segunda-feira, 1 de julho de 2024

CANTORES SERTANEJOS RECUSAM CONVITE DE LULA PARA ENCONTRO

História de leticia – IstoÉ

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está planejando um encontro com alguns cantores sertanejos, segmento que apoiou em massa a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições. As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. O convite, que tem como objetivo estreitar relacionamentos, teria sido feito pelo senador Jorge Kajuru, tendo o cantor Leonardo como ponte principal.

De acordo com o portal Leo Dias, pessoas próximas ao sertanejo garantem que o encontro com Lula não irá acontecer. A equipe de Leonardo, apesar de não negar que houve uma aproximação, garantiu que o ‘almoço de relacionamento’ não está confirmado, uma vez que o cantor está em uma frenética rotina de shows.

Vale lembrar que Leonardo é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além do artista, Bruno & MarroneChitãozinho & Xororó e Eduardo Costa teriam aceitado o convite feito por Lula. Já Gusttavo Lima estaria resistente a ideia, afirma a coluna de Lauro Jardim.

IstoÉ Gente fez um levantamento e lista alguns cantores sertanejos que são apoiadores declarados de Bolsonaro. Confira!

Amado Batista

Amigo pessoal de Bolsonaro, o cantor goiano tem inúmeros encontros, almoços e faz questão de não esconder que apoia o político em tudo.

Bruno, da dupla com Marrone

Durante uma live em julho de 2020, Bruno rasgou elogios a Bolsonaro: “Não que eu seja bolsonarista, não, falo do Bolsonaro porque ele é um cara honesto. O Brasil estava precisando de pessoas honestas, para limpar essa ‘desgramaiada’ que estava aí, tudo roubando a gente”, disse o cantor na ocasião.

Gusttavo Lima

A relação entre o artista com a família de Jair Bolsonaro é bem próxima. Em suas redes sociais, o político já defendeu Lima após ele ser atacado por fazer uma live sem respeitar as medidas restritivas contra a Covid-19, em abril do ano passado.

Henrique e Juliano

A dupla participou, ao lado de outros cantores sertanejos, em janeiro do ano passado, de um encontro com Bolsonaro, no Palácio do Planalto. Na ocasião, eles levaram uma carta de apoio ao governo federal e ao presidente.

Naiara Azevedo

Em janeiro do ano passado, Naiara e cantores como Amado Batista, Sorocaba, Rick, da dupla com Renner, Netinho, entre outros, marcaram presença em um almoço promovido por Jair Bolsonaro, que teve como objetivo discutir soluções para os setores de eventos, turismo e gastronomia, que foram afetados durante a pandemia da Covid-19.

Rick, da dupla com Renner

Em janeiro do ano passado, Rick e cantores como Amado Batista, Sorocaba, Naiara Azevedo, Netinho,  entre outros. marcaram presença em um almoço promovido por Jair Bolsonaro, que teve como objetivo discutir soluções para os setores de eventos, turismo e gastronomia, que foram afetados durante a pandemia da Covid-19.

Sorocara, da dupla com Fernando

Em janeiro do ano passado, Sorocara e cantores como Amado Batista, Rick, da dupla com Renner, Naiara Azevedo, Netinho, entre outros, marcaram presença em um almoço promovido por Jair Bolsonaro, que teve como objetivo discutir soluções para os setores de eventos, turismo e gastronomia, que foram afetados durante a pandemia da Covid-19.

Sérgio Reis

Em agosto do ano passado, Sérgio Reis organizou nas redes sociais uma manifestação no dia 7 de setembro a favor do presidente Jair Bolsonaro com os caminhoneiros e agricultores em Brasília. “Vocês que estão afim de salvar o Brasil, vamos com a gente para Brasília”, disse o cantor.

Zé Neto, da dupla com Cristiano

Durante um show na cidade de Sorriso, no Mato Grosso, Zé Neto disse não depender da Lei Rouanet em referência à discursos bolsonaristas, que não concordam com a lei.

Zezé Di Camargo

Em maio do ano passado, Zezé publicou um vídeo em sua rede social afirmando ter votado em Bolsonaro e que votaria de novo, além de defender o ‘voto impresso’, algo que chegou a ser proposto pelo chefe de Estado.

 

O CRESCIMENTO POPULACIONAL ESTÁ DESACELERANDO E A POPULAÇÃO COMEÇA A ENVELHECER RAPIDAMENTE

 

História de Notas & Informações – Jornal Estadão

Como em países de todas as regiões do mundo (exceto, por ora, a África), a combinação da queda da natalidade e da alta da longevidade impõe ao Brasil um desafio inédito, mas inexorável e massivo. Como mostra a série de censos do IBGE, o crescimento populacional está se desacelerando e em meados do século a população começará a encolher, ao mesmo tempo que envelhece rapidamente.

Uma sociedade menor e mais velha impacta diferentemente cada pessoa e impõe desafios imensos e complexos a todas as dimensões da vida coletiva, da economia à política e à cultura. Como fomentar uma cultura comunitária que promova uma terceira idade digna, produtiva e criativa? Como combater estereótipos e a discriminação de pessoas em razão de sua idade (o “etarismo”)? Como adaptar as cidades (infraestrutura, moradia, lazer, transportes)? Como financiar essas adaptações e compensar as perdas na força de trabalho e capacidade de inovação? Em termos de políticas públicas, duas áreas são cruciais: previdência e saúde.

Em relação a esta última, especialistas ouvidos pelo Estado afirmam unanimemente que o Brasil não só não preparou seu sistema de saúde, como nem sequer está devidamente consciente do problema. Um levantamento do Centro Internacional da Longevidade, por exemplo, mostra que, dos 37 partidos brasileiros, só em dois ou três o tema do envelhecimento entra na pauta. Apenas 10% das escolas médicas têm uma disciplina de geriatria. O Brasil tem cerca de 2,6 mil geriatras, mas a Sociedade Brasileira de Geriatria estima que o déficit desses profissionais seja de 28 mil. Apesar disso, segundo o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, na última década a taxa de especialização em geriatria (0,7%) manteve-se estável e a estrutura hospitalar ficou defasada: na contramão da demanda, o número de leitos em instituições de longa permanência ou reabilitação caiu de 0,6 a cada mil idosos para 0,4.

Os especialistas apontam um verdadeiro ecossistema de desafios. Um deles é o aumento da prevalência de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, e também osteoarticulares, que impactam a qualidade de vida e a funcionalidade dos idosos. Outro é o aumento de tumores, consequência do envelhecimento das células. O cenário epidemiológico do câncer exige equipar o sistema hospitalar para diagnosticar tumores mais precocemente e tratá-los com as melhores tecnologias. Similarmente, os sistemas de saúde e assistência social precisam se preparar para prevenir e tratar casos crescentes de demências e outros transtornos típicos de idosos.

Como adverte a Organização Mundial da Saúde, um sistema de cuidados de longo prazo deve ser centrado na pessoa, reconhecendo a heterogeneidade de experiências na terceira idade, e integrado, coordenando diferentes níveis de cuidado (atendimento hospitalar, reabilitação, cuidados paliativos e terminais) e complementando cuidados ambulatoriais com intervenções domiciliares.

Profissionais de saúde são tradicionalmente treinados para reagir a demandas de saúde prementes e pontuais, mas o envelhecimento populacional exige aprimorar conhecimentos e habilidades holísticas para lidar com problemas crônicos e multicomorbidades. Isso implica a formação de equipes multidisciplinares treinadas em comunicação e cooperação.

Além do sistema de saúde stricto sensu, políticas de prevenção envolvem a conscientização de adultos, incentivando-os a adotar hábitos mais saudáveis e exames preventivos, e é preciso engendrar políticas sociais para amparar as famílias no cuidado de seus idosos, especialmente as mulheres, que costumam ser sobrecarregadas.

Há ainda a questão de como financiar essas adaptações. Dado o crescente encolhimento da população jovem e o aumento da idosa, um caminho óbvio é a transferência gradativa de uma parcela dos recursos da educação para a saúde.

O envelhecimento populacional é uma realidade inexorável, mas o Brasil está atrasado. Os desafios na saúde e outras áreas exigem pesquisas e mobilizações multissetoriais continuadas para desenhar um novo “mapa da vida” e trilhá-lo com dignidade.

METADE DOS BRASILEIROS VÃO FICAR OBESOS ATÉ 2044

História de Gabriela Maraccini – CNN Brasil

Quase metade dos brasileiros terão obesidade até 2044, diz estudo

Quase metade dos brasileiros terão obesidade até 2044, diz estudo© Fornecido por CNN Brasil

Quase metade dos brasileiros adultos (48%) terá obesidade e mais 27% terão sobrepeso até 2044, conforme alerta um novo estudo apresentado no Congresso Internacional sobre Obesidade (ICO) 2024. O evento, organizado pela Federação Mundial de Obesidade, é um dos principais congressos sobre o tema no mundo e acontece em São Paulo de 26 a 29 de junho. De acordo com as estimativas do estudo, três quartos dos adultos brasileiros terão obesidade ou sobrepeso dentro de 20 anos. Os autores também estimam que, se as tendências atuais se mantiverem, 130 milhões de brasileiros viverão acima do peso. O trabalho foi realizado por Eduardo Nilson, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e colegas. Os autores usaram um modelo de tabela de vida para estimar os impactos do sobrepeso e da obesidade sobre 11 doenças associadas ao Índice de Massa Corporal (IMC) elevado no Brasil até 2044, supondo que as tendências atuais sejam mantidas. O modelo estima mortes atribuídas e casos incidentes de doenças cardiovasculares, diabetes, doença renal crônica, cirrose e cânceres com base em dados demográficos e epidemiológicos de pesquisas nacionais e do Estudo de Carga Global da Doença (GBD). Segundo as estimativas, a prevalência de sobrepeso e obesidade entre adultos brasileiros aumentará de 57%, em 2023, para 75%, em 2024. Consequentemente, estima-se que sejam desenvolvidos 10,9 milhões de novos casos de doenças crônicas associadas ao sobrepeso e à obesidade nos próximos 20 anos, e 1,2 milhão de mortes atribuíveis ao sobrepeso e à obesidade durante esse período. Apesar de a distribuição de novos casos entre homens e mulheres não diferir significativamente, o estudo estima que 64% das mortes relacionadas à obesidade devem ocorrer entre os homens até 2044. Nesse cenário, o diabetes representou mais de 51% dos novos casos, e as doenças cardiovasculares atribuíveis ao excesso de peso representaram, aproximadamente, 57% das mortes até 2044. “Com base nas tendências atuais, a carga epidemiológica e econômica do sobrepeso e da obesidade no Brasil aumentará significativamente, portanto políticas robustas precisam ser implementadas no país, incluindo o tratamento dos casos existentes e a prevenção do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias”, comentam os autores do estudo. “Esses dados são alarmantes e deixam claro que precisamos focar em políticas de prevenção e nos afastar do discurso ‘conveniente’ de que a obesidade é uma questão de hábitos e escolhas”, afirma Bruno Halpem, presidente da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso). “Se não unificarmos esforços, com governo e sociedade civil, estaremos, ano após ano, congresso após congresso, apenas divulgando novos dados assustadores. Felizmente, a América Latina está na vanguarda dessa discussão e podemos aprender muito com as experiências de outros países da região”, completa. Mulheres, negros e outras pessoas não brancas serão mais atingidos O estudo mostrou que o sobrepeso e a obesidade em adultos no Brasil estão aumentando rapidamente ao longo do tempo. A prevalência da obesidade quase dobrou de 2006 a 2019, atingindo 20,3% da população adulta. Até 2030, a estimativa é de que 68,1% dos adultos tenham sobrepeso e obesidade, com mulheres, negros e outras etnias minoritárias apresentando maior prevalência da doença. Para as mulheres, a estimativa de obesidade para 2030 é de 30,2%, e de sobrepeso, 37,7%. Já para os homens, a estimativa é de 28,8% e 39,7% para obesidade e sobrepeso, respectivamente. Para o mesmo ano, a estimativa para a obesidade em pessoas brancas é de 27,6%, e para sobrepeso, 38,8%. Para negros e outras etnias não brancas combinadas é de 31,1% para obesidade e 38,2% para sobrepeso. O estudo também aponta para disparidades relacionadas à escolaridade. Para aqueles com alto nível educacional, a estimativa para obesidade é de 26,2%, para obesidade, enquanto para pessoas com baixo nível educacional é de 35,4%. Obesidade em meninos e meninas de todas as idades também deve aumentar A pesquisa mostra, ainda, que, se mantidas as tendências atuais, as taxas de obesidade também aumentarão em meninos e meninas de todas as idades nos próximos 20 anos. A previsão é que a doença alcance 24% das crianças entre 5 e 9 anos, 15% das de 10 a 14 anos, e 12% entre os adolescentes e jovens adultos de 15 a 19 anos. Os autores do estudo estimam que a prevalência de obesidade em meninos de 5 a 9 anos aumente de 22,1% para 28,6% entre 2023 e 2044. Para as meninas dessa faixa etária, a projeção é que aumente de 13,6% para 18,5%. No mesmo período de 20 anos, a porcentagem de meninos de 10 a 14 anos vivendo com obesidade aumentará de 7,9% para 17,6%, enquanto a porcentagem de meninas com obesidade na mesma faixa etária aumentará de 7,9% para 11,6%. Por fim, a prevalência de obesidade entre os meninos na faixa etária de 15 a 19 anos aumentará de 8,6% para 12,4%, enquanto a prevalência entre as meninas aumentará de 7,6% para 11,0%. “Os resultados do estudo apoiam a necessidade urgente de políticas públicas para prevenir e tratar o sobrepeso e a obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS) e demonstram prováveis impactos epidemiológicos da obesidade infantil no Brasil se não forem tomadas medidas apropriadas. Além dessas outras abordagens no âmbito do SUS, para resolver efetivamente essa questão, é essencial implementar políticas fiscais e regulatórias que promovam ambientes alimentares mais saudáveis, especialmente para crianças e adolescentes”, comentam os autores do estudo. https://stories.cnnbrasil.com.br/saude/obesidade-brasil-tem-7-milhoes-de-pessoas-acima-do-peso/

 

DEMÊNCIA PODE SER IDENTIFICADA PELA FALA

 

História de Redação – Catraca Livre

Multi-ethnic men (50s and 60s) sitting outdoors, having conversation. Focus on man in white shirt (Hispanic/Native American, 50s).

Multi-ethnic men (50s and 60s) sitting outdoors, having conversation. Focus on man in white shirt (Hispanic/Native American, 50s).© kali9/istock

Entre os sintomas de demência, é comum destacar a perda de memória e a confusão mental como os mais comuns.

Entretanto, um estudo recente da Universidade de Toronto, no Canadá, apontou um sinal mais sutil, porém igualmente importante: a lentidão na fala.

Fala lenta pode ser um sinal sutil, porém importante, de demência, aponta estudo

Fala lenta pode ser um sinal sutil, porém importante, de demência, aponta estudo© Fornecido por Catraca Livre

Segundo o Ministério da Saúde, o Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população.

Veja outros sintomas da demência na fala

Veja outros sintomas da demência na fala© Fornecido por Catraca Livre

Fala lenta como indicativo de demência

No referido estudo, os pesquisadores utilizaram um software de inteligência artificial para analisar as habilidades linguísticas de 125 voluntários saudáveis, com idades entre 18 e 90 anos.

Para surpresa da equipe, a velocidade na fala mostrou-se um indicador mais significativo de saúde cerebral do que a habilidade em encontrar palavras.

Os resultados da pesquisa, publicados na revista Aging Neuropsychology and Cognition, sugerem que alterações na velocidade normal da fala podem refletir mudanças no funcionamento cerebral. A lentidão na fala, por sua vez, esteve associada a funções cerebrais enfraquecidas.

A coexistência de dificuldades em encontrar palavras e envelhecimento é algo natural e que não necessariamente indica declínio cognitivo, um precursor da demência. No entanto, a lentidão no discurso pode ser um indício da doença e, por isso, deve ser considerada em avaliações cognitivas padrão.

“Isso sugere que a velocidade da fala deve ser testada como parte de avaliações cognitivas padrão para ajudar os médicos a detectar o declínio cognitivo mais rapidamente e ajudar os idosos a apoiar a saúde do cérebro à medida que envelhecem”, explicou o coautor do estudo, Dr. Jed Meltzer.

Outros sintomas da demência na fala

Esse estudo reforça uma linha de pesquisas que indica outros sintomas da demência detectáveis na fala. Como a doença pode afetar as partes do cérebro que controlam a linguagem, certas alterações podem surgir, tais como:

  • Dificuldade em encontrar as palavras certas;
  • Uso de palavras relacionadas;
  • Substituições de palavras (por exemplo, “coisa em que você senta” em vez de “cadeira”);
  • Uso de palavras sem sentido ou que estão fora de ordem.

Afinal, como prevenir a doença?

Ainda não há uma cura definitiva para a demência. Contudo, um diagnóstico precoce é crucial para a gestão da doença e a amenização dos sintomas.

Um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, manutenção de peso ideal, exercícios regulares e outros fatores podem, por fim, reduzir o risco de desenvolvimento dessa condição.

INOVAÇÃO ACELERADA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL SÃO MANTRA PARA AS EMPRESAS

StartSe

6 lições de Uri Levine, fundador do Waze, para lideranças

Uri Levine e outras startups de sucesso, e professor do xBA, programa executivo com certificação internacional eleito o mais inovador do mundo, compartilhou em entrevista à StartSe, algumas dicas sobre a jornada de criar valor por meio da solução de problemas. Confira!

Uri Levine

Na era da inovação acelerada e da transformação digital, criar valor se tornou um mantra para as empresas.

Uri Levine, cofundador do Waze e outras startups de sucesso, e professor do xBA, programa executivo com certificação internacional eleito o mais inovador do mundo, compartilhou em entrevista à StartSe, algumas dicas sobre a jornada de criar valor por meio da solução de problemas.

Confira:

1 – Resolva problemas reais

A criação de valor começa com a resolução de problemas. Levine enfatiza a importância de identificar grandes problemas que, quando resolvidos, tornam o mundo um lugar melhor.

Isso porque, não só cria valor, mas também define a direção estratégica da empresa. “Se você resolver um problema significativo, estará no caminho certo para criar valor duradouro”, diz ele.

2 – Compreenda o product-market fit

Encontrar o ajuste do product-market fit é crucial. Levine destaca que muitas startups falham porque não conseguem alinhar seu produto com as necessidades do mercado.

O ajuste product-market é medido pela retenção. Se os usuários voltam, você está no caminho certo. Caso contrário, é necessário iterar até encontrar a solução correta.

3 – Tenha paciência e persistência

Levine sublinha que o sucesso não acontece da noite para o dia. Empresas como OpenAI, Waze e Netflix levaram anos para encontrar seu ajuste product-market. Essa jornada exige paciência, persistência e disposição para falhar e aprender rapidamente.

“A construção de uma empresa é uma jornada longa, repleta de falhas. A chave é falhar rápido e aprender com essas falhas.”

4 – Tenha foco no problema

Manter o problema central como a “estrela guia” da empresa ajuda a manter o foco e evita desvios desnecessários. Essa abordagem não só aumenta a probabilidade de sucesso, mas também torna a narrativa da empresa mais envolvente.

“Quando você se concentra no problema, cada passo que você dá está direcionado para resolver essa questão central”, explica Levine.

5 – Construa uma equipe forme

Uma equipe forte é fundamental. Levine observa que muitos empreendedores falham ao não tomar decisões difíceis, como demitir pessoas da equipe que não se encaixam.

“Se você sabe que alguém não está funcionando, tome a decisão rapidamente. Manter essas pessoas só cria danos à equipe e à empresa.”

6 – Adote uma mentalidade de usuário

Entender profundamente os usuários é a chave para construir produtos valiosos. Levine recomenda observar os usuários e fazer perguntas para compreender seus comportamentos e necessidades. Essa abordagem garante que a empresa está sempre alinhada com o mercado.

*Parte do conteúdo foi escrito com IA Generativa e revisado pelo nosso time editorial

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domingo, 30 de junho de 2024

PRESIDENTE BIDEN DOS EUA NÃO PODE CONTINUAR A CAMPANHA PRESIDENCIAL PELA SUA IDADE E DEBILIDADE MENTAL

 

Folha de S. Paulo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O jornal americano The New York Times, um dos mais importantes e influentes do país, pediu em editorial nesta sexta-feira (28) que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abandone sua campanha à reeleição depois do desempenho desastroso no debate contra Donald Trump na quinta (27).

Um editorial é um texto de opinião que representa as visões do jornal enquanto instituição. Nos EUA, é comum que jornais apoiem abertamente um candidato a presidente por meio de um editorial, como fez o New York Times quando declarou apoio à candidatura de Biden em 2020.

No texto, os editorialistas do Times dizem que Biden faz uma “aposta irresponsável” ao insistir com sua candidatura à Presidência, e que é pedir demais dos eleitores americanos que eles “ignorem ou descartem a idade e a debilidade do presidente Biden que eles puderam ver com seus próprios olhos” durante o debate.

O desempenho do democrata no confronto direto com Donald Trump, marcado por falas vacilantes, confusas e incoerentes, foi catastrófico para o presidente e para seu partido, causando pânico e dando início a uma pressão nos bastidores sobre a possibilidade de substituir Biden como candidato –até aqui, entretanto, nenhum nome forte da sigla se posicionou publicamente nesse sentido.

Dessa forma, o editorial do New York Times tem a chance de dar mais argumentos aos democratas que vem dizendo à imprensa americana, sob condição de anonimato, que Biden “não tem chance de vencer a eleição” contra Trump, como afirmou um estrategista ouvido pela NBC News, e que é preciso “pensar seriamente em alternativas”, como disse um doador ao próprio Times.

O texto elogia a presidência de Biden e reconhece que desistir seria contrário aos seus instintos políticos –em um comício nesta sexta, o democrata disse a apoiadores que não estaria concorrendo se não acreditasse que pudesse fazer um bom trabalho e derrotar Trump. Entretanto, afirma o jornal americano, “democratas que até aqui respeitaram as decisões do presidente precisam encontrar a coragem para dizer verdades claras ao líder do partido”.

EVENTO GILMARPALOOZA EM LISBOA LEVOU A MAIOR COMITIVA DE MINISTROS DO GOVERNO

 

História de admin3 – IstoÉ

Ao todo, 160 autoridades dos três Poderes e outros 20 assessores foram para Lisboa, em Portugal, para acompanhar o Fórum Jurídico de Lisboa, promovido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e, por conta disso, conhecido em Brasília como “Gilmarpalooza”.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi a integrante da Esplanada que levou a maior comitiva, com quatro subordinados acompanhando a ida dela para a Europa. Após a publicação da reportagem, no entanto, o ministério informou que, apesar de ter pago diárias aos quatro assessores, somente uma viajou. A pasta acrescentou que os valores das diárias foram devolvidos, mas enviou o comprovante de apenas uma.

Além de Anielle, os quatro servidores do Ministério da Igualdade Racial (MIR) destacados para viajar a Lisboa foram: as assessoras Andressa Vieira Almeida e Josiara Barbosa Diniz Leite, a Secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, Márcia Regina de Lima e Silva, e a chefe de Assessoria Internacional, Paula Cristina Pereira Gomes. Todos os cinco representantes do ministério de Anielle tiveram diárias custadas pelo dinheiro do contribuinte. Somados, a quantia paga pelo erário foi de R$ 42,1 mil.

O ministério explicou, contudo, que somente Josiara viajou com Anielle. Ainda segundo a pasta, Márcia Regina, Andressa e Paula Cristina não acompanharam a ministra e devolveram o valor recebido em diárias.

“A agenda institucional da ministra Anielle Franco em Portugal teve como foco uma série de compromissos, com destaque para a assinatura de memorando com o Observatório do Racismo e Xenofobia e articulações com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo de Portugal sobre projetos de combate ao racismo nas escolas portuguesas, e de parceria com o Plano Juventude Negra Viva”, explicou a pasta, em nota.

A programação oficial do “Gilmarpalooza” inclui palestras, entre a quarta-feira, 26, e esta sexta-feira, 28, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que é uma das organizadoras do evento. O evento é realizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), do qual Gilmar Mendes é sócio, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para além das exposições, o evento é famoso pelas conversas de bastidores, jantares e coquetéis oferecidos por empresas.

No evento promovido por Gilmar, representantes de 12 empresas que possuem ações em tramitação no STF participaram como palestrantes. Há processos relatados pelo próprio magistrado. Por meio de nota, as entidades e a Corte negaram a existência de conflitos de interesse.

Levantamento do Estadão mostrou que os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo já pagaram pelo menos R$ 1,34 milhão em diárias e passagens a servidores públicos e autoridades que viajaram para o evento promovido pelo ministro. A estimativa é parcial, tendo em vista que a maioria dos portais da transparência ainda não publicou informações sobre o dinheiro gasto para completar a ida e a volta da travessia do Atlântico.

Ministério da Ciência gastou R$ 53,6 mil ao levar dois representantes para o ‘Gilmarpalooza’

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), comandado por Luciana Santos, foi o segundo que mais enviou representantes para o evento em terras lusitanas. Além da chefe da pasta, o MCTI mandou para Lisboa o chefe da Assessoria Internacional, Carlos Eduardo Higa Matsumoto, e a chefe da Assessoria do Cerimonial, Lucielen Franciane Correa Barbosa. Após a publicação da reportagem, a pasta explicou que Lucielen não viajou para Portugal, apesar de a ida dela ter sido publicada no Diário Oficial da União.

Ao todo, as autoridades receberam R$ 27,1 mil em diárias. Já as passagens custaram R$ 26,5 mil aos cofres públicos.

Em nota, o Ministério da Ciência afirmou que Luciana participou de outras agendas em Portugal, além do Fórum de Gilmar Mendes. Na quinta, houve uma reunião com o ministro português da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, e com a presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Maria Madalena dos Santos Alves. Luciana também teve agendas na sexta e neste sábado, 29, em Lisboa.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), chefiado pelo ministro Wellington Dias, o Ministério da Educação (MEC), encabeçado pelo ministro Camilo Santana, e a Advocacia-Geral da União (AGU), liderado por Jorge Messias, mandaram dois representantes cada.

Os ministros Vinícius Carvalho, da Controladoria-Geral da União (CGU), e Alexandre Silveira, das Minas e Energia, foram para o “Gilmarpalooza” representando os seus ministérios. Fernanda Rodrigues de Morais, foi quem foi a servidora do Ministério das Cidades presente no Fórum Jurídico. Na pasta de Jader Filho, ela é chefe da consultoria jurídica.

PROPRIETÁRIOS DE CARROS ELÉTRICOS QUEREM VOLTAR PARA OS CARROS À GASOLINA

 

História de Diego Ferron – Isto É

Uma parcela significativa dos americanos que possuem um veículo elétrico sente remorso da compra, de acordo com novo estudo. O Mobility Consumer Pulse da McKinsey & Co. para 2024, lançado este mês, descobriu que 46% dos proprietários de veículos elétricos nos EUA disseram que eram “muito” propensos a voltar a possuir um veículo movido a gasolina em sua próxima compra.

A elevada percentagem de americanos que querem fazer uma mudança surpreendeu até a empresa de consultoria. “Eu não esperava isso”, disse o chefe do Centro para Mobilidade Futura da McKinsey, Philipp Kampshoff, ao Automotive News. “Pensei: ‘Uma vez comprador de EV, sempre comprador de EV.’”

Na sondagem realizada com quase 37.000 consumidores em todo o mundo, a Austrália foi o único país com uma percentagem maior, 49%, de proprietários de veículos elétricos do que os EUA que afirmaram estar prontos para voltar a possuir um motor de combustão interna.

Os demais países incluídos na pesquisa foram Brasil, China, França, Alemanha, Itália, Japão e Noruega. Em todos os países inquiridos, a percentagem média de motoristas que pretendem abandonar os seus VE foi de 29%.

A principal razão citada pelos proprietários de VE para quererem voltar a possuir um veículo movido a gasolina foi a falta de infraestrutura de carregamento disponível (35%); a segunda razão mais citada foi que o custo total de possuir um VE era elevado (34%). Quase 1 em cada 3, 32%, disse que os seus padrões de condução em viagens de longa distância foram afetados por terem um VE.

A McKinsey descobriu que a satisfação dos consumidores a nível mundial com a disponibilidade de carregamento melhorou um pouco desde a pesquisa do ano passado, mas observou que “ainda há um longo caminho a percorrer”.

Dos proprietários de VE em todos os países, 11% disseram que a infraestrutura onde vivem está bem configurada em termos de pontos de carregamento, 40% disseram que não havia carregadores suficientes ao longo das autoestradas e estradas principais e 38% disseram que não havia carregadores suficientes próximos à eles.

As descobertas surgem anos após a pressão da administração Biden para que os consumidores e fabricantes de automóveis dos EUA adotem os veículos elétricos e reforçam outras pesquisas recentes que indicam que uma grande parte dos americanos ainda não está convencida de que se tornarão totalmente elétricos.

Para promover a agenda de veículos elétricos de Biden, os democratas aprovaram legislação de infraestruturas em 2021 que comprometeu milhares de milhões de dólares para a construção de meio milhão de estações de carregamento nos EUA até ao final da década.

Mas três anos depois, apenas sete carregadores financiados pelo governo federal foram construídos até o momento, e o lento progresso provocou a condenação de ambos os lados do corredor político.

BANCOS CENTRAIS AGEM NOS PERÍODOS DE MAIOR ESTRESSE DA ECONOMIA

História de Aline Bronzati – Jornal Estadão

NOVA YORK- Presidente do Banco Central (BC) no Brasil durante os dois mandatos da presidente Dilma Rousseff, Alexandre Tombini diz que o “trabalho pesado” de voltar a inflação à meta não é só dos bancos centrais. Os governos precisam fazer a sua parte do lado dos gastos e reformas, defende.

Depois de liderarem o corte de juros no mundo, as autoridades monetárias da América Latina colocaram o pé no freio e passaram a sofrer mais pressão política para seguir cortando as taxas, a exemplo do que ocorre no Brasil, com críticas constantes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao do BC, Roberto Campos Neto.

“É justamente nos períodos de maior discussão, maior estresse que essa independência (dos bancos centrais) se faz necessária”, diz Tombini, em entrevista exclusiva ao Broadcast, do México, de onde representa o Banco de Compensações Internacionais (BIS) para as Américas, conhecido como o banco central dos bancos centrais.

O economista afirma que as autoridades precisam de tranquilidade para implementar as suas políticas, que, por vezes, geram custos no curto prazo, mas trazem benefícios no médio e longo prazos. Afirma, porém, que o BIS não entra em temas específicos de países, sejam os Estados Unidos ou o Brasil. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Em seu relatório anual, o BIS menciona um resultado melhor da economia global, com inflação em queda e a expectativa de um pouso suave à frente, porém cita um ‘mas’ e desafios à frente. Quais são os desafios para os bancos centrais da América Latina?

O processo de volta à estabilidade e à meta de inflação na América Latina ainda não está completo, mas está bem próximo. A mensagem do relatório para a região é não baixar a guarda. Existem três desafios: Primeiro, as pressões inflacionárias podem ser mais persistentes, especialmente no setor de serviços, e a recuperação dos salários reais também pode colocar pressão nos preços. A segunda questão é o crescimento econômico. Estamos vendo uma desaceleração, porém, a maioria dos países latino-americanos deve entregar expansão maior do que inicialmente esperado. Esse ponto é importante porque as políticas monetária e fiscal têm limites, são políticas de administração da demanda, não mudam a tendência de crescimento de longo prazo.

E o terceiro desafio?

O terceiro desafio está relacionado à política fiscal. Vimos a grande expansão dos gastos na pandemia e também da dívida pública na maioria dos países. A América Latina não é exceção. Em muitos casos, a política fiscal continua expansionista e isso pode retardar o processo de convergência da inflação à meta. A elevação da dívida pública gera pressões sobre os prêmios de risco da economia, podendo manter as taxas de juros em níveis mais elevados. Em países emergentes, isso pode gerar uma maior sensibilidade da taxa de câmbio a ruídos internos e externos, com potencial impacto no preço de importação, que é outra fonte que pressiona os preços domésticos.

Alexandre Tombini, ex-presidente do Banco Central do Brasil e hoje no BIS, defende corte de gastos e reformas Foto: Dida Sampaio/Estadão

Alexandre Tombini, ex-presidente do Banco Central do Brasil e hoje no BIS, defende corte de gastos e reformas Foto: Dida Sampaio/Estadão© Fornecido por Estadão

Qual a recomendação do BIS para o fiscal?

O BIS recomenda a coerência das políticas monetárias e fiscais nesse período de convergência da inflação para a meta. É fato que os gastos retornaram a níveis mais baixos em relação à pandemia, mas em muitos casos continuam no terreno expansionista, o que gera desafios para essa convergência final da inflação.

O relatório anual aborda as lições aprendidas sobre a política monetária no século 21. Qual foi o papel da América Latina?

Os países da América Latina tiveram um papel relevante na melhoria dos marcos de política econômica em geral e, monetária em particular, nos últimos 25 anos. Desde as crises e da alta inflação das décadas de 80 e 90, os bancos centrais da região reduziram com sucesso a inflação e adotaram marcos de política centrados no controle dos preços em um ambiente desafiador. Mais recentemente, para restabelecer a estabilidade de preços, os bancos centrais da região aumentaram as taxas de juros antes dos seus pares globais, isso foi importante para trazer a inflação de volta à meta. Assim como em outras regiões, as autoridades da América Latina estão cientes de que a política monetária não pode fazer todo o trabalho pesado sozinha.

Como assim?

A política monetária deve atuar de forma consistente com a política fiscal para estabilizar a economia. Embora o compromisso com a inflação baixa e estável seja necessário, não é suficiente para proporcionar um aumento duradouro do crescimento econômico e da prosperidade. São as reformas estruturais que atacam o lado da oferta, da capacidade de produção, que podem gerar crescimento sustentável. O governo tem que reconhecer a limitação dessas políticas de administração de demanda, seja monetária ou fiscal, para o crescimento sustentável.

Depois de liderarem o movimento de corte de juros no mundo, os BCs da América Latina começaram a deixar esse bastão nas últimas semanas. É uma cautela necessária no ambiente atual?

Não dá para generalizar. Há economias distintas dentro da América Latina. Não há uma resposta única.

Quão o senhor está preocupado com a última milha da luta contra a inflação na região?

A inflação do setor de serviços tem apresentado uma resiliência mais forte do que a de bens e condições financeiras globais mais apertadas por mais tempo representam um desafio. A maioria dos bancos centrais espera a convergência dos preços às metas de inflação até o fim de 2025 e a recomendação do BIS é a de que os bancos centrais não devem baixar a guarda nesse período porque novos choques podem elevar a inflação e se mostrar mais persistente do que o esperado. As autoridades da região estão acompanhando esses desenvolvimentos de perto.

Qual a visão do senhor sobre as pressões políticas exercidas sobre bancos centrais na América Latina para baixar juros, em um momento de inflação ainda acima das metas e crescimento moderado no mundo?

O trabalho pesado de voltar a inflação à meta não é só dos bancos centrais. O que vimos nos últimos anos foi o aumento do déficit para responder à crise sanitária da covid-19, no mundo inteiro. Tivemos um aumento muito alto do gasto, que recuou, mas não nos níveis anteriores da pandemia. Em muitos casos, a política fiscal continua em território expansionista e, do outro lado, ainda temos um processo de convergência da inflação às metas que avançou, mas ainda não foi concluído. O BIS recomenda coerência dessas políticas à frente. Os governos devem colocar os seus orçamentos em bases sólidas para ajudar esse processo de convergência da economia e vão ter que lidar com um ambiente de taxas de juros mais elevadas do que se tinha antes do choque da pandemia por um tempo maior do que esperado inicialmente.

A recomendação do BIS é em defesa da independência dos BCS?

O BIS defende a independência dos bancos centrais. Isso está explícito no nosso relatório anual. O banco central, com o objetivo de assegurar a estabilidade de preços, toma medidas que, em geral, têm custos de curto prazo e benefícios de médio e longo prazos. E é justamente nos períodos de maior discussão, maior estresse que essa independência se faz necessária.

Pode haver a necessidade de algum tipo de coordenação entre os grandes bancos centrais para alinhar política monetária e evitar turbulências globais?

Houve um movimento global de aperto das condições monetárias para evitar a desancoragem das expectativas para a inflação, numa grande convergência de políticas. Agora, não há a convergência que houve atrás por razões legítimas, ou seja, as economias estão em situações distintas e, portanto, as políticas monetárias estão mais divergentes na Europa, nos Estados Unidos e na China. Política monetária não se faz por analogia, mas diante dos desafios que cada banco central enfrenta.

Quais são os riscos relacionados a essas divergências entre os BCs?

Esse momento de mais divergência gera mais volatilidade das taxas de câmbio globais. Esse é um ponto de atenção e exige que os bancos centrais estejam mais atentos e, certamente, estão.

A troca de diretorias de banco centrais sempre é um motivo de alerta nos mercados. Esse ano, temos mudanças no Brasil e, em breve, nos Estados Unidos. O BIS monitora essas mudanças?

O BIS não tem recomendações para questões específicas de países. A autonomia operacional dos bancos centrais é importante para que possam cumprir as suas funções. Os bancos centrais têm que ter a tranquilidade para implementar as suas políticas. Mas o BIS não entra e não oferece recomendações para questões internas de países, sejam os Estados Unidos, a Argentina, o Brasil, o Japão, enfim.

Ativos domésticos em países emergentes têm sofrido pressão de questões locais como fiscais, riscos políticos etc. Qual o sentimento desses investidores para a região?

O cenário de taxas de juros altas mantidas por um prazo maior gera condições financeiras mais apertadas e menos espaço para a tomada de risco e exposição a países emergentes. Ou seja, é um período no qual esses países enfrentam condições mais apertadas de financiamento externo. Isso por si só deve ser um ponto de atenção.

A inteligência artificial tem sido tema em todas as conversas, e não é diferente na política monetária. As autoridades monetárias estão preparadas para essa revolução e os desafios à frente?

Há incertezas em relação à extensão da inteligência artificial, como a tecnologia vai afetar a economia e as nossas vidas, porém, não há dúvida de que já está impactando de forma importante. No nosso relatório anual, focamos em duas dimensões: como a inteligência artificial vai ter impacto na economia e no setor financeiro, que é o objeto de regulação e de trabalho dos bancos centrais. E, em outra dimensão, como usuários de tecnologia, os bancos centrais também serão impactados.

E quanto aos impactos econômicos, perda de empregos, inflação?

Na questão econômica, há um impacto pelo lado da oferta, um aumento da produtividade. Pelo lado da demanda, tanto as famílias quanto as empresas esperam que a inteligência artificial possa gerar mais renda no futuro, e, com isso, aumente o consumo e o investimento. Esses dois impactos indicam que a inteligência artificial tem o poder de expandir a economia. Em relação à inflação, objeto dos bancos centrais, vai depender do impacto no mercado de trabalho. A inteligência artificial vai gerar novas posições, mas também vai eliminar alguns postos, principalmente aqueles que são mais automatizáveis. A forma como essas duas forças vão agir no curto prazo e qual o efeito líquido sobre o mercado de trabalho devem ser acompanhadas. Nós não temos uma visão para que lado vai ser. Essa é uma parte da incerteza, mas os bancos centrais estão atentos a isso.

 

ENERGIAS RENOVÁVEIS COMO EÓLICA E SOLAR CONSOMEM VASTAS QUANTIDADES DE MINERAIS PREJUDICIAIS AO MEIO AMBIENTE

História de Steve Forbes – Forbes Brasil

O mundo está em uma situação lamentável do ponto de vista econômico. É heresia dizer isso, mas uma medida extremamente proveitosa, que revigoraria a economia mundial, seria passar uma motosserra no enorme desperdício de dinheiro com as chamadas energias renováveis, principalmente a eólica e a solar. Isso liberaria recursos para investimentos produtivos que impulsionariam o tão necessário crescimento econômico.

Uma iniciativa desse porte é indispensável. Pela estimativa do Banco Mundial, o crescimento global em 2024 será de apenas 2,4%, após os patéticos 2,6% do ano passado. E esses 2,4% podem ser reflexo de um otimismo excessivo.

As economias pós-Covid deveriam estar bombando; em vez disso, a maioria está no marasmo ou afundando. Os países em desenvolvimento estão penando. A China afirma que vai crescer 5% em 2024, mas ninguém acredita mais nos números de Pequim, levando em conta a imensa taxa de jovens desempregados e os apuros do mercado imobiliário, que já foi um grande motor do crescimento.

Alemanha, Japão e Reino Unido estão em recessão ou perto dela.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se vangloria de que o país têm a melhor economia do mundo, mas nosso desempenho está abaixo dos padrões históricos e é deleteriamente sustentado por grandes gastos públicos. Algo surpreendente é que, devido à nossa estranha maneira de calcular o PIB, os gastos públicos o aumentam diretamente: quanto mais cheques o Tio Sam assina, maior a cifra do PIB.

Washington despejará cerca de US$ 7 trilhões neste exercício fiscal, e Biden quer gastar ainda mais no ano que vem. Esses desembolsos anuais excedem as supostas máximas temporárias atingidas durante a pior fase da crise da Covid, ou seja, nosso desempenho medíocre se apoia em uma plataforma de investimentos nefasta e antiprodutiva.

Os países estão afogados em dívidas. A dívida total no âmbito mundial é de US$ 300 trilhões, quase três vezes o tamanho da economia global. Cortar os gastos com fontes alternativas de energia liberaria enormes montantes para permitir a retomada do crescimento das economias. Isso é particularmente importante para os países mais pobres, que estão passando por uma estagnação nociva do ponto de vista político.

Presume-se que as energias renováveis salvarão o planeta ao eliminarem as emissões de dióxido de carbono. No entanto, há cada vez mais indícios de que as vastas quantidades de minerais necessárias para essa transição e as outras etapas prejudiciais ao meio ambiente nesse processo acabam, na melhor das hipóteses, empatando com os combustíveis fósseis. Em outras palavras, estamos desperdiçando quantias inimagináveis de dinheiro para nada.

Pense no seguinte: neste século, gastamos quase US$ 6 trilhões com energias renováveis, e a proporção de energia proveniente de combustíveis fósseis caiu de 86% para apenas 84% em nível mundial. Se todos esses recursos tivessem sido usados para abrir novas empresas, expandir as existentes, criar tecnologias que melhoram a vida e garantir água potável para todos, imagine como o mundo seria melhor?! Ou reflita sobre este fato: incrivelmente, as emissões de dióxido de carbono da Europa atingiram o pico em 1979; as dos EUA atingiram o pico em 2005.

Existem duas fontes de energia seguramente limpas: o gás natural e a energia nuclear. Porém, o governo Biden está estrangulando a produção de gás natural, embora os EUA estejam repletos dele. Ao mesmo tempo, as autoridades reguladoras estão sufocando avanços animadores na energia nuclear, mais especificamente os pequenos reatores modulares (SMRs, na sigla em inglês), que são muito mais fáceis de construir e poupam tempo e custos consideráveis.

Os SMRs podem fornecer energia para áreas reduzidas, como cidades, campi de universidades, hospitais e data centers. Contudo, as regulamentações governamentais estão inviabilizando os SMRs ao gerarem despesas e atrasos longos e desnecessários.