terça-feira, 9 de julho de 2024

FÁBRICA DE AVIÕES BOEING SE DECLARA CULPADA PELOS ACIDENTES CAUSADOS PELO SEU AVIÃO 737 MAX

 

História de dw.com – DW Brasil

Maior empresa aeroespacial do mundo pagará multa milionária após acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos por quedas que mataram 346 pessoas e ficará livre de um julgamento.

Modelo de avião 737 MAX é alvo de investigações em várias partes do mundo

Modelo de avião 737 MAX é alvo de investigações em várias partes do mundo© Elaine Thompson/AP Photo/picture alliance

A Boeing aceitou se declarar culpada em uma investigação sobre dois acidentes aéreos envolvendo o modelo 737 MAX, ocorridos em 2018 e 2019, na Indonésia e na Etiópia, que mataram 346 pessoas. Maior empresa aeroespacial do mundo, a companhia americana pagará uma multa milionária após acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O anúncio foi feito neste domingo (07/07).

O acordo, que ainda precisa ser aprovado por um juiz federal, envolve se declarar culpada de fraude na certificação desses aviões e evitaria um julgamento. A empresa pagará uma multa de 244 milhões de dólares e investir 455 milhões de dólares, nos próximos três anos, para melhorar seus programas de conformidade e segurança.

O valor estabelecido, entretanto, é muito menor do que os 24,8 bilhões de dólares que as famílias das vítimas exigiam da fabricante. Em comunicado, a Boeing apenas confirmou que havia chegado a “um princípio de acordo sobre os termos de uma resolução com o Departamento de Justiça, sujeito à aprovação de termos específicos”.

Desde janeiro deste ano, quando o painel da porta de um 737 MAX 9, da Alaska Airlines, desprendeu-se do avião em pleno voo, a Boeing passou a serinvestigada de maneira minuciosa por diferentes agências do governo americano. As investigações encontraram falhas durante o processo de fabricação da aeronave. A reputação da empresa, entretanto, já estava manchada pelos acidentes anteriores.

Acidentes envolvendo o 737 MAX

Os dois acidentes que motivaram o acordo ocorreram num intervalo de seis meses e envolveram o modelo 737 MAX 8. O primeiro foi em outubro de 2018, num voo da empresa Lion Air que saiu de Jacarta, na Indonésia, e caiu no mar após a decolagem. O segundo, ocorrido em março de 2019, foi em um voo que partiu de Joanesburgo, na África do Sul, operado pela Ethiopian Airlines, que também caiu minutos após decolar.

Famílias das vítimas exigiam 24,8 bilhões de dólares da fabricante.

Famílias das vítimas exigiam 24,8 bilhões de dólares da fabricante.© Andrew Harnik/Getty Images

Em 2020, um relatório do Congresso dos Estados Unidos revelou falhas de design e uma cultura de acobertamento na empresa, assim como erros por parte da Administração Federal de Aviação (FAA). Os dois acidentes deixaram um prejuízo histórico para a Boeing.

Neste ano, a empresa voltou aos holofotes quando, no dia 5 de janeiro, a porta de um 737 MAX se soltou da fuselagem, forçando os pilotos a realizarem um pouso de emergência. O acidente não teve vítimas, mas levou a FAA a suspender por três semanas o modelo de avião.

Uma reportagem do jornal The New York Times revelou que foram realizadas 89 auditorias após o acidente, nas quais foram encontrados vários casos de descumprimento das exigências de controle de qualidade por parte da Boeing e seus fornecedores. A empresa Spirit AeroSystems, uma das fornecedoras da companhia, foi aprovada apenas em seis das 13 auditorias realizadas.

Boeing 787 da Latam perdeu altitude abruptamente durante um voo entre Sydney, na Austrália, e Auckland, na Nova Zelândia

Boeing 787 da Latam perdeu altitude abruptamente durante um voo entre Sydney, na Austrália, e Auckland, na Nova Zelândia© Brett Phibbs/AFP

Há investigações abertas contra a Boeing pelo Departamento de Justiça dos EUA e pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB). Além do modelo 737 MAX, outros aviões da empresa também se envolveram em acidentes recentes. No dia 13 de janeiro deste ano, um 737-800 operado pela companhia aérea All Nippon Airways precisou retornar à pista de decolagem ao descobrirem uma rachadura na janela da cabine do piloto. Os 59 passageiros e seis tripulantes não se feriram.

Outras investigações

Autoridades da Nova Zelândia e do Chile também investigam o que levou um Boeing 787 da Latam a perder altitude abruptamente durante um voo entre Sydney (Austrália) e Auckland (Nova Zelândia), que teria como destino final a cidade de Santiago, no Chile. A Comissão de Investigação de Acidentes de Transportes (Taic) da Nova Zelândia está analisando as gravações contidas na caixa-preta do avião. O incidente ocorreu num voo com 263 passageiros e deixou 50 pessoas feridas.

MERCADO DE PLANT-BASED DESTACA COMO UMA TENDÊNCIA PROMISSORA DO SETOR ALIMENTÍCIO

 

Entrevista com Carlos Correa – APAS (Associação Paulista de Supermercados) 

O mercado plant-based no Brasil tem se destacado como uma das tendências mais promissoras do setor alimentício. Em uma entrevista exclusiva concedida à Plant-Based Tech, o Diretor-Geral da APAS (Associação Paulista de Supermercados), Carlos Correa, compartilhou suas perspectivas e insights sobre esse fenômeno em ascensão.

Um olhar otimista para o futuro

Carlos Correa expressa um entusiasmo notável em relação ao crescimento do mercado plant-based. “A demanda do consumidor por esse tipo de produto aumenta cada vez mais e o Brasil tem um mercado bem promissor”, afirma Correa. Segundo ele, um recente levantamento da APAS indica que os produtos saudáveis estão em franca aceleração, com os alimentos não-industrializados predominando nas cestas de compras dos brasileiros. Este movimento é impulsionado por uma busca crescente por uma alimentação mais saudável, motivada por diversos fatores.

Receptividade e expansão nos supermercados

A aceitação dos produtos plant-based no mercado tem sido positiva. “O mercado opta por disponibilizar à sociedade cada vez mais variedade desses produtos, uma vez que a demanda por parte do consumidor registra constante crescimento”, explica Correa. Nos supermercados, é possível encontrar uma vasta gama de itens, incluindo cereais integrais, frutas, verduras, legumes e sementes.

A APAS tem desempenhado um papel ativo na promoção desse mercado. Correa destaca o sucesso da APAS SHOW, onde produtos orgânicos e plant-based ganharam um espaço significativo. Além disso, a APAS firmou um acordo de cooperação técnica com a CEAGESP, visando o desenvolvimento de boas práticas e o incentivo ao mercado de Frutas, Legumes e Verduras (FLV).

Acessibilidade para todos

Embora o plant-based inicialmente tenha sido associado a consumidores de alto padrão aquisitivo, essa realidade está mudando. “Vem crescendo a parcela de consumidores de todas as classes que consomem e veem valor nesse tipo de alimentação”, observa Correa. Ele reconhece que o preço final dos produtos plant-based ainda pode ser mais alto, mas acredita que a maior variedade e oferta podem oferecer mais opções aos clientes.

Segundo uma pesquisa recente da APAS, 65% dos brasileiros consomem orgânicos, com essa participação subindo para 71% entre os jovens de 18 a 34 anos. Esses números indicam um interesse crescente por parte dos consumidores em adotar uma alimentação mais saudável.

Perspectivas de crescimento

Correa está confiante no crescimento contínuo do setor plant-based no Brasil. “Os produtos saudáveis têm registrado crescimento ano após ano em todas as cestas”, afirma. Ele enfatiza que os consumidores estão cada vez mais conscientes da origem dos produtos e de seu impacto na saúde e no meio ambiente.

Expansão nos Supermercados

Quando questionado sobre a presença dos produtos plant-based nos supermercados, Correa explica que a oferta varia conforme a região e o porte das lojas. “A maior parte dos supermercados de médio e grande porte possuem uma ampla gama de produtos plant-based”, relata. Para os próximos cinco anos, ele projeta um crescimento expressivo desse mercado, apoiado tanto na mudança dos hábitos de consumo quanto na ampliação da oferta de novos produtos pela indústria alimentícia.

Adaptação dos supermercadistas

Os supermercadistas têm demonstrado uma abertura significativa para a tendência do vegetarianismo e da alimentação saudável. “O supermercadista tem o desafio de estar sempre atento às constantes mudanças de demandas e perfis dos consumidores”, destaca Correa. A alimentação saudável e natural já é uma realidade em muitos supermercados, com gôndolas dedicadas a produtos naturais se tornando cada vez mais comuns.

Conclusão

O crescimento do mercado plant-based no Brasil é uma realidade promissora, refletindo a busca dos consumidores por uma alimentação mais saudável e sustentável. A APAS, sob a liderança de Carlos Correa, continua a desempenhar um papel crucial nesse movimento, promovendo e incentivando a oferta de produtos plant-based nos supermercados no Estado de São Paulo. Como bem resumiu Correa, “A alimentação saudável e natural virou uma escolha de uma vida mais feliz e equilibrada.”

Plant-Based Tech

A CEO da TRIOXP Feiras e Eventos, organizadora da Plant Based Tech, Lúcia Abdala, também destaca o grande potencial do mercado brasileiro para o setor plant-based. “O Brasil é um dos mercados mais promissores para o setor plant-based. A nova geração busca alimentos e produtos sustentáveis que não agridam o meio ambiente. Cada vez mais empreendedores buscam novidades que atendam às expectativas desse consumidor,” afirmou Lúcia. Ela ressalta a importância de eventos como a Plant-Based Tech, que serve como um palco para discussões e apresentação de novas tecnologias de produção, soluções para a indústria, embalagens e novos produtos focados em food services e varejo.

FOME DE TEMPO É CARACTERIZADA PELA SENSAÇÃO DE QUE O TEMPO DISPONÍVEL É INSUFICIENTE PARA REALIZAR TODAS AS TAREFAS E OBRIGAÇÕES DO DIA

 

Sabrina Bezerra – Jornalista da StartSe

A “fome de tempo” é um sentimento cada vez mais comum na sociedade moderna, caracterizado pela sensação de que o tempo disponível é insuficiente para realizar todas as tarefas e obrigações do dia a dia.

Pessoa cansada (Foto: Pexels)

A “fome de tempo” é um sentimento cada vez mais comum na sociedade moderna. Para você ter uma noção, se caracteriza pela sensação de que o tempo disponível é insuficiente para realizar todas as tarefas e obrigações do dia a dia. Essa percepção gera estresse, ansiedade, cansaço e frustração, impactando negativamente a qualidade de vida.

  • Para você ter uma noção, 4 a cada 5 residentes empregados nos Estados Unidos sentem-se sem tempo, de acordo com um estudo de 2018.

Qual é o efeito da “fome de tempo” no cérebro?

O excesso de ocupação pode levar a uma redução na produção de serotonina, o hormônio do bem-estar.

Além disso, o estresse crônico relacionado à ocupação excessiva está associado a problemas cardíacos e diversas doenças.


Quando estamos constantemente sentindo sobrecarga, o cérebro não tem tempo para consolidar novas conexões neurais, essenciais para o seu funcionamento saudável. 

Isso pode levar a problemas de memória, diminuição da capacidade de aprendizado, dificuldade de concentração e alterações de humor.

E qual é a relação com a felicidade neste cenário? Pessoas mais felizes normalmente vivem vidas mais longas e saudáveis, mostram pesquisas.  As empresas que apoiam o bem-estar dos funcionários também são mais lucrativas, de acordo com uma Pesquisa Even de 2023 .

A boa notícia: existem algumas maneiras de reduzir a fome de tempo e ser mais feliz, segundo a pesquisadora Laurie Santos, que participou do South by Southwest este ano:

Diga mais não

Combater a “fome de tempo” envolve aprender a dizer “não” a tarefas que não são essenciais, tanto para os outros como para você. 

Repense o conceito de produtividade 

Laurie propõe questionar a ideia tradicional de produtividade e evitar cair na armadilha da “pseudo-produtividade”, onde estar ocupado não necessariamente se traduz em resultados eficazes.

Tenha autocompaixão e se abrace

Evite a pressão constante de fazer mais e reconhecer a importância de cuidar de si mesmo, evitando se sobrecarregar com tarefas desnecessárias.

Cultive conexões interpessoais 

Faça amizades no ambiente de trabalho para tornar as atividades mais agradáveis e produtivas, destacando a relevância de ter amigos no ambiente profissional.

Por que importa?

Essas estratégias visam ajudar a lidar com a sensação de falta de tempo e aprimorar a eficiência no trabalho, promovendo um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal.

Por que você está ignorando a ferramenta de vendas mais poderosa do mundo?

Guilherme Dias – Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG)

Eu vejo todos os dias o anunciante separando seus R$ 10.000,00 pra fazer uma campanha no rádio, R$ 3.000,00 para sair em uma revista local, pelo menos R$ 9.000,00 para fazer uns 3 pontos de mídia exterior, mas na hora de tirar o escorpião do bolso pra comprar mídia online, qualquer “milão” é “caro demais”.

Eu sinceramente não sei de onde veio este mito de que fazer anúncios na internet merece menos atenção financeira do que outros meios. A lógica deveria ser justamente a inversa.

Nenhum outro tipo de mídia retém tanta atenção do público comprador como na internet.

O Brasil é o terceiro país do mundo onde as pessoas mais ficam conectadas, passando mais de 10 horas por dia online (DEZ HORAS POR DIA!).

Ficamos atrás apenas de África do Sul e Filipinas.

Qual outra mídia prende a atenção das pessoas por DEZ HORAS?

Qual outra mídia pode colocar sua marca literalmente na mão do seu cliente ideal?

Qual outra mídia pode colocar sua marca na mão do seu cliente no EXATO momento que ele está propenso a fazer uma compra?

Qual outra mídia pode rastrear, seguir o seu cliente de acordo com os hábitos de consumo dele?

Qual outra mídia pode segmentar um anúncio de acordo com os interesses, medos, desejos, ações, intenções…

Qual outra mídia pode oferecer um contato com seu cliente ideal 24 horas por dia, 7 dias por semana?

Absolutamente nenhuma além da internet.

E agora, me conta…qual o motivo da internet receber menos investimento comparado à mídia tradicional?

Marketing Digital é barato, mas não é de graça.

Vamos fazer uma conta de padaria:

Quanto custa imprimir 1.000 flyers (folhetos) e distribuir no sinal?

Papel couchè brilho 90g 4×4 cores, em gráfica de internet (qualidade bem meia boca), com frete sai em torno de R$ 250,00.

Para a distribuição, você não vai encontrar quem faça por menos de R$ 70 a diária.

Você não tem a garantia de entrega. Já ví muito “panfleteiro” jogando metade do material no bueiro, ou entregando 2 de uma vez só em cada carro. Mas vamos tirar essa margem da conta.

Estamos falando de R$ 320 para 1 mil impactos.

Hoje estava otimizando uma campanha de Instagram, da minha conta pessoal, e o meu CPM (custo por mil impressões) estava girando em torno de R$ 5,51.

Ou seja cerca de 1,72% do valor de uma ação de rua com flyer.

Essa lógica pode ser aplicada a qualquer meio de comunicação tradicional, seja rádio, tv, outdoor, busdoor…

E a conta também deve ser levada em consideração além dos anúncios de Google, LinekedIN, Facebook, Instagram e TikTok.

Banners em portais e publieditoriais, este último ainda pouco explorado por pequenos e médios anunciantes, também apresentam números disparados na frente do marketing tradicional.

Então, quando você se perguntar se está tendo ou não resultados com mídia online, pense nessa continha.

Marketing digital, em comparação, é barato sim, mas será que você deveria deixar a menor faixa de verba do seu orçamento de marketing para o meio de vendas MAIS PODEROSO QUE EXISTE?

Deixo a reflexão.

Preferências de Publicidade e Propaganda

Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago

Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais veículos de propaganda você tem preferência?

Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.

Vantagens da Propaganda no Rádio Offline

Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.

É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio funciona bem demais!

De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim, concretizar suas vendas.

Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline

Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no rádio. Frequentemente, os rádios também são usados ​​como ruído de fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,

A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.

Vantagens da Propaganda Online

Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia digital.

Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda mais barato.

Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança, voltando para o original quando for conveniente.

Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e de comentários que a ela recebeu.

A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.

Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a empresa.

Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.

Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que não estão.

Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.

A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.

Vantagens do Marketplace Valeon

Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.

Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por meio dessa vitrine virtual. 

Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente. Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos diferentes.

Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma, proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.

Quando o assunto é e-commerce, os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em 2020. 

Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a visibilidade da sua marca.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

Apresentamos o nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace que tem um Product Market Fit adequado ao mercado do Vale do Aço, agregando o mercado e seus consumidores em torno de uma proposta diferenciada de fazer Publicidade e Propaganda online, de forma atrativa e lúdica a inclusão de informações úteis e necessárias aos consumidores como:

  • Publicidade e Propaganda de várias Categorias de Empresas e Serviços;
  • Informações detalhadas dos Shoppings de Ipatinga;
  • Elaboração e formação de coletâneas de informações sobre o Turismo da nossa região;
  • Publicidade e Propaganda das Empresas das 27 cidades do Vale do Aço, destacando: Ipatinga, Cel. Fabriciano, Timóteo, Caratinga e Santana do Paraíso;
  • Ofertas dos Supermercados de Ipatinga;
  • Ofertas de Revendedores de Veículos Usados de Ipatinga;
  • Notícias da região e do mundo;
  • Play LIst Valeon com músicas de primeira qualidade e Emissoras de Rádio do Brasil e da região;
  • Publicidade e Propaganda das Empresas e dos seus produtos em cada cidade da região do Vale do Aço;
  • Fazemos métricas diárias e mensais de cada consulta às empresas e seus produtos.

segunda-feira, 8 de julho de 2024

MILEI NO BRASIL DIZ QUE BOLSONARO É VÍTIMA DE PERSEGUIÇÃO POLÍTICA DO STF

 

História de Pedro Augusto Figueiredo e Tácio Lorran – Jornal Estadão

BALNEÁRIO CAMBORIÚ E BRASÍLIA – Em sua primeira viagem ao Brasil desde que foi eleito, o presidente da Argentina, Javier Milei, criticou o que chamou de governos socialistas dos últimos 20 anos na América Latina, sem citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Milei ainda afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é vítima de uma perseguição judicial no País e que a liberdade de expressão está questionada em grandes potencias mundiais.

Para Milei, a “liberdade de expressão, valor fundamental da democracia, se encontra questionado nas principais potencias do mundo sob a desculpa de não ferir a sensibilidade de ninguém, ou respeitar supostos direitos de algumas minorias ruidosas”. Ele afirma que é cada vez mais frequente ouvir que países em que se acreditava que “respeitavam os princípios básicos da democracia, se cometem aberrações em matéria de liberdade de expressão e censura”.

O presidente da Argentina, Javier Milei, durante discurso no CPAC Brasil, em Balneário Camboriú, Santa Catarina Foto: Evaristo Sa/AFP

O presidente da Argentina, Javier Milei, durante discurso no CPAC Brasil, em Balneário Camboriú, Santa Catarina Foto: Evaristo Sa/AFP© Fornecido por Estadão

O presidente argentino avalia que muitas pessoas veem esses conceitos como “abstratos”, mas, nas palavras dele, quem vê “o que lamentavelmente começa a ocorrer hoje no Brasil, pensa duas vezes”. Milei não entrou em detalhes sobre essa menção, tampouco mencionou o governo brasileiro ou o poder judiciário, que foi alvo de várias críticas de outros participantes durante a quinta edição da Conferência de Política Ação e Conservadora (CPAC Brasil), evento que recebeu o presidente argentino para seu discurso de encerramento.

O CPAC foi realizado neste fim de semana em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Em sua fala, Milei estava acompanhado no palco por Bolsonaro, o governador catarinense Jorginho Mello (PL), o senador Jorge Seif (PL-SC) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), organizador do evento. A irmã de Milei, Karina Milei, secretária-geral do governo argentino, o porta-voz Manuel Adorni e o ministro da Defesa, Luis Alfonso Petri, também foram chamados para assistir ao discurso ao lado dos políticos brasileiros.

Jair Bolsonaro saudou Javier Milei durante o evento conservador em Balneário Camboriú Foto: Evaristo Sa/AFP

Jair Bolsonaro saudou Javier Milei durante o evento conservador em Balneário Camboriú Foto: Evaristo Sa/AFP© Fornecido por Estadão

Milei foi recebido pelo público com gritos de “Viva la libertad, carajo” e “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. Ele cumprimentou Bolsonaro, chamando-o de presidente, e Eduardo pela recepção, disse que se sentiu em casa e que é “sempre um prazer estar entre os amigos”.

O presidente argentino usou seu discurso para criticar o que chamou de “governos socialistas” dos últimos 20 anos na América Latina e disse que o único interesse dessas administrações é o “poder pelo poder”. “[Esses governos] Constituem uma receita do desastre econômico, social, político e cultural”, disse. “Uma relação de causalidade entre esses dois elementos não é coincidência”.

Ele citou como exemplos Cuba, Nicaraguá e Venezuela, classificando as gestões desses países como “ditaduras sanguinárias”. Disse ainda que Bolsonaro sofre uma perseguição judicial no Brasil, mas sem entrar em detalhes. Nesta semana, o ex-presidente brasileiro foi indiciado pela Polícia Federal por peculato, lavagem e associação criminosa no caso das joias sauditas, revelado pelo Estadão em março do ano passado.

Milei encerrou o discurso com três gritos de “Viva la libertad, carajo” e abraçou e deu as mãos a Bolsonar antes de deixar o palco e seguir para o aeroporto. O presidente argentino deixa o País ainda hoje.

Após Milei, Eduardo Bolsonaro ainda fez um breve discurso ao lado do americano Matt Schlapp, presidente da CPAC original. No telão, uma arte pedia anistia para Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, o ex-deputado Daniel Silveira, Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal e pessoas presas no ataque aos prédios dos Três Poderes em 8 de Janeiro. Também havia uma imagem de Cleriston da Cunha, preso por participar dos atos golpistas que morreu após ter problemas de saúde na prisão.

“Eu tenho certeza que se nós tivéssemos uma conexão mais íntima nunca teria ocorrido o 8 de Janeiro no Brasil porque nós teríamos aprendido com o 6 de Janeiro nos Estados Unidos”, afirmou. Ainda segundo ele, havia pessoas bem-intencionadas que queriam evitar a depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF, mas “acabaram caindo nessa armadilha do 8 de Janeiro”.

“Eu me comprometo a lutar pela anistia de todos os injustiçados pelo 8 de Janeiro do Brasil”, declarou Eduardo, que indicou que será candidato ao Senado em 2026.

Milei e Bolsonaro foram destaque de evento conservador em Santa Catarina

presidente da Argentina chegou na cidade catarinense na noite desse sábado e foi recepcionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os dois assistiram o jogo entre Brasil e Uruguai pela Copa América. A seleção brasileira foi desclassificada na disputa de pênaltis, após um empate em zero a zero com os uruguaios.

Em encontro durante a CPAC, o governador de Santa Catarina, Jorginho Melo, a secretária-geral da Presidência da Nação Argentina, Karina Milei, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente argentino Javier Milei, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro Foto: Divulgação/Governo de Santa Catarina

Em encontro durante a CPAC, o governador de Santa Catarina, Jorginho Melo, a secretária-geral da Presidência da Nação Argentina, Karina Milei, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente argentino Javier Milei, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro Foto: Divulgação/Governo de Santa Catarina© Fornecido por Estadão

Já na manhã deste domingo, 7, Milei se reuniu a portas fechadas com Bolsonaro, os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Jorginho Mello (PL-SC) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ao fim do encontro, o presidente argentino recebeu a medalha “3is: imorrível, imbrochável e incomível” de Bolsonaro.

Milei também se reuniu com Mello e empresários catarinenses. Segundo o governador, o objetivo do encontro foi discutir relações comerciantes entre Santa Catarina e o país vizinho.

Essa é a primeira vez que o argentino vem ao Brasil desde que assumiu a Presidência do país vizinho. Milei não encontrará, contudo, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo um porta-voz de Milei, as agendas em Santa Catarina são “prioritárias” para o mandatário da Argentina.

Nas últimas semanas, Lula e Milei trocaram acusações. O presidente brasileiro disse que o argentino deveria pedir desculpas pelas “bobagens” que falou sobre ele e o Brasil. Milei voltou a repetir que o petista é “comunista” e “corrupto”.

Se o encerramento ficou por conta de Milei, a abertura do CPAC Brasil, na manhã desse sábado, 6, ficou a cargo de Bolsonaro. Em seu discurso, o ex-presidente ignorou o indiciamento da Polícia Federal no caso das joias sauditas, criticou o PT, a quem chamou de “partido do trambique”, e a imprensa. “Não tenho ambição pelo poder, tenho obsessão pelo Brasil, em que pese qualquer outras questões que nos atrapalhe”, afirmou.

Ao fim do primeiro dia de evento, o ex-presidente voltou para o palco, para o discurso de encerramento. Na ocasião, disse que “não irá recuar” mesmo com investigações da Polícia Federal (PF) em curso contra ele. “Apesar de a PF ter ido três vezes na minha casa, hoje já tenho 300 e poucos processos ainda. Vale a pena. A gente não vai recuar”

O CPAC Brasil é organizado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro e foi inspirado no Conservative Political Action Conference (CPAC), evento que reúne nomes do conservadorismo dos Estados Unidos em congressos anuais desde 1973.

Além de Milei e Bolsonaro, a edição deste ano do CPAC Brasil contou com as presenças dos governadores de Santa Catarina, Jorginho Mello, e de São Paulo, Tarcísio de Freitas, deputados bolsonaristas e empresários.

As palestras do CPAC Brasil foram marcadas principalmente pelo tom de aconselhamento eleitoral para pré-candidatos a prefeito e vereador nas próximas eleições municipais. Deputados e lideranças bolsonaristas frisavam que um bom desempenho no pleito era fundamental para sustentar uma candidatura presidencial bolsonarista em 2026

MINISTRA ARGENTINA DIZ QUE O MERCUSUL PRECISA DE ADRENALINA

História de admin3 – IstoÉ

A ministra argentina de Relações Exteriores, Diana Mondino, afirmou que o Mercosul precisa de “um choque de adrenalina”, ao iniciar neste domingo (7) a reunião de chanceleres do bloco em Assunção, às vésperas de uma cúpula de chefes de Estado marcada pela ausência do argentino Javier Milei e pela adesão da Bolívia.

“Temos uma visão crítica sobre o presente do Mercosul e consideramos que seu potencial como mercado ampliado e plataforma de relacionamento com o mundo está sendo subaproveitado. O Mercosul está precisando de um choque de adrenalina”, declarou Mondino na reunião preparatória.

Ela questionou que o bloco sul-americano, composto por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e agora Bolívia, não tenha conseguido em seus 33 anos “facilitar o acesso aos grandes mercados extrazona” e defendeu uma atualização que contemple “novas modalidades de negociação, mais flexíveis”.

Seu contraparte paraguaio, Rubén Ramírez, ao abrir como anfitrião a 64ª cúpula do Mercosul e países associados no porto de Assunção, disse que “o processo de entendimento tem sido lento e complexo”.

Apesar de criticar a falta de agilidade do bloco, Ramírez destacou o acordo com Singapura, que rompeu com mais de uma década de estagnação na falta de pactos ao ser assinado em dezembro, e mencionou o início das negociações com os Emirados Árabes Unidos no início desta semana.

Por sua vez, o chanceler uruguaio, Omar Paganini, pediu mais uma vez “flexibilidade” nas negociações comerciais, uma antiga demanda do pequeno país pecuarista, e reiterou que o Uruguai impulsionará um acordo com a China ao assumir a presidência semestral do grupo ao fim deste encontro.

A missão é difícil, pois o Paraguai não tem relações com o país asiático devido ao reconhecimento de Taiwan, e os dois maiores parceiros, Brasil e Argentina, não estão convencidos de sua viabilidade.

– Cúpula de líderes –

Além do presidente anfitrião, Santiago Peña, na segunda-feira estarão presentes seus pares do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; Uruguai, Luis Lacalle Pou; Bolívia, Luis Arce; e o recém-eleito presidente do Panamá, José Raúl Mulino, como convidado.

O governante boliviano deve formalizar o ingresso de seu país no bloco após a promulgação da lei de adesão na sexta-feira, dias após reprimir o que chamou de uma tentativa de golpe de Estado em La Paz.

Milei, que teve desentendimentos recentes com Arce e Lula, ignorou seus pares do Cone Sul e viajou para um evento conservador no sul do Brasil, onde se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Não buscamos um bloco ideológico, mas sim a integração como objetivo”, respondeu na sexta-feira o chanceler paraguaio Ramírez a uma pergunta sobre o assunto.

O cientista político Alejandro Frenkel, especialista em relações internacionais da Universidade Nacional de San Martín, disse à AFP que essas “situações conflitantes ou de transição política” provavelmente influenciarão o fato de “talvez não haver muita iniciativa ou diretrizes claras sobre para onde avançar” na cúpula.

Além disso, o Uruguai assumirá a presidência pro tempore em pleno período eleitoral, antes das eleições gerais de outubro.

– “Não vamos ceder” –

A reunião acontece em meio a um tratado atrasado com a União Europeia (UE) negociado há mais de 20 anos, que prevê a eliminação da maioria das tarifas entre as duas regiões, criando um espaço comercial com mais de 700 milhões de consumidores.

Segundo este tratado, as potências agrícolas da região exportariam para a Europa carne, açúcar, arroz, mel e soja; enquanto a Europa exportaria automóveis, máquinas e produtos farmacêuticos, entre outros.

No entanto, o acordo encontra resistência de alguns países europeus, principalmente da França, que teme a chegada em massa de produtos agrícolas sul-americanos.

“Não podemos continuar presos em processos nos quais não conseguimos avançar”, declarou Ramírez na reunião de chanceleres.

“Não vamos ceder nem aceitar imposições de políticas protecionistas por parte de países desenvolvidos que, com discursos bem-intencionados, pretendem estabelecer medidas que se transformem em obstáculos ao comércio”, acrescentou.

Longe de desanimar, o Brasil reiterou seu compromisso em alcançar pontos comuns.

“No caso das relações com a União Europeia (…) nosso objetivo de alcançar um acordo ambicioso e equilibrado continua válido”, disse o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

O Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi criado em 1991 por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Além desses, são membros plenos a Venezuela, cuja entrada foi aprovada em 2006, mas está suspensa desde 2017 por “ruptura da ordem democrática”, e agora a Bolívia.

 

GOVERNO PETISTA DO LULA ISENTA DE RESPONSABILIDADE E JOGA A CULPA NOS OUTROS

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Sempre se disse que o PT e seu maior líder, o presidente Lula da Silva, eram imbatíveis na oposição. Sabiam mobilizar as ruas e desferir golpes abaixo da linha de cintura no governo – seguindo o questionável, porém eficiente evangelho esquerdista que divide o mundo em “nós”, o Bem, e “eles”, o Mal. Jamais entenderam a regra de ouro dos oposicionistas, aquela bem definida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em seus Diários da Presidência: uma oposição, para ser ouvida, precisa ter o que dizer. Lula e o PT, porque nada tinham a dizer a não ser vender a utopia do atraso, sempre preferiram gritar. Uma vez no governo, porém, nem o PT nem Lula jamais foram capazes de entender seu novo papel, qual seja, o de dialogar com todas as forças políticas relevantes para administrar um país grande, complexo e cheio de problemas, mas igualmente com imenso potencial, como é o Brasil. A vocação oposicionista prevaleceu – e, sem conseguir realizar até mesmo as promessas de dar mais atenção às minorias e aos pobres, dos quais o PT se julga redentor, o governo petista faz o que os petistas e Lula estão habituados a fazer: isenta-se de responsabilidade. A culpa, nesse caso, é da realidade dos fatos, aquela que os petistas nunca levam em consideração.

É assim que Lula vem decepcionando até mesmo sua clientela preferencial. Confrontado com a baixa diversidade no governo, o presidente afirmou que é “mais difícil” encontrar mulheres e pessoas negras para determinados cargos, argumentando que a sub-representatividade é consequência do fato de que esses grupos não tiveram participação na política “mais contundente”. Foi duramente criticado, embora o que ele reconheceu com indisfarçável sinceridade foi, no limite, similar à declaração da ministra do Planejamento, Simone Tebet, segundo a qual é “difícil” colocar mulheres negras na Esplanada dos Ministérios porque muitas são “arrimo de família”. Foi o suficiente para que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, com indelicadeza e estardalhaço, levasse à colega uma lista de profissionais negras que estariam “disponíveis” para serem indicadas ao governo. Resta saber se Anielle fará o mesmo com o chefe.

Também nos últimos dias circulou uma lembrança incômoda a Lula: um comentário seu sobre os incêndios no Pantanal, feito em setembro de 2020. Na ocasião, com a Amazônia e o Pantanal em chamas, Lula se perguntava por que as Forças Armadas não estavam com grande contingente nas duas regiões, denunciava o desmonte dos mecanismos de prevenção a incêndios e acusava o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de ser “um cidadão sem caráter e sem respeito pela natureza”. O resgate da declaração se justificou: o Pantanal está novamente em chamas, com a ocorrência do maior número de focos de incêndio desde que o índice começou a ser contabilizado, mesmo que haja no Ministério uma ministra cujo compromisso com a preservação é inquestionável – tudo isso sem que o governo demonstre qualquer capacidade de reagir à altura.

Há outros exemplos, como as promessas redentoras de avançar na homologação e demarcação de terras indígenas, alçar o País à condição de potência verde, corrigir mazelas no campo dos direitos humanos e, sobretudo, articular um processo de união e reconstrução nacional. Uma vez no governo, Lula não tem conseguido destravar as pautas pleiteadas por indígenas, muito menos resolver a calamidade enfrentada pelo Povo Yanomami, nem apresentar um plano claro de transição energética que faça jus à sua pregação como candidato a salvador do planeta, ou ainda atender às expectativas dos movimentos sociais. Ao mesmo tempo, continua optando por ser uma fonte de permanente divisão num país que saiu cindido das urnas.

Aqui não se entra no mérito das promessas do demiurgo, mas é evidente a profundidade do abismo que separa o Lula da oposição e o Lula da Presidência. Na oposição, sobravam críticas virulentas e propostas megalomaníacas. No governo, faltam ideias, criatividade e capacidade de governar. Mas há algo em comum entre o Lula da oposição e o Lula presidente: o discurso irresponsável, a retórica vazia e o proverbial cacoete de transferir aos outros – o mercado, os ricos, o Ocidente, etc. – a responsabilidade pela sua incompetência.

CONDENAÇÕES VIRTUAIS DO STF SOMAM 226 PRESOS APÓS 8 DE JANEIRO

 

História de Lucas Mendes – CNN Brasil

Com análise virtual, STF já soma 226 condenados um ano e meio após o 8 de janeiro

Com análise virtual, STF já soma 226 condenados um ano e meio após o 8 de janeiro© Fornecido por CNN Brasil

Um ano e meio após os ataques de 8 de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 226 pessoas por participação na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Os dois últimos foram condenados em sessão que terminou em 28 de junho. Na ocasião, foi imposta pena de 17 anos de prisão a Antônio Cláudio Alves Ferreira, que derrubou o relógio do século 17, e Leonardo Alves Fares, que invadiu o prédio do Congresso. Do presencial para o virtual As sessões de julgamentos dos réus do 8 de janeiro começaram em 14 de setembro, no plenário presencial. Depois das primeiras três condenações, a análise dos casos passou a ser feita em plenário virtual. Neste formato, não há debate entre os ministros, que apresentam seus votos de forma escrita em um sistema eletrônico. As penas fixadas pelo STF aos réus variam de acordo com os crimes. As mais altas até agora são de 17 anos de prisão em regime inicial fechado. Executores Todos os condenados até aqui integram o núcleo dos executores dos atos. São as pessoas que invadiram os prédios públicos na região central de Brasília. Todos são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de cinco crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Um dos réus foi absolvido: Geraldo Filipe da Silva, por não haver comprovação de que participou dos ataques. Ele estava em situação de rua na época, e preso em flagrante em 8 de janeiro. Acusados No total, foram instauradas 1.354 ações penais contra participantes dos atos de 8 de janeiro. Desse total, 1.113 ações foram suspensas para que a PGR avalie a possibilidade de firmar acordos com os réus acusados dos crimes menos graves, livrando essas pessoas do processo criminal e de eventual condenação. Esse grupo é acusado de incitação ao crime e associação criminosa. São pessoas que estavam em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, e que foram presas em 9 de janeiro. Moraes já validou mais de 200 acordos do tipo. O acerto fechado com a PGR é chamado de acordo de não persecução penal. Há algumas condições para fechar os acordos, como a necessidade de confessar os crimes. Depois, os envolvidos precisam cumprir prestação de serviços à comunidade, pagar multa, e participar de curso sobre democracia.

DESCRIMINALIZAÇÃO DA MACONHA PELO STF DEMANDA NOVOS PROCEDIMENTOS

 

História de Redação – Dinheiro Rural

Os peritos criminais brasileiros aguardam o estabelecimento de novas orientações para o seu trabalho, quando tiverem que examinar maconha apreendida em pequena quantidade pela polícia. A demanda se dá após o Supremo Tribunal Federal (STF) definir que não é crime ter até 40 gramas de cannabis sativa ou seis plantas-fêmeas – que produzem flores ricas no composto psicoativo tetra-hidrocanabinol (THC).

“Com certeza, deverão estabelecer novos procedimentos, até mesmo para deixar bem caracterizada a situação que vai ficar provocada pela decisão”, aponta o perito criminal do estado do Mato Grosso Marcos Secco, presidente da Associação Brasileira de Criminalística, que representa peritos, médicos-legistas e odonto-legistas em todo o território nacional.

Nas sessões que julgaram um recurso extraordinário sobre a posse de pequenas quantidades de maconha, o STF determinou que se uma pessoa for flagrada usando a droga, a maconha será confiscada e o usuário levado à delegacia. O delegado não deverá determinar a prisão em flagrante ou instaurar inquérito, mas registrar o fato como infração administrativa e liberar a pessoa, após notificá-la de que deverá comparecer em juízo para ser ouvida e, eventualmente, receber sanção de caráter não-penal. 

A droga apreendida deverá ser examinada por peritos em laboratório para, por exemplo, identificar a substância e mensurar o volume. Segundo Marcos Secco, faltam definições quanto à obrigação de fazer a pesagem do entorpecente em balança certificada. Além de regras pontuais, o perito imagina que será necessário preparar os laboratórios e os técnicos para nova rotina. “No caso de plantas [confiscadas pela polícia], teríamos que aumentar o serviço de botânica dentro dos institutos de criminalística”, diz o perito. 

Advertências 

Quem cometer a infração administrativa por porte de maconha poderá ser advertido sobre os efeitos da droga ou ter de frequentar curso a respeito. Contudo, o defensor público Bruno Shimizu, presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), aponta lacuna nesse encaminhamento.

De acordo com ele, não há na Lei das Drogas (Lei nº 11.343/2006) um procedimento específico para a apuração de infração administrativa. “O STF entendeu que, enquanto não houver regulamentação desse procedimento, a imposição dessas sanções continua a se dar em um processo judicial”. Em sua decisão, o Supremo aponta que as regras definidas pela corte valem enquanto o Congresso Nacional não criar uma nova lei sobre o assunto.

O STF também determina que o governo crie programas educativos sobre os riscos do uso de drogas e forneça tratamento à saúde para dependentes. Essas iniciativas devem envolver diferentes órgãos de Estado. Na articulação de grande parte dessas políticas públicas estará a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Para a advogada Lívia Casseres, coordenadora-geral de projetos especiais sobre drogas e justiça racial da Senad, a decisão do Supremo pode diminuir o estigma sobre as pessoas que consomem drogas e possibilita alcançar essas pessoas “com políticas de verdade preventivas, de promoção da saúde e do cuidado”. Segundo ela, além dos órgãos públicos, a elaboração dessas políticas envolverá a sociedade civil por meio do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad).

“Há vários pontos da decisão [do STF] que ainda [a Senad] não tem total clareza, por conta de ainda não ter sido publicado o acórdão da decisão. Tem muitas complexidades que vão precisar ser pensadas, acho que por todos os poderes do Estado”, diz a coordenadora. 

Ela assinala que algumas definições técnicas não estão estabelecidas, e “vão precisar ser discutidas, amadurecidas, primeiro a partir da compreensão do conteúdo total do acórdão, de tudo que foi decidido pelo Supremo.” O envio do acórdão deverá ocorrer somente em agosto, após o recesso judiciário. Por ora, o STF encaminhou à Senad e outros órgãos apenas a ata com o resumo dos debates e a resolução.

Até mesmo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que é comandado pelo próprio presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, aguarda o acórdão da Suprema Corte para tratar de novas políticas judiciárias que deverão ser implementadas após a decisão, como a realização de mutirões carcerários para revisar a ordem de prisão de pessoas flagradas com menos de 40 gramas de maconha.

Impacto relativo 

Além de lacunas quanto a procedimentos técnicos e indefinições para formulação de novas políticas públicas, há dúvidas e divergências sobre os efeitos da decisão. O advogado Cristiano Maronna, diretor do Justa, um centro de pesquisa não-governamental sobre a Justiça, teme que o impacto da decisão do STF seja muito pequeno e que a resolução “muda algo para que tudo permaneça como está.”

Para ele, a decisão do Supremo mantém a pressuposição de que o caso é de tráfico, e não de uso recreativo, no testemunho do policial, ancorado em provas como o volume de droga apreendida e, eventualmente, a posse de embalagens, balanças ou registros de venda.

“O tráfico não pode ser presumido. A finalidade mercantil tem que ser provada e tem que ser uma prova corroborada externamente para além do testemunho policial e das provas ancoradas”, aponta o advogado. “O que realmente poderia mudar é qualificar a investigação criminal, chegar de fato a quem é traficante, a quem ganha dinheiro com isso, afinal, se for um negócio bilionário, não é possível que só prenda os miseráveis negros”.

O advogado Gabriel de Carvalho Sampaio, diretor de litigância e incidência da ONG Conectas Direitos, admite que “é preciso avançar muito mais”, mas diverge de Maronna e aponta que a decisão do STF tem efeito importante que parece simbólico, mas que tem muitos desdobramentos na realidade, que é o fato da Suprema Corte reconhecer as injustiças feitas pelo Judiciário e pela polícia na aplicação da lei de drogas.

“A resolução do Supremo passa a constituir uma ferramenta importante no cotidiano, ou seja, não bastará mais a apreensão com a quantidade, uma mera declaração subjetiva da polícia para que o enquadramento seja de tráfico. As pessoas usuárias têm, a partir de agora, uma declaração do Supremo Tribunal Federal de que elas não praticam o crime ao consumir a droga, no caso, a maconha”, avalia.

AQUISICAÇÃO DE PROGRAMAS ESPIÕES SÃO OMITIDAS PELOS ESTADOS AO STF

História de Caio de Freitas Paes – Agência Pública

Para julgar se os serviços de inteligência estão fora de controle no Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que tribunais de contas de estados e municípios informassem parte das compras recentes de programas espiões, em uso ou não, até o último dia 31 de maio. Passado mais de um mês do fim do prazo, ao menos seis tribunais ainda não responderam – quatro deles de estados com contratos de compra de programas espiões já publicados em Diário Oficial. 

Agência Pública analisou o material já recebido pelo Supremo e encontrou contradições e dados imprecisos nas respostas. Contratos firmados nos últimos anos por governos estaduais com ao menos uma empresa de inteligência, a israelense Cognyte, por exemplo, foram omitidos dos relatórios de no mínimo quatro estados ao STF. A companhia ficou famosa após o escândalo conhecido como caso First Mile, sobre o uso desse programa espião para vigilância ilegal pelo governo Bolsonaro.

O Tribunal de Contas do Estado de Goiás, por exemplo, relatou que “não participou” da compra de “sistemas de intrusão virtual remota e de ferramentas de monitoramento secreto e invasivo” e que “não guarda, utiliza ou gerencia” programas do tipo.

Mas Pública revelou como o governo goiano, já sob a gestão do bolsonarista Ronaldo Caiado (União), comprou 10 mil acessos ao software espião First Mile entre 2021 e 2022 – o mesmo programa na mira da Polícia Federal por uso ilegal no governo Bolsonaro. À época, o governo Caiado escondeu gasto de R$ 7,6 milhões com a ferramenta do grupo israelense, descrita genericamente como “solução de interceptação telefônica e telemática” para a Polícia Civil do estado.

À Pública, o tribunal de contas goiano reafirmou sua manifestação ao STF, sem informar a compra do First Mile pelo governo Caiado, e até mesmo colocou em dúvida a aquisição do programa do grupo israelense. Segundo a corte de contas, “ainda que possa ter havido referida contratação”, a aquisição do programa First Mile “não foi objeto de análise no âmbito da atividade de controle do TCE-GO”.

Governo Ronaldo Caiado (União) comprou 10 mil acessos ao software espião First Mile, mas o tribunal de contas de Goiás não informou a compra ao STF

Governo Ronaldo Caiado (União) comprou 10 mil acessos ao software espião First Mile, mas o tribunal de contas de Goiás não informou a compra ao STF© Fornecido por Agência Pública

4 estados omitiram compras; SC admitiu “equívoco”

O tribunal de Goiás não é o único com respostas questionáveis na ação em curso no STF. As cortes de contas de Amazonas, Espírito Santo e Santa Catarina se manifestaram sem relatar compras recentes de produtos da Cognyte.

Mas os três estados adquiriram produtos do grupo israelense desde 2017, ano da primeira compra de ferramentas da empresa pelo governo federal, via Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, estado governado pelo bolsonarista Jorginho Mello (PL), informou ao STF a aquisição e uso de apenas dois programas espiões: o software brasileiro Guardião, usado para grampear telefones celulares e obter outros dados, e o israelense Cellebrite, usado para desbloquear celulares, acessar mensagens e dados apagados de dispositivos apreendidos.

A corte de contas catarinense, no entanto, não fez menção às compras recentes do governo local à Cognyte. Entre 2021 e 2022, na gestão do ex-governador Carlos Moisés (Republicanos), o estado investiu, sem licitação, pelo menos R$ 490 mil para “suporte e manutenção” da ferramenta espiã Webint do grupo israelense, segundo o Diário Oficial do estado.

Questionado pela reportagem, o tribunal admitiu o erro e alegou que “a ausência de menção ao referido contrato […] se deu em razão de um equívoco”. Somente após contato da Pública, o tribunal catarinense atualizou as informações prestadas ao STF, enviando cópia do contrato assinado com o grupo Cognyte – que, ao todo, custou R$ 3,3 milhões ao estado, considerando a aquisição de “licenças perpétuas” da ferramenta Webint, instalação, uso, suporte e manutenção deste programa.

À Pública, tribunal de contas de Santa Catarina – governada por Jorginho Mello (PL) – admitiu “equívoco” ao não ter declarado compra de programa espião da Cognyte ao STF

À Pública, tribunal de contas de Santa Catarina – governada por Jorginho Mello (PL) – admitiu “equívoco” ao não ter declarado compra de programa espião da Cognyte ao STF© Fornecido por Agência Pública

Silêncio impera sobre contratos com a Cognyte

Ao todo, secretarias de Segurança de pelo menos nove estados compraram produtos da Cognyte desde a primeira aquisição do First Mile pela Abin, como revelado pela Pública em outubro de 2023. São eles: Amazonas, Alagoas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Os governos de Alagoas, Mato Grosso, Pará e Rio Grande do Sul, quatro que ainda não se manifestaram, noticiaram em seus diários oficiais aquisições de programas do grupo israelense nos últimos anos.

Sob a gestão do bolsonarista Mauro Mendes (União), Mato Grosso gastou R$ 4,6 milhões na compra de outro programa da Cognyte em 2022 – o GI2-S, que usa uma técnica patenteada pelo grupo israelense chamada IMSI Catcher, para invadir telefones celulares e rastrear quem utiliza os aparelhos. Essa técnica foi citada pelo ministro Cristiano Zanin no pedido de esclarecimentos do STF aos tribunais de contas em maio passado.

Ainda durante o governo Bolsonaro, governo Mauro Mendes (União) comprou programa espião da Cognyte por R$ 4,6 milhões

Ainda durante o governo Bolsonaro, governo Mauro Mendes (União) comprou programa espião da Cognyte por R$ 4,6 milhões© Fornecido por Agência Pública

A compra do GI2-S pelo governo Mauro Mendes teve o aval da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-MT). O Ministério Público estadual investigou a aquisição do programa, mas deixou pontas soltas na apuração – sem ter pedido, por exemplo, a íntegra do contrato assinado com a Secretaria de Segurança Pública ou especificações técnicas da ferramenta, como revelado pela Pública.

A reportagem procurou o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso para saber quando relatará ao STF a compra do GI2-S, mas não recebeu resposta até o momento.

 

MITOS E VERDADES SOBRE O CÂMBIO AUTOMÁTICO

História de Da Redação, com assessoria – 33Giga

5 mitos e verdades sobre o câmbio automático - DepositPhotos

5 mitos e verdades sobre o câmbio automático – DepositPhotos© DepositPhotos

Entre os motoristas, existem opiniões diferentes sobre o câmbio automático. Enquanto alguns são contra, preferindo o manual, outros defendem suas vantagens, principalmente no cotidiano do trânsito. Mas essa preferência acaba criando alguns mitos que envolvem o componente. É o que explica Leonardo Furtado, superintendente do Auto Shopping Internacional. Confira!

1. Carros com câmbio automático consomem mais combustível

Mito. De acordo com Leonardo, essa ideia surgiu principalmente devido à ineficácia dos câmbios automáticos antigos, que não possuíam um sistema de gestão adequado e mudavam de marcha em rotações mais elevadas. Como resultado, o consumo de combustível aumentava.

“Ao longo do tempo, o setor automobilístico teve diversos avanços tecnológicos e os veículos automáticos tendem a ser até mais econômicos, principalmente quando se trata da Transmissão Continuamente Variável, a CVT, que é desenvolvida justamente para reduzir o consumo”, explica.

2. As mudanças de marcha em câmbios automáticos são mais rápidas

Verdade. De fato, as trocas de marcha em câmbios automáticos são bastante ágeis. Alguns modelos são comparáveis a sistemas de dupla embreagem, conhecidos por sua eficiência e rapidez, frequentemente encontrados em carros esportivos e de alta performance.

“A tecnologia está em constante evolução e, geralmente, veículos equipados com câmbio automático conseguem atingir velocidades de 0 a 100 km/h em tempos menores do que os veículos manuais. O Jeep Renegade manual, por exemplo, tem um desempenho inferior ao da versão automática”, aponta o superintendente.

3. Embora quebrem menos, o custo de manutenção é maior

Verdade. Isso ocorre principalmente devido ao mau uso do câmbio manual, como engatar marchas sem que os conjuntos de engrenagens estejam alinhados.

Leonardo explica que o câmbio automático é controlado por um sistema eletrônico. Por isso, esse tipo de problema é evitado, mas tudo tem seu preço. “Esta transmissão é um pouco mais complexa e nem todas as oficinas têm a capacidade de realizar sua manutenção. Além disso, são necessários equipamentos especiais, o que eleva os custos de manutenção.”

4. Câmbio automático aumenta desgaste dos freios

Mito. “É verdade que, quando um veículo com câmbio automático está parado, o freio precisa ser acionado para manter o carro imóvel. No entanto, a força exercida pelo veículo para frente é tão pequena que não afeta o desgaste dos freios”, diz Leonardo.

O superintendente ressalta que existe a discussão sobre como em algumas descidas, por não poder usar o freio motor, há um aumento no desgaste. “Isso também é incorreto, pois em alguns modelos de transmissão, ao selecionar a posição L, 1, 2 ou 3 no seletor de marchas, uma marcha reduzida é engatada, eliminando a necessidade de manter o pé no pedal do freio”, comenta.

5. Engatar a marcha ré em movimento danifica a transmissão automática

Verdade. “Isso vale tanto para câmbios automáticos quanto para manuais. Engatar a marcha ré enquanto o carro está em movimento causa impacto nos componentes da transmissão. Repetindo isso várias vezes, você pode danificar a transmissão”, finaliza Leonardo.