segunda-feira, 1 de julho de 2024

DIREITA VENCE ELEIÇÕES EM PRIMEIRO TURNO NA FRANÇA

 

História de dw.com – DW Brasil

Reunião Nacional, de Marine Le Pen, obtém vitória histórica, com 33% dos votos, e aliança do presidente Macron fica em terceiro lugar, atrás da coalizão de esquerda.

A líder ultradireitista Marine Le Pen, do Reunião Nacional, sorri para apoiadores após anúncio dos resultados preliminares que dão vitória a seu partido

A líder ultradireitista Marine Le Pen, do Reunião Nacional, sorri para apoiadores após anúncio dos resultados preliminares que dão vitória a seu partido© Yves Herman/REUTERS

A ultradireitista Reunião Nacional (RN) de Marine Le Pen conseguiu uma vitória histórica no primeiro turno das eleições legislativas francesas, com 33% dos votos à Assembleia Nacional (câmara baixa do Parlamento francês), seguida pela coalizão de partidos de esquerda Nova Frente Popular (NFP), com 28% e da coligação do presidente Emmanuel Macron, chamada Juntos, que ficou em terceiro lugar, com apenas 20%, de acordo com os resultados oficiais, divulgados nesta segunda-feira (01/07).

Os números apontam um desempenho da RN em linha com o projetado pelas pesquisas, e indicam que a situação do presidente francês Emmanuel Macron, que ainda tem pouco menos de três anos pela frente no cargo, deve se tornar mais difícil. A Assembleia Nacional, onde ele já não tinha maioria desde 2022, pode travar seu governo.

No sistema semipresidencialista da França, o presidente e os membros do governo são eleitos separadamente. Um presidente depende de um primeiro-ministro indicado pelo Parlamento para assegurar a governabilidade.

Para obter a maioria absoluta e poder liderar um governo estável, um partido precisa de 289 das 577 cadeiras na Assembleia Nacional – antes da nova votação, Macron tinha apenas 250.

A taxa de comparecimento dos franceses às urnas foi de cerca de 65,5% – a maior dos últimos 40 anos.

O que acontece agora?

A real composição da Assembleia Nacional só será conhecida após o segundo turno, marcado para o próximo domingo, dia 7 de julho.

Pelas projeções das duas emissoras de TV, a RN teria entre 230 e 280 dos 577 assentos, seguida pela NFP com entre 125 e 200 das cadeiras, e, por fim, a coalizão de Macron com entre 60 e 100 deputados.

Por causa do sistema fragmentado de disputas, o resultado final da formação da Assembleia costuma ser difícil de prever.

A julgar pelos dados preliminares, nenhuma coalizão tem a maioria dos votos. Por isso, é de se esperar que muitos assentos ainda estejam indefinidos.

O sistema eleitoral francês prevê disputas locais em dois turnos para definir os 577 assentos da Assembleia Nacional. Vencem no primeiro turno aqueles que obtiverem a maioria absoluta dos votos, desde que a taxa de comparecimento às urnas tenha sido de ao menos 25%. Quando isso não acontece, aqueles com mais 12,5% dos votos vão ao segundo turno – que pode envolver até três ou quatro candidatos.

Macron dissolveu Assembleia Nacional após vitória da ultradireita nas eleições europeias

Em 9 de junho, após ver sua aliança centrista derrotada pela Reunião Nacional (RN) nas eleições ao Parlamento Europeu, Macron anunciou a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de eleições antecipadas.

Ao convocar uma eleição-relâmpago, o francês esperava voltar a atrair os eleitores que se opõem à ultradireita de Le Pen, como ocorrera nas presidenciais de 2017 e 2022, e eventualmente eleger uma Assembleia Nacional mais favorável.

Reações

A chegada ao poder da ultradireita, pela primeira vez desde a libertação da França da ocupação da Alemanha nazista em 1945, aumentaria o espaço ocupado por essa tendência na União Europeia (UE), que hoje governa Itália e Hungria.

Tal cenário poderia enfraquecer a política de Macron de apoio à Ucrânia. Embora diga apoiar Kiev, o partido de Le Pen, cujos detratores a veem como próxima da Rússia de Vladimir Putin, enfatiza que quer evitar uma escalada com Moscou.

Reagindo à liderança eleitoral da RN, Macron pediu a formação de uma aliança democrática “ampla” para o segundo turno, e afirmou que a alta taxa de comparecimento do eleitorado às urnas demonstra o “desejo de esclarecer a situação política”.

“Os franceses quase apagaram o bloco macronista”, disse Le Pen. Para ela, “a democracia falou” e os números são um sinal claro de que os eleitores querem “virar a página depois de sete anos de poder desdenhoso e corrosivo”. Ainda assim, frisou que “nada está ganho” e que o segundo turno “é decisivo”.

Nome da RN para o cargo de primeiro-ministro, Jordan Bardella, 28, advertiu seus eleitores contra o que chamou de “perigosa extrema esquerda”. “A escolha é clara”, discursou, acusando a NFP de querer “desarmar a polícia”, “escancarar as portas para a imigração” e de “insultar instituições e qualquer um que pense diferente deles”.

Já a NFP, que está em segundo lugar segundo as projeções, pediu união para barrar a RN e disse que irá retirar candidaturas do segundo turno que estiverem em terceiro lugar para não correr risco de que uma disputa de votos no campo democrático acabe beneficiando a ultradireita.

“Nossa linha é simples e clara: nenhum voto a mais para a Reunião Nacional”, afirmou Jean-Luc Melenchon, líder da França Insubmissa, que integra a NFP.

Ultradireita disse antes que não apresentaria primeiro-ministro sem maioria dos deputados

Caso a RN conquiste maioria absoluta, ela assegurará a indicação do próximo primeiro-ministro e gabinete. Esse cenário, quando o presidente e primeiro-ministro são de grupos políticos rivais, é denominado na França de “coabitação”. Isso já aconteceu três vezes (1986-1988, 1993-1995, e 1997-2002), mas em casos que envolveram partidos tradicionais, nunca com uma legenda radical como a RN.

A RN condicionou a indicação de Bardella a para primeiro-ministro à obtenção de maioria na Assembleia Nacional. O programa de governo de Bardella busca limitar a imigração, impor “autoridade” nas escolas e reduzir as contas de eletricidade dos franceses.

Caso a RN não forme maioria, a Constituição francesa é pouco clara sobre o que deve ser feito. Macron poderá manter um enfraquecido Gabriel Attal como premiê provisório ou se ver obrigado a procurar um primeiro-ministro na esquerda ou de algum grupo completamente diferente, sem o endosso da maioria do eleitorado.

REAL COMPLETA 30 ANOS E RESISTE COMO SÍMBOLO DE UMA VISÃO MODERNA DE PAÍS

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Ao completar 30 anos, hoje, o real resiste como o símbolo de uma visão moderna de país. Em maior ou menor grau, todos os que colaboraram para que a moeda cumprisse seu papel – representar uma economia estável e minimamente organizada, absolutamente necessária para que o Brasil desse o sonhado salto rumo ao pleno desenvolvimento – pareciam entender que o real era o ponto de partida, não de chegada. Conseguiram o milagre de fazer o País finalmente compreender que não se controla a inflação por mágica, e sim por meio de sacrifícios e de ampla concertação política. Não se muda um país só na base da vontade de um presidente. Todos precisam querer, e é por isso que o real funcionou e perdura: porque foi fruto de um consenso costurado pelas lideranças da época – com as exceções de praxe, especialmente o PT de Lula da Silva, que ainda hoje é o maior empecilho à estabilidade.

E recorde-se que, quando o real foi lançado, o Brasil era bem outro. Seu maior problema era a inflação, não apenas elevada, como incontrolável. De 1979 a 1994, o País havia adotado nada menos que 13 planos de estabilização, e a inflação média no período havia sido de 16% ao mês. Do congelamento de preços e tarifas até o traumático confisco da poupança, tudo já havia sido tentado para domar o dragão, sem sucesso.

Farta de tantas experiências malsucedidas, a sociedade estava habituada a remarcações diárias de preços nos supermercados e a pagar ágio sobre os produtos e serviços de que necessitava. Em junho de 1994, a inflação acumulada em 12 meses era de impressionantes 9.785%.

A conjuntura política não era melhor. O presidente Itamar Franco era considerado fraco, instável e incapaz de lidar com o Legislativo. Lançar um plano econômico nessas condições parecia uma sandice, ainda mais em um ano eleitoral. Não havia motivos para acreditar que, daquela vez, seria diferente.

Mas o Plano Real inovou ao mirar nas causas, e não nos sintomas da inflação. Houve, à época, um raro alinhamento das políticas fiscal, monetária e cambial. Foram medidas duras, custosas e que exigiram sacrifícios da sociedade, entre eles uma taxa de juros muito elevada, que atraiu o capital externo necessário para criar a âncora cambial.

A liderança do então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso – o quarto no cargo desde que Itamar havia assumido o cargo –, foi essencial para convencer o presidente a não voltar atrás. O plano, de fato, era de difícil compreensão, e a articulação política do governo teve de atuar muito para persuadir o Congresso a não faltar com o seu dever.

As comemorações dos 30 anos do real relembraram esse contexto político e econômico no qual o sucesso era improvável. Mas a nostalgia daquele momento traz consigo um clima agridoce. O País ainda tem um enorme desafio a enfrentar na área fiscal, mas não se vê no horizonte algo remotamente semelhante ao que ocorreu naquele período.

Embora os políticos saibam que a população não tolera mais a inflação, a maioria não entendeu – ou finge não entender – a relação de causa e efeito entre a inflação e o gasto público. Como faltava a Jair Bolsonaro e a Dilma Rousseff, falta a Lula da Silva a convicção de que o desequilíbrio fiscal é um problema que precisa ser enfrentado. E como ocorria nos governos anteriores, não há, no atual Executivo, gente capaz de convencer o presidente de que a falta de responsabilidade fiscal prejudica, sobretudo, os mais pobres.

O plano de governo de Lula da Silva não passa de um amontoado de medidas populistas que não conversam umas com as outras e que só ampliam os problemas que supostamente visam a resolver. Seus posicionamentos mudam conforme o barulho das redes sociais e os ventos das pesquisas de popularidade. Falta um projeto de País que promova um crescimento sustentável e duradouro, e não voos de galinha que caracterizam a economia brasileira há tantos anos.

Falta aquilo que existiu no Plano Real: a clareza de que problemas sérios demandam soluções efetivas. Ironia das ironias, isso ocorreu em um contexto dos mais adversos, e o político que teve a coragem de liderar esse processo foi eleito e reeleito, em primeiro turno, para o cargo de presidente da República.

 

CANTORES SERTANEJOS RECUSAM CONVITE DE LULA PARA ENCONTRO

História de leticia – IstoÉ

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está planejando um encontro com alguns cantores sertanejos, segmento que apoiou em massa a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições. As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. O convite, que tem como objetivo estreitar relacionamentos, teria sido feito pelo senador Jorge Kajuru, tendo o cantor Leonardo como ponte principal.

De acordo com o portal Leo Dias, pessoas próximas ao sertanejo garantem que o encontro com Lula não irá acontecer. A equipe de Leonardo, apesar de não negar que houve uma aproximação, garantiu que o ‘almoço de relacionamento’ não está confirmado, uma vez que o cantor está em uma frenética rotina de shows.

Vale lembrar que Leonardo é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além do artista, Bruno & MarroneChitãozinho & Xororó e Eduardo Costa teriam aceitado o convite feito por Lula. Já Gusttavo Lima estaria resistente a ideia, afirma a coluna de Lauro Jardim.

IstoÉ Gente fez um levantamento e lista alguns cantores sertanejos que são apoiadores declarados de Bolsonaro. Confira!

Amado Batista

Amigo pessoal de Bolsonaro, o cantor goiano tem inúmeros encontros, almoços e faz questão de não esconder que apoia o político em tudo.

Bruno, da dupla com Marrone

Durante uma live em julho de 2020, Bruno rasgou elogios a Bolsonaro: “Não que eu seja bolsonarista, não, falo do Bolsonaro porque ele é um cara honesto. O Brasil estava precisando de pessoas honestas, para limpar essa ‘desgramaiada’ que estava aí, tudo roubando a gente”, disse o cantor na ocasião.

Gusttavo Lima

A relação entre o artista com a família de Jair Bolsonaro é bem próxima. Em suas redes sociais, o político já defendeu Lima após ele ser atacado por fazer uma live sem respeitar as medidas restritivas contra a Covid-19, em abril do ano passado.

Henrique e Juliano

A dupla participou, ao lado de outros cantores sertanejos, em janeiro do ano passado, de um encontro com Bolsonaro, no Palácio do Planalto. Na ocasião, eles levaram uma carta de apoio ao governo federal e ao presidente.

Naiara Azevedo

Em janeiro do ano passado, Naiara e cantores como Amado Batista, Sorocaba, Rick, da dupla com Renner, Netinho, entre outros, marcaram presença em um almoço promovido por Jair Bolsonaro, que teve como objetivo discutir soluções para os setores de eventos, turismo e gastronomia, que foram afetados durante a pandemia da Covid-19.

Rick, da dupla com Renner

Em janeiro do ano passado, Rick e cantores como Amado Batista, Sorocaba, Naiara Azevedo, Netinho,  entre outros. marcaram presença em um almoço promovido por Jair Bolsonaro, que teve como objetivo discutir soluções para os setores de eventos, turismo e gastronomia, que foram afetados durante a pandemia da Covid-19.

Sorocara, da dupla com Fernando

Em janeiro do ano passado, Sorocara e cantores como Amado Batista, Rick, da dupla com Renner, Naiara Azevedo, Netinho, entre outros, marcaram presença em um almoço promovido por Jair Bolsonaro, que teve como objetivo discutir soluções para os setores de eventos, turismo e gastronomia, que foram afetados durante a pandemia da Covid-19.

Sérgio Reis

Em agosto do ano passado, Sérgio Reis organizou nas redes sociais uma manifestação no dia 7 de setembro a favor do presidente Jair Bolsonaro com os caminhoneiros e agricultores em Brasília. “Vocês que estão afim de salvar o Brasil, vamos com a gente para Brasília”, disse o cantor.

Zé Neto, da dupla com Cristiano

Durante um show na cidade de Sorriso, no Mato Grosso, Zé Neto disse não depender da Lei Rouanet em referência à discursos bolsonaristas, que não concordam com a lei.

Zezé Di Camargo

Em maio do ano passado, Zezé publicou um vídeo em sua rede social afirmando ter votado em Bolsonaro e que votaria de novo, além de defender o ‘voto impresso’, algo que chegou a ser proposto pelo chefe de Estado.

 

O CRESCIMENTO POPULACIONAL ESTÁ DESACELERANDO E A POPULAÇÃO COMEÇA A ENVELHECER RAPIDAMENTE

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Como em países de todas as regiões do mundo (exceto, por ora, a África), a combinação da queda da natalidade e da alta da longevidade impõe ao Brasil um desafio inédito, mas inexorável e massivo. Como mostra a série de censos do IBGE, o crescimento populacional está se desacelerando e em meados do século a população começará a encolher, ao mesmo tempo que envelhece rapidamente.

Uma sociedade menor e mais velha impacta diferentemente cada pessoa e impõe desafios imensos e complexos a todas as dimensões da vida coletiva, da economia à política e à cultura. Como fomentar uma cultura comunitária que promova uma terceira idade digna, produtiva e criativa? Como combater estereótipos e a discriminação de pessoas em razão de sua idade (o “etarismo”)? Como adaptar as cidades (infraestrutura, moradia, lazer, transportes)? Como financiar essas adaptações e compensar as perdas na força de trabalho e capacidade de inovação? Em termos de políticas públicas, duas áreas são cruciais: previdência e saúde.

Em relação a esta última, especialistas ouvidos pelo Estado afirmam unanimemente que o Brasil não só não preparou seu sistema de saúde, como nem sequer está devidamente consciente do problema. Um levantamento do Centro Internacional da Longevidade, por exemplo, mostra que, dos 37 partidos brasileiros, só em dois ou três o tema do envelhecimento entra na pauta. Apenas 10% das escolas médicas têm uma disciplina de geriatria. O Brasil tem cerca de 2,6 mil geriatras, mas a Sociedade Brasileira de Geriatria estima que o déficit desses profissionais seja de 28 mil. Apesar disso, segundo o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, na última década a taxa de especialização em geriatria (0,7%) manteve-se estável e a estrutura hospitalar ficou defasada: na contramão da demanda, o número de leitos em instituições de longa permanência ou reabilitação caiu de 0,6 a cada mil idosos para 0,4.

Os especialistas apontam um verdadeiro ecossistema de desafios. Um deles é o aumento da prevalência de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, e também osteoarticulares, que impactam a qualidade de vida e a funcionalidade dos idosos. Outro é o aumento de tumores, consequência do envelhecimento das células. O cenário epidemiológico do câncer exige equipar o sistema hospitalar para diagnosticar tumores mais precocemente e tratá-los com as melhores tecnologias. Similarmente, os sistemas de saúde e assistência social precisam se preparar para prevenir e tratar casos crescentes de demências e outros transtornos típicos de idosos.

Como adverte a Organização Mundial da Saúde, um sistema de cuidados de longo prazo deve ser centrado na pessoa, reconhecendo a heterogeneidade de experiências na terceira idade, e integrado, coordenando diferentes níveis de cuidado (atendimento hospitalar, reabilitação, cuidados paliativos e terminais) e complementando cuidados ambulatoriais com intervenções domiciliares.

Profissionais de saúde são tradicionalmente treinados para reagir a demandas de saúde prementes e pontuais, mas o envelhecimento populacional exige aprimorar conhecimentos e habilidades holísticas para lidar com problemas crônicos e multicomorbidades. Isso implica a formação de equipes multidisciplinares treinadas em comunicação e cooperação.

Além do sistema de saúde stricto sensu, políticas de prevenção envolvem a conscientização de adultos, incentivando-os a adotar hábitos mais saudáveis e exames preventivos, e é preciso engendrar políticas sociais para amparar as famílias no cuidado de seus idosos, especialmente as mulheres, que costumam ser sobrecarregadas.

Há ainda a questão de como financiar essas adaptações. Dado o crescente encolhimento da população jovem e o aumento da idosa, um caminho óbvio é a transferência gradativa de uma parcela dos recursos da educação para a saúde.

O envelhecimento populacional é uma realidade inexorável, mas o Brasil está atrasado. Os desafios na saúde e outras áreas exigem pesquisas e mobilizações multissetoriais continuadas para desenhar um novo “mapa da vida” e trilhá-lo com dignidade.

METADE DOS BRASILEIROS VÃO FICAR OBESOS ATÉ 2044

História de Gabriela Maraccini – CNN Brasil

Quase metade dos brasileiros terão obesidade até 2044, diz estudo

Quase metade dos brasileiros terão obesidade até 2044, diz estudo© Fornecido por CNN Brasil

Quase metade dos brasileiros adultos (48%) terá obesidade e mais 27% terão sobrepeso até 2044, conforme alerta um novo estudo apresentado no Congresso Internacional sobre Obesidade (ICO) 2024. O evento, organizado pela Federação Mundial de Obesidade, é um dos principais congressos sobre o tema no mundo e acontece em São Paulo de 26 a 29 de junho. De acordo com as estimativas do estudo, três quartos dos adultos brasileiros terão obesidade ou sobrepeso dentro de 20 anos. Os autores também estimam que, se as tendências atuais se mantiverem, 130 milhões de brasileiros viverão acima do peso. O trabalho foi realizado por Eduardo Nilson, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e colegas. Os autores usaram um modelo de tabela de vida para estimar os impactos do sobrepeso e da obesidade sobre 11 doenças associadas ao Índice de Massa Corporal (IMC) elevado no Brasil até 2044, supondo que as tendências atuais sejam mantidas. O modelo estima mortes atribuídas e casos incidentes de doenças cardiovasculares, diabetes, doença renal crônica, cirrose e cânceres com base em dados demográficos e epidemiológicos de pesquisas nacionais e do Estudo de Carga Global da Doença (GBD). Segundo as estimativas, a prevalência de sobrepeso e obesidade entre adultos brasileiros aumentará de 57%, em 2023, para 75%, em 2024. Consequentemente, estima-se que sejam desenvolvidos 10,9 milhões de novos casos de doenças crônicas associadas ao sobrepeso e à obesidade nos próximos 20 anos, e 1,2 milhão de mortes atribuíveis ao sobrepeso e à obesidade durante esse período. Apesar de a distribuição de novos casos entre homens e mulheres não diferir significativamente, o estudo estima que 64% das mortes relacionadas à obesidade devem ocorrer entre os homens até 2044. Nesse cenário, o diabetes representou mais de 51% dos novos casos, e as doenças cardiovasculares atribuíveis ao excesso de peso representaram, aproximadamente, 57% das mortes até 2044. “Com base nas tendências atuais, a carga epidemiológica e econômica do sobrepeso e da obesidade no Brasil aumentará significativamente, portanto políticas robustas precisam ser implementadas no país, incluindo o tratamento dos casos existentes e a prevenção do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias”, comentam os autores do estudo. “Esses dados são alarmantes e deixam claro que precisamos focar em políticas de prevenção e nos afastar do discurso ‘conveniente’ de que a obesidade é uma questão de hábitos e escolhas”, afirma Bruno Halpem, presidente da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso). “Se não unificarmos esforços, com governo e sociedade civil, estaremos, ano após ano, congresso após congresso, apenas divulgando novos dados assustadores. Felizmente, a América Latina está na vanguarda dessa discussão e podemos aprender muito com as experiências de outros países da região”, completa. Mulheres, negros e outras pessoas não brancas serão mais atingidos O estudo mostrou que o sobrepeso e a obesidade em adultos no Brasil estão aumentando rapidamente ao longo do tempo. A prevalência da obesidade quase dobrou de 2006 a 2019, atingindo 20,3% da população adulta. Até 2030, a estimativa é de que 68,1% dos adultos tenham sobrepeso e obesidade, com mulheres, negros e outras etnias minoritárias apresentando maior prevalência da doença. Para as mulheres, a estimativa de obesidade para 2030 é de 30,2%, e de sobrepeso, 37,7%. Já para os homens, a estimativa é de 28,8% e 39,7% para obesidade e sobrepeso, respectivamente. Para o mesmo ano, a estimativa para a obesidade em pessoas brancas é de 27,6%, e para sobrepeso, 38,8%. Para negros e outras etnias não brancas combinadas é de 31,1% para obesidade e 38,2% para sobrepeso. O estudo também aponta para disparidades relacionadas à escolaridade. Para aqueles com alto nível educacional, a estimativa para obesidade é de 26,2%, para obesidade, enquanto para pessoas com baixo nível educacional é de 35,4%. Obesidade em meninos e meninas de todas as idades também deve aumentar A pesquisa mostra, ainda, que, se mantidas as tendências atuais, as taxas de obesidade também aumentarão em meninos e meninas de todas as idades nos próximos 20 anos. A previsão é que a doença alcance 24% das crianças entre 5 e 9 anos, 15% das de 10 a 14 anos, e 12% entre os adolescentes e jovens adultos de 15 a 19 anos. Os autores do estudo estimam que a prevalência de obesidade em meninos de 5 a 9 anos aumente de 22,1% para 28,6% entre 2023 e 2044. Para as meninas dessa faixa etária, a projeção é que aumente de 13,6% para 18,5%. No mesmo período de 20 anos, a porcentagem de meninos de 10 a 14 anos vivendo com obesidade aumentará de 7,9% para 17,6%, enquanto a porcentagem de meninas com obesidade na mesma faixa etária aumentará de 7,9% para 11,6%. Por fim, a prevalência de obesidade entre os meninos na faixa etária de 15 a 19 anos aumentará de 8,6% para 12,4%, enquanto a prevalência entre as meninas aumentará de 7,6% para 11,0%. “Os resultados do estudo apoiam a necessidade urgente de políticas públicas para prevenir e tratar o sobrepeso e a obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS) e demonstram prováveis impactos epidemiológicos da obesidade infantil no Brasil se não forem tomadas medidas apropriadas. Além dessas outras abordagens no âmbito do SUS, para resolver efetivamente essa questão, é essencial implementar políticas fiscais e regulatórias que promovam ambientes alimentares mais saudáveis, especialmente para crianças e adolescentes”, comentam os autores do estudo. https://stories.cnnbrasil.com.br/saude/obesidade-brasil-tem-7-milhoes-de-pessoas-acima-do-peso/

 

DEMÊNCIA PODE SER IDENTIFICADA PELA FALA

 

História de Redação – Catraca Livre

Multi-ethnic men (50s and 60s) sitting outdoors, having conversation. Focus on man in white shirt (Hispanic/Native American, 50s).

Multi-ethnic men (50s and 60s) sitting outdoors, having conversation. Focus on man in white shirt (Hispanic/Native American, 50s).© kali9/istock

Entre os sintomas de demência, é comum destacar a perda de memória e a confusão mental como os mais comuns.

Entretanto, um estudo recente da Universidade de Toronto, no Canadá, apontou um sinal mais sutil, porém igualmente importante: a lentidão na fala.

Fala lenta pode ser um sinal sutil, porém importante, de demência, aponta estudo

Fala lenta pode ser um sinal sutil, porém importante, de demência, aponta estudo© Fornecido por Catraca Livre

Segundo o Ministério da Saúde, o Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população.

Veja outros sintomas da demência na fala

Veja outros sintomas da demência na fala© Fornecido por Catraca Livre

Fala lenta como indicativo de demência

No referido estudo, os pesquisadores utilizaram um software de inteligência artificial para analisar as habilidades linguísticas de 125 voluntários saudáveis, com idades entre 18 e 90 anos.

Para surpresa da equipe, a velocidade na fala mostrou-se um indicador mais significativo de saúde cerebral do que a habilidade em encontrar palavras.

Os resultados da pesquisa, publicados na revista Aging Neuropsychology and Cognition, sugerem que alterações na velocidade normal da fala podem refletir mudanças no funcionamento cerebral. A lentidão na fala, por sua vez, esteve associada a funções cerebrais enfraquecidas.

A coexistência de dificuldades em encontrar palavras e envelhecimento é algo natural e que não necessariamente indica declínio cognitivo, um precursor da demência. No entanto, a lentidão no discurso pode ser um indício da doença e, por isso, deve ser considerada em avaliações cognitivas padrão.

“Isso sugere que a velocidade da fala deve ser testada como parte de avaliações cognitivas padrão para ajudar os médicos a detectar o declínio cognitivo mais rapidamente e ajudar os idosos a apoiar a saúde do cérebro à medida que envelhecem”, explicou o coautor do estudo, Dr. Jed Meltzer.

Outros sintomas da demência na fala

Esse estudo reforça uma linha de pesquisas que indica outros sintomas da demência detectáveis na fala. Como a doença pode afetar as partes do cérebro que controlam a linguagem, certas alterações podem surgir, tais como:

  • Dificuldade em encontrar as palavras certas;
  • Uso de palavras relacionadas;
  • Substituições de palavras (por exemplo, “coisa em que você senta” em vez de “cadeira”);
  • Uso de palavras sem sentido ou que estão fora de ordem.

Afinal, como prevenir a doença?

Ainda não há uma cura definitiva para a demência. Contudo, um diagnóstico precoce é crucial para a gestão da doença e a amenização dos sintomas.

Um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, manutenção de peso ideal, exercícios regulares e outros fatores podem, por fim, reduzir o risco de desenvolvimento dessa condição.

INOVAÇÃO ACELERADA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL SÃO MANTRA PARA AS EMPRESAS

StartSe

6 lições de Uri Levine, fundador do Waze, para lideranças

Uri Levine e outras startups de sucesso, e professor do xBA, programa executivo com certificação internacional eleito o mais inovador do mundo, compartilhou em entrevista à StartSe, algumas dicas sobre a jornada de criar valor por meio da solução de problemas. Confira!

Uri Levine

Na era da inovação acelerada e da transformação digital, criar valor se tornou um mantra para as empresas.

Uri Levine, cofundador do Waze e outras startups de sucesso, e professor do xBA, programa executivo com certificação internacional eleito o mais inovador do mundo, compartilhou em entrevista à StartSe, algumas dicas sobre a jornada de criar valor por meio da solução de problemas.

Confira:

1 – Resolva problemas reais

A criação de valor começa com a resolução de problemas. Levine enfatiza a importância de identificar grandes problemas que, quando resolvidos, tornam o mundo um lugar melhor.

Isso porque, não só cria valor, mas também define a direção estratégica da empresa. “Se você resolver um problema significativo, estará no caminho certo para criar valor duradouro”, diz ele.

2 – Compreenda o product-market fit

Encontrar o ajuste do product-market fit é crucial. Levine destaca que muitas startups falham porque não conseguem alinhar seu produto com as necessidades do mercado.

O ajuste product-market é medido pela retenção. Se os usuários voltam, você está no caminho certo. Caso contrário, é necessário iterar até encontrar a solução correta.

3 – Tenha paciência e persistência

Levine sublinha que o sucesso não acontece da noite para o dia. Empresas como OpenAI, Waze e Netflix levaram anos para encontrar seu ajuste product-market. Essa jornada exige paciência, persistência e disposição para falhar e aprender rapidamente.

“A construção de uma empresa é uma jornada longa, repleta de falhas. A chave é falhar rápido e aprender com essas falhas.”

4 – Tenha foco no problema

Manter o problema central como a “estrela guia” da empresa ajuda a manter o foco e evita desvios desnecessários. Essa abordagem não só aumenta a probabilidade de sucesso, mas também torna a narrativa da empresa mais envolvente.

“Quando você se concentra no problema, cada passo que você dá está direcionado para resolver essa questão central”, explica Levine.

5 – Construa uma equipe forme

Uma equipe forte é fundamental. Levine observa que muitos empreendedores falham ao não tomar decisões difíceis, como demitir pessoas da equipe que não se encaixam.

“Se você sabe que alguém não está funcionando, tome a decisão rapidamente. Manter essas pessoas só cria danos à equipe e à empresa.”

6 – Adote uma mentalidade de usuário

Entender profundamente os usuários é a chave para construir produtos valiosos. Levine recomenda observar os usuários e fazer perguntas para compreender seus comportamentos e necessidades. Essa abordagem garante que a empresa está sempre alinhada com o mercado.

*Parte do conteúdo foi escrito com IA Generativa e revisado pelo nosso time editorial

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O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses três anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina das empresas. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.

 

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domingo, 30 de junho de 2024

PRESIDENTE BIDEN DOS EUA NÃO PODE CONTINUAR A CAMPANHA PRESIDENCIAL PELA SUA IDADE E DEBILIDADE MENTAL

 

Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O jornal americano The New York Times, um dos mais importantes e influentes do país, pediu em editorial nesta sexta-feira (28) que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abandone sua campanha à reeleição depois do desempenho desastroso no debate contra Donald Trump na quinta (27).

Um editorial é um texto de opinião que representa as visões do jornal enquanto instituição. Nos EUA, é comum que jornais apoiem abertamente um candidato a presidente por meio de um editorial, como fez o New York Times quando declarou apoio à candidatura de Biden em 2020.

No texto, os editorialistas do Times dizem que Biden faz uma “aposta irresponsável” ao insistir com sua candidatura à Presidência, e que é pedir demais dos eleitores americanos que eles “ignorem ou descartem a idade e a debilidade do presidente Biden que eles puderam ver com seus próprios olhos” durante o debate.

O desempenho do democrata no confronto direto com Donald Trump, marcado por falas vacilantes, confusas e incoerentes, foi catastrófico para o presidente e para seu partido, causando pânico e dando início a uma pressão nos bastidores sobre a possibilidade de substituir Biden como candidato –até aqui, entretanto, nenhum nome forte da sigla se posicionou publicamente nesse sentido.

Dessa forma, o editorial do New York Times tem a chance de dar mais argumentos aos democratas que vem dizendo à imprensa americana, sob condição de anonimato, que Biden “não tem chance de vencer a eleição” contra Trump, como afirmou um estrategista ouvido pela NBC News, e que é preciso “pensar seriamente em alternativas”, como disse um doador ao próprio Times.

O texto elogia a presidência de Biden e reconhece que desistir seria contrário aos seus instintos políticos –em um comício nesta sexta, o democrata disse a apoiadores que não estaria concorrendo se não acreditasse que pudesse fazer um bom trabalho e derrotar Trump. Entretanto, afirma o jornal americano, “democratas que até aqui respeitaram as decisões do presidente precisam encontrar a coragem para dizer verdades claras ao líder do partido”.

EVENTO GILMARPALOOZA EM LISBOA LEVOU A MAIOR COMITIVA DE MINISTROS DO GOVERNO

 

História de admin3 – IstoÉ

Ao todo, 160 autoridades dos três Poderes e outros 20 assessores foram para Lisboa, em Portugal, para acompanhar o Fórum Jurídico de Lisboa, promovido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e, por conta disso, conhecido em Brasília como “Gilmarpalooza”.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi a integrante da Esplanada que levou a maior comitiva, com quatro subordinados acompanhando a ida dela para a Europa. Após a publicação da reportagem, no entanto, o ministério informou que, apesar de ter pago diárias aos quatro assessores, somente uma viajou. A pasta acrescentou que os valores das diárias foram devolvidos, mas enviou o comprovante de apenas uma.

Além de Anielle, os quatro servidores do Ministério da Igualdade Racial (MIR) destacados para viajar a Lisboa foram: as assessoras Andressa Vieira Almeida e Josiara Barbosa Diniz Leite, a Secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, Márcia Regina de Lima e Silva, e a chefe de Assessoria Internacional, Paula Cristina Pereira Gomes. Todos os cinco representantes do ministério de Anielle tiveram diárias custadas pelo dinheiro do contribuinte. Somados, a quantia paga pelo erário foi de R$ 42,1 mil.

O ministério explicou, contudo, que somente Josiara viajou com Anielle. Ainda segundo a pasta, Márcia Regina, Andressa e Paula Cristina não acompanharam a ministra e devolveram o valor recebido em diárias.

“A agenda institucional da ministra Anielle Franco em Portugal teve como foco uma série de compromissos, com destaque para a assinatura de memorando com o Observatório do Racismo e Xenofobia e articulações com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo de Portugal sobre projetos de combate ao racismo nas escolas portuguesas, e de parceria com o Plano Juventude Negra Viva”, explicou a pasta, em nota.

A programação oficial do “Gilmarpalooza” inclui palestras, entre a quarta-feira, 26, e esta sexta-feira, 28, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que é uma das organizadoras do evento. O evento é realizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), do qual Gilmar Mendes é sócio, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para além das exposições, o evento é famoso pelas conversas de bastidores, jantares e coquetéis oferecidos por empresas.

No evento promovido por Gilmar, representantes de 12 empresas que possuem ações em tramitação no STF participaram como palestrantes. Há processos relatados pelo próprio magistrado. Por meio de nota, as entidades e a Corte negaram a existência de conflitos de interesse.

Levantamento do Estadão mostrou que os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo já pagaram pelo menos R$ 1,34 milhão em diárias e passagens a servidores públicos e autoridades que viajaram para o evento promovido pelo ministro. A estimativa é parcial, tendo em vista que a maioria dos portais da transparência ainda não publicou informações sobre o dinheiro gasto para completar a ida e a volta da travessia do Atlântico.

Ministério da Ciência gastou R$ 53,6 mil ao levar dois representantes para o ‘Gilmarpalooza’

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), comandado por Luciana Santos, foi o segundo que mais enviou representantes para o evento em terras lusitanas. Além da chefe da pasta, o MCTI mandou para Lisboa o chefe da Assessoria Internacional, Carlos Eduardo Higa Matsumoto, e a chefe da Assessoria do Cerimonial, Lucielen Franciane Correa Barbosa. Após a publicação da reportagem, a pasta explicou que Lucielen não viajou para Portugal, apesar de a ida dela ter sido publicada no Diário Oficial da União.

Ao todo, as autoridades receberam R$ 27,1 mil em diárias. Já as passagens custaram R$ 26,5 mil aos cofres públicos.

Em nota, o Ministério da Ciência afirmou que Luciana participou de outras agendas em Portugal, além do Fórum de Gilmar Mendes. Na quinta, houve uma reunião com o ministro português da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, e com a presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Maria Madalena dos Santos Alves. Luciana também teve agendas na sexta e neste sábado, 29, em Lisboa.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), chefiado pelo ministro Wellington Dias, o Ministério da Educação (MEC), encabeçado pelo ministro Camilo Santana, e a Advocacia-Geral da União (AGU), liderado por Jorge Messias, mandaram dois representantes cada.

Os ministros Vinícius Carvalho, da Controladoria-Geral da União (CGU), e Alexandre Silveira, das Minas e Energia, foram para o “Gilmarpalooza” representando os seus ministérios. Fernanda Rodrigues de Morais, foi quem foi a servidora do Ministério das Cidades presente no Fórum Jurídico. Na pasta de Jader Filho, ela é chefe da consultoria jurídica.

PROPRIETÁRIOS DE CARROS ELÉTRICOS QUEREM VOLTAR PARA OS CARROS À GASOLINA

 

História de Diego Ferron – Isto É

Uma parcela significativa dos americanos que possuem um veículo elétrico sente remorso da compra, de acordo com novo estudo. O Mobility Consumer Pulse da McKinsey & Co. para 2024, lançado este mês, descobriu que 46% dos proprietários de veículos elétricos nos EUA disseram que eram “muito” propensos a voltar a possuir um veículo movido a gasolina em sua próxima compra.

A elevada percentagem de americanos que querem fazer uma mudança surpreendeu até a empresa de consultoria. “Eu não esperava isso”, disse o chefe do Centro para Mobilidade Futura da McKinsey, Philipp Kampshoff, ao Automotive News. “Pensei: ‘Uma vez comprador de EV, sempre comprador de EV.’”

Na sondagem realizada com quase 37.000 consumidores em todo o mundo, a Austrália foi o único país com uma percentagem maior, 49%, de proprietários de veículos elétricos do que os EUA que afirmaram estar prontos para voltar a possuir um motor de combustão interna.

Os demais países incluídos na pesquisa foram Brasil, China, França, Alemanha, Itália, Japão e Noruega. Em todos os países inquiridos, a percentagem média de motoristas que pretendem abandonar os seus VE foi de 29%.

A principal razão citada pelos proprietários de VE para quererem voltar a possuir um veículo movido a gasolina foi a falta de infraestrutura de carregamento disponível (35%); a segunda razão mais citada foi que o custo total de possuir um VE era elevado (34%). Quase 1 em cada 3, 32%, disse que os seus padrões de condução em viagens de longa distância foram afetados por terem um VE.

A McKinsey descobriu que a satisfação dos consumidores a nível mundial com a disponibilidade de carregamento melhorou um pouco desde a pesquisa do ano passado, mas observou que “ainda há um longo caminho a percorrer”.

Dos proprietários de VE em todos os países, 11% disseram que a infraestrutura onde vivem está bem configurada em termos de pontos de carregamento, 40% disseram que não havia carregadores suficientes ao longo das autoestradas e estradas principais e 38% disseram que não havia carregadores suficientes próximos à eles.

As descobertas surgem anos após a pressão da administração Biden para que os consumidores e fabricantes de automóveis dos EUA adotem os veículos elétricos e reforçam outras pesquisas recentes que indicam que uma grande parte dos americanos ainda não está convencida de que se tornarão totalmente elétricos.

Para promover a agenda de veículos elétricos de Biden, os democratas aprovaram legislação de infraestruturas em 2021 que comprometeu milhares de milhões de dólares para a construção de meio milhão de estações de carregamento nos EUA até ao final da década.

Mas três anos depois, apenas sete carregadores financiados pelo governo federal foram construídos até o momento, e o lento progresso provocou a condenação de ambos os lados do corredor político.