dos
brasileiros. Este movimento é impulsionado por uma busca crescente por
uma alimentação mais saudável, motivada por diversos fatores.
Receptividade e expansão nos supermercados
A aceitação dos produtos plant-based no mercado tem sido positiva. “O
mercado opta por disponibilizar à sociedade cada vez mais variedade
desses produtos, uma vez que a demanda por parte do consumidor registra
constante crescimento”, explica Correa. Nos supermercados, é possível
encontrar uma vasta gama de itens, incluindo cereais integrais, frutas,
verduras, legumes e sementes.
A APAS tem desempenhado um papel ativo na promoção desse mercado.
Correa destaca o sucesso da APAS SHOW, onde produtos orgânicos e
plant-based ganharam um espaço significativo. Além disso, a APAS firmou
um acordo de cooperação técnica com a CEAGESP, visando o desenvolvimento
de boas práticas e o incentivo ao mercado de Frutas, Legumes e Verduras
(FLV).
Acessibilidade para todos
Embora o plant-based inicialmente tenha sido associado a consumidores
de alto padrão aquisitivo, essa realidade está mudando. “Vem crescendo a
parcela de consumidores de todas as classes que consomem e veem valor
nesse tipo de alimentação”, observa Correa. Ele reconhece que o preço
final dos produtos plant-based ainda pode ser mais alto, mas acredita
que a maior variedade e oferta podem oferecer mais opções aos clientes.
Segundo uma pesquisa recente da APAS, 65% dos brasileiros consomem
orgânicos, com essa participação subindo para 71% entre os jovens de 18 a
34 anos. Esses números indicam um interesse crescente por parte dos
consumidores em adotar uma alimentação mais saudável.
Perspectivas de crescimento
Correa está confiante no crescimento contínuo do setor plant-based no
Brasil. “Os produtos saudáveis têm registrado crescimento ano após ano
em todas as cestas”, afirma. Ele enfatiza que os consumidores estão cada
vez mais conscientes da origem dos produtos e de seu impacto na saúde e
no meio ambiente.
Expansão nos Supermercados
Quando questionado sobre a presença dos produtos plant-based nos
supermercados, Correa explica que a oferta varia conforme a região e o
porte das lojas. “A maior parte dos supermercados de médio e grande
porte possuem uma ampla gama de produtos plant-based”, relata. Para os
próximos cinco anos, ele projeta um crescimento expressivo desse
mercado, apoiado tanto na mudança dos hábitos de consumo quanto na
ampliação da oferta de novos produtos pela indústria alimentícia.
Adaptação dos supermercadistas
Os supermercadistas têm demonstrado uma abertura significativa para a
tendência do vegetarianismo e da alimentação saudável. “O
supermercadista tem o desafio de estar sempre atento às constantes
mudanças de demandas e perfis dos consumidores”, destaca Correa. A
alimentação saudável e natural já é uma realidade em muitos
supermercados, com gôndolas dedicadas a produtos naturais se tornando
cada vez mais comuns.
Conclusão
O crescimento do mercado plant-based no Brasil é uma realidade
promissora, refletindo a busca dos consumidores por uma alimentação mais
saudável e sustentável. A APAS, sob a liderança de Carlos Correa,
continua a desempenhar um papel crucial nesse movimento, promovendo e
incentivando a oferta de produtos plant-based nos supermercados no
Estado de São Paulo. Como bem resumiu Correa, “A alimentação saudável e
natural virou uma escolha de uma vida mais feliz e equilibrada.”
Plant-Based Tech
A CEO da TRIOXP Feiras e Eventos, organizadora da Plant Based Tech,
Lúcia Abdala, também destaca o grande potencial do mercado brasileiro
para o setor plant-based. “O Brasil é um dos mercados mais promissores
para o setor plant-based. A nova geração busca alimentos e produtos
sustentáveis que não agridam o meio ambiente. Cada vez mais
empreendedores buscam novidades que atendam às expectativas desse
consumidor,” afirmou Lúcia. Ela ressalta a importância de eventos como a
Plant-Based Tech, que serve como um palco para discussões e
apresentação de novas tecnologias de produção, soluções para a
indústria, embalagens e novos produtos focados em food services e
varejo.
A “fome de tempo” é um sentimento cada vez mais comum na sociedade
moderna, caracterizado pela sensação de que o tempo disponível é
insuficiente para realizar todas as tarefas e obrigações do dia a dia.
Pessoa cansada (Foto: Pexels)
A “fome de tempo” é um sentimento cada vez mais comum na sociedade
moderna. Para você ter uma noção, se caracteriza pela sensação de que o
tempo disponível é insuficiente para realizar todas as tarefas e
obrigações do dia a dia. Essa percepção gera estresse, ansiedade,
cansaço e frustração, impactando negativamente a qualidade de vida.
Para você ter uma noção, 4 a cada 5 residentes empregados nos Estados Unidos sentem-se sem tempo, de acordo com um estudo de 2018.
Qual é o efeito da “fome de tempo” no cérebro?
O excesso de ocupação pode levar a uma redução na produção de serotonina, o hormônio do bem-estar.
Quando estamos constantemente sentindo sobrecarga, o cérebro
não tem tempo para consolidar novas conexões neurais, essenciais para o
seu funcionamento saudável.
Isso pode levar a problemas de memória, diminuição da capacidade de
aprendizado, dificuldade de concentração e alterações de humor.
E qual é a relação com a felicidade neste cenário? Pessoas mais felizes normalmente vivem vidas mais longas e saudáveis, mostram pesquisas. As empresas que apoiam o bem-estar dos funcionários também são mais lucrativas, de acordo com uma Pesquisa Even de 2023 .
A boa notícia: existem algumas maneiras de reduzir a
fome de tempo e ser mais feliz, segundo a pesquisadora Laurie Santos,
que participou do South by Southwest este ano:
Diga mais não
Combater a “fome de tempo” envolve aprender a dizer “não” a tarefas
que não são essenciais, tanto para os outros como para você.
Repense o conceito de produtividade
Laurie propõe questionar a ideia tradicional de produtividade e
evitar cair na armadilha da “pseudo-produtividade”, onde estar ocupado
não necessariamente se traduz em resultados eficazes.
Tenha autocompaixão e se abrace
Evite a pressão constante de fazer mais e reconhecer a importância de
cuidar de si mesmo, evitando se sobrecarregar com tarefas
desnecessárias.
Cultive conexões interpessoais
Faça amizades no ambiente de trabalho para tornar as atividades mais
agradáveis e produtivas, destacando a relevância de ter amigos no
ambiente profissional.
Por que importa?
Essas estratégias visam ajudar a lidar com a sensação de falta de
tempo e aprimorar a eficiência no trabalho, promovendo um equilíbrio
saudável entre vida profissional e pessoal.
Guilherme Dias – Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG)
Eu vejo todos os dias o anunciante separando seus R$ 10.000,00 pra
fazer uma campanha no rádio, R$ 3.000,00 para sair em uma revista local,
pelo menos R$ 9.000,00 para fazer uns 3 pontos de mídia exterior, mas
na hora de tirar o escorpião do bolso pra comprar mídia online, qualquer
“milão” é “caro demais”.
Eu sinceramente não sei de onde veio este mito de que fazer anúncios
na internet merece menos atenção financeira do que outros meios. A
lógica deveria ser justamente a inversa.
Nenhum outro tipo de mídia retém tanta atenção do público comprador como na internet.
O Brasil é o terceiro país do mundo onde as pessoas mais ficam
conectadas, passando mais de 10 horas por dia online (DEZ HORAS POR
DIA!).
Ficamos atrás apenas de África do Sul e Filipinas.
Qual outra mídia prende a atenção das pessoas por DEZ HORAS?
Qual outra mídia pode colocar sua marca literalmente na mão do seu cliente ideal?
Qual outra mídia pode colocar sua marca na mão do seu cliente no EXATO momento que ele está propenso a fazer uma compra?
Qual outra mídia pode rastrear, seguir o seu cliente de acordo com os hábitos de consumo dele?
Qual outra mídia pode segmentar um anúncio de acordo com os interesses, medos, desejos, ações, intenções…
Qual outra mídia pode oferecer um contato com seu cliente ideal 24 horas por dia, 7 dias por semana?
Absolutamente nenhuma além da internet.
E agora, me conta…qual o motivo da internet receber menos investimento comparado à mídia tradicional?
Marketing Digital é barato, mas não é de graça.
Vamos fazer uma conta de padaria:
Quanto custa imprimir 1.000 flyers (folhetos) e distribuir no sinal?
Papel couchè brilho 90g 4×4 cores, em gráfica de internet (qualidade bem meia boca), com frete sai em torno de R$ 250,00.
Para a distribuição, você não vai encontrar quem faça por menos de R$ 70 a diária.
Você não tem a garantia de entrega. Já ví muito “panfleteiro” jogando
metade do material no bueiro, ou entregando 2 de uma vez só em cada
carro. Mas vamos tirar essa margem da conta.
Estamos falando de R$ 320 para 1 mil impactos.
Hoje estava otimizando uma campanha de Instagram, da minha conta
pessoal, e o meu CPM (custo por mil impressões) estava girando em torno
de R$ 5,51.
Ou seja cerca de 1,72% do valor de uma ação de rua com flyer.
Essa lógica pode ser aplicada a qualquer meio de comunicação tradicional, seja rádio, tv, outdoor, busdoor…
E a conta também deve ser levada em consideração além dos anúncios de Google, LinekedIN, Facebook, Instagram e TikTok.
Banners em portais e publieditoriais, este último ainda pouco
explorado por pequenos e médios anunciantes, também apresentam números
disparados na frente do marketing tradicional.
Então, quando você se perguntar se está tendo ou não resultados com mídia online, pense nessa continha.
Marketing digital, em comparação, é barato sim, mas será que você
deveria deixar a menor faixa de verba do seu orçamento de marketing para
o meio de vendas MAIS PODEROSO QUE EXISTE?
Deixo a reflexão.
Preferências de Publicidade e Propaganda
Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago
Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para
divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais
veículos de propaganda você tem preferência?
Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das
empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros
meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.
Vantagens da Propaganda no Rádio Offline
Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio
funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa
ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.
É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda
existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou
produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio
funciona bem demais!
De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas
vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender
que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará
entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim,
concretizar suas vendas.
Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline
Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que
costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no
rádio. Frequentemente, os rádios também são usados como ruído de
fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles
também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o
ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo
quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao
usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,
A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade
para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de
marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por
mês.
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e
a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos
smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia
digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é
claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco
dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é
mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda
mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar
uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em
uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança,
voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo
o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é
colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e
de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o
material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é
possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver
se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio
publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não
permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio
digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que
ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a
empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o
seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela
esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma
permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão
interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não
estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar
potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos:
computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com
publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as
marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes
segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de
público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos
consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro
contato por meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes
queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência
pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente.
Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas
compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos
diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa
abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das
pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua
presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as
chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma,
proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce,
os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles
funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os
consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo
ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas
encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus
produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa
que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em
2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que
são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e
escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é
possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua
marca.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em
torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
História de Pedro Augusto Figueiredo e Tácio Lorran – Jornal Estadão
BALNEÁRIO CAMBORIÚ E BRASÍLIA – Em sua primeira viagem ao Brasil desde que foi eleito, o presidente da Argentina, Javier Milei, criticou o que chamou de governos socialistas dos últimos 20 anos na América Latina, sem citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Milei ainda afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é vítima de uma perseguição judicial no País e que a liberdade de expressão está questionada em grandes potencias mundiais.
Para Milei, a “liberdade de expressão, valor fundamental da
democracia, se encontra questionado nas principais potencias do mundo
sob a desculpa de não ferir a sensibilidade de ninguém, ou respeitar
supostos direitos de algumas minorias ruidosas”. Ele afirma que é cada
vez mais frequente ouvir que países em que se acreditava que
“respeitavam os princípios básicos da democracia, se cometem aberrações
em matéria de liberdade de expressão e censura”.
O presidente argentino avalia que muitas pessoas veem esses conceitos
como “abstratos”, mas, nas palavras dele, quem vê “o que
lamentavelmente começa a ocorrer hoje no Brasil, pensa duas vezes”.
Milei não entrou em detalhes sobre essa menção, tampouco mencionou o
governo brasileiro ou o poder judiciário, que foi alvo de várias
críticas de outros participantes durante a quinta edição da Conferência de Política Ação e Conservadora (CPAC Brasil), evento que recebeu o presidente argentino para seu discurso de encerramento.
O CPAC foi realizado neste fim de semana em Balneário Camboriú, Santa
Catarina. Em sua fala, Milei estava acompanhado no palco por Bolsonaro,
o governador catarinense Jorginho Mello (PL), o senador Jorge Seif (PL-SC) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP),
organizador do evento. A irmã de Milei, Karina Milei, secretária-geral
do governo argentino, o porta-voz Manuel Adorni e o ministro da Defesa,
Luis Alfonso Petri, também foram chamados para assistir ao discurso ao
lado dos políticos brasileiros.
Milei foi recebido pelo público com gritos de “Viva la libertad,
carajo” e “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. Ele cumprimentou
Bolsonaro, chamando-o de presidente, e Eduardo pela recepção, disse que
se sentiu em casa e que é “sempre um prazer estar entre os amigos”.
O presidente argentino usou seu discurso para criticar o que chamou
de “governos socialistas” dos últimos 20 anos na América Latina e disse
que o único interesse dessas administrações é o “poder pelo poder”.
“[Esses governos] Constituem uma receita do desastre econômico, social,
político e cultural”, disse. “Uma relação de causalidade entre esses
dois elementos não é coincidência”.
Milei encerrou o discurso com três gritos de “Viva la libertad,
carajo” e abraçou e deu as mãos a Bolsonar antes de deixar o palco e
seguir para o aeroporto. O presidente argentino deixa o País ainda hoje.
Após Milei, Eduardo Bolsonaro ainda fez um breve discurso ao lado do
americano Matt Schlapp, presidente da CPAC original. No telão, uma arte
pedia anistia para Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, o
ex-deputado Daniel Silveira, Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia
Rodoviária Federal e pessoas presas no ataque aos prédios dos Três Poderes em 8 de Janeiro.
Também havia uma imagem de Cleriston da Cunha, preso por participar dos
atos golpistas que morreu após ter problemas de saúde na prisão.
“Eu tenho certeza que se nós tivéssemos uma conexão mais íntima nunca
teria ocorrido o 8 de Janeiro no Brasil porque nós teríamos aprendido
com o 6 de Janeiro nos Estados Unidos”, afirmou. Ainda segundo ele,
havia pessoas bem-intencionadas que queriam evitar a depredação do
Palácio do Planalto, do Congresso e do STF, mas “acabaram caindo nessa
armadilha do 8 de Janeiro”.
“Eu me comprometo a lutar pela anistia de todos os injustiçados pelo 8
de Janeiro do Brasil”, declarou Eduardo, que indicou que será candidato
ao Senado em 2026.
Milei e Bolsonaro foram destaque de evento conservador em Santa Catarina
Milei também se reuniu com Mello e empresários catarinenses. Segundo o
governador, o objetivo do encontro foi discutir relações comerciantes
entre Santa Catarina e o país vizinho.
Essa é a primeira vez que o argentino vem ao Brasil desde que assumiu
a Presidência do país vizinho. Milei não encontrará, contudo, o
presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo um porta-voz de Milei, as agendas em Santa Catarina são “prioritárias” para o mandatário da Argentina.
Se o encerramento ficou por conta de Milei, a abertura do CPAC
Brasil, na manhã desse sábado, 6, ficou a cargo de Bolsonaro. Em seu
discurso, o ex-presidente ignorou o indiciamento da Polícia Federal no caso das joias sauditas,
criticou o PT, a quem chamou de “partido do trambique”, e a imprensa.
“Não tenho ambição pelo poder, tenho obsessão pelo Brasil, em que pese
qualquer outras questões que nos atrapalhe”, afirmou.
O CPAC Brasil é organizado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro e
foi inspirado no Conservative Political Action Conference (CPAC), evento
que reúne nomes do conservadorismo dos Estados Unidos em congressos
anuais desde 1973.
Além de Milei e Bolsonaro, a edição deste ano do CPAC Brasil contou
com as presenças dos governadores de Santa Catarina, Jorginho Mello, e
de São Paulo, Tarcísio de Freitas, deputados bolsonaristas e
empresários.
As palestras do CPAC Brasil foram marcadas principalmente pelo tom de
aconselhamento eleitoral para pré-candidatos a prefeito e vereador nas
próximas eleições municipais. Deputados e lideranças bolsonaristas
frisavam que um bom desempenho no pleito era fundamental para sustentar
uma candidatura presidencial bolsonarista em 2026
A ministra argentina de Relações Exteriores, Diana Mondino, afirmou
que o Mercosul precisa de “um choque de adrenalina”, ao iniciar neste
domingo (7) a reunião de chanceleres do bloco em Assunção, às vésperas
de uma cúpula de chefes de Estado marcada pela ausência do argentino
Javier Milei e pela adesão da Bolívia.
“Temos uma visão crítica sobre o presente do Mercosul e consideramos
que seu potencial como mercado ampliado e plataforma de relacionamento
com o mundo está sendo subaproveitado. O Mercosul está precisando de um
choque de adrenalina”, declarou Mondino na reunião preparatória.
Ela questionou que o bloco sul-americano, composto por Argentina,
Brasil, Paraguai, Uruguai e agora Bolívia, não tenha conseguido em seus
33 anos “facilitar o acesso aos grandes mercados extrazona” e defendeu
uma atualização que contemple “novas modalidades de negociação, mais
flexíveis”.
Seu contraparte paraguaio, Rubén Ramírez, ao abrir como anfitrião a
64ª cúpula do Mercosul e países associados no porto de Assunção, disse
que “o processo de entendimento tem sido lento e complexo”.
Apesar de criticar a falta de agilidade do bloco, Ramírez destacou o
acordo com Singapura, que rompeu com mais de uma década de estagnação na
falta de pactos ao ser assinado em dezembro, e mencionou o início das
negociações com os Emirados Árabes Unidos no início desta semana.
Por sua vez, o chanceler uruguaio, Omar Paganini, pediu mais uma vez
“flexibilidade” nas negociações comerciais, uma antiga demanda do
pequeno país pecuarista, e reiterou que o Uruguai impulsionará um acordo
com a China ao assumir a presidência semestral do grupo ao fim deste
encontro.
A missão é difícil, pois o Paraguai não tem relações com o país
asiático devido ao reconhecimento de Taiwan, e os dois maiores
parceiros, Brasil e Argentina, não estão convencidos de sua viabilidade.
– Cúpula de líderes –
Além do presidente anfitrião, Santiago Peña, na segunda-feira estarão
presentes seus pares do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; Uruguai,
Luis Lacalle Pou; Bolívia, Luis Arce; e o recém-eleito presidente do
Panamá, José Raúl Mulino, como convidado.
O governante boliviano deve formalizar o ingresso de seu país no
bloco após a promulgação da lei de adesão na sexta-feira, dias após
reprimir o que chamou de uma tentativa de golpe de Estado em La Paz.
Milei, que teve desentendimentos recentes com Arce e Lula, ignorou
seus pares do Cone Sul e viajou para um evento conservador no sul do
Brasil, onde se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Não buscamos um bloco ideológico, mas sim a integração como
objetivo”, respondeu na sexta-feira o chanceler paraguaio Ramírez a uma
pergunta sobre o assunto.
O cientista político Alejandro Frenkel, especialista em relações
internacionais da Universidade Nacional de San Martín, disse à AFP que
essas “situações conflitantes ou de transição política” provavelmente
influenciarão o fato de “talvez não haver muita iniciativa ou diretrizes
claras sobre para onde avançar” na cúpula.
Além disso, o Uruguai assumirá a presidência pro tempore em pleno período eleitoral, antes das eleições gerais de outubro.
– “Não vamos ceder” –
A reunião acontece em meio a um tratado atrasado com a União Europeia
(UE) negociado há mais de 20 anos, que prevê a eliminação da maioria
das tarifas entre as duas regiões, criando um espaço comercial com mais
de 700 milhões de consumidores.
Segundo este tratado, as potências agrícolas da região exportariam
para a Europa carne, açúcar, arroz, mel e soja; enquanto a Europa
exportaria automóveis, máquinas e produtos farmacêuticos, entre outros.
No entanto, o acordo encontra resistência de alguns países europeus,
principalmente da França, que teme a chegada em massa de produtos
agrícolas sul-americanos.
“Não podemos continuar presos em processos nos quais não conseguimos avançar”, declarou Ramírez na reunião de chanceleres.
“Não vamos ceder nem aceitar imposições de políticas protecionistas
por parte de países desenvolvidos que, com discursos bem-intencionados,
pretendem estabelecer medidas que se transformem em obstáculos ao
comércio”, acrescentou.
Longe de desanimar, o Brasil reiterou seu compromisso em alcançar pontos comuns.
“No caso das relações com a União Europeia (…) nosso objetivo de
alcançar um acordo ambicioso e equilibrado continua válido”, disse o
ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
O Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi criado em 1991 por Argentina,
Brasil, Paraguai e Uruguai. Além desses, são membros plenos a Venezuela,
cuja entrada foi aprovada em 2006, mas está suspensa desde 2017 por
“ruptura da ordem democrática”, e agora a Bolívia.
Sempre se disse que o PT e seu maior líder, o presidente Lula da
Silva, eram imbatíveis na oposição. Sabiam mobilizar as ruas e desferir
golpes abaixo da linha de cintura no governo – seguindo o questionável,
porém eficiente evangelho esquerdista que divide o mundo em “nós”, o
Bem, e “eles”, o Mal. Jamais entenderam a regra de ouro dos
oposicionistas, aquela bem definida pelo ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso em seus Diários da Presidência: uma oposição, para ser
ouvida, precisa ter o que dizer. Lula e o PT, porque nada tinham a
dizer a não ser vender a utopia do atraso, sempre preferiram gritar. Uma
vez no governo, porém, nem o PT nem Lula jamais foram capazes de
entender seu novo papel, qual seja, o de dialogar com todas as forças
políticas relevantes para administrar um país grande, complexo e cheio
de problemas, mas igualmente com imenso potencial, como é o Brasil. A
vocação oposicionista prevaleceu – e, sem conseguir realizar até mesmo
as promessas de dar mais atenção às minorias e aos pobres, dos quais o
PT se julga redentor, o governo petista faz o que os petistas e Lula
estão habituados a fazer: isenta-se de responsabilidade. A culpa, nesse
caso, é da realidade dos fatos, aquela que os petistas nunca levam em
consideração.
É assim que Lula vem decepcionando até mesmo sua clientela
preferencial. Confrontado com a baixa diversidade no governo, o
presidente afirmou que é “mais difícil” encontrar mulheres e pessoas
negras para determinados cargos, argumentando que a
sub-representatividade é consequência do fato de que esses grupos não
tiveram participação na política “mais contundente”. Foi duramente
criticado, embora o que ele reconheceu com indisfarçável sinceridade
foi, no limite, similar à declaração da ministra do Planejamento, Simone
Tebet, segundo a qual é “difícil” colocar mulheres negras na Esplanada
dos Ministérios porque muitas são “arrimo de família”. Foi o suficiente
para que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, com
indelicadeza e estardalhaço, levasse à colega uma lista de profissionais
negras que estariam “disponíveis” para serem indicadas ao governo.
Resta saber se Anielle fará o mesmo com o chefe.
Também nos últimos dias circulou uma lembrança incômoda a Lula: um
comentário seu sobre os incêndios no Pantanal, feito em setembro de
2020. Na ocasião, com a Amazônia e o Pantanal em chamas, Lula se
perguntava por que as Forças Armadas não estavam com grande contingente
nas duas regiões, denunciava o desmonte dos mecanismos de prevenção a
incêndios e acusava o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
de ser “um cidadão sem caráter e sem respeito pela natureza”. O resgate
da declaração se justificou: o Pantanal está novamente em chamas, com a
ocorrência do maior número de focos de incêndio desde que o índice
começou a ser contabilizado, mesmo que haja no Ministério uma ministra
cujo compromisso com a preservação é inquestionável – tudo isso sem que o
governo demonstre qualquer capacidade de reagir à altura.
Há outros exemplos, como as promessas redentoras de avançar na
homologação e demarcação de terras indígenas, alçar o País à condição de
potência verde, corrigir mazelas no campo dos direitos humanos e,
sobretudo, articular um processo de união e reconstrução nacional. Uma
vez no governo, Lula não tem conseguido destravar as pautas pleiteadas
por indígenas, muito menos resolver a calamidade enfrentada pelo Povo
Yanomami, nem apresentar um plano claro de transição energética que faça
jus à sua pregação como candidato a salvador do planeta, ou ainda
atender às expectativas dos movimentos sociais. Ao mesmo tempo, continua
optando por ser uma fonte de permanente divisão num país que saiu
cindido das urnas.
Aqui não se entra no mérito das promessas do demiurgo, mas é evidente
a profundidade do abismo que separa o Lula da oposição e o Lula da
Presidência. Na oposição, sobravam críticas virulentas e propostas
megalomaníacas. No governo, faltam ideias, criatividade e capacidade de
governar. Mas há algo em comum entre o Lula da oposição e o Lula
presidente: o discurso irresponsável, a retórica vazia e o proverbial
cacoete de transferir aos outros – o mercado, os ricos, o Ocidente, etc.
– a responsabilidade pela sua incompetência.
Um ano e meio após os ataques de 8 de janeiro, o Supremo Tribunal
Federal (STF) já condenou 226 pessoas por participação na invasão e
depredação das sedes dos Três Poderes. Os dois últimos foram condenados
em sessão que terminou em 28 de junho. Na ocasião, foi imposta pena de
17 anos de prisão a Antônio Cláudio Alves Ferreira, que derrubou o
relógio do século 17, e Leonardo Alves Fares, que invadiu o prédio do
Congresso. Do presencial para o virtual As sessões de julgamentos dos
réus do 8 de janeiro começaram em 14 de setembro, no plenário
presencial. Depois das primeiras três condenações, a análise dos casos
passou a ser feita em plenário virtual. Neste formato, não há debate
entre os ministros, que apresentam seus votos de forma escrita em um
sistema eletrônico. As penas fixadas pelo STF aos réus variam de acordo
com os crimes. As mais altas até agora são de 17 anos de prisão em
regime inicial fechado. Executores Todos os condenados até aqui integram
o núcleo dos executores dos atos. São as pessoas que invadiram os
prédios públicos na região central de Brasília. Todos são acusados pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) de cinco crimes: associação
criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de
patrimônio tombado. Um dos réus foi absolvido: Geraldo Filipe da Silva,
por não haver comprovação de que participou dos ataques. Ele estava em
situação de rua na época, e preso em flagrante em 8 de janeiro. Acusados
No total, foram instauradas 1.354 ações penais contra participantes dos
atos de 8 de janeiro. Desse total, 1.113 ações foram suspensas para que
a PGR avalie a possibilidade de firmar acordos com os réus acusados dos
crimes menos graves, livrando essas pessoas do processo criminal e de
eventual condenação. Esse grupo é acusado de incitação ao crime e
associação criminosa. São pessoas que estavam em frente ao
Quartel-General do Exército, em Brasília, e que foram presas em 9 de
janeiro. Moraes já validou mais de 200 acordos do tipo. O acerto fechado
com a PGR é chamado de acordo de não persecução penal. Há algumas
condições para fechar os acordos, como a necessidade de confessar os
crimes. Depois, os envolvidos precisam cumprir prestação de serviços à
comunidade, pagar multa, e participar de curso sobre democracia.
Os peritos criminais brasileiros aguardam o estabelecimento de novas
orientações para o seu trabalho, quando tiverem que examinar maconha
apreendida em pequena quantidade pela polícia. A demanda se dá após o
Supremo Tribunal Federal (STF) definir que não é crime ter até 40 gramas
de cannabis sativa ou seis plantas-fêmeas – que produzem flores ricas
no composto psicoativo tetra-hidrocanabinol (THC).
“Com certeza, deverão estabelecer novos procedimentos, até mesmo para
deixar bem caracterizada a situação que vai ficar provocada pela
decisão”, aponta o perito criminal do estado do Mato Grosso Marcos
Secco, presidente da Associação Brasileira de Criminalística, que
representa peritos, médicos-legistas e odonto-legistas em todo o
território nacional.
Nas sessões que julgaram um recurso extraordinário sobre a posse de
pequenas quantidades de maconha, o STF determinou que se uma pessoa for
flagrada usando a droga, a maconha será confiscada e o usuário levado à
delegacia. O delegado não deverá determinar a prisão em flagrante ou
instaurar inquérito, mas registrar o fato como infração administrativa e
liberar a pessoa, após notificá-la de que deverá comparecer em juízo
para ser ouvida e, eventualmente, receber sanção de caráter não-penal.
A droga apreendida deverá ser examinada por peritos em laboratório
para, por exemplo, identificar a substância e mensurar o volume. Segundo
Marcos Secco, faltam definições quanto à obrigação de fazer a pesagem
do entorpecente em balança certificada. Além de regras pontuais, o
perito imagina que será necessário preparar os laboratórios e os
técnicos para nova rotina. “No caso de plantas [confiscadas pela
polícia], teríamos que aumentar o serviço de botânica dentro dos
institutos de criminalística”, diz o perito.
Advertências
Quem cometer a infração administrativa por porte de maconha poderá
ser advertido sobre os efeitos da droga ou ter de frequentar curso a
respeito. Contudo, o defensor público Bruno Shimizu, presidente do
Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), aponta lacuna
nesse encaminhamento.
De acordo com ele, não há na Lei das Drogas (Lei nº 11.343/2006) um
procedimento específico para a apuração de infração administrativa. “O
STF entendeu que, enquanto não houver regulamentação desse procedimento,
a imposição dessas sanções continua a se dar em um processo judicial”.
Em sua decisão, o Supremo aponta que as regras definidas pela corte
valem enquanto o Congresso Nacional não criar uma nova lei sobre o
assunto.
O STF também determina que o governo crie programas educativos sobre
os riscos do uso de drogas e forneça tratamento à saúde para
dependentes. Essas iniciativas devem envolver diferentes órgãos de
Estado. Na articulação de grande parte dessas políticas públicas estará a
Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos
(Senad), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Para a advogada Lívia Casseres, coordenadora-geral de projetos
especiais sobre drogas e justiça racial da Senad, a decisão do Supremo
pode diminuir o estigma sobre as pessoas que consomem drogas e
possibilita alcançar essas pessoas “com políticas de verdade
preventivas, de promoção da saúde e do cuidado”. Segundo ela, além dos
órgãos públicos, a elaboração dessas políticas envolverá a sociedade
civil por meio do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad).
“Há vários pontos da decisão [do STF] que ainda [a Senad] não tem
total clareza, por conta de ainda não ter sido publicado o acórdão da
decisão. Tem muitas complexidades que vão precisar ser pensadas, acho
que por todos os poderes do Estado”, diz a coordenadora.
Ela assinala que algumas definições técnicas não estão estabelecidas,
e “vão precisar ser discutidas, amadurecidas, primeiro a partir da
compreensão do conteúdo total do acórdão, de tudo que foi decidido pelo
Supremo.” O envio do acórdão deverá ocorrer somente em agosto, após o
recesso judiciário. Por ora, o STF encaminhou à Senad e outros órgãos
apenas a ata com o resumo dos debates e a resolução.
Até mesmo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que é comandado pelo
próprio presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, aguarda o
acórdão da Suprema Corte para tratar de novas políticas judiciárias que
deverão ser implementadas após a decisão, como a realização de mutirões
carcerários para revisar a ordem de prisão de pessoas flagradas com
menos de 40 gramas de maconha.
Impacto relativo
Além de lacunas quanto a procedimentos técnicos e indefinições para
formulação de novas políticas públicas, há dúvidas e divergências sobre
os efeitos da decisão. O advogado Cristiano Maronna, diretor do Justa,
um centro de pesquisa não-governamental sobre a Justiça, teme que o
impacto da decisão do STF seja muito pequeno e que a resolução “muda
algo para que tudo permaneça como está.”
Para ele, a decisão do Supremo mantém a pressuposição de que o caso é
de tráfico, e não de uso recreativo, no testemunho do policial,
ancorado em provas como o volume de droga apreendida e, eventualmente, a
posse de embalagens, balanças ou registros de venda.
“O tráfico não pode ser presumido. A finalidade mercantil tem que ser
provada e tem que ser uma prova corroborada externamente para além do
testemunho policial e das provas ancoradas”, aponta o advogado. “O que
realmente poderia mudar é qualificar a investigação criminal, chegar de
fato a quem é traficante, a quem ganha dinheiro com isso, afinal, se for
um negócio bilionário, não é possível que só prenda os miseráveis
negros”.
O advogado Gabriel de Carvalho Sampaio, diretor de litigância e
incidência da ONG Conectas Direitos, admite que “é preciso avançar muito
mais”, mas diverge de Maronna e aponta que a decisão do STF tem efeito
importante que parece simbólico, mas que tem muitos desdobramentos na
realidade, que é o fato da Suprema Corte reconhecer as injustiças feitas
pelo Judiciário e pela polícia na aplicação da lei de drogas.
“A resolução do Supremo passa a constituir uma ferramenta importante
no cotidiano, ou seja, não bastará mais a apreensão com a quantidade,
uma mera declaração subjetiva da polícia para que o enquadramento seja
de tráfico. As pessoas usuárias têm, a partir de agora, uma declaração
do Supremo Tribunal Federal de que elas não praticam o crime ao consumir
a droga, no caso, a maconha”, avalia.